Objetos que foram muito comuns durante nossa existência e desapareceram da face da Terra

[Pedro Reis]

Inspirado em um vídeo que mostra aviões comerciais utilizando disquetes em 2020, criei este tópico para lembrar daqueles objetos que já foram quase onipresentes mas desapareceram praticamente de um dia para o outro...

O primeiro que vem à cabeça é a máquina de escrever. Tão comum quanto os desktops hoje em dia, para muitos concursos públicos era indispensável fazer um curso de datilografia.



Máquinas de escrever e telefones de disco conviveram mais ou menos durante o mesmo período de tempo:



Os discos de vinil deixaram tanta saudade (assim como as suas capas) que até voltaram.

Houve também uma coisa chamada walk talk, que era do tempo da mobileti, mas essa última voltou.

E o walkman que teve um descendente ainda mais efêmero, o mp3 player.

Por essa época existiu também um troço que era muito popular entre médicos: era o pager, uma espécie de aparelhinho para receber SMS. Só receber, porque não enviava.

Claro, os próprios disquetes rígidos e os flexíveis.

As máquinas fotográficas analógicas e consequentemente os filmes que iam para o laboratório para serem revelados...

E quem lembra do projetor de slides?

Mais coisas que devem sumir em breve:

- cartões de crédito
- orelhões
- HDs mecânicos
- abridor de lata e garrafa

...

[Pedro Reis]

Putz, o vídeo k7 desapareceu até da minha memória.

[Pedro Reis]

Lembrei também das listas telefônicas, dos mapas e das agendas de endereço.



A Sharp vendeu até agenda digital. Provavelmente uma inutilidade até na época, isso certamente desapareceu por completo.

[Pedro Reis]

Ah, e as fitas k7 e seus gravadores.

É uma pena que a humanidade não tenha futuro. Porque seria um futuro tão leve e prático...

[Pedro Reis]

Alguém ainda usa lâmpada incandescente em casa? Se usar, passa um fax me contando.

[Fernando Silva]

Usei muito:
- Telefone de disco
- Fita K7 (e também de rolo)
- Fita VHS
- Guia Rex e Guia Touring, com mapas das ruas, rotas de ônibus e tudo mais
- Listas telefônicas (versão assinantes, endereços e páginas amarelas)
- Disquete de 3.5" (o de 5 1/4", muito pouco)
- Modem para conexão discada (para fax,BBS e Internet)
- Telex e fax

Cheguei a usar máquina de escrever.

Nunca usei agenda digital, computador de bolso (Palmtop e similares) ou celular (aqueles que só serviam para falar e mandar SMS).

Tive um par de walkie-talkies que usava no trabalho.

MP3 ou walkman nunca tive, mas sim um "MP4", ou seja, um MP3 vagabundo com várias funções, inclusive vídeo e texto (tudo muito tosco). Funcionava bem ligado a um par de caixas acústicas de computador.

[Fernando Silva]

Alguém ainda usa lâmpada incandescente em casa? Se usar, passa um fax me contando.

Ainda uso, mas muito pouco. Elas estão no mesmo lugar há mais de 30 anos.
Também tenho algumas incandescentes, todas já com starter eletrônico.
As que mais uso já são de LED (luz amarelada, imitando incandescente).

[Fernando Silva]

Nunca precisei de pager, mas convivi com gente que usava. No início, não recebiam SMS, apenas tocavam e você tinha que ligar para uma central para saber qual era a mensagem.
Usei muito orelhão. Às vezes, tinha que esperar na fila, debaixo de sol e chuva.
Usei muito câmera com filme. A gente só podia revelar depois de usar o filme inteiro, o que podia levar meses. E só então você descobria quais fotos tinham ficado boas.
Os discos de vinil, passei tudo o que me interessava para MP3.
Não tive projetor de slides e achava um saco quando algum parente cismava de nos mostrar as fotos de alguma viagem que tinham feito ou alguma festa: "Aqui o Fulaninho na frente da casa, aqui o Fulaninho na entrada, aqui o Fulaninho de novo na frente etc. etc."

[Gabarito]

Excelente tópico!
Ainda mais para um saudosista como eu.

[Gabarito]

Alguém ainda usa lâmpada incandescente em casa? Se usar, passa um fax me contando.

