fenrir escreveu: ↑Qua, 09 Abril 2025 - 05:03 amPS. A pior parte do Mandarim nem são os ideogramas: é a pronuncia. Um silaba pode ser pronunciada em 4 tons distintos e há varios fonemas que não existem no Portugues. Soa alienigena aos nossos ouvidos latinos.
Já quanto aos ideogramas, há uma logica e regularidade que facilitam sua memorização.
Protecionismo X Livre mercado
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- Fernando Silva
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
Uma empresária americana explica por que ela não tem como fabricar nos EUA:
- Não tem as máquinas para fabricar as partes e elas são muito caras.
- Não tem as ferramentas de injeção. Teria que ser uma para cada produto e cada uma custa muito caro. Pedir a alguém nos EUA para injetar custa caro e demora.
- Não tem as matérias primas.
- Não tem trabalhadores especializados
- Estaria falida em pouco tempo se tentasse investir nisso tudo.
youtu.be/btb6JzRn5kw
- Não tem as máquinas para fabricar as partes e elas são muito caras.
- Não tem as ferramentas de injeção. Teria que ser uma para cada produto e cada uma custa muito caro. Pedir a alguém nos EUA para injetar custa caro e demora.
- Não tem as matérias primas.
- Não tem trabalhadores especializados
- Estaria falida em pouco tempo se tentasse investir nisso tudo.
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A solução para desenvolvimento é Estado?
POR QUE O BRASIL NÃO É UM PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO? (JOSÉ KOBORI EXPLICA)
youtu.be/BbY7YNaZqrA
Sem protecionismo no século 19, os EUA seriam um país agrário hoje.
EUA recomenda livre comércio para os países pobres.
Quando a coisa aperta, o EUA é protecionista. Protegem o mercado da Tesla proibindo a entrada da BYD (aliança Trump e Musk).
POR QUE O BRASIL NÃO É UM PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO? (JOSÉ KOBORI EXPLICA)
youtu.be/BbY7YNaZqrA
Sem protecionismo no século 19, os EUA seriam um país agrário hoje.
EUA recomenda livre comércio para os países pobres.
Quando a coisa aperta, o EUA é protecionista. Protegem o mercado da Tesla proibindo a entrada da BYD (aliança Trump e Musk).
Os EUA não têm mais a glória do passado. Antigamente conseguiam produzir tudo nos EUA, agora são completamente dependentes dos produtos estrangeiros.Fernando Silva escreveu: ↑Qui, 24 Abril 2025 - 14:28 pmUma empresária americana explica por que ela não tem como fabricar nos EUA:
- Não tem as máquinas para fabricar as partes e elas são muito caras.
- Não tem as ferramentas de injeção. Teria que ser uma para cada produto e cada uma custa muito caro. Pedir a alguém nos EUA para injetar custa caro e demora.
- Não tem as matérias primas.
- Não tem trabalhadores especializados
- Estaria falida em pouco tempo se tentasse investir nisso tudo.
Fonte: viewtopic.php?p=42048#p42048Huxley escreveu: ↑Sex, 11 Abril 2025 - 00:39 amIndustrialização demais, em termos de participação porcentual industrial no PIB, é coisa de país pobre (para os padrões americanos):
(Nassim Nicholas Taleb - traduzido)1- Houve um tempo em que se pensava que a economia real = agricultura, alimentava as pessoas, ao contrário da indústria.
2- Depois, o mesmo se dizia sobre a indústria e a agricultura em comparação com os serviços. As pessoas (Trump e outros) ainda estão confusas se o saldo comercial inclui serviços.
3- Agora surgiu uma nova categoria, a do fluxo de caixa.
4- O comércio não tem nada a ver com países, tudo a ver com margem
Os EUA têm enriquecido por meio do processo de transição da produção de baixa margem para a de alta margem, o que inclui a mudança da indústria para os serviços, e dos serviços para a alavancagem de ideias.
Fonte: https://x.com/nntaleb/status/1910325155097719239
"Intelectuais desenvolvimentistas" repetem obsessivamente a mentira: "Somos explorados no comércio internacional porque o Brasil é essencialmente um fazendão exportador e um importador de manufaturas"...
