Olhando para o Brasil que vejo atualmente e no passado, acho que não veremos essa evolução por aqui tão cedo. Digo, não veremos em vida.Huxley escreveu: ↑Seg, 17 Maio 2021 - 21:57 pmÉ por isso que a avaliação de desempenho de funcionários públicos adequada não precisa ser exclusividade deles.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 17 Maio 2021 - 08:09 amPossivelmente porque estes países aproveitaram a experiência de séculos do mundo civilizado.Huxley escreveu: ↑Dom, 16 Maio 2021 - 12:03 pmPor outro lado, para os países atualmente ricos da Europa Oriental (Estônia, Eslovênia, República Tcheca, Polônia, Lituânia, Letônia) e para os países do grupo dos Tigres Asiáticos (Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura), foram poucas décadas para sair do subdesenvolvimento para o Primeiro Mundo. Hoje, tais países são desenvolvidos até nas instituições públicas.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 16 Maio 2021 - 10:27 amNa Inglaterra, começou com a Carta Magna em protesto contra o absolutismo de João Sem Terra, mas foram séculos de guerras e revoluções até a coisa se estabilizar.
E isto porque não estavam isolados, mas viviam num planeta onde era grande a influência dos ocidentais.
Não inventaram, copiaram.
Liberalismo Econômico
Interessante é que a segunda tem como objetivo desfazer a primeira. Parece que a primeira se chama hoje keynesianismo. A conclusão que chego é que neoliberalismo ou keynesianismo puro fazem mal ao país.O que é neoliberalismo?
1. doutrina proposta por economistas franceses, alemães e norte-americanos, na primeira metade do século XX, voltada para a adaptação dos princípios do liberalismo clássico às exigências de um Estado regulador e assistencialista, que deveria controlar parcialmente o funcionamento do mercado.
2. doutrina, desenvolvida a partir da década de 1970, que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo.
Vou lista e comentar as pautas neoliberais. Elas incluem o Consenso de Washington e algumas outras:
1. Disciplina fiscal
Gastar só o que arrecada é óbvio para qualquer boa gestão, que nem deveria ser assunto ideológico.
2. Redução dos gastos públicos
O certo é cortar gastos que nem deveriam ter sido iniciados. Mas muitos gastos, como saúde e infraestrutura, não tem como cortar. Em último caso, deve ter cortes temporários para poder controlar o déficit, como adiar obras por exemplo. Mas o simples objetivo de "reduzir o tamanho do estado" é papo ideológico.
3. Diminuição de impostos
Para poder diminuir os impostos, é necessário primeiro ter cortado os gasos públicos. Caso contrário, será brilhante como Reagan, dos EUA, que conseguiu a proeza de cortar gastos públicos e aumentar a dívida púlblica. Para padrões do Brasil, o plano teria que ser definido em PEC, porque a partir do momento que sobra dinheiro, o governo populista vai querer torrar. É difícil falar em desfazer erros do passado quando cometem novos erros no presente.
4. Juros de mercado
5. Câmbio de mercado
Concordo com os dois, não por ideologia, mas é porque o estado tem prejuízo tentando controlar. Não funciona.
Controlar câmbio é comprar dólar na alta e vender na baixa. Quando o estado faz uma operação em grande volume, isso altera o preço e acaba dando prejuízo. Empresas podem negociar com contratos de dólar futuro fixo e não precisam dessa ajuda.
Juros baixo é bom, mas para forçar juros baixos, o estado precisaria de um banco estatal dando empréstimo barato (e tendo prejuízo com isso) ou imprimir dinheiro e injetar nos bancos grandes (corrupção).
Para aumentar os juros, o estado terá mais prejuízo pagando mais juros na dívida pública, e ainda tem o efeito colateral de forçar os bancos a ter juros altos. Bancos precisam captar investidores para poder emprestar aos outros, por isso tem que oferecer juros mais altos. Isso encarece demais o empreendedorismo e favorece o rentismo.
6. Abertura comercial
Adoção de medidas contra o protecionismo econômico
Explicação complexa: https://www.paulogala.com.br/o-modelo-d ... paises-no/
Produção que prioriza a exportação em vez do mercado interno, é uma forma de neocolonialismo, mesmo que os produtores sejam brasileiros.
7. Investimento estrangeiro direto
Livre circulação de capitais internacionais
Abertura econômica para a entrada de empresas multinacionais
É bom no curto prazo, mas no longo prazo se torna neocolonialismo. Muitos economistas (como Ha-Joon Chang e até uma publicação do The Economist) criticaram essas medidas, não com essas palavras.
Ironicamente, o FMI sugere uma forte elevação dos juros em caso de desvalorização da moeda. Isso é algo que não é liberal, mas é neocolonialista, por dar juros altos a investidor estrangeiro.
8. Privatização de empresas estatais
Se não tiver uma forma de ter concorrência, isso será simplesmente uma forma de corrupção de gente que quer ganhar dinheiro privatizando monopólio.
Se o estado é o único cliente, ele arcará com o prejuízo se a empresa privatizada quebrar.
9. Desregulamentação (flexibilização de leis econômicas e trabalhistas)
O Brasil tem muita burocracia em leis de regulamentação.
No caso de leis trabalhistas, o principal foco é o salário mínimo. O salário mínimo fixado por lei é desastroso quando o empregador é nacional. Mas quando o empregador é uma multinacional, que aproveita a moeda desvalorizada e foca em exportação, o país emergente se torna um ótimo lugar para produzir com mão-de-obra barata. A solução poderia ser um salário mínimo para estrangeiras ou imposto de exportação, ou outra ideia.
10. Direito à propriedade intelectual
Ver tópico de patentes. Mas é irônico que nesse ponto eles querem que o estado seja intervencionista em vez de liberal.
Terceirização
Acredito que essa aberração seja consequência do excesso de leis trabalhistas. Então, eles arranjaram um meio de burlar as regras de forma legal. Isso é bom no caso de achar substituto em dia de doença e férias, mas por outro lado piorou a segurança no trabalho.
Incentivar o empreendedorismo
Ótimo, mas precisa de investimento em educação e a pessoa tem que ter recursos. Falar é fácil.
Editado pela última vez por Tutu em Qua, 26 Maio 2021 - 16:25 pm, em um total de 2 vezes.
Para entender melhor o liberalismo econômico, dei uma olhada no índice de liberdade econômica, que mede a liberdade econômica de vários países por meio de 12 critérios.
https://www.heritage.org/index/ranking/
Estado de Direito
* Direitos de propriedade (incluindo propriedade intelectual)
* Honestidade de governo
* Eficácia do sistema jurídico
Tamanho do governo
* Carga tributária (acho que não considera se o sistema é burocrático e complexo demais, como no Brasil)
* Gastos do governo (o chamado "tamanho do estado")
* Saúde fiscal (se gasta dentro do que arrecada)
Eficiência regulatória
* Liberdade de empreender - facilidade para abrir e manter um negócio
* Liberdade trabalhista - volume de leis trabalhistas
* Liberdade monetária - presença de inflação e controle de preços
Mercados abertos
* Liberdade de comércio exterior - barreiras tarifárias ou não tarifárias
* Liberdade de investimento
* Liberdade do sistema financeiro - regulação, influência do governo no crédito, bancos estatais, etc
A nota máxima não é o ideal, mas uma nota baixa, como ocorre no Brasil, é terrível para a economia. O Brasil tem problemas sérios de corrupção no governo e no judiciário. O governo não tem responsabilidade fiscal e tem dívida alta. Tem histórico de imprimir dinheiro. Existe o problema de influenciar investimentos e a taxa de juros (não sei se é classificado como liberdade monetária ou financeira). Muitas das leis trabalhistas são inúteis e há burocracia para empreender, por isso há muita informalidade.
Resta saber se o direito de propriedade no Brasil está ruim no sentido de ter pequenos produtores rurais perdendo terras para grandes ou se é críticas à invasão do MST. Apenas falam que o sistema de hipoteca é desigual.
