Estado mínimo e libertarismo

Área destinada à discussão sobre Laicismo e Política e a imparcialidade do tratamento do Estado às pessoas.
Discussões sobre economia e sistemas econômicos também se encontram aqui.

Liberalismo e Anarcocapitalismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Cinzu escreveu:Tópico destinado à divulgação de ideias, discussões e críticas referentes ao Liberalismo e pensadores liberais. Tanto do ponto de vista político-social, quanto econômico.

Para começar, então, gostaria de fazer uma sugestão de leitura distinguindo Liberalismo de Libertarianismo e Anarcocapitalismo. Confusão muito recorrente em discussões atuais.

Liberal.
→ Propriedade privada.

O liberalismo é uma filosofia política que tenta limitar o poder do Estado apoiando-se nos direitos individuais. O filósofo escocês Adam Smith é considerado o pai da economia moderna e do liberalismo. A ideia do liberalismo situa-se na liberdade de mercado sem a intervenção do Estado, portanto, uma teoria de livre cambismo. O liberalismo possui algumas variações, sendo as mais importantes;

o liberalismo econômico. Consiste na ideia da liberdade para a economia, sendo ela livre de interferências do Estado.
O liberalismo Político. Implica na restrição do poder estatal.
O liberalismo social. Defende os direitos humanos e as liberdades civis contra possíveis atos de opressão do Estado.

"É injusto que toda a sociedade contribua para custear uma despesa cujo benefício vai a apenas uma parte dessa sociedade."

Libertário.
→ Propriedade privada.

O pensamento libertário, historicamente falando, encontra-se fragmentada, porém, presente na filosofia de John Locke, filósofo inglês considerado o representante máximo do empirismo britânico. Locke, em seu segundo tratado esboçou posições acerca da lei da natureza e, como consequência, trouxe a baila o direito de propriedade a objetos externos.

A lei proposta por Locke, conhecida como Jusnaturalismo, e também como; Direitos Naturais, acrescenta que, ninguém deve causar dano a outro individuo em sua liberdade, vida e propriedade(s), uma vez que todos são iguais e independentes (a gênese do – PNA – princípio da não agressão).
A ideia de que os indivíduos são responsáveis ou proprietários de si mesmos passou a existir na tradição libertária.

Anarco-capitalismo.
→ Propriedade privada.

É uma filosofia político-econômica, vertente radical do liberalismo que, defende a propriedade privada, a eliminação do Estado, a proteção do livre mercado, a soberania do PNA e, nega com veemência qualquer forma de governo ou autoridade. Porém, existem alguns adeptos que argumentam a favor de um Estado mínimo, estes são conhecidos como Minarquistas.

Murray Newton Rothbard é considerado o fundador do Anarco-capitalismo. A ideologia anarco-capitalista assume o capitalismo como sistema econômico. Em uma sociedade anarco-capitalista, todo trabalho feito pelo Estado seria transferido para empresas privadas.

"Se os indivíduos não conhecem seus próprios interesses em muitos casos, eles são livres para recorrer a especialistas privados para orientação. É absurdo dizer que eles serão servidos melhor por um aparelho demagógico e coercitivo."

Anarquismo.
→ Propriedade coletiva.

Pierre-Joseph Proudhon é considerado o pai do Anarquismo clássico, contudo, o fato da doutrina anarquista ser considerada de propriedade coletivista, fomentou e ainda sustenta indagações acerca do princípio de propriedade nas obras de Proudhon. Alguns entusiastas e estudiosos afirmam que Proudhon era um coletivista, apesar disso, outros colocam Proudhon como um defensor da propriedade privada e anti-comunista. Esse antagonismo é fruto da filosofia proudhoniana, por vezes polêmica e, ao mesmo, tempo quimérica.

Na obra – “O Que é propriedade?” Proudhon afirma o socialismo e critica a propriedade privada sustentando que a exploração da força de trabalho de um semelhante era roubo.

Já, em “Teorias da Propriedade”, ele declarou contraditoriamente que “propriedade é roubo”, “propriedade é impossível”, “propriedade é despotismo” e “propriedade é liberdade”. Por fim, nessa mesma obra, Proudhon coloca a propriedade como única força capaz de ser o contrapeso contra o Estado.

Para que o cidadão seja qualquer coisa dentro do Estado, não basta que seja livre em sua pessoa; é preciso que sua personalidade se apoie, como a do Estado, sobre uma porção de matéria que ele possui em toda soberania, como o Estado possui a soberania do domínio público.

Esta condição é preenchida pela propriedade. Servir de contra-peso ao poder público, equilibrar com o Estado, por esse meio assegurar a liberdade individual (…)

Pois bem, feita essa pequena e superficial introdução, vamos continuar no que tange o Anarquismo clássico.
Portanto e continuando, o Anarquismo é contra quaisquer tipos de hierarquias e, principalmente, contra a autoridade do Estado. Acredita e protege a autogestão e tem por fim o comunismo. Atualmente, o termo é usado de forma pejorativa refletindo uma incoerência fruto do desconhecimento da essência e proposta sustentada pelo Anarquismo.

Principais características do Anarquismo;

Liberdade e autonomia dos indivíduos.
Autogestão.
Propriedade Coletiva.
Educação, ética e moral libertária.
Autodisciplina e liberdade.
Solidariedade e harmonia.

Fonte: https://metaeticasite.wordpress.com/201 ... narquismo/
É muito comum entraves entre "Liberais Clássicos" vs "Libertários e ancaps", muitas vezes com os liberais comparando o mundo ancap com o socialismo: uma sociedade utópica.
Gabarito escreveu:Muito oportuno o tópico.
Eu mesmo escorrego em alguns conceitos e não domino totalmente todo o jargão e diversidade de ideias pregadas por todos esses movimentos e categorias de pensamento.
Talvez por preguiça mesmo de estudar a coisa toda. :?
Gabarito escreveu:Cuidado que o JJ está na área!
Ele tem fixação por essas coisas.

Se ele vir esse tópico, sai da frente! :shock:
JJ escreveu:Vamos ser construtivos. :greetings-clappingyellow: Nada de trinitrotolueno, talvez só um pouco de ANFO de vez em quando :roll:
JJ escreveu:Liberalismo econômico tem muitos pontos positivos, os quais eu concordo e apoio, mas, não é uma panaceia econômica que a tudo resolve,tem algumas falhas que devem ser levadas a sério por quem não quer se comportar como um fanático torcedor de futebol ou fanático religioso.

Talquei ?

8-)
Gabarito escreveu:Talkou. :P
Fernando Silva escreveu:
JJ escreveu:
Liberalismo econômico tem muitos pontos positivos, os quais eu concordo e apoio, mas, não é uma panaceia econômica que a tudo resolve,tem algumas falhas que devem ser levadas a sério por quem não quer se comportar como um fanático torcedor de futebol ou fanático religioso.

Talquei ? 8-)

Praticamente tudo na vida requer uma escolha entre o ruim, o muito ruim e o inaceitável.
Apenas em poucos casos temos a opção "bom" ou "muito bom".

Re: Liberalismo *** MANUTENÇÃO *** AGUARDE ***

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Huxley escreveu:
JJ escreveu:
Liberalismo econômico tem muitos pontos positivos, os quais eu concordo e apoio, mas, não é uma panaceia econômica que a tudo resolve,tem algumas falhas que devem ser levadas a sério por quem não quer se comportar como um fanático torcedor de futebol ou fanático religioso.

Talquei ?

8-)
A ideia de panaceia é mais associada a quem tem viés político antiliberdade
Asimov escreveu:Fanático é sempre antiliberdade, mesmo entre os liberais, embora nunca admitam.
Cinzu escreveu:Se o liberal está sendo contra a liberdade então ele só acha que é liberal. Os fanáticos não são capazes de admitirem que o são, porque simplesmente não reconhecem que são, estão presos em uma ilusão.

Com essa nova onda liberal e, principalmente, libertária na internet, tem muitos assim.
Huxley escreveu:
Asimov escreveu:Eu me refiro a liberais dogmáticos que acham que o mercado sozinho resolve praticamente tudo. Que isso é sinônimo de liberdade.
Cinzu escreveu:Estes são os que beiram o anarcocapitalismo, que infelizmente são os que mais tem na internet, principalmente com a popularidade de youtubers como "Ideias Radicais".

Os liberais mesmo, reconhecem as falhas de mercado e a necessidade de existência do estado.
Asimov escreveu:
Huxley escreveu: A ideia de panaceia é mais associada a quem tem viés político antiliberdade.

Fanático é sempre antiliberdade, mesmo entre os liberais, embora nunca admitam.
Saber como a liberdade funciona implica admitir a inexistência de receitas detalhadas para a governança.
Anorax escreveu:O liberalismo seria o caminho, a ferramenta, mas não a solução em si. A solução do problema é o que segue o caminho, que usa a ferramenta.
JJ escreveu:Redução do papel do Estado na economia sempre foi mito


Linda Weiss


Entrevista com Claudia Antunes. (2009). Para especialista em desenvolvimento, compras militares dos EUA são maior exemplo de política industrial que gerou inovação tecnológica.
Folha de S.Paulo, 14.9.2009


A Pesar de todas as manchetes sobre a volta do Estado à economia, ele nunca se retirou, e os EUA são o maior exemplo disso, afirma Linda Weiss, especialista em desenvolvimento e professora do Departamento de Governo e Relações Internacionais da Universidade de Sydney (Austrália). Weiss cita especificamente a política de inovação tecnológica americana, organizada por meio de encomendas da área militar do governo, como exemplo do que chama de "ativismo estatal" que nunca diminuiu nas economias mais ricas.


Weiss afirma que a China está adaptando o modelo americano para começar a produzir tecnologias próprias, e sugere que o Brasil estude o exemplo.
Ela deu entrevista à Folha depois de participar, no Rio de Janeiro, de seminário no Instituto de Economia da UFRJ sobre Reposicionamentos Estratégicos, Políticas e Inovação em Tempo de Crise. Abaixo, os principais trechos.


FOLHA - A senhora diz que não é possível falar em volta do Estado à economia porque ele nunca foi embora. Pode explicar?

