Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 25 Junho 2024 - 23:48 pm
Ser neutro significa fazer vista grossa a discriminação contra eles?
Neutro significa não discriminar, mas não ajudar. Neutralidade é não intervir.
Mas o que você chama de discriminação? Existem vários tipos. Pode ser leve, como não querer por perto; ou pode ser pesada, como querer exterminar. O nível é o que mais importa para influenciar um observador externo.
É exatamente a discriminação que precedeu e foi causa do movimento woke - mesmo tendo alguns deles descambando pro extremismo e outros pro vitimismo.
Haveria sentido existir movimento LGBT se não tivesse homofobia antes? Ou movimento negro se não tivesse racismo antes? Onde havia movimento LGBT na Grécia antiga, por exemplo? Ou movimento negro no mundo antigo, por exemplo?
O único movimento contra discriminação ocorreu na década de 1960 e já acabou há anos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento ... itos_civis
Os movimentos que surgiram a partir de 2010, quando já não havia mais discriminação por parte do governo, são wokes. Um deles é o BLM. Nessa época, nos EUA, existia discriminação dos dois lados, tanto de negro contra branco quanto de branco contra negro. No Brasil, as raças estavam em paz antes de importarem o wokismo. A diferença é que os negros são pobres, por causa do passado e passa por problemas de pobre. Mas isso não é racismo.
Quem organiza esses movimentos nos dias de hoje são homens héteros brancos do próprio país nos bastidores. O gado da categoria apenas obedece. Não é certo dizer que o BLM é consequência de discriminação porque ele surgiu décadas depois da era onde havia racismo e discriminação.
O movimento funciona assim: "Nós representamos os negros, nossa vida é horrível, venha lutar por uma sociedade melhor para nós." Então o movimento capta negros honestos como gado. Mas o erro é que a vida é horrível não para negros e sim para a maioria, principalmente os mais pobres e pobreza não tem cor. Então o movimento ensina que as adversidades que sofrem são culpa do racismo no
presente. Isso alimenta revolta. Depois o movimento diz que eles devem lutar por privilégios (como cotas).
Tem um vídeo (que não achei) onde vemos uma comparação de como uma senhora negra e uma jovem negra reagem quando uma pessoa muda de assento quando ela chega. A senhora é mais calma e não vê racismo. A jovem é mais transtornada e acha que é racismo. Sem saber o que passa na cabeça do outro, elas não tem como saber a verdade. Mas a pessoa saiu porque estava batendo muito sol.
No feminismo é a mesma coisa. Um homem que não conseguiu o cargo diz "Que pena. Me sacanearam. A vida é dura.". Uma feministas que não conseguiu o cargo diz: "Fui vítima do "patriarcado". Empresa machista.". Então o feminismo convida as mulheres dando consolo para as adversidades que elas sofrem e inventam uma justificativa. Então o feminismo começa a doutrina e dizer que mudanças a sociedade deve ter, como aborto, que não é uma demanda da própria mulher. Antes do feminismo, as mulheres honestas tinham horror à ideia de aborto.
Homem e mulher não ganham o mesmo salário da mesma forma que dois homens não ganham o mesmo salário. Existem critérios abstratos como soft skills, confiança do patrão e habilidade de liderança que só a empresa conhece com o tempo de experiência. Obrigar igualdade salarial é ignorância. O livre mercado não tem ideologia, portanto não é machista. Feminista reclama de homem interrompendo a fala longa dela, mas esquecem que homens também são interrompidos.
O wokismo progride com uma escala de discriminação que vai progredindo:
1. Negros: É a única discriminação injusta de toda a lista. Vendo que o movimento conseguiu trazer mudanças sociais, os proto-wokes resolveram apoiar.
2. Mulheres: No feminismo viram problemas específicos de mulheres. Os proto-wokes descobriram que podiam fazer um movimento contra discriminação completamente enviesado, ignorando a existência de problemas específicos de homens e as diferenças naturais de gênero
3. Parafilias (LGBT): São discriminados por causar nojo nas pessoas e ser um risco para crianças. Os proto-wokes avançaram mais um nível. Primeiro foi discriminação real (negros), depois discriminação com visão enviesada (mulheres) e agora com discriminação contra quem faz coisas ruins. Tiveram sucesso.
4. Drogados: São discriminados por ter potencial de violência, por estar sujo e por não falar. Procuraram o fundo do poço por conta própria. Os wokes já alcançaram esse nível em outros países. O que muda agora é o risco de violência. Além disso, recuperar custa caro e muito contribuinte não quer pagar. Embora coisas ruins tenham acontecido para empurrar a pessoa para as drogas, ninguém faz nada em estudar as causas para poder prevenir.
5. Bandidos: É o nível mais alto. São discriminados pelo medo e ameaça que representam nas pessoas. Quando não é violento, causam revolta por ter roubado e saído impune. Parece declive escorregadio, mas a cada dia tem ocorrido avanços nos "direitos dos manos".
" Se fosse laico, o wokismo seria religião"?! Que furada é essa? Luta por estado laico é anterior ao movimento woke, mesmo que antes já houvesse militâncias lutando por mesmos motivos que wokes.
Quero dizer que nos dias de hoje, quem se declara lutando pelo Estado laico são os wokes. Laicismo é desculpa para atacar a religião.
Se é errado ter mandamentos cristãos na escola por ter uma minoria que discorda, então é errado ter pintura de arco-íris (como aquelas de Toronto) na cidade por ter uma maioria que discorda. Ambos os lados estão manifestando a própria religião, mas acusa o outro de estar violando o Estado laico.
Preceitos de religião woke? A questão do aborto é mais antiga que movimento woke.
Existia, mas não era popular.
A ideia se tornou popular graças ao feminismo.
Posteriormente, o wokismo absorveu o feminismo.
Evidência anedótica. Sim há muitos cristãos que não discutem isso, mas há trocentos outros que levadas por pessoas tipo Malafaia, que põe lenha na fogueira, aí quando os wokes reagem, ficam na posição de vítimas.
A maioria, o cristão comum, tem mais o que fazer.
Malafaia não faz perseguição. Ele apenas critica os privilégios políticos do movimento e ataca quem quer corromper as crianças.
Se não existisse todo esse proselitismo e privilégios, Malafaia não bateria nessa tecla.
Não é simples assim, pois são religiões politeístas. E essas religiões não tem feitio proselitista, seria mais pra apresentar a religião em si. Já o cristianismo tem proselitismo (apesar do catolicismo ter estagnado nisso faz um certo tempo).
Se o mandamento apresentado for "Não terá outro ídolo além da fonte de amor e paz", está certo? O cristão chamará essa fonte de "Deus" e o ateu do que quiser.