Pessoalmente, não vejo gastos altos do governo como um problema se estiver dentro da responsabilidade fiscal e sem dívida. Não significa que tendo todos os 12 itens a economia será o melhor, mas muitos deles são parcialmente ou completamente importantes.
O problema é que a fundação que faz esse estudo tem envolvimento em besteirol conservador americano: nega as mudanças climáticas, considera a vitória de Biden fraudulenta, concordou com a guerra no Iraque, discorda do seguro saúde.
https://www.heritage.org/index/ranking/
Estado de Direito
* Direitos de propriedade (incluindo propriedade intelectual)
* Honestidade de governo
* Eficácia do sistema jurídico
Tamanho do governo
* Carga tributária (acho que não considera se o sistema é burocrático e complexo demais, como no Brasil)
* Gastos do governo (o chamado "tamanho do estado")
* Saúde fiscal (se gasta dentro do que arrecada)
Eficiência regulatória
* Liberdade de empreender - facilidade para abrir e manter um negócio
* Liberdade trabalhista - volume de leis trabalhistas
* Liberdade monetária - presença de inflação e controle de preços
Mercados abertos
* Liberdade de comércio exterior - barreiras tarifárias ou não tarifárias
* Liberdade de investimento
* Liberdade do sistema financeiro - regulação, influência do governo no crédito, bancos estatais, etc
A nota máxima não é o ideal, mas uma nota baixa, como ocorre no Brasil, é terrível para a economia. O Brasil tem problemas sérios de corrupção no governo e no judiciário. O governo não tem responsabilidade fiscal e tem dívida alta. Tem histórico de imprimir dinheiro. Existe o problema de influenciar investimentos e a taxa de juros (não sei se é classificado como liberdade monetária ou financeira). Muitas das leis trabalhistas são inúteis e há burocracia para empreender, por isso há muita informalidade.
Resta saber se o direito de propriedade no Brasil está ruim no sentido de ter pequenos produtores rurais perdendo terras para grandes ou se é críticas à invasão do MST. Apenas falam que o sistema de hipoteca é desigual.
Pessoalmente, não vejo gastos altos do governo como um problema se estiver dentro da responsabilidade fiscal e sem dívida. Não significa que tendo todos os 12 itens a economia será o melhor, mas muitos deles são parcialmente ou completamente importantes.
O problema é que a fundação que faz esse estudo tem envolvimento em besteirol conservador americano: nega as mudanças climáticas, considera a vitória de Biden fraudulenta, concordou com a guerra no Iraque, discorda do seguro saúde.
- Fernando Silva
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Um artigo sobre a baixa eficiência das estatais de petróleo.
https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/ ... arris.htmlMonopólio do petróleo
Mais Estado, menos barris 03/06/2021
Intervenções fazem parte da história do petróleo na América Latina. Em 1922, o General Mosconi assumiu a argentina YPF. Defendia o monopólio e influenciou outros países.
O México logo estatizou. Agora, a produção vem caindo. Baixou de 3,5 milhões de barris por dia para 1,7 milhão. Mesmo assim, a abertura da década passada está sendo revertida. A Bolívia criou a YPFB. Décadas depois nacionalizou a Gulf. Em 2006, renegociou contratos de empresas como a Petrobras. As medidas não produziram bons resultados. As reservas despencaram, e há dificuldade em manter as exportações. A Colômbia fundou a Ecopetrol e reverteu concessões. Em 1970, a produção era de 200 mil barris. Subiu para 1 milhão com a criação do órgão regulador e a abertura do capital da estatal. O Equador estabeleceu a Cepe, depois Petroecuador. Chegou a fazer parte da Opep, mas a produção estagnou. A Venezuela nacionalizou em 1976. A extração caiu de 3,5 milhões para 1,5 milhão de barris. Voltou a crescer quando atraiu empresas para investir. Veio a intervenção bolivariana. A produção despencou para menos de meio milhão. A Argentina abriu nos anos 1990. A YPF foi privatizada. A produção dobrou, chegando a 900 mil barris. A partir de 2001, o ambiente mudou. A empresa acabou reestatizada. A extração caiu para 450 mil barris.
A Petrobras e o monopólio resultaram da campanha “o petróleo é nosso”. Em 1979, a produção não batia 200 mil barris. A internacionalização da estatal e os contratos de risco possibilitaram a modernização e as descobertas que levaram o volume a 1 milhão de barris. O fim do monopólio e os leilões abriram caminho para a entrada de capitais e para o advento do pré-sal. As políticas adotadas em seguida conduziram à crise, quando o preço caiu. Investimentos e a extração nas bacias maduras despencaram. Novas medidas permitiram a retomada. A produção superou 3 milhões de barris em 2020.
Os exemplos mostram que intervenções estatais geralmente causaram queda na produção. Quando as atividades se davam em poços rasos, em terra, os efeitos eram mais tênues ou lentos. O quadro se alterou quando as operações passaram a demandar mais capital e tecnologia.
A Agência Internacional de Energia divulgou um cenário segundo o qual não haveria necessidade de novos projetos de óleo e gás. É mais um indício de que a disputa por investimentos será cada vez mais acirrada. Como há quem continue defendendo o domínio estatal no setor, é preciso recordar que a politização do petróleo gerou mais perdas que benefícios. Raramente trouxe os resultados prometidos. Além de privilégios, produziu dividendos políticos efêmeros e duvidosos, seguidos de desajustes estruturais, jamais soluções duradouras.
Com a transição energética, os hidrocarbonetos perderão relevância. Para se beneficiar da janela de oportunidade e extraí-los, o país deve superar essa discussão e atrair mais investimentos. Logo, ou o petróleo, como no antigo slogan, continuará eternamente nosso, abandonado nas entranhas do subsolo.
Décio Oddone - Engenheiro, é CEO da Enauta e foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo
Huxley escreveu: ↑Sex, 07 Maio 2021 - 22:30 pm“Soy latino-americano
O Brasil gasta muito (e cada vez mais) também comparado a países latino-americanos, sem apresentar resultados melhores em termos de serviços públicos e crescimento. Aumentar gastos, como proposta da moda, ignora nossa história e, talvez por isto, tenha grandes chances de se concretizar
Por Alexandre Schwartsman”:
https://www.infomoney.com.br/colunistas ... americano/
Figuras que o Alexandre postou no Twitter dele que mostram o mito do suposto “arrocho fiscal neoliberal” do Brasil:
Fonte: https://twitter.com/AlexSchwartsman/sta ... 3399312391
Fonte: https://www.infomoney.com.br/colunistas ... a-solucao/Nem uma rima, nem uma solução
A redução da relação dívida-PIB no começo do ano deveu-se principalmente à aceleração da inflação, uma “solução” indesejável para o problema. Não deveríamos contar com isso para lidar com o endividamento excessivo
Por Alexandre Schwartsman
Fonte: https://twitter.com/FelipeSalto/status/ ... 3808600066Deflator do PIB impulsionado pela inflação. Por sua vez, turbinada pela taxa de câmbio e preços de commodities. Não houve medida estrutural de ajuste fiscal além da reforma da previdência em 2019.
“Na contramão do PIB, renda do brasileiro cai 10% com inflação em alta e desemprego recorde”:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57422466
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https://oglobo.globo.com/economia/cenar ... o-25062822No governo Temer, a taxa Selic caiu de 14,25% ao ano para 6,5%, de forma responsável, sem esticar a corda.
O comportamento da inflação é um ponto muito importante a ser avaliado. Não apenas por suas consequências econômicas e sociais, mas por ser um indicador da qualidade da política econômica. É a temperatura do paciente indicando o grau de acerto do médico no tratamento.
