Separatismo no Brasil

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Separatismo no Brasil

nuker
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Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Resolvi fazer este tópico porque ultimamente andei assistindo vídeos de um cigano vidente, sim, cigano vidente. Se chama Iago. Assim, eu não acredito piamente em profecias, mas quando vejo alguém acertando muitas de suas próprias previsões, começo a entender que pode haver algo de verdadeiro por detrás das previsões desta pessoa (no caso dele ele tem acertado muito em relação aos fenômenos climáticos). Mas o que importa aqui não é a vidência em si, mas a possibilidade em, diante da atual situação política, se caso haja o caos e o Brasil se divida em dois ou mais países independentes.

Pessoalmente sou contra esse negócio de separatismo porque seria uma baita derrota ao Brasil diante do mundo inteiro e porque, fragmentado, cada parte fragmentada teria menos recursos para explorar e dependeria mais de recursos estrangeiros. Portanto prefiro um Brasil grande, só que com uma gestão mais descentralizada, com departamentos que governem de acordo com a realidade de cada estado ou região, e não um governo centralizado que trate todos os estados de forma igual. Fora ainda o impacto que isso teria na sociedade, brasileiro ficaria ainda mais contra outro brasileiro, a discriminação aumentaria. Famílias se fragmentando por causa desse tipo de rivalidade. O preconceito iria às alturas.

Primeiramente, o vídeo em questão, sobre o assunto:


youtu.be/X0n8kit6RI0
Neste vídeo se sugere esperança ao Brasil, mas o que vejo é uma catástrofe (por causa do separatismo).

Segundo Iago, o Brasil vai se dividir em 3 ou 4. Pelo o que ele disse, deu a entender que o Sul vai se tornar um novo país. São Paulo se tornará outro. O Nordeste (provavelmente junto com o Norte) será tomado pelo comunismo. Já o restante (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ficará nas mãos dos militares. Então temos que haverá uma república sulista, uma república paulistana, uma república comunista e uma república militar. Em outro vídeo anterior ao citado, o Iago disse algo diferente, que o Sudeste e Sul formariam um novo país e que seria uma monarquia, enquanto o resto seria tomado pela esquerda bolivariana. Como são previsões controversas, resolvi tratar isso mais como uma questão de possibilidade do que de "algo que certamente vai acontecer". Segundo Iago, essa separação aconteceria por causa de uma guerra civil e que segundo ele, haveria no Sul um levante de separatistas (começando em Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Ele mesmo disse que deseja a separação do Sul em uma live dele, por sinal...


youtu.be/svyrYjUeme8
O outro vídeo em que ele fala que Sul e Sudeste se juntariam num novo país.

Além disso ele fala outras coisas, como que os EUA vai ser atingido por 2 bombas atômicas que vão destruir a Califórnia e sobre França ser invadida por Espanha, Alemanha e Itália.

Bem, sabemos que agora existe o Foro de Curitiba (de direita), oposto ao Foro de São Paulo (de esquerda). Grande parte da população sulista deseja se separar do Brasil. Isso já é sinal de rebelião.

Agora vamos à discussão... Caso fosse inevitável a fragmentação do Brasil, qual seria a melhor configuração?

Pra mim, apesar de eu já ter dito que não apoio esse tipo de coisa, se isso fosse inevitável, então preferiria o Brasil se separar em 2 apenas. Não norte e sul, mas algo diferente disso.

Vou mostrar no mapa abaixo como poderia ser essa divisão, de forma que houvesse um mínimo de perdas em recursos naturais para o Brasil do Sul (o que vai prestar). O outro que se dane...

Imagem
Mapa do Brasil sem ser tomado por potências.

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Mapa do Brasil incluindo as partes tomadas pelos EUA e China.

É assim... Na minha sugestão (lembre-se, apesar de eu não apoiar esse tipo de coisa), teríamos 2 brasis:

O monarquista, que pegaria o Sul, a maior parte do Sudeste, a maior parte do Centro-Oeste e metade oeste do Norte (34 estados).

O socialista, que pegaria parte do Sudeste, o Nordeste, parte do Centro-Oeste e metade leste do Norte (25 estados).

