Huxley escreveu: ↑Dom, 16 Fevereiro 2025 - 03:30 am
Errado. No modelo original de Romer, o governo é capaz, através de subsídios aos gastos de pesquisas e desenvolvimento (por exemplo, custeio direto de pesquisas em universidades públicas, abatimento dos gastos de pesquisas e desenvolvimento das empresas no cálculo do lucro tributável, etc.), elevar permanentemente a taxa de progresso tecnológico, a taxa de crescimento de produtividade e, portanto, a taxa de crescimento da renda per capita.
Pera aí

O modelo dele apenas sugere que investimentos em P&D podem ter externalidades positivas, não que o governo seja necessário ou mais eficiente na alocação de recursos,
cadê o print que ele fala que subsídios estatais são a forma mais eficiente de gerar inovação? manda aí campeão
Porque existem externalidades positivas não precificadas pelo setor privado.
Então você está dizendo que os c
apitalistas malvadões não sabem lucrar?
Esse “e não de governos” é falso. Só da DARPA foram originados Internet, GPS, Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, Robótica/Veículos Autônomos, etc., sem falar também de outros casos que se originaram de pesquisas públicas (laser, touch screen, etc.). E mesmo nas inovações que não tiveram origem no setor público, parte significativa do desenvolvimento dessas tecnologias (telefone, celular, tecnologia de redes sem fio, avião, etc.) envolveram pesquisas públicas.
Então você está me dizendo que o Estado gerou mais inovações do que o setor privado?
É isso mesmo? Se eu entrar agora em uma loja de eletrônicos, um supermercado ou qualquer empresa privada, vou ver prateleiras cheias de produtos criados originalmente pelo governo? Gente do céu.
Se você não tem evidência disponível para fazer uma afirmação, então não faça essa afirmação. Quem faz uma afirmação tem ônus de prova. Sinto muito.
Então, se não existe um mundo 100% sem interferência estatal, eu não posso argumentar que o Estado é ineficiente? Ah, entendi. Então se eu te pedir pra você me mostrar um modelo de país totalmente estatizado, sem nenhum setor privado, apenas com investimento em P&D estatal que alcance o absoluto sucesso, eu também posso?
Nossa, você é o gênio da lógica quebrada

Não só se esquivou da pergunta original "temos como quantificar e qualificar o impacto do investimento estatal?" como inventou um ônus da prova. Mas, vamos lá:
1. Não há um consenso sobre a efetividade do P&D estatal
https://mpra.ub.uni-muenchen.de/23549/1 ... _23549.pdf
2. Relação entre P&D estatal e inovação não é garantida
Alguns estudos não conseguiram encontrar correlação entre P&D estatal e crescimento econômico (Bilbao-Osorio & Rodriguez-Pose, 2004; Bassanini & Scarpetta, 2000
3. Setores médios e de menor tecnologia, o impacto do investimento público é insignificante
https://mpra.ub.uni-muenchen.de/23549/1 ... _23549.pdf
4. Efeito de crowding-out (deslocamento do setor privado) causado pelo P&D estatal, onde o aumento de subsídios pode encarecer o setor ao aumentar salários e custos de R&D, reduzindo o investimento privado (Goolsbee, 1998)
https://mpra.ub.uni-muenchen.de/23549/1 ... _23549.pdf
Argumento infantojuvenil: “A maior parte da inovação já vem do setor privado, logo isso tem como consequência lógica a afirmação de que o governo não deveria gastar dinheiro algum com pesquisa.” Trata-se de uma Falácia Non sequitur e isso já foi demonstrado anteriormente neste post.
Você acha que encontrou uma falácia onde não existe. Vou te explicar como adultos pensam sobre isso.
Se a maior parte da inovação já vem do setor privado, isso significa que o setor privado é mais eficiente em transformar P&D em produtos e serviços que realmente impactam a sociedade. Portanto, o governo gastar dinheiro em P&D não é apenas redundante, mas uma alocação ineficiente de recursos, já que retira capital produtivo da sociedade e joga em projetos decididos por burocratas, que, por definição, não possuem incentivo de mercado para serem eficientes.
Você pode chamar isso de 'falácia', mas na vida real, quando o setor privado já faz algo melhor,
você não joga mais dinheiro no modelo menos eficiente, a não ser que seu objetivo seja perder recursos. É por isso que governos não criam Apple, Amazon ou Google, e sim burocracias e desperdício.
Se você acha que esse raciocínio é 'infantojuvenil', sugiro que vá até a fila de um órgão público e tente convencer alguém ali que o governo gasta melhor o dinheiro do que o mercado. Boa sorte