Temer deixou a casa relativamente arrumada nesse quesito. Depois de ter recebido de Dilma uma inflação acima de 9% que ameaçava sair do controle, entregou a fera domada em 3,75%, abaixo da meta de 4,5% para 2018 — e sem artificialismos, como represar reajustes de tarifas.
[...]
Se o culpado da inflação fosse apenas o quadro internacional — por exemplo pela alta de preços de commodities —, o desvio em relação aos demais países seria mais modesto. Não à toa os juros deverão subir para 4,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária nesta quarta-feira, enquanto os bancos centrais daqueles países estão mantendo os juros estáveis — na média em 1,6%.
O índice de liberdade econômica e o livro Por que as nações fracassam consideram que o desrespeito à propriedade privada e um sistema político que não funciona prejudicam severamente a prosperidade de uma nação.
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As foices do MST nunca cortaram nada. Só são usadas em manifestações por "camponeses" que chegam da cidade grande de carro novo.Tutu escreveu: ↑Sáb, 19 Junho 2021 - 22:11 pmO índice de liberdade econômica e o livro Por que as nações fracassam consideram que o desrespeito à propriedade privada e um sistema político que não funciona prejudicam severamente a prosperidade de uma nação.
Este vídeo ilustra como:
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O vídeo não fala do MST e sim de famílias que já tinham terra e povos indígenas.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 20 Junho 2021 - 09:49 amAs foices do MST nunca cortaram nada. Só são usadas em manifestações por "camponeses" que chegam da cidade grande de carro novo.
Sobre o MST, até hoje não entendo como funciona. Surgiu de trabalhadores que perderam o emprego no campo por causa da tecnologia, mas depois de 3 décadas, não sei como se sustentam e não arranjaram emprego novo. Parece que filho continua no movimento. Sou favorável à reforma agrária para desconcentrar terras e privilégios, mas não ao parasitismo.
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No início, o MST reunia agricultores de verdade, mas, com o tempo, foram todos assentados e só ficou gente da cidade, que nunca usou uma enxada.Tutu escreveu: ↑Dom, 20 Junho 2021 - 11:37 amO vídeo não fala do MST e sim de famílias que já tinham terra e povos indígenas.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 20 Junho 2021 - 09:49 amAs foices do MST nunca cortaram nada. Só são usadas em manifestações por "camponeses" que chegam da cidade grande de carro novo.
Sobre o MST, até hoje não entendo como funciona. Surgiu de trabalhadores que perderam o emprego no campo por causa da tecnologia, mas depois de 3 décadas, não sei como se sustentam e não arranjaram emprego novo. Parece que filho continua no movimento. Sou favorável à reforma agrária para desconcentrar terras e privilégios, mas não ao parasitismo.
Muitos dos que receberam terras não sabiam cultivá-las. Desmataram e queimaram e depois venderam a terra baratinho.
O MST não quer assentar ninguém, quer o poder. Os "sem terra" são apenas massa de manobra.
Lembro que, no início, alguns verdadeiros agricultores receberam terras em Pernambuco, organizaram uma cooperativa e começaram a ganhar dinheiro, abandonando as manifestações. O MST achou que era uma traição ao movimento e invadiu suas fazendas.
E já invadiu e destruiu plantações de laranja "porque eram grandes demais", já destruiu plantações de eucalipto "porque não se come papel", já destruíram centro de pesquisas agrícolas etc.
https://veja.abril.com.br/brasil/mst-de ... ecnologia/
Como levar a sério um bando de terroristas que louva Che Guevara?
http://catolicismo.com.br/materia/mater ... 1998&pag=3
ALTERNATIVAS AO LIBERALISMO NO BRASIL
(Palestra para a Faculdade de Economia da UFF)
https://www.youtube.com/watch?v=s9USt9Mw5p0
(Palestra para a Faculdade de Economia da UFF)
https://www.youtube.com/watch?v=s9USt9Mw5p0
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UM anacap com pés no chão (pelo menos no que ele disse no vídeo):
Seus bitcoins valem mais que a sua vida?
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Seus bitcoins valem mais que a sua vida?
Spoiler:
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Parece que o "legendário" libertário Daniel Fraga teria dado as caras de novo, dado como sumido - uns diziam que ele foi pra paraíso fiscal, etc.
Daniel Fraga e o Bitcoin Cash
youtu.be/FHW2EOBzYMk
Daniel Fraga e o Bitcoin Cash
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Então em qual doutrina politica eles se encaixam?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 16:16 pmIsto porque eles não são liberais, apenas se dizem ser.
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Alguém aí entendido de Mises, que leu os livros dele, etc, se tiver disposto, poderia dizer se ele interpretou os textos de forma certa ou ele distorceu baseado no viés dele?
Mises e o Socialismo - Parte 1 (Vídeo 302)
youtu.be/OUKW6CfcFFU
Mises e o Socialismo - Parte 1 (Vídeo 302)
TRANSCRIÇÃO (COM ALGUNS POSSÍVEIS ERROS)Spoiler:
youtu.be/OUKW6CfcFFU
O cerne do questionamento que faço é: por que Mises? Não entendo porque essa obra de Mises tem que ter destaque na alegação do problema do cálculo econômico no socialismo. O problema em usar esse senhor como instrumento de contra-argumento pró-socialismo é epistemológico e elementar: não é demais lembrar que o Empirismo na epistemologia de Mises é algo que fica num longíquo segundo plano, na melhor das hipóteses. O Racionalismo de Mises, por negligenciar o Empirismo, é ingenuidade de quem não entende como o conhecimento humano funciona.Agnoscetico escreveu: ↑Sex, 15 Outubro 2021 - 14:21 pmAlguém aí entendido de Mises, que leu os livros dele, etc, se tiver disposto, poderia dizer se ele interpretou os textos de forma certa ou ele distorceu baseado no viés dele?
Mises e o Socialismo - Parte 1 (Vídeo 302)
TRANSCRIÇÃO (COM ALGUNS POSSÍVEIS ERROS)Spoiler:
youtu.be/OUKW6CfcFFU
Tenho lido hipóteses melhores para a questão do que a de Mises, como, por exemplo, a Teoria do Conhecimento Disperso pela Sociedade de Friedrich Hayek. Ademais, a questão do fracasso econômico do socialismo é uma regularidade empírica verificada com frequência, não uma hipótese que ainda precisa ser testada. Dizer que China Maoísta, Cuba Castrista e União Soviética são exemplos de sucesso econômico só é possível para quem falsificou e reescreveu a História: viewtopic.php?p=18807&sid=f08cbd507507e ... e02#p18807
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Spoiler:
Ele fez a continuação (não deu pra pôr transcrição por limites de caracteres):
Mises e o Socialismo - Parte 2 (Vídeo 305)
youtu.be/vXP6ndl7X10
Fonte: https://www.infomoney.com.br/colunistas ... de-gastos/Alexandre Schwartsman
O triste fim do teto de gastos
As medidas da PEC dos precatórios enterrarão de vez o teto de gastos. Seus legados serão dólar caro, inflação mais alta e juros crescentes, mas não há o menor risco de aprendermos com nossos erros
Por Alexandre Schwartsman 27 out 2021 11h00
Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores
Difícil não tratar do triste fim do teto de gastos, morrendo na ignomínia depois de serviços relevantes – ainda que pouco reconhecidos – prestados à nação.
A causa mortis é a combinação de duas medidas: a mudança do indexador das despesas, que aparenta ser técnica, mas é apenas um exemplo de casuísmo, e a criação de um limite para o pagamento de precatórios, tema já tratado aqui, mas merecedor de nova visita.
O teto de gastos criado em 2016 impunha um mecanismo muito simples para (quase todas) as despesas do governo federal: tomando o dispêndio de 2016 como base, equivalente a 20% do PIB, seu valor só poderia aumentar no ano seguinte com base na inflação do ano corrente.