O que muito me incomodou (e ainda incomoda) foi o autoritarismo (esse negócio NUNCA faz bem) de proibir a fabricação de lâmpadas incandescentes!
Ora bolas, o governo proibiu!
Isso é coisa de ditadura.

Quando decretaram isso, eu me lembrei logo dos criadores de frangos, pintos e os que precisam delas para usar nas chocadeiras e pequenas estufas.
Lâmpada fria, é claro, não esquenta!
E as quentes foram banidas... (é, o tal autoritarismo).

Esses profissionais ficaram na rua da amargura.
Porque antes eles podiam comprar uma lâmpara da chocadeira que queimou ali no seu Zé da esquina.
As lâmpadas que existem específicas para chocadeiras são duplamente "vantajosas", uma maravilha: bem mais caras e dificílimas de encontrar/encomendar (e ainda esperar chegar).

Comentário de Rodrigo Matos, do Mundo Caipira:

As lâmpadas em 2014 foram proibidas de serem fabricadas, desde então alguns criadores assim como eu, começaram a ter dificuldades em arranjar fontes de calor para a criação.

A saída era comprar lampadas de estufas ou as usadas em postes, coisa que custa caro. Mas agora voltou a fabricação das tão amáveis lampadas quentes, com luz menos amarelada e economizando muito mais.

Só que continuam sendo produto específico que NÃO EXISTE no seu Zé da esquina.
E o sujeito que precisa delas para seu pequeno negócio foi limado sumariamente de uma vidinha mais simples que tinha.
Se quiser continuar o negócio de chocadeiras terá que fazer muito mais ginástica, ainda mais para quem vive no pé da serra.

[Gabarito]

Mas o tópico é uma beleza.
Eu contribuo com uma lembrança da minha infância, a máquina de costura da minha mãe que era movida a pedal.
Era assim mesmo, como essa da foto, com gavetas e uma aba dobrável para os tecidos.
E eu tanto que questionei minha mãe sobre ela que ela acabou me ensinando a usá-la. Costurei uma besteiras só para aprender a "pilotar" as coisas.
Criança é sempre uma criança.


Complicado era passar a linha.
Tem uma engenharia interessantíssima em todo mecanismo de tear, não só nesse tipo de máquina.
Não foi à toa que Jacquard mergulhou de cabeça nesse universo.

(Clique na imagem para ampliar)

[Gabarito]

Certamente, vocês conhecem o monóculo para fotos:

Eu cheguei a ver na casa de um amiguinho (infância) um outro, que ele trouxe de uma viagem que fez aos EUA com os pais, que mostrava fotos em 3D.
Mas aí não era monóculo, mas um tipo que tinha duas oculares para poder proporcionar o efeito 3D.
Eu me lembro nitidamente da emoção de ver, pela primeira vez, uma imagem estática em 3D.
Aquilo era real demais!
Eu podia focar no 1º plano e depois, no 2º.
Diferente de tudo que eu conhecia a respeito de fotos até então.

[Gabarito]

E o fogão com bordas laterais?
Tiraram as bordas do fogão.
Para quem não tem uma bancada ao lado dele, fica mais difícil cozinhar.

[Gabarito]

Meu pai me deu um estojo de barbear que eu ainda tenho guardado em algum lugar.
Uma lâmina só, Gillette, que acabou virando sinônimo de lâmina.
Nada de 2 ou 3 lâminas.
E a espuma vinha de um creme (de uma bisnaga como a de pasta de dentes) que a gente precisava mexer dentro de uma cubinha com um pincel.
Eu ainda tenho tudo isso. Preciso procurar depois.

[Fernando Silva]

Meu pai me deu um estojo de barbear que eu ainda tenho guardado em algum lugar.
Uma lâmina só, Gillette, que acabou virando sinônimo de lâmina.
Nada de 2 ou 3 lâminas.
E a espuma vinha de um creme (de uma bisnaga como a de pasta de dentes) que a gente precisava mexer dentro de uma cubinha com um pincel.
Eu ainda tenho tudo isso. Preciso procurar depois.
Estojo de barbear.jpg

Cheguei a usar isto. Havia também as navalhas, mas não usei.