Os estados em verde são os em que é provável que sejam tomados pelos EUA, caso o Brasil monarquista não se recuperasse economicamente. Os estados em amarelo são os em que a China tomaria caso o Brasil socialista não conseguisse se desenvolver bem economicamente. Mas porquê o mapa tem mais estados? Porque entendo que, uma vez caso ocorresse a fragmentação do Brasil, isso seria uma tendência até 2100. Os dois brasis necessitariam ter estados menores e governos mais descentralizados, para compensar toda a perda econômica causada por uma guerra civil. Teríamos então 2 brasis cujos ambos teriam sua própria parte da Amazônia. Se o Brasil se dividisse em sul e norte, a parte sul ficaria sem a floresta, então para que a parte sul também tivesse a floresta, a divisão teria que ser diferente. Tem um livro que sugere o Rio de Janeiro fazendo parte de um Brasil Socialista. Deus me livre!

Essa divisão também reflete o quanto a população em cada parte apoia ou não o socialismo. O grosso da população nordestina e nortista (mais para o Pará, Amapá e Tocantins) é mais para a esquerda, enquanto o grosso da população nortista no resto da região Norte é mais para a direita (na direção do Amazonas). Se houvesse essa fragmentação, o norte mineiro seria parte do Brasil Socialista, já que o grosso da população nesta parte é mais voltada para a esquerda e é mais voltada à cultura baiana do que mineira. É até capaz que de início o norte mineiro e Bahia se fundissem. O mesmo para o estado de Goiás (quanto mais para o norte, mais esquerdista é) com Tocantins e com a parte do Mato Grosso que fosse tomada pelos socialistas. No extremo norte brasileiro, Rondônia e Amapá estão desse jeito porque é como acho que deveriam ser.

Esses novos estados, fruto de uma necessária descentralização do poder econômico, ajudaria a recuperar e acelerar o desenvolvimento econômico dos novos brasis.

Brasília é um caso especial, ela seria partida e teríamos 2 brasílias. A Esplanada dos Ministérios seria partida ao meio incluindo o congresso nacional. De um lado teríamos uma esplanada progressista e do outro lado uma conservadora. Brasília no início da guerra civil se transformaria numa arena e como não teria mais condições para continuar sendo capital federal, com o tempo se tornaria uma cidade fantasma, abandonada, com prédios de governo caindo aos pedaços e com vegetação infiltrada neles. Aos poucos a cidade seria engolida pela vegetação, enquanto apenas alguns poucos, sem condições para ir a outro lugar, permaneceriam morando lá. Poderia acabar sendo dividida por um muro como ocorreu em Berlim e mais no futuro virar uma cidade rural cuja atração turística são ruínas do que foi um dia um brasil unificado, uma distante memória.

Com relação às novas capitais federais... Com o fim de Brasília, de início a capital do Brasil Monarquista seria o Rio de Janeiro, enquanto a do Brasil Socialista seria Recife. Com o tempo isso mudaria. No contexto do Brasil Monarquista, como tal seria uma monarquia, o Rio de Janeiro seria a capital onde o monarca teria sua influência, enquanto São Paulo seria a capital econômica e Curitiba a capital administrativa. Já no Brasil Socialista, haveria uma única capital no interior, Petrolina, em um novo estado criado (Sertão), para que tal cidade se tornasse capital. Seria um lugar perfeito, pois está no meio do sertão banhada pelo Rio São Francisco, permitindo ligação de estradas com várias outras capitais a partir dali, como se fosse um ponto no meio de um círculo ligado através de linhas até a extremidade de tal círculo. Petrolina também seria um grande centro industrial.

Curitiba então seria a capital oficial do Brasil Monarquista e Petrolina a do Brasil Socialista. Brasil Monarquista estaria alinhado aos EUA e Europa. Brasil Socialista à China e Rússia.

Caso os EUA tomassem a parte em verde do mapa, haveria um novo país cuja capital seria Manaus. Caso a China tomasse a parte em amarelo, um novo país cuja capital seria Belém.