Isto, porém, criava uma dificuldade de ordem prática. O orçamento federal precisa ser enviado ao Congresso até o final de agosto, quando não se conhece a inflação fechada do ano, apenas o valor até julho. Como os técnicos ainda precisam de algum tempo para terminar de formular o projeto do orçamento, convencionou-se usar a inflação acumulada nos 12 meses até junho.
Usando este critério a inflação acumulada desde 2016 atingiria 31,8%, o que implicaria um valor para o teto de gastos equivalente a R$ 1,610 trilhão em 2022, dado o valor inicial de R$ 1,221 trilhão.
Parte da proposta de alteração do teto de gastos refere-se precisamente à medida de inflação: ao invés de utilizar o IPCA acumulado nos 12 meses até junho, passaríamos a usar o IPCA de janeiro a dezembro.
A justificativa para a mudança seria a “sincronização” dos reajustes. Como certos preços, notadamente o salário mínimo, são corrigidos pelo INPC (aparentado do IPCA) de janeiro a dezembro, a alteração para o novo período evitaria possíveis “descasamentos” entre o IPCA até junho e o INPC até dezembro.
Trata-se, porém daquilo que um professor da FGV descrevia como “palestra flácida para acalentar bovinos”.
Por exemplo, no dia 29 de julho reportagem da CNN revelava o então secretário do Tesouro, Jefferson Bittencourt, afirmando que “novas estimativas sobre a evolução das despesas obrigatórias do governo mostram um espaço de até R$ 30 bilhões dentro do teto de gastos no ano que vem [2022]”, exatamente por força do descasamento, já que a inflação nos 12 meses até junho atingira 8,3%, enquanto o IPCA esperado para 2021 àquela altura do campeonato se encontrava na casa de 6,5%. Diga-se de passagem, não foi a única manifestação a respeito por parte de membros da equipe econômica.
Todavia, com a piora das perspectivas inflacionárias no período mais recente (próximas a 9%), a avaliação mudou. À luz disto, a nova sistemática proposta permitiria ajustar o teto, retroativamente, em quase 36% desde 2016, isto é, para R$ 1,658 trilhão em 2022, contra R$ 1,610 trilhão pela metodologia atual, na prática elevando a permissão para gastar em R$ 48 bilhões. Vale dizer, um casuísmo.
Em outra dimensão, a proposta limita o pagamento de precatórios ao valor observado em 2016, devidamente ajustado pela inflação do período (aproximadamente 36%, como notado), ou seja, R$ 42 bilhões, enquanto o valor previsto no orçamento seria de R$ 89 bilhões. A diferença, R$ 47 bilhões, poderia ser direcionada a outras despesas. Obviamente, esta despesa não desapareceu; pode não ser desembolsada em 2022, mas ocorreu no critério de competência e como tal deveria ser contabilizada.
No conjunto da obra, portanto, as duas medidas permitiriam R$ 95 bilhões em novos gastos, acomodando, entre outros, o aumento associado à criação do Auxílio Brasil, orçado oficialmente em R$ 75 bilhões, R$ 40 bilhões a mais do que o gasto com o Bolsa-Família, além dos impactos do maior reajuste de salário mínimo, etc.
Fonte: Autor
O objetivo é claramente meritório, mas – como notado por outros analistas de contas públicas – poderia ser atingido sem casuísmos e gambiarras, desde que a administração estivesse disposta a enfrentar grupos de interesse.
As emendas do relator, por exemplo, mecanismo que permite ao relator do orçamento, direcionar recursos por critérios, digamos, discutíveis, representam valor em torno de R$ 20 bilhões, capazes de acomodar cerca de metade do aumento do gasto social. Emendas individuais e de bancadas totalizam um pouco menos, R$ 16 bilhões, mas também possibilitariam expansão considerável do gasto social. Vale dizer, há recursos no orçamento dentro das regras correntes; o que não há é vontade e coragem.
O impacto no resultado primário de 2022 é considerável, mais do que dobrando o déficit esperado para o ano que vem, mas – grave como é – não é ainda o principal problema. Como bem destacado por Marcos Mendes, o fim do teto marca a volta para o regime anterior de política fiscal, marcado pela expansão persistente das despesas públicas.
Nunca é demais lembrar que as despesas do governo federal representavam o equivalente a 14% do PIB em 1997, mas, depois de crescerem em média 6% ao ano acima da inflação, chegaram a 20% do PIB em 2016, implicando não apenas uma constante pressão de demanda, mas em determinados momentos alimentando também a percepção de crescimento insustentável da dívida, dois fatores que contribuíram, dentre outros, para a manutenção de taxas de juros elevadas no país.
Não por acaso as taxas reais de juros caíram significativamente com a adoção do teto de gastos sem acelerar a inflação, em contraste com tentativas anteriores. Também não por acaso, voltaram a subir de maneira acelerada nos últimos meses.
Fonte: Autor (com dados da ANBIMA)
O gráfico acima ilustra o comportamento das taxas reais de juros futuras para o período 4,5 a 5 anos à frente, portanto bem menos influenciado pelas perspectivas de política monetária do que as taxas mais curtas, revelando não só a forte redução a partir de 2016, como a correção expressiva ao longo dos últimos meses.
O legado da lambança é claro: dólar mais caro, expectativas de inflação mais altas, assim como taxas de juros mais elevadas. Deveria servir de aviso aos que defendiam seu fim, agora supérfluos em vista da lenta agonia do novo regime fiscal, que mal durou cinco anos (dos quais apenas dois em plena forma), mas provavelmente seguirá ignorado.
Nenhuma surpresa aqui: além do Carnaval, samba e (em outros tempos) o futebol, uma das nossas marcas mais fortes é jamais aprender com os próprios erros.
- Agnoscetico
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Vem aí um novo Macri? Aguardando os próximos episódios:
Milei, o ultraliberal que quer acabar com a 'casta política' argentina | AFP
youtu.be/uOLiswY6NEI
Milei, o ultraliberal que quer acabar com a 'casta política' argentina | AFP
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Não vejo problema algum em o estado investir em pesquisas científicas, pelo contrário! A questão é que tipo de pesquisa é financiada.
(Jason Bell)Sometimes I hear people say things like “the private sector doesn’t fund much R&D.”
Fonte: https://twitter.com/j_jason_bell/status ... 0410141707
(Leonardo Monastério)"ah... mas a arpa pagava a passagem para o steve jobs treinar no juvenil do botafogo. Lá ele conheceu o wozniak e criou a apple. Logo, a arpa criou o Iphone 1234s"
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... 5429727240
(Leonardo Monastério)A fórmula da corrupção é conhecida faz mais de 30 anos. Klitgaard sintetizou: C= monopólio + poder discricionário - accountability. Nas palavras do próprio:
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... 9969454084
(Leonardo Monastério)Discurso: "precisamos adensar as cadeias produtivas para aumentar a complexidade da indústria nacional"
Realidade: além da corrupção, uma distorção gigantesca que nem o Marcelo Odebrecht considerava viável.
(Do ótimo livro da
@malugaspar
sobre a empresa)
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... 7655976963
Huxley escreveu: ↑Qua, 15 Dezembro 2021 - 22:51 pm
(Leonardo Monastério)
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... 3395888129
(Leonardo Monastério)
Fonte: https://mobile.twitter.com/lmonasterio/ ... 5731922944
Fonte: https://www.infomoney.com.br/colunistas ... orboletas/Combustíveis e o ciclo reprodutor das borboletas
Tuíte do ex-presidente Lula associando o aumento dos preços dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora pode ter quebrado o recorde mundial de bobagens por caractere. Aqui aferimos o resultado
Por Alexandre Schwartsman
Em sua conta no Twitter, o ex-presidente Lula nos brindou com a seguinte pérola:
“Sabe por que a gasolina, o gás e o diesel estão caros? Porque esse Brasil tinha uma grande distribuidora chamada BR que foi privatizada e agora você tem empresas importando gasolina dos Estados Unidos em dólar enquanto temos autossuficiência e produzimos petróleo em reais.”
