Comida orgânica e volta à vida natural

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Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Horta comunitária (da prefeitura) na favela.
Violência faz mal para a economia.

youtu.be/rpAwCCQir04

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Spoiler:
Tutu escreveu:
Sex, 29 Abril 2022 - 11:58 am
Horta comunitária (da prefeitura) na favela.
Violência faz mal para a economia.

youtu.be/rpAwCCQir04
Acho que eu já tinha postado esse vídeo, não sei se nesse tópico.

(...)

Idéia já antiga mas que tão querendo aplicar como alternativa a fertilizantes:

Urina humana: um fertilizante surpreendente
Pesquisadores e ONGs consideram a urina humana uma alternativa aos fertilizantes químicos, para reduzir a poluição ambiental e ajudar nas colheitas de uma população mundial em crescimento.

youtu.be/zm7J-B6LefM

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Agnoscetico escreveu:
Sex, 29 Abril 2022 - 13:24 pm

Idéia já antiga mas que tão querendo aplicar como alternativa a fertilizantes:

Urina humana: um fertilizante surpreendente
A urina humana pode matar as plantas se aplicada diretamente, sem tratamento prévio.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Alimentos como buriti, babaçu, caruru, beldroega e ora-pro-nóbis são alimentos saudáveis e bom para acabar com a fome, mas são desconhecidos na maior parte do Brasil.

youtu.be/4bcAMI2lFIs

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Comida orgânica é cara, pouco produtiva e só serve para os riquinhos que podem pagar:
Crise alimentar à vista - Orgânicos não matam a fome do mundo

01/06/2022 Por Bjørn Lomborg - Presidente do Consenso de Copenhague

Uma crise alimentar global está se aproximando devido à guerra brutal da Rússia na Ucrânia. Os dois países são responsáveis por mais de um quarto das exportações mundiais de trigo e de grandes quantidades de cevada, milho e óleo vegetal. Além do impacto das políticas climáticas e do estrago da Covid-19, os preços dos fertilizantes, da energia e do transporte estão subindo, fazendo a inflação dos alimentos crescer 61% nos últimos dois anos.

A guerra expõe uma dura verdade: a agricultura orgânica não tem condições de alimentar o mundo. Em vez disso, pode alimentar crises. Ainda assim, a ideia sedutora de que é capaz de resolver o problema da fome, há tempos cultivada por uma pequena elite, tem sido propagada cada vez mais por ativistas ambientais.

Pesquisas concluem que a agricultura orgânica produz bem menos alimentos por hectare do que a convencional. Sua produtividade é 29% a 44% menor que a de abordagens convencionais baseadas na ciência. Isso torna os alimentos orgânicos mais caros que os convencionais. E mostra que os agricultores orgânicos precisariam de muito mais terra para alimentar o mesmo número de pessoas — possivelmente, quase o dobro. Dado que a agricultura usa, atualmente, quase 40% das áreas livres de gelo da Terra, mudar para os orgânicos levaria a uma enorme destruição da natureza para obter uma produção menos eficaz.

A catástrofe no Sri Lanka serve como importante lição. No ano passado, seu governo impôs uma transição total para a agricultura orgânica. Apesar das alegações espalhafatosas de que métodos orgânicos poderiam gerar rendimentos comparáveis aos da agricultura convencional, meses depois essa política só produziu miséria, com alguns alimentos passando a custar o quíntuplo.

O Sri Lanka foi autossuficiente na produção de arroz por décadas. Agora tem de importar US$ 450 milhões em arroz. O chá, principal produto de exportação e fonte de divisas, foi devastado, com perdas estimadas em US$ 425 milhões. Antes que o país atingisse uma espiral de renúncias políticas e violência brutal, o governo foi obrigado a oferecer US$ 200 milhões em compensações e US$ 149 milhões em subsídios aos agricultores.

O país não tem terra suficiente para substituir o fertilizante de nitrogênio sintético por esterco animal. Para manter o nível de produção com orgânicos, precisaria de cinco a sete vezes mais estrume do que usa hoje.

Os fertilizantes de nitrogênio sintético são um milagre moderno e um insumo essencial para alimentar o mundo. Em grande parte, graças a eles a produção agrícola triplicou nos últimos 50 anos. Fertilizantes artificiais e insumos agrícolas modernos são a razão por que o número de pessoas que trabalham nas fazendas caiu tanto nos países ricos, liberando-as para outras ocupações produtivas.

Pesquisas mostram que uma mudança para os orgânicos poderia alimentar cerca de metade da população mundial. Isso tornaria os alimentos mais caros e escassos, acessíveis a menos pessoas, ao mesmo tempo que destruiria a natureza.

Para alimentarmos o mundo de forma sustentável e resistirmos a choques globais, precisamos produzir alimentos mais baratos e de forma mais eficaz. A História mostra que a melhor maneira de alcançar esse objetivo é aprimorando as sementes, se preciso com modificação genética, além da expansão dos fertilizantes, de pesticidas e da irrigação. Isso nos permitirá produzir mais alimentos, reduzir os preços, aliviar a fome e salvar a natureza.
https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/ ... mundo.html

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Fernando Silva escreveu:
Qua, 01 Junho 2022 - 09:56 am
Comida orgânica é cara, pouco produtiva e só serve para os riquinhos que podem pagar:
Crise alimentar à vista - Orgânicos não matam a fome do mundo

01/06/2022 Por Bjørn Lomborg - Presidente do Consenso de Copenhague

Uma crise alimentar global está se aproximando devido à guerra brutal da Rússia na Ucrânia. Os dois países são responsáveis por mais de um quarto das exportações mundiais de trigo e de grandes quantidades de cevada, milho e óleo vegetal. Além do impacto das políticas climáticas e do estrago da Covid-19, os preços dos fertilizantes, da energia e do transporte estão subindo, fazendo a inflação dos alimentos crescer 61% nos últimos dois anos.

A guerra expõe uma dura verdade: a agricultura orgânica não tem condições de alimentar o mundo. Em vez disso, pode alimentar crises. Ainda assim, a ideia sedutora de que é capaz de resolver o problema da fome, há tempos cultivada por uma pequena elite, tem sido propagada cada vez mais por ativistas ambientais.

Pesquisas concluem que a agricultura orgânica produz bem menos alimentos por hectare do que a convencional. Sua produtividade é 29% a 44% menor que a de abordagens convencionais baseadas na ciência. Isso torna os alimentos orgânicos mais caros que os convencionais. E mostra que os agricultores orgânicos precisariam de muito mais terra para alimentar o mesmo número de pessoas — possivelmente, quase o dobro. Dado que a agricultura usa, atualmente, quase 40% das áreas livres de gelo da Terra, mudar para os orgânicos levaria a uma enorme destruição da natureza para obter uma produção menos eficaz.

A catástrofe no Sri Lanka serve como importante lição. No ano passado, seu governo impôs uma transição total para a agricultura orgânica. Apesar das alegações espalhafatosas de que métodos orgânicos poderiam gerar rendimentos comparáveis aos da agricultura convencional, meses depois essa política só produziu miséria, com alguns alimentos passando a custar o quíntuplo.

O Sri Lanka foi autossuficiente na produção de arroz por décadas. Agora tem de importar US$ 450 milhões em arroz. O chá, principal produto de exportação e fonte de divisas, foi devastado, com perdas estimadas em US$ 425 milhões. Antes que o país atingisse uma espiral de renúncias políticas e violência brutal, o governo foi obrigado a oferecer US$ 200 milhões em compensações e US$ 149 milhões em subsídios aos agricultores.

