-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Qual foi sua última leitura?
Rápido e Devagar: duas formas de pensar - Daniel Kahneman
Daniel Kahneman é pesquisador em Economia Comportamental e foi laureado com um nobel em Economia, onde combina a economia com a ciência cognitiva para explicar o comportamento aparentemente irracional da gestão do risco pelos seres humanos.
No livro, o autor explica a capacidade do pensamento rápido, sua influência persuasiva em nossas decisões e até onde podemos ou não confiar nele. E também mostra que mesmo especialistas frequentemente são enganados por suas intuições.
O que está lendo?
A dança do Universo - Marcelo Gleiser
O que pretende ler?
Homo Deus - Yuval Harari
Qual leitura sugere?
Às pessoas em geral, normalmente sugiro "O mundo assombrado por demônios" de Carl Sagan, justamente por desmistificar pseudociências, crenças supersticiosas e introduzir de forma didática e elegante o pensamento científico. Porém, talvez não seja o caso do fórum, onde o público já é cético. Neste caso, sugerirei o Rápido e Devagar.
Zero escreveu:Estou lendo:
As grandes equações: A história das fórmulas matemáticas mais importantes e os cientistas que as criaram
Mais do que simples ferramentas, as equações matemáticas são o resultado do esforço humano para entender a vida e a natureza. Condensam décadas de pesquisa e sintetizam novas concepções de mundo. Essas descobertas marcam também a trajetória de grandes pesquisadores - nomes como Pitágoras, Newton, Euler, Maxwell, Einstein, Schrödinger, Heisenberg - e suas dúvidas, embates, frustrações e alegrias. O filósofo da ciência Robert P. Crease conta a história das equações mais importantes do Ocidente e de seus engenhosos criadores. Em linguagem simples, cada capítulo é dedicado a uma ou mais formulações que originaram grandes descobertas científicas. O autor demonstra ainda que as equações matemáticas são tão importantes para o momento histórico em que foram criadas quanto as obras de arte. Seja o teorema de Pitágoras, a lei do movimento de Newton ou a "equação celebridade" de Einstein (E=mc²) - tema de capa da revista Time, em 1946. Sem elas, não existiriam realizações relativamente simples, como pontes e edifícios, muito menos as complexas, como os computadores quânticos, os foguetes espaciais e a nanotecnologia. Prepare-se para conhecer algumas histórias surpreendentes.
Recomendo:
Mainstream: A guerra global das mídias e das culturas
Mainstream é resultado de uma vasta pesquisa de campo conduzida por Frédéric Martel em 30 países durante cinco anos. Ele entrevistou mais de 1.200 pessoas em todas as capitais do "entertainment", analisou a ação dos protagonistas, a lógica dos grupos, e acompanhou a circulação de conteúdos em cinco continentes. Ele demonstra que, se os produtos mainstream não são necessariamente artísticos, as estratégias que permitem sua criação e difusão são igualmente fascinantes. "Foi declarada a guerra mundial de conteúdos. É uma batalha nos meios de comunicação pelo controle da informação; nas televisões, pelo domínio dos formatos audiovisuais, séries e talk-shows; na cultura, pela conquista de novos mercados através do cinema, da música e do livro; e finalmente é uma batalha internacional de troca de conteúdos pela internet", afirma o pesquisador. No cerne dessa guerra está a cultura mainstream. Novos países emergem com seus meios de comunicação e seu divertimento de massa. A internet multiplica por dez o seu poderio. Tudo se acelera. Na Índia, no Brasil, na Arábia Saudita, luta-se pelo domínio da web e pela vitória na batalha do "soft power". Todos querem controlar as palavras, as imagens e os sonhos.
Em algumas partes chega a ser um pouco maçante. Demorei um pouco para finalizá-lo, entretanto vale a leitura, aprende-se muita informação útil.
