Religião e Racismo

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Re: Espiritismo e Racismo

Cal Kestis
Mensagens: 91
Registrado em: Qui, 05 Março 2020 - 14:48 pm

Mensagem por Cal Kestis »

Gigaview escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 19:47 pm
JungF escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 19:03 pm
No século 19, explodiu a moda dos circos com grandes animais ferozes: por que, então, não juntar a eles alguns “humanos ferozes”? (Phineas Barnum (1810-1891)
Nasceram assim os zoológicos humanos. O pioneiro foi o de Phineas Barnum , o dono do Circo Barnum. "Os hotentotes foram os mais expostos nesses zoos: em Berlim, por exemplo, foi realizada a exposição “Trogloditas africanos”; em 1886, fez um sucesso estrondoso a exposição “Pigmeus da África”,
no Folies Bergère, em Paris."

Indiscutivelmente o europeu deste século XIX excedia a parâmetros que o classificariam como racistas. E ainda escravocratas.

Voltando a Kardec, nesta ocasião, a rigor não existia este conceito e ele estava perfeitamente em sintonia com seus contemporâneos.

Mas, de todos os textos que foram trazidos nenhum se referia a qualquer resposta dada pelos espíritos e todos eles, ao contrário, mostravam a opinião de Kardec, numa tentativa de, mesmo extemporaneamente considerado racismo, demonstrar a evolução de espíritos primitivos que reencarnam em ambientes e corpos adrede ajustados às suas necessidades e possibilidades.

Já, séculos depois, nos países mais civilizados, surge mais uma vez a figura do negro e agora sim, vítima de cruel racismo e discriminação. Por que?
Porque o "branquinho" escravagista precisava experimentar a dor que causara em seu irmão, aprisionado e arrastado de Africa, às plantações coloniais e ao trabalho insalubre.

Digamos então, Kardec era racista? Sim, tanto quanto o Papa ou o imperador Napoleão III.
Então está mais do que claro que Kardec era racista, seja na época dele ou na atual. Isso é indiscutível, apesar de debilmente justificável pela ideologia racista que vigorava naquela época.

Então por que tanto malabarismo para defender Kardec?

Por que esses textos nojentos continuam sendo defendidos com argumentos ridículos com a mesma argumentação racista da época de Kardec, como essa que aparece aqui neste tópico e em outras milhares de discussões, ao longo dos últimos 150 anos?

Por que o espiritismo não assume, por exemplo, a postura semelhante à que foi tomada pela Igreja Católica que, há vinte anos atrás, reconheceu os enganos cometidos pelo tribunal eclesiástico que condenou Galileu Galilei à prisão? Por que o espiritismo se arrastou durante mais de um século e meio com esse peso sem ao menos revisar e censurar todas essas bobagens ofensivas?

As evidências são claras. Os textos são racistas, portanto Kardec era racista e o espiritismo sempre foi conivente com o racismo e deixou aos fanáticos a difícil tarefa de defender o indefensável.
Uau! Você concluiu isso em cima de um comentário de um user aqui do fórum!?

Curioso esse seu raciocínio ensopado pelo desejo de atribuir um título de racista a Kardec.
Editado pela última vez por Cal Kestis em Sáb, 11 Abril 2020 - 20:10 pm, em um total de 1 vez.

Re: Espiritismo e Racismo

Pedro Reis
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Registrado em: Ter, 24 Março 2020 - 11:28 am

Mensagem por Pedro Reis »

Cal Kestis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 18:15 pm
Agora, quando o comentário é de fato racista, como do coleguinha aqui do comentário abaixo, não vi ninguém falar nada.
Pedro Reis escreveu:
Sex, 10 Abril 2020 - 12:38 pm

Então você expressou mal o seu racismo. Você estava querendo dizer que os negros são menos evoluídos porque são mais "primitivos", provavelmente (você não quis dizer) por serem raças mais próximas dos macacos. E a evidência está no fato de que até se parecem com macacos mesmo.

Porém "mais nova", gramaticalmente falando, só pode ser a raça que surgiu depois. Meu avô só pode ser mais velho do que eu enquanto não inventarem a máquina do tempo que me permita nascer antes do meu avô.

E todo esse malabarismo é necessário para tentar salvar o que não tem salvação: o racismo vitoriano de um homem que viveu na era vitoriana.
Já tinha dito a mim mesmo que não iria me meter em discussões idiotas. Porque é cansativo: a idiotice tem o hábito de se defender sempre apelando para uma idiotice maior.

E aí está a prova porque a desfaçatez do nobre colega é tamanha que ele me aponta como o racista nessa história.

Vejam só: ele que defende textos odiosos de Kardec e fala explicitamente em "raças inferiores", me atribui a pecha de racista com base nesse post abaixo citado.
Você estava querendo dizer que os negros são menos evoluídos porque são mais "primitivos", provavelmente (você não quis dizer) por serem raças mais próximas dos macacos. E a evidência está no fato de que até se parecem com macacos mesmo.
Ou é muita desinteligência ou muita cara de pau.

O Cal parece não ter notado o pronome que inicia a frase. Que por acaso não foi primeira pessoa do singular, mas "você".

Uma metade de um meio entendedor seria capaz de entender que na elocubração acima estou apenas tentando decifrar o pensamento do meu interlocutor codificado na maneira obscura como ele expressa suas ideias.

Pois inicialmente o seu Cal aí classificou determinados grupos étnicos africanos como inferiores e deu como justificativa o fato de serem raças "mais novas".

É óbvio que não entendi porque, a menos que tenha mudado alguma coisa, todas as evidências apontam a África como o berço da nossa espécie. Então por que ele estaria afirmando justamente que os grupos étnicos mais antigos seriam os "mais novos"?

A explicação dada revelou tanto um tipo de racismo já totalmente fora de moda como uma profunda ignorância sobre conceitos básicos de biologia evolutiva. Pois o raciocínio (dele, é preciso deixar claro) vem a ser o seguinte: estas raças seriam mais novas no sentido de que as que surgiram depois são mais velhas. Ou seja, estão "evoluindo" há mais tempo, possuem mais tempo de "evolução".

Entenderam? É confuso mesmo, então vou explicar melhor: ele parece acreditar que a caucasiana tem mais tempo de estrada evolutiva, portanto classifica como "mais velha". Os hotentotes teriam estacionado na estrada evolutiva há muito tempo, enquanto as outras raças progrediam. E, segundo o que os espíritos sopraram no ouvido de Kardec, os europeus , naturalmente, são os que progrediram muito mais do que quaisquer outros.

Isso aí é simplesmente besteirol racista típico de um pensamento pseudo-científico muito comum na era vitoriana. Uma interpretação distorcida e convenientemente eurocêntrica dos postulados da Teoria da Evolução.

É a (falsa) noção de evolução não como adaptação, mas como um processo de melhora contínuo considerando arbitrariamente as caracterísicas humanas como superiores a todas as outras. Então a evolução seria um processo que iria humanizando (ou deveríamos dizer europeizando) todas as formas de vida ao longo das eras. E dado tempo suficiente até a samambaia irá "evoluir" para ser humano. Loiro e de olhos azuis, provavelmente.

Ora, o que tá implícito aí (tanto no discurso do Cal como do próprio Kardec), é a ideia de que os africanos estão mais próximos dos nossos ancestrais primatas. Os europeus não, os europeus já evoluíram mais...

Não é só racismo, mas um tipo de racismo obsoleto hoje em dia. Os racistas contemporâneos já nem dizem mais essas besteiras.

Não existe nenhuma lei na Biologia estabelecendo que a espécie humana (ou qualquer outra) tem que evoluir para ficar cada vez mais inteligente, cada vez mais resistente a doenças, cada vez mais sábia, mais amorosa, etc... Evolução pode até implicar no oposto: em diminuição do volume craniano se essa adaptação for vantajosa para determinado ambiente.

Evolução pode até significar desenvolver anemia falciforme como uma caracterísica prevalecente.

Os hotentotes modernos se parecem mais com os hotentores ancestrais apenas porque permaneceram no mesmo ambiente. Mas não existe nada determinando que para se adaptar a um novo ambiente uma espécie deva ficar "melhor" em alguma coisa. Até porque "melhor" é sempre arbitrário e subjetivo.

Ora, no texto em que ele me acusa de racista, eu estava apenas traduzindo estas ideias. Traduzindo a teoria DELE, não a minha.

Ali estou apenas colocando em Português claro o que ele expressou de forma implícita e confusa.

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 13:48 pm

Mensagem por Gigaview »

Cal Kestis escreveu:Uau! Você concluiu isso em cima de um comentário de um user aqui do fórum!?

Curioso esse seu raciocínio ensopado pelo desejo de atribuir um título de racista a Kardec.
A conclusão é baseada em fatos claríssimos. Os textos são racistas, portanto Kardec era racista e o espiritismo sempre foi conivente com o racismo.

Os "users" que dizem o contrário são fanáticos incapazes de dar os braços a torcer. Se empenham na árdua tarefa de defender o racismo de Kardec a qualquer custo mesmo que isso possa insinuar que eles próprios possam parecer racistas, o que além de irracional, é lamentável.

Re: Espiritismo e Racismo

Cal Kestis
Mensagens: 91
Registrado em: Qui, 05 Março 2020 - 14:48 pm

Mensagem por Cal Kestis »

Pedro Reis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 21:21 pm

O Cal parece não ter notado o pronome que inicia a frase. Que por acaso não foi primeira pessoa do singular, mas "você".

Uma metade de um meio entendedor seria capaz de entender que na elocubração acima estou apenas tentando decifrar o pensamento do meu interlocutor codificado na maneira obscura como ele expressa suas ideias.
Eu entendi muito bem o pronome, colega, e entendi muito bem que seu comentário foi uma fantasia racista que você criou em sua cabeça e atribuiu à mim. Isso não esquiva a sua responsabilidade pelo pensamento racista, criando uma fantasia comparando negros com macacos e afirmando que se parecem mesmo com macacos. Em que mundo você acha que criar uma fantasia racista e atribuir a outras pessoas lhe tira a responsabilidade pelo comentário racista? As historinhas racista de Monteiro Lobato e outros escritores deixam de serem racistas porque foram fantasias racistas imaginadas por eles?
estou apenas tentando decifrar o pensamento do meu interlocutor
Tentando decifrar o pensamento do seu interlocutor com ideias racistas, próprias do seu pensamento?
Se fosse assim, bastaria um racista dizer que estava tentando decifrar ideias racistas de seus interlocutores para se livrar de qualquer acusação.

O cara acha que brincar com fantasias racistas e atribuir aos outros exime ele de racismo.

Re: Espiritismo e Racismo

Cal Kestis
Mensagens: 91
Registrado em: Qui, 05 Março 2020 - 14:48 pm

Mensagem por Cal Kestis »

Fiz uma pesquisa rápida aqui e bem básica sobre as mesmas pesquisas que fiz uns anos atrás quando eu também tinha minhas dúvidas sobre o racismo em Kardec.

Primeiro.. Para imputar alguém de racista, mesmo que seja racismo de época, é preciso muito cuidado e responsabilidade, caso contrário fica evidente que uma imputação feita de pesquisa e estudo raso, fruto do desejo de acusar alguém, denuncia preconceito contra quem se imputa de racista.

Segundo. Muitas palavras que foram usadas nessas obras, como a palavra selvagem, existem em nossos dicionários com diversos significados.

Usei o google tradutor para traduzir esse texto do resultado de um dicionário da linguá francesa sobre a palavra sauvage, no original em francês.

Um dos significados, relacionado aos indivíduos:
D. - [Falando de um indivíduo ou de um grupo hum.] Quem vive separado das chamadas formas avançadas de civilização, próximas do estado primitivo. Pessoas, tribo selvagem; Índios meio selvagens.
[ As leis ] que Orfeu, Osíris e os deuses mitológicos haviam estabelecido para agrupar nas cidades os pastores selvagens das montanhas, os caçadores da floresta ( Adam , Enf. Aust., 1902 , página 192).

