Estado de Israel

Área destinada à discussão sobre Laicismo e Política e a imparcialidade do tratamento do Estado às pessoas.
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Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Desconsiderando o direito dos judeus, os verdadeiros donos do território eram os árabes. Então eles passaram séculos sob domínio otomano, que também são islâmicos. Os britânicos, que é o império mais detestável de toda história, tomaram o território dos otomanos. Os britânicos não passam de bandidos que ocuparam território alheio.
Dizer que Israel não deveria existir porque o Império Otomano não deveria ter sido extinto pelos Aliados da Primeira Guerra Mundial é uma piada e um tiro no próprio pé. Segundo o raciocínio, o próprio Império Otomano não deveria ter existido por causa das suas conquistas territoriais na base da força. Só o Império Britânico era malvado? Aham, “tá serto”. Bonzinho mesmo era o Império Turco-Otomano, que promoveu um dos maiores massacres já vistos na história da humanidade. Esse massacre ficou conhecido como genocídio armênio (1915-1923).
32% não é maioria. Grande parte do fluxo de imigração ocorreu nos 3 décadas anteriores, principalmente durante o domínio britânico, que era quando o povo local tinha controle nenhum sobre o governo e nem podia proibir as imigrações. A invasão e colonização começou durante esse período migratório.

Não existia estado-nação no local, mas existia uma etnia local. O direito do povo local foi violado em favor do interesse do povo imigrante.
Os judeus chegaram a representar 14% da população da região na época do Império Otomano. Cadê a proibição dos 14% de morarem lá em 1914? Ademais, não foi demonstrado que as imigrações dos judeus foram injustas nas décadas que antecederam a fundação do Estado de Israel. Afinal, eles não roubaram propriedade privada imobiliária de alguém.

“32% não é maioria… Não existia estado-nação no local, mas existia uma etnia local”. Os judeus eram maioria na população de judeus/palestinos na região em que a ONU demarcou como território de estado judeu. Sinto muito. Mais um argumento em que o tiro sai pela culatra.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Huxley escreveu:
Qua, 06 Dezembro 2023 - 21:25 pm
Inicialmente, o Estado de Israel invadiu nada. Simplesmente declarou independência levando em conta as fronteiras propostas pela ONU em 1947. Quem declarou guerra foram os estados árabes. As mudanças de fronteiras vieram depois da agressão árabe e da guerra de 1948.
Declarou 'independência' pegando teritório alheio (e nem vem com argumento de que judeus ou supostos judeus atuais que se estabelceram lá teriam direito que judeus antigos ). Parece muito os EUA, que fizeram independência na terra dos nativo-americanos excluindo esse dos direitos a posse da terra.

Huxley escreveu:
Qua, 06 Dezembro 2023 - 21:25 pm
Os árabes não eram donos daquele território pouco antes da fundação do Estado de Israel. O único estado-nação existente ali era o Reino Unido, já que a região era Protetorado Britânico. O Reino Unido terminou seu mandato em 1948 e concordou com a arbitragem da ONU na decisão da divisão do território para depois de seu mandato.
De novo, isso? Desde que maior parte dos judeus foi expulsa da Palestina, o Reino Unido teve lá? Usando essa lógica, só falta dizer que os EUA não tomaram terras de nativo-americanos mas dos britânicos (usando EUA como exemplo de novo).

Huxley escreveu:
Qua, 06 Dezembro 2023 - 21:25 pm
Não é uma questão de devolução de território. A região de Israel-Palestina tinha população composta por 32% de judeus quando o Estado de Israel foi fundado. E esses judeus não chegaram lá roubando território de alguém. Eles ou seus ascendentes próximos ou distantes compraram propriedades privadas lá. Ademais, não existia estado-nação algum no local em que fundaram o Estado de Israel, já que o Reino Unido abandonou oficialmente o território em 1948.
Isso ta virando retórica circular. Repetindo algo que acredita ser verdade não vai fazer virar verdade.

Não existia estado-nação entre nativo-americanos, logo seria uma desculpa pra genocídio e expropriação?

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Declarou 'independência' pegando teritório alheio (e nem vem com argumento de que judeus ou supostos judeus atuais que se estabelceram lá teriam direito que judeus antigos ).
Israel pegou “território alheio”?!?! De qual estado-nação Israel pegou território na sua fundação em maio de 1948? "Território abandonado pelo Reino Unido" agora virou sinônimo de "território alheio"?

Parece muito os EUA, que fizeram independência na terra dos nativo-americanos excluindo esse dos direitos a posse da terra.
Onde que os judeus ficaram "excluindo" os palestinos dos "direitos a posse da terra"? As propriedades privadas imobiliárias que os judeus adquiriram na região de Israel-Palestina durante as aliás foram COMPRADAS de investidores imobiliários de lá. Essas posses começaram a ser adquiridas na época da jurisdição do Império Otomano. E mesmo a imigração judaica se deu legalmente segundo a jurisdição do Império Otomano. De onde é que você tirou que isso significa roubar?
De novo, isso? Desde que maior parte dos judeus foi expulsa da Palestina, o Reino Unido teve lá? Usando essa lógica, só falta dizer que os EUA não tomaram terras de nativo-americanos mas dos britânicos (usando EUA como exemplo de novo).

Não existia estado-nação entre nativo-americanos, logo seria uma desculpa pra genocídio e expropriação?


Os palestinos tinham território suficiente para fundar seu próprio Estado, mas adivinhe quem invadiu e ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia no pós-guerra de 1948? Exatamente. Egito e Jordânia. E, antes disso, os partidos árabes sabotaram o esboço do acordo do Plano de Partição da ONU de 1947 - que foi aceito pelos judeus -, que deixaria ainda mais espaço para os palestinos terem seu próprio Estado. Judeus imigrando e comprando propriedades privadas imobiliárias legalmente, palestinos tendo território suficiente para fundar o Estado de sua etnia na época da fundação de Israel. Onde que diabos isso é "expropriação"?

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

O que emperra a solução de dois Estados para israelenses e palestinos?

youtu.be/DWy5YLgS50U

Teoria da conspiração?
Netanyahu é acusado de alimentar o Hamas para poder enfraquecer ANP. A ANP tinha acordo de paz e estava controlando a Cisjordânia, admitindo uma solução de dois Estados. Mas Israel continua construindo assentamentos lá. Com o Hamas mais radical, Israel consegue apoio da opinião pública contra a existência da palestina como um todo.

O sistema "democrático" de Israel sofre dos mesmos problemas dos ocidentais. Os árabes israelenses são 20% da população, mas representam menos de 10% no parlamento. O motivo é porque são mais pobres, igual ocorre com negros no Brasil.

Re: Estado de Israel

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

A esquerdalha não vai acusar a Turquia e outros países de impedir que os curdos tenham seu próprio país?
Turquia lança ataques aéreos no Iraque e Síria após morte de 12 soldados

Por AFP — São Paulo 24/12/2023

A Turquia realizou na noite deste sábado (23) uma operação aérea "contra alvos terroristas no norte da Síria e no Iraque" após a morte de 12 de seus soldados em dois dias, anunciou o Ministério da Defesa turco.

Segundo o órgão, os doze soldados turcos morreram em dois ataques separados contra bases militares na sexta-feira e no sábado, no norte do Iraque

O ministério afirmou em comunicado publicado em seu site que "29 alvos, incluindo cavernas, bunkers, abrigos, instalações petrolíferas e depósitos, foram destruídos" durante a operação realizada "às 22h" (16h no horário de Brasília).

Confronto

Um correspondente da AFP e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos haviam relatado ataques a duas instalações petrolíferas no nordeste da Síria, perto da fronteira turca, sem constatar vítimas. O ministério turco havia anunciado anteriormente que "seis bravos camaradas caíram como mártires em um confronto com terroristas que tentavam se infiltrar em uma base na zona da operação 'Garra Cerrada'".