Em menos de 280 caracteres, ele produziu tamanha montanha de erros que vi compelido a escrever a respeito. Não, é bom deixar claro, porque acredite que as explicações possam ensinar algo ao ex-presidente, mas que é divertido, ah, isso eu posso garantir.
A começar porque a BR Distribuidora jamais produziu uma gota de petróleo ou derivados. Trata-se, como aliás seu próprio nome diz, de uma distribuidora de combustíveis, cujo negócio é vender para o varejo os derivados comprados no atacado (nas refinarias), neste aspecto em nada diferindo de qualquer rede de distribuição.
Mesmo quando controlada pela Petrobras, ela nunca ditou qualquer aspecto da política de preços de derivados. Imaginar que o controle estatal da BR influenciaria, em qualquer grau, o preço dos combustíveis equivale a imaginar que o caminhoneiro que entrega para um supermercado ou para o armazém do Seu Mané é o responsável pela alta dos preços de alimentos.
A propósito, um detalhe menor, mas revelador da ignorância do autor do tuíte sobre o assunto: a BR Distribuidora jamais se envolveu no negócio de gás de cozinha, também citado pelo ex-presidente como produto cujo preço subiu por força da privatização da empresa.
Isto dito, o ex-presidente associa a necessidade de importação de combustíveis à privatização da distribuidora. A este respeito, o gráfico abaixo (que já utilizei em outro contexto) é absolutamente revelador. Nele, com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), mostro a contribuição das importações ao consumo aparente (produção + importações – exportações) de três derivados: gasolina, óleo diesel e GLP.
Conforme se vê, apesar da propalada autossuficiência, o Brasil sempre precisou importar parcela relevante do seu consumo, inclusive, claro, antes da privatização da BR, que só ocorreu em 2019. Algo como 10-15% do consumo aparente de gasolina, 20-25% do consumo aparente de diesel e 25-30% do consumo aparente de GLP foi atendido pelas importações destes derivados.
Obviamente, a necessidade de importação de derivados de petróleo tem tanto a ver com a privatização da BR como os rebaixamentos do Palmeiras para a série B com o ciclo reprodutor das borboletas andinas. Resulta, por óbvio, de capacidade de refino inferior ao consumo doméstico, aliás bem mais severa no caso do diesel e do GLP do que no caso da gasolina.
E, não, construir mais refinarias não resolveria o problema, mesmo porque a experiência com a Abreu Lima, conforme explorado com cuidado pelo meu amigo Samuel Pessoa em sua coluna de 11/09/2021 na Folha de S. Paulo, foi um desastre completo. Aliás, a respeito, vale ler “A Organização”, trabalho investigativo impecável de Malu Gaspar.
Dada a necessidade de importação, o preço dos derivados tem que estar alinhado com o preço internacional (o que seria verdade também se não houvesse importação, como explorarei à frente) e não é difícil entender o motivo.
Se o importador não pudesse repassar ao consumidor o preço internacional do produto (devidamente convertido em moeda nacional, mais tributos etc.), a cada elevação do preço internacional as empresas importadoras cessariam suas compras. Simplesmente porque ainda não inventaram um jeito de ganhar dinheiro vendendo um produto por preço inferior ao que custou e ninguém monta um negócio com o objetivo de perder dinheiro.
Obviamente, a Petrobras adotou esta prática, em particular no governo Dilma. O resultado foi não só expulsar a concorrência, mas principalmente obter o título de empresa de petróleo mais endividada do mundo, honra, para falar a verdade, bem pouco honrosa.
A razão é evidente: medido a preços do quarto trimestre de 2021, o lucro líquido da Petrobras, R$ 68 bilhões em 2010, tornou-se prejuízo de R$ 40 bilhões em 2014. Sua geração de caixa (Ebitda), R$ 118 bilhões em 2010, caiu a R$ 32 bilhões em 2014. Em ambos os casos, cortesia da prática de venda a preços domésticos inferiores aos internacionais, receita à prova de bala para perder dinheiro feito gente grande.
Mesmo que não precisássemos importar ou, parafraseando o presidente, se “produzíssemos derivados em reais” (e esquecendo devidamente equipamentos importados, a dívida em dólar etc.), desalinhar os preços domésticos dos internacionais seria uma política equivocada.
Quando os preços sobem, a mensagem do sistema econômico é muito clara. Ela diz: consuma menos e produza mais. Quando impedimos a mensagem, isto é, não permitimos que o sistema de preços funcione, o consumo não se reduz, mesmo em face de redução na oferta global do produto, como ocorre agora com as sanções sobre a Rússia, e a produção não aumenta. O resultado é escassez, como podem atestar os praticantes ativos de congelamento de preços.
Afora isto, tal política é regressiva, isto é, beneficia mais as camadas mais ricas, que consomem proporcionalmente mais derivados do que a população mais pobre, principalmente no caso da gasolina.
Se há uma preocupação em particular com o gás de cozinha, cujo peso no orçamento familiar do pobre é mais elevado, há maneiras mais inteligentes de lidar com o problema, por exemplo, pelo aumento (temporário ou não) das transferências às famílias menos favorecidas, com base no cadastro do antigo Bolsa-Família (hoje Auxílio Brasil).
Enfim, como afirmei no início, não tenho a menor ilusão de convencer o ex-presidente acerca da monumental bobagem perpetrada; apenas expor a pérola por aquilo que ela é: uma manipulação barata e oportunista para fins eleitoreiros. Não é por acaso que o atual presidente fale as mesmas besteiras, embora a presença, ao que parece, de adultos na sala tenha conseguido evitar que as manifestações presidenciais se materializem.
- Fernando Silva
- Conselheiro
- Mensagens: 5245
- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
Já vi um idiota nas redes sociais fazendo campanha para ninguém abastecer o carro como punição aos donos de postos de gasolina malvados que aumentaram os preços.
A Bolívia pode ser a nova Venezuela?
Tem a economia completamente dependente da exportação de recursos minerais.
Mas o lítio tenderá permanecer em alta por muito tempo por causa de celulares e carros elétricos, mas se inventarem uma tecnologia superior para baterias, a Bolívia entrará em colapso econômico semelhante ao da Venezuela.
Já tinha um projeto de ditador ambicioso, mas por sorte os militares o fizeram renunciar. Na Venezuela, Chávez era militar. O Brasil precisa fazer o mesmo com Lula, que já está querendo o terceiro mandato, como alguém com sede de poder. Mas ao contrário de lá, a situação econômica aqui não está boa e o Brasil não aguenta mais um Lula/Dilma.
Tem a economia completamente dependente da exportação de recursos minerais.
Mas o lítio tenderá permanecer em alta por muito tempo por causa de celulares e carros elétricos, mas se inventarem uma tecnologia superior para baterias, a Bolívia entrará em colapso econômico semelhante ao da Venezuela.
Já tinha um projeto de ditador ambicioso, mas por sorte os militares o fizeram renunciar. Na Venezuela, Chávez era militar. O Brasil precisa fazer o mesmo com Lula, que já está querendo o terceiro mandato, como alguém com sede de poder. Mas ao contrário de lá, a situação econômica aqui não está boa e o Brasil não aguenta mais um Lula/Dilma.
Spoiler:
https://twitter.com/AlexSchwartsman/sta ... G6nucpAAAAHuxley escreveu: ↑Qui, 10 Março 2022 - 23:05 pmFonte: https://www.infomoney.com.br/colunistas ... orboletas/Combustíveis e o ciclo reprodutor das borboletas
Tuíte do ex-presidente Lula associando o aumento dos preços dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora pode ter quebrado o recorde mundial de bobagens por caractere. Aqui aferimos o resultado
Por Alexandre Schwartsman
Em sua conta no Twitter, o ex-presidente Lula nos brindou com a seguinte pérola:
“Sabe por que a gasolina, o gás e o diesel estão caros? Porque esse Brasil tinha uma grande distribuidora chamada BR que foi privatizada e agora você tem empresas importando gasolina dos Estados Unidos em dólar enquanto temos autossuficiência e produzimos petróleo em reais.”