En savoir plus sur https://www.lalanguefrancaise.com/dicti ... ?s=sauvage
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B. - [Falando de uma pessoa] cujo comportamento é feroz, severo, rude ou até brutal. Eu a adivinhei selvagem [ sua mãe ], cheia de falsas alegrias e maldições ( Colette , Naiss. Jour, 1928 , página 14):

En savoir plus sur https://www.lalanguefrancaise.com/dicti ... ?s=sauvage

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7 Cruel, bárbaro.
Pouco cuidado teve as pessoas pobres [os pombos] para acomodar [reconciliar] um povo tão selvagem [os abutres] , La Fontaine , Fabl. VII, 8 .
O céu horrorizado vê esse monstro selvagem , Racine , Phèdre, V, 6 .
Rigoroso além da medida.

Por ai já nota que esse termo é bem flexível, que pode ser usando tanto para pessoas que vivem isoladas como para povos primitivos, como tribos bárbaras, canibais etc.

Nessa questão do Livro dos Espíritos, por exemplo, Kardec relaciona a palavra selvagens a canibais.
271. Estudando, na erraticidade, as diversas condições em que poderá progredir, como pensa o Espírito conseguí-lo, nascendo, por exemplo, entre canibais?

"Entre canibais não nascem Espíritos já adiantados, mas Espíritos da natureza daqueles dos canibais, ou que lhes são ainda inferiores."

Sabemos que os nossos antropófagos não se acham no último degrau da escala espiritual e que mundos há onde a bruteza e a ferocidade não têm analogia na Terra. Os Espíritos que aí encarnam são, portanto, inferiores aos mais ínfimos que no nosso mundo encarnam. Para eles, pois, nascer entre os nossos selvagens representa um progresso, como progresso seria, para os antropófagos terrenos, exercerem entre nós uma profissão que os obrigasse a fazer correr sangue. Não podem pôr mais alto suas vistas, porque sua inferioridade moral não lhes permite compreender um progresso mais completo. O Espírito só gradativamente avança. Não lhe é dado transpor de um salto a distância que da civilização separa a barbárie e é esta uma das razões que nos mostram ser necessária a reencarnação, que verdadeiramente corresponde à justiça de Deus. De outro modo, que seria desses milhões de criaturas que todos os dias morrem na maior degradação, se não tivessem meios de alcançar a superioridade? Por que os privaria Deus dos favores concedidos aos outros homens?


Sobre o termo raça, do qual foi destacado em vários textos de kardec para dar peso a acusação de racista, eu nem vou comentar, pois é um termo ainda usado para identificar um grupo cultural ou étnico-lingüístico, sem quaisquer relações com um padrão biológico. O proprio Fernando Silva, que suponho seja biólogo, acabou de usar nesse sentido, como podem ver na citação abaixo. Embora concordo que não seja apropriado nem para esse fim, ainda é muito usado e aceito, portanto esse mimimi em cima desse termo é apenas drama e teatro.
Fernando Silva escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 10:11 am
Pelo contrário, essas raças são as mais antigas. Evoluímos a partir delas e nos espalhamos pelo mundo. Elas continuaram lá e mantiveram seu estilo de vida.


Próximo parágrafo:
“Sob o mesmo envoltório, quer dizer, com os mesmos instrumentos de manifestação do pensamento, as raças não são perfectíveis senão em limites estreitos, pelas razões que desenvolvemos. Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; mas, enquanto Espíritos, é outra coisa; ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo e melhores instrumentos. Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a civilização, permanecem sempre selvagens; mas, à medida que as raças civilizadas se ampliam, as raças selvagens diminuem, até que desapareçam completamente, como desapareceram as raças dos Caraíbas, dos Guanches, e outras. Os corpos desapareceram, mas em se tornaram os Espíritos? Mais de um, talvez, esteja entre nós”
(Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862).
O que Kardec está dizendo aqui é que a "raça" negra, enquanto raça negra, ou seja, não miscigenada, serão sempre as mesmas.
O que tem de racismo aqui? Qual raça, não miscigenada, melhora biologicamente?

Ele ainda compara essa raça negra com as caucásicas, ou seja, raças bastante miscigenadas.

Kardec não está falando outra coisa senão que uma raça, não miscigenada, nunca alcançará uma raça miscigenada se caso esta raça não se misturar com outras. Esse é o cerne da evolução dos corpos humanos na doutrina espírita. O tal dos planos de raça pura de hitter nunca dariam certo porque se tornaria uma raça mal desenvolvida biologicamente, com problemas de formações ósseas, fraca na defesa contra doenças, sem a força física e várias outras qualidades da raça negra e de outras raças etc.



Parágrafo seguinte:
"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados"
(Allan Kardec, A Gênese, ed. LAKE p. 187).
Esse capítulo nem merecia comentar porque está claro que Kardec está falando das espécies humanas antigas. É um capítulo do livro Gênsesi, onde Kardec espõe a teoria da evolução dos corpos humanos. O que ele está dizendo ai é que a as raças mais inteligentes, como os homo sapiens progrediram mais do que o neandertais ou H. heidelbergensis, por exemplo. Isso é consenso científico neh?

Em seguida ele diz que seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos. Ora, pelo contexto evolutivo provavelmente esses selvagens é de alguma espécie de hominídeo de gênero bem antigo, antes da espécie homo conhecido naquela época, ou até muito antes, porque ele compara com a encarnação dos primeiros espíritos a encarnarem na terra. Ora, de resto ele diz apenas que seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação a esses selvagens, hominídeos que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses e aos europeus civilizados. Uhé, onde está o racismo aqui especialistas em racismo deste fórum?

Na verdade parei por aqui. Ficou meio cansativo e eu não tenho mais a mesma disposição pra explicar essas coisas.

Re: Espiritismo e Racismo

Cal Kestis
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Mensagem por Cal Kestis »

Pedro Reis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 21:21 pm
A explicação dada revelou tanto um tipo de racismo já totalmente fora de moda como uma profunda ignorância sobre conceitos básicos de biologia evolutiva. Pois o raciocínio (dele, é preciso deixar claro) vem a ser o seguinte: estas raças seriam mais novas no sentido de que as que surgiram depois são mais velhas. Ou seja, estão "evoluindo" há mais tempo, possuem mais tempo de "evolução".
Só pra deixar claro isso aqui porque parece que o mal entendido é de propósito.

Meu raciocínio é o mesmo que o de qualquer biologista evolutivo, que raças antigas, primitivas, são biologicamente mais novas do que raças modernas. Ou você acha que os prossímios são mais velhos biologicamente do que os primatas, só por serem mais antigos?

Eu inclusive lhe fiz uma pergunta pra deixar isso claro, sobre quem é mais velho no sentido biológico, você ou seu avô, e você não me respondeu. Insistiu em outro post que eu estava me referindo no sentido cronológico.

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Cal Kestis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 23:48 pm
Pedro Reis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 21:21 pm
A explicação dada revelou tanto um tipo de racismo já totalmente fora de moda como uma profunda ignorância sobre conceitos básicos de biologia evolutiva. Pois o raciocínio (dele, é preciso deixar claro) vem a ser o seguinte: estas raças seriam mais novas no sentido de que as que surgiram depois são mais velhas. Ou seja, estão "evoluindo" há mais tempo, possuem mais tempo de "evolução".
Só pra deixar claro isso aqui porque parece que o mal entendido é de propósito.

Meu raciocínio é o mesmo que o de qualquer biologista evolutivo, que raças antigas, primitivas, são biologicamente mais novas do que raças modernas. Ou você acha que os prossímios são mais velhos biologicamente do que os primatas, só por serem mais antigos?

Eu inclusive lhe fiz uma pergunta pra deixar isso claro, sobre quem é mais velho no sentido biológico, você ou seu avô, e você não me respondeu. Insistiu em outro post que eu estava me referindo no sentido cronológico.

:-Q

O seu raciocínio não é o mesmo que o de qualquer biologista evolutivo porque está totalmente equivocado e além disso não se fundamenta em nenhuma evidência científica. Alías, até agora você só nos serviu com seus achismos e com fatos "do outro mundo".

Essa idéia de diferenças biológicas entre "raças" mais novas e mais antigas é bobagem primeiro porque, como já havia mencionado anteriormente, "raças" são constructos sociais e em segundo lugar, a raça humana (única raça que engloba todos os grupos étnicos) é recente demais do ponto de vista evolutivo para caracterizar subespécies.

O artigo abaixo explica o seu equívoco. Está cada vez mais difícil para você defender o Kardec e negar o racismo tão evidente em seus textos.

As raças diferem? Na verdade, os genes mostram que não.
Por Natalie Angier

Nestes dias brilhantes e leves de um ano eleitoral, ao que parece, eles não podem construir tendas metafóricas grandes ou rápidas o suficiente para todos os políticos que desejam montar uma e convidar as dobras multiculturais para '' Vamos lá! '' - A boa mensagem que ambas as partes buscam transmitir é: independentemente da raça ou credo, realmente somos todos parentes sob a pele.

No entanto, qualquer que seja a qualidade calculada dessa nova política de inclusão, seu sentimento concorda firmemente com o crescente conhecimento dos cientistas da profunda fraternidade genética que une seres humanos das mais aparentemente díspares origens.

Os cientistas suspeitam há muito tempo que as categorias raciais reconhecidas pela sociedade não se refletem no nível genético. Mas quanto mais de perto os pesquisadores examinam o genoma humano - o complemento de material genético envolto no coração de quase todas as células do corpo -, mais a maioria deles está convencida de que os rótulos padrão usados ​​para distinguir as pessoas por "raça" 'têm pouco ou nenhum significado biológico.

Eles dizem que, embora possa parecer fácil dizer de relance se uma pessoa é caucasiana, africana ou asiática, a facilidade se dissolve quando se sondam abaixo das características da superfície e vasculham o genoma em busca de sinais de DNA de "raça".

Os cientistas dizem que a espécie humana é tão evolutivamente jovem, e seus padrões migratórios tão amplos, inquietos e rococós, que simplesmente não teve a chance de se dividir em grupos biológicos separados ou "raças" em qualquer mas as formas mais superficiais.

"Raça é um conceito social, não científico", disse o Dr. J. Craig Venter, chefe da Celera Genomics Corporation em Rockville, Maryland. "Todos nós evoluímos nos últimos 100.000 anos a partir do mesmo pequeno número de tribos que migraram da África e colonizaram o mundo ''.

Venter e cientistas do National Institutes of Health anunciaram recentemente que haviam elaborado uma minuta de toda a sequência do genoma humano, e os pesquisadores declararam por unanimidade que existe apenas uma raça - a raça humana.

Dr. Venter e outros pesquisadores dizem que esses traços mais comumente usados ​​para distinguir uma raça da outra, como pele e cor dos olhos ou largura do nariz, são traços controlados por um número relativamente pequeno de genes e, portanto, foram capazes de mudar rapidamente em resposta a pressões ambientais extremas durante o curto curso da história do Homo sapiens.

E assim as populações equatoriais evoluíram com pele escura, presumivelmente para proteger contra a radiação ultravioleta, enquanto as pessoas nas latitudes do norte evoluíram com pele pálida, melhor para produzir vitamina D a partir da luz solar pálida.

"Se você perguntar qual a porcentagem de seus genes se reflete em sua aparência externa, a base pela qual falamos sobre raça, a resposta parece estar na faixa de 0,01%", disse Harold P. Freeman, o executivo-chefe, presidente e diretor de cirurgia do North General Hospital, em Manhattan, que estudou a questão da biologia e da raça. "Este é um reflexo muito, muito mínimo de sua composição genética".

Infelizmente para a harmonia social, o cérebro humano está primorosamente sintonizado com as diferenças nos detalhes da embalagem, levando as pessoas a exagerar a importância do que passou a ser chamado de raça, disse o Dr. Douglas C. Wallace, professor de genética molecular da Escola Emory University School of Medicina em Atlanta.

"Os critérios que as pessoas usam para a corrida se baseiam inteiramente em recursos externos que estamos programados para reconhecer", disse ele. “E a razão pela qual estamos programados para reconhecê-los é que é de vital importância para nossa espécie que cada um de nós consiga distinguir um indivíduo do outro. Toda a nossa estrutura social é baseada em pistas visuais, e fomos programados para reconhecê-las e reconhecer indivíduos ''.

