Homossexualidade - Causas Psicológicas e Sociais

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Homossexualidade - Causas Psicológicas e Sociais

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JungF
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Registrado em: Sáb, 07 Março 2020 - 19:58 pm

Mensagem por JungF »

O censo de 2010 do IBGE aponta para uma realidade que, por confrontar padrões rigorosos da moralidade social, merece acurada análise para sua melhor compreensão.
Trata-se de um fenômeno que se tornou evidente a partir do momento em que o liberalismo, conduzido por novos padrões de educação, cultura e condição econômica, fizeram com que homens e mulheres assumissem uma postura que abala de vez, os últimos rincões da moralidade social.
Trata-se da homossexualidade como opção de relação afetiva estável, com as mesmas estruturas da família tradicional.
É generalizada a percepção de que os casais homossexuais, emocionalmente equilibrados, formam grupos familiares constituídos por indivíduos potencialmente ativos em relação aos parceiros do outro sexo, ou seja, biologicamente são heterossexuais; daí, até mesmo a fidelidade, como um dos pilares de sustentação da harmonia familiar, desponta como fator rigorosamente respeitado nesta nova modalidade de grupamento social.

Surge então um formidável desafio para a psicanálise moderna: - por qual razão um homem estabelece um vínculo afetivo estável com outro homem, quando poderia, se o quisesse, escolher um parceiro do sexo oposto, arquétipo milenar da evolução?
Igual questionamento poderá se aplicar também aos casais do sexo feminino.

A resposta é complexa e envolve idiossincrasias as quais os modernos cientistas da alma não estão acostumados a considerar.
Estas, em essência, confluem para três vertentes que não chegam a ser mutuamente exclusivas, pois mantêm importantes pontos de contato.

Na primeira destas vertentes, por sinal a mais recorrente, o papel do homem como o chefe da família obedece a um estereótipo com ascendentes no costume e na tradição.
Neste grupo familiar tradicional, a mulher se recolhe aos afazeres domésticos que lhes são próprios, enquanto o homem se vê na contingência de enfrentar um mundo de extrema competitividade, com suas próprias e quase sempre insuficientes forças.
Isto de certo modo o assusta; o permanente medo do fracasso o acompanha como a Espada de Dâmocles.
Este homem, por não conseguir satisfazer os subentendidos desejos da família, que variam desde os níveis sofisticados de conforto, a aqueles outros concernentes às pessoas de posição social superior, vê-se constrangido a provê-la com o necessário, tão somente.
Este é um dos fatores que o conduzem pelos obscuros labirintos do stress.
A proposição que parece solucionar este atavismo milenar encontra uma resposta na nova moralidade social.
Assim, mesmo sem o aval da sociedade, existe agora a possibilidade deste homem dividir suas responsabilidades e agruras com outro companheiro, o que, neste caso, aumenta consideravelmente a probabilidade do sucesso de ambos e alivia o stress psicológico que os atormentava.
Não se trata, porém, de trazer outro homem ao convívio familiar tradicionalmente existente... seria desastroso.
É de se notar que um novo arranjo familiar sustentado por dois homens seria mais forte e consistente que o tradicional, composto por um homem e uma mulher.
Se o propósito dessa ligação, incomum, fosse exclusivamente a estabilidade financeira, a inovação poderia obter os melhores resultados, mas as necessidades biológicas e emocionais devem ser satisfeitas. A natureza ensina que o prazer sexual, que motiva os grandes movimentos da história encontra sua plena satisfação no ato conjugado entre o homem e a mulher. Não sendo este o caso, precisamos uma justificativa e uma explicação.
Qual o componente de atração e sedução, que, contrariando o impulso natural pode unir dois homens ou duas mulheres para a formação de um grupo familiar, e mais que isso, satisfazer toda uma gama de interesses e necessidades em comum?
A resposta é: a amizade.
FIM DA PARTE I

Re: Homossexualidade - Causas Psicológicas e Sociais

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JungF
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Registrado em: Sáb, 07 Março 2020 - 19:58 pm

Mensagem por JungF »

CONCLUSÃO

É sabido que por mais ajustado seja o casal, raramente consegue desenvolver uma relação de companheirismo e camaradagem como a que existe na amizade entre dois homens.
Mas seria isto suficiente para colocar-se de lado a natural repulsa que causa o contato físico entre dois homens, ou, por extensão, entre duas mulheres?