Em menos de 280 caracteres, ele produziu tamanha montanha de erros que vi compelido a escrever a respeito. Não, é bom deixar claro, porque acredite que as explicações possam ensinar algo ao ex-presidente, mas que é divertido, ah, isso eu posso garantir.
A começar porque a BR Distribuidora jamais produziu uma gota de petróleo ou derivados. Trata-se, como aliás seu próprio nome diz, de uma distribuidora de combustíveis, cujo negócio é vender para o varejo os derivados comprados no atacado (nas refinarias), neste aspecto em nada diferindo de qualquer rede de distribuição.
Mesmo quando controlada pela Petrobras, ela nunca ditou qualquer aspecto da política de preços de derivados. Imaginar que o controle estatal da BR influenciaria, em qualquer grau, o preço dos combustíveis equivale a imaginar que o caminhoneiro que entrega para um supermercado ou para o armazém do Seu Mané é o responsável pela alta dos preços de alimentos.
A propósito, um detalhe menor, mas revelador da ignorância do autor do tuíte sobre o assunto: a BR Distribuidora jamais se envolveu no negócio de gás de cozinha, também citado pelo ex-presidente como produto cujo preço subiu por força da privatização da empresa.
Isto dito, o ex-presidente associa a necessidade de importação de combustíveis à privatização da distribuidora. A este respeito, o gráfico abaixo (que já utilizei em outro contexto) é absolutamente revelador. Nele, com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), mostro a contribuição das importações ao consumo aparente (produção + importações – exportações) de três derivados: gasolina, óleo diesel e GLP.
Conforme se vê, apesar da propalada autossuficiência, o Brasil sempre precisou importar parcela relevante do seu consumo, inclusive, claro, antes da privatização da BR, que só ocorreu em 2019. Algo como 10-15% do consumo aparente de gasolina, 20-25% do consumo aparente de diesel e 25-30% do consumo aparente de GLP foi atendido pelas importações destes derivados.
Obviamente, a necessidade de importação de derivados de petróleo tem tanto a ver com a privatização da BR como os rebaixamentos do Palmeiras para a série B com o ciclo reprodutor das borboletas andinas. Resulta, por óbvio, de capacidade de refino inferior ao consumo doméstico, aliás bem mais severa no caso do diesel e do GLP do que no caso da gasolina.
E, não, construir mais refinarias não resolveria o problema, mesmo porque a experiência com a Abreu Lima, conforme explorado com cuidado pelo meu amigo Samuel Pessoa em sua coluna de 11/09/2021 na Folha de S. Paulo, foi um desastre completo. Aliás, a respeito, vale ler “A Organização”, trabalho investigativo impecável de Malu Gaspar.
Dada a necessidade de importação, o preço dos derivados tem que estar alinhado com o preço internacional (o que seria verdade também se não houvesse importação, como explorarei à frente) e não é difícil entender o motivo.
Se o importador não pudesse repassar ao consumidor o preço internacional do produto (devidamente convertido em moeda nacional, mais tributos etc.), a cada elevação do preço internacional as empresas importadoras cessariam suas compras. Simplesmente porque ainda não inventaram um jeito de ganhar dinheiro vendendo um produto por preço inferior ao que custou e ninguém monta um negócio com o objetivo de perder dinheiro.
Obviamente, a Petrobras adotou esta prática, em particular no governo Dilma. O resultado foi não só expulsar a concorrência, mas principalmente obter o título de empresa de petróleo mais endividada do mundo, honra, para falar a verdade, bem pouco honrosa.
A razão é evidente: medido a preços do quarto trimestre de 2021, o lucro líquido da Petrobras, R$ 68 bilhões em 2010, tornou-se prejuízo de R$ 40 bilhões em 2014. Sua geração de caixa (Ebitda), R$ 118 bilhões em 2010, caiu a R$ 32 bilhões em 2014. Em ambos os casos, cortesia da prática de venda a preços domésticos inferiores aos internacionais, receita à prova de bala para perder dinheiro feito gente grande.
Mesmo que não precisássemos importar ou, parafraseando o presidente, se “produzíssemos derivados em reais” (e esquecendo devidamente equipamentos importados, a dívida em dólar etc.), desalinhar os preços domésticos dos internacionais seria uma política equivocada.
Quando os preços sobem, a mensagem do sistema econômico é muito clara. Ela diz: consuma menos e produza mais. Quando impedimos a mensagem, isto é, não permitimos que o sistema de preços funcione, o consumo não se reduz, mesmo em face de redução na oferta global do produto, como ocorre agora com as sanções sobre a Rússia, e a produção não aumenta. O resultado é escassez, como podem atestar os praticantes ativos de congelamento de preços.
Afora isto, tal política é regressiva, isto é, beneficia mais as camadas mais ricas, que consomem proporcionalmente mais derivados do que a população mais pobre, principalmente no caso da gasolina.
Se há uma preocupação em particular com o gás de cozinha, cujo peso no orçamento familiar do pobre é mais elevado, há maneiras mais inteligentes de lidar com o problema, por exemplo, pelo aumento (temporário ou não) das transferências às famílias menos favorecidas, com base no cadastro do antigo Bolsa-Família (hoje Auxílio Brasil).
Enfim, como afirmei no início, não tenho a menor ilusão de convencer o ex-presidente acerca da monumental bobagem perpetrada; apenas expor a pérola por aquilo que ela é: uma manipulação barata e oportunista para fins eleitoreiros. Não é por acaso que o atual presidente fale as mesmas besteiras, embora a presença, ao que parece, de adultos na sala tenha conseguido evitar que as manifestações presidenciais se materializem.
https://twitter.com/AlexSchwartsman/sta ... 0460233737
Fonte: https://www.infomoney.com.br/colunistas ... ino-basicoDemagogia e ensino básico
O aumento do lucro da Petrobras no ano não proveio do aumento de margens aplicadas ao consumidor, ao contrário das afirmações demagógicas de candidatos. A informação está disponível nos demonstrativos da empresa, basta procurar
Por Alexandre Schwartsman
11 maio 2022 11h00 - Atualizado 2 dias atrás
Quando foi publicado o resultado da Petrobras relativo ao primeiro trimestre de 2022, lucro de R$ 44,8 bilhões, o presidente da República, talvez esquecido de ser o controlador da empresa, o comparou a nada menos do que “estupro”. Textualmente:
“Petrobras, estamos em guerra. Petrobras, não aumente mais o preço dos combustíveis. O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais o preço do combustível”.
Já mais à esquerda, Ciro Gomes também criticou o lucro da empresa, que atribuiu à política de equiparação de preços domésticos de combustíveis aos preços internacionais.
Por fim, o ex-presidente Lula afirmou que a “Petrobras aumentou seu lucro às custas do sofrimento dos brasileiros”.
Nenhum dos três, obviamente, se deu ao trabalho de olhar (ou pedir para alguém examinar) os demonstrativos financeiros da empresa, que apresento de forma resumida na tabela abaixo, discriminando entre seus diferentes segmentos de atuação. No caso, por falta de espaço, mostro os resultados dos segmentos de exploração e produção (E&P); refino, transporte e comercialização (RTC); assim como o resultado consolidado da empresa, que inclui atividades como geração de energia e outras.
Duas palavras antes de entrar nos determinantes do resultado propriamente dito. Em primeiro lugar, notem que os valores estão todos expressos em bilhões de reais do primeiro trimestre de 2022, ou seja, os valores relativos ao primeiro trimestre de 2021 foram devidamente corrigidos pela inflação do período.
Observem também que o resultado consolidado não é a mera adição dos resultados de cada segmento, pois em alguns casos a receita de um segmento (por exemplo, venda de petróleo bruto) é custo de outro.
