Liberalismo Econômico

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Re: Liberalismo Econômico

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 15 Fevereiro 2025 - 18:27 pm

Apesar dele, mas com ele. Como foi dito, NÃO ERAM E NÃO SÃO 100% LIVRE-MERCADO.
Os EUA praticaram subsídios agrícolas,
Não precisa ser um Coréia do Norte e uma Venezuela pra serem protecionistas, basta ser um EUA mesmo, que o Trump ta usando protecionismo, taxação (ameaçando aplicar 100% de taxa), como forma de coagir países a manter dependências comerciais com eles e barrar que apareça alternativas como empresas da China. Que porcaria de Coréia do Norte e Venezuela impõe tarifas, ameaça sancionar pra coagir a negociar com eles?

liberdade econômica é diferente de abertura comercial absoluta.

Ou seja, 'liberdade econômica' até certo ponto (que convém aos interesses) - logo não é anarcocapitalismo, libertarismo econômico.
Se é isso que tu defende tu é um liberal ou neoliberal (tipo MBL) e não um libertário.
Falsa dicotomia. O protecionismo dos EUA não anula o fato de que a economia americana é amplamente mais livre que a maioria :lol: você está tentando dizer que liberdade econômica só pode existir se houver abertura comercial total, o que não é verdade. Um país pode ser altamente livre internamente (facilidade de empreender, baixa tributação, pouca burocracia, moeda forte), mas ainda adotar barreiras comerciais...
Se não mede comércio exterior é incompleto, pois protecionismo se refere a mercado externo e não interno.
Espantalho. Dá uma lida direito, eu disse "não mede só".
E poder ser que a não-interferência e não-regulação estatal não tenha impedido (e pode ter até ajudado a causar ou piorar) a Crise financeira de 2008:
A crise de 2008 foi causada pelo excesso de intervenção estatal no setor financeiro, incentivando empréstimos de alto risco e distorcendo o mercado. Assista "A Grande Aposta", excelente filme que retrata a crise.

Protecionismo é protecionismo! Não interessa se é pra defender indústria existente ou que ta iniciando, etc.
Seu argumento ignora completamente o contexto econômico. E não, não defendo protecionismo de forma alguma.

Será?
Mas, no entanto, Os EUA foram e ainda são um país sindicalizado. Na China tem até "dumping social" (que ta mais capitalismo livre sem sindicalização do que o capitalismo trabalhista dos EUA).
Sindicatos incríveis! Graças a eles, os americanos negociam salário, benefícios, carga horária e ainda podem ser demitidos amanhã sem direito a auxílio desemprego. Realmente, um país muito sindicalizado...

Dados e gráficos podem ter ideologia, mas podem ter dados aproximados ou manipulados por questões ideológicas.
Economia pode ser tão imprevisível quanto previsão do clima.
Se dados podem ser manipulados por ideologia, qual o critério objetivo para rejeitar os que não te agradam e aceitar os que confirmam sua visão?

Re: Liberalismo Econômico

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Leo Kruger escreveu:
Dom, 16 Fevereiro 2025 - 02:12 am
A crise de 2008 foi causada pelo excesso de intervenção estatal no setor financeiro, incentivando empréstimos de alto risco e distorcendo o mercado. Assista "A Grande Aposta", excelente filme que retrata a crise.
E a crise de 1929?
Sindicatos incríveis! Graças a eles, os americanos negociam salário, benefícios, carga horária e ainda podem ser demitidos amanhã sem direito a auxílio desemprego. Realmente, um país muito sindicalizado...
Na Escandinávia funciona bem, pelo menos até 2010. As pessoas pagam voluntariamente, as negociações são boas e alguns oferecem plano de saúde.

No Brasil sindicatos tem aparelhamento partidário.

Re: Liberalismo Econômico

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Fernando Silva
Conselheiro
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Dom, 16 Fevereiro 2025 - 20:30 pm
Leo Kruger escreveu:
Dom, 16 Fevereiro 2025 - 02:12 am
A crise de 2008 foi causada pelo excesso de intervenção estatal no setor financeiro, incentivando empréstimos de alto risco e distorcendo o mercado. Assista "A Grande Aposta", excelente filme que retrata a crise.
E a crise de 1929?
Basicamente uma bolha na Bolsa de Valores. A crença em que as ações continuariam a se valorizar eternamente.
Algo que deveria ficar limitado a investidores experientes aos poucos se espalhou por toda a sociedade.
Pessoas começaram a vender suas casas e carros para apostar na Bolsa.
Rockefeller levou um susto e vendeu suas ações correndo quando o engraxate, na rua, lhe pediu dicas de investimentos.
Se até o povão estava investindo, é porque a coisa tinha ido longe demais.

