Guerra Israel contra seus inimigos

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Re: Guerra Israel contra seus inimigos

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Gabarito
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Mais uma operação cinematográfica, semelhante à dos pagers contra os terroristas do Hezbollah.

Dessa vez, uma reunião de urgência que fez quebrar os protocolos de segurança da alta cúpula militar iraniana e forçar com que todos os principais comandantes se reunissem num mesmo lugar.

Resultado: BUM!

Foram todos eles numa viagem só de ida ao encontro das 72 virgens prometidas pelo profeta.

Eu usei a legenda do vídeo a seguir para gerar um documento estruturado de toda a operação.

Temos a opção de ler o documento ou assistir ao vídeo. Ou fazer as duas coisas, pois de tão empolgante, vale a pena o tempo usado nisso.

Realidade Militar

Neste vídeo, exploramos a audaciosa operação israelense que culminou na eliminação de grande parte da liderança militar e nuclear do Irã em 13 de junho de 2025. Entenda como Israel utilizou décadas de experiência em guerra secreta e espionagem para um ataque sem precedentes.

Israel vs Irã - Como Israel Enganou 20 Generais e os Eliminou de Uma Vez


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Re: Guerra Israel contra seus inimigos

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Gabarito
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Israel vs Irã - Como Israel Enganou 20 Generais e os Eliminou de Uma Vez

Resumo:

O texto descreve uma operação militar complexa e multifacetada realizada por Israel contra o Irã, culminando na eliminação simultânea de vinte dos mais altos comandantes militares e cientistas nucleares iranianos em 13 de junho de 2025. A narrativa detalha a "guerra entre guerras" travada secretamente pelos dois países desde 1979, com Israel desenvolvendo táticas sofisticadas através do Mossad, como a captura de Adolf Eichmann, o uso de uma metralhadora robótica para assassinar Mohsen Fakhrizadeh, e a sabotagem em massa de pagers do Hezbollah. O plano final envolveu uma operação de guerra psicológica para enganar a liderança iraniana, o uso de agentes infiltrados e tecnologia avançada (como IA para mapear alvos), e uma série coordenada de ataques aéreos e mísseis para desmantelar a infraestrutura militar e nuclear do Irã. Apesar da tentativa de retaliação iraniana, a operação foi considerada um sucesso devastador para Israel, redefinindo as capacidades da guerra moderna através da combinação de inteligência, tecnologia e engano.



A Megaoperação de Israel Contra o Irã: O Ataque Surpreendente de 2025

A Preparação Para o Ataque Decisivo

Em 13 de junho de 2025, às três horas da manhã, vinte dos mais poderosos comandantes militares do Irã estavam reunidos em uma sala em Teerã, a capital do Irã, discutindo o que acreditavam ser uma ameaça iminente ao país.

Mal sabiam eles que estavam exatamente onde Israel queria que estivessem. Em quinze minutos, todos estariam mortos. No entanto, isso não foi sorte, mas sim o resultado de um plano tão complexo que levou anos para ser executado.

Para entender como Israel conseguiu fazer vinte generais iranianos caminharem voluntariamente para a própria morte, é preciso contextualizar.

A Guerra Secreta entre Israel e Irã Em 1979, quando o Irã se tornou inimigo de Israel, os dois países já travavam uma guerra secreta.

Naquela época, o Irã criou um "anel de fogo" ao redor de Israel, financiando o Hamas, o Hezbollah e milícias no Iraque. Centenas de milhões de dólares por ano foram injetados para transformar terroristas em exércitos treinados.

Israel não ficou de braços cruzados; de fato, respondeu com uma estratégia conhecida como "guerra entre guerras".

Isso significa que os dois países se atacariam indiretamente, sem declarar guerra oficial. Ataques aéreos, sabotagens e eliminações de alvos importantes seriam comuns. Para quem observa de fora, esses eventos parecem isolados.

O Papel Fundamental do Mossad No entanto, Israel usou essas décadas para testar e aperfeiçoar suas ferramentas, principalmente por meio do Mossad.

O Mossad é a agência de espionagem de Israel, uma das mais famosas do mundo. Suas responsabilidades incluem operações secretas fora do país, coleta de informações, eliminação de ameaças e execução de missões que o exército não pode realizar oficialmente.

Eles são o equivalente à CIA para os Estados Unidos, mas com a fama de serem ainda mais audaciosos e eficazes.