E também um bastão que a gente passava na pele para tampar os pontos que estavam sangrando.
E a loção pós-barba, para desinfetar.

[Fernando Silva]

E o fogão com bordas laterais?
Tiraram as bordas do fogão.
Para quem não tem uma bancada ao lado dele, fica mais difícil cozinhar.

Fogão com bordas laterais.jpg

O meu ainda tem.

[Fernando Silva]

Eu cheguei a ver na casa de um amiguinho (infância) um outro, que ele trouxe de uma viagem que fez aos EUA com os pais, que mostrava fotos em 3D.
Mas aí não era monóculo, mas um tipo que tinha duas oculares para poder proporcionar o efeito 3D.
Eu me lembro nitidamente da emoção de ver, pela primeira vez, uma imagem estática em 3D.
Aquilo era real demais!
Eu podia focar no 1º plano e depois, no 2º.
Diferente de tudo que eu conhecia a respeito de fotos até então.

Lembro desse modelo 3D. Vinha com cartelas com uma série de pares de fotos. A gente ia puxando para baixo para ver o par seguinte.

[Gorducho]

BARBA
Infelizmente não se consegue + os aparelhos. Esses modernos x2 ~ 3 lâminas entopem. Até cerca -2 anos eu ainda tinha (usando sempre), exatamente = foto. + se corroeu a parte da rosca. As lâminas ainda se consegue, + sem os aparelhos...
Eu ainda cheguei a ir em barbearias — localizadas em hotéis basicamente que eu me lembre. Nada melhor que 1 barba feita com navalha profissional, BEM afiada, e depois aquelas toalhas quentinhas, perfumadas.

TELEFONE
Em casa o telefone era c/2 pilhas numa caixa de madeira abaixo dele. Se acionava o magneto (acho que devia ser magneto), a telefonista dizia:
— Número?
"Local" claro. INTERURBANO se pedia e esperava... ou TELEGRAMA.

RÁDIO/"SOM"
Eletrola c/olho mágico.
Ondas longas; médias; e várias curtas — com extrarodinária sensibilidade (antena externa, claro!).
O toca discos empilhava ~5 se bem me lembro. 78; 45 (só tinha 2: 1 2x2faixas e outro 2x4 se bem me lembro); 33⅓. O mecanismo reconhecia o tamanho do disco, até hoje não sei como!

K-7
Bom era quando trancava e às vezes embolava no mecanismo. Nunca gostei muito por isso. + rolos estava fora do alcance...

MÁQUINAS DE COSTURA Singer
Tinha 2 dessas em casa, sendo 1 exatamente = foto.

[Gigaview]

BARBA
Infelizmente não se consegue + os aparelhos. Esses modernos x2 ~ 3 lâminas entopem. Até cerca -2 anos eu ainda tinha (usando sempre), exatamente = foto. + se corroeu a parte da rosca. As lâminas ainda se consegue, + sem os aparelhos...
Eu ainda cheguei a ir em barbearias — localizadas em hotéis basicamente que eu me lembre. Nada melhor que 1 barba feita com navalha profissional, BEM afiada, e depois aquelas toalhas quentinhas, perfumadas.

https://www.amazon.com.br/Aparelho-Barb ... 54&sr=8-55

https://www.amazon.com/Weishi-Nostalgic ... 117&sr=8-9

[Gorducho]

TELEGRAMA tinha que economizar... não sei se era por palavras ou caracteres. E o ponto ia, devia ser obrigatório ou grátis
CHEGAREMOS TERCA VARIG PT

Eu tinha que ter nascido -20 anos. Não me adapto à modernidade

[JJ_JJ]

Alguém ainda usa lâmpada incandescente em casa? Se usar, passa um fax me contando.

O que muito me incomodou (e ainda incomoda) foi o autoritarismo (esse negócio NUNCA faz bem) de proibir a fabricação de lâmpadas incandescentes!
Ora bolas, o governo proibiu!
Isso é coisa de ditadura.

Quando decretaram isso, eu me lembrei logo dos criadores de frangos, pintos e os que precisam delas para usar nas chocadeiras e pequenas estufas.
Lâmpada fria, é claro, não esquenta!
E as quentes foram banidas... (é, o tal autoritarismo).