Quem vivesse no Brasil Monarquista pagaria menos impostos, pois não teria que pagar imposto para sustentar o Nordeste e parte do Norte, além de poder desfrutar de maior liberdade de expressão e de propriedade, fora que não haveria mais Brasília, então o Estado acabaria tendo uma influência menor na sociedade. Já quem vivesse no Brasil Socialista, meu rapaz, seria mais inteligente fugir dali para o sul o mais rápido possível, porque aquilo é bem capaz de acabar virando uma Venezuela da vida, já que um governo socialista tende a ser sempre autoritário... E pior é que segundo o que o Iago disse, haverão muros separando os brasis que irão surgir, então é provável que a maioria que vive fora do sul não vai conseguir migrar a tempo pra lá, em maior parte por causa do colapso econômico que ocorrerá durante a guerra civil, se haver uma, claro.

Isso é cenário para uma distopia. Se ocorrer guerra civil, segundo Iago, então viveremos em uma distopia brasileira. Se bem que na verdade JÁ ESTAMOS, por causa de 11 pessoas trajadas de preto...

Alguém aqui tem uma convicção ideal em como o Brasil deveria ser fragmentado, se ocorresse uma guerra civil que tornasse isso inevitável?

Dica: Não caiam na armadilha do separatismo, porque é justamente o que as grandes potências mundiais querem!

Alguns vídeos sobre o assunto:


youtu.be/Mfm9nJ-moKg

youtu.be/D-eZKnReVug

youtu.be/X6ghXP1tgW0

youtu.be/7qih7D5hZt8

Re: Separatismo no Brasil

nuker
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É de interesse das grandes potências que o povo brasileiro se mantenha desunido, para que assim o Brasil continue sendo um país fraco e submisso ao estrangeiro.

Se haver separatismo, isso só vai piorar muito mais para nós e será muito bom para eles.

Re: Separatismo no Brasil

nuker
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Mensagem por nuker »

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Eis um livro que fala do assunto. Só não concordei com a maneira como tal fez a separação, ao incluir MG, ES e RJ no lado socialista, além de deixar o grosso da Amazônia com os socialistas. Um brasil socialista deveria só pegar o nordeste, parte da região norte e não muito mais do que isso. A região Sudeste é importante demais para cair nas garras do socialismo, por sinal.

Descrição: Em 2017, o Brasil estava passando por sérios problemas em sua política. No ano anterior, houve o impeachment da Presidente Dilma e o Governo do Presidente Temer era permeado por discordâncias, por irregularidades e também com várias reformas na legislação. Reformas contrárias aos interesses dos trabalhadores. Diante de quadro caótico na Política, o autor viu a oportunidade de criar um enredo, uma crônica em cima destes fatos, dessa realidade. O autor narra nesta crônica a possível realidade diante dos ideais Neoliberais e dos ideais Socialistas. Diante de um impasse político de uma eleição conturbada, provocativa e, também, postergada, os dois lados (situação e oposição) chegam a um acordo de governabilidade. Resolvem dividir o território nacional em dois países, segundo os resultados estaduais do escrutínio. (o autor utilizou-se do escrutínio das eleições de 2014 como parâmetro). Uma vez dividido o Brasil, o Brasil do Sul passa a ser governado por um Presidente Neo-Liberal (que não havia ganhado as eleições), onde as práticas governamentais estão baseadas no ideário Liberal, a saber, redução drástica do poder do Estado enquanto economia, onde o Capital passa a ser o fundamento das suas ações políticas. Por outro lado, o Brasil do Norte passa a ser governado por um Presidente Socialista (que havia ganhado as eleições, mas não tomou posse), com a aplicação das práticas socialistas em todas as esferas de Governo. O emprego e a Educação foram fortemente incentivadas, a renda nacional foi distribuídas. Como era uma nação em formação, seu Presidente e seus Ministros implantaram as práticas socialistas como fundamento do seu Governo.

O "Brasil do Sul" nem deveria ser neoliberal, mas uma espécie de capitalismo desenvolvimentista.