Essa recomendação fez-me lembrar do livro "O último Teorema de Fermat". Dentre todos livros que li sobre matemática de forma didática e não-técnica, considero esse o melhor.
O livro faz uma síntese desde Pitágoras, e passa por vários matemáticos importantes na história, trazendo diversas curiosidades.
O Teorema de Fermat é semelhante ao "teorema de Pitágoras", que na verdade já era usado muito antes de Pitágoras. Porém, Pitágoras foi quem provou o teorema. Antes disso, tratava-se então de uma conjectura. Além do mais, várias das contribuição de Pitágoras não eram somente dele, mas da escola de Pitágoras, composta por diversos matemáticos.
Fermat, há quase 400 anos atrás, era apenas um entusiasta de matemática. Seu ofício na verdade era magistrado, e sua forma de abordar a matemática fugia dos padrões à época. Em diversas ocasiões, fazia afirmações ousadas sobre matemática sem apresentar provas, e por vezes, demonstrava que conjecturas de matemáticos da época estavam incorretas.
Isso obviamente gerou críticas por parte da comunidade de matemáticos, que desdenhavam de Fermat. Após sua morte, nos escritos em sua casa, foram encontrados diversas demonstrações provando que várias de suas alegações de fato podiam ser confirmadas. Com exceção de uma:
Que ficou conhecido como "O Último Teorema de Fermat". Tal afirmação funcionava para quaisquer números inteiros positivos, tal qual está escrito. Porém, mesmo Newton, Leibniz, Gauss, Bernoulli(s) (que foi uma família de matemáticos e cientistas, e não uma só pessoa), Euler (que era cego), Legengre, Galois (que morreu em um duelo!!), entre outros, frustaram-se ao tentar provar o Teorema. Apesar disso, diversas contribuições matemáticas vieram das tentativa de demonstração. Foi assim que surgiram os números imaginários!Se n é um número inteiro maior que 2, então não existem números inteiros positivos x, y e z, que satisfaçam a igualdade:
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Eu poderia provar isso, mas não há mais espaço na folha
Somente 358 anos depois, em 1993, Andrew Wiles (que vive até hoje) foi capaz de provar o Teorema. E recebeu o prometido prêmio de 1 milhão de dólares na época, além do Prêmio Abel (6 milhões de coroas norueguesas, equivalente a 3 milhões de reais). O Teorema passou a ficar conhecido então como Teorema de Wiles-Fermat.
A história de Wiles é um tanto quanto interessante. Ele conheceu o Teorema ainda quando criança, e foi o principal motivo que o levou a estudar matemática. Dedicou toda sua vida no Teorema, e somente aos 40 anos conseguiu prová-lo. Segundo o autor, Wiles conta que trabalhava toda a parte do tempo no Teorema. Mesmo enquanto lecionava na universidade, estava a trabalhar mentalmente no problema. Foi muito mais um processo de perseverança do que raciocínio lógico, diferente de outras contribuições matemáticas. Wiles não era gênio, mas provavelmente aprofundou-se no problema mais que qualquer um na história.
PS: não se sabe se Fermat era mesmo capaz de provar o Teorema. Lendo o livro, e conhecendo as demonstrações que Wiles usou, muita da álgebra sequer existia na época. Então Fermat provavelmente estava mentindo, ou sua demonstração era incorreta.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gabarito escreveu:Eu já li!Cinzu escreveu:Essa recomendação fez-me lembrar do livro "O último Teorema de Fermat". Dentre todos livros que li sobre matemática de forma didática e não-técnica, considero esse o melhor.
Sen-sa-ci-o-nal!
Acho que é o livro que mais me deu prazer na leitura até hoje.