O país não tem terra suficiente para substituir o fertilizante de nitrogênio sintético por esterco animal. Para manter o nível de produção com orgânicos, precisaria de cinco a sete vezes mais estrume do que usa hoje.

Os fertilizantes de nitrogênio sintético são um milagre moderno e um insumo essencial para alimentar o mundo. Em grande parte, graças a eles a produção agrícola triplicou nos últimos 50 anos. Fertilizantes artificiais e insumos agrícolas modernos são a razão por que o número de pessoas que trabalham nas fazendas caiu tanto nos países ricos, liberando-as para outras ocupações produtivas.

Pesquisas mostram que uma mudança para os orgânicos poderia alimentar cerca de metade da população mundial. Isso tornaria os alimentos mais caros e escassos, acessíveis a menos pessoas, ao mesmo tempo que destruiria a natureza.

Para alimentarmos o mundo de forma sustentável e resistirmos a choques globais, precisamos produzir alimentos mais baratos e de forma mais eficaz. A História mostra que a melhor maneira de alcançar esse objetivo é aprimorando as sementes, se preciso com modificação genética, além da expansão dos fertilizantes, de pesticidas e da irrigação. Isso nos permitirá produzir mais alimentos, reduzir os preços, aliviar a fome e salvar a natureza.
https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/ ... mundo.html
Isso pode ser situação Entre a cruz e espada em relação a agrotóxicos, que poderiam causar vários problemas de saúde. Pode ser que já tenha agrotóxicos que não causem danos a saúde mas não sei se custariam caro.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Agora com a guerra da Rússia x Ucrânia tão buscando outras opções ao trigo:


As alternativas ao trigo contra a fome no mundo

https://www.dw.com/pt-br/as-alternativa ... a-62449581

A guerra na Ucrânia e as condições climáticas extremas causaram uma crise global de trigo. Grãos selvagens e antigos, mais robustos e resistentes ao clima, poderiam proporcionar maior segurança alimentar.

A guerra na Ucrânia nos mostrou não apenas nossa dependência do petróleo e gás russos, mas também das enormes quantidades de trigo que vêm da região e são exportadas para todo o mundo. A Rússia e a Ucrânia estão em primeiro e quinto lugar, respectivamente, no ranking dos maiores exportadores de trigo do mundo.

Juntos, produzem mais de 20% do suprimento mundial de grãos. Muito disso acaba no Oriente Médio e na África. O maior importador de trigo do mundo é o Egito, que obtém cerca de 80% de seus grãos da Rússia e da Ucrânia. O país agora está subsidiando os preços do pão à medida que os custos disparam e os suprimentos diminuem.

A escassez de grãos provocada pela guerra também está agravando uma "emergência alimentar sem precedentes" este ano na região do Sahel e da África Ocidental, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Quênia, Somália e grande parte da Etiópia estão em risco de insegurança alimentar aguda.

A mudança climática, incluindo uma seca prolongada que agora devasta a África Ocidental, está piorando a escassez de alimentos. A produção de trigo pode cair 7% para cada grau Celsius de aquecimento global, especialmente devido à diminuição das chuvas, alertaram especialistas na semana passada.

Para combater a insegurança alimentar, países como o Egito estão tentando reforçar a independência alimentar expandindo a produção doméstica. Agora, o trigo também está sendo plantado no deserto egípcio, embora isso exija mais fertilizantes e recursos hídricos escassos.

O trigo mole (Triticum aestivum) tem um sistema radicular raso e, portanto, é mais suscetível à seca. Por ser muito produtivo e sua farinha branca poder ser processada em um número infinito de alimentos, este grão híbrido globalmente dominante ainda é extremamente popular. Ele fornece cerca de 20% das calorias consumidas pelos seres humanos.

Devido à vulnerabilidade do trigo para suprir a escassez causada por conflitos e mudanças climáticas, estão sendo feitas tentativas para estabelecer uma gama mais ampla de variedades de grãos mais resilientes e sustentáveis. Isso inclui cepas mais antigas, mais capazes de se adaptar ao clima e se desenvolver em uma variedade de condições.

Aqui estão quatro grãos alternativos que podem ajudar a acabar com nossa dependência do trigo:

Einkorn

Antes do cultivo em massa do trigo comum, encontrado hoje em inúmeras formas nas prateleiras dos supermercados em todo o mundo, dezenas dos chamados grãos "originais" eram cultivados em diversos locais e diferentes condições de solo e clima.

O einkorn (Triticum monococcum, do alemão Einkorn, literalmente "grão único"), é um grão tão resiliente que pode ser uma alternativa ao trigo usado para fazer pão na maior parte do mundo.

Datado dos tempos neolíticos, einkorn é conhecido como "trigo original". É adaptável a diversos terrenos e mais resistente a doenças do que o trigo moderno. Ele contém 30% mais proteína, 15% menos amido e menos glúten do que o trigo comercial comum. Diz-se que o grão dá aos produtos feitos com ele ​​um sabor de noz.

"Einkorn é único porque tem o dobro dos minerais de outros tipos de trigo, o que é crucial para a nutrição", disse Friedrich Longin, cientista agrícola da Universidade de Hohenheim, no sul da Alemanha. Mas, embora seja duas vezes mais nutritivo que o trigo moderno, tem cerca de metade do rendimento.

Hoje em dia, ele é cultivado em quantidades relativamente pequenas na Áustria, Alemanha e regiões da Itália, Hungria e França, mas tem potencial para ser semeado mais amplamente devido à sua adaptabilidade a solos pobres e marginais. O grão também tem resistência excepcional a doenças em comparação com o trigo comum, de acordo com um estudo recente.

Emmer selvagem

O emmer, ou farro (Triticum dicoccum), é outro grão original que pode voltar diante da atual crise. O imperador romano Júlio César era fã do grão e ordenou que fosse cultivado em todo o império romano. Hoje, seus principais benefícios são alta resiliência climática e a resistência a doenças. Seu rendimento é superior ao do einkorn.

Um estudo realizado ao longo de 28 anos em Israel mostrou que as variedades de emmer selvagem que experimentaram um aumento de temperatura de dois graus durante esse período sofreram mutações que o fizerem mais resistentes às mudanças climáticas.

Os pesquisadores concluíram que espécies geneticamente mais diversas de alto teor de fibra eram "a melhor esperança genética" para melhorar as linhagens de trigo modernas vulneráveis ​​às mudanças climáticas e doenças.

Enquanto o emmer já foi parte integrante da panificação na Roma antiga, hoje suas sementes são relativamente escassas. A farinha do grão está novamente sendo usada na Suíça e na Itália, onde também é transformada em massa.

Kernza

Um problema do trigo convencional é que ele é sazonal, o que significa que a planta morre após a colheita e precisa ser replantada a cada ano. Ele também tem um sistema radicular raso, que não é altamente eficaz no sequestro de carbono no subsolo.

Como opção, um novo grão perene chamado Kernza, ou trigo intermediário, foi desenvolvido pelo The Land Institute, uma ONG de agricultura sustentável com sede no estado americano do Kansas. Derivado do trigo, as raízes de Kernza crescem até 3 metros, o que significa que a planta pode sequestrar muito mais carbono. Suas raízes longas também mantêm a saúde do solo, resistindo à erosão.

Plantas perenes ajudam a desenvolver um solo mais biodiverso e resistente à seca, além de economizar energia e recursos necessários para o replantio anual. O grão híbrido que foi desenvolvido ao longo de décadas já está sendo utilizado por padeiros, chefs e cervejeiros nos EUA e Canadá.

