Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Gabarito
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Tópico para debates entre estudiosos da fé.
Argumentos contra e a favor da existência de Deus.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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'Deus e a cosmologia' - Sean Carroll vs William Lane Craig
Este é o meu presente de natal para os meus inscritos queridos. :)

Debate ocorrido no dia 21 de fevereiro de 2014 no Greer Heard Forum entre o filósofo e teólogo William Lane Craig contra o físico teórico e ateu Sean Carroll.

Tópico do debate : Deus e a cosmologia.

Lembrem- se de ativar as legendas!

Link de um vídeo curtinho(12 segundos) explicando como se ativa as legendas : • Vídeo .

Link do vídeo original : • William Lane Craig and Sean Carroll |... https://www.youtube.com/watch?v=X0qKZqPy9T8

E que a treta comece! hahaha

youtu.be/m0_zpPKrR7Q

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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'É racional acreditar que Deus existe?' - Matt Dillahunty vs Sye Ten Bruggencate
Debate ocorrido em Austin- Texas, EUA. Onde o ateu militante Matt Dillahunty debate se é ou não acreditar que Deus exista com o pastor Sye Ten Bruggencate, que é do Canadá.

Link do vídeo original : • The Refining Reason Debate: Matt Dill... https://www.youtube.com/watch?v=OL8LREmbDi0

youtu.be/ddytcfWaVfc

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Jesus ressuscitou dos mortos?" debate legendado entre Matt Dillahunty e Blake Giunta. Parte 1
Neste vídeo temos a primeira parte do debate ocorrido entre Matt Dillahunty e Blake Giunta sobre se Jesus ressuscitou ou não entre os mortos. Logo nos próximos dias a segunda parte vai sair.

youtu.be/S5yIe-HKgEA

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu
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Tópico interessante.

Já houveram algumas tentativas de debates promovidos por canais brasileiros, mas eu não chamaria de alto nível.

CRER OU NÃO CRER?: PIRULLA E RODRIGO SILVA - Inteligência Ltda. Podcast

youtu.be/0hO0jAD5mLw

Neste debate, o biólogo Dr. Pirula defende a posição ateia, enquanto que o pastor Dr. Rodrigo Silva argumenta à favor da existência do Deus-cristão.
É difícil assistir a um debate de quase 10 horas, mas há vários cortes no YouTube.

Rodrigo Silva é também arqueólogo e defende posições criacionistas. Ele costuma fazer bastante cherry picking em registros arqueológicos pelo mundo para corroborar trechos bíblicos abertos a múltiplas interpretações. E por ser pastor, sabe apelar ao emocional para fazer proselitismo e pregação.
Já o Pirula, por outro lado, é científico demais e até prolixo. Tem pouco conhecimento cristão e por este motivo não consegue apontar as falácias no discurso do Rodrigo Silva. Ao invés disso, acaba gastando tempo demais com tecniquês e detalhes científicos muito específicos.


DEUS EXISTE? | TASSOS LYCURGO & SERGIO SACANI, na FM MUSICAL SP

youtu.be/QYDhy2mXbOo

Neste debate, o pastor e doutor em teologia Tassos Lycurgo argumenta à favor da existência do Deus-cristão, enquanto que o geofísico Dr. Sérgio Sacani defende uma posição mais cética.
Tassos fala bastante da influência da religião e da bíblia em nossa sociedade. E Sacani aparenta estar em uma posição mais acuada; ele não discorda dos pontos apresentados pelo pastor e opta por se ater à sua visão particular, do ponto de vista científico.
A exceção é o final do debate, quando o mediador (que pelo visto também é Cristão) cita que o mundo está sofrendo mais catástrofes naturais e isso teria sido previsto pelas profecias bíblicas. Neste momento, Sacani intervém e refuta categoricamente a afirmação, alegando que as evidências sugerem o inverso - o planeta Terra já passou por condições climáticas muito mais adversas do que a atual.

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 09:38 am
Debate ocorrido no dia 21 de fevereiro de 2014 no Greer Heard Forum entre o filósofo e teólogo William Lane Craig contra o físico teórico e ateu Sean Carroll.

Tópico do debate : Deus e a cosmologia.
Tentarei assistir, mas já vejo um problema: imagino que o filósofo/teólogo tentará levar a discussão para o lado da metafísica, enquanto que o físico tentará se ater às ciências naturais.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 12:46 pm

Neste debate, o biólogo Dr. Pirula defende a posição ateia, enquanto que o pastor Dr. Rodrigo Silva argumenta à favor da existência do Deus-cristão.
É difícil assistir a um debate de quase 10 horas, mas há vários cortes no YouTube.


Dez horas de debate???
Imagem

Foi de uma vez só? Percorri o vídeo rapidamente e eles não mudaram de roupa.
Somente o pastor Rodrigo tirou o casaco, mais para o final.
Pararam para comer, ir ao banheiro?

Que conversa compriiiiida!...

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 12:46 pm

Neste debate, o pastor e doutor em teologia Tassos Lycurgo argumenta à favor da existência do Deus-cristão, enquanto que o geofísico Dr. Sérgio Sacani defende uma posição mais cética.
Tassos fala bastante da influência da religião e da bíblia em nossa sociedade. E Sacani aparenta estar em uma posição mais acuada; ele não discorda dos pontos apresentados pelo pastor e opta por se ater à sua visão particular, do ponto de vista científico.
A exceção é o final do debate, quando o mediador (que pelo visto também é Cristão) cita que o mundo está sofrendo mais catástrofes naturais e isso teria sido previsto pelas profecias bíblicas. Neste momento, Sacani intervém e refuta categoricamente a afirmação, alegando que as evidências sugerem o inverso - o planeta Terra já passou por condições climáticas muito mais adversas do que a atual.