"A Economia do Agronegócio, Explicada":
youtu.be/pLQ_gzUCDlc
"A Economia do Agronegócio, Explicada":
youtu.be/pLQ_gzUCDlc
Palavras de fisiocratas. Os EUA tem um agronegócio maior do que o Brasil, mas é pequeno perto da indústria. Se o agro é tão bom, então os EUA poderia fechar as indústria e se tornar agrário. Nas últimas décadas, o Brasil, o agro só cresce e o povo só empobrece.
O foco em fracassos como zona franca de Manaus e protecionismo de varejo e coisa que o país nem produz é falácia do espantalho.
Os gráficos apresentados são apenas exportação. Falou nada de indústria interna, porque os países mencionados não seriam ricos sem ela. Islândia e Austrália tem uma população minúscula. Se fossem densamente povoadas, precisariam de indústria forte para sustentar a riqueza.
O agronegócio tem financiamento do banco do Brasil, que é estatal. É tanto que neste ano o BB teve uma queda enorme no lucro por causa dos prejuízos no agronegócio. O crédito para o agronegócio também é isento de imposto de renda.
O próprio vídeo reconhece a Embrapa, uma empresa pública, responsável pelo sucesso do agronegócio. O solo brasileiro é ruim e inadequado para plantar o básico da alimentação, como arroz e soja. Outros setores não tiveram esse benefício.
O agro foi o único que sobreviveu aos anos 90 simplesmente porque é o mais fácil de fazer.
Isso acima só reforça o meu argumento de que o que importa é o QUANTO se produz e não O QUE se produz proporcionalmente. Se a produtividade da indústria brasileira fosse dez vezes maior, não importaria se a participação do setor secundário na economia do Brasil fosse menor que 15% do PIB.Palavras de fisiocratas. Os EUA tem um agronegócio maior do que o Brasil, mas é pequeno perto da indústria.
Isso é como dizer: “Se ser secretário de consultório médico é tão bom, então o médico poderia se demitir e fazer secretariado de médico”. Obviamente, mesmo que o médico seja o melhor secretário da cidade, ele teria custo de oportunidade ao fazer secretariado em meio período (ou pior, se ele se demitisse como médico para ser secretário). Comércio eficaz se baseia em vantagens comparativas, não em vantagens absolutas.Se o agro é tão bom, então os EUA poderia fechar as indústria e se tornar agrário.
Não entender contrafactual é uma desgraça mesmo. Isso é como dizer: “A velocidade máxima e aceleração de 0-100 Km/h dos carros em que ando só crescem nos últimos anos, mas minha velocidade média no trânsito engarrafado só se reduz”. A pessoa não entende que o carro teria velocidade média ainda menor com carros mais lentos.Nas últimas décadas, o Brasil, o agro só cresce e o povo só empobrece.
Idem para o Brasil. Você parece que não sabe que o Brasil não é país agrário, uma vez que a participação do setor primário brasileiro na economia é de apenas 6,6% do PIB. E que proporcionalmente o Brasil tem ligeiramente mais peso industrial no PIB do que os EUA. Coitadinho dos Estados Unidos. Deve ser uma economia atrasada, já que é tão “desindustrializado”. (Se você responder que o PIB industrial americano é muito maior do que o PIB industrial brasileiro, então só reforça o meu argumento de que o que importa é o QUANTO se produz e não O QUE se produz proporcionalmente).Os gráficos apresentados são apenas exportação. Falou nada de indústria interna, porque os países mencionados não seriam ricos sem ela.
Apesar disso, a queixa citada acima não muda o fato de que os “intelectuais desenvolvimentistas” brasileiros implicam com a nossa pauta exportadora-importadora, não só com os dados de participação do setor primário e setor secundário no PIB brasileiro.
Qual é o louco que defende que exista uma “indústria fraca”? Nem é o caso de que a participação da indústria da Austrália e da Islândia no PIB sejam pequenas, já que elas não são claramente menores do que o que existe nos Estados Unidos.Islândia e Austrália tem uma população minúscula. Se fossem densamente povoadas, precisariam de indústria forte para sustentar a riqueza.
