Geopolítica; Política internacional: Globalização, globalismo, imperialismo, etc

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Geopolítica; Política internacional: Globalização, globalismo, imperialismo, etc

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Agnoscetico
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Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

Tópico sobre geopolítica e política externa focado de um país ou conjunto de países sobre outros, usando a desculpa de defender a liberdade, civilização, progresso, ou assumidamente os próprios interesses.

Vou começar focando especificamente no imperialismo dos EUA, que é o mais influente atualmente, deixando um pouco de lado o neocolonialismo europeu, já mais comentado em tópicos como "Teria sido melhor se os europeus não tivessem colonizado..." ( viewtopic.php?t=682 ) , nem no chinês, russo, pois esses todo suposto democrata já critica constantemente, enquanto passa pano pros potências ocidentais que pagam de santinhas, politicamente e ecologicamente corretas, etc.
Imperialismo norte-americano

https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperialismo_americano

O uso do termo é controverso, uma vez que há estudiosos que defendem que não existe uma prática imperialista por parte dos Estados Unidos. Outros afirmam que tal prática existe, mas de forma benevolente, enquanto há aqueles que afirmam que essa prática não só existe como causa grandes danos aos países dominados.

Algumas doutrinas propostas pelo governo norte-americano desde a fundação do país, tais como o Destino Manifesto, a Doutrina Monroe e o Corolário Roosevelt, o Big Stick e a Doutrina de segurança nacional, além de eventos como a Conquista do Oeste, a Guerra Mexicano-Americana, as Guerras das Bananas, a Guerra Hispano-Americana, intervenções militares diretas em diversos países como: Argentina, Brasil, Chile, México, Haiti, Havaí, Nicarágua, Coreia, Panamá, Filipinas, Porto Rico, Guam, Samoa, Honduras, República Dominicana, Rússia, Iugoslávia, Turquia, El Salvador, Irã, Grécia, Venezuela, Alemanha, Egito, Líbano, Laos, Indonésia, Omã, Bangladesh, Angola, Congo, Granada, Líbia, Bolívia, Ilhas Virgens, Libéria, mais recentemente, intervenções militares na Arábia Saudita, Somália, Bósnia, Albânia e Sudão, assim como a Guerra no Afeganistão, Guerra do Vietnã, Guerra do Iraque além de políticas como o embargo a Cuba, a criação da Echelon, recentes denúncias de espionagem americana à países parceiros, defesa do monopólio comercial, fizeram o termo "imperialismo americano" ganhar grande aceitação na comunidade internacional e população mundial.


Cronologia das operações militares dos Estados Unidos

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologi ... dos_Unidos

DESTAQUES / FOCO: América Latina , China; até meados do século 19, quando oa imperialismo dos EUA começava a engatinhar



- 1831-1832 - Ilhas Malvinas (Falkland Islands) - O Capitão Silas Duncan atacou Puerto Soledad e fez prisioneiros após a apreensão de três baleeiros norte-americanos, os prisioneiros foram posteriormente entregues ao governo da Argentina.

(...)

- 1833 - Argentina - entre 31 outubro e 15 novembro. Fuzileiros navais desembarcaram em Buenos Aires para proteger os interesses dos EUA e outros países, durante uma insurreição.

- 1835-1836 - Peru - entre 10 de dezembro de 1835 e 24 de janeiro de 1836, e entre 31 de agosto e 7 de dezembro de 1836. Fuzileiros navais protegeram os interesses americanos em El Callao e Lima, durante uma tentativa de revolução.

(...)

- 1852-1853 - Argentina - Buenos Aires - Desembarque de marines para proteger interesses americanos, entre 03 e 12 fevereiro de 1852, no contexto em que ocorreu a Batalha de Monte Caseros; e entre 17 setembro de 1852 e abril de 1853, durante a Revolução de 11 de setembro de 1852.

- 1853 - Nicarágua - Entre 11 e 13 de março, desembarque de marines para proteger vidas e interesses americanos durante distúrbios políticos.

- 1854 - China - Entre 4 abril e 17 de junho, operação conjunta com o Império Britânico para proteger interesses americanos perto de Xangai durante a Rebelião Taiping.

- 1854 - Nicarágua - Entre 9 e 15 de julho. Forças navais bombardearam e queimaram San Juan del Norte (Greytown) após uma lesão contra o embaixador americano na Nicarágua.

- 1855 - China - Entre 19 e 21 maio. Proteção aos interesses americanos em Xangai, e, entre 03 e 5 de agosto operação contra piratas perto de Hong Kong.

- 1855 - Uruguai - Entre 25 e 29 de novembro - Forças navais dos EUA e de outros países da Europa desembarcam em Montevidéu para proteger interesses durante uma tentativa de revolução, durante o governo provisório de Manuel Basílio Bustamante que tomou o poder após a derrubada de Venâncio Flores pela Rebelião dos Conservadores.