Sacani sempre foi do tipo de não ir para o confronto.
Sempre tenta usar de diplomacia em qualquer debate.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Eu vi agora que tem outro debate, lá no Inteligência (Vilela), com 10 horas também.
Que maluquice! Dez horas de debate?
Eu não conhecia esse esporte.
Acho que estou ficando velho...

E conta com a presença de um mala, chamado Marcos Ebelin, que vive defendendo a tese de uma tal de "Eva Mitocondrial" e que todos nós descendemos dela.
Tem Sacani também.
E outro mala, Adauto Lourenço, que vem de longa data no proselitismo apelativo.


DEBATE: EVOLUCIONISMO X CRIACIONISMO - Inteligência Ltda. Podcast #829
MARCOS EBERLIN, JOÃO PAULO REIS BRAGA e ADAUTO LOURENÇO de um lado, SÉRGIO SACANI, PIRULLA e FELIPE HIME de outro. Eles vão debater o Criacionismo e o Evolucionismo, e se a arca de Noé existiu ou não. O Vilela diz que existiu, pois ele trabalhou nela fazendo caricaturas dos animais.

Capítulos:
00:00:00 - Aguarde
00:29:10 - Início
00:47:00 - O Big Bang
01:03:00 - Hubble e James Webb
01:20:00 - Como o Big Bang pode ser falseado?
02:10:00 - O universo é infinito?
02:17:00 - Formação e evolução das galáxias
02:48:00 - Conclusões sobre o primeiro bloco
03:24:40 - A deriva continental
04:08:00 - Catastrofismo ou uniformitarismo?
04:56:00 - Hélio na atmosfera
05:15:00 - Fósseis poli-estratificados
05:50:00 - Camadas e estratigrafia
06:22:00 - A idade dos dinossauros
06:41:00 - Tecidos moles em fósseis
07:23:00 - Carbono 14 em dinossauros
07:56:00 - Fósseis intermediários
08:15:00 - Carbono 14 em diamantes
08:34:40 - Vida fora da Terra
08:47:00 - A Terra plana
09:11:50 - A Eva mitocondrial
09:58:00 - Considerações finais
10:23:00 - O que é uma pseudo-ciência?
10:39:00 - Considerações finais final agora vai meu 100or.WAV

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PESQUISA E PAUTA: Fabio Mantoanelli
REALIZAÇÃO: Fábrica de Quadrinhos

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Na verdade, são quase 11 horas (!) de debate.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 14:13 pm
Cinzu escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 12:46 pm

Neste debate, o biólogo Dr. Pirula defende a posição ateia, enquanto que o pastor Dr. Rodrigo Silva argumenta à favor da existência do Deus-cristão.
É difícil assistir a um debate de quase 10 horas, mas há vários cortes no YouTube.


Dez horas de debate???
Imagem

Foi de uma vez só? Percorri o vídeo rapidamente e eles não mudaram de roupa.
Somente o pastor Rodrigo tirou o casaco, mais para o final.
Pararam para comer, ir ao banheiro?

Que conversa compriiiiida!...
Eu também só assisti a trechos e cortes no YouTube. Foi um dos recordes em termos de duração.

Geralmente em Podcasts com mais de um participante, um deles faz pausas para comer e ir ao banheiro enquanto o outro está falando.
Só que a conversa de uma forma geral é fluida, sem interrupções.

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 14:22 pm
Eu vi agora que tem outro debate, lá no Inteligência (Vilela), com 10 horas também.
Que maluquice! Dez horas de debate?
Eu não conhecia esse esporte.
Acho que estou ficando velho...

E conta com a presença de um mala, chamado Marcos Ebelin, que vive defendendo a tese de uma tal de "Eva Mitocondrial" e que todos nós descendemos dela.
Tem Sacani também.
E outro mala, Adauto Lourenço, que vem de longa data no proselitismo apelativo.


DEBATE: EVOLUCIONISMO X CRIACIONISMO - Inteligência Ltda. Podcast #829
Na verdade, são quase 11 horas (!) de debate.
Eu me lembro desse! Foi na mesma época do outro, e inclusive no debate entre o Pirula e o Pastor Rodrigo Silva, eles fazem referência a esse debate.

Esse debate foi um 3 x 3, então os participantes se alternaram na mesa. Começaram falando de cosmologia, depois formação da terra, fósseis e por fim evolução. Basicamente uma retrospectiva da origem do universo até a origem do ser humano.

O problema desse tipo de coisa é que para o público leigo, fica a impressão de que os dois temas estão em pé de igualdade e não há um consenso entre especialistas sobre o assunto.

Mas em contrapartida, o Sacani foi mais confrontativo nesse debate. Ele colocou os criacionistas em saia justa quando propôs se reunir com eles e analisar todos os dados em conjunto, rodando modelos computacionais. E a esquiva dos Criacionistas acabou deixando claro que eles não tem nada realmente sério, só um monte de embromação.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 09:38 am
'Deus e a cosmologia' - Sean Carroll vs William Lane Craig
Resumo feito pelo ChatGPT:
________________________

Argumentos Principais de William Lane Craig:

1. Argumento Cosmológico de Kalam:
- Defende que, se o universo começou a existir, deve haver uma causa transcendente para sua existência.
- Aponta para evidências da expansão do universo e da termodinâmica como suporte para a ideia de que o universo teve um começo, corroborando a necessidade de uma causa inicial.