Em contraste com o pequeno número de genes que deixam algumas pessoas de pele escura e olhos de corça, e outras tão pálidas quanto os guardanapos, os cientistas dizem que traços como inteligência, talento artístico e habilidades sociais provavelmente serão moldados por milhares, senão dezenas. de milhares, dos 80.000 genes do genoma humano, todos trabalhando de maneira combinatória complexa.

A possibilidade de tais redes de genes mudarem suas inter-relações por atacado no curso da breve incursão da humanidade em todo o mundo, e serem distorcidas de maneira significativa de acordo com a 'raça' é 'uma idéia falsa', disse a Dra. Aravinda Chakravarti, uma geneticista da Case Western University, em Cleveland. "As diferenças que vemos na cor da pele não se traduzem em diferenças biológicas generalizadas que são únicas para os grupos".

O Dr. Jurgen K. Naggert, geneticista do Laboratório Jackson em Bar Harbor, Me., Disse: “Esses grandes grupos que caracterizamos como raças são heterogêneos demais para agrupar-se de maneira científica. Se você estiver fazendo um estudo de DNA para procurar marcadores para uma doença específica, não poderá usar os 'caucasianos' como um grupo. Eles são muito diversos. Nenhuma revista científica aceitaria isso ''.

No entanto, nem todo pesquisador vê a raça como uma noção sem sentido ou antediluviana. "Acho que as classificações raciais têm sido úteis para nós", disse o Dr. Alan Rogers, geneticista populacional e professor de antropologia da Universidade de Utah, em Salt Lake City. “Podemos acreditar que a maioria das diferenças entre as raças é superficial, mas as diferenças existem e são informativas sobre as origens e migrações de nossa espécie. Para fazer meu trabalho, tenho que obter dados genéticos de diferentes partes do mundo e observar as diferenças entre grupos e entre grupos, para ajudar a ter rótulos para os grupos ''.

E há um punhado de pesquisadores que continuam a insistir em que existem diferenças fundamentais entre as três principais raças que se estendem ao cérebro. J. Philippe Rushton, psicólogo da University of Western Ontario no Canadá e autor de '' Race, Evolution and Behavior '', talvez seja o defensor mais incansável da crença de que as três principais raças diferem geneticamente de maneiras que afetam a média QI do grupo e propensão ao comportamento criminoso.

Ele afirma que seu trabalho revela que os asiáticos do leste têm as maiores pontuações médias de inteligência e tamanho do cérebro, os de ascendência africana têm os menores cérebros e QIs médios e os de ascendência européia caem no meio.

No entanto, muitos cientistas se opuseram a seus métodos e interpretações, argumentando, entre outras coisas, que a ligação entre o tamanho total do cérebro e a inteligência está longe de ser clara. As mulheres, por exemplo, têm cérebros menores do que os homens, mesmo quando ajustadas para sua massa corporal comparativamente menor, mas os escores médios de QI masculino e feminino são os mesmos. Na verdade, evidências fósseis sugerem que os neandertais tinham cérebros muito consideráveis ​​e nem duraram o suficiente para inventar testes padronizados.

O Dr. Eric S. Lander, especialista em genoma do Instituto Whitehead em Cambridge, Massachusetts, admite que, porque as pesquisas sobre o genoma humano estão apenas começando, ele não pode dar um soco definitivo e nocauteado para aqueles que argumentam que diferenças raciais significativas deve ser refletido em algum lugar do DNA humano e será encontrado assim que os pesquisadores levarem a sério a procura deles. Mas, na opinião do Dr. Lander, os proponentes de tais divisões raciais são os que têm o argumento mais difícil de defender.

"Não há evidências científicas para apoiar diferenças substanciais entre os grupos", disse ele, "e o enorme ônus da prova recai sobre quem quiser afirmar essas diferenças".

Embora a pesquisa sobre a estrutura e a sequência do genoma humano esteja em sua infância, os geneticistas reuniram um esboço da história genômica humana, chamada de hipótese "Fora da África" ​​ou "Eva evolucionária".

Por essa teoria, o Homo sapiens moderno se originou na África há 200.000 a 100.000 anos atrás, quando um número relativamente pequeno deles, talvez 10.000 ou mais, começou a migrar para o Oriente Médio, Europa, Ásia e através da massa terrestre de Bering para as Américas . Enquanto viajavam, eles parecem ter humanos arcaicos total ou amplamente deslocados que já vivem nos vários continentes, através de atos calculados de genocídio ou simplesmente superando-os até a extinção.

Desde o início das emigrações africanas, apenas 7.000 gerações se passaram. E como a população fundadora de emigrantes era pequena, só podia levar tanta variação genética. Como resultado dessa combinação - uma população limitada de fundadores e um curto período de tempo desde a dispersão - os seres humanos são surpreendentemente homogêneos, diferindo um do outro apenas uma vez em mil subunidades do genoma.

"Somos uma pequena população que cresce em um piscar de olhos", disse Lander. "Somos uma pequena vila que cresce em todo o mundo e mantemos a variação genética vista nessa pequena vila".

O genoma humano é grande, porém, composto de três bilhões de subunidades, ou bases, o que significa que mesmo uma pequena porcentagem de variação de um indivíduo para o próximo equivale a um número considerável de discrepâncias genéticas. A questão é: onde no genoma essa variação é encontrada e como é distribuída entre diferentes populações?

Através da amostragem transglobal de marcadores genéticos neutros - trechos de material genético que não ajudam a criar as proteínas funcionais do corpo, mas são compostos pelo chamado DNA lixo - os pesquisadores descobriram que, em média, 88% a 90% das diferenças entre as pessoas ocorrem em suas populações locais, enquanto apenas cerca de 10% a 12% das diferenças distinguem uma população ou raça de outra.

Em outras palavras, os cidadãos de qualquer vila do mundo, seja na Escócia ou na Tanzânia, detêm 90% da variabilidade genética que a humanidade tem a oferecer.

Mas essa proporção de 90/10 é apenas uma média e refere-se apenas a marcadores de lixo eletrônico. Para o material genético que codifica proteínas, a imagem é um pouco mais complexa. Muitos genes responsáveis ​​pelas funções básicas dos órgãos mostram virtualmente nenhuma variabilidade de indivíduo para indivíduo, o que significa que são ainda menos "específicos da raça" do que os marcadores genéticos neutros.

Alguns genes, principalmente os do sistema imunológico, mostram enorme variabilidade, mas a variabilidade não acompanha os grupos raciais. Depois, existem os genes que controlam a pigmentação e outras características físicas. Eles também vêm em uma ampla variedade de "sabores", mas, diferentemente dos genes relacionados ao sistema imunológico, são frequentemente distribuídos em grupos específicos de população, resultando em suecos que se parecem muito mais com outros suecos do que com os aborígines australianos.

Algumas diferenças de grupo são mais que profundas. Entre os exemplos mais famosos estão as taxas elevadas de anemia falciforme entre afro-americanos e de beta-talassemia, outro distúrbio da hemoglobina, entre os de herança mediterrânea.

Ambas as características evoluíram para ajudar os ancestrais desses grupos a resistir à infecção pela malária, mas ambas se revelam letais quando herdadas em dose dupla. Assim como as diferenças na pigmentação da pele, a pressão do ambiente para desenvolver uma característica de todo o grupo era poderosa, e os meios para fazê-lo de maneira simples e direta, através da alteração de um único gene.

Outra causa de diferenças de grupo é o chamado efeito fundador. Nesses casos, a alta prevalência de uma condição incomum em uma população pode ser atribuída a um ancestral fundador que por acaso carregava uma nova mutação na região. Durante muitas gerações de isolamento e endogamia comparativos, a comunidade, goste ou não, tornou-se "enriquecida" com o distúrbio do fundador. O efeito fundador explica a alta incidência da doença neurodegenerativa de Huntington na região do Lago Maracaibo, na Venezuela, e da doença de Tay-Sachs entre os judeus asquenazes.

Mas o Dr. Naggert enfatizou que os geneticistas médicos tiveram uma chance muito maior de descobrir esses efeitos fundadores examinando populações pequenas, isoladas e bem definidas, como os finlandeses do norte, os bascos da Espanha ou os Amish da Pensilvânia, do que eles depois de '' corridas ''.

A Dra. Sonia S. Anand, professora assistente de medicina na Universidade McMaster, em Ontário, propôs que os médicos pensassem mais na etnia do que na raça, procurando pistas sobre como os padrões de doença diferem de um grupo para o outro.

"Etnia é um conceito amplo que engloba genética e cultura", disse Anand. '' Pensar na etnia é uma maneira de reunir questões sobre a biologia, estilo de vida, dieta de uma pessoa, em vez de focar apenas na raça. A etnia é sobre fenótipo e genótipo, e, se você definir os termos do seu estudo, permitirá analisar as diferenças entre os grupos de uma maneira válida ''.

Ao investigar as razões por trás da alta incidência de doenças cardiovasculares entre pessoas do subcontinente indiano, por exemplo, o Dr. Anand descobriu que os indianos tinham quantidades comparativamente elevadas de fatores de coagulação no sangue. Além de contar características inatas, ela também leva em consideração como a cultura indiana e os hábitos de vida podem representar riscos adicionais para doenças cardíacas - observando, por exemplo, que o status de uma mulher na Índia é diretamente proporcional ao número de rolagens na barriga.

Na visão do Dr. Freeman, a ciência das origens humanas pode ajudar a curar qualquer número de feridas, e isso, ele diz, é uma doce justiça.

"A ciência nos levou a esse problema em primeiro lugar, com suas medições de crânios e sua ênfase nas diferenças e classificações raciais", disse Freeman. “Os cientistas agora devem nos tirar disso. Eles precisam ser líderes na promoção de uma compreensão evolutiva da raça humana ''.

fonte: Do Races Differ? Not Really, Genes Show - https://www.nytimes.com/2000/08/22/scie ... -show.html

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

JungF escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 19:03 pm
Digamos então, Kardec era racista? Sim, tanto quanto o Papa ou o imperador Napoleão III.
Acontece que ele recebia, supostamente, mensagens do outro lado, vindas de espíritos que deveriam saber melhor das coisas.
Por que eles se calaram? Por que eles continuam calados até hoje?

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cal Kestis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 22:49 pm
"Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; ”
(Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862).
O que Kardec está dizendo aqui é que a "raça" negra, enquanto raça negra, ou seja, não miscigenada, serão sempre as mesmas.
O que tem de racismo aqui? Qual raça, não miscigenada, melhora biologicamente?
O que você entende por "jamais alcançará o nível" ? Nível de quê?
Não há "melhora" na evolução, há adaptação.
Os europeus tiveram que embranquecer para aproveitar melhor o pouco sol disponível, os africanos, pelo contrário, permaneceram negros para se proteger dele.
Cada um está adaptado a seu ambiente. Nenhum deles é melhor que o outro biologicamente.

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cal Kestis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 22:49 pm
Parágrafo seguinte:
"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados"
(Allan Kardec, A Gênese, ed. LAKE p. 187).
Esse capítulo nem merecia comentar porque está claro que Kardec está falando das espécies humanas antigas. É um capítulo do livro Gênsesi, onde Kardec espõe a teoria da evolução dos corpos humanos. O que ele está dizendo ai é que a as raças mais inteligentes, como os homo sapiens progrediram mais do que o neandertais ou H. heidelbergensis, por exemplo. Isso é consenso científico neh?
Será que Kardec estava falando de neandertais e H. Heidelbergensis? Ele deixa isto claro? Onde?
O mais provável é que ele estivesse comparando seres humanos contemporâneos (africanos x asiáticos x europeus).
Veja que o texto citado acima considera os chineses mais próximos dos selvagens que os europeus, portanto inferiores. E fala dos "selvagens" como povos atuais, não como raças extintas.

Re: Espiritismo e Racismo

Pedro Reis
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Registrado em: Ter, 24 Março 2020 - 11:28 am

Mensagem por Pedro Reis »

Eu tô vendo aqui um grau de negação da realidade compatível com certos devaneios de terraplanistas.