Re: Separatismo no Brasil

nuker
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Para deixar claro, sou contra esse negócio de separatismo, porque isso resultaria em várias republiquetas pobres que teriam ainda menos chance em se desenvolver, haveria menor força por parte delas contra influências estrangeiras, especialmente EUA e China, a sociedade brasileira ficaria ainda mais fragmentada e poderia resultar em conflitos entre os novos países. As únicas partes que iriam se beneficiar com isso talvez fossem a dos estados do sul e sudeste, mas o resto só teria grandes prejuízos e mesmo estas partes que teriam um suposto benefício perderiam acesso aos recursos e fazendas das outras. No fim das contas, não daria certo.

Re: Separatismo no Brasil

nuker
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Mensagem por nuker »

Aqui vai outra versão em como o Brasil poderia se fragmentar, baseada nas atuais configurações de fronteiras.

Tenham em mente que para mim este cenário está muito longe de ser o ideal, já que teríamos várias republiquetas fracas e mais suscetíveis às influências estrangeiras.

Esta divisão que fiz foi a que achei a menos pior em um cenário em que o Brasil se partisse em vários países.

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Neste cenário teríamos um brasil ainda mais fragmentado, mas ainda diferente das atuais propostas separatistas.

Pindorama (República Globalista): Um país majoritariamente indígena, cuja economia seria agrária e pesqueira, industrializado em algumas partes. Grande abundância de recursos naturais para explorar e extrair. Porém, seria altamente suscetível a influências estrangeiras e portanto poderia acabar como uma área internacional governada pela ONU. Por outro lado, como a maior parte do território é floresta e rios, se as forças armadas forem eficientes e em grande número, e como é uma região de difícil acesso a veículos como tanques de guerra, isso poderia garantir a soberania do país. Para fortalecer esta soberania, teria que ter alianças com potências aliadas à Colômbia, Venezuela e Peru e teria relação diplomática e comercial mais próxima com Santa Cruz e Araguaia. O exército seria formado por soldados e indígenas nativos através de parcerias e acordos capitais. Como a população é pequena, haveria necessidade de uma política para atrair imigrantes em massa.

Santa Cruz (República Socialista): Um país formado por uma maioria mestiça e teria um governo socialista coronelista. Existem pequenos centros industriais, mas se for construído um ou mais grandes centros industriais, sobretudo no interior, onde a poluição não seria uma grande preocupação por se tratar de caatinga, este país poderia ter uma economia mais similar à da China, com várias estatais de grande porte, mas por outro lado havendo um aspecto capitalista sobretudo voltado ao turismo e outros serviços sociais. Este país teria relação diplomática e comercial com Pindorama e teria grandes relações com países socialistas e autoritários como China, Cuba, Rússia e Irã, teria uma cultura fortemente progressista e voltada a uma economia socialista. O exército seria improvisado, formado por cangaceiros, coronéis e milicianos. Seria um exército fraco e desorganizado, como o boliviano e o venezuelano. Com relação às políticas migratórias, por causa do progressismo, haveria maior tolerância com imigrantes.

Araguaia (República Sertaneja): Um país que seria governado por grupos de fazendeiros, de economia agrária. Há grande espaço para construir polos industriais, portanto há potencial para um grande desenvolvimento industrial voltado ao desenvolvimento agrário. Poderiam existir comunidades agrárias que adotariam um estilo de vida socialista, aonde o socialismo estaria limitado a este aspecto apenas. Seria uma espécie de Texas brasileiro. A cultura predominante seria a sertaneja e indígena. Pela ausência de litoral, seria economicamente similar à Bolívia ou Paraguai. Por sua localização, teria relação diplomática e comercial mais próxima com a Bolívia, Paraguai, Pindorama, Brasil e Bandeirante. Tocantins e Rondônia teriam mais benefícios pertencendo a Araguaia do que Pindorama. O exército seria formado por soldados e fazendeiros armados. Tocantins é o estado mais novo e portanto há espaço para progresso econômico. Imigrantes ricos seriam mais bem-vindos do que pobres.