Pela manhã, Ancara informou a morte de outros seis soldados no norte do Iraque durante um ataque na noite de sexta-feira atribuído ao PTC (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), classificado como grupo terrorista por Ancara e seus aliados ocidentais.

Segundo relatos da mídia, as bases militares turcas atacadas na sexta-feira e no sábado estão localizadas em Hakurk e Zap.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, falou neste sábado sobre as retaliações do exército turco contra "os terroristas" no norte do Iraque e na Síria. - Os malignos separatistas prestaram contas pelo sangue que derramaram -, afirmou.

- Continuaremos aplicando com determinação nossa estratégia para eliminar o terrorismo em sua origem até acabar com o último terrorista -, acrescentou.

============

Comentários dos leitores:

Custa a Turquia, o Iraque e a Síria doarem 10% de seus territórios para os Curdos? Esses mesmos países vivem defendendo os Palestinos e criticam Israel por combater o terroristas no seu quintal mas fazem pior do que Israel porque o que eles sofrem com o terrorismo não chega a 1% do que Israel sofre!
****
Os curdos têm direito a ter um país. Todo povo, que não tem um país próprio, corre o risco de sofrer o mesmo que os judeus sofreram na Alemanha nazista. Por não ter um país próprio viviam aglomerados em vários países pois ainda não tinham recuperado a posse de sua terra legítima.
****
Ué, quando os ter////roristas estão no quintal de Israel, diz que Israel tem que parar com os bombardeios e pede a Palestina livre mas quando os terroristas estão no seu quintal, daí bomba pra cima mesmo em outros países! Erdogan hipóc///rita como a maioria dos presidentes!
****
Erdogan elogiou o Hamas e disse que Israel estava perseguindo palestinos, agora, classifica esses atentados como terroristas sendo que já perseguia curdos
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/ ... ados.ghtml

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Off_topic:
Fernando Silva escreveu:
Seg, 25 Dezembro 2023 - 14:23 pm
A esquerdalha não vai acusar a Turquia e outros países de impedir que os curdos tenham seu próprio país?
Turquia lança ataques aéreos no Iraque e Síria após morte de 12 soldados

Por AFP — São Paulo 24/12/2023

A Turquia realizou na noite deste sábado (23) uma operação aérea "contra alvos terroristas no norte da Síria e no Iraque" após a morte de 12 de seus soldados em dois dias, anunciou o Ministério da Defesa turco.

Segundo o órgão, os doze soldados turcos morreram em dois ataques separados contra bases militares na sexta-feira e no sábado, no norte do Iraque

O ministério afirmou em comunicado publicado em seu site que "29 alvos, incluindo cavernas, bunkers, abrigos, instalações petrolíferas e depósitos, foram destruídos" durante a operação realizada "às 22h" (16h no horário de Brasília).

Confronto

Um correspondente da AFP e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos haviam relatado ataques a duas instalações petrolíferas no nordeste da Síria, perto da fronteira turca, sem constatar vítimas. O ministério turco havia anunciado anteriormente que "seis bravos camaradas caíram como mártires em um confronto com terroristas que tentavam se infiltrar em uma base na zona da operação 'Garra Cerrada'".

Pela manhã, Ancara informou a morte de outros seis soldados no norte do Iraque durante um ataque na noite de sexta-feira atribuído ao PTC (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), classificado como grupo terrorista por Ancara e seus aliados ocidentais.

Segundo relatos da mídia, as bases militares turcas atacadas na sexta-feira e no sábado estão localizadas em Hakurk e Zap.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, falou neste sábado sobre as retaliações do exército turco contra "os terroristas" no norte do Iraque e na Síria. - Os malignos separatistas prestaram contas pelo sangue que derramaram -, afirmou.

- Continuaremos aplicando com determinação nossa estratégia para eliminar o terrorismo em sua origem até acabar com o último terrorista -, acrescentou.

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Comentários dos leitores:

Custa a Turquia, o Iraque e a Síria doarem 10% de seus territórios para os Curdos? Esses mesmos países vivem defendendo os Palestinos e criticam Israel por combater o terroristas no seu quintal mas fazem pior do que Israel porque o que eles sofrem com o terrorismo não chega a 1% do que Israel sofre!
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Os curdos têm direito a ter um país. Todo povo, que não tem um país próprio, corre o risco de sofrer o mesmo que os judeus sofreram na Alemanha nazista. Por não ter um país próprio viviam aglomerados em vários países pois ainda não tinham recuperado a posse de sua terra legítima.
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Ué, quando os ter////roristas estão no quintal de Israel, diz que Israel tem que parar com os bombardeios e pede a Palestina livre mas quando os terroristas estão no seu quintal, daí bomba pra cima mesmo em outros países! Erdogan hipóc///rita como a maioria dos presidentes!
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Erdogan elogiou o Hamas e disse que Israel estava perseguindo palestinos, agora, classifica esses atentados como terroristas sendo que já perseguia curdos
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/ ... ados.ghtml
Israel entrou na questão aí por comparação.
E não é só esquerdista que questiona o estado de Israel. Tem uma extrema-direita antissemita (e tem aversão a judeus de forma irrestrita e ao estado de Israel por tabela) e tem os que são antissionistas (como Neturei Karta, por exemplo) que não são de esquerda.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Adversário de premiê israelense pede eleições antecipadas | AFP
Adversário político do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ministro Benny Gantz pediu a convocação de eleições legislativas antecipadas. O político pretende estabelecer 'uma data consensual para o mês de setembro' ou 'para o primeiro aniversário da guerra' com o Hamas, em outubro.

youtu.be/X3Dkwdixvso

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

CIJ pede que Israel retire colonos de assentamentos e devolva terras aos palestinos
Haia, 19 jul (EFE).- A Corte Internacional de Justiça (CIJ) considerou nesta sexta-feira que as políticas israelenses de assentamentos “violam o direito internacional” e sua “presença contínua” na Palestina é ilegal, razão pela qual exigiu a evacuação de todos os colonos, o desmantelamento do muro de separação e a devolução das terras aos seus residentes originais deslocados desde 1967.


youtu.be/u4hcsAO5wbg

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Israel gave birth control to Ethiopian Jews without their consent

27 January 2013

https://www.independent.co.uk/news/worl ... 68800.html
Israel has admitted for the first time that it has been giving Ethiopian Jewish immigrants birth-control injections, often without their knowledge or consent.

The government had previously denied the practice but the Israeli Health Ministry’s director-general has now ordered gynaecologists to stop administering the drugs. According a report in Haaretz, suspicions were first raised by an investigative journalist, Gal Gabbay, who interviewed more than 30 women from Ethiopia in an attempt to discover why birth rates in the community had fallen dramatically.

One of the Ethiopian women who was interviewed is quoted as saying: “They [medical staff] told us they are inoculations. We took it every three months. We said we didn’t want to.” It is alleged that some of the women were forced or coerced to take the drug while in transit camps in Ethiopia.

The drug in question is thought to be Depo-Provera, which is injected every three months and is considered to be a highly effective, long-lasting contraceptive.

Nearly 100,000 Ethiopian Jews have moved to Israel under the Law of Return since the 1980s, but their Jewishness has been questioned by some rabbis. Last year, the Prime Minister, Benjamin Netanyahu, who also holds the health portfolio, warned that illegal immigrants from Africa “threaten our existence as a Jewish and democratic state”.

Haaretz published an extract from a letter sent by the Ministry of Health to units administering the drug. Doctors were told “not to renew prescriptions for Depo Provera for women of Ethiopian origin if for any reason there is concern that they might not understand the ramifications of the treatment”.