Induzido pelo fanatismo religioso, o Sr. Cal Kestis demonstra um nível de obtusidade de fazer inveja a muitos criacionistas.

Mas ao contrário dos proselitistas profissionais do fundamentalismo cristão, eu sinto que ele tenta crer nos absurdos que profere. Trata-se de um homem que tem a decência de, antes de mentir para o outro, empreender seus melhores esforços no intuito de iludir a si mesmo.

E chego a essa constatação porque o material que ele traz para a defesa de Kardec chega a ser ainda mais revelador e incriminador do que as citações pinçadas por detratores habituais do Espiritismo.

É um sinal de que ele realmente não enxerga. Seu raciocínio está imerso em uma névoa espessa de confusão mental e contorcionismos retóricos suficientemente caóticos para mantê-lo alheio até da realidade objetiva mais óbvia.

Sintetizando todos os argumentos do Cal, nós temos que:

- Allan Kardec não era racista. Seus textos apenas faziam menção a uma suposta maior fragilidade das raças mais puras. E todos estes excertos em que o pai do Espiritismo se debruça sobre a questão da natureza e das diferenças entre as raças, estão somente advogando a miscigenação dos povos como um instrumento de evolução da humanidade. Ou melhor, da humanidade inferior, que por esse viés de defesa do Cal, seriam contraditoriamente as raças que se beneficiariam com os genes caucasóides.

Em que pese a contradição ridícula no argumento, o problema é que não há uma só linha, uma só frase, em tudo que foi citado, que sustente este raciocínio.

Não há um único trecho de Kardec aconselhando o europeu a constituir família com um cônjuge africano. Ou sugerindo que possa haver algum benefício nisso. Ao contrário, quando ele afirma textualmente que esse africano, não importando a qualidade da educação que tenha acesso desde a mais tenra infância, JAMAIS, NUNCA, EM TEMPO ALGUM, poderá adquirir capacidades que façam dele um santo, um orador ou até mesmo um artista, está claro que Kardec não está recomendando este indivíduo para ser o pai ou a mãe dos seus filhos.

Onde ele viu o médium defender a miscigenação quando Kardec diz que "o negro só pode ser belo para outro negro"?

Será que, com imensa boa vontade, tirou daqui esse disparate?
Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; mas, enquanto Espíritos, é outra coisa; ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo e melhores instrumentos. Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a civilização, permanecem sempre selvagens; mas, à medida que as raças civilizadas se ampliam, as raças selvagens diminuem, até que desapareçam completamente, como desapareceram as raças dos Caraíbas, dos Guanches, e outras. Os corpos desapareceram, mas em se tornaram os Espíritos? Mais de um, talvez, esteja entre nós”
Mas neeeemmmm com muita boa vontade!

"Alcançará o nível das raças caucásicas" em quais quesitos? Na passação de pano do Cal, é uma referência à hipótese (sem nenhum respaldo científico) de que as raças não caucasóides seriam menos resistentes à doenças. Não sabemos de onde tirou essa conclusão
porque no texto de Kardec estas qualidades são literalmente listadas como: moralidade, sabedoria, inteligência e pendor artístico.

E Sr. Kardec, para não deixar nenhuma dúvida nem a menor margem para interpretações, ainda assevera que estas diferenças de
capacidades não são culturais, conjunturais. Ele faz questão de deixar bem claro que você pode pegar o preto feio, selvagem,
burro, ignorante, criminoso e violento, e dar a este animal a melhor educação branca desde bebezinho, e mesmo assim não seria
possível a tal animal deixar de ser um preto feio, selvagem, burro, ignorante, criminoso e violento.

Além do aspecto moral, alguns problemas deveriam ser óbvios para alguém lendo isso no séc. 21. Um é o de que estes ensinamentos, vindo ou não de espíritos, estão comprovadamente errados. É tudo uma grande besteira que poderia parecer crível ao senso comum de um europeu na era vitoriana, mas hoje nós vemos estes "selvagens" se destacando em todas estas capacidades sem a necessidade de receberem genes caucasóides. Foi suficiente tirar o selvagem da senzala e dar-lhe livro e caderno.

Além do mais, esse trecho afasta definitivamente a suposição de que Allan Kardec visse na miscigenação uma possibilidade de
evolução das raças selvagens (o que já seria escandalosamente racista!) porque ele é bem claro ao se referir à limitação
"corpórea" (racial, genética) do negro e em seguida afirma que apenas o espírito desse negro pode evoluir, melhorar, adquirir
aquelas qualidades superiores que ele só enxerga na raça caucasóide. Mas para isso "precisa de melhores instrumentos", ou seja,
de um corpo e um cérebro caucasóide! Aqui é bem claro ao afirmar que o negro só deixará de ser o bruto selvagem que nasceu para ser, quando reencarnar em um corpo branco.
"enquanto Espíritos, é outra coisa; ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo e melhores instrumentos. Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a civilização, permanecem sempre selvagens; mas, à medida que as raças civilizadas se ampliam, as raças selvagens diminuem, até que desapareçam completamente, como desapareceram as raças dos Caraíbas, dos Guanches, e outras. Os corpos desapareceram, mas em se tornaram os Espíritos? Mais de um, talvez, esteja entre nós”
Não apenas Kardec veria a miscigenação como uma aberração, assim como a maioria dos europeus racistas, como ele ainda está sugerindo que o extermínio das raças inferiores é bom e necessário para a evolução destes espíritos aprisionados em corpos primitivos.

Ele não fala em miscigenação, que quando se dá atenua muito mais as características fenotípicas caucasóides do que a das raças
ditas como "negras". Não, é o contrário. O cara tá vendo como uma coisa positiva a ampliação das "raças civilizadas" dando-se sobre a extinção das "raças primitivas". Pra não deixar muita dúvida, Kardec ainda cita dois exemplos de povos que foram praticamente exterminados pelos europeus: os caraíbas e os guanches.
Os próprios caribes foram desalojados pelos europeus, e eventualmente foram todos exterminados ou assimilados durante o período colonial pelos espanhóis.
Guanches eram o povo nativo das ilhas Canárias, que vivia aparentemente ainda na Idade da Pedra quando as ilhas começaram, a partir da alta Idade Média, a serem regularmente visitadas pelos europeus e posteriormente ocupadas pelos castelhanos. A resistência guanche aos invasores foi prolongada (durou quase um século), já que só foram completamente dominados nos finais do século XV (1496).

[...]
A conquista castelhana e o genocídio guanche.

A resistência guanche acabou por se concentrar em Tenerife e Gran Canária, onde as populações eram maiores, apenas terminando com o extermínio das últimas forças refugiadas nas montanhas. Neste contexto assumiu particular relevo a resistência na Gran Canária, onde a liderança de Doramas, um caudilho guanche de origem plebeia, constituiu o último grande foco insurgente.

A partir da derrota de Doramas e da exterminação da resistência em Orotava, a submissão era inelutável, com alguns dos últimos resistentes a cometerem suicídio ritual, saltando de falésias.
Eu podia e pretendia continuar... mas é loucura. Isso é como discutir com um terraplanista.

Kardec tá pretendendo ser tão claro e didático que cirurgicamente pinça dois exemplos clássicos de extermínio massivo!

Ele vê como perspectiva de evolução da humanidade a "ampliação das raças civilizadas" sobre o "desaparecimento das raças
selvagens" ("até que desapareçam completamente"), e em sequência menciona dois casos notórios de massacres de populações
nativas por conquistadores europeus. Não tem miscigenação nenhuma nessa história. Miscigenação que implicaria muito mais
no desaparecimento das consideradas "raças civilizadas", populacionalmente muito, muito menos numerosas que as acreditadas
"raças selvagens".

Quanto mais se destrincha, mas evidente fica a barbaridade das concepções do autor. Mas que seriam tomadas com naturalidade
na sua época.

O que Kardec realmente pensa é afirmado, reafirmado e confirmado por todos estes textos. O tempo todo. Porque estas ideias
não chocariam a nenhum dos seus contemporâneos e não seriam alvo de crítica ou recriminação. Ele não disfarça nem enrola
como faria um racista moderno porque esse tipo de visão racista era dada como fato na época. Ao contrário, chocaria
seus contemporâneos se dissesse que um negro poderia ser presidente dos Estados Unidos. Mas nenhum espírito profético
fez o favor de lhe confidenciar essa profecia.

Re: Espiritismo e Racismo

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Fernando Silva escreveu:
Dom, 12 Abril 2020 - 12:16 pm
Cal Kestis escreveu:
Sáb, 11 Abril 2020 - 22:49 pm
Parágrafo seguinte:
"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados"
(Allan Kardec, A Gênese, ed. LAKE p. 187).
Esse capítulo nem merecia comentar porque está claro que Kardec está falando das espécies humanas antigas. É um capítulo do livro Gênsesi, onde Kardec espõe a teoria da evolução dos corpos humanos. O que ele está dizendo ai é que a as raças mais inteligentes, como os homo sapiens progrediram mais do que o neandertais ou H. heidelbergensis, por exemplo. Isso é consenso científico neh?
Será que Kardec estava falando de neandertais e H. Heidelbergensis? Ele deixa isto claro? Onde?
O mais provável é que ele estivesse comparando seres humanos contemporâneos (africanos x asiáticos x europeus).
Veja que o texto citado acima considera os chineses mais próximos dos selvagens que os europeus, portanto inferiores. E fala dos "selvagens" como povos atuais, não como raças extintas.
De jeito nenhum. O tempo todo ele se refere a raças contemporâneas: fala de negros fadados às plantações de cana e algodão, cita Guanches e Caraíbas.

E como você observou, Kardec até monta uma hierarquia de raças quando classifica europeus como superiores a chineses e estes superiores a africanos.

Tudo isso aí é pensamento desejoso do Cal.

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Pedro Reis escreveu:Eu tô vendo aqui um grau de negação da realidade compatível com certos devaneios de terraplanistas.
Um certo grau? =))

São todos iguais, cada qual com seu tipo de "Terra Plana".

Em breve vão aparecer defendendo William Crookes com discursos fantásticos sobre galvanometria. Aguarde.

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Mensagem por Ricardo »

Se Allan Kardec fosse Racista , ele não escreveria isso.

“[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na
Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria,
faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções
estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e
mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os
ESTÚPIDOS PRECONCEITOS DE COR.”(Revista Espírita, 1861, p. 432.)

“Nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada crêem; para
espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que
lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem
distinção de RAÇA, casta, seita, COR, opinião política ou religiosa;
numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento
de caridade, de fraternidade e deveres sociais.” (KARDEC, Allan.
Revista Espírita de 1863 - 1a.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - janeiro de 1863.)

“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos,
SEM DISTINÇÃO DE RAÇAS, nem de crenças, porque em todos os
homens vê irmãos seus.” (O Evangelho segundo o Espiritismo,
Cap. XVII, item 3, p. 348)

Questão 799 de o Livro dos Espíritos
799 – De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o
progresso?
– Destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele
faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A
vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreen-
derá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo
os preconceitos de seitas, de castas e de COR , ele ensina aos homens a
grande solidariedade que deve uni-los como irmãos.

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 13:48 pm

Mensagem por Gigaview »

Off_topic:
Seja bem-vindo Ricardo!

Se desejar use o tópico de apresentações e boas-vindas para nos contar um pouco da sua história, seus assuntos preferidos e como descobriu o nosso clube.

viewtopic.php?f=11&t=56

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
Mensagens: 3013
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 13:48 pm

Mensagem por Gigaview »

Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 08:37 am
Se Allan Kardec fosse Racista , ele não escreveria isso.

“[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na
Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria,
faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções
estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e
mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os
ESTÚPIDOS PRECONCEITOS DE COR.”(Revista Espírita, 1861, p. 432.)

“Nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada crêem; para
espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que
lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem
distinção de RAÇA, casta, seita, COR, opinião política ou religiosa;
numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento
de caridade, de fraternidade e deveres sociais.” (KARDEC, Allan.
Revista Espírita de 1863 - 1a.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - janeiro de 1863.)