O instituto que o desenvolveu está chamando o kernza de "mudança voltada para o futuro baseada em uma agricultura fundamentalmente regenerativa e inteligente em relação ao clima". Quatro mil acres de trigo foram cultivados nos EUA e no Canadá em 2021, 500 a mais do que em 2019. Em meio à crise global de grãos, esse número pode crescer ainda mais.

Painço

O painço, ou milhete, um alimento básico para centenas de milhões de pessoas na Ásia e na África, também tem alta resiliência climática, curto período de amadurecimento e baixas emissões de carbono, de acordo com Robert Onyeneke, economista agrícola da Universidade Federal Alex Ekwueme, na Nigéria.

O grão, que tem muitas variedades, é adaptável ao calor e à seca, requer muito menos água do que trigo, arroz ou milho, e pode ser cultivado em todo o mundo, inclusive em solos relativamente pobres.

A importância do grão, que é pouco consumido no Ocidente, foi sublinhada quando a ONU declarou 2023 Ano Internacional do Milho-Painço. Com o cultivo em declínio em muitos países, a ONU disse que "seu potencial para lidar com as mudanças climáticas e a segurança alimentar não está sendo plenamente aproveitado".

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Agricultura sem falsas dicotomias

É preciso acabar com a polarização entre agricultura moderna e orgânica, e considerar quais as boas práticas, sem rótulos

Por Natalia Pasternak 18/07/2022


O debate sobre métodos e técnicas de produção agrícola costuma ser travado entre dois extremos: o da agricultura de larga escala, feita de forma predatória, e o da agricultura orgânica, que serve à subsistência, ou a um mercado gourmet, de nicho. Nenhum destes extremos é sustentável.

A agricultura de larga escala, que consegue produção suficiente —ou quase — para alimentar sete bilhões de pessoas, consome uma quantidade crescente de fertilizantes químicos e pesticidas ruins para o ambiente, usa em torno de 70% da água doce disponível do planeta e é responsável por um terço da liberação de gases de efeito estufa e causa diversos desequilíbrios ecológicos.

O manejo orgânico, aplica ideias mais sustentáveis como rotação de culturas e recuperação do solo com adubo orgânico, mas para alcançar a mesma produção da agricultura convencional, precisaria de mais terra e mais água, porque o rendimento por hectare é menor. Ou seja, não seria sustentável em larga escala.

Orgânicos não são livres de pesticidas. O manejo permite o uso de defensivos, desde que sejam “naturais”. O defensivo orgânico usado para combater fungos, o sulfato de cobre, é classificado como altamente tóxico para pequenos mamíferos e pássaros, e persiste no solo e na água. Por não poderem usar herbicidas sintéticos, agricultores orgânicos recorrem mais a técnicas de aragem da terra, o que prejudica a microbiota e gasta mais combustível fóssil. O manejo orgânico também não admite o uso de culturas geneticamente modificadas, rejeitando até mesmo variedades que poderiam diminuir drasticamente o uso de pesticidas.

A dicotomia entre os extremos leva a uma polarização ideológica que produz desastres, como mostra a recente experiência do Sri Lanka. O presidente Rajapaksa comprometeu-se a tornar a agricultura do país 100% orgânica em dez anos. Por razões não muito claras, resolveu encurtar o prazo e, da noite para o dia, instituiu uma proibição nacional do uso de fertilizantes químicos.

O país, antes autossuficiente na produção de arroz, acabou sendo obrigado a gastar US$ 450 milhões para importar o alimento, enquanto assistia a um aumento de 50% nos preços internos. O chá, principal produto de exportação, sofreu perda de safra de 18%, afetando gravemente a balança comercial. A nação, que havia atingido o grau de país de renda média-alta, agora vê 500 mil pessoas de volta à linha da pobreza.


O uso de fertilizantes químicos era subsidiado pelo governo, e o presidente Rajapaksa pode ter visto a meta de uma agricultura 100% orgânica como estratégia para cortar gastos e fazer marketing ambiental ao mesmo tempo. O Ministério da Agricultura, entretanto, estava repleto de entusiastas sinceros, quase todos membros de uma ONG pró-orgânicos. Agrônomos e cientistas foram afastados. Como resultado, o Sri Lanka hoje passa por enorme crise de abastecimento. O presidente fugiu do país. O que podemos aprender com a crise?

Primeiro, políticas públicas não se definem por canetada e marketing. Segundo, e talvez mais importante: é preciso acabar com a polarização entre agricultura moderna e orgânica, e considerar quais são as boas práticas de agricultura sustentável, sem rótulos.

Se o objetivo é diminuir o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, não faz sentido vetar tecnologias de modificação genética que podem gerar plantas mais resistentes a pragas. Por outro lado, adubo orgânico e rotação de culturas que permitem recuperar o solo talvez mereçam mais subsídio e atenção do que a indústria de fertilizantes.

Precisamos de estratégias reais para preservar o solo, usar menos água, menos terra e reduzir gases de efeito estufa. Existem estratégias tecnológicas e técnicas de manejo orgânico que cumprem este papel, mas que precisam ser integradas, saindo de suas caixinhas ideológicas.
https://oglobo.globo.com/blogs/a-hora-d ... mias.ghtml

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico escreveu:
Ter, 12 Julho 2022 - 21:12 pm
Agora com a guerra da Rússia x Ucrânia tão buscando outras opções ao trigo:
Será que esses novos grãos podem ser plantados no solo brasileiro? Ele não é bom nem para trigo.
Fernando Silva escreveu:
Seg, 18 Julho 2022 - 09:04 am
Orgânicos não são livres de pesticidas. O manejo permite o uso de defensivos, desde que sejam “naturais”. O defensivo orgânico usado para combater fungos, o sulfato de cobre, é classificado como altamente tóxico para pequenos mamíferos e pássaros, e persiste no solo e na água. Por não poderem usar herbicidas sintéticos, agricultores orgânicos recorrem mais a técnicas de aragem da terra, o que prejudica a microbiota e gasta mais combustível fóssil. O manejo orgânico também não admite o uso de culturas geneticamente modificadas, rejeitando até mesmo variedades que poderiam diminuir drasticamente o uso de pesticidas.
Se usa pesticida (sulfato de cobre) então não é natural. É um produto químico e a única diferença é que ele não é industrial.

É importante eliminar pesticidas e preservar a qualidade do solo. Transgênicos são aliados o processo e a exclusão disso é radicalismo naturalista. E transgênicos são orgânicos.
Precisamos de estratégias reais para preservar o solo, usar menos água, menos terra e reduzir gases de efeito estufa.
Controle de natalidade.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Cientistas estudam resistência de cereais às alterações climáticas


youtu.be/hQb5uRiKEx4

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Seg, 18 Julho 2022 - 11:46 am
Agnoscetico escreveu:
Ter, 12 Julho 2022 - 21:12 pm
Agora com a guerra da Rússia x Ucrânia tão buscando outras opções ao trigo:
Será que esses novos grãos podem ser plantados no solo brasileiro? Ele não é bom nem para trigo.
Há variedades de trigo resistentes ao calor e à seca sendo desenvolvidos no Brasil pela Embrapa.
Começou a ser plantado na Bahia em 1986 e já há colheitas significativas desde 2016. No Ceará, desde 2019 (o Bozo tentou convencer os eleitores que o mérito era dele).

https://politica.estadao.com.br/blogs/e ... meira-vez/

https://globorural.globo.com/Noticias/A ... idade.html

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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As pessoas comem um monte de porcarias sabendo que fazem mal, mas, quando é a soja, acreditam nas mentiras.
Soja: conheça os mitos e verdades sobre esse alimento

Não há pesquisas de grande escala ou contra-indicações à leguminosa como comumente se pensa
A soja é um alimento recomendado do ponto de vista nutricional, como o restante das leguminosas

Por Lúcia Martinez, El País 02/08/2022


Não sei por que um artigo alarmista sobre o consumo de soja aparece ciclicamente na imprensa e rapidamente se torna viral. Tampouco sei por que a soja é um alimento que desperta a mais absurda relutância nos consumidores, desde o medo de sofrer feminização se for homem, até acusações de causar ou agravar câncer, passando por todo tipo de ultrajes ultrajantes que essa leguminosa parece causa à nossa saúde.