O exemplo da Embrapa mostra o quão farsesco é o argumento da política setorial protecionista. O esforço ou incentivo estatal para investimento em P & D, juntamente com outras políticas horizontais (infraestrutura, etc., que afetam todos os setores), tornam dispensáveis o protecionismo e a política setorial.O próprio vídeo reconhece a Embrapa, uma empresa pública, responsável pelo sucesso do agronegócio. O solo brasileiro é ruim e inadequado para plantar o básico da alimentação, como arroz e soja. Outros setores não tiveram esse benefício.
Nada de espantalho. Política industrial setorial não é conduzida por santos e anjos, mas por policymakers com índole nefasta suficiente para ceder a interesses lobistas no nível do lobismo da Zona Franca de Manaus. E, diversas vezes, o erro nem é por ignorância econômica.O foco em fracassos como zona franca de Manaus e protecionismo de varejo e coisa que o país nem produz é falácia do espantalho.
Outra coisa. André Bellini já demonstrou que não há subsídio creditício diferencial do agronegócio em comparação a outros setores da economia (industrial, por exemplo). No plano Safra de 2022/23, o custo efetivo da equalização de juros foi de somente 10 bilhões de reais, o que representa apenas 0,8% do valor bruto de produção da agropecuária.
Quantidade tem limites. Atualmente a maior parte população está alimentada e o desperdício é maior do que o que seris destinado a mortos de fome.Huxley escreveu: ↑Sáb, 23 Agosto 2025 - 00:34 amIsso acima só reforça o meu argumento de que o que importa o QUANTO se produz e não O QUE se produz proporcionalmente. Se a produtividade da indústria brasileira fosse dez vezes maior, não importaria se a participação do setor secundário na economia do Brasil fosse menor que 15% do PIB.
A indústria, por outro lado, tem muita demanda reprimida para crescer. Há muitos produtos e máquinas de produção necessárias para aumentar a eficiência da produção e reduzir os custos.
Aqui tu contradiz a frase anterior. Secretário é agro e médico a indústria.Isso é como dizer: “Se ser secretário de consultório médico é tão bom, então o médico poderia se demitir e fazer secretariado de médico”. Obviamente, mesmo que o médico seja o melhor secretário da cidade, ele teria custo de oportunidade ao fazer secretariado em meio período (ou pior, se ele se demitisse como médico para ser secretário).
Porém, uma coisa não anula a outra. O problema não é a existência do agro e sim a falta de indústria.
"Vantagem comparativa" é falácia do neoliberalismo. Nenhum país enriqueceu com isso.Comércio eficaz se baseia em vantagens comparativas, não em vantagens absolutas.
O que países pobre tem em comum é a falta de indústria.
O grande no PIB nos dois países é o setor de serviços, que é a forma de gerar emprego e a economia quando não tem mais o que produzir. Mas a riqueza existe primariamente por causa da indústria ou propriedade de indústria em outro país.Idem para o Brasil. Você parece que não sabe que o Brasil não é país agrário, uma vez que a participação do setor primário brasileiro na economia é de apenas 6,6% do PIB. E que proporcionalmente o Brasil tem ligeiramente mais peso industrial no PIB do que os EUA. Coitadinho dos Estados Unidos. Deve ser uma economia atrasada, já que é tão “desindustrializado”. (Se você responder que o PIB industrial americano é muito maior do que o PIB industrial brasileiro, então só reforça o meu argumento de que o que importa o QUANTO se produz e não O QUE se produz proporcionalmente).
O setor de serviços é algo que qualquer um pode fazer. A qualidade depende de equipamentos, que é muito mais barato em países industrializados. A discrepância é notável já que nesse setor um trabalhador americano ganha muito mais do que um brasileiro para fazer a mesma coisa.
O fracasso da indústria brasileira é o lobismo, corrupção e alta carga tributária. Não é culpa das ideias desenvolvimentistas.André Bellini já demonstrou que não há subsídio creditício diferencial do agronegócio em comparação a outros setores da economia (industrial, por exemplo). No plano Safra de 2022/23, o custo efetivo da equalização de juros foi de somente 10 bilhões de reais, o que representa apenas 0,8% do valor bruto de produção da agropecuária.
É impossível se industrializar hoje sem protecionismo.