“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos,
SEM DISTINÇÃO DE RAÇAS, nem de crenças, porque em todos os
homens vê irmãos seus.” (O Evangelho segundo o Espiritismo,
Cap. XVII, item 3, p. 348)

Questão 799 de o Livro dos Espíritos
799 – De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o
progresso?
– Destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele
faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A
vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreen-
derá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo
os preconceitos de seitas, de castas e de COR , ele ensina aos homens a
grande solidariedade que deve uni-los como irmãos.
Pois é, parece contraditório...sabemos que Kardec "filtrava" as bobagens enviadas pelos "espíritos" mas deixou passar muito racismo, dentre outras idiotices, que consta ainda hoje nas principais "escrituras" espíritas. Se não era racista, por que incluiu tantos pontos de vista racistas de "espíritos superiores" na compilação obras?

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
Mensagens: 54
Registrado em: Sáb, 05 Setembro 2020 - 10:16 am

Mensagem por Ricardo »

Gigaview escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 12:25 pm
Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 08:37 am
Se Allan Kardec fosse Racista , ele não escreveria isso.

“[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na
Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria,
faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções
estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e
mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os
ESTÚPIDOS PRECONCEITOS DE COR.”(Revista Espírita, 1861, p. 432.)

“Nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada crêem; para
espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que
lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem
distinção de RAÇA, casta, seita, COR, opinião política ou religiosa;
numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento
de caridade, de fraternidade e deveres sociais.” (KARDEC, Allan.
Revista Espírita de 1863 - 1a.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - janeiro de 1863.)

“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos,
SEM DISTINÇÃO DE RAÇAS, nem de crenças, porque em todos os
homens vê irmãos seus.” (O Evangelho segundo o Espiritismo,
Cap. XVII, item 3, p. 348)

Questão 799 de o Livro dos Espíritos
799 – De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o
progresso?
– Destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele
faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A
vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreen-
derá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo
os preconceitos de seitas, de castas e de COR , ele ensina aos homens a
grande solidariedade que deve uni-los como irmãos.
Pois é, parece contraditório...sabemos que Kardec "filtrava" as bobagens enviadas pelos "espíritos" mas deixou passar muito racismo, dentre outras idiotices, que consta ainda hoje nas principais "escrituras" espíritas. Se não era racista, por que incluiu tantos pontos de vista racistas de "espíritos superiores" na compilação obras?
Na época, Allan Kardec sabia apenas o que vários autores contavam a
respeito dos selvagens africanos, sempre reduzidos ao embrutecimento quase total,
quando não escravizados impiedosamente.
É baseado nesses informes “científicos” da época que o Codificador repete,
com outras palavras, o que os pesquisadores europeus descreviam quando de volta
das viagens que faziam à África negra.

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 13:48 pm

Mensagem por Gigaview »

Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 13:37 pm
Gigaview escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 12:25 pm
Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 08:37 am
Se Allan Kardec fosse Racista , ele não escreveria isso.

“[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na
Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria,
faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções
estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e
mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os
ESTÚPIDOS PRECONCEITOS DE COR.”(Revista Espírita, 1861, p. 432.)

“Nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada crêem; para
espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que
lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem
distinção de RAÇA, casta, seita, COR, opinião política ou religiosa;
numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento
de caridade, de fraternidade e deveres sociais.” (KARDEC, Allan.
Revista Espírita de 1863 - 1a.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - janeiro de 1863.)

“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos,
SEM DISTINÇÃO DE RAÇAS, nem de crenças, porque em todos os
homens vê irmãos seus.” (O Evangelho segundo o Espiritismo,
Cap. XVII, item 3, p. 348)

Questão 799 de o Livro dos Espíritos
799 – De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o
progresso?
– Destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele
faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A
vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreen-
derá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo
os preconceitos de seitas, de castas e de COR , ele ensina aos homens a
grande solidariedade que deve uni-los como irmãos.
Pois é, parece contraditório...sabemos que Kardec "filtrava" as bobagens enviadas pelos "espíritos" mas deixou passar muito racismo, dentre outras idiotices, que consta ainda hoje nas principais "escrituras" espíritas. Se não era racista, por que incluiu tantos pontos de vista racistas de "espíritos superiores" na compilação obras?
Na época, Allan Kardec sabia apenas o que vários autores contavam a
respeito dos selvagens africanos, sempre reduzidos ao embrutecimento quase total,
quando não escravizados impiedosamente.
É baseado nesses informes “científicos” da época que o Codificador repete,
com outras palavras, o que os pesquisadores europeus descreviam quando de volta
das viagens que faziam à África negra.
O Codificador repetiu a mensagem dos "espíritos superiores" como verdade, que é indiscutivelmente racista. E não faz sentido alguém codificar bobagens como fundamento de uma crença estando em desacordo com elas, mesmo que tenha pontos em comum com os informes científicos da época. Ele próprio relatatou ter feito uma filtragem no trabalho das médiuns, então por que deixou passar? Kardec não estava codificando a opinião daquilo que recebia como informe científico, ele tinha a sua própria equipe de médiuns para fazer contato direto com aquilo que julgava verdade, proveniente do mundo espiritual. As outras bobagens "cientíticas" incluídas nos livros fundamentais do espiritismo são grotescas e muitas delas já foram citadas e discutidas aqui no fórum evidenciando que os "espíritos superiores" estavam mal informados ou não tinham plena compreensão da Ciência da época.

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Mensagem por Ricardo »

Gigaview escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 15:09 pm
Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 13:37 pm
Gigaview escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 12:25 pm
Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 08:37 am
Se Allan Kardec fosse Racista , ele não escreveria isso.

“[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na
Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria,
faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções
estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e
mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os
ESTÚPIDOS PRECONCEITOS DE COR.”(Revista Espírita, 1861, p. 432.)

“Nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada crêem; para
espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que
lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem
distinção de RAÇA, casta, seita, COR, opinião política ou religiosa;
numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento
de caridade, de fraternidade e deveres sociais.” (KARDEC, Allan.
Revista Espírita de 1863 - 1a.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - janeiro de 1863.)

“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos,
SEM DISTINÇÃO DE RAÇAS, nem de crenças, porque em todos os
homens vê irmãos seus.” (O Evangelho segundo o Espiritismo,
Cap. XVII, item 3, p. 348)

Questão 799 de o Livro dos Espíritos
799 – De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o
progresso?
– Destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele
faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A
vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreen-
derá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo
os preconceitos de seitas, de castas e de COR , ele ensina aos homens a
grande solidariedade que deve uni-los como irmãos.
Pois é, parece contraditório...sabemos que Kardec "filtrava" as bobagens enviadas pelos "espíritos" mas deixou passar muito racismo, dentre outras idiotices, que consta ainda hoje nas principais "escrituras" espíritas. Se não era racista, por que incluiu tantos pontos de vista racistas de "espíritos superiores" na compilação obras?
Na época, Allan Kardec sabia apenas o que vários autores contavam a
respeito dos selvagens africanos, sempre reduzidos ao embrutecimento quase total,
quando não escravizados impiedosamente.
É baseado nesses informes “científicos” da época que o Codificador repete,
com outras palavras, o que os pesquisadores europeus descreviam quando de volta
das viagens que faziam à África negra.
O Codificador repetiu a mensagem dos "espíritos superiores" como verdade, que é indiscutivelmente racista. E não faz sentido alguém codificar bobagens como fundamento de uma crença estando em desacordo com elas, mesmo que tenha pontos em comum com os informes científicos da época. Ele próprio relatatou ter feito uma filtragem no trabalho das médiuns, então por que deixou passar? Kardec não estava codificando a opinião daquilo que recebia como informe científico, ele tinha a sua própria equipe de médiuns para fazer contato direto com aquilo que julgava verdade, proveniente do mundo espiritual. As outras bobagens "cientíticas" incluídas nos livros fundamentais do espiritismo são grotescas e muitas delas já foram citadas e discutidas aqui no fórum evidenciando que os "espíritos superiores" estavam mal informados ou não tinham plena compreensão da Ciência da época.
David Hume

.

Eu estou em condições de suspeitar serem os negros naturalmente inferiores aos brancos. Praticamente não houve nações civilizadas de tal compleição, nem mesmo qualquer indivíduo de destaque, seja em ações seja em investigação teórica. Não há artesãos engenhosos entre eles, não há artes, não há ciência. Por outro lado, os mais rudes e bárbaros dos brancos, como os antigos alemães, os atuais tártaros, têm ainda algo de eminente entre eles, em sua coragem, forma de governo, ou alguma outra particularidade. Tal diferença uniforme e constante não poderia ocorrer, em tantos países e épocas, se a natureza não tivesse feito uma distinção original entre essas raças de homens. Sem citar as nossas colônias, há escravos negros dispersos por toda a Europa, dos quais ninguém alguma vez descobriu quaisquer sinais de criatividade, embora pessoas de baixa condição, sem educação, venham a progredir entre nós, e destaquem-se em cada profissão. Na Jamaica, realmente, falam de um negro de posição e estudo, mas provavelmente ele é admirado por realização muito limitada como um papagaio, que fala umas poucas palavras claramente.

David Hume, Of National Characters (1748) in David Hume, Essays: Moral, Political and Literary, editado por T.H. Green e T. Grose, Longmans, Green and Co., London, 1875, Vol. 1, p. 252. Tradução nossa.
https://www.nacaomestica.org/HumeMFP.htm

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Mensagem por Ricardo »

Essa frase de David Hume, não significa que ele , era racista e odiava os negros.

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Mensagem por Ricardo »

Se existisse ideologia racista no espiritismo,não existiria espíritas negros!
https://www.youtube.com/watch?v=aBz7On9uxfc

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 15:57 pm
Se existisse ideologia racista no espiritismo,não existiria espíritas negros!
https://www.youtube.com/watch?v=aBz7On9uxfc
Isso é mais ou menos como afirmar que não haveria católicos se eles tivessem pleno conhecimento das atrocidades cometidas pela Igreja no passado.

A maioria dos espíritas não se aprofunda nos detalhes da doutrina e normalmente possuem uma vaga idéia do que é de fato o espiritismo. As pessoas simplesmente acreditam porque decidiram acreditar e tudo que for contrário à fé é objeto de malabarismos explicativos e, como se diz atualmente, de "passagem de pano". Portanto sempre será possível encontrar um "mais não é bem assim" quando a polêmica vem à tona e desenvolver discursos politicamente corretos para que ninguém fique à margem da doutrinação.

Os textos são claros e não deixam dúvidas de que são racistas, mas todo mundo tem o direito de acreditar naquilo que quiser, até em unicórnios cor-de-rosa.

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 15:44 pm
Essa frase de David Hume, não significa que ele , era racista e odiava os negros.
Não conheço evidência alguma do ódio de Kardec pelos negros, no entanto, estando à frente da edificação do espiritismo é evidente que "deixou passar" muitos textos racistas nos alicerces da doutrina, o que demonstra que ele concordava com a palavra dos "espíritos superiores", senão teriam sido censurados de alguma forma.

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 15:57 pm
Se existisse ideologia racista no espiritismo,não existiria espíritas negros!
https://www.youtube.com/watch?v=aBz7On9uxfc
Se o islamismo tratasse as mulheres como inferiores, não haveria mulheres islamitas ?

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Gigaview escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 19:09 pm
Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 15:44 pm
Essa frase de David Hume, não significa que ele , era racista e odiava os negros.
Não conheço evidência alguma do ódio de Kardec pelos negros, no entanto, estando à frente da edificação do espiritismo é evidente que "deixou passar" muitos textos racistas nos alicerces da doutrina, o que demonstra que ele concordava com a palavra dos "espíritos superiores", senão teriam sido censurados de alguma forma.
Não se trata de ódio e sim de considerá-los inferiores por natureza.

Re: Espiritismo e Racismo

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Mensagem por Fernando Silva »

Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 08:37 am
Se Allan Kardec fosse Racista , ele não escreveria isso.

“[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na
Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria,
faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções
estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e
mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os
ESTÚPIDOS PRECONCEITOS DE COR.”(Revista Espírita, 1861, p. 432.)
Uma pessoa pode se considerar superior a outra em inteligência e, ainda sim, tratá-la com bondade e respeito.
É o que os adultos fazem com as crianças.