Re: Liberalismo Econômico

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 17 Fevereiro 2025 - 09:07 am
Basicamente uma bolha na Bolsa de Valores. A crença em que as ações continuariam a se valorizar eternamente.
Algo que deveria ficar limitado a investidores experientes aos poucos se espalhou por toda a sociedade.
Pessoas começaram a vender suas casas e carros para apostar na Bolsa.
Rockefeller levou um susto e vendeu suas ações correndo quando o engraxate, na rua, lhe pediu dicas de investimentos.
Se até o povão estava investindo, é porque a coisa tinha ido longe demais.
Foi uma das consequências, não a causa.
Tutu escreveu:
Dom, 16 Fevereiro 2025 - 20:30 pm
E a crise de 1929?

Em 1913 eles criaram o FED que desde o início expandiu crédito insustentavelmente. A primeira recessão aconteceu em 1921. De 1921 a 1928 eles conseguiram agravar expandindo o crédito em 60%, diminuindo a taxa de júros o que levou a um boom da bolsa como o Fernando disse, no dia negro o FED contraiu 30% a oferta monetária, o que levou a uma recessão muito mais severa.

Os planos do Hoover e o Roosevelt que vieram logo em seguida só agravaram ainda mais o cenário. Medidas malucas como tarifas protecionistas, congelamento de preços e salários (estilo sarney), medidas essas que ficaram conhecido como plano New Deal. Ainda não surtindo efeito resolveram dobrar a aposta no New Deal o que fez a recessão se estender por mais de uma década e só foi melhorar depois da ww2.

Re: Liberalismo Econômico

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leo Kruger escreveu:
Seg, 17 Fevereiro 2025 - 12:40 pm
Em 1913 eles criaram o FED que desde o início expandiu crédito insustentavelmente. A primeira recessão aconteceu em 1921. De 1921 a 1928 eles conseguiram agravar expandindo o crédito em 60%, diminuindo a taxa de júros o que levou a um boom da bolsa como o Fernando disse, no dia negro o FED contraiu 30% a oferta monetária, o que levou a uma recessão muito mais severa.


Já tiveram outras crises muito antes de existir algum FED e coisas do tipo, nos EUA e pelo mundo. Lembra ou não sabia disso?

Essa primeira que não teria sido muito impactante, mas foi a primeira bolha especulativa:
Mania das tulipas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mania_das_tulipas

A mania das tulipas (em neerlandês: tulpenmanie) foi um período durante o Século de Ouro dos Países Baixos, quando os preços contratuais de alguns bulbos da tulipa recém-introduzida e da moda atingiram níveis extraordinariamente altos. A maior aceleração começou em 1634 e então entrou em colapso dramático em fevereiro de 1637.[2] É geralmente considerada como a primeira bolha especulativa ou bolha de ativos registrada na história.[3] De muitas maneiras, a mania das tulipas foi mais um fenômeno socioeconômico então desconhecido do que uma crise econômica significativa. Não teve nenhuma influência crítica sobre a prosperidade da República Holandesa, que foi uma das principais potências econômicas e financeiras do mundo no século XVII, com a maior renda per capita do mundo de cerca de 1600 a cerca de 1720.[4][5] O termo "mania das tulipas" agora é frequentemente usado metaforicamente para se referir a qualquer grande bolha econômica quando os preços dos ativos se desviam dos valores intrínsecos.

(...)

Assim como teve outras crises, com causas diversas, não necessariamente e/ou exclusivamente por causa de intervenção estatal, e, algumas vezes, até por fatores externos - situação em outros países.
Queria saber como, com a situação de interdependência comercial internacional, lugares com economia libertária não seriam atingidos por problemas vindos de lugares com economia e política regulada por um estado.
Pânico de 1837