E quem disse que é dever do agronegócio crescer ilimitadamente? Não é dever deles crescerem de tamanho feito um câncer se o sistema de preços não sinaliza isso.Quantidade tem limites. Atualmente a maior parte população está alimentada
Não entendi esse trecho.e o desperdício é maior do que o que seris destinado a mortos de fome
A indústria, por outro lado, tem muita demanda reprimida para crescer. Há muitos produtos e máquinas de produção necessárias para aumentar a eficiência da produção e reduzir os custos.
O atendimento da demanda de bens industriais pode acontecer por fábricas nacionais, fábrica estrangeiras ou combinação de ambas. De onde você tirou a ideia que tarifas comerciais baixas elimina o processo de atendimento dessa crescente demanda?
Não há contradição alguma. Não sei de onde você tirou isso.Aqui tu contradiz a frase anterior. Secretário é agro e médico a indústria.
Não há escassez de indústria no Brasil proporcionalmente falando, caso contrário o mesmo poderia ser dito dos Estados Unidos. O que falta é produtividade elevada em todos os três setores da economia brasileira.Porém, uma coisa não anula a outra. O problema não é a existência do agro e sim a falta de indústria.
Caramba, então Bangladesh deve ser rico, né? Em 2023, o setor industrial representou 34,6% do PIB do país. O problema de Bangladesh não é escassez de indústria proporcionalmente falando. É a de baixa produtividade em todos os três setores da economia. E Bangladesh está longe de ser o único país não desenvolvido com participação grande da indústria no PIB (Moçambique, Sudão, Índia, etc.).
"Vantagem comparativa" é falácia do neoliberalismo. Nenhum país enriqueceu com isso.
O que países pobre tem em comum é a falta de indústria.
No fim do trecho do texto, admitiu que não é preciso ter uma fábrica local para consumir um bem industrializado. As pessoas da Nova Zelândia não são desabastecidas de carros porque lá não tem fábricas de automóveis (neozelandeses importam carros do Japão, Coreia do Sul, EUA, etc.). Mais um argumento que reforça a ideia de que o que importa para um país é o quanto se produz, não o que se produz proporcionalmente.O grande no PIB nos dois países é o setor de serviços, que é a forma de gerar emprego e a economia quando não tem mais o que produzir. Mas a riqueza existe primariamente por causa da indústria ou propriedade de indústria em outro país.
E qual é o problema de importar “equipamentos muito mais baratos” (“destarifados”) de países industrializados estrangeiros? O Chile faz isso há muito tempo, diferentemente do Brasil, que há décadas empurra tarifaço de importação de equipamentos para “salvar a indústria nacional de bens de capital” e só se ferra. A Lei da Informática está aí como um dos exemplos do nosso fracasso.O setor de serviços é algo que qualquer um pode fazer. A qualidade depende de equipamentos, que é muito mais barato em países industrializados. A discrepância é notável já que nesse setor um trabalhador americano ganha muito mais do que um brasileiro para fazer a mesma coisa.
Todos os países com população minimamente extensa já são industrializados. Eles não precisam criar algo que já possuem. O que alguns países não têm é uma pauta exportadora fortemente industrializada — mas se isso fosse um sintoma de subdesenvolvimento, então Austrália e Nova Zelândia seriam países subdesenvolvidos, o que claramente não é o caso.
O fracasso da indústria brasileira é o lobismo, corrupção e alta carga tributária. Não é culpa das ideias desenvolvimentistas.
É impossível se industrializar hoje sem protecionismo.
Você disse que o país tem que ganhar em quantidade com o agronegócio. Mas não é possível aumentar a quantidade porque não mais gente para comer. O mundo já produz alimentos para alimentar toda a população. A quantidade de alimento desperdiçada é maior do que a quantidade necessária para alimentar todos os que morrem de fome.Huxley escreveu: ↑Sáb, 23 Agosto 2025 - 18:54 pmE quem disse que é dever do agronegócio crescer ilimitadamente? Não é dever deles crescerem de tamanho feito um câncer se o sistema de preços não sinaliza isso.Quantidade tem limites. Atualmente a maior parte população está alimentada
Não entendi esse trecho.e o desperdício é maior do que o que seris destinado a mortos de fome
O atendimento da demanda de bens industriais pode acontecer por fábricas nacionais, fábrica estrangeiras ou combinação de ambas. De onde você tirou a ideia que tarifas comerciais baixas elimina o processo de atendimento dessa crescente demanda?