Muitos espíritas alegam que não há racismo porque os corpos físicos dos africanos ficarão para trás, mas os espíritos irão evoluindo até poderem se reencarnar em corpos europeus. Como a inferioridade é temporária, eles não se consideram racistas.

Re: Espiritismo e Racismo

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Mensagem por Ricardo »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 08:50 am
Gigaview escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 19:09 pm
Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 15:44 pm
Essa frase de David Hume, não significa que ele , era racista e odiava os negros.
Não conheço evidência alguma do ódio de Kardec pelos negros, no entanto, estando à frente da edificação do espiritismo é evidente que "deixou passar" muitos textos racistas nos alicerces da doutrina, o que demonstra que ele concordava com a palavra dos "espíritos superiores", senão teriam sido censurados de alguma forma.
Não se trata de ódio e sim de considerá-los inferiores por natureza.
https://www.youtube.com/watch?v=i-wGCoHwG9E

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Ricardo escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:16 am
Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 08:50 am
Não se trata de ódio e sim de considerá-los inferiores por natureza.
https://www.youtube.com/watch?v=i-wGCoHwG9E
Não entendi. O que este vídeo tem a ver com o assunto?

Re: Espiritismo e Racismo

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Mensagem por Ricardo »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:22 am
Ricardo escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:16 am
Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 08:50 am
Não se trata de ódio e sim de considerá-los inferiores por natureza.
https://www.youtube.com/watch?v=i-wGCoHwG9E
Não entendi. O que este vídeo tem a ver com o assunto?
Os Sentineleses,são considerados iguais por natureza ? apesar de " viverem isolados há 60 mil anos e serem vulneráveis às doenças que consideramos comuns. O contacto com os sentineleses é proibido. Mataram um missionário norte-americano que queria evangelizá-los".

Re: Espiritismo e Racismo

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Mensagem por Gigaview »

Esse vídeo sobre os sentineleses me fez lembrar dos guanches, o povo nativo das Ilhas Canárias que viviam na Idade da Pedra até serem encontrados e dizimados pelos colonizadores espanhóis.

Os guanches tinham " tez e olhos claros, cabelos por vezes loiros e elevada estatura, que levaram alguns investigadores a atribuir-lhe uma origem germânica ou celta". https://pt.wikipedia.org/wiki/Guanches

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 13:37 pm
Gigaview escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 12:25 pm
Ricardo escreveu:
Dom, 06 Setembro 2020 - 08:37 am
Se Allan Kardec fosse Racista , ele não escreveria isso.

“[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na
Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria,
faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções
estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e
mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os
ESTÚPIDOS PRECONCEITOS DE COR.”(Revista Espírita, 1861, p. 432.)

“Nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada crêem; para
espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que
lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem
distinção de RAÇA, casta, seita, COR, opinião política ou religiosa;
numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento
de caridade, de fraternidade e deveres sociais.” (KARDEC, Allan.
Revista Espírita de 1863 - 1a.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - janeiro de 1863.)

“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos,
SEM DISTINÇÃO DE RAÇAS, nem de crenças, porque em todos os
homens vê irmãos seus.” (O Evangelho segundo o Espiritismo,
Cap. XVII, item 3, p. 348)

Questão 799 de o Livro dos Espíritos
799 – De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o
progresso?
– Destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele
faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A
vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreen-
derá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo
os preconceitos de seitas, de castas e de COR , ele ensina aos homens a
grande solidariedade que deve uni-los como irmãos.
Pois é, parece contraditório...sabemos que Kardec "filtrava" as bobagens enviadas pelos "espíritos" mas deixou passar muito racismo, dentre outras idiotices, que consta ainda hoje nas principais "escrituras" espíritas. Se não era racista, por que incluiu tantos pontos de vista racistas de "espíritos superiores" na compilação obras?
Na época, Allan Kardec sabia apenas o que vários autores contavam a
respeito dos selvagens africanos, sempre reduzidos ao embrutecimento quase total,
quando não escravizados impiedosamente.
É baseado nesses informes “científicos” da época que o Codificador repete,
com outras palavras, o que os pesquisadores europeus descreviam quando de volta
das viagens que faziam à África negra.
viewtopic.php?p=6911#p6911

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Ricardo escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:40 am
Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:22 am
Ricardo escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:16 am
Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 08:50 am
Não se trata de ódio e sim de considerá-los inferiores por natureza.
https://www.youtube.com/watch?v=i-wGCoHwG9E
Não entendi. O que este vídeo tem a ver com o assunto?
Os Sentineleses,são considerados iguais por natureza ? apesar de " viverem isolados há 60 mil anos e serem vulneráveis às doenças que consideramos comuns. O contacto com os sentineleses é proibido. Mataram um missionário norte-americano que queria evangelizá-los".
Continuo não entendendo.

Esse povo vive isolado por decisão própria e sua vontade é respeitada. Ainda mais porque são vulneráveis às nossas doenças. O mesmo acontece (ou deveria acontecer) com várias tribos indígenas brasileiras.

O que isto tem a ver com o debate sobre o racismo espírita?

Re: Espiritismo e Racismo

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Mensagem por Ricardo »

Fernando Silva escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 08:31 am
Ricardo escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:40 am
Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:22 am
Ricardo escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 09:16 am
Fernando Silva escreveu:
Seg, 07 Setembro 2020 - 08:50 am
Não se trata de ódio e sim de considerá-los inferiores por natureza.
https://www.youtube.com/watch?v=i-wGCoHwG9E
Não entendi. O que este vídeo tem a ver com o assunto?
Os Sentineleses,são considerados iguais por natureza ? apesar de " viverem isolados há 60 mil anos e serem vulneráveis às doenças que consideramos comuns. O contacto com os sentineleses é proibido. Mataram um missionário norte-americano que queria evangelizá-los".
Continuo não entendendo.

Esse povo vive isolado por decisão própria e sua vontade é respeitada. Ainda mais porque são vulneráveis às nossas doenças. O mesmo acontece (ou deveria acontecer) com várias tribos indígenas brasileiras.

O que isto tem a ver com o debate sobre o racismo espírita?
Só há racismo, quando existe ódio,o que Kardec escreveu prova que ele não odiava os negros !

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Ricardo escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 09:04 am
Só há racismo, quando existe ódio,o que Kardec escreveu prova que ele não odiava os negros !
Discordo. Você pode tratar bem os negros e, ainda assim, considerá-los inferiores.
Assim como quando cria com amor as crianças embora saiba que lhes falta o conhecimento e a capacidade mental dos adultos.
Assim como tem amor aos animais de estimação mesmo sabendo que estão longe de alcançar o entendimento humano.

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Mensagem por Ricardo »

Fernando Silva escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 09:20 am
Ricardo escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 09:04 am
Só há racismo, quando existe ódio,o que Kardec escreveu prova que ele não odiava os negros !
Discordo. Você pode tratar bem os negros e, ainda assim, considerá-los inferiores.
Assim como quando cria com amor as crianças embora saiba que lhes falta o conhecimento e a capacidade mental dos adultos.
Assim como tem amor aos animais de estimação mesmo sabendo que estão longe de alcançar o entendimento humano.

“Os privilégios de raças têm sua origem na abstração que os homens
geralmente fazem do princípio espiritual, para considerar apenas o ser
material exterior. Da força ou da fraqueza constitucional de uns, de uma
diferença de cor em outros, do nascimento na opulência ou na miséria, da
filiação consangüínea nobre ou plebéia, concluíram por uma superioridade
ou uma inferioridade natural. Foi sobre este dado que estabeleceram suas
leis sociais e os privilégios de raças. Deste ponto de vista circunscrito, são
conseqüentes consigo mesmos, porquanto, não considerando senão a vida
material, certas classes parecem pertencer, e realmente pertencem, a raças
diferentes. Mas se se tomar seu ponto de vista do ser espiritual, do ser
essencial e progressivo, numa palavra, do Espírito, preexistente e
sobrevivente a tudo, cujo corpo não passa de um invólucro temporário,
variando, como a roupa, de forma e de cor; se, além disso, do estudo dos
seres espirituais ressalta a prova de que esses seres são de natureza e de
origem idênticas, que seu destino é o mesmo, que todos partem do mesmo
ponto e tendem para o mesmo objetivo; que a vida corporal não passa de
um incidente, uma das fases da vida do Espírito, necessária ao seu adiantamento intelectual e moral; que em vista desse avanço o Espírito
pode sucessivamente revestir envoltórios diversos, nascer em posições
diferentes, chega-se à conseqüência capital da igualdade de natureza e, a
partir daí, à igualdade dos direitos sociais de todas as criaturas humanas
e à abolição dos privilégios de RAÇAS. Eis o que ensina o Espiritismo. Vós
que negais a existência do Espírito para considerar apenas o homem
corporal, a perpetuidade do ser inteligente para só encarar a vida
presente, repudiais o único princípio sobre o qual é fundada, com razão,
a igualdade de direitos que reclamais para vós mesmos e para os vossos
semelhantes.” (Revista Espírita, 1867, p. 231.)

“Hoje crêem e sua fé é inabalável, porque assentada na evidência e na
demonstração, e porque satisfaz à razão. [...]. Tal é a fé dos espíritas, e a
prova de sua força é que se esforçam por se tornarem melhores, domarem
suas inclinações más e porem em prática as máximas do Cristo, olhando
todos os homens como irmãos, sem acepção de RAÇAS, de castas, nem de
seitas, perdoando aos seus inimigos, retribuindo o mal com o bem, a
exemplo do divino modelo.” (KARDEC, Allan. Revista Espírita de 1868.1a.ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2005. p. 28, janeiro de 1868.)”

“Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de RAÇAS e de castas,
pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou
proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De
todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da
escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há
que prime, em lógica, ao fato material da reencarnação. Se, pois, a
reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade
universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos
sociais e, por conseguinte, o da liberdade. (A Gênese, cap. I, item 36, p.
42-43.

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Ok...sugiro que você convença os espíritos superiores e quem tem os direitos de publicação que os textos racistas presentes nas obras (e isso é indiscutível) sejam excluídos ou alterados, porque é no mínimo uma vergonha sustentar aqueles pontos ou fingir que eles não existem.

Re: Espiritismo e Racismo

AndarilhoTerrestre
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Mensagem por AndarilhoTerrestre »

Gigaview escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 11:00 am
Ok...sugiro que você convença os espíritos superiores e quem tem os direitos de publicação que os textos racistas presentes nas obras (e isso é indiscutível) sejam excluídos ou alterados, porque é no mínimo uma vergonha sustentar aqueles pontos ou fingir que eles não existem.
Não só Kardec mostrou-se racista ao extremo.

Um de seu espírito de plantão, se não me falha memória, um dos principais, "superior" disse que os negros desaparecerão da Terra:

Kardec faz a pergunta e o espirito "de luz" São Luiz responde em seguida:

"9. (A São Luís) ─ A raça negra é realmente inferior?
─ A raça negra desaparecerá da Terra. Ela foi feita para uma latitude diferente da vossa."

"12. (A São Luís) ─ É certo que por vezes os brancos reencarnam em corpos negros?
─ Sim. Quando, por exemplo, um senhor maltratou um escravo, pode pedir, como expiação, para viver num corpo de negro, a fim de sofrer por sua vez aquilo que fez sofrer e, por esse meio, adiantar-se e obter o perdão de Deus."

Agora, GIGA, discordo de "excluir ou alterar" : se fizessem isso eu não ficaria sabendo desse texto podre. Creio que a nota que já circula nos livros seja o "menos pior".

Fonte:
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estu ... -pai-cesar

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

AndarilhoTerrestre escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 16:23 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 11:00 am
Ok...sugiro que você convença os espíritos superiores e quem tem os direitos de publicação que os textos racistas presentes nas obras (e isso é indiscutível) sejam excluídos ou alterados, porque é no mínimo uma vergonha sustentar aqueles pontos ou fingir que eles não existem.
Agora, GIGA, discordo de "excluir ou alterar" : se fizessem isso eu não ficaria sabendo desse texto podre. Creio que a nota que já circula nos livros seja o "menos pior".