2. Ajuste Fino do Universo:
- Argumenta que o ajuste fino das constantes e condições iniciais do universo sugere design intencional, tornando a existência de Deus mais provável.
- Considera as alternativas ao design (necessidade física e acaso) como menos plausíveis diante das evidências.

3. Problema do Cérebro de Boltzmann:
- Critica as soluções naturalistas para o ajuste fino por não abordarem adequadamente o problema dos cérebros de Boltzmann, onde flutuações aleatórias em um multiverso gerariam observadores aleatórios em vez de um universo ordenado como o nosso.

4. Teísmo vs. Naturalismo:
- Sustenta que o teísmo oferece uma explicação mais completa para a origem e as condições do universo do que o naturalismo, que, segundo ele, falha em explicar a existência e as características do universo de maneira satisfatória.

5. Limitações do Naturalismo:
- Argumenta que o naturalismo, ao rejeitar causas transcendentes, não consegue abordar questões fundamentais, como por que o universo existe e por que começou a existir.


Argumentos Principais de Sean Carroll:

1. Cosmologia e Naturalismo:
- Argumenta que a cosmologia moderna oferece explicações naturais suficientes para o universo sem a necessidade de causas transcendentes ou divinas.
- Destaca que a física, em termos de leis naturais, descreve a evolução do universo sem necessidade de bagagem metafísica adicional.

2. Teorema BGV e o Início do Universo:
- Critica a interpretação de Craig do teorema BGV, argumentando que ele apenas indica que a descrição clássica do universo falha em algum ponto, não que o universo teve um início absoluto.
- Sugere que a gravidade quântica pode oferecer uma descrição completa do universo, potencialmente sem necessidade de um começo.

3. Ajuste Fino:
- Reconhece que o ajuste fino é um forte argumento teísta, mas sugere que ele pode ser uma ilusão, causada por nossa compreensão limitada do universo.
- Propõe que o naturalismo oferece uma explicação mais robusta, uma vez que modelos naturais podem prever os parâmetros observados sem invocar design intencional.

4. Multiverso:
- Refuta a ideia de que o multiverso implica em observadores aleatórios como cérebros de Boltzmann, afirmando que diferentes modelos do multiverso preveem diferentes proporções de observadores, o que é consistente com a ciência atual.

5. Impacto da Ciência no Teísmo:
- Argumenta que, historicamente, o avanço científico tem enfraquecido o teísmo, substituindo explicações teístas por explicações naturais, reduzindo assim a necessidade de Deus como base para a compreensão do universo.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 09:40 am
'É racional acreditar que Deus existe?' - Matt Dillahunty vs Sye Ten Bruggencate
Resumo gerado pelo ChatGPT:
__________________________

Principais Argumentos de Sye Ten Bruggencate:

1. Pressuposicionalismo: Acredita que é racional crer em Deus porque todos sabem intuitivamente que Deus existe. A negação de Deus reduz a visão de mundo ao absurdo.
2. Autoridade de Deus: Alega que a razão e a lógica são dependentes da existência de Deus, e sem Deus, não há base para o conhecimento ou verdade.
3. Rejeição de Evidências: Argumenta que evidências para a existência de Deus não são necessárias, porque todos já sabem que Deus existe. Deus é o juiz, não os seres humanos.
4. Absolutos Lógicos: Afirma que os absolutos lógicos (identidade, não contradição, terceiro excluído) só fazem sentido dentro da visão de mundo cristã.
5. Crítica ao Ceticismo: Desafia a capacidade de um ateu de saber qualquer coisa com certeza, especialmente em questões de realidade objetiva.
6. Teocracia: Expressa que uma teocracia cristã seria o melhor sistema de governo, baseado na autoridade divina.

Principais Argumentos de Matt Dillahunty:

1. Epistemologia e Certeza: Acredita que a certeza absoluta não é necessária para a ação e que agimos com base em crenças racionais, mesmo sem conhecimento absoluto.
2. Evidência e Racionalidade: Argumenta que acreditar em algo sem evidência ou com base em pressupostos não é racional. A razão deve ser guiada por evidências e verificações.
3. Círculo Vicioso: Reconhece que usar a razão para provar a validade da razão é circular, mas justificado enquanto produzir resultados consistentes com a realidade.
4. Crítica ao Pressuposicionalismo: Rejeita a ideia de que é necessário acreditar em Deus para ter uma base para o conhecimento ou a verdade, considerando-a uma falácia lógica.
5. Falácias e Limitações: Discute a importância de reconhecer as limitações do conhecimento humano e critica a alegação de certeza absoluta sem evidências verificáveis.
6. Realidade Objetiva: Defende que, embora possamos não provar certas coisas, a realidade objetiva é o padrão pelo qual as crenças devem ser avaliadas.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Mensagem por Gabarito »

Cinzu escreveu:
Sex, 16 Agosto 2024 - 10:06 am
Gabarito escreveu:
Qui, 15 Agosto 2024 - 09:38 am
'Deus e a cosmologia' - Sean Carroll vs William Lane Craig
Resumo feito pelo ChatGPT:
________________________


Esse tipo de debate é interessante de acompanhar para estimular a imaginação.
Mas fica difícil saber o que é realmente verdade, tanto de um lado, de outro, ou de qualquer lado.