Sharona Eliahu Chai, a lawyer for the Association of Civil Rights in Israel (ACRI), said: “Findings from investigations into the use of Depo Provera are extremely worrisome, raising concerns of harmful health policies with racist implications in violation of medical ethics. The Ministry of Health’s director-general was right to act quickly and put forth new guidelines.”

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Eu postei noutro tópico de artigos que contrapõe a visão idealizada ou amenizada que muitos tem da 'democracia' israelense, onde seria maravilhosa, não teria espaço pro fanatismo e intolerância. E a democracia israelense não bem assim tão democrática. A seguir, informações e notícias sobre intolerância de judeus ultraortodoxos contra a igualdade de direitos entre sexos, censura em relação a vestimentas, etc:


Mulher israelense ignora ultraortodoxos e se nega a sentar atrás em ônibus

18 dezembro 2011

https://www.bbc.com/portuguese/noticias ... _onibus_gf

Uma mulher israelense negou-se a ceder às imposições de ultraortodoxos que queriam obrigá-la a ficar na parte traseira de um ônibus e tornou-se símbolo da luta contra a segregação das mulheres em áreas religiosas do país.

Na última sexta-feira, a engenheira Tanya Rosenblit, 28 anos, tomou um ônibus em sua cidade, Ashdod (sul de Israel), com destino a Jerusalém.

Como sabia que o ônibus passava por bairros religiosos, ela diz ter tomado a precaução de vestir-se de "maneira modesta", para não irritar os demais passageiros.

Tanya diz que, logo depois de sentar-se atrás do motorista, vários homens ultraortodoxos começaram a xingá-la, mandando-a se deslocar para a parte traseira.


"Disse a eles que não estava fazendo nenhuma provocação, e que, se tratando de um ônibus público, todos os cidadãos têm o direito de viajar nele", afirmou Rosenblit.

"Também lhes disse que comprei minha passagem exatamente como eles e que não tinham o direito de me dizer onde sentar."

Os homens afirmavam, segundo a engenheira, que "não poderiam sentar atrás de mulheres" no veículo.

Em Israel, existem 70 linhas de ônibus, predominantemente utilizadas por ultraortodoxos, nas quais é praticada a separação entre homens, que ficam na parte dianteira, e mulheres, que ficam na parte de trás do veículo.

Apesar de protestos de grupos feministas e de grupos de direitos humanos, o fenômeno tornou-se comum em várias regiões do país.



Intervenção policial


Devido à resistência de Rosenblit, os homens impediram o ônibus de prosseguir sua viagem.

O motorista acabou chamando a polícia, que também tentou convencer a mulher a se deslocar para a parte traseira.

Após a discussão, os policiais instruíram o motorista a prosseguir e disseram que quem não concordasse com a decisão "poderia descer do ônibus". Vários dos passageiros ultraortodoxos saíram do veículo, e o ônibus finalmente partiu para Jerusalém.

Depois que a engenheira divulgou a história no Facebook, o incidente rapidamente virou notícia nos principais veículos de comunicação no país.

A imprensa comparou Tanya à ativista americana Rosa Parks, que, em 1955, negou-se a ceder seu lugar no ônibus a um branco, episódio que virou símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos.

A história de Tanya ocorre em meio a uma polêmica crescente em Israel, causada pela exclusão das mulheres de espaços públicos, imposta por ultraortodoxos.


Em Jerusalém, onde grande parte da população é religiosa, não se vê mulheres em outdoors, nem mesmo em propagandas de roupas femininas.

Várias estações de rádio religiosas não transmitem vozes femininas cantando, pois, segundo os preceitos ultraortodoxos, a mulher tem uma voz "obscena", podendo cantar apenas dentro de sua própria casa.

Algumas estações de rádio também pararam de transmitir vozes de mulheres falando.

Na semana passada, homens ultraortodoxos impediram mulheres de participar em uma eleição de lideranças comunitárias, no bairro religioso de Mea Shearim.

Depois que a história de Tanya Rosenblit chegou à mídia, a questão da segregação das mulheres foi discutida na reunião semanal do gabinete israelense.

Netanyahu dando uma de ovelhinha conciliadora boazinha, usando demagogia, diferente do leão extremista quando é pra atacar palestinos, etc

O primeiro ministro, Binyamin Netanyahu, declarou que "o espaço público deve permanecer aberto e seguro para todos os cidadãos".


Segregação de mulheres por ultraortodoxos gera protestos em Israel

27 dezembro 2011

https://www.bbc.com/portuguese/noticias ... otestos_gf
Milhares de israelenses protestaram nesta terça feira na cidade de Beit Shemesh, próxima a Jerusalém, contra judeus ultraortodoxos que querem segregar homens e mulheres.

O estopim dos protestos foi o caso de Naama Margolis, uma menina de 8 anos que vem sofrendo agressões por parte de ultraortodoxos no caminho para a escola.

Margolis, que pertence a uma família religiosa moderada, diz ter medo de percorrer os 300 metros que separam sua casa da escola, por ser frequentemente agredida por grupos de ultraortodoxos que a acusam de se vestir de maneira "indecente".

Os supostos agressores já teriam xingado a menina de "prostituta", cuspido e a empurrado.
A mãe de Naama diz que o trauma causado foi tão profundo que a garota treme quando tem de ir para a escola.



Indignação


A história da menina, divulgada na última sexta feira pelo canal 2 da TV israelense, causou indignação geral no país, trazendo à tona um problema que se alastra por várias cidades de Israel, em regiões nas quais há grandes concentrações de judeus ultraortodoxos.

Nesta terça-feira, os manifestantes ergueram cartazes com os dizeres "Beit Shemesh não será Teerã", e pediram que as autoridades do país mudem a atitude em relação à segregação das mulheres, passando a tratar o fenômeno como crime.

Na véspera, centenas de ultraortodoxos da cidade entraram em confronto com policiais, após eles terem sido chamados apra para remover uma placa que defendia a segregação entre os sexos.

Em Beit Shemesh, assim como em Jerusalém, Bnei Brak, Tzfat e Elad, há calçadas separadas para mulheres, linhas de ônibus nas quais as mulheres devem sentar-se atrás dos homens e filas separadas em bancos e clinicas médicas.

A segregação é praticada há anos e conta com a aquiescência do governo. O Ministério dos Transportes permite a existência das linhas de ônibus nas quais é praticada a segregação e as prefeituras, subordinadas ao Ministério do Interior, autorizam placas nas ruas que guiam as mulheres para uma calçada e os homens para outra.


No entanto, a história de Naama sensibilizou a opinião pública e o fenômeno da segregação, que já existe há anos, começou a ser contestado com mais veemência. A repercussão do caso incentivou várias outras famílias, de outras cidades, a revelar agressões semelhantes.

Força política


Os ultraortodoxos são cerca de 12% da população judaica de Israel, mas possuem grande representação política, pois os partidos que os representam fazem parte da coalizão governamental.

O ministro do Interior, Eli Ishai, do partido ultraortodoxo Shas, condenou a violência contra as mulheres em Beit Shemesh.

"Esse comportamento contradiz os valores da Torá (leis religiosas judaicas) e da tradição, os responsáveis pertencem a uma pequena minoria de provocadores", afirmou o ministro, ao qual o prefeito de Beit Shemesh, Moshe Abutbul – também pertencente ao partido Shas – é subordinado.

O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que a segregação das mulheres é um fenômeno "negativo que contradiz os valores democráticos que caracterizam o Estado de Israel".

O presidente Shimon Peres também condenou a segregação e declarou que "ninguém tem o direito de ameaçar qualquer menina ou mulher adulta, eles (os ultraortodoxos) não são os donos do país".