LINDA WEISS - A ideia predominante no debate sobre a globalização e a sua relação com as opções de política econômica é que o Estado foi posto numa camisa de força e recuou da economia.
Fez isso para atrair investimentos num mundo de capitais móveis. O melhor governo é o que reduz impostos e regulações. O Estado atua nas margens da economia, sem presença ativa e muito menos desenvolvimentista. Contesto essa ideia olhando para o que os Estados mais poderosos vêm fazendo.

FOLHA - E quais são os principais exemplos?

WEISS - O primeiro é o paradoxo de que a desregulamentação requer rerregulamentação. Por exemplo, o governo privatiza, mas acaba se tornando muito ativo na arena regulatória, criando agências.
Isso de certo modo aumentou o envolvimento do Estado, sem necessariamente passar pelas autoridades executivas, que têm que responder ao eleitorado.

FOLHA - Mas, no mercado financeiro, houve menos regulamentação, não?

WEISS - Houve uma opção por não regulamentar. Foi uma opção movida a razões nacionalistas, porque tanto o Reino Unido quanto os EUA viam o setor financeiro como o que liderava a projeção do seu poder na arena econômica internacional.
Com Wall Street de um lado e a City do outro, para eles fazia sentido ser liberais.
O Japão fez o mesmo, de modo diferente. Ao desregulamentarem o setor financeiro, os burocratas quiseram manter sua presença e escreveram as regras com esse objetivo, sem permitir mais autorregulamentação.
Além disso, há uma forma de ativismo que é a intervenção recorrente do Estado para resgatar o sistema bancário em crises. O que vemos hoje não é excepcional, é parte do padrão da internacionalização das finanças nos últimos 200 anos.

FOLHA - Que outros exemplos a senhora reuniu?

WEISS - Um fundamental é no campo da inovação e da tecnologia. Na OMC (Organização Mundial do Comércio), os Estados líderes escreveram normas que lhes dão margem para promover sua indústria nascente, ao mesmo tempo em que reduziram essa margem para países em desenvolvimento.
As regras da OMC permitem políticas de subsídio à ciência e tecnologia, que é a forma da indústria nascente nas chamadas economias de conhecimento intensivo.
Você vê intervenções muito focadas dos governos dos Estados Unidos, da Europa e do Japão no setor de alta tecnologia, incluindo comunicação e informação, novos materiais, novas energias. São áreas vistas como plataformas de sua prosperidade futura.

FOLHA - Como a senhora compararia o ativismo estatal nos EUA e na Europa com o na Ásia?

WEISS - Eu diria que o ativismo asiático está acima do radar, os países da região não se envergonham de mostrar que têm política industrial. As populações também apoiam o uso do poder do Estado na economia.
No caso dos EUA, não há consenso sobre o ativismo estatal.
Então, ele aparece abaixo do radar. A área que explica de onde vieram as inovações nos EUA, país que é líder em alta tecnologia, é a máquina de encomendas ligada ao setor militar.
Os EUA construíram um sistema formidável de inovação baseado no fato de responderem por 50% dos gastos militares mundiais. Dessa forma existe apoio popular e político, porque a linguagem usada é a da segurança nacional. Esse sistema de encomendas públicas de inovações é tão importante que os europeus agora estão vendo como podem adaptar a seu próprio setor civil. A China está fazendo a mesma coisa.

FOLHA - Como a China está seguindo o exemplo dos EUA?

WEISS - A China, por exemplo, quer desenvolver sua própria indústria de software e está usando encomendas de tecnologia para isso. Ela está definindo o que é uma empresa chinesa com base no "Buy American" [cláusula do pacote de estímulo econômico aprovado nos EUA no início deste ano].
Para o "Buy American", uma empresa americana tem pelo menos 50% de capital americano, está baseada nos EUA e usa trabalhadores americanos. Essa é a definição que os chineses estão usando em sua estratégia de compras governamentais, com o objetivo de construir sua própria indústria de alta tecnologia. [No Brasil, a emenda constitucional nordm 6 acabou em 1995 com a distinção entre empresas de capital nacional e capital estrangeiro].

FOLHA - Apesar do ativismo estatal, o Estado de bem-estar social diminuiu?

WEISS - Quando olhamos os números da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne cerca de 30 países industrializados], vemos que o Estado previdenciário na verdade cresceu.
O gasto total aumentou em média de 26% para 40% do PIB entre 1965 e 2006. E o componente social desse gasto aumentou de 15% para 22% em 30 anos. Houve reestruturações no destino do dinheiro, mas não declínio.

FOLHA - Mas o Estado como produtor recuou, não?

WEISS - Sim, claro. Mas é enganoso ver isso como enfraquecimento do Estado. Quando os serviços eram públicos, qual era o papel do Estado, afinal?
Mandar contas de luz e gás?
Não era exatamente um ator no sentido do desenvolvimento.

FOLHA - A resistência que vemos hoje nos EUA ao envolvimento estatal com o sistema de saúde não é paradoxal?

WEISS - Esse debate mostra que o sistema político americano não legitima um programa civil de tecnologia. O Programa de Tecnologia Avançada, civil, teve vida curta no governo Clinton [1993-2001] e recentemente perdeu seu orçamento.
É principalmente por meio do setor militar que são criadas estruturas híbridas, agências com função de investimento e que não são nem puramente públicas nem privadas em seu comportamento. Elas fazem essas encomendas de alta tecnologia.

FOLHA - E como os produtos chegam ao mercado civil?

WEISS - Não há uma cerca entre a Defesa e o setor civil. A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), por exemplo, tem seu próprio fundo de investimento e assume participações em empresas privadas. Financia tecnologia que é usada para objetivos militares, mas também tem que ser viável comercialmente.

FOLHA - Que observações a senhora fez sobre a posição do Brasil nesse debate?

WEISS - Foi interessante ouvir outro dia que a política industrial brasileira tem dois pontos problemáticos: a falta de uma política agressiva para a exportação de manufaturados e a política de compras governamentais, que não teria decolado.
Sugiro trazer o caso americano para debate no Brasil. As compras governamentais são um instrumento poderoso de desenvolvimento. O importante é separar as compras ordinárias, como papel e mobília, das encomendas de tecnologia, de algo que ainda não existe.
Nisso você estabelece uma competição entre quem pode produzir tal coisa e como o Estado pode ajudar. Não é só o governo dizendo como deve ser, mas há uma interação.
De um só programa americano, o Small Business Innovation Research Program, de onde vieram nomes como a Microsoft, centenas de firmas receberam financiamento. Não são somas grandes, poderiam ser US$ 750 mil, por exemplo, para levar a tecnologia da fase da ideia na cabeça ao protótipo.
O programa foi lançado em 1982, quando nos EUA temia-se perder a corrida tecnológica para Japão e Alemanha, e envolve muitas agências governamentais, incluindo o Instituto Nacional de Saúde -que faz encomendas ao setor farmacêutico e de biotecnologia-, a Nasa e a Defesa.



http://www.bresserpereira.org.br/documento/3546


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Muitos libers brazucas ou são ignorantões e/ou mentirosos.


8-)
JJ escreveu:Estados Unidos, o Ultra Mega Estadão que mais interfere na economia mundial (via sanções econômicas e poderio Estatal Militar ), e que aplica quantias imensas de recursos estatais em encomendas militares, e que por isso criou o mais gigantesco e avançado complexo industrial militar altamente tecnológico do planeta Terra, manda uma grande patada de urso, com grandes garras, para rasgar profundamente o corpo de libers brazucas tolinhos jeguedinhos .


8-)
Huxley escreveu:
Cinzu escreveu:EUA interfere tanto no mercado que lá tem até CLT, salário mínimo federal obrigatório, carga tributária elevada... Ah não! Esse é o Brasil :lol:
Estados Unidos, o Ultra Mega Estadão que mais interfere na economia mundial (via sanções econômicas e poderio Estatal Militar ), e que aplica quantias imensas de recursos estatais em encomendas militares, e que por isso criou o mais gigantesco e avançado complexo industrial militar altamente tecnológico do planeta Terra, manda uma grande patada de urso, com grandes garras, para rasgar profundamente o corpo de libers brazucas tolinhos jeguedinhos .
Cinzu escreveu:Nossa, o desenvolvimento tecnológico do parque industrial dos Estados Unidos é culpa principalmente do tamanho dos gastos militares, não da pesquisa tecnológica descentralizada. Só que a União Soviética gastava muito nesse setor, mas, mesmo assim, ela era "homens no espaço, mas desafasagem tecnológica para bens de consumo de massa". Não fabricava uma TV que prestasse. E Ladas eram motivo de piada no mundo todo.

Um exemplo do modus operandi de inferência de causalidade do JJ. Os países escandinavos são frios, os países escandinavos são muitos desenvolvidos no IDH, logo o frio é a causa do IDH alto dos países escandinavos.
Liberalismo na cabeça do JJ é ausência de governo. Se algum país investe recursos públicos em educação, saúde, infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento, logo, conclui-se que esse país não é liberal.

Isso que eu fiz até questão de explicitar na primeira postagem do tópico as diferenças entre liberalismo, libertarianismo e anarcocapitalismo.

No antigo fCC, eu tinha feito um tópico de liberalismo x anarcocapitalismo, explicando que os liberais reconhecem falhas de mercado e defendem eventuais participações do estado na economia, principalmente quando se trata de serviços que apresentam externalidades positivas, como os que eu citei antes. Até pensei em recriar o tópico aqui, mas provavelmente vai ser ignorado e vamos continuar vendo JJs da vida confundindo as coisas, seja por má-fé, seja por falta de conhecimento.
JJ escreveu:
aronax escreveu:
O liberalismo seria o caminho, a ferramenta, mas não a solução em si. A solução do problema é o que segue o caminho, que usa a ferramenta.

O Gigantesco, Super Avançado , Poderoso, Científico e Tecnológico Complexo Industrial Militar Americano ririam muito dessa conversinha brazuquinha neo old master lie liber . São as gigantescas encomendas estatais que possibilitaram a criação e a grande expansão dessa grandeza industrial científica e tecnológica.