O produto importado é mais caro no país subdesenvolvido.
Renda média no Brasil = R$ 4000
Renda média nos EUA = US$ 6000
Preço de carro popular nos EUA: 4 vezes a renda média
Preço de carro popular no Brasil: 20 vezes a renda média, ou 10 vezes se tirar os impostos
No caso do Brasil: Se é fabricado no Brasil por multinacional, o lucro vai para a sede.
No caso dos EUA: Se é fabricado no terceiro mundo, mas são donos da fábrica e ficam com o lucro.
Produtividade é justamente indústria: maquinário, tecnologia. O Brasil tem nada disso. Tudo vem do exterior.Não há escassez de indústria no Brasil proporcionalmente falando, caso contrário o mesmo poderia ser dito dos Estados Unidos. O que falta é produtividade elevada em todos os três setores da economia brasileira.
Atualmente a tecnologia avançou tanto que é melhor ter tecnologia própria de 10 a 20 anos atrás do que depender dos países ricos.
Bangladesh é extremamente populosa, por isso tem dificuldades de sair da pobreza. A indústria foi o motor para o grande crescimento recente. Entretanto, a maior parte da indústria são multinacionais. Eles empregam mão-de-obra barata para poder vender barato em país rico.Caramba, então Bangladesh deve ser rico, né? Em 2023, o setor industrial representou 34,6% do PIB do país. O problema de Bangladesh não é escassez de indústria proporcionalmente falando. É a de baixa produtividade em todos os três setores da economia. E Bangladesh está longe de ser o único país não desenvolvido com participação grande da indústria no PIB (Moçambique, Sudão, Índia, etc.).
Países de população pequena. Tem espaço natural suficiente para explorar. População pequena se beneficia de recursos naturais.No fim do trecho do texto, admitiu que não é preciso ter uma fábrica local para consumir um bem industrializado. As pessoas da Nova Zelândia não são desabastecidas de carros porque lá não tem fábricas de automóveis (neozelandeses importam carros do Japão, Coreia do Sul, EUA, etc.). Mais um argumento que reforça a ideia de que o que importa para um país é o quanto se produz, não o que se produz proporcionalmente.
Islândia tem energia muito barata. Se tivesse a população do Tóquio, não estaria tão bem. A Islândia é um local favorito para data center (que é forma de indústria) aproveitando energia barata e refrigeração fácil.
A Austrália tem mais área do que o Brasil sem florestas e população 10 vezes menor. Deserto é melhor para minerar ou mudar o solo para agricultura. Terra grande sem impacto ambiental. A Austrália pode empregar proporção maior na produção enquanto o Brasil é gente demais para empregar. Na Austrália é menos pessoas para dividir.
A Nova Zelândia tem indústria sim:
Nova Zelândia e Austrália são residência de gringos milionários por causa da língua inglesa. Grandes empresários de outros países lucram fora desses países e gostam de morar neles e aproveitam para consumir neles e investir em qualidade de vida.O setor industrial neozelandês é diversificado e inclui manufatura avançada, alimentos e bebidas, produtos químicos, tecnologia da informação, maquinário e equipamentos. Empresas de destaque incluem Fisher & Paykel Healthcare (dispositivos médicos), Fonterra (laticínios, sendo o maior exportador mundial de produtos lácteos), Rocket Lab (tecnologia aeroespacial), Gallagher Group (sistemas de segurança e manejo de animais), Sistema Plastics (injeção de plásticos), e Steel & Tube Holdings (indústria do aço).
Esses países também ganham muito dinheiro de estudantes estrangeiros, que pagam mensalidade e custo de vida com dinheiro dos pais no exterior.