Bandeirante (República Liberal): Um país governado por conglomerados de empresários, de economia liberal e capitalista. Seria o país mais desenvolvido entre os fragmentados, por conta de grandes polos industriais em São Paulo, sendo que o Paraná seria outro centro econômico importante e o Mato Grosso do Sul seria o celeiro do país. Seria o país com a iniciativa privada mais desenvolvida e próxima a dos EUA. A cultura seria um misto de liberais e conservadores cristãos, mas com uma economia mais capitalista do que estatal. Teria aproximação diplomática e comercial com Farroupilha, Araguaia, Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, EUA, Japão, Coréia do Sul e alguns países europeus. Teria um exército forte e mais formal, porém com alguma participação de milicianos como reserva, além de fazendeiros armados. Certamente tal exército teria forte apoio dos americanos e europeus. Por conta do grande desenvolvimento econômico, haveriam políticas para mitigar a imigração em massa de pobres.

Farroupilha (República Conservadora): Um país governado por empresários e fazendeiros, de economia liberal e capitalista. Seria o segundo país mais desenvolvido entre os fragmentados, por haver uma mentalidade mais voltada à iniciativa privada do que estatização, permitindo desta forma um maior crescimento capitalista. A cultura predominante seria uma fusão da italiana com alemã e algo brasileira. A maior parte da população seria de descendentes de europeus e teria uma mentalidade mais conservadora e racialista. Seria desta forma um país de economia e mentalidade mais europeia, porém não progressista. Haveria maior aproximação diplomática e comercial com os países europeus no geral, porém incluindo EUA e Japão, além de Uruguai, Argentina, Chile, Bandeirante, Araguaia e Brasil. O exército seria formado por soldados e fazendeiros armados. Aqui também haveriam políticas para prevenir imigração, ainda mais exigentes por causa de uma identidade mais conservadora e racialista.

Brasil (Monarquia): O que sobrou do Brasil original. A crença na república morreu e a monarquia voltou com força total. País de economia agrária, industrial e comercial. O Rio de Janeiro é o estado mais desenvolvido. Incluí Bahia e Sergipe por motivos históricos e porque se beneficiariam mais. A Bahia é um estado enorme e com grande potencial, portanto se for devidamente industrializada e valorizada, poderia ter uma economia mais próxima a de Minas Gerais ou Espírito Santo e se desenvolver, diminuindo a pobreza lá e em Sergipe. Haveria aproximação cultural entre os estados brasileiros restantes, fortalecendo a identidade brasileira. Haveria relação diplomática e comercial com Farroupilha, Bandeirante, Araguaia, Uruguai, Argentina, Chile, EUA, Japão, Europa e outros liberais e democráticos. O exército e marinha seriam forças imperiais fortes. Ao contrário de seus vizinhos, tal estaria mais aberto para os imigrantes, por causa de uma mentalidade mais miscigenada.

Os nomes são referências. Pindorama porque era assim que o Brasil era chamado pelos indígenas antes dos portugueses chegarem aqui. Santa Cruz porque o Brasil já se chamou Terra de Santa Cruz. Araguaia em referência ao Rio Araguaia. Bandeirante em referência aos bandeirantes que desbravaram o interior brasileiro há séculos atrás. Farroupilha em referência aos rebeldes que queriam a separação do Rio Grande do Sul. Acredito que tais nomes estariam bem encaixados com relação aos novos países que se formassem, ao invés de "São Paulo", "Sul", "Nordeste", que além de inapropriados seriam genéricos. Os atuais separatistas são pobres em criatividade em criar nomes para os novos países.

Bandeirante seria o estado mais desenvolvido na economia e Brasil o mais desenvolvido no militarismo, apesar de poder vir a ter uma forte economia capitalista. O mais pobre seria Pindorama ou Santa Cruz.

Pindorama poderia ter parcerias com potências que visassem obter recursos da Amazônia mas respeitando a soberania, provavelmente Rússia e China, ao contrário de EUA e Europa que não respeitam a soberania brasileira da Amazônia. Através de tais parcerias, Pindorama poderia se desenvolver, mas estaria do lado vermelho ou socialista da força, junto com Santa Cruz. Já Santa Cruz poderia ter fortes ligações com a China, de forma que um ajudaria na economia do outro, de forma que Santa Cruz se tornasse uma espécie de Texas ao avesso, desenvolvido economicamente, mas socialista e estatista.