Tem razão...

Re: Espiritismo e Racismo

AndarilhoTerrestre
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Mensagem por AndarilhoTerrestre »

Isso já rendeu processos, termos de ajustamentos, "propostas de recolhimento das obras" . Vejam:

http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/41 ... inacao.pdf

https://www.conjur.com.br/2011-mai-31/l ... iz-federal

Já perguntei a algumas amigos espíritas se conheciam essas temáticas: uns "desconversam na maior", outros dizem que "Kardec vivia em um meio que se pensava assim" , mas nenhum parou para pensar que um "espirito que tudo sabe, afinal viveu milhares de vezes" respondeu o absurdo de que negros iriam desaparecer. Isso não foi Kardec quem disse (naturalmente foi um médium "puxa-saco" dele, que escreveu isso porque sabe que Kardec tinha essa opinião".)

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

De qualquer modo, visto sob essa ótica jurídica, fica caracterizado o reconhecimento de que os textos são de fato racistas, tanto que foi exigido uma nota explicativa.

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Ricardo escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 10:07 am
Deste ponto de vista circunscrito, são
conseqüentes consigo mesmos, porquanto, não considerando senão a vida
material, certas classes parecem pertencer, e realmente pertencem, a raças
diferentes. Mas se se tomar seu ponto de vista do ser espiritual, do ser
essencial e progressivo, numa palavra, do Espírito, preexistente e
sobrevivente a tudo, cujo corpo não passa de um invólucro temporário,
variando, como a roupa, de forma e de cor; se, além disso, do estudo dos
seres espirituais ressalta a prova de que esses seres são de natureza e de
origem idênticas, que seu destino é o mesmo, que todos partem do mesmo
ponto e tendem para o mesmo objetivo; que a vida corporal não passa de
um incidente, uma das fases da vida do Espírito, necessária ao seu
adiantamento intelectual e moral; que em vista desse avanço o Espírito
pode sucessivamente revestir envoltórios diversos, nascer em posições
diferentes, chega-se à conseqüência capital da igualdade de natureza e, a
partir daí, à igualdade dos direitos sociais de todas as criaturas humanas
e à abolição dos privilégios de RAÇAS. Eis o que ensina o Espiritismo.
Resumindo o seu enorme texto:
"O que importa é o espírito e não o corpo em que ele está encarnado e que não passa de um invólucro temporário".

O que traz de volta o que eu disse mais acima: sabemos que as crianças são apenas temporariamente limitadas em corpo e inteligência e que um dia serão adultas como nós, mas isto não impede que as tratemos como limitadas e ignorantes, impondo a elas nossa autoridade.

Re: Espiritismo e Racismo

AndarilhoTerrestre
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Mensagem por AndarilhoTerrestre »

Gigaview escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 16:59 pm
De qualquer modo, visto sob essa ótica jurídica, fica caracterizado o reconhecimento de que os textos são de fato racistas, tanto que foi exigido uma nota explicativa.
Sim!
Pelo que entendi a "defesa" sustentou "indiretamente" que há sim trechos racistas, mas que há outros trechos que demonstram o espiritismo ser contra o racismo, preconceito entre raças etc.

Se o desfecho fosse outro, talvez o juiz mandasse até mesmo recolher todas as obras. A nota explicativa deve ter sido ideia dos advogados espiritas.

Ao escrever isto me lembrei da Biblia por exemplo: no mesmo livro há inumeras contradições:

- Deus não é violento e Deus é violento; é ciumento ou não é ciumento, é apegado ou desapegado ; forma como morreu Judas ;

Jesus pregava o amor e respeito e tolerância (será? vide a revolta dele dentro do templo onde revira tudo, não tolerar os fariseus quando até mesmo passavam nas ruas! ; abandonar pai e mãe e por aí vai)

O que quero dizer é que sempre vai ter o lado da "defesa".

Quando descobri ou percebi os textos racistas eu tinha 15 anos de envolvimento com o Espiritismo , achei nojenta a forma como Kardec escreveu. Como um prepotente mesmo, tinha na sua mente que os europeus brancos eram superiores e mais bonitos!

Nota:acho até mesmo que demorei : 15 anos para perceber! é que eu era mais focado nas tais obras "básicas", se bem que nelas há vestigios de racismo sim. Mas o mais direto está no livro de Obras Postumas e Revista Espirita , livros não adotados nos cursos e palestras.

Re: Espiritismo e Racismo

AndarilhoTerrestre
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Mensagem por AndarilhoTerrestre »

Fernando Silva escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 07:52 am
Ricardo escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 10:07 am
Deste ponto de vista circunscrito, são
conseqüentes consigo mesmos, porquanto, não considerando senão a vida
material, certas classes parecem pertencer, e realmente pertencem, a raças
diferentes. Mas se se tomar seu ponto de vista do ser espiritual, do ser
essencial e progressivo, numa palavra, do Espírito, preexistente e
sobrevivente a tudo, cujo corpo não passa de um invólucro temporário,
variando, como a roupa, de forma e de cor; se, além disso, do estudo dos
seres espirituais ressalta a prova de que esses seres são de natureza e de
origem idênticas, que seu destino é o mesmo, que todos partem do mesmo
ponto e tendem para o mesmo objetivo; que a vida corporal não passa de
um incidente, uma das fases da vida do Espírito, necessária ao seu
adiantamento intelectual e moral; que em vista desse avanço o Espírito
pode sucessivamente revestir envoltórios diversos, nascer em posições
diferentes, chega-se à conseqüência capital da igualdade de natureza e, a
partir daí, à igualdade dos direitos sociais de todas as criaturas humanas
e à abolição dos privilégios de RAÇAS. Eis o que ensina o Espiritismo.
Resumindo o seu enorme texto:
"O que importa é o espírito e não o corpo em que ele está encarnado e que não passa de um invólucro temporário".

O que traz de volta o que eu disse mais acima: sabemos que as crianças são apenas temporariamente limitadas em corpo e inteligência e que um dia serão adultas como nós, mas isto não impede que as tratemos como limitadas e ignorantes, impondo a elas nossa autoridade.

Kardec e os espiritos se contradizem bastante na parte do espírito ser mais importante que o corpo.

Em várias passagens eles taxam como inferiores Chineses, afro-descendentes .

E claro, quer maior apegado ao corpo que precisar encarnar para aprender??? :cry: :shock: Se não houvesse apego, se fosse só o espirito importante, BOLAS, RAIOS, reencarnação para quê?

O espiritismo é uma colcha de retalhos, Kardec pincelou um montão de textos de tudo quanto é filosofia, a verdade é essa. E apresentou como novidade...

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Mensagem por Ricardo »

AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 11:50 am
Fernando Silva escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 07:52 am
Ricardo escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 10:07 am
Deste ponto de vista circunscrito, são
conseqüentes consigo mesmos, porquanto, não considerando senão a vida
material, certas classes parecem pertencer, e realmente pertencem, a raças
diferentes. Mas se se tomar seu ponto de vista do ser espiritual, do ser
essencial e progressivo, numa palavra, do Espírito, preexistente e
sobrevivente a tudo, cujo corpo não passa de um invólucro temporário,
variando, como a roupa, de forma e de cor; se, além disso, do estudo dos
seres espirituais ressalta a prova de que esses seres são de natureza e de
origem idênticas, que seu destino é o mesmo, que todos partem do mesmo
ponto e tendem para o mesmo objetivo; que a vida corporal não passa de
um incidente, uma das fases da vida do Espírito, necessária ao seu
adiantamento intelectual e moral; que em vista desse avanço o Espírito
pode sucessivamente revestir envoltórios diversos, nascer em posições
diferentes, chega-se à conseqüência capital da igualdade de natureza e, a
partir daí, à igualdade dos direitos sociais de todas as criaturas humanas
e à abolição dos privilégios de RAÇAS. Eis o que ensina o Espiritismo.
Resumindo o seu enorme texto:
"O que importa é o espírito e não o corpo em que ele está encarnado e que não passa de um invólucro temporário".

O que traz de volta o que eu disse mais acima: sabemos que as crianças são apenas temporariamente limitadas em corpo e inteligência e que um dia serão adultas como nós, mas isto não impede que as tratemos como limitadas e ignorantes, impondo a elas nossa autoridade.

Kardec e os espiritos se contradizem bastante na parte do espírito ser mais importante que o corpo.

Em várias passagens eles taxam como inferiores Chineses, afro-descendentes .

E claro, quer maior apegado ao corpo que precisar encarnar para aprender??? :cry: :shock: Se não houvesse apego, se fosse só o espirito importante, BOLAS, RAIOS, reencarnação para quê?

O espiritismo é uma colcha de retalhos, Kardec pincelou um montão de textos de tudo quanto é filosofia, a verdade é essa. E apresentou como novidade...
O Espiritismo, caminhando com o progressso, não será
jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que
está em ERRO sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma
nova verdade se revela, ele a aceita.

Re: Espiritismo e Racismo

AndarilhoTerrestre
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Registrado em: Seg, 06 Abril 2020 - 16:13 pm

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Ricardo escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 16:14 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 11:50 am
Fernando Silva escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 07:52 am
Ricardo escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 10:07 am
Deste ponto de vista circunscrito, são
conseqüentes consigo mesmos, porquanto, não considerando senão a vida
material, certas classes parecem pertencer, e realmente pertencem, a raças
diferentes. Mas se se tomar seu ponto de vista do ser espiritual, do ser
essencial e progressivo, numa palavra, do Espírito, preexistente e
sobrevivente a tudo, cujo corpo não passa de um invólucro temporário,
variando, como a roupa, de forma e de cor; se, além disso, do estudo dos
seres espirituais ressalta a prova de que esses seres são de natureza e de
origem idênticas, que seu destino é o mesmo, que todos partem do mesmo
ponto e tendem para o mesmo objetivo; que a vida corporal não passa de
um incidente, uma das fases da vida do Espírito, necessária ao seu
adiantamento intelectual e moral; que em vista desse avanço o Espírito
pode sucessivamente revestir envoltórios diversos, nascer em posições
diferentes, chega-se à conseqüência capital da igualdade de natureza e, a
partir daí, à igualdade dos direitos sociais de todas as criaturas humanas
e à abolição dos privilégios de RAÇAS. Eis o que ensina o Espiritismo.
Resumindo o seu enorme texto:
"O que importa é o espírito e não o corpo em que ele está encarnado e que não passa de um invólucro temporário".

O que traz de volta o que eu disse mais acima: sabemos que as crianças são apenas temporariamente limitadas em corpo e inteligência e que um dia serão adultas como nós, mas isto não impede que as tratemos como limitadas e ignorantes, impondo a elas nossa autoridade.

Kardec e os espiritos se contradizem bastante na parte do espírito ser mais importante que o corpo.

Em várias passagens eles taxam como inferiores Chineses, afro-descendentes .

E claro, quer maior apegado ao corpo que precisar encarnar para aprender??? :cry: :shock: Se não houvesse apego, se fosse só o espirito importante, BOLAS, RAIOS, reencarnação para quê?

O espiritismo é uma colcha de retalhos, Kardec pincelou um montão de textos de tudo quanto é filosofia, a verdade é essa. E apresentou como novidade...
O Espiritismo, caminhando com o progressso, não será
jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que
está em ERRO sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma
nova verdade se revela, ele a aceita.
Ricardo: cite-me 3 livros que se enquadram na sua citação. Ah, e também quem , na sua opinião, vai "chancelar" o ponto modificado? FEB, FEESP, FEAL ???
Qual vai colocar a caneta na mesa e alterar?

Eu tenho uma edição da Genese onde incluiram notas de rodapé em "avanços da ciência" mas isso não é modificação do ponto. Se quiser conferir, vide edição da CELD...

Re: Espiritismo e Racismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Ricardo escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 16:14 pm
O Espiritismo, caminhando com o progressso, não será
jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que
está em ERRO sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma
nova verdade se revela, ele a aceita.
De onde vêm essas "novas verdades e descobertas"? Dos supostos espíritos? Ou são apenas divagações filosóficas?