Parlamento de Israel aprova lei que pune mulheres reformistas

31/05/2000

https://www1.folha.uol.com.br/fol/inter ... 000308.htm

O Parlamento de Israel aprovou nesta quarta-feira (31), por 32 votos a 26, uma lei que permite a prisão de mulheres judias que participarem de rituais religiosos não-ortodoxos no Muro das Lamentações. A proposta precisa passar ainda por três votações antes de entrar em vigor.

A lei, apresentada pelo partido ultra-ortodoxo Judaísmo da Torá Unida, impõe uma pena de sete anos de prisão para as mulheres que participarem destes rituais, organizados por grupos judaicos reformistas. Entre os rituais proibidos estariam objetos litúrgicos restritos aos homens e a leitura da Torá, o que para os ortodoxos só pode ser feito por homens.

A aprovação da lei provocou protestos da esquerda israelense e das deputadas.

"Hoje nós nos transformamos no Irã e no Afeganistão", disse Naomi Chazan, do partido Meretz, referindo-se a países teocráticos.

Os ultra-ortodoxos dizem querer apenas evitar "abominações" contra Deus nos arredores do Muro, o local mais sagrado para os judeus.

A votação desta quarta-feira foi uma reação dos partidos ortodoxos contra a Suprema Corte de Israel, que havia proposto mais direitos para as mulheres que fazem orações em frente ao Muro. Na semana passada, a Corte deu prazo de seis meses para o governo garantir a liberdade de culto das mulheres no local. Atualmente as mulheres podem rezar na frente do Muro, mas separadas dos homens por biombos.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Sobre grupos religiosos e judeus antissionistas:

Categoria:Judeus antissionistas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria ... ssionistas




Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Um exemplo como sionistas quiseram manipular meios de comunicação como Wikipédia pra fazer propagandas mostrando seu lado da 'verdade':

19 agosto 2010
Colonos israelenses se organizam para fazer 'edição sionista' da Wikipedia

https://www.bbc.com/portuguese/noticias ... edia_gf_cq

Líderes dos colonos israelenses na Cisjordânia começaram a patrocinar cursos sobre o site Wikipedia, com o objetivo de formar editores para verbetes relacionados ao conflito israelense-palestino na enciclopédia colaborativa online.

A grande maioria dos participantes do primeiro curso do que está sendo chamado de "edição sionista" da Wikipedia, realizado há alguns dias em Jerusalém, foi de colonos residentes em assentamentos na Cisjordânia.

O diretor do Conselho da Judeia e Samaria (Cisjordânia), Naftali Benett, especialista em tecnologia e um dos idealizadores do projeto, disse ao Canal 10 da TV israelense que a imagem de Israel na internet é "lamentável".

"Os grandes canais de comunicação da internet, como a Wikipedia, o Google e o YouTube, são quase completamente ocupados por grupos que são contra Israel, principalmente grupos islâmicos", afirmou.

Para Benett, as posições favoráveis a Israel "não têm presença na internet". Ele explica que o objetivo principal do curso, que segundo ele já contou com a participação de cem pessoas, é "colocar nossa posição perante o mundo".

As aulas são tanto para editores da Wikipedia em hebraico como da versão em inglês do site.

"Hoje em dia, os jovens já não consultam mais as enciclopédias normais, só a Wikipedia, e precisamos estar presentes no local consultado por dezenas de milhões de pessoas no mundo inteiro, para que a posição de Israel seja ouvida", disse Benett.

Edição

Já o secretário da associação Wikipedia em Israel, o advogado Dror Lin, que é um dos editores da enciclopédia virtual, manifestou ceticismo quanto à possibilidade de sucesso da iniciativa liderada por Benett.

"Eles só terão chances de influenciar o conteúdo da Wikipedia se entenderem que se trata de escrever uma enciclopédia, e não de manifestar as ideias deles", disse Lin.

De acordo com o advogado, pessoas que querem introduzir conteúdos na Wikipedia só conseguem fazê-lo se contribuem com fatos apresentados "de maneira neutra e fundamentada em fontes confiáveis".

Lin explicou que não é fácil fazer alterações de conteúdo e mudar a terminologia usada na Wikipedia.

"Utilizamos termos que são amplamente aceitos nas pesquisas acadêmicas e na mídia em geral", afirmou.


Prêmio


Para Naftali Benett, a Wikipedia utiliza termos incorretos, que não expressam a "verdade".

"Por exemplo, no caso da frota de Gaza (alvo de uma operação israelense em maio), na Wikipedia escreveram que foi uma frota humanitária, para trazer comida para os pobres coitados de Gaza, enquanto nós sabemos a verdade, que foi uma iniciativa de um grupo terrorista, ligado à Al-Qaeda, para romper o bloqueio de segurança", afirmou Benett.

De acordo com Benett, o mapa de Israel na Wikipedia também está "errado", por não incluir as Colinas de Golã, ocupadas por Israel durante a guerra de 1967.

"Depois da lei do nosso Parlamento, decretando a anexação de Golã, aquela região deveria constar no mapa do país", argumentou. A anexação da região, por Israel, no entanto, não é reconhecida internacionalmente.

Os organizadores do curso anunciaram que o editor que conseguir introduzir o maior número de "alterações sionistas" na Wikipedia ganhará como prêmio um passeio de balão sobrevoando o país.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

No momento 0:13 um judeu sionista diz o absurdo pra uma palestina: "Se eu não roubá-la, alguém vai fazer isso".


Sheikh Jarrah: a disputa judicial que escalou violência em Jerusalém
A ameaça de despejo de famílias palestinas em Sheikh Jarrah foi um dos fatores que desencadearam a recente escalada na violência entre israelenses e palestinos.

Imóveis do bairro de Jerusalém estão sendo reivindicados por um grupo de colonos judeus nos tribunais israelenses. Após vitórias deles em instâncias inferiores, a Suprema Corte do país adiou a audiência sobre o caso por causa dos conflitos recentes.

Mas qual é a base legal para as reivindicações? Neste vídeo, o professor Yossi Mekelberg, do Instituto Real de Assuntos Internacionais, no Reino Unido, explica o histórico dessa disputa.



youtu.be/-iaU9tyRVaE

Re: Estado de Israel

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 29 Outubro 2024 - 01:25 am
Os ultra-ortodoxos dizem querer apenas evitar "abominações" contra Deus nos arredores do Muro, o local mais sagrado para os judeus.
Ultra-ortodoxos estão errados qualquer que seja a crendice idiota que defendam.
Ainda mais porque defendem a interpretação deles para alguma crendice idiota.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Primeiro-ministro irlandês considera "lamentável" decisão de Israel de encerrar a embaixada em Dublin

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/ ... embaixada-
Israel anunciou no domingo o encerramento da sua missão na capital irlandesa devido àquilo a que o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel chamou "políticas anti-Israel extremas".