https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2nico_de_1837

Pânico de 1837 foi uma crise financeira nos Estados Unidos que causou uma grande recessão econômica no país que se estenderia até meados da década de 1840. Lucros, preços e salários caíram enquanto o desemprego subiu. O pessimismo foi grande durante todo o período. Esse pânico teve origens tanto internas quanto externas. Práticas de empréstimos especulativos pelos estados ocidentais, um declínio acentuado nos preços do algodão, colapsos pela especulação com a terra, grande fluxo de dinheiro internacional e restrições ao crédito por parte da Grã Bretanha, tudo teria contribuído para a crise. Em 10 de maio de 1837, os bancos de Nova Iorque suspenderam os pagamentos em espécie, o que indicava que eles não teriam como resgatar suas notas bancárias pelo valor de face. Depois de uma breve recuperação em 1838, a recessão persistiu por mais sete anos aproximadamente. Bancos faliram, negócios falharam, cotações declinaram e milhares de trabalhadores perderam seus empregos. A taxa de desemprego alcançou 25% em algumas localidades. Os anos de 1837 a 1844, de modo geral, foram anos de deflação nos preços e salários.

(...)
Longa Depressão

https://pt.wikipedia.org/wiki/Longa_Depress%C3%A3o

A Longa Depressão foi uma recessão econômica em escala mundial, começando em 1873 e indo até março de 1879 ou 1896, dependendo das métricas usadas. Foi mais severo na Europa e nos Estados Unidos, que vinham experimentando um forte crescimento econômico alimentado pela Segunda Revolução Industrial na década seguinte à Guerra Civil Americana. O episódio foi rotulado de "Grande Depressão" na época, e manteve essa designação até a Grande Depressão da década de 1930. Embora tenha sido um período de deflação geral e uma contração geral, não teve o retrocesso econômico severo da Grande Depressão.

O Reino Unido é frequentemente considerado o país mais atingido; durante esse período, perdeu parte de sua grande liderança industrial sobre as economias da Europa continental. Enquanto ocorria, era proeminente a visão de que a economia do Reino Unido estava em depressão contínua de 1873 até 1896 e alguns textos referem-se ao período como a Grande Depressão de 1873-1896, com perdas financeiras e de fabricação reforçadas devido a uma longa recessão no setor agrícola do Reino Unido.

Nos Estados Unidos, os economistas normalmente se referem à Longa Depressão como a Depressão de 1873-1879, iniciada pelo Pânico de 1873 e seguida pelo Pânico de 1893, encerrando todo o período da Longa Depressão mais ampla. O Departamento Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos data a contração após o pânico como durando de outubro de 1873 a março de 1879. Aos 65 meses, é a contração mais duradoura identificada pelo NBER, eclipsando os 43 meses de contração da Grande Depressão. Nos Estados Unidos, de 1873 a 1879, 18 000 empresas faliram, incluindo 89 ferrovias.

No Brasil, a crise começou a ser sentida mais fortemente em 1875, com déficits seguidos nas finanças publicas do Império[9] e, por exemplo, as falências do Banco Mauá e do Banco Nacional.

Pânico de 1873

https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2nico_de_1873

O Pânico de 1873 foi uma grave depressão econômica de âmbito nacional que afetou os Estados Unidos da América até 1877. Foi desencadeada pela falência de uma financeira de Filadélfia, a Jay Cooke and Company, em 18 de Setembro de 1873, em conjunto com a dissolução, em 9 de Maio do mesmo ano, da Bolsa de Valores de Viena de Áustria.

História

Foi uma de uma série de crises econômicas do século XIX e início do século XX. A Grande Depressão (mais conhecida como Longa Depressão) também causou o estabelecimento de uma série de impostos e aumento do protecionismo ao redor do mundo, mesmo em período posterior, de prosperidade econômica (a partir de 1896).

O Pânico de 1873 e a depressão subsequente tiveram várias causas subjacentes para as quais os historiadores econômicos debatem a importância relativa: inflação americana, galopantes investimentos especulativos (predominantemente em ferrovias), a desmonetização da prata na Alemanha e nos Estados Unidos, ondulações do deslocamento econômico na Europa resultante da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) e grandes perdas de propriedades no Grande incêndio de Chicago (1871) e no Grande incêndio de Boston (1872) ajudaram a colocar pressão maciça sobre as reservas bancárias, que, na cidade de Nova York, despencaram de US$ 50 milhões para US$ 17 milhões entre setembro e outubro de 1873.

Brasil

A crise chegou ao Brasil em 1875, com o país já debilitado, por problemas no sistema financeiro nacional rústico na época, e extremamente dependente de exportações.
Pânico de 1893

https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2nico_de_1893

Contexto
Entre 1870 e 1890, o número de propriedades agrícolas nos Estados Unidos aumentou quase 80%. O valor estimado desse total de propriedades cresceu cerca de 75%.