O Brasil não pratica protecionismo do bem e sim reserva de mercado para vagabundo e governo insaciável (como Lei da Informática). O Chile só abriu o mercado e mais nada.E qual é o problema de importar “equipamentos muito mais baratos” (“destarifados”) de países industrializados estrangeiros? O Chile faz isso há muito tempo, diferentemente do Brasil, que há décadas empurra tarifaço de importação de equipamentos para “salvar a indústria nacional de bens de capital” e só se ferra. A Lei da Informática está aí como um dos exemplos do nosso fracasso.
O Chile está apenas 50% melhor do que o Brasil, mas não está nem na metade da riqueza de um país rico. Não se industrializou e depende da mineração.
Está errado. A demanda mundial por alimentos é dinâmica e oscila conforme o aumento da renda da população, o crescimento demográfico e a melhoria na qualidade das dietas. De modo geral, o mundo ainda é pobre e está longe de conseguir abastecer adequadamente seus 8,2 bilhões de habitantes — mesmo hoje, quanto mais no futuro.Tutu escreveu: ↑Dom, 24 Agosto 2025 - 15:00 pmVocê disse que o país tem que ganhar em quantidade com o agronegócio. Mas não é possível aumentar a quantidade porque não mais gente para comer. O mundo já produz alimentos para alimentar toda a população. A quantidade de alimento desperdiçada é maior do que a quantidade necessária para alimentar todos os que morrem de fome.
Falso e isso é cristalinamente claro observando o caso brasileiro. No Brasil, bens manufaturados importados sem tarifa de importação geralmente são mais baratos que os produzidos nacionalmente ou, quando são mais caros, a diferença de qualidade compensa a diferença de preço — especialmente no caso de bens de capital, em que isso se reflete na maior produtividade mensurada.
A diferença de renda média entre brasileiros e americanos é irrelevante para decisões de importação. Quando um empresário avalia importar um carro ou qualquer outro bem, o que realmente importa é se o produto é mais barato que o nacional ou, caso seja mais caro, se a superioridade em qualidade compensa a diferença de preço.
Impreciso. Os lucros são distribuídos tanto para o país da sede quanto para o país da filial. Se a empresa é transnacional, ela pode — e frequentemente o faz — reinvestir parte dos lucros no país onde opera, contribuindo para o crescimento local, geração de empregos e arrecadação de impostos.
Impreciso. Os lucros são distribuídos tanto para o país da sede quanto para o país da filial. Se a empresa é transnacional, ela pode — e frequentemente o faz — reinvestir parte dos lucros no país onde opera, contribuindo para o crescimento local, geração de empregos e arrecadação de impostos.
A maioria dos melhores bens do capital vem do exterior e daí?
Tecnologia obsoleta, com atraso de 10 ou 20 anos, não eleva a taxa de crescimento da produtividade apenas por ser brasileira. Você está atribuindo uma espécie de propriedade mágica à “brasilidade” da tecnologia, como se o simples fato de ser nacional compensasse sua defasagem.
Essas observações acima não vem ao caso. Mesmo com população grande, o Brasil poderia ter zero fábrica de um bem manufaturado específico e a população brasileira ter acesso a esse bem via importação.Tutu escreveu: ↑Dom, 24 Agosto 2025 - 15:00 pmPaíses de população pequena. Tem espaço natural suficiente para explorar. População pequena se beneficia de recursos naturais.
Islândia tem energia muito barata. Se tivesse a população do Tóquio, não estaria tão bem. A Islândia é um local favorito para data center (que é forma de indústria) aproveitando energia barata e refrigeração fácil.
A Austrália tem mais área do que o Brasil sem florestas e população 10 vezes menor. Deserto é melhor para minerar ou mudar o solo para agricultura. Terra grande sem impacto ambiental. A Austrália pode empregar proporção maior na produção enquanto o Brasil é gente demais para empregar. Na Austrália é menos pessoas para dividir.
A proposição "O Chile não está nem na metade da riqueza de um país rico" é falsa. O Chile tem 70% do PIB per capita PPC de Portugal e 63% do PIB per capita PPC da Nova Zelândia: https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_c ... per_capitaTutu escreveu: ↑Dom, 24 Agosto 2025 - 15:00 pmO Brasil não pratica protecionismo do bem e sim reserva de mercado para vagabundo e governo insaciável (como Lei da Informática). O Chile só abriu o mercado e mais nada.