A capital de Pindorama seria Manaus. A capital de Santa Cruz seria Recife. A capital de Araguaia seria Brasília. A capital de Bandeirante seria Curitiba. A capital de Farroupilha seria Porto Alegre. A capital de Brasil seria Rio de Janeiro. Caso o DF fosse uma cidade-estado, a capital de Araguaia seria Goiânia. Em períodos de conflito militar severo, haveriam capitais nacionais provisórias. A de Santa Cruz poderia ser Teresina, a de Brasil poderia ser Belo Horizonte, a de Bandeirante poderia ser Londrina e a de Farroupilha poderia ser Lages. Não haveria necessidade em mudar as de Pindorama e Araguaia, porque já estão no interior.

Com relação ao DF, é provável que devido ao seu tamanho e importância econômica se torne uma cidade-estado independente, que teria aliança com Araguaia e Brasil. O DF como cidade-estado na verdade seria o que restou do Brasil em relação à sua administração original, mas passaria a se chamar Brasília, e não Brasil, porque no fim das contas Brasília sempre representou mais a si mesma do que o Brasil... Já Brasil mesmo estaria vinculado ao período histórico da monarquia, com sede no Rio de Janeiro. A Bahia foi incluída porque Salvador já foi capital do Brasil e porque foi lá que o Brasil foi descoberto, em Porto Seguro. Portanto, motivos históricos.

Já com relação às interações diplomáticas e comerciais entre os novos países, isso iria variar conforme a ideologia, governo e mentalidade dos povos de cada país. Certamente que Brasil, Bandeirante, Araguaia e Farroupilha não terão uma relação tão próxima com Santa Cruz, limitando-se a trocas comerciais, ao passo que Pindorama teria maior afinidade com tal. Pode ser que Araguaia talvez tivesse uma maior cordialidade com Santa Cruz, já que a economia de tal país dependeria de exportar comida, portanto quanto para mais países conseguir exportar, melhor. Mas acredito que seria mais ou menos assim, um certo equilíbrio de forças no geral.

Além disso, poderia ocorrer fusões entre países. Por exemplo, Araguaia se fundir com Bolívia. Bandeirante se fundir com Paraguai. Farroupilha se fundir com Uruguai e parte da Argentina . O que restasse da Argentina (Patagônia) se fundisse com Chile. As Guianas se fundiriam. Peru se fundir com Equador. Colômbia se fundir com Venezuela. Estas fusões poderiam ajudar a fortalecer tais países. Acredito que Farroupilha ganharia muito se fundindo com o Uruguai e com parte de uma Argentina capitalista, não socialista. Bandeirante também ganharia muito se fundindo com o Paraguai e Araguaia teria mais acesso a recursos naturais se fundisse com Bolívia.

Para mim, apesar de eu não concordar com separatismos, como moro no estado do RJ, caso o Brasil se fragmentasse, preferiria tal configuração como um pequeno país monarquista (o Brasil do mapa acima), já que este país não teria que sustentar vários estados pobres e portanto eu e todos pagariam muito menos impostos. Se neste cenário o governo monarquista investisse no desenvolvimento da Bahia e aquele estado se tornasse mais capitalista, o imposto seria ainda menor e haveria muito menos necessidade de pessoas de lá migrarem para o RJ, evitando assim o crescimento das favelas nas grandes cidades.

Agora, o que fazer para garantir que não haja o separatismo??

Para evitar esse separatismo, deveria ocorrer uma maior integração cultural entre as diferentes partes do Brasil, de forma que isso evitasse um sentimento de separação entre pessoas de diferentes estados e regiões. O que a constituição diz não quer dizer muita coisa, porque se ocorrer uma grave crise política e disso vir a ocorrer um motim entre militares, o Brasil como conhecemos já era. Portanto é necessário mais do que uma mera lei constitucional para evitar que o Brasil se divida em vários países. É necessário haver maior integração cultural e consciência de identidade nacional, além da valorização da cultura brasileira como um todo, não só em partes.