Essa expansão da atividade agrícola, somente foi possível por uma expansão do crédito agrícola. Estima-se que as terras de cultivo no Estado do Kansas foram oferecidas como garantias em empréstimos (hipotecas) em valores equivalentes a 45% de seu valor real. Situações semelhantes ocorriam em outros estados, tais como: Dakota do Sul (46%), Minnesota (44%), Montana (41%) e Colorado (34%).

Entre 1870 e 1890, a produção de trigo, milho e algodão cresceu cerca de 100%, um percentual superior ao aumento populacional, que foi de aproximadamente: 66%. Isso criou uma tendência à queda de preços, que somente poderia ser revertida por uma aumento nas exportações.

Mas isso não se mostrou muito viável, pois a competição pelos mercados mundiais era acirrada: o Egito e a Índia emergiam como fontes rivais no mercado de algodão, enquanto que outros produtores aumentavam a exportação de cereais.

Essa situação levou a uma queda de preço dos produtos agrícolas nos Estados Unidos. Desse modo, entre 1870 e 1890, o preço do milho caiu cerca de 11%. Situação mais grave ocorreu com o trigo (-40%) e com o algodão (-49%).

Em 1889, o preço do milho no Estado do Kansas era cotado a cerca de metade do custo estimado de produção.

Alguns agricultores, que precisavam de dinheiro para saldar dívidas, tentaram aumentar a renda aumentando a produção de produtos cuja superprodução já havia feito os preços desabarem, o que reduziu drasticamente as receitas agrícolas.

Estima-se que entre 1879 e 1883, foram construídas, em média, cerca de oito mil milhas de ferrovias por ano. Essas construções incrementavam a procura por: madeira, carvão, ferro e aço.

Entre 1870 e 1890, o incremento da produção industrial foi de cerca de 296%. Isso se refletiu em uma crescente independência das importações europeias e em um aumento da exportação de produtos industrializados dos Estados Unidos.

O valor da produção industrial norte-americana já era mais da metade do valor da produção industrial europeia e o dobro da produção industrial da Grã-Bretanha[3].

Causas estruturais

Diversas foram as causas estruturais que ajudaram a desencadear o Pânico Financeiro de 1893, dentre elas:

a política monetária subordinada ao padrão-ouro;
a queda dos preços dos produtos agrícolas, que fez com que as dívidas contraídas recentemente para expansão da atividade agrícola se tornasse um fardo insuportável, gerando redução do consumo dos produtos manufaturados pelos produtores agrícolas (o consumo de equipamentos agrícolas começou a cair já em 1891);
o subconsumo (a economia produzia bens e serviços a uma taxa maior do que a sociedade consumia, o que gerava um acúmulo de estoques que fazia com que as empresas reduzissem a produção, tal redução gerava mais desemprego, o que, por sua vez, agravava ainda mais o problema do subconsumo);
o aumento do ritmo na execução de hipotecas agrícolas gerou uma contração do crédito agrícola;
redução dos índice de confiança dos agentes econômicos, reduzindo o consumo e novos investimentos;
no início da década final do século XIX, apesar de um saldo positivo na balança comercial, os Estados Unidos tinham uma balança de pagamentos negativa.
Paradoxalmente, em 1892, pouco antes do Pânico Financeiro de 1893, houve uma melhoria dos indicadores econômicos, o que poderia significar uma superação de uma situação de crise. O ritmo da construção civil atingiu o pico em abril de 1892, depois teve início um declínio que somente seria revertido na virada do século, quando o ritmo da construção civil voltou a crescer.

Outros setores da economia também apresentavam sinais de fraqueza, na medida em que se aproximava a março de 1893, quando ocorreu a posse de Grover Cleveland, na Presidência dos Estados Unidos.

A redução do ritmo na construção de ferrovias também gerou uma redução da demanda de diversos produtos. Esse fato era particularmente relevante pois, nas décadas de 1870 e 1880, a expansão das ferrovias representava entre 15 e 20 por cento do investimento nacional total (na década de 1880, 90% da produção de aço laminado dos Estados Unidos, tinham como destino, a produção de trilhos). Em 1887, foram construídas 12.984 milhas de novas ferrovias, nos anos seguintes, esse índice caiu abruptamente.

Essa queda de investimentos, ocorreu porque: ganhos insatisfatórios e baixo retorno para os investidores (em 1892, apenas 44% das ações ferroviárias em circulação retornaram dividendos, embora o dobro dessa proporção de títulos pagasse juros) indicavam que uma maior expansão das ferrovias resultaria em um menor grau de retorno dos investimentos[3].