Serão aceitas por todas as vertentes espíritas?

Os supostos espíritos também eram racistas e evoluíram? Será que, mesmo desencarnados, eram tão limitados como nós?

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Registrado em: Sáb, 05 Setembro 2020 - 10:16 am

Mensagem por Ricardo »

Fernando Silva escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 08:30 am
Ricardo escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 16:14 pm
O Espiritismo, caminhando com o progressso, não será
jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que
está em ERRO sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma
nova verdade se revela, ele a aceita.
De onde vêm essas "novas verdades e descobertas"? Dos supostos espíritos? Ou são apenas divagações filosóficas?

Serão aceitas por todas as vertentes espíritas?

Os supostos espíritos também eram racistas e evoluíram? Será que, mesmo desencarnados, eram tão limitados como nós?
Elas vêm da ciência !

Re: Espiritismo e Racismo

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Ricardo
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Mensagem por Ricardo »

Ricardo escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 09:00 am
Fernando Silva escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 08:30 am
Ricardo escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 16:14 pm
O Espiritismo, caminhando com o progressso, não será
jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que
está em ERRO sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma
nova verdade se revela, ele a aceita.
De onde vêm essas "novas verdades e descobertas"? Dos supostos espíritos? Ou são apenas divagações filosóficas?

Serão aceitas por todas as vertentes espíritas?

Os supostos espíritos também eram racistas e evoluíram? Será que, mesmo desencarnados, eram tão limitados como nós?
Elas vêm da ciência !
Se Kardec era acompanhado por um espírito superior, o Espírito de Verdade, por que este, obviamente conhecedor das questões raciais e racistas, não lançou uma luz definitiva sobre estas questões (como fez com tantas outras!), evitando a propagação de uma ideia perniciosa (superioridade da raça branca) que viria a ser refutada e condenada mais tarde pela própria ciência? Inclusive evitaria "polêmicas" como esta que está sendo tratada .Realmente é de estranhar um espírito superior deixar passar esta ideia (se é que realmente deixou...). Por outro lado, o próprio Cristo escolheu apenas homens como apóstolos, conforme a cultura machista predominante da época que dava à mulher um papel muito insignificante na sociedade. Devemos por isso acusar o Cristo de misoginia? Obviamente não, longe disso! Cada época tem os seus valores e culturas e o que admitimos ou aceitamos com normalidade hoje, amanhã poderá ser visto como um verdadeiro absurdo. As contribuições de Kardec estão muito acima dessas questões pueris e já ultrapassadas.
Porque os Espíritos não corrigiram Kardec?. O próprio Kardec responde afirmando " como já o declaramos, eles se abstêm de nos dar o que podemos adquirir pelo trabalho". Foi e sempre será trabalho dos ENCARNADOS descobri por meio dos fatos cientificos que somos uma única espécie e o quão estávamos equivocados em pensar diferente, isso trouxe amadurecimento para a humanidade. Deixemos de pensar que os Espíritos trabalham para nós e que tem obrigação de em tudo se meter, dando sempre a chave certa para todas as teorias humanas. Se não tivessem deixado Kardec pensar como homem de seu tempo estariam se metendo no seu livre arbítrio e sabemos que isto não lhes é permitido!
Os textos de Allan Kardec: "“Frenologia Espírita e a perfectibilidade da Raça Negra” e o outro, “Teoria da Beleza”(...)foram publicados na Revista Espírita em 1862 e outro, que aparece em Obras Póstumas (portanto não foi publicado por Kardec e talvez ele não o publicasse).
Quando se estuda a Revista Espírita, que ali era um lugar em que Kardec lançava hipóteses, dialogava com as ideias da época, seja para rebatê-las, seja para aproveitar algo que lhe parecia plausível… Mas não estavam ali, na revista, os princípios consolidados do Espiritismo. Esses estão no Livro dos Espíritos, no Livro dos Médiuns e em outras obras básicas. E, mesmo assim, Kardec fez questão de avisar que se algum desses princípios fosse desmentido pelo progresso científico.
Kardec, dentro de seu etnocentrismo...por melhores as intenções e melhores as ideias que um ser humano possa conceber, ele será sempre um filho de seu tempo, com suas limitações históricas e culturais. E se a pessoa em questão, como é o caso de Kardec, pregou a fraternidade entre todos, o amor ao próximo e a igualdade, não podemos destruir todas as suas contribuições por conta desse terrível equívoco".

Re: Espiritismo e Racismo

AndarilhoTerrestre
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Mensagem por AndarilhoTerrestre »

Ricardo escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 09:40 am
Ricardo escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 09:00 am
Fernando Silva escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 08:30 am
Ricardo escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 16:14 pm
O Espiritismo, caminhando com o progressso, não será
jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que
está em ERRO sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma
nova verdade se revela, ele a aceita.
Elas vêm da ciência !
Realmente é de estranhar um espírito superior deixar passar esta ideia (se é que realmente deixou...).

Porque os Espíritos não corrigiram Kardec?. O próprio Kardec responde afirmando " como já o declaramos, eles se abstêm de nos dar o que podemos adquirir pelo trabalho". Foi e sempre será trabalho dos ENCARNADOS descobri por meio dos fatos cientificos que somos uma única espécie e o quão estávamos equivocados em pensar diferente, isso trouxe amadurecimento para a humanidade. Deixemos de pensar que os Espíritos trabalham para nós e que tem o.
ahaha, tem coisas que eles , os "espiritos" respondiam sim sim... alias muitas...

Sobre sua dúvida: "se é que realmente deixou" - deixou sim... vide o artigo abaixo. Não foram "inimigos de Kardec que incluíram tais textos";

Não mencionou "O Negro Pai César" que consta na revista espírita. Não sei se conhece o texto. Eu conheci 15 anos depois , quando ainda era espirita.

https://kardecpedia.com/roteiro-de-estu ... -pai-cesar

Trechos :

" 9. (A São Luís) ─ A raça negra é realmente inferior?

─ A raça negra desaparecerá da Terra. Ela foi feita para uma latitude diferente da vossa.

"12. (A São Luís) ─ É certo que por vezes os brancos reencarnam em corpos negros?
─ Sim. Quando, por exemplo, um senhor maltratou um escravo, pode pedir, como expiação, para viver num corpo de negro,
a fim de sofrer por sua vez aquilo que fez sofrer e, por esse meio, adiantar-se e obter o perdão de Deus."

POIS BEM , ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO AGORA: essas respostas foram o espirito SÃO LUIZ, componente FUNDAMENTAL da tal equipe do espirito VERDADE.

NÃO FOI KARDEC que disse tais coisas. Ele publicou na sua revista a resposta desse anjo de luz.

* equipe fundamental do espirito VERDADE, consta em O LIVRO DOS ESPIRITOS, parte final de PROLEGOMENOS:

São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito de Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc

NÃO CORRIGIRAM KARDEC ? Claro, os médiuns que estavam com ele pensavam como ele.

Será que todos naquela época (185X ) consideravam os negros uma parte inferior da humanidade?

Sempre defendem Kardec como "fruto de sua época" mas certamente havia muitos encarnados "não espiritas" que eram contra a frenologia da raça negra...

=======================================================================================
Gostei do blog onde há as passagens abaixo:
https://ocatequista.com.br/blog/item/99 ... a-inferior

" Mas tem muito mais. Vejam como Kardec define os nobres como ele, de nascimento europeu, e como, sem a menor cerimônia, rebaixa os nascidos em outros rincões do planeta:

"(...) por que nós, civilizados, esclarecidos, nascemos na Europa antes que na Oceania? Em corpos brancos antes que em corpos negros? Por que Deus nos isentou do longo caminho [de evolução espiritual] que o selvagem tem que percorrer?""

A resposta "genial" é, em seguida, nos ofertada:

"(...) Agiríeis inutilmente, não chegaríeis a nenhuma solução senão admitindo, para nós um progresso anterior, para o selvagem um progresso ulterior; se a alma do selvagem de progredir ulteriormente, é que ela nos alcançará; se progredimos anteriormente, é que fomos selvagens..."

Ou seja: pra ele, o negro deve evoluir espiritualmente até poder nascer no corpo de um homem branco! E reparem que Kardec entende "negro" e "selvagem" como termos sinônimos.

=========================================

Re: Espiritismo e Racismo

Gigaview
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 13:48 pm

Mensagem por Gigaview »

Ricardo escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 09:40 am
Ricardo escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 09:00 am
Fernando Silva escreveu:
Qui, 10 Setembro 2020 - 08:30 am
Ricardo escreveu:
Qua, 09 Setembro 2020 - 16:14 pm
O Espiritismo, caminhando com o progressso, não será
jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que
está em ERRO sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma
nova verdade se revela, ele a aceita.
De onde vêm essas "novas verdades e descobertas"? Dos supostos espíritos? Ou são apenas divagações filosóficas?

Serão aceitas por todas as vertentes espíritas?

Os supostos espíritos também eram racistas e evoluíram? Será que, mesmo desencarnados, eram tão limitados como nós?
Elas vêm da ciência !
Se Kardec era acompanhado por um espírito superior, o Espírito de Verdade, por que este, obviamente conhecedor das questões raciais e racistas, não lançou uma luz definitiva sobre estas questões (como fez com tantas outras!), evitando a propagação de uma ideia perniciosa (superioridade da raça branca) que viria a ser refutada e condenada mais tarde pela própria ciência? Inclusive evitaria "polêmicas" como esta que está sendo tratada .Realmente é de estranhar um espírito superior deixar passar esta ideia (se é que realmente deixou...). Por outro lado, o próprio Cristo escolheu apenas homens como apóstolos, conforme a cultura machista predominante da época que dava à mulher um papel muito insignificante na sociedade. Devemos por isso acusar o Cristo de misoginia? Obviamente não, longe disso! Cada época tem os seus valores e culturas e o que admitimos ou aceitamos com normalidade hoje, amanhã poderá ser visto como um verdadeiro absurdo. As contribuições de Kardec estão muito acima dessas questões pueris e já ultrapassadas.
Porque os Espíritos não corrigiram Kardec?. O próprio Kardec responde afirmando " como já o declaramos, eles se abstêm de nos dar o que podemos adquirir pelo trabalho". Foi e sempre será trabalho dos ENCARNADOS descobri por meio dos fatos cientificos que somos uma única espécie e o quão estávamos equivocados em pensar diferente, isso trouxe amadurecimento para a humanidade. Deixemos de pensar que os Espíritos trabalham para nós e que tem obrigação de em tudo se meter, dando sempre a chave certa para todas as teorias humanas. Se não tivessem deixado Kardec pensar como homem de seu tempo estariam se metendo no seu livre arbítrio e sabemos que isto não lhes é permitido!
Os textos de Allan Kardec: "“Frenologia Espírita e a perfectibilidade da Raça Negra” e o outro, “Teoria da Beleza”(...)foram publicados na Revista Espírita em 1862 e outro, que aparece em Obras Póstumas (portanto não foi publicado por Kardec e talvez ele não o publicasse).
Quando se estuda a Revista Espírita, que ali era um lugar em que Kardec lançava hipóteses, dialogava com as ideias da época, seja para rebatê-las, seja para aproveitar algo que lhe parecia plausível… Mas não estavam ali, na revista, os princípios consolidados do Espiritismo. Esses estão no Livro dos Espíritos, no Livro dos Médiuns e em outras obras básicas. E, mesmo assim, Kardec fez questão de avisar que se algum desses princípios fosse desmentido pelo progresso científico.

Kardec, dentro de seu etnocentrismo...por melhores as intenções e melhores as ideias que um ser humano possa conceber, ele será sempre um filho de seu tempo, com suas limitações históricas e culturais. E se a pessoa em questão, como é o caso de Kardec, pregou a fraternidade entre todos, o amor ao próximo e a igualdade, não podemos destruir todas as suas contribuições por conta desse terrível equívoco".
Ricardo, por favor cite a fonte dos textos copiados separando a sua opinião das referências utilizadas. Por exemplo, você tirou partes deste texto sem citar a fonte:
http://www.espiritualidades.com.br/Arti ... acista.htm
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