Ressalvas feitas, deveria ficar claro para qualquer um com o domínio das quatro operações que a melhora do resultado da empresa não foi obtida por “estupro”, ou “às custas do sofrimento dos brasileiros”.
O aumento do lucro bruto da empresa, resultante da diferença das receitas e do custo do produto vendido, foi equivalente a R$ 26 bilhões (R$ 74,8 bilhões em 2022 contra R$ 48,8 bilhões em 2021). Destes, R$ 23,3 bilhões se originaram da atividade de exploração e produção; a atividade de RTC contribuiu com R$ 3,3 bilhões.
Indo um pouco mais fundo (e nem precisa ser tão mais fundo), observa-se que a margem bruta da atividade de E&P (a diferença entre preços e custos) saltou de 55% para 61%, refletindo o aumento dos preços internacionais de petróleo bruto. Já no caso de RTC, a margem bruta encolheu de pouco mais de 15% para pouco menos de 13%.
Dito de outra forma, o aumento do lucro da empresa não veio de elevação das margens do que foi vendido ao consumidor doméstico, pelo contrário; veio da elevação dos preços internacionais relativamente aos custos de produção interna.
De fato, podemos decompor a variação do lucro bruto no período entre a contribuição do aumento das vendas, a contribuição do aumento das margens e, por fim, o efeito cruzado de ambas.
Cerca de 90% do aumento do resultado bruto proveio do aumento de vendas. O impacto das margens foi muito menor, R$ 1,8 bilhão (cerca de 7% da variação do lucro bruto), notando que a redução da margem no segmento de RTC implicou queda pouco superior a R$ 2 bilhões em termos de lucros brutos.
Vale dizer, o segmento de RTC “encaçapou” o aumento dos custos, nada surpreendente, já que preços de combustíveis só foram ajustados em março, enquanto preços internacionais aumentaram de forma persistente ao longo de todo o trimestre.
Quando uma eleição está em jogo, não há aritmética que resista à demagogia barata.
(Pedro Agiota)É possível ser exportador de commodities e ter o 14º maior IDH do mundo (0,931)?
Fontes: https://twitter.com/tolzasso/status/152 ... bD27cqAAAA
https://twitter.com/tolzasso/status/1528892854562881537
- Agnoscetico
- Mensagens: 4688
- Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am
Sabe dizer se esse país (que no Twitter comentaram ser a Nova Zelândia) usa lucro com venda dessas commodities e diversifica, investindo em outros setores (de serviços, etc), principalmente os mais importantes pra manter a qualidade de vida alta?Huxley escreveu: ↑Seg, 23 Maio 2022 - 23:13 pm(Pedro Agiota)É possível ser exportador de commodities e ter o 14º maior IDH do mundo (0,931)?
Fontes: https://twitter.com/tolzasso/status/152 ... bD27cqAAAA
https://twitter.com/tolzasso/status/1528892854562881537
Não sei. Mas nada impede uma empresa exportadora de produtos primários ter uma indústria de produtos manufaturados também. Veja o caso da JBS, que, além de exportar carne, também fabrica produtos de limpeza no Brasil.Agnoscetico escreveu: ↑Qui, 26 Maio 2022 - 22:21 pmSabe dizer se esse país (que no Twitter comentaram ser a Nova Zelândia) usa lucro com venda dessas commodities e diversifica, investindo em outros setores (de serviços, etc), principalmente os mais importantes pra manter a qualidade de vida alta?Huxley escreveu: ↑Seg, 23 Maio 2022 - 23:13 pm(Pedro Agiota)É possível ser exportador de commodities e ter o 14º maior IDH do mundo (0,931)?
Fontes: https://twitter.com/tolzasso/status/152 ... bD27cqAAAA
https://twitter.com/tolzasso/status/1528892854562881537
Ademais, a diversificação da economia como um todo não se confunde com a diversificação do comércio exterior, já que a segunda é apenas uma parte do primeira. O setor primário não representa a maior parte do PIB da Nova Zelândia; é o setor terciário que faz esse papel, como na maioria dos países desenvolvidos (segundo os dados mais recentes que vi na Wikipédia). Ainda assim, mesmo um setor exportador concentrado na exportação de commodities pode ser bastante diversificado. E mesmo que um país não fabrique alguns bens importantes, as empresas importadoras trazem os produtos dos fabricantes estrangeiros. Por exemplo, mesmo que não existissem montadoras de automóveis na Nova Zelândia, deve-se levar em conta que quase certamente existirão empresas comerciantes neozelandesas que importam carros.
Relendo o título deste tópico, lembrei do empresário bolsonarista Luciano Hang, que é ídolo e tido como “herói do capitalismo” para muitos bolsonaristas. Por trás daquele papinho de coach que muitas vezes envolve o nome dele, a realidade do “veio da Havan” é muito mais antiliberal que o mundo da fantasia bolsonarista imagina:
youtu.be/uzNIszfNQxo
Para contextualizar a discussão:
viewtopic.php?p=24635&sid=ee5c562c27e28 ... 19a#p24635
youtu.be/uzNIszfNQxo
Para contextualizar a discussão:
viewtopic.php?p=24635&sid=ee5c562c27e28 ... 19a#p24635
(Leonardo Monasterio)O material mais resistente do mundo não é o diamante. É a cabeça de "desenvolvimentista" brasileiro. Faz décadas que:
- ciência da computação gera empregos ótimos;
- Agricultura virou um setor de alta tecnologia.
E eles querem continuar dando $ para fábrica que solta fumacinha
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... jivZYrAAAA
(Leonardo Monasterio)Imagine um setor que gastava $10 em P&D e gerava 100 de valor adicionado. Ele passa a gastar $20 e as inovações foram tão bem sucedidas que agora o VA é $1000
Pelo indicador da OCDE, sua intensidade tecnológica diminui. Ignorar o denominador é sempre perigoso.
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... jNypcrAAAA
(Carlos Alberto Ramos)
Déficit Público e Welfare-State
Recente discussão sobre auxílio, ajuda a caminhoneiros, etc. e estouro do teto pode ter levantado: Estado de Bem-Estar redunda em déficit?
O Walfare-State mais generoso do mundo está nos países nórdicos, q tem supervit estrutural.
Fonte: https://twitter.com/carlosalrms/status/ ... nSs5ErAAAA
(Leonardo Monasterio)Se economia austríaca fosse realmente útil para entender o mundo, haveria uma alta demanda por economistas austríacos e eles seriam os mais bem pagos da profissão.
Austríacos são como médicos homeopatas. Você não encontram homeopatas nos melhores hospitais do mundo. +
Na hora do vamuvê, todo mundo quer um profissional atualizado nas técnicas mais modernas da Medicina mainstream. Ninguém quer ser operado por um sujeito que lê livros centenários como se fossem escrituras sagrada. A mesma coisa vale para os austríacos. +
a Google tem o Hal Varian, a gigante Susan Athey trabalhou na Microsoft; e a Amazon possui 250 Ph.Ds em Economia. Quantos foram contratados pela sua formação austríaca? Cerca de 0.
O mercado já falou.
Se os austríacos realmente acreditassem no funcionamento do mercado, eles apanhariam outros livros da estante para ler. Fariam exatamente como faz o mainstream : absorveriam de Hayek e Mises apenas o que é relevante.
O mercado ensina
O post mais longo e com links está aqui:
https://bodegamonasterio.substack.com/p ... -acreditam
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... vz948rAAAA
(Pedro Cavalcanti Ferreira)Artigo meu e do Fragelli hoje no Valor.
Pode-se ignorar os fatos e continuar defendendo políticas industrias que não funcionaram no passado e pioram a distribuição de renda. É o esperado de lobistas e representantes da indústria, que só têm a ganhar privadamente com elas. 1
Fonte: https://twitter.com/pcgFerreira/status/ ... 6168689665
(Leonardo Monasterio)Se o BR gasta uma fortuna para "agregar valor", o país está , na vdd, destruindo valor.