Não foi a atuação de algum mercadinho livrinho soltinho batendo suas asinhas de borboletinha assanhadinha. Foi através do incentivo via encomendas de um Estadão (o malvadão dos lie libers brazucas)

Re: Liberalismo

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Os liberais não são contra o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas por parte do governo. Pelo contrário, os economistas liberais reconhecem as externalidades positivas e sabem que é exatamente nos setores em que a iniciativa privada não tem interesse, que o estado deve atuar.

Re: Liberalismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cinzu escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 14:23 pm
Os liberais não são contra o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas por parte do governo. Pelo contrário, os economistas liberais reconhecem as externalidades positivas e sabem que é exatamente nos setores em que a iniciativa privada não tem interesse, que o estado deve atuar.
A iniciativa privada não vai investir em pesquisas que não deem lucro porque ela precisa sobreviver, mas o Estado, se for do interesse do país, deve usar para isto o dinheiro dos impostos.

Re: Liberalismo

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aronax
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Mensagem por aronax »

JJ escreveu:
aronax escreveu:
O liberalismo seria o caminho, a ferramenta, mas não a solução em si. A solução do problema é o que segue o caminho, que usa a ferramenta.

O Gigantesco, Super Avançado , Poderoso, Científico e Tecnológico Complexo Industrial Militar Americano ririam muito dessa conversinha brazuquinha neo old master lie liber . São as gigantescas encomendas estatais que possibilitaram a criação e a grande expansão dessa grandeza industrial científica e tecnológica.

Não foi a atuação de algum mercadinho livrinho soltinho batendo suas asinhas de borboletinha assanhadinha. Foi através do incentivo via encomendas de um Estadão (o malvadão dos lie libers brazucas)
O estado é um cliente deste mercado. No caso dos EUA um mega cliente...e daí?
O estado no cumprimento de seus fins necessita de algumas coisas...certamente as necessidades militares dos EUA são maiores que as do Uruguai.

Re: Liberalismo

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

aronax escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 19:21 pm
JJ escreveu:
aronax escreveu:
O liberalismo seria o caminho, a ferramenta, mas não a solução em si. A solução do problema é o que segue o caminho, que usa a ferramenta.

O Gigantesco, Super Avançado , Poderoso, Científico e Tecnológico Complexo Industrial Militar Americano ririam muito dessa conversinha brazuquinha neo old master lie liber . São as gigantescas encomendas estatais que possibilitaram a criação e a grande expansão dessa grandeza industrial científica e tecnológica.

Não foi a atuação de algum mercadinho livrinho soltinho batendo suas asinhas de borboletinha assanhadinha. Foi através do incentivo via encomendas de um Estadão (o malvadão dos lie libers brazucas)
O estado é um cliente deste mercado. No caso dos EUA um mega cliente...e daí?
O estado no cumprimento de seus fins necessita de algumas coisas...certamente as necessidades militares dos EUA são maiores que as do Uruguai.

Muitos Libers brazucas acham que o Estado americano pouco interfere na economia, isto é uma clara falsidade, pois , entre outras várias coisas, o Estadão americano interfere muito ao ser um enorme comprador de bens de alta tecnologia. E aliás, ele não interfere apenas sendo um grande comprador, pois ele financia pesquisas científicas e tecnológicas e em grande escala ( e sem falar que já há vários anos tem interferido politicamente e militarmente na economia mundial).

É uma falsidade total o que esses libers brazuquinhos leitores de textos do mi mi mi co ses ficam afirmando na internet.

O Estadão americano tem sim um grande papel na economia americana, e o gigantesco e avançado complexo industrial militar nasceu e se sustenta primordialmente com as encomendas desse Estadão grandão.

8-)
Editado pela última vez por JJ_JJ em Sáb, 07 Março 2020 - 09:42 am, em um total de 1 vez.

Re: Liberalismo

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Cinzu escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 14:23 pm
Os liberais não são contra o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas por parte do governo. Pelo contrário, os economistas liberais reconhecem as externalidades positivas e sabem que é exatamente nos setores em que a iniciativa privada não tem interesse, que o estado deve atuar.

Há libers brazuquinhos , geralmente fãs do mi mi mi co ses, que não entendem a importância enorme que o Estado tem como financiador de pesquisas científicas. Esses libers tontos ou são obscurantistas e anti ciência e/ou acreditam num mundo fantasioso onde o mercadinho liber faz pesquisas científicas, inclusive as de base, em larga escala, sem que haja um Estadão financiando e/ou encomendando. Isso não existe mas esses tontos acreditam nesta fantasia.

E muitas vezes esses libers tontos são fãs dos EUA.

8-)

Re: Liberalismo

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

JJ_JJ escreveu:
Sáb, 07 Março 2020 - 09:39 am
Cinzu escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 14:23 pm
Os liberais não são contra o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas por parte do governo. Pelo contrário, os economistas liberais reconhecem as externalidades positivas e sabem que é exatamente nos setores em que a iniciativa privada não tem interesse, que o estado deve atuar.

Há libers brazuquinhos , geralmente fãs do mi mi mi co ses, que não entendem a importância enorme que o Estado tem como financiador de pesquisas científicas. Esses libers tontos ou são obscurantistas e anti ciência e/ou acreditam num mundo fantasioso onde o mercadinho liber faz pesquisas científicas, inclusive as de base, em larga escala, sem que haja um Estadão financiando e/ou encomendando. Isso não existe mas esses tontos acreditam nesta fantasia.

8-)
Assim como há progressistas fãs do "che che che vara" e "ma ma ma duro" que acreditam na fantasia do comunismo.

O problema é que esses socialistas ocupam cargos políticos, e não apenas defendem essas ideias, como por vezes tentam implementar algumas dessas maluquices. Já os libertários, por outro lado, não passam de youtubers defensores da Terra Plana que não possuem qualquer relevância política.
JJ_JJ escreveu:
Sáb, 07 Março 2020 - 09:39 am
E muitas vezes esses libers tontos são fãs dos EUA.
EUA é um péssimo exemplo para justificar o não investimento em políticas de fomento à pesquisa, já que está entre os 10 países que mais investem em Ciência&Tecnologia como percentual do PIB. Outros países que fazem parte da lista são Japão, Coreia do Sul e Israel, todos países que são muitas vezes bem vistos por liberais e principalmente conservadores da ala Bolsonarista que por vezes menosprezam investimentos em educação e ciência.

https://exame.abril.com.br/economia/15- ... il-em-36o/
JJ_JJ escreveu:
Sáb, 07 Março 2020 - 09:39 am
Muitos Libers brazucas acham que o Estado americano pouco interfere na economia, isto é uma clara falsidade, pois , entre outras várias coisas, o Estadão americano interfere muito ao ser um enorme comprador de bens de alta tecnologia. E aliás, ele não interfere apenas sendo um grande comprador, pois ele financia pesquisas científicas e tecnológicas e em grande escala ( e sem falar que já há vários anos tem interferido politicamente e militarmente na economia mundial).

É uma falsidade total o que esses libers brazuquinhos leitores de textos do mi mi mi co ses ficam afirmando na internet.

O Estadão americano tem sim um grande papel na economia americana, e o gigantesco e avançado complexo industrial militar nasceu e se sustenta primordialmente com as encomendas desse Estadão grandão.
Embora concorde que EUA investe bastante em pesquisas tecnológicas, me parece equivocado afirmar que o crescimento do país seja motivado substancialmente por tais financiamentos, visto que mal representam 3% do PIB dos EUA.

Você poderia apresentar evidências de que o PIB dos EUA hoje é financiado majoritariamente por desenvolvimento estatal? Estado este, cuja carga tributária gira em torno de 26% do PIB, cerca de 1/4 do que o país produz, em comparação a 1/3 no Brasil.
Produto Interno Bruto dos EUA por atividade

Setor Primário
Agricultura
e pecuária 0,9%
Pesca 0,2%
Silvicultura 0,8%
Total 1,9%

Setor Secundário
Manufatura 17%
Construção 4%
Mineração 1%
Total 22%

Setor Terciário
Serviços comunitários e pessoais 21%
Serviços financeiros e imobiliários 19%
Comércio por atacado e varejo 16%
Serviços governamentais 12%
Transportes, telecomunicações
e utilidades públicas 9%
Total 77%
Parece que embora o estado interfira sim (e não é pouco) na economia, não se pode afirmar que o desenvolvimento econômico dos EUA se deve sobretudo ao estado, visto que a maior participação na produção do PIB são de setores cuja participação do estado é pequena.

Re: Liberalismo

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aronax
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Mensagem por aronax »

Nunca confundir a visão liberal da economia, com anarquismo. Ninguém advoga ausência total do estado, como um axioma, um decreto divino. O estado é necessário, e deve ser do tamanho que não seja um fardo, e deve ser eficiente, características jamais encontradas em governos de esquerda.
Quanto a pesquisas e a interferência/patrocínio do estado restam algumas questões: que pesquisas maravilhosas os governos de esquerda brasileiros patrocinaram?....qual o reconhecimento internacional da comunidade cientifica elas tiveram? qual o efeito prático para a população? quantos Nobel o Brasil conquistou?

Re: Liberalismo

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

aronax escreveu:
Sáb, 07 Março 2020 - 13:01 pm
Quanto a pesquisas e a interferência/patrocínio do estado restam algumas questões: que pesquisas maravilhosas os governos de esquerda brasileiros patrocinaram?....qual o reconhecimento internacional da comunidade cientifica elas tiveram? qual o efeito prático para a população? quantos Nobel o Brasil conquistou?
A lista é longa. Existem muitas pesquisas brasileiras que renderam prêmios dos mais variados tipos (alguns até mais importantes que Nobel, como a medalha Fields), reconhecimentos internacionais e foram até comprados por agências estrangeiras, como a NASA. Ainda esse mês, uma equipe de pesquisadores da USP sequenciou o genoma do Corona Vírus em tempo recorde, com base no primeiro brasileiro infectado.

Embora seja totalmente válida a afirmação que o Brasil é improdutivo cientificamente, já que produz pouco comparado ao dinheiro que é investido, é completamente precipitado afirmar que o Brasil não tem pesquisas com relevância lá fora só porque não tem nenhum Nobel. INPE, IMPA, ITA, IPT são instituições de renome que produzem pesquisas de qualidade, inclusive em parceria com universidades internacionais.