Como e por que o universo veio a existir?

Que pergunta!

Não temos e talvez nunca tenhamos como responder a isso.
É certo que existe. Estamos aqui.

Mas será mesmo? E se tudo for ilusão?
Mesmo assim, sendo ilusão, é algo que existe: uma ilusão.


Uma parte da nossa dificuldade nisso tudo é a limitação que temos em entender e assimilar corretamente outro conceito: infinito.

Tanto o espaço infinito quanto o tempo infinito.

Ajuste Fino. Tudo bem, tudo acomodado para que exista vida. Mas e as infinitas possibilidades de outros universos, outras galáxias, outros sistemas?
No meio de infinitas possibilidades, "um macaco, diante de um teclado, num tempo infinito, escreveria a obra de Shakespeare".

Não conseguimos assimilar, englobar, abranger a compreensão do infinito. Isso é uma enorme limitação para entender tudo, ter uma visão macroscópica.


No meio de tudo isso, acho que o conceito mais importante, mais essencial de todo esse tipo de pensamento é o do verbo "existir".

O que é existir?
O que é não existir?
É algo que está dentrou ou fora do universo? É isso?

E o conceito do "nada"?

— O universo veio do nada.
— Ora, mas o que é o nada?


Enfim, são debates interessantes que estimulam a imaginação. E para por aí.
Ficaremos eternamente especulando, imaginando, elucubrando.
Pelo menos, vale pelo exercício mental, formação de cenários, análise de possibilidades.
Ou seja, alguma diversão.

Mas tem que ter uma certa dose de paciência com os proselitistas donos de verdades, também.
Eles costumam infestar esse tipo de debate.


Eu me considero agnóstico. Estou aberto a possibilidades.
Porque sei que pouquíssimo ou nada sei.
Seria muita presunção uma formiguinha saúva tentar explicar o que são motores de fusão nuclear a uma bancada de físicos.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Completando o pensamento acima, o nada não é o vácuo.

O vácuo está dentro do universo.
O nada não está.

O vácuo absoluto possui flutuações quânticas.
Ou seja, não é o nada.
E também tem delimitações.

O nada é um desafio mental.

O nada seria o mesmo que não existir?

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Gorducho
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Mensagem por Gorducho »

Eu me acostumei a pensar Ciência = modelos, e isso entronizou na m/cabeça. Então sempre tenho presente que modelos têm os limites de validade. Claro quié válido e recomendável especular desde que se tenha sempre presente, afixado no início do pensamento, quié ESPECULAÇÃO.
Caso típico de "antes" do Big Bang, claro. Ou mesmo o c/tudo contido n'1 singularidade do E-T.
Es decir: FORA de toda n/capacidade de modelizar confiavelmente (a partir de empiria, claro).
Sr. Gabarito escreveu:O nada é um desafio mental.

O nada seria o mesmo que não existir?
NADA funções potenciais da matemática.
Tem que ter 1 ref. do que se está a medir U = 0

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Gabarito escreveu:
Sex, 16 Agosto 2024 - 10:29 am
Ajuste Fino. Tudo bem, tudo acomodado para que exista vida. Mas e as infinitas possibilidades de outros universos, outras galáxias, outros sistemas?
Isto é antropocentrismo. A crença de que o universo é assim para que pudéssemos existir.
Já eu acho que somos uma consequência aleatória de o universo ser assim, não seu propósito.
Mesmo porque não há nenhuma garantia de que nossa espécie dure muito. Se ela extinguir, o universo ficaria sem função?

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gabarito escreveu:
Sex, 16 Agosto 2024 - 10:29 am
Esse tipo de debate é interessante de acompanhar para estimular a imaginação.
De acordo. A experiência do exame reflexivo e crítico na íntegra é mais proveitoso. Resumos não são capazes de captar as nuances; embora eu ainda os ache válidos como forma de contextualização do tema.

Gabarito escreveu:
Sex, 16 Agosto 2024 - 10:46 am
O nada é um desafio mental.

O nada seria o mesmo que não existir?
Outro dia assisti a um cego argumentando que as pessoas possuem dificuldade de compreender o significado de "não enxergar nada".
Muitos imaginam que o cego "enxerga uma tela preta", semelhante ao que nós enxergamos quando fechamos os olhos. Mas isso é falso, pois essa "tela preta" ainda assim é resultado de uma percepção mental e que só existe porque em momentos anteriores estivemos enxergando algo.
Para imaginarmos o que o cego enxerga, podemos tentar imaginar o que a nossa barriga enxerga. Ou seja: NADA! É uma pergunta que sequer faz sentido.

Obs.: o cego explicado acima é o cego completo. Pois há graus de cegueira que recebem pequenos estímulos visuais e são capazes de diferenciar ambientes iluminados de ambientes escuros.

Gabarito escreveu:
Sex, 16 Agosto 2024 - 10:29 am
Como e por que o universo veio a existir?
Esse é um questionamento que no meu ponto de vista deve ser mandatório a qualquer descrente em algum momento.
E um dos principais problemas dessa pergunta é que ela já parte de um pressuposto: a premissa o de que o universo veio a existir.