Uma pena a morte de Galois, uma morte estúpida, num duelo desnecessário.Que ficou conhecido como "O Último Teorema de Fermat". Tal afirmação funcionava para quaisquer números inteiros positivos, tal qual está escrito. Porém, mesmo Newton, Leibniz, Gauss, Bernoulli(s) (que foi uma família de matemáticos e cientistas, e não uma só pessoa), Euler (que era cego), Legengre, Galois (que morreu em um duelo!!), entre outros, frustaram-se ao tentar provar o Teorema. Apesar disso, diversas contribuições matemáticas vieram das tentativa de demonstração. Foi assim que surgiram os números imaginários!
No livro, ele conta toda a história por trás.
O cara ficou obcecado com o objetivo de provar o teorema.Cinzu escreveu:A história de Wiles é um tanto quanto interessante. Ele conheceu o Teorema ainda quando criança, e foi o principal motivo que o levou a estudar matemática. Dedicou toda sua vida no Teorema, e somente aos 40 anos conseguiu prová-lo. Segundo o autor, Wiles conta que trabalhava toda a parte do tempo no Teorema. Mesmo enquanto lecionava na universidade, estava a trabalhar mentalmente no problema. Foi muito mais um processo de perseverança do que raciocínio lógico, diferente de outras contribuições matemáticas. Wiles não era gênio, mas provavelmente aprofundou-se no problema mais que qualquer um na história.
É descrito no livro todo o longo processo de amadurecer a ideia da prova.
Tem isso também.Cinzu escreveu:PS: não se sabe se Fermat era mesmo capaz de provar o Teorema. Lendo o livro, e conhecendo as demonstrações que Wiles usou, muita da álgebra sequer existia na época. Então Fermat provavelmente estava mentindo, ou sua demonstração era incorreta.
É coisa que parece filme.
Ele escreveu no rascunho que não cabia a prova no papel que restava.
Acho que ele vislumbrou uma possível solução que não teria viabilidade se fosse desenvolvida.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gabarito escreveu:Minha sugestão além do Teorema:
https://www.amazon.com.br/Sapiens-Uma-B ... 8525432180Sapiens - Uma Breve História da Humanidade (Português) Capa Comum – 9 mar 2015
por Yuval Noah Harari (Autor)
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Capa dura
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O que possibilitou ao Homo sapiens subjugar as demais espécies? O que nos torna capazes das mais belas obras de arte, dos avanços científicos mais impensáveis e das mais horripilantes guerras? Nossa capacidade imaginativa. Somos a única espécie que acredita em coisas que não existem na natureza, como Estados, dinheiro e direitos humanos. Partindo dessa ideia, Yuval Noah Harari, doutor em história pela Universidade de Oxford, aborda em Sapiens a história da humanidade sob uma perspectiva inovadora. Explica que o capitalismo é a mais bem-sucedida religião, que o imperialismo é o sistema político mais lucrativo, que nós, humanos modernos, embora sejamos muito mais poderosos que nossos ancestrais, provavelmente não somos mais felizes. Um relato eletrizante sobre a aventura de nossa extraordinária espécie ? de primatas insignificantes a senhores do mundo.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fernando Silva escreveu: O Rio antes do Rio
Rafael Freitas da Silva
Quando se fala da história do Rio, quase sempre se parte de 1565, ano do desembarque de Estácio de Sá e sua pequena armada no istmo do Cara de Cão. Mas o que existia aqui antes? Quem habitava o Rio? Como era a relação deles com os colonizadores portugueses?
O Rio antes do Rio é um livro sobre os povos indígenas do Rio de Janeiro, os primeiros contatos com os europeus, as disputas entre portugueses e franceses, os momentos decisivos das batalhas travadas, o processo de conquista que possibilitou a ocupação da área pelos portugueses. A obra segue até 1567, quando Estácio de Sá é morto e ocorre a fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
https://editoras.com/o-rio-antes-do-rio/
Fernando Silva escreveu:A história dos povos indo-europeus. Sua origem como nômades das estepes e como eles se espalharam pelo mundo.