Re: Liberalismo

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AlienígenA
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Mensagem por AlienígenA »

Eu estranho essa divisão entre liberalismo econômico, político e social conforme o que eu entendo por liberalismo que, em resumo seria, a defesa da garantia das liberdades políticas e sociais pelo Estado por meio da liberdade econômica. Porque, em tese, uma ditadura pode oferecer mais liberdade econômica do que uma democracia, mas isso não é liberalismo. E por outro lado, as liberdades individuais dependem da liberdade econômica. Por interferência do Estado, entendo a interferência nessas relações - políticas, sociais e econômicas - quando deveria apenas regulá-las, mantendo as condições mínimas para que elas se realizem, incluindo segurança, a saúde, educação e outros serviços que a iniciativa privada não supra adequadamente, podendo inclusive, participar na economia - com investimentos, por exemplo, em desenvolvimento científico, tecnológico etc.

Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Henry Bugalho fez um vídeo onde disse algo tipo nesses momentos o estado é necessário, e anarcocapitalismo não daria certo pra ajudar a amenizar ou resolver problemas sociais e econômicos.
Pra quem aqui acha que entende mais de liberalismo econômico, ele teria errado na opinião dele?
Que pode servir como argumento pra defender os pontos de vista minarquista e ancaps?


https://youtu.be/IOciPyQjuTA?t=340

5:40



youtu.be/IOciPyQjuTA


O tal Saia da Matrix também comentou sobre isso:



youtu.be/FLkm4J1h4oY

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Ele está completamente errado. Pois o anarcocapitalismo, na verdade, jamais daria certo em nenhum cenário, mesmo se não tivéssemos a pandemia. É tão, ou até mais utópico que o comunismo.

Agora, quanto ao liberalismo, é importante fazer uma distinção. Liberalismo é muito diferente de anarcocapitalismo. Liberalismo não pressupõe ausência de governo, mas a atuação restrita e limitada do governo a problemas em que a iniciativa privada não é capaz de resolver ou atender em sua totalidade, como infraestrutura, saneamento básico, saúde e educação. Isso inclui também situações emergenciais como a qual estamos passando no momento. A bandeira dos liberais é muito mais no sentido do governo focar nestes setores, aos quais eles se referem como "falhas de mercado", e deixar de interferir ou interferir minimamente nos demais.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por Agnoscetico »

Cinzu escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 15:03 pm
Ele está completamente errado. Pois o anarcocapitalismo, na verdade, jamais daria certo em nenhum cenário, mesmo se não tivéssemos a pandemia. É tão, ou até mais utópico que o comunismo.

Agora, quanto ao liberalismo, é importante fazer uma distinção. Liberalismo é muito diferente de anarcocapitalismo. Liberalismo não pressupõe ausência de governo, mas a atuação restrita e limitada do governo a problemas em que a iniciativa privada não é capaz de resolver ou atender em sua totalidade, como infraestrutura, saneamento básico, saúde e educação. Isso inclui também situações emergenciais como a qual estamos passando no momento. A bandeira dos liberais é muito mais no sentido do governo focar nestes setores, aos quais eles se referem como "falhas de mercado", e deixar de interferir ou interferir minimamente nos demais.
Sim, mas ali se referia ao liberalismo na questão "Liberdade individual (direito de escolher não tomar vacina, não se subemeter a ordem estatal de quarentena, etc) × Imposição estatal (imposição de quarentena ao coletivo em detrimento do direito individual).

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Essa posição da liberdade acima de tudo é muito mais libertária do que liberal, na verdade. Para os liberais, sua liberdade passa a representar uma ameaça quando põe em risco a liberdade de outros.
Nossa liberdade consiste em fazer o que quisermos, desde que não vamos ao desencontro a liberdade e, neste caso, a vida dos outros, dos quais, ambos são direitos naturais e fundamentais! No direito criminal, isto tem nome: Dolo eventual! Isto é, o agente conhece o risco, não quer o resultado, mas mesmo assim, aposta... Tal conceito legal é punível, por trazer riscos irreparáveis a toda população local! A prevenção é um ato, não só recomendável, mas um ato de amor incondicional ao próximo!

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por Agnoscetico »

Cinzu escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 19:54 pm
Essa posição da liberdade acima de tudo é muito mais libertária do que liberal, na verdade. Para os liberais, sua liberdade passa a representar uma ameaça quando põe em risco a liberdade de outros.
Nossa liberdade consiste em fazer o que quisermos, desde que não vamos ao desencontro a liberdade e, neste caso, a vida dos outros, dos quais, ambos são direitos naturais e fundamentais! No direito criminal, isto tem nome: Dolo eventual! Isto é, o agente conhece o risco, não quer o resultado, mas mesmo assim, aposta... Tal conceito legal é punível, por trazer riscos irreparáveis a toda população local! A prevenção é um ato, não só recomendável, mas um ato de amor incondicional ao próximo!
Entendi, mas nesse caso os libertários seriam utópicos como ancaps.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Libertários e anarcocapitalistas são quase que sinônimos. A única diferença é que os primeiros deslegitimam o estado porque para eles, o estado fere a liberdade das pessoas. Já para os ancaps, o estado não deve existir porque é economicamente ineficiente, e somente o livre mercado com ausência do estado é capaz de gerar prosperidade econômica.

O objetivo-fim (ausência do estado) é o mesmo, de um lado construído sob argumentos filosóficos, e de outro sob argumentos econômicos. Então não preciso nem dizer que a maioria (provavelmente todos) ancaps são também libertários.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por criso »

Que eu saiba, os liberais comuns, centristas, apoiam a intervenção do estado sobre situações excepcionais, e também como forma de corrigir desequilíbrios do livre-mercado, como monopólios. Esse neoliberalismo tupiniquim é uma esquizofrenia inédita. Nenhum país desenvolvido chegou onde chegou sem o forte apoio do Estado no desenvolvimento, na educação, na ciência e tecnologia. O pessoal vê os países mais desenvolvidos do mundo sendo economicamente liberais e confunde essa relação com uma causalidade. Eles não são desenvolvidos por serem liberais, são liberais por serem desenvolvidos, por estarem numa posição vantajosa na economia internacional. É só essa posição ser ameaçada que rapidinho voltam a tomar medidas protecionistas e nacionalistas, estatizantes.

youtu.be/d3iI-ktX2WI

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por Agnoscetico »

criso escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 10:46 am
Que eu saiba, os liberais comuns, centristas, apoiam a intervenção do estado sobre situações excepcionais, e também como forma de corrigir desequilíbrios do livre-mercado, como monopólios. Esse neoliberalismo tupiniquim é uma esquizofrenia inédita. Nenhum país desenvolvido chegou onde chegou sem o forte apoio do Estado no desenvolvimento, na educação, na ciência e tecnologia. O pessoal vê os países mais desenvolvidos do mundo sendo economicamente liberais e confunde essa relação com uma causalidade. Eles não são desenvolvidos por serem liberais, são liberais por serem desenvolvidos, por estarem numa posição vantajosa na economia internacional. É só essa posição ser ameaçada que rapidinho voltam a tomar medidas protecionistas e nacionalistas, estatizantes.

youtu.be/d3iI-ktX2WI
Esse aqui talvez não se encaixa nessa classificação aí:


youtu.be/HGComIZwE7U

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Raphael Lima do Ideias Radicais é declaradamente anarcocapitalista. Esses ancaps/libertários de youtube nem deviam receber holofotes.

Se você buscar por economistas liberais sérios, como o Marcos Lisboa, vai ver que o discurso é bem diferente.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por Agnoscetico »

Cinzu escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 19:37 pm
Raphael Lima do Ideias Radicais é declaradamente anarcocapitalista. Esses ancaps/libertários de youtube nem deviam receber holofotes.

Se você buscar por economistas liberais sérios, como o Marcos Lisboa, vai ver que o discurso é bem diferente.
Não conheço. É pq quem aparece no Youtube ganha mais visibilidade pois muitas vezes é mais fácil por causa das recomendações de vídeo.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por aronax »

criso escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 10:46 am
Que eu saiba, os liberais comuns, centristas, apoiam a intervenção do estado sobre situações excepcionais, e também como forma de corrigir desequilíbrios do livre-mercado, como monopólios. Esse neoliberalismo tupiniquim é uma esquizofrenia inédita. Nenhum país desenvolvido chegou onde chegou sem o forte apoio do Estado no desenvolvimento, na educação, na ciência e tecnologia. O pessoal vê os países mais desenvolvidos do mundo sendo economicamente liberais e confunde essa relação com uma causalidade. Eles não são desenvolvidos por serem liberais, são liberais por serem desenvolvidos, por estarem numa posição vantajosa na economia internacional. É só essa posição ser ameaçada que rapidinho voltam a tomar medidas protecionistas e nacionalistas, estatizantes.
https://www.mises.org.br/article/2548/c ... e-comentar

https://www.mises.org.br/article/2406/s ... uer-tentar

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por Agnoscetico »

E agora tão dizendo que Paulo Kogos é filhinho da mamãe e arregou pro estado:


PAULO KOGOS: A CASA CAIU🏠


youtu.be/RC7a755QI8A

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

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Mensagem por Agnoscetico »

"Libertários não devem agir como mártires contra o estado" = Arregar?


youtu.be/BaQp4S1H1MA



youtu.be/IhC00-R-_p0

Re: Liberalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Eu já tinha iniciado um tópico sobre liberalismo. Será que tem como fundir os tópicos como dava pra fazer no Clubecetico ou nao precisa?

Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

https://clubeceticismo.com.br/viewtopic.php?f=20&t=130

(...)

Dizem que esse vídeo é sarcástico mas bem que poderia não ser:
Cara, eu não entendi o propósito desse vídeo, quem seria o público alvo? To ligado que é pura zoera e ironia, mas duvido que um gado estatista que fosse assitir esse vídeo iria perceber isso, a não ser que visse os comentários. Acho que esse vídeo só funciona pra quem é inscrito do canal e entende que é bait.