O separatismo não começa a partir dos políticos e dos militares, mas a partir de um povo segregador que não se valoriza como nação e que só valoriza sua cultura local.

Por isso, por exemplo, que a maioria dos sulistas e paulistanos querem a separação do Sul e São Paulo do resto do país...

É isso o que ao longo prazo vai acabar causando o separatismo, a base de onde vem os políticos e militares...

O próprio povo brasileiro!

Re: Separatismo no Brasil

nuker
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Se realmente ocorresse uma fragmentação de territórios no Brasil, isso soaria pra mim como uma distopia.

Re: Separatismo no Brasil

nuker
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Mensagem por nuker »

Se bem que no lugar de países independentes, o que está no mapa poderiam ser novas regiões da federação brasileira. Teríamos:

Região Atlântica: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Esta região permitiria maior aproximação da cultura nordestina (baiana) com a fluminense e mineira, reduzindo um pouco as tensões culturais entre tais partes. Se a Bahia fizesse parte da região, não faria mais sentido ver o baiano, para os "sudestistas", como "nordestino", mas como algo que fizesse parte daqueles estados. Esta região faz muito sentido, uma vez que ela une dois aspectos da história brasileira, Salvador como primeira capital brasileira, Rio de Janeiro como segunda capital brasileira, Minas Gerais como um estado que sempre teve grande importância em relação à extração de ouro e outros minérios, o Sergipe que antes foi parte da Bahia e o Espírito Santo que já foi parte de Minas Gerais. Rio de Janeiro é forte em turismo, mas também a Bahia é com seu litoral. O Brasil foi descoberto na Bahia e na maior parte de sua história teve o Rio de Janeiro como estado principal. Esta região seria considerada a mais relevante em termos de história brasileira e mais associada com o período da monarquia brasileira. Aproximar Bahia de Rio de Janeiro ajudaria a reduzir tensões culturais e favoreceria o desenvolvimento econômico na Bahia.

Região Tropical: São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Esta região permitiria uma integração cultural maior entre quem mora nos estados citados. O Paraná, a meu ver, tem mais a ver com São Paulo em termos sociais e econômicos do que com o Sul propriamente dito. No Paraná também existem grandes comunidades de asiáticos no interior, assim como em São Paulo na região metropolitana. Até mesmo do ponto de vista jurídico, São Paulo e Paraná tem um aspecto mais similar. O Mato Grosso do Sul vinculado a esta região o desvincularia mais da identidade mato-grossense e faria a população daquele estado ter uma identidade mais própria, e não como uma sombra de Mato Grosso. Além disso havendo uma maior aproximação de Mato Grosso do Sul com São Paulo e Paraná, isso faria melhorar um pouco mais a economia daquele estado do que com Mato Grosso e Goiás, fora que o interior de São Paulo tem grandes cidades, que poderiam incentivar um maior desenvolvimento daquelas partes. E se não me engano, o Paraná já foi parte de São Paulo há séculos atrás. Aliás, em 1600 e pouco grande parte do Brasil foi parte de São Paulo! Agora seria a hora de voltar a unir tais partes, como região.

Região Temperada: Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esses dois estados são muito similares em aspecto econômico e social e se combinam mais do que com o Paraná. Uma região com apenas estes dois estados faria aumentar ainda mais o entrosamento entre tais. Santa Catarina tem um aspecto mais industrial enquanto que o Rio Grande do Sul tem um mais agrícola. Assim um complementaria o outro, deixando de fora o Paraná. Isso também poderia favorecer uma maior aproximação desta região com o Uruguai e Argentina, em termos de comércio ou mesmo em haver uma maior aproximação social e cultural. Se o Uruguai fosse anexado ao Brasil, tal teria muito a ver com os aspectos econômicos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Pode até ser que uma região com apenas dois estados pudesse favorecer a criação de mais um novo estado nela, que poderia pegar o interior de Santa Catarina e o noroeste do Rio Grande do Sul, o que poderia favorecer uma nova divisão de tarefas entre tais estados brasileiros. Um maior desenvolvimento desta região de alguma forma também poderia favorecer ainda mais o dos estados da região Tropical e vice-versa.