The Horse, the Wheel, and Language: How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes Shaped the Modern World
by David W. Anthony
Roughly half the world's population speaks languages derived from a shared linguistic source known as Proto-Indo-European. But who were the early speakers of this ancient mother tongue, and how did they manage to spread it around the globe? Until now their identity has remained a tantalizing mystery to linguists, archaeologists, and even Nazis seeking the roots of the Aryan race. The Horse, the Wheel, and Language lifts the veil that has long shrouded these original Indo-European speakers, and reveals how their domestication of horses and use of the wheel spread language and transformed civilization.
https://www.goodreads.com/book/show/183 ... d_Language
Gigaview escreveu: Interessante. Estou acabando de ler "A Máquina de Uriel" sobre as povos megalíticos. Ele defende a idéia de que os "guadiões" e "gigantes" citados na Bíblia e outros textos antigos vieram da região norte do planeta e disseminaram seus conhecimentos de astronomia e de construção megalítica na suméria. Ele tenta provar que Enoch esteve no norte onde teve aulas de astronomia. A explicação e as evidências são bastante interessantes.
Depois vou ler a sua indicação.
"A Máquina de Uriel - As Antigas Origens da Ciência" prova que os europeus não somente sobreviveram à inundação de 7640 a.C., mas também desenvolveram uma civilização altamente avançada, dedicada a preparar-se para impactos meteóricos futuros. Construindo uma rede internacional de observatórios astronômicos sofisticados, esses astrônomos antigos criaram calendários solares, lunares e planetários exatos; mediram o diâmetro da Terra e predisseram a colisão de 3150 a.C., permitindo a reconstrução da civilização em um mundo destruído. Essa era a verdadeira finalidade de estruturas megalíticas como Stonehenge. "A Máquina de Uriel - As Antigas Origens da Ciência" constitui uma revisão de grandes eventos da humanidade iluminada por novas e brilhantes idéias.
Fernando Silva escreveu: Já tinha lido que os sumérios provavelmente tinham origem europeia. Sua língua não tinha nada a ver com a dos povos semitas da região (embora também usassem caracteres cuneiformes).
Se eram mais altos que os povos que já viviam na Mesopotâmia, devem ter dado origem à lenda dos gigantes.
Parece que historiadores e arqueólogos não levam muito a sério este livro:
https://en.wikipedia.org/wiki/Uriel%27s_Machine
Eles acham que há muitas hipóteses não comprovadas.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gigaview escreveu: Sim. É uma leitura que exige cuidados para separar fatos de bullshit. Acredito que o público em geral seja incapaz de fazer essa distinção. Ele segue aquela linha do Graham Hancock, Robert Bauval, Robert Schoch, dentre outros que apregoam que a arqueologia científica é dirigida por meia dúzia de cabeças duras que ignoram fatos e "provas" que não se encaixam na história. Mas ainda assim o livro oferece explicações interessantes sobre o funcionamento dos observatórios megalíticos, dos fenômenos climáticos do planeta e sobre as primeiras civilizações.
Um dos autores é maçom e sempre que pode defende seus pontos de vista baseado na ótica maçônica;
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Metatron escreveu:Cinzu escreveu:Qual foi sua última leitura?
Livro 10 da saga Operaçäo Cavalo de Troia, de Benítez.
Eu estava lendo, mudei de residência e o livro näo quis me acompanhar (perdi na mudança):Cinzu escreveu:O que está lendo?
Este é um livro agradável e proveitoso de ler. Nele, a ordem natural do mundo é explicada racionalmente, sendo a evolução interpretada não como um fato apenas biológico, mas espiritual. De maneira viva, esta obra ocultista mostra o lugar do Homem na Natureza e comenta assuntos de grande profundidade tais como a reencarnação, o carma, a sobrevivência à morte, a viagem astral e o livre-arbítrio.
Zero escreveu:Minha última leitura foi:
Além da democracia - Karel Beckman, Frank Karsten
Atualmente lendo:
O mundo assombrado pelos demônios - Carl Sagan