Os teístas adicionam uma divindade ao raciocínio para então justificarem que essa incógnita (Deus) é eterna.
Bem, se for para supor que existe um Deus eterno... Pelo princípio da parcimônia, seria mais simples apenas supor que o universo é que é eterno.

Dessa forma, pelo menos diminuiríamos uma das incógnitas no problema.

Gorducho escreveu:
Sex, 16 Agosto 2024 - 11:05 am
NADA ⬄ funções potenciais da matemática.
Não seria a matemática também uma invenção humana?

Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Agosto 2024 - 11:15 am
Isto é antropocentrismo. A crença de que o universo é assim para que pudéssemos existir.
Já eu acho que somos uma consequência aleatória de o universo ser assim, não seu propósito.
As coisas parecem ter sentido justamente porque são como a conhecemos.

Os habitantes da planolândia não compreendem o que é a terceira dimensão, pois está além de suas percepções.
E de forma semelhante, nós também não compreendemos aquilo que está além do que a nossa percepção conhece.

Carl Sagan e a planolândia

youtu.be/pLqi0EKHVRQ

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Gorducho
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Mensagem por Gorducho »

Sr.Cinzu escreveu:Não seria a matemática também uma invenção humana?
Só fiz 1 analogia – c/todas limitações que analogias têm, claro.
Es decir: NADA tem que ser relativo a algo mensurável. Aliás isso foi analisado poucos dias atrás lá no RéV. Tem que necessariamente ter as referências
  • definindo O QUE se vai medir;
  • COMO se vai medir.
Daí que o NADA sempre é caso particular. Não tem sentido NADA de NADA.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Trecho da gravação do debate sobre Deus ocorrido em 1948 entre Bertrand Russell e Frederick Copleston.


youtu.be/PGh8MT8VsgI

Chama a atenção que a conclusão do debate foi simplesmente de que sem um consenso sobre as premissas, alongar o debate é infrutífero. Deste modo, os debatedores apenas concordam em passar para o tema seguinte.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cinzu escreveu:
Sex, 06 Setembro 2024 - 01:02 am
Trecho da gravação do debate sobre Deus ocorrido em 1948 entre Bertrand Russell e Frederick Copleston.

Chama a atenção que a conclusão do debate foi simplesmente de que sem um consenso sobre as premissas, alongar o debate é infrutífero. Deste modo, os debatedores apenas concordam em passar para o tema seguinte.
Um debate entre católicos e protestantes tem a Bíblia como premissa aceita pelos dois lados.

Mas, se um aceita e o outro não, a coisa fica difícil. Usar a razão e os fatos não funciona com quem tem fé.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

fenrir
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Mensagem por fenrir »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 06 Setembro 2024 - 09:46 am
Cinzu escreveu:
Sex, 06 Setembro 2024 - 01:02 am
Trecho da gravação do debate sobre Deus ocorrido em 1948 entre Bertrand Russell e Frederick Copleston.

Chama a atenção que a conclusão do debate foi simplesmente de que sem um consenso sobre as premissas, alongar o debate é infrutífero. Deste modo, os debatedores apenas concordam em passar para o tema seguinte.
Um debate entre católicos e protestantes tem a Bíblia como premissa aceita pelos dois lados.

Mas, se um aceita e o outro não, a coisa fica difícil. Usar a razão e os fatos não funciona com quem tem fé.
Não me parece que possa haver qualquer debate quando os lados se empenham em defender dogmas, artigos de fé.
Essas coisas nao se discutem. Quem cre nelas as aceita tal e qual e ponto final, nao importa se sejam ridiculas ou ilogicas.
Pra mim a coisa se parece com uma lado dizendo "voces estao errado porque maças sao azuis e nao vermelhas" e o outro dizendo "voces é que estao errados, porque laranjas nao sao esfericas e sim cubicas"

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Richard Dawkins entrevista a criacionista Wendy Wright


youtu.be/LMwnqfIw18s
10.509 visualizações 19 de jul. de 2015

Esta foi a entrevista feita pelo biólogo evolucionista Richard Dawkins à Wendy Right, ex presidente da " Concerned Women for America".

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Debate Legendado acerca da moral objetiva e Deus com William Lane Craig x Shelly Kagan parte 1 de 5


youtu.be/JrfgVdd1Z3k

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Parte 2 de 5 do debate entre William Lane Craig x Shelly Kagan acerca da moralidade objetiva e Deus


youtu.be/1qqPL89DGq8

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Parte 3 de 5 do Debate entre William Lane Craig x Shelly Kagan acerca da moralidade objetiva e Deus.


youtu.be/gYGlGLAowE8

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Parte 4 de 5 do debate entre William Lane Craig x Shelly Kagan


youtu.be/w5PIwnP-d1k

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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William Lane Craig x Shelly Kagan


youtu.be/78w5Jx2Fsks

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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debate "Lawrence Krauss x William Lane Craig" legendado


youtu.be/HX6y-N0hF5Q
59.413 visualizações 13 de jun. de 2015

debate ocorrido em Sidney na Austrália, entre o Professor e físico teórico Lawrence Krauss e o filósofo e teólogo William Lane craig, o tema do debate foi "A ciência enterrou deus?"

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Parte de um debate entre um ateu e um crente.
C) "Razão" e "evidências" são algo sujeito a interpretação e muitas das discussões entre cientistas são a respeito de como interpretar as evidências.