Um exemplo notável ocorreu em 1960, quando membros do Mossad capturaram Adolf Eichmann na Argentina. Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, vivia escondido em Buenos Aires usando uma identidade falsa. Ele foi rastreado por anos até ser capturado em plena rua e enviado para Israel em um avião comercial. Essa operação provou que nenhum inimigo está fora do alcance do Mossad, não importa onde se esconda.


Demonstrações de Capacidade e Inovação (2020-2024)

Contudo, foi em 2020 que Israel demonstrou quão impressionantes suas capacidades podem ser.

• 2020: Eliminação de Qasem Soleimani (Observação) Em 3 de janeiro, no Aeroporto de Bagdá, Qasem Soleimani, o homem mais perigoso do Oriente Médio, desembarcou de um avião.

Em aproximadamente trinta segundos, ele estaria morto. Esse general iraniano comandava exércitos em cinco países e era considerado intocável. No entanto, naquele dia, ele aprendeu da pior forma que ninguém está fora de alcance. Aquele ataque americano mudou as regras do jogo. Mas o que o Irã não sabia era que Israel estava observando tudo de perto e tomando notas sobre cada detalhe.

• 2020: Eliminação de Mohsen Fakhrizadeh (Tecnologia e Precisão) Nesse mesmo ano, Israel colocou esse conhecimento em prática, matando Mohsen Fakhrizadeh, o chefe do programa nuclear iraniano.

Contrariando o que muitos imaginavam, não foram enviados assassinos. Em vez disso, eles realizaram algo no mínimo curioso: utilizaram uma metralhadora robô controlada por inteligência artificial. A arma foi contrabandeada para o Irã em pedaços e posteriormente montada dentro de uma caminhonete. Isso permitiu que fosse posicionada em uma estrada que Fakhrizadeh usava regularmente. Operadores do Mossad, a milhares de quilômetros de distância, monitoraram o comboio que transportava seu alvo utilizando imagens de satélite. Ao confirmar, por meio de reconhecimento facial, que se tratava de Fakhrizadeh, dispararam quinze balas com precisão cirúrgica. O mais impressionante é que fizeram isso sem ferir sua esposa, que estava ao seu lado.

• 2024: A Operação Pagers (Sabotagem em Massa) Contudo, foi em setembro de 2024 que Israel demonstrou sua verdadeira capacidade, executando uma das operações de sabotagem mais sofisticadas da história moderna.

Milhares de pagers e walkie-talkies do Hezbollah explodiram simultaneamente no Líbano e na Síria, ceifando a vida e ferindo diversos membros do grupo. É interessante notar que o Hezbollah havia abandonado os celulares justamente para evitar a espionagem israelense, acreditando que os pagers seriam mais seguros. Mal sabiam que Israel transformaria essa precaução em uma armadilha. Com essa operação audaciosa, o Mossad comprometeu toda a cadeia de suprimentos do grupo. Por meio de uma empresa de fachada, o Mossad conseguiu fornecer pagers especiais para o Hezbollah. Cada dispositivo parecia normal, mas continha pequenas quantidades de explosivo PETN escondidas nas baterias. PETN é um explosivo militar extremamente potente, usado em granadas e bombas, mas que, em quantidades minúsculas, se torna praticamente indetectável. Em um único sinal, eles transformaram os próprios equipamentos de comunicação do inimigo em armas. Essa operação, além de eliminar alvos importantes, possibilitou a Israel testar algo crucial: a capacidade de coordenar ataques simultâneos em massa. E era exatamente essa habilidade que precisariam para o que estava por vir.


O Cenário de Ameaça e a Mudança de Estratégia

Por décadas, Israel vinha atacando o programa nuclear iraniano, eliminando cientistas e sabotando instalações, sempre com o objetivo de atrasar os iranianos.

Para Israel, um Irã com bomba atômica significaria o fim do país.

No entanto, em 7 de outubro de 2023, tudo mudou.

O brutal ataque do Hamas demonstrou a Israel que sua estratégia não estava funcionando como deveria. Não bastava mais apenas dificultar a vida dos inimigos; eles precisavam fazer algo diferente. Eles tinham que eliminar o problema de uma vez por todas, e o problema principal estava no Irã.

Foi então que Israel mudou completamente de estratégia, decidindo atacar tudo ao mesmo tempo: desde a liderança militar até o programa nuclear iraniano, e isso, de uma só vez.