Causas

O Pânico de 1893 tem muitas causas. Uma das causas pode ser rastreada até a Argentina. O investimento foi incentivado pelo banco argentino que era agente do Baring Brothers. No entanto, a quebra da safra de trigo de 1890 e um golpe fracassado em Buenos Aires encerraram novos investimentos. Além disso, as especulações sobre propriedades sul-africanas e australianas também fracassaram. Como os investidores europeus temiam que esses problemas pudessem se espalhar, eles iniciaram uma corrida ao ouro no Tesouro Estados Unidos.

A Moeda de ouro era considerada mais segura do que o papel-moeda; quando as pessoas estavam incertas sobre o futuro, elas trocavam notas em papel por moedas de ouro.[3]

Durante a Era Dourada americana, a expansão da economia americana foi enorme em diversos setores, principalmente na construção de ferrovias, porém, com o tempo houve uma bolha no setor que contribuiu para as incertezas.[4]

(...)
Pânico financeiro de 1907

https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2ni ... ro_de_1907

O pânico financeiro de 1907, também conhecido com o pânico dos banqueiros de 1907, foi uma crise financeira que ocorreu nos Estados Unidos quando a Bolsa de Valores de Nova Iorque caiu quase 50% relativamente ao seu pico no ano anterior. Houve pânico, pois eram tempos de recessão económica, com numerosas corridas aos bancos e sociedades fiduciárias. O pânico de 1907 acabaria por espalhar-se por todo o país com a falência de muitos bancos e empresas estaduais e locais. Entre as causas primárias desta corrida incluem-se a retração da liquidez do mercado por alguns bancos de Nova Iorque e uma perda de confiança entre os depositantes, exacerbada pelas apostas paralelas e bucket shops não regulamentadas.[1]

A crise foi desencadeada pela tentativa falhada de encurralar o mercado de ações da United Copper em outubro de 1907. Quando esta tentativa falhou, os bancos que haviam emprestado o dinheiro para o esquema de encurralamento foram alvo de corridas aos depósitos que mais tarde se estenderam a bancos e sociedades fiduciárias associados, levando uma semana mais tarde à ruína da Knickerbocker Trust Company — a terceira maior sociedade fiduciária de Nova Iorque. O colapso da Knickerbocker espalhou o medo entre as sociedades fiduciárias da cidade à medida que os bancos regionais levantavam as suas reservas nos bancos de Nova Iorque. O pânico estendeu-se pela nação à medida que grande número de pessoas levantava os seus depósitos nos seus bancos regionais.

O pânico poderia ter-se aprofundado se não tivesse ocorrido a intervenção do financeiro J. P. Morgan, que ofereceu como garantia grandes quantias do seu próprio dinheiro, e convenceu outros banqueiros de Nova Iorque a fazerem o mesmo, para reforçar o sistema bancário. Nessa altura os Estados Unidos não tinham um banco central para injetar liquidez no mercado. Chegado o mês de novembro o contágio financeiro havia na sua maior parte parado, contudo uma nova crise emergiu quando uma grande empresa de corretagem contraiu grandes somas por empréstimo usando ações da Tennessee Coal, Iron and Railroad Company (TC&I) como garantia. O colapso do preço das ações da TC&I foi evitado por meio de uma oferta pública de aquisição de emergência feita pela U.S. Steel Corporation de Morgan — com a aprovação do presidente antimononopolista Theodore Roosevelt. No ano seguinte, o senador Nelson W. Aldrich criou e presidiu a uma comissão para investigar a crise e propor soluções futuras, conduzindo à criação da Reserva Federal dos Estados Unidos. Na verdade foi tudo provocado pelos Rothschild com a ajuda do Morgan.