youtu.be/6xRr5Ghmp70

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 18:25 pm
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que os mais de 1 milhão de palestinos deslocados da Faixa de Gaza sejam acolhidos por países vizinhos, como a Jordânia e Egito. Presidente fala em “limpar” região devastada por conflito.
Num ponto de vista sionista, no qual reconhece a vitória e soberania definitiva do Estado de Israel, essa é a melhor solução.
Os árabes locais encontram um novo lar e as guerras e conflitos étnicos no território cessam.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 21:23 pm
Agnoscetico escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 18:25 pm
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que os mais de 1 milhão de palestinos deslocados da Faixa de Gaza sejam acolhidos por países vizinhos, como a Jordânia e Egito. Presidente fala em “limpar” região devastada por conflito.
Num ponto de vista sionista, no qual reconhece a vitória e soberania definitiva do Estado de Israel, essa é a melhor solução.
Os árabes locais encontram um novo lar e as guerras e conflitos étnicos no território cessam.
E mudam pra outro lugar. Como o caso de curdos, etc.
Israel deveria ter no máximo o território do tamanho do território de Judá como descrito na bíblia após a divisão de Israel em dois reinos: Israel e Judá. Afinal é povo judeu (isso se muitos ditos judeus não forem judeus do Cazar ou outros descendentes de convertidos ao judaísmo há alguns séculos e não descendentes de fato) e não israelenses (que foram substituídos em maioria parte pelos samaritanos).
E quem defende estado de Israel e é descendente de europeus, seja nas Américas. África, Oceania, deveria devolver as terras aos nativos que ainda existirem e ressarcirem esses e ir pra terra dos ancestrais (cada vez mais despovoada e cheia de idosos) - mesmo que os nativos gastem a indenização de forma equivocada. Aí vai ser problema deles -, já que querem fazer reparação histórica com Israel deve fazer para outros também, pra no mínimo serem coerentes ou honestos.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Israel x Hamas: Imagens aéreas mostram palestinos voltando para o norte da Faixa de Gaza; vídeo
Israel autorizou o retorno dos palestinos após a entrada em vigor da trégua com o Hamas no enclave, em 19 de janeiro. Os deslocados, que estavam presos há meses no sul da Faixa de Gaza, começaram a voltar para suas casas na estrada costeira de Nusseirat por volta das 7h desta segunda-feira (26), no horário local. Em troca, Israel anunciou que seis reféns serão libertados.

youtu.be/yaf4iUmHCDo

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 10:29 am
Tutu escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 21:23 pm
Agnoscetico escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 18:25 pm
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que os mais de 1 milhão de palestinos deslocados da Faixa de Gaza sejam acolhidos por países vizinhos, como a Jordânia e Egito. Presidente fala em “limpar” região devastada por conflito.
Num ponto de vista sionista, no qual reconhece a vitória e soberania definitiva do Estado de Israel, essa é a melhor solução.
Os árabes locais encontram um novo lar e as guerras e conflitos étnicos no território cessam.
E mudam pra outro lugar. Como o caso de curdos, etc.
Israel deveria ter no máximo o território do tamanho do território de Judá como descrito na bíblia após a divisão de Israel em dois reinos: Israel e Judá. Afinal é povo judeu (isso se muitos ditos judeus não forem judeus do Cazar ou outros descendentes de convertidos ao judaísmo há alguns séculos e não descendentes de fato).
E quem defende estado de Israel e é descendente de europeus, seja nas Américas. África, Oceania, deveria devolver as terras aos nativos que ainda existirem e ressarcirem esses e ir pra terra dos ancestrais (cada vez mais despovoada e cheia de idosos) - mesmo que os nativos gastem a indenização de forma equivocada. Aí vai ser problema deles -, já que querem fazer reparação histórica com Israel deve fazer para outros também, pra no mínimo serem coerentes ou honestos.
Essa lenga-lenga de que o território de Israel é só "reparação histórica" já foi rechaçado neste fórum em discussão anterior. Como mostrou o vídeo de YouTube do professor HOC “POR QUE ISRAEL EXISTE? - A ORIGEM”, o esboço do acordo da ONU de 1947 foi desenhado baseado na demografia e na densidade populacional das duas etnias na região em disputa daquela época. A Liga Árabe jogou o acordo no lixo e depois fez um ataque de guerra a Israel no período de sua fundação. Depois, teve reincidência de rejeição de acordo de paz e reincidência de declaração de guerra contra Israel, o que fomentou extremismos de ambos os lados.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Huxley escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 20:55 pm
Agnoscetico escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 10:29 am
Tutu escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 21:23 pm
Agnoscetico escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 18:25 pm
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que os mais de 1 milhão de palestinos deslocados da Faixa de Gaza sejam acolhidos por países vizinhos, como a Jordânia e Egito. Presidente fala em “limpar” região devastada por conflito.
Num ponto de vista sionista, no qual reconhece a vitória e soberania definitiva do Estado de Israel, essa é a melhor solução.
Os árabes locais encontram um novo lar e as guerras e conflitos étnicos no território cessam.
E mudam pra outro lugar. Como o caso de curdos, etc.
Israel deveria ter no máximo o território do tamanho do território de Judá como descrito na bíblia após a divisão de Israel em dois reinos: Israel e Judá. Afinal é povo judeu (isso se muitos ditos judeus não forem judeus do Cazar ou outros descendentes de convertidos ao judaísmo há alguns séculos e não descendentes de fato).
E quem defende estado de Israel e é descendente de europeus, seja nas Américas. África, Oceania, deveria devolver as terras aos nativos que ainda existirem e ressarcirem esses e ir pra terra dos ancestrais (cada vez mais despovoada e cheia de idosos) - mesmo que os nativos gastem a indenização de forma equivocada. Aí vai ser problema deles -, já que querem fazer reparação histórica com Israel deve fazer para outros também, pra no mínimo serem coerentes ou honestos.
Essa lenga-lenga de que o território de Israel é só "reparação histórica" já foi rechaçado neste fórum em discussão anterior. Como mostrou o vídeo de YouTube do professor HOC “POR QUE ISRAEL EXISTE? - A ORIGEM”, o esboço do acordo da ONU de 1947 foi desenhado baseado na demografia e na densidade populacional das duas etnias na região em disputa daquela época. A Liga Árabe jogou o acordo no lixo e depois fez um ataque de guerra a Israel no período de sua fundação. Depois, teve reincidência de rejeição de acordo de paz e reincidência de declaração de guerra contra Israel, o que fomentou extremismos de ambos os lados.
Pode ser que eu não tenha usado o termo certo, não seria "reparação histórica", seria uma tentativa "reversão histórica". Só falta saber se haveria o mesmo empenho pra demarcação e devolução de terras de nativo-americanos aos povos nativos que ainda existem.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 22:59 pm
Huxley escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 20:55 pm
Agnoscetico escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 10:29 am
Tutu escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 21:23 pm
Agnoscetico escreveu:
Dom, 26 Janeiro 2025 - 18:25 pm
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que os mais de 1 milhão de palestinos deslocados da Faixa de Gaza sejam acolhidos por países vizinhos, como a Jordânia e Egito. Presidente fala em “limpar” região devastada por conflito.
Num ponto de vista sionista, no qual reconhece a vitória e soberania definitiva do Estado de Israel, essa é a melhor solução.
Os árabes locais encontram um novo lar e as guerras e conflitos étnicos no território cessam.
E mudam pra outro lugar. Como o caso de curdos, etc.
Israel deveria ter no máximo o território do tamanho do território de Judá como descrito na bíblia após a divisão de Israel em dois reinos: Israel e Judá. Afinal é povo judeu (isso se muitos ditos judeus não forem judeus do Cazar ou outros descendentes de convertidos ao judaísmo há alguns séculos e não descendentes de fato).
E quem defende estado de Israel e é descendente de europeus, seja nas Américas. África, Oceania, deveria devolver as terras aos nativos que ainda existirem e ressarcirem esses e ir pra terra dos ancestrais (cada vez mais despovoada e cheia de idosos) - mesmo que os nativos gastem a indenização de forma equivocada. Aí vai ser problema deles -, já que querem fazer reparação histórica com Israel deve fazer para outros também, pra no mínimo serem coerentes ou honestos.
Essa lenga-lenga de que o território de Israel é só "reparação histórica" já foi rechaçado neste fórum em discussão anterior. Como mostrou o vídeo de YouTube do professor HOC “POR QUE ISRAEL EXISTE? - A ORIGEM”, o esboço do acordo da ONU de 1947 foi desenhado baseado na demografia e na densidade populacional das duas etnias na região em disputa daquela época. A Liga Árabe jogou o acordo no lixo e depois fez um ataque de guerra a Israel no período de sua fundação. Depois, teve reincidência de rejeição de acordo de paz e reincidência de declaração de guerra contra Israel, o que fomentou extremismos de ambos os lados.
Pode ser que eu não tenha usado o termo certo, não seria "reparação histórica", seria uma tentativa "reversão histórica". Só falta saber se haveria o mesmo empenho pra demarcação e devolução de terras de nativo-americanos aos povos nativos que ainda existem.
Qual devolução de terras? As terras em que os judeus permaneceram eram propriedades privadas dos judeus, que compraram de outros proprietários (inclusive investidores imobiliários árabes). E a demarcação proposta pela ONU em 1947 não era de propriedade privada de terras, mas sim de Estado-nação. Tanto palestinos quanto judeus eram povos civilizados e não havia Estado-nação algum naquela região logo depois do fim do Mandato Britânico para a Palestina.

