Agnoscetico escreveu: ↑Qua, 25 Novembro 2020 - 00:30 am
Finlândia: o único país do mundo comandado por 5 mulheres
Não sei como estão as coisas no norte da Europa em relação a mulheres e não conheço o mérito dessas 5. O que discordo é dessa mentalidade de forçar "igualdade" em tudo no sentido de exigir mais mulheres num ambiente tradicionalmente masculino quando não existe nada na sociedade impedindo o sucesso feminino. Quando não é a lei, eles usam uma cultura (como fosse religião) de que é necessário "empoderar" a mulher em qualquer contexto.
A falta de mulheres na política é devida ao desinteresse espontâneo das mulheres por política, porque elas estão em todas as classes sociais. Outra possível causa é elas terem oratória pior do que os homens para poder atrair o eleitorado. O problema da oratória é péssimo independente do gênero, porque ajuda bandido que fala bem e oculta pessoas com boas ideias. O congresso tem 15% de mulheres, mas elas tem as habilidades para serem eleitas (ignorando os problemas do sistema) ao contrário da grande maioria das mulheres. Exigir cota de 30% de mulheres vai diminuir a representatividade até das mulheres que votaram em homem.
Agnoscetico escreveu: ↑Qua, 25 Novembro 2020 - 00:30 am
como as mulheres negras
Wikipédia: Ethnic groups
Finn 93.4%, Swede 5.6%, Russian 0.5%, Estonian 0.3%, Romani 0.1%, Sami 0.1% (2006)
1. O vídeo começa mal por falar mulheres "brancas" num país onde 100% da população nativa é branca. As negras do vídeo são gringas. Como o parlamento finlandês tem 200 cadeiras, é esperado que um grupo que represente 0,5% da população ocupe uma delas, mas essas negras nem aparecem nas estatísticas.
2. Depois o vídeo fala dos lapões (Sami em finlandês), mas eles são muito poucos na população. Todos os lapões do mundo são 2% da população finlandesa e muitos são nômades e costumam mudar e voltar para países vizinhos. Se eles representam parte importante do patrimônio cultural da Finlândia, eles poderiam ter uma das regiões eleitorais. Mas é difícil criar um distrito com nômades e o país também é unicameral.
Agnoscetico escreveu: ↑Qua, 25 Novembro 2020 - 00:30 am
pessoas transgênero.
A terceira parte do vídeo é bizarra. Como fazer cirurgia de mudança de sexo sem se tornar estéril?
Durante toda história sempre teve políticos gays, ele nem ficava se orgulhando desse "título" e ninguém se importava (só fofocava). O problema real sempre será riqueza e poder. O gay rico era respeitado enquanto o gay pobre era rejeitado, mas essa homofobia é coisa mais específica das culturas com religiões abraâmicas e não é universal.
Hoje os jovens e a esquerda estão esquecendo os problemas da sociedade e votando em alguém por ser gay. Pablo Vitar, por exemplo, não cresceu por mérito de seu talento artístico e sim por motivo ideológicos dos fãs. O vereador mais votado de BH é trans, não conheço a pessoa, mas os fãs que vi comemoraram apenas a representatividade dele e nem sabem o que ele defende de concreto para a política.
Para concluir:
Todo esse papo de identitarismo nos desvia do problema real ou da raiz do problema. No Brasil, o problema é a desigualdade e é a desigualdade que cria o racismo estrutural. Temos poucos negros na política, mas quantos pobres nós temos? Quantos garis? Quantos porteiros? Quantas domésticas? Quantos pedreiros? E o melhor: desse povo quantos chegaram lá sem apoio de empresário ou político corrupto?
A falta de negros na política é um sintoma, mas não é a doença. Não é só o negro que está sem representatividade e sim o povo brasileiro como um todo, porque os brancos que estão lá não representam a maioria dos brancos brasileiros.
Por fim, LGBT não é um assunto relevante para a política. Eles estão distribuídos em todas as classes sociais (ao contrário dos negros). A maioria dos gays foram eleitos sem ninguém saber desse detalhe. Até o PSL tem gay.