A) Sim e não. De modo geral, cientistas e filósofos concordam sobre o que são razão e evidências.
Sim, cientistas podem discordar sobre coisas específicas, mas isto é uma virtude, não uma fraqueza. A gente tenta se aproximar da verdade através de discordâncias racionais. E, importante, não há nada assim quando se trata de religiões.

C) A lógica é um processo dedutivo, mas a ciência é um processo indutivo - e uma inferência não serve como "prova".

A) Ciência não é sobre provas, mas sobre probabilidades. A lógica é tanto dedutiva como indutiva. Não estamos limitados à lógica aristotélica clássica. De novo, a religião não tem nada melhor a oferecer.

C) Tudo o que a ciência faz (e isto não é trivial) é desenvolver modelos matemáticos que tanto levam em conta como preveem, com um alto grau de precisão numérica, fenômenos que podem ser acuradamente quantificados. Há muitos fenômenos que não são facilmente quantificados.

A) De acordo, mas nem tudo na ciência funciona do mesmo jeito que a física. Muito da biologia e das ciências sociais não é matemático, embora usem com frequência ferramentas estatísticas. E, de novo, a religião não tem nada melhor a oferecer.

C) Pessoas religiosas não são burras.

A) Ninguém disse que eram. Mas até mesmo pessoas muito inteligentes podem estar profundamente erradas.

C) Newton, Galileu e muitos outros eram religiosos e sabiam racionalizar a partir das evidências.

A) Sim, mas isto foi séculos atrás. Pesquisas mostram que mais de 90% dos grandes cientistas atuais (ou seja, os que são membros da Academia Nacional, por exemplo), são ateus.

C) Todos os sistemas lógicos dependem de axiomas e todo raciocínio (processo cerebral) depende de premissas sobre o mundo.

A) Certamente, e é assim, em parte, que a ciência progride. Não há este tipo de progresso na religião.

C) Tenho uma posição pragmática: todas as crenças e atitudes são válidas se me ajudarem a lidar com a vida e deixam de ser válidas em caso contrário.

Funciona num nível pessoal, mas a ciência é um empreendimento social. Ela se interessa por aquilo que é verdade (no sentido de até onde podemos perceber), não apenas aquilo que funciona. O efeito placebo "funciona", até certo ponto, mas seria errado confundi-lo com uma cura.
https://figsinwinter.medium.com/the-two ... addf984876

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Debate: Santo Tomás provou a existência de Deus? Paulo Kogos x Hindemburg


youtu.be/VJeVA-QWGCg

No debate, Paulo Kogos sustenta a existência do Deus cristão a partir das cinco vias de São Tomás de Aquino.

Hindemburg Melão Jr., por outro lado, contesta. Sua crítica concentra-se principalmente na fragilidade das premissas do argumento de São Tomás, que não se baseiam em evidências observadas pela física moderna. Portanto, não serviriam como axiomas consistentes o suficiente para serem usados na metafísica.

Off_topic:
Hindemburg Melão Jr. já produz conteúdo de diversos tipos na internet há muito tempo. Houve uma época em que ele participava com certa frequência de fóruns de debates, inclusive com passagens pelo antigo Clube Cético. Ele costumava usar nomes fictícios. Um dos nicks que me recordo que dele já ter usado era Hick Nax. Porém, não me lembro se foi este o nick que ele usou no Clube Cético.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cinzu escreveu:
Qui, 27 Março 2025 - 21:12 pm
Debate: Santo Tomás provou a existência de Deus? Paulo Kogos x Hindemburg

No debate, Paulo Kogos sustenta a existência do Deus cristão a partir das cinco vias de São Tomás de Aquino.

Hindemburg Melão Jr., por outro lado, contesta. Sua crítica concentra-se principalmente na fragilidade das premissas do argumento de São Tomás, que não se baseiam em evidências observadas pela física moderna. Portanto, não serviriam como axiomas consistentes o suficiente para serem usados na metafísica.
As 5 "provas" de Tomás de Aquino são, no máximo, 5 argumentos a favor de que não podemos descartar a hipótese da existência de Deus.

Um texto de Acauan Guajajara sobre o assunto:
Sobre as Provas Metafísicas da Existência de Deus

Por Acauan

É recorrente em debates entre religiosos e ateus a citação por parte dos religiosos das chamadas provas metafísicas da existência de Deus, geralmente As Cinco Vias propostas por Sto. Tomás de Aquino, citação frequentemente acompanhada de um desafio à refutação ou alguma referência insultuosa à inteligência do interlocutor ateu por ousar não crer no que estaria tão definitivamente provado.

Também é recorrente em debates minimamente informados sobre a História das Idéias que o ateu cite as contestações à metafísica de Kant e Husserl, nominalmente ou não, recebendo as réplicas esperadas que por sua vez também podem ser postas em dúvida. Em seu status quaestionis o debate é inconclusivo e terminam as partes acreditando naquilo que optaram por acreditar.

Já nos debates de Internet, geralmente orientados pelo que responde a primeira página do Google sobre o tema em discussão, se nota que as citações disponíveis sobre as provas metafísicas são postas e rebatidas sem deixar claro se a lógica do debate é compreendida em seus princípios básicos.

O primeiro ponto que raramente vejo discutido nestes debates é o significado e abrangência do conceito de prova.
Provar uma afirmação é apresentar evidências e argumentos que demonstrem sua veracidade, com um grau de certeza suficiente para desacreditar os argumentos e evidências que propõem que a afirmação seja falsa.