Região Interna: Mato Grosso, Rondônia, Goiás, Tocantins e DF. Incluí Rondônia porque já fez parte do Mato Grosso e Tocantins porque já fez parte de Goiás. Ambos estados se beneficiariam muito mais tendo uma associação mais próxima com Mato Grosso e Goiás do que com Amazonas ou Pará. Tocantins é o estado mais novo e como foi parte de Goiás, se ocorresse maior aproximação entre tal e Goiás do que entre tal e Pará ou Maranhão, acredito que haveria um maior incentivo econômico. Tocantins apesar de ser em grande parte cerrado, ali existem rios, sobretudo o Tocantins e Araguaia, o que iria favorecer bastante o desenvolvimento da agricultura e pecuária no estado, se tal, Mato Grosso e Goiás estivessem mais associados. Tocantins tem grande potencial para se tornar um estado importante em produção agrária e pecuária. O mesmo para Rondônia que apesar de estar na floresta amazônica, sua maior associação com Mato Grosso do que com Amazonas poderia favorecer também um maior desenvolvimento econômico e agropecuário naquele estado. Incluir Tocantins e Rondônia afastaria mais tais estados da associação com a Amazônia, o que faria aumentar mais o espírito de progresso econômico.

Região Sertaneja: Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. A região sertaneja é o autêntico "nordeste". A ausência de Bahia e Sergipe faria haver uma associação mais próxima entre aqueles estados acima do Rio São Francisco (que dividiria as regiões atlântica e sertaneja). Esta região está na área mais afetada pela seca, e se tais estados se unissem mais economicamente, isso ajudaria mais um pouco aquelas partes. Com a Bahia estando mais desenvolvida em função de sua integração regional com o Rio de Janeiro, isso iria favorecer indiretamente os estados sertanejos, que indiretamente faria também haver um maior desenvolvimento não só comercial como também industrial, por encorajamento devido ao desenvolvimento da Bahia. O estado baiano seria o intermediador entre os estados sertanejos com o Rio de Janeiro mais desenvolvido. Além disso, uma região menor também permitiria uma maior fonte de verbas por parte do governo federal a ser dividida entre os estados sertanejos. Hoje em dia a Bahia tem maior relação com a identidade "nordestina", mas do ponto de vista histórico, não é bem assim e já foi o principal estado do país lá no começo. Afastar a Bahia do "nordeste" é importante para ela mesma e indiretamente para os demais.

Região Amazônica: Amazonas, Pará, Acre, Roraima e Amapá. Esta região, com apenas tais estados, está mais diretamente associada à parte mais densa da floresta amazônica. Com o Tocantins e Rondônia fora, isso faria com que tais estados estivessem menos associados com a Amazônia e desta forma haveria um maior desenvolvimento econômico em tais. Esta região inteira também já foi um só estado, chamado Grão-Pará, com exceção do Acre que na época quando havia tal nome ainda pertencia à Bolívia. A ideia principal aqui é que esta nova região faria tais estados estarem mais unidos entre si, uma espécie de consórcio Grão-Pará, em que haveria uma política econômica e social de forma a integrar ainda mais tais estados, como através de aumentar a eficiência das rodovias e criação de ferrovias. Se Rondônia se desenvolvesse mais em função de sua aproximação regional ou administrativa com Mato Grosso, isso indiretamente favoreceria principalmente o Acre e Amazonas e no caso do Tocantins com o Pará. Como esta região estaria totalmente vinculada à Amazônia, haveria também um maior senso de preservação da floresta do que incluir estados não tão "amazônicos" assim.

Acredito que esta nova configuração das regiões poderia favorecer um pouco mais o desenvolvimento de vários estados e uma maior aproximação cultural entre estados de diferentes regiões.

Ou seja, o que usei originalmente como cenário para dividir o Brasil, ironicamente, poderia ajudar a unir e desenvolver ainda mais o país!
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