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 20:55 pm
Essa lenga-lenga de que o território de Israel é só "reparação histórica" já foi rechaçado neste fórum em discussão anterior. Como mostrou o vídeo de YouTube do professor HOC “POR QUE ISRAEL EXISTE? - A ORIGEM”, o esboço do acordo da ONU de 1947 foi desenhado baseado na demografia e na densidade populacional das duas etnias na região em disputa daquela época. A Liga Árabe jogou o acordo no lixo e depois fez um ataque de guerra a Israel no período de sua fundação. Depois, teve reincidência de rejeição de acordo de paz e reincidência de declaração de guerra contra Israel, o que fomentou extremismos de ambos os lados.
Professor HOC é judeu, então é fonte tendenciosa. Israel é muito mais europeia do que asiática.

Para começar, o território era árabe antes da ocupação imperialista britânica e a população judaica era mínima.
Aproveitando a ocupação, judeus europeus migraram da Europa e colonizaram a região. Colonização é da cultura europeia.
Os judeus que estavam lá criaram organizações terroristas para pressionar a fundação de Israel. O terrorismo judeu é mais antigo do que o árabe.
Depois do holocausto, a ONU fez uma proposta de dividir o território. O mapa é bizarro e cheio de gambiarra. Os povos locais rejeitaram essa proposta. Além disso, os árabes receberam terras ruins.
Mas os judeus ocuparam assim mesmo, tomando mais terra do que proposto pela ONU. Nesse momento, eles ainda eram minoria em relação aos árabes.
Tendo muito mais dinheiro, por serem europeus, eles venceram as guerras ocupação, como colonialistas fazem. Então as organizações terroristas se tornaram o exército de Israel. Executaram o Plano Dalet, que expulsou muitos árabes de várias regiões com violência ampliou o território deles.
Nos anos seguintes, a imigração de judeus vindos da Europa e dos EUA foi grande.

Hoje são fantoches dos americanos, comprando armas e oferecendo apoio para os EUA atacar países petrolíferos do Oriente Médio.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Tutu escreveu:
Ter, 28 Janeiro 2025 - 00:31 am
Huxley escreveu:
Seg, 27 Janeiro 2025 - 20:55 pm
Essa lenga-lenga de que o território de Israel é só "reparação histórica" já foi rechaçado neste fórum em discussão anterior. Como mostrou o vídeo de YouTube do professor HOC “POR QUE ISRAEL EXISTE? - A ORIGEM”, o esboço do acordo da ONU de 1947 foi desenhado baseado na demografia e na densidade populacional das duas etnias na região em disputa daquela época. A Liga Árabe jogou o acordo no lixo e depois fez um ataque de guerra a Israel no período de sua fundação. Depois, teve reincidência de rejeição de acordo de paz e reincidência de declaração de guerra contra Israel, o que fomentou extremismos de ambos os lados.
Professor HOC é judeu, então é fonte tendenciosa. Israel é muito mais europeia do que asiática.

Para começar, o território era árabe antes da ocupação imperialista britânica e a população judaica era mínima.
Aproveitando a ocupação, judeus europeus migraram da Europa e colonizaram a região. Colonização é da cultura europeia.
Os judeus que estavam lá criaram organizações terroristas para pressionar a fundação de Israel. O terrorismo judeu é mais antigo do que o árabe.
Depois do holocausto, a ONU fez uma proposta de dividir o território. O mapa é bizarro e cheio de gambiarra. Os povos locais rejeitaram essa proposta. Além disso, os árabes receberam terras ruins.
Mas os judeus ocuparam assim mesmo, tomando mais terra do que proposto pela ONU. Nesse momento, eles ainda eram minoria em relação aos árabes.
Tendo muito mais dinheiro, por serem europeus, eles venceram as guerras ocupação, como colonialistas fazem. Então as organizações terroristas se tornaram o exército de Israel. Executaram o Plano Dalet, que expulsou muitos árabes de várias regiões com violência ampliou o território deles.
Nos anos seguintes, a imigração de judeus vindos da Europa e dos EUA foi grande.

Hoje são fantoches dos americanos, comprando armas e oferecendo apoio para os EUA atacar países petrolíferos do Oriente Médio.
Um tsunami de mentiras antissemitas acima.

Para começar, o domínio político árabe ou muçulmano da região dissolveu porque o Império Otomano atacou os países dos Aliados da Primeira Guerra Mundial e ameaçou outros. Os otomanos inclusive fizeram genocídio de gregos, armênios e assírios. Ameaçaram os territórios da Rússia no Cáucaso e as comunicações da Grã-Bretanha com a Índia através do Canal de Suez. Só no mundo da tua fantasia os tiranos do Império Otomano foram ursinhos carinhosos que foram meramente vítimas dos Aliados da Primeira Guerra Mundial. “Ocupação imperialista britânica”? Os britânicos não ficaram na região da Palestina por séculos, como fizeram os otomanos nas suas ocupações imperialistas por muitos séculos. A própria história do Império Otomano é de imperialismo e conquistas violentas. Dizer que aquela região não era do Reino Unido porque foi feito por ocupação imperialista é refutar a legitimidade das conquistas territoriais do Império Otomano também.

Os judeus já representavam 14% da população da região da Palestina em 1914, época do Império Otomano. Próximo da época em que Israel foi fundado, eles eram 32% (Wikipédia). Ou seja, os judeus, na época do domínio político islâmico, já tinham metade da proporção da população quando o domínio político de metade da região estava prestes a passar para o Estado de Israel. É isso que você chama de “população mínima antes da ocupação imperialista britânica”? E as aliás começaram não só antes da ocupação britânica como também antes de a maioria dos judeus terem alguma esperança forte de terem um Estado judaico. Ademais, as gangues de árabes ou muçulmanos que não queriam não árabes ou não muçulmanos na região da Palestina já atacavam populações judaicas desarmadas, isso antes mesmo de grandes grupos paramilitares judaicos surgirem.

Em resumo, judeus não eram colonos. Eram refugiados que fugiam de perseguições (Pogrom e Holocausto, por exemplo) e que voltaram a terra de seus ancestrais. Dizer que judeus eram colonos naquela região do Oriente Médio é um absurdo ignorante comparável a dizer que a multidão grande de judeus que migraram para os Estados Unidos estavam querendo colonizar os Estados Unidos.