Como uma prova é constituída de evidências e argumentos, a abrangência da prova é limitada à abrangência dos argumentos e evidências que a constituem.
Quanto mais abrangente é o que se intenciona provar, mais abrangentes devem ser as evidências e argumentos usados como prova, ou seja, a prova vale até onde sabemos válidos seus argumentos e evidências.

Assim, as únicas provas absolutas conhecidas são as matemáticas, uma realidade abstrata na qual a abrangência da prova contém o que se pretende provar sem incertezas ou possibilidades alternativas.

A metafísica por sua vez estuda a realidade concreta que percebemos visando uma compreensão de sua estrutura e funcionamento que nos permita tirar conclusões sobre aspectos desta realidade situados além de nossa percepção.

Obviamente, qualquer prova metafísica só é válida dentro da abrangência da metafísica, ou seja, até onde admitimos as premissas da metafísica como verdadeiras, sendo suas premissas essenciais tomadas da hipótese de que a realidade concreta é necessariamente coerente, isenta de absurdos e apreensível pela razão humana.

Na metafísica parte-se de um conhecimento e experiência finitos, tomando-se por verdadeiro que tal finito represente uma amostra significativa do total absoluto da realidade e, baseado em tal confiança, tira-se conclusões de abrangência infinita, como as provas da existência de Deus. Ou seja, a metafísica, tira conclusões sobre o todo a partir do que sabe sobre a parte.

Na matemática é perfeitamente correto tirar conclusões sobre o infinito a partir do finito. Não importa que a circunferência tenha infinitos pontos, bastam três pontos para definir exatamente todos os demais infinitos pontos constituintes.

A metafísica faz sentido para explicar uma realidade criada e mantida por uma racionalidade divina, o que torna esta realidade específica uma premissa metafísica e implica que conclusões metafísicas sobre a veracidade da ordem racional divina da realidade caem em petição de princípio.

É importante lembrar que nas Cinco Vias Sto. Tomás de Aquino não conclui diretamente pela existência de Deus e sim que a realidade observada necessita de certos elementos para sustentar sua coerência racional e associa estes elementos "ao que chamamos Deus", nas palavras do filósofo.

Pode-se dizer que as Cinco Vias não provam a existência de Deus e sim que apresentam a "hipótese Deus" como explicação racionalmente sustentável para a coerência do cosmo.

A "hipótese Deus" como apresentada pela metafísica não se configura como prova de existência por não eliminar outras hipóteses e por só ser válida dentro das premissas estritas de que a coerência cósmica tida como verdadeira pela metafísica seja um fato e não uma interpretação do observador humano.
Também não se sustenta como demonstração de veracidade da afirmação "Deus existe" e sim como solução teórica para o problema da racionalização da existência de Deus, pois demonstrar em tese que a existência de um suposto ser explicaria determinados fatos não implica que este ser de fato exista.

Esta questão não passou despercebida a Sto. Tomás de Aquino, que declarou explicitamente a superioridade do ontológico sobre o lógico ao criticar o argumento de Sto. Anselmo, que propunha provar a existência de Deus com um argumento que, em última instância, se revela apenas um jogo de palavras.

Provar entidades infinitas só é possível em uma realidade matemática ou similar à matemática, na qual as propriedades de uma fração finita são idênticas às propriedades do todo infinito.
Em qualquer outra realidade em que esta lei não seja válida, qualquer fração finita é insignificante diante do todo infinito e, portanto, nenhuma prova cujas evidências e argumentos estejam contidos nesta fração terão abrangência suficiente para demonstrar a veracidade do todo infinito que pretendem provar.

No mais, a razão mais elementar entende que o autoevidente dispensa prova.

Com o justo reconhecimento à sabedoria de Sto. Tomás de Aquino, todo o mais para além do autoevidente só encontra provas absolutas na Fé pessoal.

Re: Debates de alto nível entre estudiosos teístas e ateístas

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 28 Março 2025 - 09:05 am
Cinzu escreveu:
Qui, 27 Março 2025 - 21:12 pm
Debate: Santo Tomás provou a existência de Deus? Paulo Kogos x Hindemburg

No debate, Paulo Kogos sustenta a existência do Deus cristão a partir das cinco vias de São Tomás de Aquino.

Hindemburg Melão Jr., por outro lado, contesta. Sua crítica concentra-se principalmente na fragilidade das premissas do argumento de São Tomás, que não se baseiam em evidências observadas pela física moderna. Portanto, não serviriam como axiomas consistentes o suficiente para serem usados na metafísica.
As 5 "provas" de Tomás de Aquino são, no máximo, 5 argumentos a favor de que não podemos descartar a hipótese da existência de Deus.

Um texto de Acauan Guajajara sobre o assunto:
Sobre as Provas Metafísicas da Existência de Deus

Por Acauan

É recorrente em debates entre religiosos e ateus a citação por parte dos religiosos das chamadas provas metafísicas da existência de Deus, geralmente As Cinco Vias propostas por Sto. Tomás de Aquino, citação frequentemente acompanhada de um desafio à refutação ou alguma referência insultuosa à inteligência do interlocutor ateu por ousar não crer no que estaria tão definitivamente provado.