Levando em conta que não há um único órgão competente e nem uma única secretaria de saúde em nenhum país que tenha emitido alerta sobre o consumo de soja para qualquer população ou faixa etária, esse fenômeno é francamente curioso. Quase se presta à especulação sobre interesses adquiridos depois de toda essa má imprensa.

De fato, alimentos com recomendações claras que indicam limitar seu consumo, como carnes processadas ou produtos ricos em açúcar de adição , geram muito menos relutância e são consumidos diariamente por uma porcentagem muito alta de famílias sem qualquer hesitação Quantas crianças comem leite achocolatado com bolos ou biscoitos no café da manhã diariamente?

Até o álcool tem defensores de seu consumo frequente, apesar de a única dose de consumo sem risco ser zero. Mas o "importante" é ter cuidado com a soja.

A soja é um alimento recomendado do ponto de vista nutricional, como o restante das leguminosas, e não há motivos para excluí-la da dieta da população em geral. É o campeão em teor de proteína do seu grupo, sendo também proteína de alta qualidade. Como o resto das leguminosas, é rico em fibras e outros nutrientes interessantes.

Além disso, é muito versátil e dá origem a muitos derivados tradicionais muito apreciados gastronomicamente: do missô, ao tofu, ao tempeh, à bebida de soja ou ao molho de soja sem ir mais longe. E para outros mais modernos como soja texturizada ou a Heura, que é uma carne vegetal.

Compostos amplamente utilizados na tecnologia de alimentos, como as lecitinas que são usadas como emulsificante, também são extraídos dela. Não parece fazer muito sentido perder tudo isso por conta de medos infundados.

Não quero soja porque sou homem

Bem, você está errado, porque desde o início o consumo de soja reduz o risco de câncer de próstata. Um dos principais medos da soja é determinado pelo seu conteúdo de isoflavonas, um tipo de fitoestrogênio, e os supostos efeitos negativos que estes terão em nossa saúde hormonal, especialmente no caso dos homens.

Usando o bom senso, remeto para o que foi dito acima. Você realmente acredita que se o teor de isoflavonas na soja prejudicasse a população ou causasse efeitos feminizantes nos homens, como muitas vezes se ouve, não haveria um alerta sanitário a esse respeito? Ou os consultórios médicos não estariam transbordando de homens com esses problemas? Ou eles não teriam sérios problemas de fertilidade nas áreas onde o consumo de soja está presente na alimentação diária?

Apenas passando a asserção pelo neurônio de guarda, fica claro que algo está errado. Também podemos ler a literatura científica recente revisando esse tópico e concluindo que os produtos de soja são seguros. Existem poucos estudos de intervenção que revisam o efeito dos fitoestrogênios na fertilidade masculina, mas temos um publicado pela National Library of Medicine (Livraria Nacional de Medicina, traduzido do inglês).

A soja também não afeta a concentração de testosterona biodisponível em homens, ou outros hormônios. Vamos parar de usar estudos feitos com suplementos de isoflavonas em doses absurdas, estudos de casos únicos ou trabalhos em camundongos para enviar mensagens alarmistas sobre a soja como alimento.

E se eu tiver que dar fórmula de soja ao meu bebê?

Sabendo que a melhor opção para alimentar um bebê é sempre o leite materno, caso por algum motivo tenhamos que alimentá-lo com fórmula de soja (sempre com orientação do pediatra) é bom que saibamos que as fórmulas feitas de soja são seguras e as crianças que a consomem apresentam padrões de crescimento, saúde óssea e metabolismo, reprodução, funcionamento endócrino, imunológico e neurológico semelhantes aos de crianças alimentadas com fórmula à base de leite de vaca ou leite materno.

Fique calmo (a).

Não quero soja porque causa câncer

Esta não é apenas uma afirmação totalmente falsa, é o contrário. Se houvesse uma ligação plausível entre soja e câncer, ela seria protetora. Não aumenta o risco de câncer gastrointestinal, nem o do endométrio nem o da próstata, como vimos acima. Na verdade, ela é protetora em casos de cânceres ginecológicos e de mama.

Se você está preocupado sobre um produto que está causando estragos no ecossistema e na vida de muitos agricultores, o que deve não deve ser consumido é a carne.

Também não é contraindicado no câncer de mama em curso, nem interfere em alguns medicamentos comuns, apesar de o conselho de evitar a soja ainda ser um clássico nas consultas de oncologia, não existe base para apoiá-lo. É explicado em detalhes por Luis Cabañas, nutricionista-dietista especializado em nutrição oncológica, e Liliana Cabo, também uma colega nossa que atualmente está fazendo sua tese de doutorado na mesma especialidade e que nos explicou sobre o assunto. Ambos os artigos relacionam toda a bibliografia que os suporta.

Ou podemos buscar mais rápido por uma resposta: o site do Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer nos diz de forma clara e concisa que não há razão para evitar a soja no câncer de mama. De fato, em suas recomendações para a prevenção do câncer, não menciona a soja em nenhum momento e, em vez disso, incentiva o consumo de mais “grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas”, e não o consumo de “mais grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas, exceto soja".

Se nos voltarmos para o site do American Institute for Cancer Research (Instituto Americano para Pesquisa em Câncer traduzido do inglês) lemos que a soja é segura tanto para quem tem câncer quanto para quem não tem. Em suma, se preocupar se o consumo regular de soja ou alimentos processados ​​à base de soja vai prejudicar nossa saúde não tem fundamento algum.

E temos que estar nos alimentando muito bem para que o mais suspeito de nos prejudicar em nossa dieta seja o tofu. Mas você também pode acreditar que existem razões para evitar a soja que não têm nada a ver com sua saúde.

Não quero soja porque ela é transgênica

Bem, evitá-lo é tão fácil quanto verificar o rótulo do produto. Na União Europeia, a legislação exige a rotulagem de transgênicos ou OGMs para consumo humano direto. Em outras palavras, se uma bebida de soja, tofu ou fubá contém transgênicos, coloca no rótulo. Temos mais informações no site da Agência Espanhola de Consumo (AECOSAN).

Os produtos oferecidos ao consumidor final devem incluir a indicação "Este produto contém organismos geneticamente modificados" ou "Este produto contém [nome do(s) organismo(s)] geneticamente modificado". Então, na Europa, se não colocar no rótulo, não contém OGM. No máximo pode conter vestígios, sempre abaixo de 0,9%.

É importante notar que as razões mais fortes para evitar os OGMs não são razões de saúde. A defesa da soberania alimentar, a conservação dos ecossistemas e a diversidade ou sustentabilidade são argumentos suficientemente poderosos para evitá-los, sem a necessidade de cair em mensagens de meias verdades ou diretamente falsas de saúde.