Outra mentira absurda é dizer que os povos locais palestinos rejeitaram o acordo da ONU. Em última instância, quem rejeitou foi o grupo árabe de pessoas que estava a centenas ou milhares de quilômetros da encrenca. Como explicou Nassim Nicholas Taleb no livro Arriscando a Própria Pele:
As pessoas onde as coisas acontecem de verdade, aquelas que arriscam a própria pele, não estão muito interessadas em geopolítica ou grandiosos conceitos abstratos, mas sim em ter pão na mesa, cerveja (ou, para alguns, bebidas fermentadas não alcoólicas, como drinques à base de iogurte) na geladeira e tempo aberto nos piqueniques familiares ao ar livre. Além disso, não querem ser humilhados em seu contato humano com os outros.

Imagine o absurdo dos estados árabes incitando os palestinos a lutar por seus princípios enquanto seus potentados estão sentados em palácios sem álcool (com geladeiras bem abastecidas e repletas de bebidas não alcoólicas fermentadas, como iogurte) enquanto os que recebem seus conselhos vivem em acampamentos de refugiados. Se os palestinos tivessem chegado a um acordo em 1947, estariam em melhor situação. Mas a ideia era lançar no Mediterrâneo os judeus e neocruzados; a retórica árabe veio de partidos árabes que estavam a centenas, milhares de quilômetros de distância, defendendo “princípios” enquanto os palestinos eram desalojados e viviam em barracas. Então veio a guerra de 1948. Se nesse momento os palestinos tivessem aceitado um acordo, as coisas teriam dado certo. Mas não, tinham que seguir seus “princípios”.
Por fim, outra mentira foi dizer que teve um plano deliberado para que, no esboço de acordo da ONU, os palestinos recebessem as piores terras. O esboço do acordo não tomava as propriedades privadas de palestinos. Eles permaneceriam com todas as propriedades privadas que já tinham. A distribuição de terras foi de território de Estado-nação. A distribuição de território de Estado palestino foi feita baseada na densidade demográfica de palestinos e judeus naquela região. Não faz sentido criar Estado judeu em território com população dominada por palestinos e nem criar Estado palestino em território com população dominada por judeus. Ademais, o território útil (não desértico) dos judeus do plano foi menor do que o dos palestinos, o que estava em congruência com o tamanho de sua população.

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Huxley escreveu:
Ter, 28 Janeiro 2025 - 01:38 am
Um tsunami de mentiras antissemitas acima.
antissemitismo ≠ antissionismo
Para começar, o domínio político árabe ou muçulmano da região dissolveu porque o Império Otomano atacou os países dos Aliados da Primeira Guerra Mundial e ameaçou outros. Os otomanos inclusive fizeram genocídio de gregos, armênios e assírios. Ameaçaram os territórios da Rússia no Cáucaso e as comunicações da Grã-Bretanha com a Índia através do Canal de Suez. Só no mundo da tua fantasia os tiranos do Império Otomano foram ursinhos carinhosos que foram meramente vítimas dos Aliados da Primeira Guerra Mundial. “Ocupação imperialista britânica”? Os britânicos não ficaram na região da Palestina por séculos, como fizeram os otomanos nas suas ocupações imperialistas por muitos séculos. A própria história do Império Otomano é de imperialismo e conquistas violentas. Dizer que aquela região não era do Reino Unido porque foi feito por ocupação imperialista é refutar a legitimidade das conquistas territoriais do Império Otomano também.
O imperialismo britânico foi muito pior, dominou mais o mundo, virando o império onde o sol nunca se põe, e destruiu mais culturas. Os otomanos tem origem na Ásia central e adotaram a cultura islâmica quando se instalaram no oriente médio. Foram menos destrutivos do que os britânicos.

Além disso, quem defende o sionismo com o argumento de que já passou quase um século não pode criticar o império, que já estava há mais de 3 séculos.
Os judeus já representavam 14% da população da região da Palestina em 1914, época do Império Otomano. Próximo da época em que Israel foi fundado, eles eram 32% (Wikipédia). Ou seja, os judeus, na época do domínio político islâmico, já tinham metade da proporção da população quando o domínio político de metade da região estava prestes a passar para o Estado de Israel. É isso que você chama de “população mínima antes da ocupação imperialista britânica”? E as aliás começaram não só antes da ocupação britânica como também antes de a maioria dos judeus terem alguma esperança forte de terem um Estado judaico. Ademais, as gangues de árabes ou muçulmanos que não queriam não árabes ou não muçulmanos na região da Palestina já atacavam populações judaicas desarmadas, isso antes mesmo de grandes grupos paramilitares judaicos surgirem.
Um terço ainda é bem menos do que a metade. E a ocupação britânica facilitou muito a entrada de judeus no território.
Em resumo, judeus não eram colonos. Eram refugiados que fugiam de perseguições (Pogrom e Holocausto, por exemplo) e que voltaram a terra de seus ancestrais. Dizer que judeus eram colonos naquela região do Oriente Médio é um absurdo ignorante comparável a dizer que a multidão grande de judeus que migraram para os Estados Unidos estavam querendo colonizar os Estados Unidos.
Nos EUA e no RU eles eram minorias. Não fundaram um novo país como ocorreu na Palestina.
Outra mentira absurda é dizer que os povos locais palestinos rejeitaram o acordo da ONU. Em última instância, quem rejeitou foi o grupo árabe de pessoas que estava a centenas ou milhares de quilômetros da encrenca. Como explicou Nassim Nicholas Taleb no livro Arriscando a Própria Pele:
Isso não prova nada. As diferenças étnicas e religiosas já existiam. E os grupos separatistas locais eram contra interesses imperialistas.
Por fim, outra mentira foi dizer que teve um plano deliberado para que, no esboço de acordo da ONU, os palestinos recebessem as piores terras. O esboço do acordo não tomava as propriedades privadas de palestinos. Eles permaneceriam com todas as propriedades privadas que já tinham. A distribuição de terras foi de território de Estado-nação. A distribuição de território de Estado palestino foi feita baseada na densidade demográfica de palestinos e judeus naquela região. Não faz sentido criar Estado judeu em território com população dominada por palestinos e nem criar Estado palestino em território com população dominada por judeus. Ademais, o território útil (não desértico) dos judeus do plano foi menor do que o dos palestinos, o que estava em congruência com o tamanho de sua população.
Onde havia densidade demográfica maior não significa que eram maioria na região.

Outra grande vantagem é que os judeus receberam mais saídas para o mar, facilitando o comércio. E também, para imigrantes, é mais fácil chegar e se estabelecer numa cidade litorânea do que numa cidade no interior.

Por fim, a ONU foi criada por europeus. Então nasceu enviesada nos imperialistas.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

O imperialismo britânico foi muito pior, dominou mais o mundo, virando o império onde o sol nunca se põe, e destruiu mais culturas. Os otomanos tem origem na Ásia central e adotaram a cultura islâmica quando se instalaram no oriente médio. Foram menos destrutivos do que os britânicos.

Além disso, quem defende o sionismo com o argumento de que já passou quase um século não pode criticar o império, que já estava há mais de 3 séculos.


Se era imperialismo pior ou melhor, isso já não importava em 1947, pois, a partir de 1947, o território já não era dos britânicos. Não há desculpa alguma para ficar focando o olhar para o passado quando se tinha uma Terra nullius e um acordo territorial de paz urgente para fazer. Nunca existiu Estado-nação palestino na época do Império Otomano. E tampouco os otomanos tinham direito de reconstruir o Estado deles em 1947, pois o território deles também foi obtido por meio de conquistas violentas e eles também têm culpa pela ruína deles na Primeira Guerra Mundial.
Um terço ainda é bem menos do que a metade. E a ocupação britânica facilitou muito a entrada de judeus no território.