(...)
No Brasil, destacando o caso da "Crise do encilhamento" , onde o estado deu uma liberada pra estabelecimentos bancários emitissem dinheiro:
Lista de crises econômicas no Brasil

-> Crise do encilhamento

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ ... _no_Brasil

Após a Proclamação da República, Ruy Barbosa, ministro da Fazenda, assinou um decreto, em 1890, que permitia que estabelecimentos bancários emitissem dinheiro. A razão para a medida era que a quantidade de dinheiro no país não era suficiente para atender às necessidades de expansão da agricultura e da indústria, além de haver mais trabalhadores assalariados a serem pagos desde o fim da escravidão. Com a medida, a quantidade de dinheiro no país triplicou de 1889 a 1891. Mas a euforia financeira gerada ultrapassou em muito a capacidade produtiva do país. Como consequência, houve uma grande quantidade de falências e um enorme processo inflacionário.
Leo Kruger escreveu:
Seg, 17 Fevereiro 2025 - 12:40 pm
Os planos do Hoover e o Roosevelt que vieram logo em seguida só agravaram ainda mais o cenário. Medidas malucas como tarifas protecionistas, congelamento de preços e salários (estilo sarney), medidas essas que ficaram conhecido como plano New Deal. Ainda não surtindo efeito resolveram dobrar a aposta no New Deal o que fez a recessão se estender por mais de uma década e só foi melhorar depois da ww2.
Agora põe protecionismo como negativo, mas, quando Trump pratica isso ta ok?

Re: Liberalismo Econômico

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 17 Fevereiro 2025 - 21:29 pm
Já tiveram outras crises muito antes de existir algum FED e coisas do tipo, nos EUA e pelo mundo. Lembra ou não sabia disso?
Sim, bolha das tulipas holandesas é clássica. Mas, é um evento que podemos classificar como isolado e que não se repetiu muito pela história, ela afetou mais especuladores da época e não a sociedade ou governo.

lugares com economia libertária não seriam atingidos por problemas
Todas as sociedades são atingidas por problemas, o que difere uma da outra é a quantidade e intensidade de cada problema
Agora põe protecionismo como negativo, mas, quando Trump pratica isso ta ok?
Nunca defendi o protecionismo do Trump, inclusive condeno junto com a política de imigração dele. Isso não tira o fato que EUA é um dos países com maior liberdade econômica.

Re: Liberalismo Econômico

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

O Nando Moura e o MBL, que até certo tempo eram aliados, parece que romperam faz pouco tempo, com direito a troca de ofensas. Parece que o motivo teria sido o MBL ter usado dinheiro de fundão:

https://www.youtube.com/channel/UCOOCeq ... n9WpfMLv8e

Nando Moura
há 1 dia (editado)
MBL É ISSO. Difamador alocado no gabinete do Guto Zacarias mamando nosso dinheiro…
Provar que é bom, nada.

Imagem
Alguns comentários:

@renatomatos46
há 23 horas
Eu vivi pra ver o político cobrar o eleitor.... só nesse país mesmo.

@COYOTE204
há 1 hora
@renatomatos46 na vdd não esta cobrando o influenciador, esta so se defendendo usando a propia regra moral do nando sobre uso de dinheiro publico, o nando o xingou e falou que quem usa dinheiro publico é vagabundo, agora o renato esta chamando ele de hipocrita.
É bem normal respostas a influenciadores, caso eles não respondessem seria bem pior.


@cleberparbreu
há 54 minutos
@COYOTE204 Essa régua foi criada por vários membros do MBL. Por conveniência a régua foi mudada pelo MBL e seus defensores anônimos!
@lonecom685
há 23 horas
Esse Renato é muito cínico. O cara usa fundão e quer pagar de justiceiro do dinheiro público kkk! Foda.


@thiagosoares8340
há 22 horas
Ele ficou revoltado quando o Nando falou do lanche dele... KKKKKKKKKK
Nando, nunca mais apoie nenhum político, todos eles são iguais.


@OTOUFIC
há 1 dia
Os caras são funcionários do povo e querem atacar o próprio cidadão que reclama de ser roubado. Kkkkkkkkk, esse país não é brincadeira...

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

Huxley
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Registrado em: Sáb, 07 Março 2020 - 20:48 pm

Mensagem por Huxley »

Huxley escreveu:
Qua, 16 Novembro 2022 - 22:05 pm
Huxley escreveu:
Sáb, 05 Novembro 2022 - 22:52 pm
Conforme a China foi crescendo, os empregos foram passando de estatais para as empresas privadas.
Fonte: https://www.rba.gov.au/publications/bul ... sep/4.html

Imagem
(Neoliberais Brasil)

Fonte: https://twitter.com/neoliberaisbr/statu ... bT9IssAAAA
E não é só isso (abaixo provavelmente tem uma referência aos presidentes militares da época do “milagre brasileiro”, embora isso não tenha ficado claro no texto, apenas subentendido):

A China:
Praticamente não possui seguro social
Tem a grande maioria da sua população trabalhando em empresas privadas
Conta com bilionários e crescente desigualdade social.
Aqui ficamos sem caracteres antes de motivos pelos quais o sucesso chinês não é resultado do socialismo.