Não quero soja porque desmata a Amazônia

É louvável não querer apoiar o consumo de um produto que está causando estragos no ecossistema e na vida de muitos agricultores. No entanto, neste caso, o que deve parar de consumir é a carne, não a soja, já que a pecuária é a principal causa do desmatamento, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação (FAO).

As grandes plantações de monocultura de soja no continente americano são utilizadas em sua maioria como forragem para o gado. É fácil escolher produtos de soja para consumo humano direto da soja europeia, que, mesmo que apenas por sua maior proximidade, já é mais sustentável.

A escolha alimentar é uma escolha política e ética. Não apoie modos de produção com os quais você não concorda, e a forma de não apoiá-los é não consumindo os produtos que os sustentam.
https://oglobo.globo.com/saude/noticia/ ... ento.ghtml

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O consumo de carne só faz aumentar à medida em que as pessoas passam a ter dinheiro para comprá-la.
É improvável que o mundo se torne vegano num futuro próximo.
E não há indícios de que isto cause problemas de saúde se a alimentação for balanceada.

Houve uma pequena queda na França, mas é porque as novas gerações estão preferindo aves e peixes.

Fonte:
https://spectrum.ieee.org/meat-eater
Anexos
Consumo_de_carne_por_pais-Spectrum-agosto-2022.jpg

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Fernando Silva escreveu:
Qui, 04 Agosto 2022 - 15:20 pm
Houve uma pequena queda na França, mas é porque as novas gerações estão preferindo aves e peixes.
Mas ave e peixe ainda continua sendo carne, mesma que branca (não sei se foi isso que quis dizer).

Tem comidas veganas que simulam carne e vegetais que tem mesma proteína que carne como uma tal de Ora-pro-nóbis.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Pelo menos, dava leite materno. Houve casos em que nem isso.
Mãe vegana é condenada à prisão perpétua após filho bebê morrer de desnutrição, nos EUA

Menino de 18 meses pesava 8 kg e era do tamanho de uma criança de sete meses quando morreu; família comia apenas frutas e vegetais crus

Por O Globo e agências internacionais — Lee County, EUA 30/08/2022


Imagem
Sheila O'Leary foi condenada à prisão perpétua Reprodução/TV

Sheila O'Leary, uma mulher vegana de 38 anos, foi condenada nesta segunda-feira à prisão perpétua pelo homicídio do filho, de um ano e meio. A criança morreu desnutrida após ter se alimentado apenas de frutas, vegetais crus e leite materno, em Lee County, na Flórida.

A mulher foi sentenciada por seis acusações: assassinato em primeiro grau, abuso infantil agravado, homicídio culposo, abuso infantil e duas por negligência infantil.

O marido de Sheila, Ryan Patrick O'Leary, permanece na prisão enquanto aguarda julgamento pelas mesmas acusações.

De acordo com os promotores, a criança morreu por "complicações de desnutrição grave e desidratação". A morte do menino aconteceu em 27 de setembro de 2019. Na época, segundo a polícia, ele estava com 18 meses e pesava 8 kg, mas era do tamanho de um bebê de sete meses.

— Esta criança não comeu. Ele morreu de fome durante 18 meses — disse Francine Donnorummo, chefe da unidade de vítimas especiais da Procuradoria do Condado de Lee, no julgamento.

Durante o processo, o casal admitiu que a família seguia uma dieta vegana rigorosa.

Os investigadores afirmaram que o casal e seus outros três filhos, de 3, 5 e 11 anos, se alimentavam apenas de frutas e vegetais crus, embora a criança morta também fosse alimentada com leite materno. As três irmãs da vítima também foram encontradas desnutridas.
https://oglobo.globo.com/saude/noticia/ ... -eua.ghtml

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Apesar de longe do ideal, achei estranho morrer de desnutrição... não tem mais caroço nesse angú, não?

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agrotóxicos: A Europa é HIPÓCRITA?

youtu.be/DXs2DXRV1rs

A Europa exporta agrotóxicos proibidos lá e compra alimentos cultivados com esses agrotóxicos.

A Europa finge ser ecológica, mas terceiriza a degradação ambiental para países de terceiro mundo.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

POR QUE VOCÊ COME MUITO AGROTÓXICO SEM PERCEBER

youtu.be/rdKWHbE1D9Y

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

O VERDADEIRO PERIGO DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

youtu.be/4yVWI6bIrng

Então o verdadeiro perigo é o uso do triângulo amarelo com a letra T causando alarmismo. :lol:

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Alimento transgênico é um alimento como outro qualquer. O fato de ser transgênico não significa que fará mal ou bem.

Seus efeitos sobre a saúde devem ser analisados caso a caso.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 14 Novembro 2022 - 09:31 am
Alimento transgênico é um alimento como outro qualquer. O fato de ser transgênico não significa que fará mal ou bem.

Seus efeitos sobre a saúde devem ser analisados caso a caso.
Até porque nem sempre é fácil que combinação de genes vai causar dano ao organismo humano. Até mesmo comidas não-transgênicas pode causar mal dependendo se sofreram mutação ou se misturadas com outras comidas.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Se é para voltar à comida natural, então vamos comer banana com caroço, por exemplo.
Imagem

Acredite: isto é uma cenoura "natural", sem manipulação humana:
Imagem

Mais detalhes aqui:
https://misteriosdomundo.org/assim-eram ... ao-humana/

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Mensagem por Agnoscetico »


O que acontece se uma pessoa comer apenas carne?

https://canaltech.com.br/saude/o-que-ac ... rne-232089



O ser humano é uma espécie onívora, ou seja, o metabolismo funciona a partir da digestão de fontes vegetais e animais de alimentos, como folhas, frutas, sementes e carnes. No entanto, algumas correntes defendem uma alimentação de origem 100% animal — o oposto do veganismo —, o que pode ser perigoso e tem efeitos desconhecidos no funcionamento do corpo.

Embora há quem defenda o consumo apenas de carnes e seus derivados (leites e queijos), é preciso lembrar que "a anatomia de nossos cérebros, dentes e intestinos mostra que evoluímos como onívoros altamente engenhosos e flexíveis", pontua a cientista de alimentos e especialista em nutrição, Wendy Hall, para a revista Science Focus.

O que acontece com o corpo de quem consome apenas carne?

Até o momento, não existem estudos completos que demonstrem o efeito de uma dieta baseada exclusivamente no consumo de carne por um longo período. Muito provavelmente porque a exclusão completa dos vegetais não faz sentido do ponto de vista evolutivo ou nutricional.

"As únicas fontes de informação disponíveis são relatórios anedóticos e depoimentos, apontando para melhor controle de peso, melhor saúde cardíaca e metabólica, função cognitiva superior, menor inflamação, melhor função digestiva e resolução de doenças autoimunes", explica Hall.

Apesar desses relatos parecerem positivos, é importante observar que não têm grande validade do ponto de vista científica. Aqui, cabe destacar que uma das principais formas de levantar evidências científicas é através da comparação. Em outras palavras, você prova algo comparando o efeito de algo com alguém que não fez aquilo. Isso vale para remédios e também para dietas. Através de depoimentos, é quase impossível comparar resultados.