“E o homem abandonará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne.” – Gênesis, 2;24

Presumivelmente, por arrostar o mandamento bíblico, um alto preço deveria ser pago.
Mas não é sempre assim; existem homens para os quais a barreira da repulsa instintiva não existe e não se está falando dos homossexuais afeminados, cujos caracteres sexuais secundários e o fator hormonal apontam para uma sutil hibridação. Não é destes que estamos falando, mas daqueles que poderiam até mesmo se candidatar a um emprego como estivadores, ou chapas de caminhão.
Executivos, professores, atletas olímpicos, religiosos, militares; enfim, em qualquer das classes sociais este acontecimento eclode e surpreende a todos, mormente quando se trata de alguma celebridade.
Na Roma antiga e na Grécia era não somente comum, mas considerado elegante, que cidadãos mais abastados e proeminentes mantivessem amantes jovens.
O imperador Nero, em suas festas, ostentava uma faixa que lhe cruzava o peito e onde se lia: “sou o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens”.
Ora, está evidente que a tal repulsa não ocorre com determinados indivíduos, e a pergunta é: por que?
Se consultássemos as ciências ou a filosofia, não encontraríamos respostas satisfatórias, mas se considerássemos como hipótese de trabalho a Teoria da Reencarnação, muitas discrepâncias poderiam encontrar um equacionamento lógico.
Aquela teoria, por sinal presente em todas as religiões orientais, e mesmo alguns sincretismos no ocidente, ensina que a essência moral e intelectual do homem não se apaga com a morte, mas surge em outro corpo por ocasião de seu nascimento.
A esta essência que permanece, as religiões denominam, Alma ou Espírito.
Esta Alma, ou Espírito, porta consigo e acumula, ao longo de suas muitas jornadas, todo um cabedal de experiências que fazem com que exiba em sua personalidade, certas predisposições íntimas que a distinguem dos outros, consoante aquelas experiências.
Assim, um homem que somasse em suas sucessivas existências a experiência da vida militar, certamente apresentaria hoje o caráter e o maneirismo adquiridos na caserna, mas igual raciocínio se aplica ao devasso, ao músico e ao homem de letras.
Então, agora podemos compreender porque determinados homens, embora absolutamente masculinos na forma exterior portam consigo um psiquismo feminino ou uma tendência à pederastia.
Novamente, por extensão, devemos considerar na mesma pauta, o lesbianismo.
É notável observar que a despeito das contrariedades a serem vencidas, a sociedade depara-se, a cada dia, com o surgimento de novos arranjos desta natureza.
A sociedade se preocupa quanto ao impacto psicológico que possa gerar nos filhos de tais uniões, mas chegado o momento em que os pais julguem conveniente dar-lhes explicações prevalecerá um sentimento de gratidão, pois foram acolhidos para a segurança de um lar, contrariamente ao destino que normalmente os aguardava se permanecessem nas creches e orfanatos em que anteriormente se encontravam

A presença da mulher, substituída agora por outro homem, levará o novo casal a escolher e adotar seus filhos entre os menos afortunados, e não mais os receber como herança divina.
A grande diferença, neste caso, é que um forte sentimento de altruísmo e a consciência de se estar colaborando com o equilíbrio social, destacará este casal entre os de formação tradicional, e este handicap o favorecerá na sua aceitação perante as demais pessoas de sua convivência.

As prioridades da alma nem sempre são as mesmas do corpo, por isto, quando já possuidores de certo nível cultural e sensibilidade, tanto o homem como a mulher não procuram, em essência, um parceiro sexual para suas vidas, mas amigos, companheiros.
Considerando que o sexo pode ser realizado em múltiplas e variadas circunstâncias, contudo, a camaradagem exige sintonia e afinidade e não apenas uma genitália compatível.

È mais fácil criar vínculos de amizade com pessoas do mesmo sexo, porque falam a mesma língua, e por existirem interesses comuns a serem compartilhados, que no outro caso, no qual apenas o sexo será o vínculo, geralmente pouco duradouro ou motivador, na relação.

Re: Homossexualidade - Causas Psicológicas e Sociais

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Tutu
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Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

De acordo com estatísticas, a proporção de LGBT com relacionamento duradouro ou que adotam filhos é muito baixa. São minorias entre minorias.
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Re: Homossexualidade - Causas Psicológicas e Sociais

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JungF
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Registrado em: Sáb, 07 Março 2020 - 19:58 pm

Mensagem por JungF »

A estatística apontada é vaga porque se refere a um grupo grande e diversificado, em todos os sentidos. Lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, etc, o que induz a avaliações até mesmo de nível moral e intelectual.
Se um determinado grupo tem uma maior proporção de usuários de drogas, apresentará maior instabilidade emocional e moral, claro com exceções; afinal, nem todo usuário de drogas é desequilibrado ou imoral, mas certamente este casal não será recomendável à adoção de uma criança.
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