O plano era audacioso: eliminar simultaneamente os principais generais, comandantes da Guarda Revolucionária e cientistas nucleares do Irã, ou seja, "cortar a cabeça da cobra" de uma vez por todas.

Contudo, isso criava um problema gigantesco, pois esses homens não se encontravam casualmente.

Eles seguiam protocolos rígidos de segurança, evitando estar no mesmo lugar ao mesmo tempo, justamente para evitar esse tipo de ameaça. Israel poderia bombardear instalações, atacar comboios ou usar mísseis de precisão. No entanto, como atacar alvos espalhados por um país do tamanho do Irã? Como garantir que todos seriam eliminados ao mesmo tempo, sem dar chance para os sobreviventes se esconderem ou retaliarem? A solução não veio da força militar tradicional, mas sim da guerra psicológica.


A Estratégia da Guerra Psicológica

Como fazer comandantes que normalmente nunca se encontram quererem estar no mesmo lugar?

A resposta para essa pergunta veio por meio de uma encenação que duraria meses. Por semanas, Donald Trump apareceu na mídia se opondo a qualquer ataque israelense, sempre afirmando que queria negociações, não guerra. Netanyahu chegou a declarar publicamente que Trump havia freado os planos de ataque e dado sessenta dias ao Irã para negociar. Contudo, agora ficou evidente que tudo isso era uma encenação cuidadosamente orquestrada.

Israel e Estados Unidos montaram uma operação conjunta para convencer o Irã de que um ataque não estava próximo de acontecer.

A liderança iraniana monitora constantemente a relação entre Estados Unidos e Israel. Ao perceberem que os americanos estavam "freando", tudo indicava que Israel não ousaria atacar sozinho, o que se tornou a deixa perfeita para baixar a guarda. Israel criou o que os especialistas chamam de "paralisia cognitiva". Eles não atacaram os sistemas de defesa do Irã primeiro. Em vez disso, atacaram as mentes dos comandantes.

A Infiltração e a Rede de Inteligência Simultaneamente, Israel construiu uma rede física dentro do Irã.

Por meses, comandos inteiros de agentes cruzaram as fronteiras do país. É importante notar que o Irã possui mais de oito mil quilômetros de fronteiras com sete países diferentes, tornando impossível vigiar tudo. Engana-se quem pensa que apenas soldados israelenses participaram dessa operação. Israel recrutou também iranianos, pessoas oprimidas pelo próprio regime que decidiram lutar contra ele. O Mossad os treinou, equipou e posicionou estrategicamente.

Esses agentes contrabandearam e montaram uma infraestrutura militar completa dentro do Irã, incluindo:

• Drones de ataque
• Mísseis de precisão
• Sistemas de comunicação
• Esconderijos com armas
• Uma base inteira de operações perto da capital

A logística foi impressionante: as armas foram contrabandeadas através das vastas fronteiras do Irã, escondidas em veículos comerciais e divididas em peças pequenas para evitar a detecção.

Ao longo de meses, foi montada uma rede de casas seguras e depósitos de armas por todo o país.

Israel utilizou modelos de inteligência artificial para analisar comunicações interceptadas, imagens de satélite e outras informações, mapeando as rotinas dos principais generais e cientistas iranianos.

Eles sabiam onde trabalhavam, onde moravam e até como passavam o tempo livre. Essa combinação de tecnologia e espionagem tradicional permitiu que construíssem perfis detalhados de cada alvo. Israel teve a audácia de divulgar imagens dos agentes se preparando em campo aberto no Irã. A mensagem era clara: "estávamos dentro da sua casa e vocês nem sabiam".


Voltando à pergunta: como fazer os comandantes se reunirem?

Israel realizou algo genial. Através de seus agentes infiltrados, vazaram uma informação falsa tão crítica que exigiu uma reunião urgente de toda a cúpula militar iraniana. Não se sabe exatamente qual foi essa informação, mas ela foi convincente o suficiente para quebrar todos os protocolos de segurança que normalmente mantêm esses comandantes separados. Eles não apenas conseguiram reuni-los, como também os mantiveram na reunião até o momento exato do ataque.

O Dia do Ataque e a Eliminação da Liderança Naquela madrugada de 13 de junho, o plano entrou em ação.