As 10 Maiores FALHAS do Anarcocapitalismo


youtu.be/IDvt7orukxI

Re: Liberalismo

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Mensagem por Gabarito »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 18 Abril 2020 - 08:27 am
Eu já tinha iniciado um tópico sobre liberalismo. Será que tem como fundir os tópicos como dava pra fazer no Clubecetico ou nao precisa?

Liberalismo e Anarcocapitalismo em cheque em crises como as do Corona vírus?

https://clubeceticismo.com.br/viewtopic.php?f=20&t=130

(...)
Feito.
Os tópicos foram fundidos e as postagens foram mescladas por ordem cronológica.
Pode-se ver qual postagem estava num ou noutro tópico pelo título de cada uma.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por criso »

como os ancaps resolveriam a crise da pandemia?

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Paulo Gontijo, líder do Livres critica Anarcocapitalismo como utópico:

https://youtu.be/uG8xCrualL8?t=458


youtu.be/uG8xCrualL8

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Rei Grifo - 036: A Revolta de Atlas (Ayn Rand)

Análise literária. Trata sobre: Patente, monopólio, individualismo, meritocracia, estado, herança, etc.
Críticas feitas: Apresentação simplista e maniqueísta de personagens capitalistas liberais como se fossem heróis e os estatistas ("comunistas") como vilões medíocres.

https://mcdn.podbean.com/mf/web/w8y46r/ ... -atlas.mp3

- Podcast em vídeo


youtu.be/spfhbOUsOI0

- Resenha curta


youtu.be/Wtl_atPNga0

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Zero »

criso escreveu:
Sáb, 18 Abril 2020 - 18:12 pm
como os ancaps resolveriam a crise da pandemia?
Como o Ancapistão resolveria o Coronavírus?

youtu.be/NVR3nL5M94Q

Complementos:

Respostas Radicais: Libertarianismo, Quarentena e Lockdown

youtu.be/V67u6ltgRfY

Respostas Radicais: Libertarianismo, Quarentena e Lockdown - PNA e Propriedade Privada

youtu.be/XYg7OIXDqa4

Não assisti os vídeos inteiros, só foi a primeira fonte que me veio em mente.

Sobre a relevância da fonte, isso é contigo.

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Porto falando coisas que pra mim não são novidade, como a tendência do ser humano em entrar em grupos com pacotes ideológicos em vez de pegar pontos ideológicos específicos.
Chegou a dizer que Liberalismo/Liberalismo e uma idéia nova comparada a outras (vai saber se isso já não houve na pré-história, Grécia antiga, etc, como idéia e como prática e se perdeu no tempo ou não é muito conhecido hoje em dia).
Ele deu alfinetada no Raphael do Idéias Radicais, dizendo que ele tava esquerdando:


youtu.be/eODojEeG-fU

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Direita republicana estatista e nacionalista, como de costume, fazendo retaliações a empresas privadas. Assim fica difícil um direitista nacionalista criticar estatismo comunista chinês se faz o mesmo contea empresas privadas só por serem da China



youtu.be/0kOFiQ7l-bI


youtu.be/JBfuS7AXbtQ

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por JJ_JJ »

EUA combatem China à custa de seus próprios aliados, avalia especialista


© REUTERS / Aly Song
ANÁLISEURL curta102


Em agosto, os EUA vão impor um bloqueio para companhias que utilizam partes produzidas pela Huawei e por outras companhias chinesas.

Conforme analisa a Nikkei Asian Review, esta decisão afetará mais de 800 empresas japonesas. Agências federais dos EUA não poderão assinar ou renovar contratos com companhias que usem produtos ou serviços da Huawei, ZTE, Hangzhou Hikvision Digital Technology, Zhejiang Dahua Technology e Hytera Communications.

Washington afirma que as empresas chinesas representam um risco de vazamento de informações sensíveis para Pequim. O bloqueio passará a ser valido desde 13 de agosto, depois dessa data as companhias que almejam contratos com órgãos federais norte-americanos deverão provar que não usam produtos banidos.

Sede da Huawei em Reading, Reino Unido, 14 de julho de 2020


Contudo, ainda não está bem definido o que Washington reconhece como uso de serviços e produtos chineses.

"Não está claro o quão longe será necessário ir para garantir que produtos das cinco companhias não estão sendo usados", afirmou Ryo Okubo, codiretor do escritório da Nagashima Ohno & Tsunematsu em Nova York, conforme cita a Nikkei Asian Review, acrescentando que "empresas japonesas devem ficar em alerta".
A mudança, efetivamente, obrigará companhias japonesas a optarem entre fornecedores chineses e vendas no mercado norte-americano, analisa em entrevista à Sputnik China, Zhou Yongsheng, professor da Universidade de Relações Internacionais da China.

"Ataques à Huawei e outras companhias chinesas perseguem um único objetivo principal – atrapalhar o desenvolvimento científico e tecnológico da China. Para os EUA é necessário remover a concorrência. Desse ponto de vista, o ataque à Huawei é nada menos que o desejo dos EUA de conservar, com todos os meios e forças, sua posição como líder tecnológico mundial [...]", avaliou o especialista.
As ações norte-americanas possuem um efeito negativo nas próprias empresas do país. Por exemplo, devido às sanções, a Qualcomm, que obtém 60% de seu lucro graças às vendas ao mercado chinês, terá grandes perdas.

Publicidade da rede 5G desenvolvida pela empresa Qualcomm dos EUA
© AP PHOTO / JOHN LOCHER


Em 2019, a Huawei realizou compras no valor de US$ 18 bilhões (R$ 96,9 bilhões) dessa empresa dos EUA especializada em semicondutores. Além destes exemplos, existem diversas outras empresas na China que realizam importações de materiais tecnológicos dos EUA em grande escala.

"Eu acredito que na atual situação é pouco provável que os aliados dos EUA se oponham de alguma forma às exigências dos EUA [...] Até mesmo em relação à Alemanha é difícil afirmar se para ela será possível demonstrar seu desacordo com a posição dos EUA", comenta Zhou Yongsheng.
De fato, considerando a situação atual, a Alemanha busca manter um razoável nível de neutralidade. Portanto, apesar da pressão política de Washington, Berlim não se apressa em arriscar os interesses econômicos do país.

Desta forma, dias após o Reino Unido excluir a Huawei do desenvolvimento de sua rede 5G, as autoridades alemãs afirmam que atualmente não existe nenhuma base para alterar a política alemã em relação à companhia chinesa.

No momento, é difícil precisar se Washington terá sucesso em suas investidas contra a China em outros países. As tensões entre os dois gigantes econômicos entram em novos setores, desafiando a recuperação da economia mundial, fortemente afetada pela crise do coronavírus.

As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik


https://br.sputniknews.com/opiniao/2020 ... ecialista/

----------------------------------------

Promoção de Teorias de Liberalismo Econômico:

Leve 5 Teorias e pague apenas 1 , e ainda financie o pagamento em 200 suaves prestações mensais com juro zero :dance:


:lol:

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Tem pessoal ancap que adora elogiar Estônia como algo mais próximo de uma sociedade libertária ou estado mínima na economia. Fico pensando como eles viriam essa licença parental estendida (a dona do canal dusse qye isso é uma experiência pra ver se dá certo, pra estimular crescimento populacional que está em grande queda):



youtu.be/h4lmGeBJuWY

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por JJ_JJ »

Embaixador dos Estados Unidos ameaça o Brasil e diz que se Huwaei não for banida "haverá consequências"


Todd Chapman diz que o Brasil não pode encarar a compra de equipamentos de internet apenas como uma questão comercial, levando em conta preços e aspectos técnicos. Diz que o 5G é tema de "segurança nacional" para os Estados Unidos

29 de julho de 2020, 05:52 h Atualizado em 29 de julho de 2020, 08:28


Todd Chapman, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Embassy Brasília | Reuters)


247 – No momento em que o Brasil se encontra praticamente ocupado pelos Estados Unidos, com um governo totalmente submisso a seus interesses, o embaixador estadunidense em Brasília, fez questão de deixar claro que o País não tem autonomia para selecionar seus fornecedores para rede de 5G – a internet de altíssima velocidade – na banda larga.


"É uma tema bastante importante para o mundo. É a próxima geração de telecomunicações que será a base da revolução tecnológica que vai beneficiar a todos. Nosso interesse é que essa tecnologia seja usada para promoção de atividades econômicas, avanço da sociedade e para o bem de nossos princípios, como a democracia. E que essa tecnologia não seja usada para reprimir a sociedade, como estamos vendo em vários regimes autoritários no mundo. A tecnologia deve liberar e não reprimir as pessoas. É importante que os fornecedores de um produto tão sensível tenham os mesmos princípios que você. Por isso, a posição dos EUA e nosso alerta para nossos amigos e aliados, como o Brasil, é saber com quem se está trabalhando. Nós já sabemos que Huawei e outras empresas da China, como a ZTE, têm a obrigação, por lei, de entregar toda a informação que passa por elas. Trata-se da segurança nacional dos Estados", disse ele, em entrevista aos jornalistas Bruno Rosa e Claudia Antunes, publicada no Globo.

"A seleção de fornecedores do 5G não é para nós uma questão comercial. Nós não temos uma empresa puramente americana que esteja competindo. Isso não é para ganhar US$ 1 bilhão. É um assunto de segurança nacional. Muitos países já decidiram excluir a Huawei por questão de segurança, como Austrália, Japão e Inglaterra, por exemplo. E esse número é crescente porque mais pessoas estão fazendo a mesma análise, vendo o comportamento da Huawei de roubar propriedade intelectual. A Inglaterra disse que vai tirar tudo da Huawei de seu sistema nos próximos anos. E isso vai custar um pouco de dinheiro, mas não tanto como as pessoas estão falando. Na Europa, para substituir todo o equipamento da Huawei em 5G serão US$ 3,5 bilhões. São US$ 7 por usuário", apontou ainda Chapman.


Por fim, ele deixou claro que haverá consequências. "Eu diria que represálias não, consequências sim. Cada país é responsável por suas decisões. As consequências que estamos vendo no mundo é que há um receio de empresas que estão baseadas na propriedade intelectual de fazer investimentos em países onde essa propriedade intelectual não seja protegida."


https://www.brasil247.com/economia/emba ... sequencias


----------------------------------------

Liberalismo continua sendo desprezado.