Há uma única característica socialista na China: O PCCh manteve o “comunista” no nome. Aparentemente este é o motivo de tanta gente que nunca estudou a história econômica deles achar que a China é socialista.

Por fim, se você acha que crescimento econômico justifica a ditadura chinesa, há um grupo que provavelmente se daria muito bem com você: evidentemente falo de bolsonaristas lambedores de coturnos militares.

Vale lembrar que, de fato, o setor público vem, de fato, aumentando sua participação no PIB nos últimos anos. Paralelamente, o crescimento do PIB chinês tem sido mais baixo, embora outros fatores, como a demografia, provavelmente importam tanto ou mais.
(Neoliberais Brasil)

Fonte: https://twitter.com/neoliberaisbr/statu ... MnJssAAAAj
Ainda sobre o suposto “socialismo” da China, encontrei isso:

Grande maioria das entidades empresariais na China é do setor privado

O número de entidades privadas na China ultrapassou 180,86 milhões até o final de setembro de 2024, representando 96,37% do total de entidades empresariais do país, informou a Administração Estatal para Regulação do Mercado na quarta-feira.

Por Xinhua Silk Road - 09:18 - 6 de novembro de 2024

(…)

Xinhua Silk Road
Agência de notícias oficial do governo da República Popular da China.
Fonte: https://monitormercantil.com.br/grande- ... or-privado

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Qua, 09 Abril 2025 - 23:29 pm

Grande maioria das entidades empresariais na China é do setor privado
E ainda tem gente chamando a China de comunista.

A China tem mais liberdade econômica do que a América Latina. A diferença é que lá o governo pode intervir quando precisar, colocando o bem comum em primeiro lugar. Mas é muito improvável que o governo intrometa numa fábrica de quintal ou numa lojinha de rua.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Tutu escreveu:
Qui, 10 Abril 2025 - 17:37 pm
Huxley escreveu:
Qua, 09 Abril 2025 - 23:29 pm

Grande maioria das entidades empresariais na China é do setor privado
E ainda tem gente chamando a China de comunista.

A China tem mais liberdade econômica do que a América Latina. A diferença é que lá o governo pode intervir quando precisar, colocando o bem comum em primeiro lugar. Mas é muito improvável que o governo intrometa numa fábrica de quintal ou numa lojinha de rua.
Há muuuuuuuito tempo que Comunismo deixou de ser um termo adequado para descrever um modo de produção. Hoje em dia, é mais usado para descrever um movimento exclusivamente político que usa esse modo idealizado de produção de forma parcial e sempre como pretexto para alcançar objetivos escusos e inconfessáveis.

Re: Liberalismo Econômico

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Qui, 10 Abril 2025 - 17:45 pm
Há muuuuuuuito tempo que Comunismo deixou de ser um termo adequado para descrever um modo de produção. Hoje em dia, é mais usado para descrever um movimento exclusivamente político que usa esse modo idealizado de produção de forma parcial e sempre usando como pretexto para alcançar objetivos escusos e inconfessáveis.
Nesse caso podemos dizer que a esquerda progressista, composta por gente como Tradeau e Kamala, e também a parasitária como Morales e Lula, são "comunistas". Defendem a intervenção estatal "para alcançar objetivos escusos e inconfessáveis" com o pretexto de "igualdade" e "justiça social".

Re: Liberalismo Econômico

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Tutu escreveu:
Qui, 10 Abril 2025 - 18:03 pm
Huxley escreveu:
Qui, 10 Abril 2025 - 17:45 pm
Há muuuuuuuito tempo que Comunismo deixou de ser um termo adequado para descrever um modo de produção. Hoje em dia, é mais usado para descrever um movimento exclusivamente político que usa esse modo idealizado de produção de forma parcial e sempre usando como pretexto para alcançar objetivos escusos e inconfessáveis.
Nesse caso podemos dizer que a esquerda progressista, composta por gente como Tradeau e Kamala, e também a parasitária como Morales e Lula, são "comunistas". Defendem a intervenção estatal "para alcançar objetivos escusos e inconfessáveis" com o pretexto de "igualdade" e "justiça social".
Só no teu mundo de fantasia Trudeau e Kamala fizeram algum conjunto de ações em direção a construção de um Estado Totalitário.