Efeitos colaterais de uma dieta exclusivamente de origem animal

Mesmo não se sabendo o que vai ocorrer com o corpo de quem come apenas itens de origem animal a longo prazo, é possível indicar quais devem ser os primeiros efeitos adversos dessa dieta:

Mau hálito;
Constipação (intestino preso);
Diarreia;
Dores de cabeça;
Perda de massa.

Estes efeitos colaterais são conhecidos, porque são os mesmo de quem entra em um estado de cetose. É quando o corpo esgotou todos os seus estoques de glicogênio e começa a decompor a gordura para ser usada ​​como fonte de energia, em vez da tradicional glicose. A estratégia é usada por algumas dietas, mas apenas em períodos pontuais.


Urina deve se tornar um poluente do meio-ambiente

Anteriormente, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, revelaram que pessoas que consomem carne em excesso — dietas muito ricas em proteínas — contribuem com a poluição do meio-ambiente de uma forma inusitada: a urina desses indivíduos se torna um potente poluente.

Em rios e em outros tipos de ambientes aquáticos, este tipo de xixi (quando não é tratado) pode formar zonas mortas, sem oxigênio. Em teste, um dieta 100% de origem animal pode ser ainda mais perigosa para o meio-ambiente.

As fibras são fundamentais para o organismo

"Cortar frutas, vegetais, sementes e grãos integrais na dieta carnívora significaria ingestão zero de fibras", lembra a pesquisadora Hall. Além de regular o trânsito intestinal, este tipo de alimento reduz o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer colorretal. Por outro lado, o alto consumo de carne vermelha e processada aumenta esse risco.

Para além da questão das fibras, o consumo de fontes vegetais de alimentos oferecem uma gama muito rica de nutrientes, como potássio, vitamina C, folato e muitos outros. Também é desconhecido os efeitos da eliminação completa deste tipo de alimento no microbioma intestinal, o que pode favorecer o aparecimento de bactérias e infecções mais resistentes.


Comer muita proteína pode transformar o seu xixi em poluente
https://canaltech.com.br/saude/comer-mu ... nte-221717




O modo como nos alimentamos pode ter diferentes impactos na saúde, mas também pode afetar o meio-ambiente. É o que descobriu uma equipe de pesquisadores norte-americanos, após calcular os impactos do xixi, quando a pessoa tem uma dieta rica em proteínas. Basicamente, a urina se torna um poluente para os rios.

Sim, o corpo humano precisa de proteína, mas é relativamente normal que as pessoas ingiram mais destas macromoléculas do que o organismo precisa para o seu funcionamento. Nesses casos, os aminoácidos são quebrados e muito nitrogênio é gerado. Este é excretado pela urina e chega ao esgoto.

Como o xixi pode ser um poluente?

Como nem sempre as águas residuais são tratadas, o composto chega aos rios. No ambiente aquático, o excesso de nitrogênio é conhecido por acelerar a proliferação de algas tóxicas, criar "zonas mortas" (sem oxigênio) e ainda poluir uma água que poderia ser potável.

“É interessante pensar em possíveis maneiras de reduzir o nitrogênio, além da tecnologias caras”, explica Maya Almaraz, a principal autora do estudo e pesquisadora da Universidade da Califórnia em Davis (UC Davis), nos Estados Unidos. “As mudanças na dieta são uma maneira saudável e barata de fazer isso”, acrescenta Almaraz.


Estudo sobre os impactos da alimentação rica em proteínas

Publicado na revista científica Frontiers in Ecology and the Environment, o estudo da UC Davis sobre os riscos do xixi para o meio-ambiente mira especificamente na realidade dos EUA, mas a situação pode ser desdobrada para outras regiões, onde o consumo de proteína é maior que o recomendado — independente de ser de origem animal ou vegetal.

Se a população norte-americana reduzisse o consumo de proteína ao valor mínimo, este impacto poderia ser medido na natureza. "Mostramos que combinar o consumo de proteína com as necessidades fisiológicas reduziria as perdas hidrológicas em decorrência do nitrogênio nos ecossistemas aquáticos em 12%", afirmam os autores.

Segundo a equipe de cientistas, este é o primeiro estudo a estimar o quanto o consumo de proteína contribui para o excesso de nitrogênio no meio ambiente através dos dejetos humanos. A expectativa é que essas novas descobertas ajudem a conscientizar as pessoas e desenhar novas políticas públicas sobre os impactos da nutrição no mundo.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Carne bovina tem muita ureia e pode causar pedras nos rins e gota.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Lista de alimentos conforme CO2 emitido durante produção
Imagem

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Como a agricultura industrial molda nossa alimentação

youtu.be/pjk5swc-Qj0
Em nome do lucro, empresas vendem agrotóxico e semente modificada para resistir a eles. As sementes são patenteadas.
A variedade de alimentos tem diminuído do mundo e as empresas estão controlando a alimentação. Os alimentos estão menos saudáveis.


A corrida para fabricar o animal perfeito

youtu.be/Q2xG9EgBQkc
A tentativa de criar animais transgênicos mais eficientes e ecológicos.


Entrando em política (o que muda o assunto do tópico), na minha opinião, animais e plantas transgênicos deveriam ser desenvolvidos somente pelo Estado, sem patente e com transparência.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Imagem

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Os aditivos químicos presentes em 4 de cada 5 alimentos vendidos nos mercados do Brasil

youtu.be/wOlKcIbHXD8

Um tipo mais comum de aditivos químicos são os cosméticos, que servem só para dar aparência bonita. Os conservantes são considerados necessários por motivos logísticos, já que é impossível consumir rapidamente após a produção.


Como crise empobreceu fórmula de produtos lácteos no Brasil

youtu.be/tCbJdxHDeMA

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Qui, 04 Maio 2023 - 20:16 pm
Os aditivos químicos presentes em 4 de cada 5 alimentos vendidos nos mercados do Brasil

Um tipo mais comum de aditivos químicos são os cosméticos, que servem só para dar aparência bonita. Os conservantes são considerados necessários por motivos logísticos, já que é impossível consumir rapidamente após a produção.
Sem conservantes, não dá para alimentar 8 bilhões de pessoas.

No passado, usava-se sal e açúcar como conservantes.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Mensagem por Agnoscetico »

Na busca por competitividade e lucros maiores, alguns fabricantes de alimentos optam por jogar sujo, adulterando seus produtos de maneira criminosa. Outros, no entanto, utilizam-se de artifícios legais para enganar o consumidor, sem necessariamente quebrar as regras. Como eles estão fazendo isso? É o que eu te mostro neste vídeo.

FRAUDE ALIMENTAR: A Verdade por Trás dos Rótulos


youtu.be/b73ggDyxBBA

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 03 Junho 2023 - 00:29 am
FRAUDE ALIMENTAR: A Verdade por Trás dos Rótulos
É muito triste. Criar uma lei para proibir essas fraudes legais de imitar produto nutritivo é difícil, mas é uma questão relacionada com neuromarketing, que são casos que estão enganando o consumidor.

Os comentários estão dizendo: "A indústria alimentícia e farmacêutica andam de mãos dadas."
A indústria alimentícia e a farmacêutica são sócias, você come alimentos cheios de componentes químicos durante a vida toda, depois que ficar velho você fica mais vulnerável a ficar doente ou desenvolver um câncer, aí você será obrigado a cuidar mais da sua saúde, pagar convênio médico para ter um melhor atendimento e depois ter que comprar remédios com preços altamente abusivos que gera muito lucros para a indústria farmacêutica.
Eu sou repositor no segundo maior mercado da minha cidade, e pode ter certeza que não é só produtos prontos embalados que tem fraudes, produtos artesanais como das padarias, são com certeza burlados com farinhas, trigos, margarinas, etc, vencidos.
Uma vez um grande produtor/exportador brasileiro de cacau ironizou dizendo que não entendia o porquê de existir tanta variedade de "chocolate" nacional, se quase nenhum fabricante no Brasil comprava grande quantidade de cacau com ele!!