Esses profissionais ficaram na rua da amargura.
Porque antes eles podiam comprar uma lâmpara da chocadeira que queimou ali no seu Zé da esquina.
As lâmpadas que existem específicas para chocadeiras são duplamente "vantajosas", uma maravilha: bem mais caras e dificílimas de encontrar/encomendar (e ainda esperar chegar).

Comentário de Rodrigo Matos, do Mundo Caipira:

As lâmpadas em 2014 foram proibidas de serem fabricadas, desde então alguns criadores assim como eu, começaram a ter dificuldades em arranjar fontes de calor para a criação.

A saída era comprar lampadas de estufas ou as usadas em postes, coisa que custa caro. Mas agora voltou a fabricação das tão amáveis lampadas quentes, com luz menos amarelada e economizando muito mais.

Só que continuam sendo produto específico que NÃO EXISTE no seu Zé da esquina.
E o sujeito que precisa delas para seu pequeno negócio foi limado sumariamente de uma vidinha mais simples que tinha.
Se quiser continuar o negócio de chocadeiras terá que fazer muito mais ginástica, ainda mais para quem vive no pé da serra.

Concordo totalmente que é uma forma (pontual) de autoritarismo, além do exemplo acima, também tenho outro exemplo de uso, que é em experimentos de eletrônica, uma vez eu fiz um experimento em que uma lãmpada incandescente ligada a um conjunto de capacitores, que mostrava visualmente a descarga dos capacitores. É um experimento interessante de física (eletricidade e eletrônica) e que precisa de uma lâmpada incandescente .


.

[Fernando Silva]

Telex: usei muito no trabalho.

Ficou obsoleto com a chegada do fax e, depois, da Internet.

[Fernando Silva]

- Pneu com câmara. Quando furava, arriava na hora. A gente tinha que parar para trocar onde quer que estivesse no momento.

- TV com seletor rotativo de canal, ajuste de vertical e horizontal e ajuste de brilho e contraste.

- Mouse de bolinha. Tive um colega de trabalho que não sabia o que era. Precisei pegar um na sucata e mostrar para ele.

[Pedro Reis]

Pô, mouse de bolinha!!!!! Sujava a bolinha e parava de funcionar.

Tem uma coisa que nem é exatamente do meu tempo mas tinha na minha casa e vocês não vão saber o que é: a caixa térmica.

Isso era a tataravó do chuveiro elétrico.

A casa era antiga, tinha banheira e tinha isso também. O chuveiro abria girando porque o cano do chuveiro era articulado.

Quando eu vim morar em Niterói tinha dois anos e os números de telefone na cidade tinha só 4 dígitos. Aí logo depois inauguraram a ponte ligando ao Rio de Janeiro e os números passaram a ter 7 dígitos.

Eu ainda me lembro do número, mas tenta imaginar: Niterói não podia ter mais que 10.000 telefones com estes 4 dígitos. E realmente, muita família de classe média em Niterói nem tinha telefone. As pessoas compravam linha telefônica e era algo que se declarava no imposto de renda. Surreal!

[Fernando Silva]

Eu ainda me lembro do número, mas tenta imaginar: Niterói não podia ter mais que 10.000 telefones com estes 4 dígitos. E realmente, muita família de classe média em Niterói nem tinha telefone. As pessoas compravam linha telefônica e era algo que se declarava no imposto de renda. Surreal!

Telefones eram raros e muito caros. Você comprava a linha e ficava esperando a instalação, às vezes por anos.

Era proibido comprar a linha de outra pessoa. Tinha que comprar direto da companhia telefônica.
A solução era conseguir alguém que lhe "doasse", graciosamente, uma linha.
Para tal, havia trocentas empresinhas, nos classificados dos jornais, servindo de intermediárias entre os "doadores" e os beneficiados.

Claro que aquele que "ganhava" a linha agradecia ao antigo dono e à intermediadora (a maioria era mulher) dando um valor (altíssimo) em dinheiro vivo.
Daí iam todos à agência mais próxima da telefônica e oficializavam a transferência. Foi assim que consegui o meu.

Outra opção era o aluguel de linhas. Tinha gente que comprava várias linhas para depois alugar.