Enquanto duzentos caças israelenses decolavam em direção ao Irã, a guerra já estava sendo travada dentro do território inimigo. Os agentes infiltrados ativaram drones e mísseis escondidos, destruindo sistemas de defesa aérea iranianos de dentro para fora. Baterias de mísseis terra-ar russos "S-300" e sistemas de radar de alerta precoce foram os primeiros alvos, eliminados antes mesmo que pudessem detectar a aproximação dos aviões israelenses.

Com os céus abertos, a Força Aérea Israelense executou uma série devastadora de ataques.

Em cerca de quinze minutos, mais de vinte alvos foram atingidos simultaneamente:

• Instalações de enriquecimento de urânio em Natanz foram severamente danificadas.
• Centros de pesquisa nuclear em Isfahan foram destruídos.
• Bases de mísseis balísticos perto de Kermanshah e Tabriz, que abrigavam os mísseis que o Irã usaria para retaliar, foram aniquiladas.

A infraestrutura de comando e controle foi sistematicamente desmantelada, deixando o regime iraniano completamente cego e manco.

O golpe de misericórdia veio pouco depois: um míssil de precisão atingiu exatamente a sala onde os vinte comandantes estavam reunidos.

Eles estavam ali, discutindo como responder à ameaça que imaginavam estar chegando. Entre os mortos, estavam:

• O Major-General Mohammad Bagheri, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
• O Major-General Hossein Salami, Comandante da Guarda Revolucionária.
• O Brigadeiro-General Esmail Ghaani, responsável pelas operações no exterior.
Principais cientistas nucleares, como o Doutor Fereydoun Abbasi-Davani e o Doutor Mohammad Mehdi Tehranchian, também foram eliminados.

O mais impressionante é que Israel não apenas sabia onde eles estavam, mas também a localização exata de cada comandante dentro do prédio. Isso indica um nível de penetração de inteligência assustador. Provavelmente, tinham agentes na própria reunião ou usaram algum tipo de vigilância extremamente avançada.


As Consequências e a Retaliação Limitada

A lista dos mortos nesse ataque representava uma geração inteira da liderança estratégica iraniana aniquilada em minutos.

Para o Irã, isso representou um desastre sem precedentes. A eliminação de quase toda sua liderança militar e de segurança sênior criou um vácuo de comando devastador. Figuras como os Generais Bagheri e Salami não eram apenas comandantes, mas os arquitetos da doutrina militar do Irã. Sua perda deixou o aparato de defesa iraniano desarticulado e sem liderança.

Apesar do caos em sua estrutura de comando, o Irã tentou retaliar.

Nos dias seguintes, disparou centenas de mísseis balísticos e drones contra Israel. Sirenes soaram em Tel Aviv, Jerusalém e Haifa, enquanto os sistemas de defesa antimísseis israelenses trabalhavam para interceptar a barragem. Alguns mísseis conseguiram passar, mas a maioria foi abatida.

Contudo, a retaliação iraniana foi estrategicamente limitada.

A situação era como a de um boxeador tentando lutar de olhos vendados e com as mãos amarradas, dado que seus comandantes mais experientes estavam mortos e suas bases de lançamento em ruínas. Ironicamente, antes do ataque, líderes iranianos faziam ameaças grandiosas, prometendo "abrir as portas do inferno" e uma "noite inesquecível" para Israel. Relatórios sugerem que planejavam originalmente disparar até mil mísseis contra Israel, mas acabaram conseguindo muito menos. As grandes promessas se transformaram em uma resposta desorganizada e ineficaz, sem coordenação, sem liderança e sem chance real de cumprir suas ameaças bombásticas.

O mais impressionante é que Israel conseguiu coordenar uma operação dessa magnitude sem que nenhum país do mundo suspeitasse.

Nem a inteligência iraniana, nem os serviços secretos russos, nem mesmo aliados próximos souberam o que estava acontecendo até o último momento. Isso demonstra um nível de excelência operacional que poucos países no mundo conseguem alcançar.


Implicações e o Futuro da Guerra Moderna

Essa operação não foi apenas um ataque militar; ela redefiniu completamente o que se acreditava ser possível na guerra moderna.

Israel demonstrou como a inteligência artificial pode ser uma ferramenta eficaz para a defesa nacional, por meio de:
• Drones controlados remotamente.
• Reconhecimento facial para identificar alvos.
• Análise de padrões para prever comportamentos.

Isso não é mais ficção científica; é a nova realidade da defesa israelense.

No entanto, há algo ainda mais importante nessa história: Israel provou que a mente humana pode ser mais poderosa que qualquer bomba já criada.
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