Também é recorrente em debates minimamente informados sobre a História das Idéias que o ateu cite as contestações à metafísica de Kant e Husserl, nominalmente ou não, recebendo as réplicas esperadas que por sua vez também podem ser postas em dúvida. Em seu status quaestionis o debate é inconclusivo e terminam as partes acreditando naquilo que optaram por acreditar.

Já nos debates de Internet, geralmente orientados pelo que responde a primeira página do Google sobre o tema em discussão, se nota que as citações disponíveis sobre as provas metafísicas são postas e rebatidas sem deixar claro se a lógica do debate é compreendida em seus princípios básicos.

O primeiro ponto que raramente vejo discutido nestes debates é o significado e abrangência do conceito de prova.
Provar uma afirmação é apresentar evidências e argumentos que demonstrem sua veracidade, com um grau de certeza suficiente para desacreditar os argumentos e evidências que propõem que a afirmação seja falsa.

Como uma prova é constituída de evidências e argumentos, a abrangência da prova é limitada à abrangência dos argumentos e evidências que a constituem.
Quanto mais abrangente é o que se intenciona provar, mais abrangentes devem ser as evidências e argumentos usados como prova, ou seja, a prova vale até onde sabemos válidos seus argumentos e evidências.

Assim, as únicas provas absolutas conhecidas são as matemáticas, uma realidade abstrata na qual a abrangência da prova contém o que se pretende provar sem incertezas ou possibilidades alternativas.

A metafísica por sua vez estuda a realidade concreta que percebemos visando uma compreensão de sua estrutura e funcionamento que nos permita tirar conclusões sobre aspectos desta realidade situados além de nossa percepção.

Obviamente, qualquer prova metafísica só é válida dentro da abrangência da metafísica, ou seja, até onde admitimos as premissas da metafísica como verdadeiras, sendo suas premissas essenciais tomadas da hipótese de que a realidade concreta é necessariamente coerente, isenta de absurdos e apreensível pela razão humana.

Na metafísica parte-se de um conhecimento e experiência finitos, tomando-se por verdadeiro que tal finito represente uma amostra significativa do total absoluto da realidade e, baseado em tal confiança, tira-se conclusões de abrangência infinita, como as provas da existência de Deus. Ou seja, a metafísica, tira conclusões sobre o todo a partir do que sabe sobre a parte.

Na matemática é perfeitamente correto tirar conclusões sobre o infinito a partir do finito. Não importa que a circunferência tenha infinitos pontos, bastam três pontos para definir exatamente todos os demais infinitos pontos constituintes.

A metafísica faz sentido para explicar uma realidade criada e mantida por uma racionalidade divina, o que torna esta realidade específica uma premissa metafísica e implica que conclusões metafísicas sobre a veracidade da ordem racional divina da realidade caem em petição de princípio.

É importante lembrar que nas Cinco Vias Sto. Tomás de Aquino não conclui diretamente pela existência de Deus e sim que a realidade observada necessita de certos elementos para sustentar sua coerência racional e associa estes elementos "ao que chamamos Deus", nas palavras do filósofo.

Pode-se dizer que as Cinco Vias não provam a existência de Deus e sim que apresentam a "hipótese Deus" como explicação racionalmente sustentável para a coerência do cosmo.

A "hipótese Deus" como apresentada pela metafísica não se configura como prova de existência por não eliminar outras hipóteses e por só ser válida dentro das premissas estritas de que a coerência cósmica tida como verdadeira pela metafísica seja um fato e não uma interpretação do observador humano.
Também não se sustenta como demonstração de veracidade da afirmação "Deus existe" e sim como solução teórica para o problema da racionalização da existência de Deus, pois demonstrar em tese que a existência de um suposto ser explicaria determinados fatos não implica que este ser de fato exista.

Esta questão não passou despercebida a Sto. Tomás de Aquino, que declarou explicitamente a superioridade do ontológico sobre o lógico ao criticar o argumento de Sto. Anselmo, que propunha provar a existência de Deus com um argumento que, em última instância, se revela apenas um jogo de palavras.

Provar entidades infinitas só é possível em uma realidade matemática ou similar à matemática, na qual as propriedades de uma fração finita são idênticas às propriedades do todo infinito.
Em qualquer outra realidade em que esta lei não seja válida, qualquer fração finita é insignificante diante do todo infinito e, portanto, nenhuma prova cujas evidências e argumentos estejam contidos nesta fração terão abrangência suficiente para demonstrar a veracidade do todo infinito que pretendem provar.

No mais, a razão mais elementar entende que o autoevidente dispensa prova.

Com o justo reconhecimento à sabedoria de Sto. Tomás de Aquino, todo o mais para além do autoevidente só encontra provas absolutas na Fé pessoal.
Atenção para o trecho da citação acima: "(...) sendo suas premissas essenciais tomadas da hipótese de que a realidade concreta é necessariamente coerente, isenta de absurdos e apreensível pela razão humana". Esse é um problema sério, pois não existe qualquer razão para acreditarmos que o "apreensível pela razão humana" é algo que sempre esteja na essência do Universo. O físico Richard Feynman já disse: "Se você acha que entendeu a física quântica, é porque você não entendeu". Fenômenos quânticos que desafiam a veracidade de proposições da metafísica de Tomás de Aquino ("todo efeito tem uma causa definida correspondente", "do nada, nada vem", etc.) podem ser matematicamente descritos e experimentalmente confirmados, mas sua compreensão conceitual completa escapa até mesmo às mentes mais brilhantes.
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