Alguns anúncios de imóveis mencionavam que tinha telefone instalado.

[Fernando Silva]

Minha avó tinha uma lavadora de roupa com espremedor manual:

[Fernando Silva]

Tive um rádio destes. O botão "Turnolock" memorizava mecanicamente até 6 estações. Bastava ir apertando o botão que ele pulava de uma para outra em sequência.

[Arcanjo Lúcifer]

- Pneu com câmara. Quando furava, arriava na hora. A gente tinha que parar para trocar onde quer que estivesse no momento.

- TV com seletor rotativo de canal, ajuste de vertical e horizontal e ajuste de brilho e contraste.

- Mouse de bolinha. Tive um colega de trabalho que não sabia o que era. Precisei pegar um na sucata e mostrar para ele.

Pneu com câmara ainda existe, meu carro tem e nem é pneu radial.
Não existe carro novo que saía com eles, mas vc ainda encontra para vender, caro para KCT e demorado para encontrar.

Medida 7.10X15 e nem sei se ainda usam esse código para outros pneus.

https://www.acheipneus.com.br/pneu-7-10 ... 58-p995197

Outra coisa que não existe mais junto como seletor de treze canais é o maldito estabilizador de voltagem para não ficar aparecendo faixas horizontais na imagem.

Lembro que tinha em casa com um botão giratório e um ponteiro que vc precisava ficar regulando a todo momento nos horários de pico de consumo no horário nobre.

A voltagem da rede pública ficava variando a todo instante.

[Arcanjo Lúcifer]

Não preciso de pneus novos no momento, mas por curiosidade pesquisei na internet para ver se ainda fabrica.

O mais barato está sendo vendido a 600 paus com uns doidos no mercado livre tentando revender a 1700 cada um.

Dez anos atrás paguei só 350 paus cada um e quase nem rodei com eles porque praticamente parei de usar o carro e rodei bem pouco ainda estão novos com a rebarba da borracha.

[Arcanjo Lúcifer]

E o fogão com bordas laterais?
Tiraram as bordas do fogão.
Para quem não tem uma bancada ao lado dele, fica mais difícil cozinhar.

Fogão com bordas laterais.jpg

O meu ainda tem.

Tem um motivo para deixarem de fabricar, muita gente colocava panela quente na aba e se queimava feio quando caia dela.

[Tutu]

Já mexi com vários: VHS, Vinil, CD, DVD, disquete (quando não travava), telelista, câmera com negativo, monóculo, TV de tubo, game boy
Já vi mas não sabia mexer: telefone de rodinha, máquina de costura das duas avós, datilográfica
O que nunca vi: 78 RPM, mimeógrafo, fax, lampião a querosene, vitrola

- orelhões

Até 2013 eu não tinha celular. A maioria dos orelhões não funcionavam.

Isso ainda existe. Agora se chama tablet, surface ou netbook.

[Arcanjo Lúcifer]

Até 2013 eu não tinha celular. A maioria dos orelhões não funcionavam.

Lembro de um caso que aconteceu com um primo, ele viajaria para praia com uns amigos em um feriado prolongado mas um imprevisto fez com que combinasse dos amigos irem antes de busão só com dinheiro para comida dos quatro dias e ele iria no dia seguinte levando a bagagem mas não foi.
Os caras gastaram a toda grana da comida com cerveja e p__as logo no primeiro dia e não tinham como se comunicar com ele, nem ele com os amigos.

Sem comida e sem grana, sem telefone ou caixa eletrônico para sacar dinheiro pois era fim dos anos 70, não tinham nem como voltar para SP.

No fim do feriado tentaram pescar algo, não conseguiram, então fritaram as iscas e comeram...

[Fernando Silva]

Já mexi com vários: VHS, Vinil, CD, DVD, disquete (quando não travava), telelista, câmera com negativo, monóculo, TV de tubo, game boy
Já vi mas não sabia mexer: telefone de rodinha, máquina de costura das duas avós, datilográfica
O que nunca vi: 78 RPM, mimeógrafo, fax, lampião a querosene, vitrola

Usei bastante 78rpm. Era uma música de cada lado.
Fiz muita prova mimeografada na escola, às vezes ainda cheirando a álcool.
Fax: usei muito, tanto com máquina de fax como com programa de fax no PC.
Lampião a querosene: no início dos anos 60, toda noite havia racionamento. A luz apagava das 18:00 às 19:00 e era preciso acender o lampião.
Vitrola: usei muito.