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Explicação sobre agricultura orgânica ou propaganda do MST (não-tão-disfarçada)?

A VERDADE QUE NINGUÉM TE CONTA SOBRE OS ALIMENTOS ORGÂNICOS • Física e Afins
TRANSCRIÇÃO
Spoiler:
tudo bom com vocês Espero que vocês
estejam muito bem-vindos a mais um vídeo
aqui no pisca e no vídeo de hoje nós
vamos falar sobre alimentos orgânicos
Será que existem alimentos que são de
fato orgânicos recentemente eu fiz um
Rios lá no meu Instagram se tu não me
segue já vai me seguir @bib's bailas
onde eu falei que é impossível remover
agrotóxico de uma comida de uma fruta de
uma verdura que tenha agrotóxico e isso
é verdade é impossível remover porque já
está na semente já está na terra já está
na água aqui irriga o agrotóxico
agroquímico já está em todos os lugares
Então tu não tem como limpar como ozônio
com receitinha não tem como então hoje a
gente vai entender o que é um alimento
orgânico de verdade se no Brasil a gente
tem alimentos orgânicos e inclusive umas
coisinhas chocantes Então já vai
deixando o teu like te inscreve comenta
e ruma aos 400
inscritos neste canal se tu não é
inscrito já te inscreve clica em
inscrever-se vou dar três segundos um
dois três cliquei Vamos pro vídeo O que
é um alimento orgânico por definição
alimento orgânico é aquele que é
produzido sem nenhuma modificação
artificial sejam elas os agrotóxicos
adubos químicos hormônios antibióticos
organismos geneticamente modificados ou
transgênicos e no Brasil a lei número
10.831 de 23 de dezembro de 2003 define
o sistemas orgânicos de produção
agropecuária como aqueles que abre aspas
editor se adotam técnicas específicas
mediante a otimização do uso dos
recursos naturais e sócio-econômicos
disponíveis e o respeito à integridade
cultural das Comunidades Rurais tendo
por objetivo a sustentabilidade
econômica e ecológica a maximização dos
benefícios sociais e a minimização da
dependência de energia não renovável
empregando sempre que possível o métodos
culturais biológicos e mecânicos em
contraposição ao uso de materiais
sintéticos a eliminação do uso de
organismos geneticamente modificados e
radiações
ionizantes em qualquer fase do processo
de produção processamento armazenamento
Distribuição e comercialização e a
proteção do meio ambiente Então por
definição o orgânico é tudo isso Será
que a gente tem no Brasil orgânico e
além de tentar descobrir se no Brasil
tem orgânico a gente ainda fica com
aquela coisa mas e se a semente já sai
da Fábrica com algum pó algum produto é
o que eu falei dá para remover
agroquímico não dá porque muitas vezes a
semente já sai da Fábrica com um pozinho
e Aí vem uma coisa interessante por mais
que algumas sementes tenham algum tipo
de químico ali quando ela sai da fábrica
elas ainda podem ser chamadas de
orgânicas a gente tá tudo aqui ó
trabalhando nas nuances de uma definição
porém por conta do clima tropical do
Brasil alguns terrenos argilosos
condições desfavoráveis são sim
consideradas orgânicas as sementes que
possuam algum tipo de conservante esses
conservantes são considerados orgânicos
desde que tenham baixa toxicidade não é
zero toxicidade baixa toxicidade não
causam problemas ao solo e sejam
biodegradáveis então você pode estar
comendo um alimento orgânico mas que tem
algum conservante de baixa toxicidade
mas não é zero a outra pergunta que pode
surgir em relação aos alimentos
orgânicos é a seguinte se a gente não
pode usar defensivos agrícolas como que
a gente vai eliminar os bichinhos ou as
pragas das plantações Existem várias
alternativas dentre elas algumas
alternativas bem orgânicas digamos assim
que é utilizar a citronela o alecrim
também é usado e algum tipo de repelente
que seria uma alternativa mais biológica
muitas plantações usam chamado controle
biológico inclusive existem dados eu vou
deixar várias referências para vocês
aqui na descrição ou vai aparecer na
tela existem dados comerciais mostrando
que a indústria de defensores né
bioagrícolas digamos assim está
crescendo muito mais rápido que a
indústria dos agroquímicos Inclusive a
questão da cana-de-açúcar existem
hectares e hectares e hectares de
cana-de-açúcar que é protegida contra
broca do açúcar que é o invasor Só
através de controle bio rústico então
bem interessante já vai deixando seu
like curte comenta compartilha porém
mesmo com esse crescimento dos controles
biológicos o Brasil ainda lidera todos
os rankings
o Brasil utiliza mais de 500 mil
toneladas de pesticidas por ano um gasto
de mais de 35 bilhões ao ano e o motivo
não é porque o Brasil possui mais praga
que os outros países mas sim porque de
tantos aros agrotóxicos por seleção
artificial selecionamos as pragas mais
resistentes que precisam de maior
quantidade de veneno para
E aí você vai dizer Bibi mas existe de
fato uma produção realmente orgânica no
Brasil e a resposta é sim existe na lei
10.381 que é regulamentos orgânicos no
Brasil está contido no artigo 3º que a
comercialização de qualquer produto
denominado orgânico só pode ser feito se
seus produtores forem reconhecidos por
algum órgão certificador credenciado
pelo Ministério da Agricultura e
passarem por uma rigorosa certificação
de qualidade que após feita pode ser
conferida pelo consumidor por um selo na
embalagem do alimento que prova que esse
foi de fato produzido em uma plantação
orgânica os produtores orgânicos no
Brasil estão divididos essencialmente em
duas categorias Os Pequenos produtores
agrícolas e Agricultura Familiar ou os
agricultores orgânicos ligados à
empresas privadas
90% de toda a produção orgânica do
Brasil vai para os pequenos cores rurais
e 70% dessa produção total está ligada
às empresas privadas e um dos maiores
movimentos ligados à produção orgânica
de alimentos no Brasil é o movimento dos
Trabalhadores Rurais sem terra o MST
senão maior é um dos mais conhecidos por
todos nós mas isso é um fato é mentirosa
infelizmente ele está correto de acordo
com o Instituto rio-grandense do arroz
tem que ver que institutos
[Música]
o Instituto Riograndense do Arroz Irga é
o maior produtor de arroz orgânico da
América Latina com 27 mil toneladas Mas
não pense que os produtores orgânicos
são um grupo pequeno de acordo com o
relatório do Ministério da Agricultura e
Pecuária o Brasil conta com mais de
20.000 agricultores certificados para a
produção de alimentos sem uso de nenhum
tipo de agrotóxicos ou pesticidas é um
número bem bem relevante por trás dessa
produção muito grande de orgânicos nós
temos agroecologia que é um campo de
estudos bem interessantes que vai tentar
entender como a gente vai trabalhar com
produção orgânica os impactos da
produção orgânica e tudo que envolve
esse mundo dos orgânicos agora vamos
tentar entender um pouquinho Quais são
os benefícios da alimentação orgânica
você se alimenta de orgânicos você
consegue pagar um orgânico também muitas
vezes a gente acha que os alimentos
orgânicos são extremamente caros Mas se
a gente for na feira da nossa cidade ali
a gente vai conseguir coisas muito mais
baratas produzidas de forma orgânica por
pequenos Produtores Rurais familiares do
que se a gente fosse num grande
Supermercado vocês fazem feira desde
aqui nos comentários os alimentos
orgânicos são superiores em relação aos
alimentos convencionais tanto para o
meio ambiente quanto para a saúde humana
para começar o uso de agrotóxicos comuns
nos alimentos convencionais causa
grandes impactos para a natureza como a
contaminação da água do solo além da
alteração do habitat natural de peixes e
insetos em um artigo científico de 2018
foi constatado a presença de dicloro de
fenil
tricoroetano DDT o benalapsil e
hexaclorociclo hexano hch entre outros
compostos tóxicos inclusive alguns
proibidos no Brasil nos solos nos corpos
das plantações em alimentos que
ingerimos esse tipo de contaminação
contribui para a morte da fauna e da
flora do nosso país em alguns peixes
esses compostos causam aneurisma e
hiperplaxia aumento do número de células
em anfíbios como sapos as rãs e as
cobras cegas a exposição aos agrotóxicos
danificou os seus DNA e um contraponto a
tudo isso a produção orgânica valoriza o
ecossistema valoriza o solo a natureza é
muito diferente um outro artigo de 2010
mostrou o seguinte que em média as
propriedades dos solos em que foram
plantados de forma agroecológicas são
muito mais positivas com a maior
presença de minerais como nitratos
fósforo amônia zinco e manganês do que
as plantações convencionais além de
manter a biomassa microbiana ainda os
orgânicos ajudam a preservar a
biodiversidade dos ecossistemas
agrícolas promovendo A Conservação de
espécies vegetais e animais e a promoção
da polinização natural como mostra este
outro artigo de 2005 que em média os
pássaros e animais são 50% mais
abundantes em Produções agrícolas
orgânicas do que introdução não orgânica
e vamos falar dos agroquímicos na saúde
uma pesquisadora do Paraná que inclusive
ganhou prêmio de Ciências e Tecnologia
Apresentou um trabalho mostrando que as
mulheres que tiveram contato direto com
pesticidas tinham muito mais chances de
ter câncer de mama segundo ela mulheres
expostas ao agrotóxico tem risco 59%
superior de apresentar o câncer de que
as mulheres que vivem na cidades e não
só nas mulheres Pois é pesquisadora
constatou a presença dos pesticidas nos
familiares por meio de exames de urina e
sangue Olha que sério isso a exposição
aos agrotóxicos também está relacionada
a alguns tipos de linfomas melanomas
cutâneos câncer nos sistemas digestivo
urinário respiratório e no esôfa go Além
disso as frutas provenientes de
plantações orgânicas apresentam muito
mais vitaminas do que as frutas de
plantações comuns gente tô com a minha
língua travada nesse vídeo editor deve
tá assim meu Deus o que tá acontecendo
com o cérebro da Vivi esse seria até um
vídeo interessante o que acontece com o
cérebro das pessoas no puerpério no
pós-parto ele não funciona da mesma
forma
[Música]
então assim a gente vai ter muitos
benefícios nos alimentos orgânicos
inclusive o sabor é diferente tudo é
diferente e aí Eu repito mais uma vez é
um mito de que os alimentos orgânicos
vão ser muito mais caros do que os
alimentos não orgânicos isso não é
verdade inclusive vocês podem na
internet buscar esse tipo de informação
o próprio Armazém do campo que é de
origem do MST vende comida preço mais
barato feira da Cidade de vocês todos
esses ambientes vão ter ali alimentação
orgânica Esse é o vídeo de hoje o vídeo
de hoje é basicamente existe orgânico No
Brasil existe os agrotóxicos podem
causar problemas podem mas aí a gente
vai entrar numa outra discussão né Que
tipo de legislação a gente tem que tipo
de lei Por que que o Brasil permite
muitos agroquímicos que em outros países
não são permitidos Por que que a gente
tá liderando o rankings mundiais e a
gente usa uma quantidade muito grande de
todas essas perguntas seriam perguntas
que a gente responderia muito mais
através de política do que de ciência
mas eu vou meter aqui a ciência eu vou
deixar as referências científicas para
vocês