Liberdade de escolha para compradores sendo jogada na lata de lixo por políticos ( mancomunados com empresários locais ? ).


8-)

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por Agnoscetico »

Se alguém aí puder sugerir esse tópico pros ancaps/libertários/liberais do Youtube, etc, fazer resenha ta aí:

EUA querendo cagar regra no Brasil pra barrar concorrência chinesa e sobre 5G.


China critica EUA por advertir Brasil sobre Huawei | AFP

A China não gostou nada da advertência americana ao Brasil sobre a possibilidade de permitir que a Huawei forneça equipamentos de tecnologia 5G ao país. A tensão entre o gigante asiático e os Estados Unidos é cada vez maior.


youtu.be/WfzVPTUpAcQ

Apple, Facebook, Google e Amazon enfrentam Congresso dos EUA


youtu.be/0Ri1X88gMqo

Patreon loses lawsuit, may be forced out of business

https://www.pscp.tv/Cernovich/1dRKZZqXQyQKB

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por JJ_JJ »

'Não terão sucesso': ministro alemão alerta EUA após ameaça de sanção por gasoduto russo


© REUTERS / Ministério das Relações Exteriores da Rússia
EUROPA
13:26 11.08.2020(atualizado 13:28 11.08.2020)


O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, alertou os Estados Unidos para não interferirem na conclusão do projeto do gasoduto Nord Stream 2, liderado pela Rússia, enfatizando que a Europa tem o direito de escolher suas próprias fontes de energia.

"Sanções entre parceiros são definitivamente o caminho errado a seguir", disse Maas durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo russo Sergei Lavrov em Moscou, acrescentando que qualquer tentativa de impedir a conclusão do oleoduto seria uma violação da soberania de seu país.
"Em última análise, continua sendo nossa decisão soberana de onde obtemos nossa energia. Nenhum país tem o direito de ditar a política energética da Europa com ameaças. Isso não terá sucesso", completou o ministro alemão.

Na segunda-feira (10), Maas afirmou ter expressado seu "descontentamento" ao secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, depois que legisladores estadunidenses ameaçaram "esmagar com sanções legais e econômicas" contra uma empresa alemã envolvida na iniciativa de energia.

A mídia alemã noticiou no mês passado que o Departamento de Estado dos EUA, o Departamento do Tesouro e o Departamento de Energia alertaram os empreiteiros europeus sobre as consequências potenciais da participação na construção do gasoduto.

Navio-grua Akademik Chersky, apto a concluir a construção do gasoduto Nord Stream 2
© SPUTNIK / MIKHAIL GOLENKOV


Washington tem falado abertamente sobre sua feroz oposição ao Nord Stream 2, que foi temporariamente interrompido no ano passado depois que os EUA ameaçaram com sanções os navios envolvidos no projeto.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reclamou recentemente que a Alemanha estava sendo ingrata ao buscar acordos de energia com a Rússia.

"A Alemanha paga à Rússia bilhões de dólares por ano pela energia, e devemos proteger a Alemanha da Rússia. O que é isso?", escreveu ele no Twitter.
O gasoduto de US$ 11 bilhões (R$ 59,7 bilhões), de propriedade da empresa russa Gazprom, dobrará a quantidade de gás natural russo transportado para a Alemanha. Moscou denunciou a postura de Washington como concorrência desleal e prometeu desenvolver uma nova estratégia para completar o gasoduto se os EUA avançarem com as sanções.


https://br.sputniknews.com/europa/20200 ... uto-russo/

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Mensagem por JJ_JJ »

É muito legal ver a realidade esmagando as liber fantasias econômicas de um mundo lieber.


8-)


Mas, tem gente que continua a acreditar no mundo maravilhoso da Disneyliber .


8-)

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Empresários ligados ao MBL são presos por lavagem de dinheiro, diz MP


Escrito por Folhapress, 10:02 / 10 de Julho de 2020. Atualizado às 10:12 / 10 de Julho de 2020
A polícia realizou buscas na sede do MBL


A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na manhã desta sexta-feira (10), dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) por suspeita de desviarem mais de R$ 400 milhões, segundo informações do Ministério Público Estadual.

A operação, realizada pelo MP em conjunto com a Receita Federal, prendeu Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

O Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil enviou 35 policiais civis e 16 viaturas para cumprirem seis mandados de busca e apreensão e as duas prisões na capital paulista e em Bragança Paulista.

As buscas incluíram a sede do MBL, organização política brasileira que ganhou notoriedade após os protestos de 2013, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, a quem apoiou até o ano passado.

A operação foi batizada de Juno Moneta, em referência a um antigo templo romano onde eram cunhadas as moedas na antiguidade.

Procurado pela reportagem, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) confirmou a busca e apreensão na sede do grupo, mas negou que os detidos sejam membros do MBL.

"Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento. Uma notícia veiculada de maneira errônea por um portal criou tal confusão", disse o deputado.

Segundo a Gedec (Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômico), do MP, os homens integram o MBL, embora a operação "se refira a um crime econômico e não político".


https://diariodonordeste.verdesmares.co ... -1.2964607
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Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, através do Promotor
integrante do GEDEC – Grupo Especial de Atuação Especial de Recuperação de Ativos e Repressão
aos Crimes de Formação de Cartel e Lavagem de Dinheiro, no uso de suas atribuições legais, vem,
com fundamento nos artigos 4° e §§ da Lei 9.613/98 e suplementarmente do art. 240, caput e §1º,
alíneas “e” e “h” do CPP; e no artigo 1º, incisos I e III, alínea “l” da Lei n. 7.960/89, em razão das
evidências apuradas no procedimento investigatório criminal acima mencionado, formular pedidos
das seguintes Medidas Cautelares – inaudita altera partes, pelos seguintes fatos e fundamentos:

[...]

https://www.conjur.com.br/dl/mp-sp-investigacao-mbl.pdf



Brazucas Lies Libers 171 :dance: :dance:


:dance: :dance:
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Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Queria saber qual idéia ancaps teriam pra resolver problemas como esse, onde ausência do estado abre espaço pra criminalidade agir livremente:


youtu.be/gfeyHgBdHCc



(...)


Esqueci de postar isso antes:

Se alguém aí puder sugerir esse tópico pros ancaps/libertários/liberais do Youtube, etc, fazer resenha ta aí:

EUA querendo mandar no Brasil pra barrar concorrência chinesa e sobre 5G.


China critica EUA por advertir Brasil sobre Huawei | AFP

A China não gostou nada da advertência americana ao Brasil sobre a possibilidade de permitir que a Huawei forneça equipamentos de tecnologia 5G ao país. A tensão entre o gigante asiático e os Estados Unidos é cada vez maior.



youtu.be/WfzVPTUpAcQ


Apple, Facebook, Google e Amazon enfrentam Congresso dos EUA



youtu.be/0Ri1X88gMqo


Patreon loses lawsuit, may be forced out of business

https://www.pscp.tv/Cernovich/1dRKZZqXQyQKB











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Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Contas públicas no Brasil:

youtu.be/Z2f4IsjbpWc

Um artigo que, dentre outras coisas, compara o salários dos funcionários públicos no Brasil com o de outros países:
https://www.mises.org.br/article/3269/o ... o-na-crise

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Bolsonaro diz que é ele quem vai decidir sobre o 5G, depois de ouvir os Estados Unidos


Submisso aos interesses de Donald Trump, Jair Bolsonaro falou que vai consultar o governo estadunidense antes de decidir sobre a internet de alta velocidade no Brasil – o que pode deixar a tecnologia chinesa de fora da disputa
4 de setembro de 2020, 05:11 h Atualizado em 4 de setembro de 2020, 09:12

Jair Bolsonaro, Donald Trump, Xi Jinping e Huawei (Foto: Reuters)
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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que caberá a ele decidir qual modelo de tecnologia 5G será adotado pelo Brasil, e admitiu que conversa com o governo norte-americano e outros países e entidades sobre os prós e contras das redes disponíveis.



“Temos uma decisão sobre 5G pela frente. Quero deixar bem claro: quem vai decidir 5G sou eu, não é terceiro, ninguém dando palpite por aí não, eu vou decidir o 5G”, disse ele, em transmissão pelas redes sociais.

“E não é da minha cabeça apenas. Eu converso com o general Augusto Heleno, do GSI, converso com o (Alexandre) Ramagem, que e chefe da Abin, converso com o Rolando Alexandre, que é o diretor-geral da Polícia Federal, com mais inteligência, com gente mais experiente, converso com o governo americano, converso com várias entidades, países, sobre o que temos de pró e contra”, acrescentou.

Na transmissão, Bolsonaro disse que o Brasil é uma “potência” e que há um serviço de inteligência lidando com esse tipo de assunto.

O presidente já disse que aspectos de soberania nacional, segurança de informações e dados, questões de política externa e temas econômicas vão pesar na escolha relativa ao 5G.

A escolha da tecnologia 5G tem oposto áreas de influência dos Estados Unidos e da China, dois importantes parceiros comerciais do Brasil. Mesmo antes da pandemia de Covid-19, o leilão do espectro --inicialmente previsto para ocorrer em março de 2020-- foi adiado.

Há expectativa que a empresa chinesa Huawei assuma papel fundamental na implementação da próxima geração de rede de alta velocidade na América Latina, apesar dos esforços dos Estados Unidos para conter o avanço da gigante chinesa.

O governo dos EUA já enviou recados alertando para possíveis impedimentos no fortalecimento da cooperação nas áreas de defesa e inteligência com o Brasil caso a empresa chinesa entre no mercado de 5G do país.



https://www.brasil247.com/economia/bols ... dos-unidos

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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JJ_JJ
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Liberalismo segue forte e firme como prego em gelatina.


:lol:

Re: Liberalismo e Anarcocapitalismo

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JJ_JJ
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O que faz a Amazônia queimar é o capitalismo neoliberal



O território dos povos queima, as árvores viram cinzas que voam e desabam sobre as cidades: o céu escuro cai com um peso imensurável, desalinho do tempo, e já nem sabemos se haverá futuro. Os habitantes das metrópoles, tão esquecidos, enclausurados em prédios e engarrafamentos, olham pra cima assustados e parecem enfim lembrar: há uma floresta ali ao lado. Ou havia.