Comunismo = movimento político de luta por "controle efetivo e total da sociedade civil e política, sob o pretexto de um "modo de produção" cujo advento continuará e terá de continuar sendo adiado pelos séculos dos séculos". Como diria Olavo de Carvalho: https://olavodecarvalho.org/o-comunismo-real/

Re: Liberalismo Econômico

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Porque a saúde nos EUA é tão cara
Resposta ediada do copiloto com base no artigo:
https://economiaenegocios.com/6-razoes- ... s-nos-eua/
https://cidesp.com.br/artigo/quanto-gan ... o-nos-eua/
1. Excesso de regulamentação: Custos “administrativos” são freqüentemente citados como uma causa para gastos médicos excessivos. Os EUA gastam cerca de 8% de seu dólar de saúde em custos administrativos, em comparação com 1% a 3% nos outros 10 países que o estudo JAMA analisou.

2. Sistema fragmentado: Diferentes seguradoras e provedores criam uma burocracia complexa, aumentando os custos administrativos.

3. Preços de medicamentos: Os EUA não regulam os preços dos medicamentos como outros países, permitindo que farmacêuticas cobrem valores elevados.

4. Salários altos dos profissionais de saúde: Médicos e enfermeiros recebem remunerações significativamente maiores do que em outros países.

5. Tecnologia médica avançada: O uso de equipamentos de ponta e tratamentos inovadores eleva os custos dos serviços médicos.

6. Litígios médicos: O medo de processos judiciais leva à prática de medicina defensiva, aumentando a realização de exames e procedimentos desnecessários.

7. Falta de transparência nos preços: Pacientes muitas vezes não sabem quanto pagarão por um tratamento até receberem a conta.


Por que os médicos lá recebem salário tão alto?

Custo da educação médica: A formação médica nos EUA é cara, com muitos profissionais acumulando dívidas estudantis significativas. Diferente de outros países, os EUA oferecem poucos subsídios para estudantes de medicina, tornando o financiamento dependente de empréstimos estudantis.

Carga de trabalho intensa: Médicos frequentemente trabalham longas horas e lidam com grande pressão, o que justifica remunerações mais altas

Sistema de saúde privado: Como a maioria dos serviços médicos nos EUA é privada, os médicos podem negociar salários mais altos, especialmente em hospitais renomados e clínicas especializadas
É um exemplo de fracasso do livre mercado. A esquerda quer estatizar e cobrar impostos, a direita que fazer nada. O sistema é muito caro por causa de uma combinação de fatores, inclui excesso de regulamentação, que cria a medicina defensiva, na qual os médicos já tem advogado de confiança, e reserva de mercado, como também as práticas livres como abuso no preço dos medicamentos e falta de transparência nos preços, que são justamente os que burla o livre mercado, porque a disposição a pagar do doente é máxima e a falta de transparência desestimula a concorrência.

Re: Liberalismo Econômico

Huxley
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Re: Liberalismo Econômico

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Huxley escreveu:
Sáb, 10 Maio 2025 - 19:12 pm
Imagem

Fonte: https://x.com/Josie_Melo/status/1920855859627790807
Com tanta coisa amarrada ao valor do salário mínimo, aumentar de forma populista vai causar demissões e falências em vez de melhorar a vida dos trabalhadores.

Re: Liberalismo Econômico

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Essa militância “liberal” do MBL é um desastre mesmo:

A lei Sharia defendida pelo coordenador do MBL:

Chicoteia mulheres por mostrarem o tornozelo.
Apedreja gays em praça pública.
Força meninas a casarem com seus estupradores aos 12 anos.

MUITO NOBRE MESMO 🥰🥰🥰🥰

Imagem
(Luciana Carvalho)

Fonte: https://x.com/lucianocarvaIho/status/19 ... 1598714346

Re: Liberalismo Econômico

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Huxley escreveu:
Sáb, 14 Junho 2025 - 20:14 pm
Essa militância “liberal” do MBL é um desastre mesmo:

A lei Sharia defendida pelo coordenador do MBL:

Chicoteia mulheres por mostrarem o tornozelo.
Apedreja gays em praça pública.
Força meninas a casarem com seus estupradores aos 12 anos.

MUITO NOBRE MESMO 🥰🥰🥰🥰

Imagem
(Luciana Carvalho)

Fonte: https://x.com/lucianocarvaIho/status/19 ... 1598714346
A escravidão também é ancestral. Vamos liberá-la de novo?
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