[Fernando Silva]

Sem comida e sem grana, sem telefone ou caixa eletrônico para sacar dinheiro pois era fim dos anos 70, não tinham nem como voltar para SP.

Grande parte dos enredos de filmes e séries do passado não funcionaria hoje pois se baseavam na falta de um telefone para fazer uma ligação urgente.

Quando você estava esperando uma ligação importante, tinha que ficar em casa e brigar com todo mundo que demorasse usando o telefone porque a outra pessoa podia ligar e dar ocupado.
E havia o "telefone de recado": você dava o número do vizinho ou do botequim e eles anotavam os recados para você.

Privacidade zero. O telefone ficava na sala e a família toda ouvia suas conversas. O jeito era ligar de um orelhão.

[Fernando Silva]

No tempo da telefonia estatal, havia muito problema de linha cruzada. Certa vez, entrou uma linha junto com a minha: eu estava em Bonsucesso e eram duas meninas conversando em Copacabana, a mais de 20km de onde eu estava.

A turma acabou descobrindo alguns números que estavam sempre em linha cruzada: se várias pessoas ligassem para lá, acabavam todas em contacto. Elas usavam isto para formar uma sala de bate-papo. Isto era informal e espontâneo, mas, mais tarde, surgiram empresas que ofereciam este serviço. Claro que os anúncios na TV davam a entender que, do outro lado, haveria menininhas entediadas doidas para conversar com velhos tarados. Nunca liguei para verificar, mas desconfio que não era bem assim ...

Uma alternativa era o phone sex: você ligava para um certo número e era atendido por uma profissional disposta a trepar por telefone. O equivalente hoje em dia são as cam girls.

Houve também uma época em que empresas ofereciam um serviço de discagem à distância. Como era caríssimo ligar para o exterior a partir do Brasil, você ligava para um certo número e era conectado a uma linha em Miami. Daí você discava o número que você queria e, no fim, pagava a tarifa internacional americana, que era muito menor.

[Gorducho]

Usei bastante 78rpm. Era uma música de cada lado.

Infelizmente acabou se deixando prá trás nas mudanças

Fiz muita prova mimeografada na escola, às vezes ainda cheirando a álcool.

Claro, eram todas mimeografadas, até com cores se bem me lembro.
Alguma vez até ajudei a imprimir...
Me lembro tb. de ter datilografado 1 texto na matriz. Mas não me lembro mais em que circunstâncias e em que idade e local. Provavelmente teria sido prás aulas de evangelização de mamãe no Centro Espírita

Fax: usei muito, tanto com máquina de fax como com programa de fax no PC.

Modernidade Eu sou do tempo do TELEX.

Lampião a querosene: no início dos anos 60, toda noite havia racionamento. A luz apagava das 18:00 às 19:00 e era preciso acender o lampião.

Ainda temos alguns, mas não mais os originais (eram 3 ~ 4). Os mais sofisticados tinham os (Aladdin se bem me lembro) encamisados. Era quase como luz elétrica!

Vitrola

Se tinha eletrola. Não sei se é o mesmo

By the way... slides: tenho 1 foto dum slide onde aparece a img em perfeito reverso. Es decir: a parte que fica à direita (de quem de frente olha no caso) vai prá esquerda e v.v. (claro ). Posso lhes mandar en privé, assim como as lâmpadas incandescentes de casa...

[Gabarito]

Claro, eram todas mimeografadas, até com cores se bem me lembro.
Alguma vez até ajudei a imprimir...
Me lembro tb. de ter datilografado 1 texto na matriz. Mas não me lembro mais em que circunstâncias e em que idade e local. Provavelmente teria sido prás aulas de evangelização de mamãe no Centro Espírita

A matriz também chamava-se estêncil. Era por esse nome que eu o conhecia.


youtu.be/goXMY-BcBYQ

Na faculdade, anos 80, eu cheguei a imprimir todas as folhas de uma pequena rifa que fizemos para bancar uma festinha de fim de ano com um mimeógrafo.
Mas ele era elétrico, não manual, como no vídeo acima.
Depois de posicionar o estêncil e as folhas em branco, era só ligar a chave e o bicho começava suas revoluções atrapalhadas.
Ainda usamos também uma guilhotina pesada para cortar as pilhas de papel, cada um com várias folhinhas da rifa.