Ótima coluna do Samuel Pessoa:
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... eo8aorAAAA
(Juan Luis Jiménez - traduzido)O congelamento dos preços dos aluguéis em Berlim (2020-21) significou:
1⃣ 10% dos preços de aluguel.
2⃣ 52% da oferta de apartamentos para alugar
3⃣ Piora as possibilidades de aluguel para casais e famílias pequenas.
4⃣ Sem efeito no número e preço de venda dos apartamentos.
Fonte: https://twitter.com/lmonasterio/status/ ... eo8aorAAAA
Liberdade econômica
Ele critica o ranking de liberdade econômica e diz que todo país rico teve exploração ou cresceu com forte intervenção estatal.
youtu.be/-4XQCRWp80c
Não acho que as duas opiniões são contraditórias. O Estado é capaz de promover o crescimento econômico desde que não se endivide. Mas falta de liberdade econômica na questão de comércio, empreendimento e trabalho é um desastre.
Ele critica o ranking de liberdade econômica e diz que todo país rico teve exploração ou cresceu com forte intervenção estatal.
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Não acho que as duas opiniões são contraditórias. O Estado é capaz de promover o crescimento econômico desde que não se endivide. Mas falta de liberdade econômica na questão de comércio, empreendimento e trabalho é um desastre.
Fonte:Seres fictícios e a política industrial I: os golfinhos heróicos
Leo Monasterio
Jul 19
Há náufragos que afirmam que golfinhos os empurraram para a praia mais próxima. Será que os golfinhos se importam com a nossa infeliz espécie? Não sabemos. Uns nos salvaram, mas outros talvez levaram náufragos para alto-mar. Náufragos mortos não falam e assim os golfinhos mantêm a boa reputação.
Os sucessos da política industrial são celebrados por todos: políticos, empresários beneficiados e economistas que as defendem. Já os fracassos são invisíveis. Eles submergem e vão sendo esquecidos. Por vezes, algum pesquisador os exuma e quase sempre conclui que faltou (ainda mais) auxílio do governo.
Os casos bem-sucedidos da política industrial não são argumento suficiente para sua defesa, tampouco o é a cartada "mostre-me um país que tenha ficado rico sem política industrial!". Esse é um argumento equivalente a "mostre-me um país que tenha ficado rico sem governantes ladrões!". Todo país rico teve governantes ladrões e todo país pobre também. Logo, governantes ladrões não podem ser a chave do desenvolvimento. Se você só considera os resgatados pelos golfinhos, não me surpreende que os tenha em alta estima.
Um argumento mais sofisticado diz que fracassos são normais; o importante é acertar em cheio de vez em quando. Esse ponto se sustenta quando: a) os acertos são de fato consideráveis; e b) a fala vem de um investidor anjo, usando seu próprio dinheiro e não de um gestor público, sem skin in the game, em um país no qual metade da população não tem saneamento apropriado. Erros têm custo. A política de informática dos anos 1980 foi demolidora para a produtividade nacional; o projeto do submarino nuclear brasileiro já ultrapassa quatro décadas, sugou dezenas de bilhões de reais e levou o almirante que o idealizou para a cadeia. Ainda não há sinal de submarino. Talvez esteja nadando com os golfinhos.
McCloskey e Mingardi publicaram o demolidor The Myth of the Entrepreneurial State. Recomendo fortemente.
https://bodegamonasterio.substack.com/p ... industrial
Outra questão é que países ricos comercializam muito mais entre si do que com os países pobres. Ademais, diversos países desenvolvidos não têm histórico de conquistas territoriais notáveis, porém diversos países subdesenvolvidos, sim. Então, essa coisa de teoria da exploração que explica a maior parte das diferenças de riqueza entre nações é conversa para boi dormir.
Países pobres não tem mercadoria de alto valor para poder comercializar em pé de igualdade com os ricos.
Países com conquistas (Mongólia, Egito, etc) fizeram isso há muito tempo no passado, muito antes da revolução industrial.Ademais, diversos países desenvolvidos não têm histórico de conquistas territoriais notáveis, porém diversos países subdesenvolvidos, sim. Então, essa coisa de teoria da exploração que explica a maior parte das diferenças de riqueza entre nações é conversa para boi dormir.
Dos que nunca invadiram, só um número pequeno superou a armadilha da renda média (Coreia, Escandinávia, etc) e teve uma forte participação do Estado no desenvolvimento.
1- É por isso que não faz sentido dizer que os países ficaram ricos explorando economicamente os países pobres. A vasta maior parte do fosso existente entre países ricos e pobres foi construída a partir do século XX e a maior parte dos ganhos com o comércio internacional obtido por um país rico geralmente foi obtido comercializando com outros países ricos.Tutu escreveu: ↑Sex, 16 Setembro 2022 - 13:07 pmPaíses pobres não tem mercadoria de alto valor para poder comercializar em pé de igualdade com os ricos.
Países com conquistas (Mongólia, Egito, etc) fizeram isso há muito tempo no passado, muito antes da revolução industrial.Ademais, diversos países desenvolvidos não têm histórico de conquistas territoriais notáveis, porém diversos países subdesenvolvidos, sim. Então, essa coisa de teoria da exploração que explica a maior parte das diferenças de riqueza entre nações é conversa para boi dormir.
Dos que nunca invadiram, só um número pequeno superou a armadilha da renda média (Coreia, Escandinávia, etc) e teve uma forte participação do Estado no desenvolvimento.
2- Sobre a questão de “todos os países…”. Como já foi dito antes…
Esse é um argumento equivalente a "mostre-me um país que tenha ficado rico sem governantes ladrões!". Todo país rico teve governantes ladrões e todo país pobre também. Logo, governantes ladrões não podem ser a chave do desenvolvimento.
Como a ESTÔNIA se tornou o Pais Mais Digital do Mundo?
youtu.be/DY94bVAi_dg
Estônia é um bom exemplo em que o governo fez sua parte e a iniciativa privada fez a dela.
Aprovaram lei proibindo gastar mais do que arrecada.
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Estônia é um bom exemplo em que o governo fez sua parte e a iniciativa privada fez a dela.
Aprovaram lei proibindo gastar mais do que arrecada.
“Soraya diz que Bolsonaro é de esquerda e vira alvo de críticas nas redes..” - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/eleicoes/20 ... a-meme.htm
A esquerda brasileira e a direita brasileira são semelhantes economicamente pelo menos em um aspecto muito importante… Ambos têm afinidade com o expansionismo fiscal:
Fonte: https://twitter.com/mjmendes65/status/1 ... jViOorAAAA
A esquerda brasileira e a direita brasileira são semelhantes economicamente pelo menos em um aspecto muito importante… Ambos têm afinidade com o expansionismo fiscal:
(Marcos Mendes)Padrão de votação dos deputados reeleitos indica baixa propensão à responsabilidade fiscal.
Fonte: https://twitter.com/mjmendes65/status/1 ... jViOorAAAA
- Agnoscetico
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- Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am
Eu já era desconfiado do pessoal que se dizia anti-estado, mas que foram se mostrando contra estado apenas quando tá sob gestão de esquerda.
Constantino, Paulo Kogos (que pra mim nunca foi ancap; não dá pra ser ancap e cristão com bíblia dando suporte a estado e imposto), Peter do Visão Libertária, Idéias Graduais (agora defendendo, junto com muitos do partido Novo, Bozo como "mal menor"), se encaixam nesse tipo de "libertário ancap".
Constantino, Paulo Kogos (que pra mim nunca foi ancap; não dá pra ser ancap e cristão com bíblia dando suporte a estado e imposto), Peter do Visão Libertária, Idéias Graduais (agora defendendo, junto com muitos do partido Novo, Bozo como "mal menor"), se encaixam nesse tipo de "libertário ancap".