O movimento de migração em massa dos judeus para a região da Palestina aconteceria independentemente das promessas de Estado judeu do Reino Unido. Se aconteceu isso durante a época do Pogrom, então por que não aconteceria também na época do Holocausto e outras perseguições antissemitas durante o auge do Nazifascismo na Europa? Não tem muita relevância se o Império Britânico catalisou  o processo. Isso não prova que a maioria dos judeus só migraram por causa da expectativa da hipótese de fundarem um Estado judeu. 
Nos EUA e no RU eles eram minorias. Não fundaram um novo país como ocorreu na Palestina.


"Eles eram minoria" é um argumento irrelevante.

O número de judeus que fugiram para os EUA foi muito maior do que o número dos que fugiram para a região da Palestina. Isso por si só já desmente a ideia de que uma migração em massa necessariamente é feita pensando em fundar um Estado-nação. Indivíduos comuns geralmente não estão muito preocupados com geopolítica e princípios políticos abstratos, principalmente quando eles são refugiados fugindo de perseguições terríveis.
Isso não prova nada. As diferenças étnicas e religiosas já existiam. E os grupos separatistas locais eram contra interesses imperialistas.


"Grupos separatistas locais" não é resumo de "povo palestino". Nunca foi feito um plesbiscito que consultasse o povo palestino em geral sobre uma obtenção de acordo de paz (nos moldes esboçados pela ONU, cujo plano foi aceito pelos judeus) em 1947 ou 1948. Duvido muito que não aceitassem tal acordo, já que não faz sentido dizer que a maioria das pessoas é masoquista o suficiente para escolher o risco alto de viver em acampamentos de refugiados em troca de princípios políticos abstratos. Quem escolheu princípios políticos abstratos foram partidos árabes cujos representantes estavam em segurança a centenas ou milhares de quilômetros da guerra.
Onde havia densidade demográfica maior não significa que eram maioria na região.

Outra grande vantagem é que os judeus receberam mais saídas para o mar, facilitando o comércio. E também, para imigrantes, é mais fácil chegar e se estabelecer numa cidade litorânea do que numa cidade no interior.

Por fim, a ONU foi criada por europeus. Então nasceu enviesada nos imperialistas.

Os territórios utéis (não desérticos) foram distribuídos de forma proporcional aos tamanhos das populações das duas etnias. Não há desculpa para alegar desproporcionalidade.

E, no plano da ONU, os palestinos teriam só um pouco menos da metade do litoral. Não vejo maiores problemas nisso se a população palestina litorânea da região em disputa fosse de até pouco mais da metade da população litorânea total.

No fim, levando em conta o todo, o descrito na citação acima é só desculpa esfarrapada para tentar justificar a decisão horrível de trocarem um acordo razoável imperfeito por um nada de acordo (acompanhado de uma surra na guerra).

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Esposa de Netanyahu é investigada em Israel | AFP
Sara Netanyahu, esposa do primeiro-ministro israelense, é investigada pelo Ministério Público. Um programa de televisão divulgou gravações que supostamente mostram ela pedindo que um assessor assedie e faça campanha contra a oposição.

o Ministério Público de Israel anunciou
neste domingo a abertura de uma
investigação criminal contra Sara nanaho
exposa do primeiro ministro israelense
em uma carta enviada a uma deputada da
oposição que solicitou informações o MP
não especificou a natureza da
investigação contra ela que está
atualmente nos Estados Unidos a
legisladora do partido Democrata nama
lazim acusou Sara nanaho de pressionar
testemunhas durante o julgamento por
corrupção do Premier a denúncia foi
feita por um programa investigativo
exibido no canal 12 que mostrou
gravações que supostamente provam que
sar Neto pediu ao assessor do primeiro
ministro para sediar e fazer campanha
negativa nas mídias sociais contra a
oposição Neto é o primeiro chefe de
governo israelense em exercício a
enfrentar um processo criminal ele é
acusado de suborno fraude e abuso de
confiança

youtu.be/H0joG2b_7I8

Re: Estado de Israel

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Tutu
Mensagens: 3218
Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

O assunto sionismo está muito polarizado, principalmente entre os gringos. A maioria dessas pessoas nunca colocarão os pés no oriente médio e os conflitos não interferem na vida delas. O único problema para o americano é o governo financiando guerras.

Sobre o plano Dalet:
How Ethnic Cleansing Created Israel

youtu.be/e9To_P8gX9c
O canal é um pouco tendencioso por usar o vocábulo "Fascista" para o governo de Israel e "Apartheid" para o tratamento aos muçulmanos.
Em polarização as fontes só tem extremos e nada de imparcialidade.
@farjanbillah9975
The audacity to call these people terrorists after decades of this horrendous abuse. The definition of terrorism is not applied equally and has been weaponized

@billusher2265
Imagine suffering this sadism for a century, and the entire time the world congratulates your tormentors as “heroes” “moral” and “defends of civilization”

@afterhourscinema782
Israel is the country where the people are European, the land is Palestinian, and the tax base is American

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
Mensagens: 6286
Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

Qual seria a justificativa dos defensores de Israel a isso aqui?

Ministro diz que Israel está na Cisjordânia ‘para ficar’ | AFP
Os ministros das Finanças e da Defesa de Israel visitaram a Cisjordânia Ocupada e afirmaram que o país está no território ‘para ficar’. O direito internacional considera a ocupação israelense da região ilegal.

o Ministro das Finanças de Israel
bezalel smotrich afirmou nesta
terça-feira que Israel está na S
Jordânia ocupada para ficar e defendeu
os assentamentos judaicos no território
palestino apesar da ilegalidade de
acordo com o direito
internacional
ele afirmou que 2024 foi
um ano recorde para as demolições do que
os israelenses consideram construções
árabes Ilegais no território ocupado por
Israel desde
1967 a Judeia e a samária São o berço da
Nossa pátria a terra da Bíblia estamos
aqui para
ficar smotrich visitou a região ao lado
do ministro da Defesa Israel cats e
utilizou o nome samária que as
autoridades israelenses dão ao
território quase 3 milhões de palestinos
vivem na S Jordânia junto com quase meio
milhão de israelenses que vivem em
assentamentos que são considerados
Ilegais diante do direito internacional

smotrich figura importante da Extrema
direita israelense não escondeu o desejo
de ver Israel anexar a su Jordânia assim
como fez com Jerusalém oriental Cidade
predominantemente Palestina ocupada e
anexada por Israel desde 1967

youtu.be/AxMlz9vV_4Y

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
Mensagens: 6286
Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

Nentanyahu canta de galo contra palestinos mas cede a capricho de interferência dos EUA?

Netanyahu recua na nomeação de chefe do serviço de segurança interna após críticas dos EUA | AFP
O premiê israelense recuou na nomeação do diretor do serviço de inteligência e segurança interna. A mudança ocorre após críticas de um influente senador próximo de Donald Trump.
o primeiro-ministro israelense benjam
nanaho anunciou nesta terça-feira que
reconsiderou a decisão sobre o novo
chefe do serviço de segurança interbet
depois de críticas ao candidato ao cargo
principalmente por parte de um influente
senador dos Estados Unidos em 21 de
Março o premier demitiu o atual chefe do
shimb honen por falta de confiança mas a
suprema corte suspendeu a decisão até 8
de Abril para analisar os recursos
contra a demissão
o primeiro-ministro argumenta que cabe
ao governo decidir quem chefia a agência
de segurança interna e na segunda-feira
anunciou a nomeação do vice-almirante
elvit como novo chefe do shimb nesta
terça nanah informou ao vicealmirante
que pretende examinar outros candidatos
a nomeação de charvet foi descrita como
mais do que problemática pelo Senador
Republicano americano Lindsey Graham
logo após a posse de Donald trump o
militar israelense publicou um artigo em
um jornal
criando a campanha do Presidente
Americano em prol dos combustíveis
fósseis no contexto do aquecimento
global

youtu.be/kAaQKYcV-3U
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