[Arcanjo Lúcifer]

Sem comida e sem grana, sem telefone ou caixa eletrônico para sacar dinheiro pois era fim dos anos 70, não tinham nem como voltar para SP.

Grande parte dos enredos de filmes e séries do passado não funcionaria hoje pois se baseavam na falta de um telefone para fazer uma ligação urgente.

Quando você estava esperando uma ligação importante, tinha que ficar em casa e brigar com todo mundo que demorasse usando o telefone porque a outra pessoa podia ligar e dar ocupado.
E havia o "telefone de recado": você dava o número do vizinho ou do botequim e eles anotavam os recados para você.

Privacidade zero. O telefone ficava na sala e a família toda ouvia suas conversas. O jeito era ligar de um orelhão.

E quando o infeliz enfiava o dedo na cavidade de devolução da ficha ainda metia a mão no cuspe de algum pivete, se tivesse sorte de não ser merda de cachorro.

[Fernando Silva]

Usei bastante 78rpm. Era uma música de cada lado.

Infelizmente acabou se deixando prá trás nas mudanças

O material era frágil e quebrava à toa.

Fax: usei muito, tanto com máquina de fax como com programa de fax no PC.

Modernidade Eu sou do tempo do TELEX.

Usei telex por uns 10 anos ou mais. Recebi até mensagem com o golpe da Nigéria por ele.

Lampião a querosene: no início dos anos 60, toda noite havia racionamento. A luz apagava das 18:00 às 19:00 e era preciso acender o lampião.

Ainda temos alguns, mas não mais os originais (eram 3 ~ 4). Os mais sofisticados tinham os (Aladdin se bem me lembro) encamisados. Era quase como luz elétrica!

Ainda tenho, mas é a gás de cozinha (e encamisado). O dos anos 60 era a querosene e não tinha camisa.

[Gigaview]

Sem comida e sem grana, sem telefone ou caixa eletrônico para sacar dinheiro pois era fim dos anos 70, não tinham nem como voltar para SP.

Grande parte dos enredos de filmes e séries do passado não funcionaria hoje pois se baseavam na falta de um telefone para fazer uma ligação urgente.

Quando você estava esperando uma ligação importante, tinha que ficar em casa e brigar com todo mundo que demorasse usando o telefone porque a outra pessoa podia ligar e dar ocupado.
E havia o "telefone de recado": você dava o número do vizinho ou do botequim e eles anotavam os recados para você.

Privacidade zero. O telefone ficava na sala e a família toda ouvia suas conversas. O jeito era ligar de um orelhão.

E quando o infeliz enfiava o dedo na cavidade de devolução da ficha ainda metia a mão no cuspe de algum pivete, se tivesse sorte de não ser merda de cachorro.

Tinha um jeito de hackear orelhão com um diodo colocando no fio do fone usando o gancho do orelhão para discar e fazer ligações "de grátis". Por isso tinha muito tefefone público com fio descascado. Muitos anos depois quando fui a Portugal, na época os telefones públicos eram antigos mas uns poucos com cabos não blindados que os brasileiros usavam para falar com o Brasil. Era fácil localizar esses aparelhos pelas filas, às vezes em plena madrugada num frio congelante. Utilizei técnica semelhante em firmas com PABX para fazer ligações internacionais por conta da "viúva". Infelizmente eu não era o Steve Jobs que vendia esquema semelhante montado em caixas de fósforo para os alunos de Berkeley.....

[Arcanjo Lúcifer]

Para que ter tanto trabalho? Para fazer ligação grátis era só pegar um frasco de desodorante Avanço, tirar a tampa, pegar aquele canudo que tinha dentro e colocar no lado externo dela, colocar a tampa de volta no devido lugar com o frasco cheio de água.

Passo dois, no lugar da ficha vc enfiava o canudo dentro do orelhão e despejada umas gotas de água.

Técnica simples que tb fazia a alegria da criançada nos fliperamas dos anos 80.