Ora, pode-se até fazer poesia disso, as tragédias são também cantadas, mas não nos enganemos: há algo de cru e feio por trás do fogo que consome a Amazônia – as cortinas de fumaça não nos tapam a visão. A mão manchada de sangue que acende a chama é a mão do capital: é à política neoliberal colonialista, tão docilmente acatada pelo governo Bolsonaro, que creditamos o ataque aos povos das florestas e a seus territórios.

Cada palavra proferida por Bolsonaro (PSL) e por seus ministros, e destacamos aqui o do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Partido Novo), é como um sopro que estimula a chama, seja quando um tenta criar fantasmas e inimigos, invertendo papéis e culpando organizações ambientalistas pelos incêndios que o mundo testemunha abismado; seja quando outro tenta responsabilizar, de maneira rasteira, “as pessoas do Norte” (referindo-se à população brasileira da Amazônia, que culpabiliza por supostos “hábitos arcaicos”) pelo fogo que consome território de tão rica biodiversidade. E se os discursos já acendem a brasa, suas ações são como álcool, causadoras dessa explosão calamitosa: podemos citar o contingenciamento de R$ 187 milhões no Ministério do Meio Ambiente, que causou uma sequência de cortes em programas voltados ao cuidado ambiental: a Política Nacional sobre Mudança do Clima teve um corte equivalente a 95% em seu orçamento; o Programa de Apoio à Criação, Gestão e Implementação das Unidades de Conservação Federais, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), foi cortado em mais de R$ 45 milhões. Podemos falar ainda da extinção e ataques a conselhos importantes para a fiscalização e planejamento das políticas ambientais, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Ou das frequentes agressões ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), tido pelo governante de ultradireita como uma simples “indústria da multa”. Ou da negação da ciência, uma vez que ela ajuda a denunciar o óbvio, desde o aumento do desmatamento na atual gestão até o mal causado por agrotóxicos à saúde da população (agrotóxicos estes liberados de maneira recorde e que, para completar, tiveram abrandadas as classificações em relação a suas toxicidades em medida recente).

A lista poderia ir longe ainda, mas paramos por aqui. Por ora, o foco é outro: é na mão que coloca o fogo, mais que no fogo que se alastra; a mão que manipula esse governo racista, colonizado e misógino: a mão do capital.

Incêndios florestais arrasam a vegetação no estado de Mato Grosso. O Estado vive do agronegócio e é responsável por grande parte da exportação de soja, milho e algodão do Brasil. Ali encontram-se também os parques Chapada dos Guimarães —que já perdeu o 12% de sua vegetação— e Serra de Ricardo Franco, na fronteira com Bolívia.

Bombeiro tenta extinguir as chamas durante incêndio que começou durante a estação de seca em Brasília. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os incêndios florestais aumentaram 83% com relação ao mesmo período de 2018.

Não é absolutamente novo o que se passa, é verdade. Nossa tragédia socioambiental não começa hoje: megaprojetos de desenvolvimento, com grande foco na mineração agressiva, nas barragens e no agronegócio, impactam o meio ambiente e os povos do Brasil há tempos. Parece eterno o saque dos nossos bens comuns. E que o clima seco facilita a ocorrência de queimadas não é nenhuma novidade também: mesmo que a ignorância dos tempos atuais desafie mesmo os conhecimentos mais básicos, parece haver consenso aí.

As dimensões do que acontece agora, porém, são outras. “A Amazônia está queimando mais em 2019, e o período seco, por si só, não explica este aumento”, nos alerta o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). E diz mais: a concentração de incêndios florestais em áreas recém desmatadas e com estiagem branda é um forte indicativo do caráter intencional dos incêndios, que têm a função de limpar essas áreas. Esvaziadas de gente e de florestas, essas terras podem ser então utilizadas para a expansão do capital através do avanço da fronteira agrícola para o agronegócio e para megaprojetos de extração mineral, que contam com intensos investimentos estrangeiros.

Mais de 60% dos focos de incêndio desde o início do ano foram detectados em propriedades privadas registradas no Cadastro Ambiental Rural, apontando os arcaicos ruralistas nacionais como os peões do agronegócio global. Incentivado pelas políticas de Bolsonaro, o fogo neoliberal propagou – e dura bem mais que um dia, infelizmente.

O Brasil vencerá o Brazil

E como combater o fogo que se espalha com os ventos fascistas que assolam o país, e que colocam literalmente em chamas a Amazônia e põem em risco a vida no planeta? A resposta nos surge em uma verdade irrefutável: as florestas se mantêm em pé onde estão os povos originários, e não há acaso aí: são eles parte delas – assim como somos nós também, embora não saibamos ou tenhamos esquecido, iludidos pelas falsas soluções do capitalismo que, quando conveniente, traveste-se de verde e se diz preocupado com a floresta que mais tarde põe ao chão, ou que até deixa em pé, privatizada e transformada em ativos em bolsas de valores, expulsando dela quem com ela vive em harmonia. Que estrago causam, somadas, a ignorância de uns e a ganância de outros – e pior quando surgem combinadas em uma só pessoa. Exemplos disso não nos faltariam no atual governo brasileiro.

Por isso os modos de vida tradicionais nos ensinam sobre o cuidar da natureza: a relação é de pertença, não de uso. São as lutas históricas dos povos originários e das comunidades tradicionais em defesa de suas culturas e de seus territórios que inspiram a luta que travamos por justiça ambiental, social, econômica e de gênero para todos os povos. Dali virá a resposta que procuramos – O que fazer?! – porque dali sempre veio: cabe a nós escutar. Assim que um alerta deve ser repetido, em alto e bom som: independente de qualquer boa intenção, a solução para os absurdos que testemunhamos nesse triste capítulo da história está em fortalecer a luta indígena, quilombola, campesina, feminista, agroecológica; em construir a soberania popular desde os territórios para mudar o sistema. Toda ação que tome outro caminho, ou que venha de cima para baixo, de Norte para Sul, do capital sobre a vida, anda em contramão.

A tristeza e a vergonha geradas pelos incêndios criminosos são devastadoras, mas devem ser transformadas em indignação e luta, unindo todos os povos do Brasil, nas suas diversidades e saberes que emanam de cada território, com suas florestas, cerrados, campos e cidades, montanhas e águas, culturas e memórias, para dizer que seguiremos resistindo, existindo, construindo e reconstruindo a força e a soberania popular para derrotar esse fascismo tosco, subserviente aos interesses das transnacionais e à lógica colonialista, racista e patriarcal do mercado. As dores e perdas são imensas: o capitalismo assume com gosto a sua natureza neoliberal, ataca com força, revida toda e qualquer tentativa de equidade, invade e suga o que há na terra, nas águas, nos corpos.

Mas se não são novidade os ataques, não são novidade também as resistências, que encontram alento e apoio na solidariedade internacionalista entre os povos do mundo que lutam contra esse mesmo sistema e suas injustiças. E se avança o fascismo neoliberal, avançam na mesma proporção as diversidades e as defesas pelos povos e seus territórios. Pode tomar mais tempo do que gostaríamos, é verdade; contudo, tratássemos de uma questão de gosto, certamente não estaríamos aqui. Não há opção: resta-nos sempre lutar a luta imposta a nós pelo nosso tempo, e acontece de ser essa a nossa. Lutemos, portanto.

No fim, o Brasil vencerá o Brazil.

Fotos: El País


http://www.amigosdaterrabrasil.org.br/2 ... eoliberal/

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JJ_JJ
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Desmatamento, pecuária e extração ilegal de madeira estão entre as causas do número recorde de incêndios na maior floresta tropical do mundo

Por Ana Magalhães, Daniel Camargos e Diego Junqueira
As queimadas que destroem a Amazônia e chamam atenção mundial são apenas a face mais visível da exploração da maior floresta tropical do mundo. Por trás da derrubada da mata e do fogo, estão poderosos interesses econômicos: a criação de gado, o comércio ilegal de madeira e a produção de soja. Parte desses produtos tem como destino final a Europa.

O presidente da França, Emmanuel Macron, chamou os focos de incêndio de “crise internacional”, declaração que foi interpretada como uma subida no tom das ameaças dos países europeus sobre as compras de produtos brasileiros. A relação do mercado internacional com as queimadas não é simples, já que a Europa compra produtos que saem de áreas desmatadas ilegalmente há anos, conforme a Repórter Brasil denunciou em diversas reportagens.


O fogo é uma das etapas do processo de abertura de pastagens, que tem início na derrubada da floresta com tratores e correntes, passa pela secagem e pelas chamas e termina no plantio de capim para alimentar os animais, de acordo com Erika Berenguer, pesquisadora sênior do Instituto de Mudanças Ambientais da Universidade de Oxford. Após a substituição das árvores pelo gado, o terreno pode vir a ser usado para o plantio agrícola, segundo a pesquisadora, que estuda queimadas na Amazônia há 10 anos.

Se na década de 1970 apenas 1% da Amazônia estava desmatada, hoje o índice chega a 20%, segundo relatório da Procuradoria do Meio Ambiente do Ministério Público Federal. A destruição da floresta acompanhou a evolução do rebanho bovino na Amazônia, que passou de 47 milhões de animais em 2000 para cerca de 85 milhões atualmente. Quase 40% das 215 milhões de cabeça de gado do país pastam em áreas amazônicas. A pecuária ocupa 80% da área desmatada da região, segundo o relatório.

A exploração econômica da Amazônia está por trás dos 40 mil focos de incêndio que atingiram a floresta entre 1º de janeiro a 23 de agosto, detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É o maior índice de queimadas desde 2010.



O aumento dos focos de incêndio acontece em meio a medidas tomadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, como a redução das fiscalizações ambientais, cortes orçamentários para o ministério do Meio Ambiente e o questionamento dos dados oficiais sobre desmatamento. As medidas, somadas às chamas, podem impactar negativamente o agronegócio e o acordo de comércio entre os países do Mercosul e da União Europeia.

Ao contrário do que declarou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que as queimadas devem-se ao “tempo seco, vento e calor”, os dados do INPE indicam que o fogo vem sendo causado pela derrubada da floresta, segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).