- 1856 - Panamá, então parte da República de Nova Granada, atual Colômbia - Entre 19 e 22 de setembro - Proteção de interesses americanos durante uma revolta, na época aquela região era rota para a Califórnia, por meio da Ferrovia Inter-oceânica do Panamá.

- 1856 - China - Entre 22 outubro e 6 dezembro - Proteção de interesses americanos em Cantão no início da Segunda Guerra do Ópio, e para vingar um assalto a um barco desarmado que exibia a bandeira dos Estados Unidos.



Revelações da vigilância global (1970–2013)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Revela%C3 ... 80%932013)


Echelon

https://pt.wikipedia.org/wiki/Echelon

Echelon é uma rede de vigilância global e de espionagem para a coleta e análise de sinais de inteligência (SIGINT), operada inicialmente pelos cinco Estados signatários do Tratado de Segurança UK-USA conhecido como "Cinco Olhos" (Five Eyes - em inglês): Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido.[2][3][4][5]

Em 3 de novembro de 1999 a BBC confirmou a existência da rede de espionagem mundial ECHELON.[6] Mas apenas em 2013, através das revelações pelo americano Edward Snowden,[7] o projeto Echelon foi exposto como sendo um projeto para vigilância global e de espionagem cuja revelação recebeu atenção do público em nível mundial. Através de milhares de documentos revelados por Edward Snowden foram reveladas várias atividades de vigilância da NSA incluindo sistemas como o Echelon que até então haviam sido relegados ao plano especulativo ou mesmo conspiratório, incluindo a existência e os objetivos do Echelon.[8][9][10]

Ao final da década de 1990, se estima que a rede ECHELON já era capaz de monitorar 90% de todo o tráfego da Internet. De acordo com a BBC em Maio de 2001, o Governo dos Estados Unidos ainda negava a existência da rede Echelon na época."[11]



Doutrinas imperialistas (que de certa forma, ainda existe):

Doutrina do destino manifesto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_ ... _manifesto



Doutrina Monroe

https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_Monroe


Corolário Roosevelt

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corol%C3%A1rio_Roosevelt

Big Stick

https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Stick


Doutrina Eisenhower

https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_Eisenhower


Atlantismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atlantismo

O atlantismo ou atlanticismo é uma doutrina política que advoga uma intensa cooperação entre os Estados Unidos, Canadá e os países da Europa, nos domínios político, militar e económico, a qual deve ser encorajada e desenvolvida, devido à comunhão de valores entre estes países.

No entanto esta definição apresenta várias imprecisões, quando comparada com as teses liberais e com o conceito americano de neoconservadorismo, os quais apresentam princípios análogos.

Esta doutrina deve o seu nome à Organização do Tratado do Atlântico Norte, fundada em 1949, que assegura uma aliança militar entre a América do Norte e a Europa Ocidental. Na altura da sua fundação, o seu objectivo era o de defender a Europa Ocidental face à ameaça comunista do Bloco de Leste.

Mais tarde, o significado do termo foi alargado, designando uma doutrina política completa, defendida pelos partidários do liberalismo na Europa. Em termos práticos, este termo encontra-se totalmente ausente do vocabulário político norte-americano, quer anglófono, quer francófono.

Depois do início do século XXI, sobretudo nos países francófonos da Europa, o atlantismo é muitas vezes descrito como a defesa do liberalismo económico, da democracia liberal e ainda como suporte à política internacional designada americanismo.

Actualmente, este termo tem uma conotação fortemente negativa, particularmente nos meios esquerdistas e antiglobalização. Na França, o atlantismo enquanto conceito, foi fortemente combatido por Charles de Gaulle.

Na Europa, certos países como o Reino Unido, a Polónia ou os países bálticos, aparentam ser mais favoráveis à ideia de atlantismo. Outros como a França e a Alemanha parecem mais ou menos favoráveis ao atlantismo, dependendo das maiorias parlamentares que se enncontrem no poder. Idêntica situação se passa na Itália e na Espanha, cuja política externa foi muito marcada pelo atlantismo durante os governos de Silvio Berlusconi e José María Aznar.

O mesmo ocorre em Portugal, que faz do atlantismo um dos principais eixos da sua política externa, designadamente pela sua relação de teor político-militar com os Estados Unidos (através da Base Aérea das Lajes) e da forte implementação da sua emigração, sobretudo oriunda dos Açores, para aquele país e para o Canadá.


Exemplo de político imperialista mais recente - um dos (ir)responsáveis pela invasão ao Iraque, com desculpa de haver armas de destruição em massa.

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