Prático, rápido e eficiente.

[Gigaview]

Para que ter tanto trabalho? Para fazer ligação grátis era só pegar um frasco de desodorante Avanço, tirar a tampa, pegar aquele canudo que tinha dentro e colocar no lado externo dela, colocar a tampa de volta no devido lugar com o frasco cheio de água.

Passo dois, no lugar da ficha vc enfiava o canudo dentro do orelhão e despejada umas gotas de água.

Técnica simples que tb fazia a alegria da criançada nos fliperamas dos anos 80.

Prático, rápido e eficiente.

Também tinha o pessoal que fazia fichas de gelo...

[Arcanjo Lúcifer]

Como ganhar crédito grátis em máquinas de fliperama quando se tem 12 anos de idade:

Tubo de desodorante com água, folha de chumbo bem fina, vareta de pipa enfiada pela fresta de devolução da ficha, choque na frente da máquina com acendedor de fogão tipo Magiclic, ficha furada e amarrada com fio de cabelo bem longo da irmã de alguém para ser puxada de volta para cima até dar seis créditos...

A do Magiclic era clássica e discreta, bastava encostar em qualquer parte metálica e dar um choque, com o barulho das máquinas ninguém ouve nada.

[Arcanjo Lúcifer]

Pensando bem agora com a minha idade atual, em parte nós fomos responsáveis pela falência da Taito.

[Pedro Reis]

Uma outra coisa que foi extinta: as pranchetas de arquitetura. E a régua T, seu acessório indefectível.

Eles usavam também o normógrafo para desenhar. E o resultado era belo e elegante.

Acredito que, como o resto da apetrechada, tenha virado peça de museu.

[Arcanjo Lúcifer]

Virou.
Fiz um curso de desenho há dez anos atrás e na época já existia o AutoCad e outro programa em que vc desenha o ambiente de forma tridimencional podendo até projetar sombras no ambiente para simular a iluminação artificial.

Dava, por exemplo, desenhar uma cadeira de acrílico no ambiente e fazer a luz atravessar o material.

Não lembro o nome do programa agora porque faz dez anos.

[Pedro Reis]

Virou.
Fiz um curso de desenho há dez anos atrás e na época já existia o AutoCad e outro programa em que vc desenha o ambiente de forma tridimencional podendo até projetar sombras no ambiente para simular a iluminação artificial.

Dava, por exemplo, desenhar uma cadeira de acrílico no ambiente e fazer a luz atravessar o material.

Não lembro o nome do programa agora porque faz dez anos.

Será que era o Google Sektchup? Eu ainda uso de vez em quando, embora não seja mais da Google e nem gratuito, mas eu guardei uma cópia.

Uns móveis que eu te mostrei uma vez, desenhei tudo no Sketchup.

De fato eu cheguei a fazer uma casa inteira. Tijolo por tijolo.

Foi um experimento para um modelo de casa popular com tijolos de solo-cimento.

[Arcanjo Lúcifer]

Não era o Sketchup, eu conheço o que vc citou mas era outro bem mais complexo.

Vc poderia desenhar um ambiente e mudar a direção e intensidade da luz que está entrando por uma janela por exemplo.

Era um efeito bem realista.

[Fernando Silva]

Tinha um jeito de hackear orelhão com um diodo colocando no fio do fone usando o gancho do orelhão para discar e fazer ligações "de grátis". Por isso tinha muito tefefone público com fio descascado.

De tanto em tanto, vinha um pulso para fazer cair a ficha. O diodo dava curto nesse pulso.
Outra técnica era amarrar a ficha com barbante para ela não cair e depois puxar de volta.
Ou ainda discar batendo no gancho (mas depois tornaram o retorno do gancho tão lento que isto não funcionou mais).

[Fernando Silva]

Uma outra coisa que foi extinta: as pranchetas de arquitetura. E a régua T, seu acessório indefectível.

Eles usavam também o normógrafo para desenhar. E o resultado era belo e elegante.

Acredito que, como o resto da apetrechada, tenha virado peça de museu.

Cheguei a usar régua T e caneta nanquim, com normógrafo (e a aranha) para as letras.

Além da copiadora heliográfica (a de amoníaco fedia).