youtu.be/o4guj5nRkq8

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Nem sei em que tópico onde pôr isso aqui. Pois, mesmo que tando relacionado a comida vegana, é sobre religião:

Pastor diz que veganismo é antissemita, anticristão e um pecado asqueroso


youtu.be/jbTJgtT1G9A

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 04 Setembro 2023 - 23:59 pm
Nem sei em que tópico onde pôr isso aqui. Pois, mesmo que tando relacionado a comida vegana, é sobre religião:
Pastor diz que veganismo é antissemita, anticristão e um pecado asqueroso

youtu.be/jbTJgtT1G9A
Se é um pastor que diz, quase certo que seja idiotice.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leguminosa favorece o enriquecimento do solo e é facilmente adaptável ao clima seco, tornando o seu cultivo uma alternativa viável na Europa em época de mudanças climáticas.
Grão-de-bico: altenativa em época de mudanças climáticas


youtu.be/afOWQKK5kxM

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

nuker
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Mensagem por nuker »

Não tenho problemas com alimentos geneticamente modificados ou criados em laboratório, desde que isso não nos tornem mais gordos e doentes, pra mim tudo bem.

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Os perigosos 'produtos químicos eternos' que você tem em casa e não sabe

https://www.bbc.com/portuguese/geral-58741781


Conhecidos como PFAS, esses compostos têm mais de 4,7 mil variedades; por causa de sua extraordinária persistência, eles foram detectados na água potável, poeira e até mesmo na corrente sanguínea humana.
Os perigosos 'produtos químicos eternos' que você tem em casa e não sabe | Ouça 9 minutos


youtu.be/tmHoQi8E5GE

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

O que são alimentos ultraprocessados? Como saber se um alimento é ultraprocessado? O que os ultraprocessados fazem no corpo? No vídeo de hoje, você vai descobrir os perigos os ultraprocessados, alimentos aparentemente saudáveis mas que são responsáveis por mais de 57 mil mortes por ano.
O Alimento CONTROVERSO que MATA 57 MIL PESSOAS POR ANO


youtu.be/NZ4u-oJ81uc



Doce Veneno - Por uma reforma tributária a favor da saúde e que combata fome
Para evitar essa farra, precisamos mobilizar a população e fazer um apelo aos políticos que estão, neste momento, discutindo a reforma tributária: menos impostos só pra alimentos saudáveis.
http://www.doceveneno.org.br

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Os 10 alimentos com mais fraudes no mundo — e como identificá-los

https://www.bbc.com/portuguese/articles/ckkg69vrk9vo
Levantamento internacional identificou que lácteos, azeite de oliva, mel, carne e temperos são alguns dos produtos mais adulterados do planeta. Entenda as implicações disso e como se proteger.

youtu.be/QfT3Koaj27s

Re: Comida orgânica e volta à vida natural

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

A indústria do tabaco investiu em alimento ultraprocessado viciante que não é boa para a saúde. Quem tem costume de comer coisa com sacarose, como obesos, considera alimentos com saber como mais satisfatórios. Junk food compete com cigarro (e também maconha). Os alimentos hiper-palatáveis são mais baratos nos países ricos enquanto no Brasil é mais caro.

Alimentos Feitos para Viciar: O Segredo da Indústria?

youtu.be/k92BBKSZ5so
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