Fronteiras agrícolas

Não por acaso, as atuais queimadas da Amazônia acontecem em áreas tradicionalmente dedicadas a pastagens ou a plantações de soja. Um cientista da agência espacial Nasa apontou com precisão a localização dos focos de calor detectados em agosto. “[Os satélites mostram] colunas de fumaça enormes saindo daquelas áreas da fronteira agrícola, como Novo Progresso, a região da Terra do Meio, no Pará, e o sudeste do estado do Amazonas”, disse Douglas Morton ao jornal Folha de S.Paulo, acrescentando que a última vez que os satélites detectaram uma destruição semelhante foi em 2004.

Localizada na bacia do rio Xingu, a Terra do Meio é ameaçada pelo avanço do desmatamento na cidade paraense de São Félix do Xingu, que possui o maior rebanho bovino do país, com 2,2 milhões de cabeças. Ali, a gigante mundial da produção de carne, JBS, foi flagrada comprando gado de um grupo econômico multado pelo Ibama por desmatar a Amazônia.



Trata-se da AgroSB, uma das maiores produtoras de gado do país, que foi multada por desmatamento ilegal em R$ 69,5 milhões entre 2010 e 2019, em suas fazendas em São Félix do Xingu, conforme mostrou, em julho, investigação da Repórter Brasil em parceria com o jornal britânico The Guardian. A companhia, que faz parte do grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, é uma das fornecedoras de gado da JBS.

Não foi a primeira vez que a JBS comprou gado de grupos desmatadores. Em 2017, a produtora de proteína animal comprou gado de Jotinha, apelido de Antônio Junqueira, que operava na região o maior esquema de desmatamento ilegal associado a grilagem de terras da história da Amazônia, segundo operação realizada pelo MPF. A denúncia sobre exportação de carne ligada ao desmatamento, feita pela Repórter Brasil em parceria com o The Guardian, levou o mercado inglês Waitrose, sétimo maior da Inglaterra, a retirar a carne da empresa brasileira de suas prateleiras.


Procurada, a JBS informou que mantém o posicionamento que deu à época da publicação das reportagens, quando afirmou que, “assim que recebeu as informações sobre as irregularidades, todas as compras de gado da família Junqueira foram imediatamente interrompidas”.

Sobre a compra de gado da AgroSB, a JBS informou que “os fatos apontados não correspondem aos padrões” adotados pela companhia. A empresa informou que não adquire animais de fazendas envolvidas com desmatamento ou que estejam embargadas pelo Ibama. A empresa reforça que possui um sistema robusto de monitoramento dos seus fornecedores de gado.

Já a AgroSB, também em nota divulgada na época da publicação da reportagem, afirmou que comprou a fazenda Lagoa do Triunfo em fevereiro de 2008 e que “nunca realizou qualquer supressão de vegetação no imóvel”. “O modelo de negócio da AgroSB está ancorado na aquisição de áreas abertas e com pastagem degradadas, as quais são adubadas, recuperadas e transformadas em pastos de alta intensidade ou plantações de grãos”, completa a nota.

Soja

Enquanto a pecuária desmatadora se concentra nos estados da Amazônia Legal, a maioria das plantações de soja ocupam áreas do cerrado. Porém, parte das plantações do grão está no norte do Mato Grosso – cujo bioma é amazônico. Na cidade matogrossense de São José do Rio Claro, por exemplo, a Repórter Brasil flagrou um fazendeiro denunciado e multado por trabalho escravo e desmatamento ilegal que exportava proteína soja para a Noruega. No país nórdico, a soja era usada como ração na criação de salmão.

Ainda que em menor proporção, as plantações de soja também contribuem para a destruição da floresta. Em 2018, o então ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, divulgou estudo revelando que o grão ocupa ilegalmente 47,3 mil hectares de floresta desmatada da Amazônia – aumento de 27,5% na comparação com o registrado na safra anterior (37,2 mil hectares).

A Operação Shoyo, realizada em outubro de 2016 pelo Ibama, investigou no Mato Grosso os compradores de “soja pirata” – soja produzida em áreas embargadas e que, portanto, não podem ser dedicadas à atividade agrícola. A operação resultou em multas de R$ 170 milhões relacionadas à plantação em áreas proibidas e à comercialização de 148.643 sacas de grãos (soja e milho). Os dados fazem parte do relatório Future in our hands & Rainforest Foundation Norway Report – 2018 Salmon on soy beans – Deforestation and land conflict in Brazil.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) divulgou nota nesta sexta-feira 23 em que condena a ocorrência de queimadas na Amazônia em áreas de vegetação e de produção agrícola no norte do Brasil.

Sobre a extração ilegal de madeira na Amazônia, investigação conjunta da Repórter Brasil e da organização jornalística dinamarquesa Danwatch revelou, no ano passado, que empresas daquele país compraram produtos de exportadores brasileiros multados diversas vezes pelo Ibama. Uma comprovação de que esses crimes não estão sendo bem controlados por redes de fornecedores internacionais.

Desmatadores financiam campanha
O agronegócio brasileiro tem relações estreitas com a classe política. A JBS foi uma das maiores financiadoras de campanhas políticas em 2014. Executivos da empresa assumiram em delações que destinaram mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país. Ainda que a empresa dona das marcas Friboi e Swift não tenha sido diretamente multada por desmatamento, ela mantém entre sua rede de fornecedores diretos e indiretos grupos autuados pelo crime.

Após a prisão dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, em 2017, a empresa parou de financiar campanhas, mas executivos ligados a companhias que foram autuadas pelo Ibama por crimes ambientais – o que inclui desmatamento ilegal – fizeram doações para campanhas de pelo menos 117 deputados e senadores eleitos, que somam R$ 4,2 milhões. Entre os financiados por desmatadores, há nomes proeminentes, como o do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros.

O levantamento exclusivo feito pela Repórter Brasil cruzou dados do Ibama e da Receita Federal e foi publicado em 5 de fevereiro deste ano. O levantamento considera crimes ambientais em todas as regiões do país e não apenas na Amazônia.

Reação

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse na sexta-feira (23) que as queimadas ocorrem durante todo o ano no Brasil. Ela destacou que não se pode dizer que o agronegócio brasileiro é o “grande destruidor” da Amazônia em razão dos incêndios que ocorrem neste momento na região. “Existe hoje uma preocupação do mundo com o meio ambiente. O Brasil não está fora dessa preocupação. E os produtores rurais também têm essa preocupação porque eles são os maiores prejudicados, principalmente aqueles que usam tecnologia”, disse a ministra.

Também na sexta-feira 23, um grupo de servidores do Instituto Chico Mendes (ICMBio) posou para uma foto com a frase “Amazônia, estamos aqui”. Segundo um dos servidores, a foto é um recado para governo federal dizendo que eles estão dispostos a irem fiscalizar e punir os desmatadores e os responsáveis pelas queimadas. “Mas o governo precisa liberar verba e autorizar as operações”, disse um dos fiscais durante o treinamento realizado na Academia Nacional da Biodiversidade, em Iperó (SP).


https://www.cartacapital.com.br/socieda ... -amazonia/

Re: Liberalismo

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Mensagem por JJ_JJ »

Cinzu escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 14:23 pm
Os liberais não são contra o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas por parte do governo. Pelo contrário, os economistas liberais reconhecem as externalidades positivas e sabem que é exatamente nos setores em que a iniciativa privada não tem interesse, que o estado deve atuar.

1) Pode apontar 5 discursos e ações de liberais brazucas (não desconhecidos/que tem alguma relevância na mída) que claramente e enfaticamente tenham defendido maiores investimentos em pesquisas científicas ( de forma geral) por parte do Estado brasileiro e do governo brasileiro ?


2) Na sua resposta parece que tem uma pegadinha neoliberal: "pesquisas científico-tecnológicas" , parece que você quer dizer que liberais apenas apoiam umas tais de pesquisas científico-tecnológicas. O significado de tal coisa seria que liberais só apoiam pesquisas científicas que possam claramente e visivelmente serem úteis para a produção de um novo produto (ou aperfeiçoamento de algum já existente) que possa ser vendido no mercado ?

É isso que liberais defendem ?


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Re: Liberalismo

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

JJ_JJ escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 16:24 pm
Cinzu escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 14:23 pm
Os liberais não são contra o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas por parte do governo. Pelo contrário, os economistas liberais reconhecem as externalidades positivas e sabem que é exatamente nos setores em que a iniciativa privada não tem interesse, que o estado deve atuar.

1) Pode apontar 5 discursos e ações de liberais brazucas (não desconhecidos/que tem alguma relevância na mída) que claramente e enfaticamente tenham defendido maiores investimentos em pesquisas científicas ( de forma geral) por parte do Estado brasileiro e do governo brasileiro ?
E por que eu faria isso, se em momento algum eu afirmei isso?

2) Na sua resposta parece que tem uma pegadinha neoliberal: "pesquisas científico-tecnológicas" , parece que você quer dizer que liberais apenas apoiam umas tais de pesquisas científico-tecnológicas. O significado de tal coisa seria que liberais só apoiam pesquisas científicas que possam claramente e visivelmente serem úteis para a produção de um novo produto (ou aperfeiçoamento de algum já existente) que possa ser vendido no mercado ?

É isso que liberais defendem ?
Não há pegadinha alguma, é apenas sua má intenção e desonestidade em tentar distorcer afirmações alheias. Mas já estamos todos batizados aqui no fórum.

Me refiro a pesquisas científicas E pesquisas tecnológicas.
Editado pela última vez por Cinzu em Ter, 08 Setembro 2020 - 16:57 pm, em um total de 1 vez.

Re: Liberalismo

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Mensagem por JJ_JJ »

Cinzu escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 16:49 pm
JJ_JJ escreveu:
Ter, 08 Setembro 2020 - 16:24 pm
1) Pode apontar 5 discursos e ações de liberais brazucas (não desconhecidos/que tem alguma relevância na mída) que claramente e enfaticamente tenham defendido maiores investimentos em pesquisas científicas ( de forma geral) por parte do Estado brasileiro e do governo brasileiro ?
E por que eu faria isso, se em momento algum eu afirmei isso?

Pelo visto não existem.


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