O Chile está apenas 50% melhor do que o Brasil, mas não está nem na metade da riqueza de um país rico. Não se industrializou e depende da mineração.
Não foi apenas o Chile — Hong Kong também se desenvolveu em um contexto de abertura comercial, especialmente entre 1960 e 1997. Quando sua administração foi devolvida à China, em 1997, Hong Kong já havia se consolidado como uma cidade-estado desenvolvida.
Temos que pensar é no longo prazo e não no curto prazo. O que o brasileiro pagaria a mais poderia ser usado para investir na indústria se não tivesse corrupção e tivesse concorrência interna. Comprando do brasileiro, o lucro fica no Brasil. No longo prazo, com o desenvolvimento industrial, o preço tanto da indústria nacional quanto internacional será mais barato para o brasileiro.Huxley escreveu: ↑Dom, 24 Agosto 2025 - 18:05 pmFalso e isso é cristalinamente claro observando o caso brasileiro. No Brasil, bens manufaturados importados sem tarifa de importação geralmente são mais baratos que os produzidos nacionalmente ou, quando são mais caros, a diferença de qualidade compensa a diferença de preço — especialmente no caso de bens de capital, em que isso se reflete na maior produtividade mensurada.
Este é o ponto mais importante. Os trabalhadores fazem praticamente o mesmo trabalho, mas tem renda diferente.A diferença de renda média entre brasileiros e americanos é irrelevante para decisões de importação. Quando um empresário avalia importar um carro ou qualquer outro bem, o que realmente importa é se o produto é mais barato que o nacional ou, caso seja mais caro, se a superioridade em qualidade compensa a diferença de preço.
Mesmo considerando a educação, o Brasil tem engenheiros e eles estão desempregados por falta de indústria. Nos EUA, engenharia é emprego certo.
Vamos supor que magicamente os problemas de corrupção, regulação, violência, leis ruins e afins sumiram. Nessa situação, se abrir o mercado brasileiro totalmente, o Brasil se tornará um EUA após algumas décadas?
Os EUA de 30 anos atrás eram melhores do que o Brasil de hoje. Se o Brasil se tornasse um EUA da década 90 estaria muito melhor. Não existe necessidade de ser vanguarda.Tecnologia obsoleta, com atraso de 10 ou 20 anos, não eleva a taxa de crescimento da produtividade apenas por ser brasileira. Você está atribuindo uma espécie de propriedade mágica à “brasilidade” da tecnologia, como se o simples fato de ser nacional compensasse sua defasagem.
Ainda está longe e nem sinais de chegar perto. Nessa mesma tabela, a Argentina, que faz todo tipo de merda com a economia, está perto do Chile.A proposição "O Chile não está nem na metade da riqueza de um país rico" é falsa. O Chile tem 70% do PIB per capita PPC de Portugal e 63% do PIB per capita PPC da Nova Zelândia: https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_c ... per_capita
Hong Kong tinha indústrias antes de voltar para a China. Cidades-estado enriquecem atuando como centro financeiro sendo ponte de investimentos em outros países.Hong Kong também se desenvolveu em um contexto de abertura comercial, especialmente entre 1960 e 1997. Quando sua administração foi devolvida à China, em 1997, Hong Kong já havia se consolidado como uma cidade-estado desenvolvida.
?!?!Tutu escreveu: ↑Dom, 24 Agosto 2025 - 21:03 pmTemos que pensar é no longo prazo e não no curto prazo. O que o brasileiro pagaria a mais poderia ser usado para investir na indústria se não tivesse corrupção e tivesse concorrência interna. Comprando do brasileiro, o lucro fica no Brasil. No longo prazo, com o desenvolvimento industrial, o preço tanto da indústria nacional quanto internacional será mais barato para o brasileiro.
A teoria implícita descrita acima confunde crescimento de nacionalização de insumos e bens finais com crescimento de taxa de investimento. Também diz coisas que contrariam a observação das regularidades empíricas macroeconômicas, como a suposta associação entre aumento de protecionismo tarifário e redução dos preços relativos dos bens dos setores protegidos com tarifas de importação.
?!?!Tutu escreveu: ↑Dom, 24 Agosto 2025 - 21:03 pm
Este é o ponto mais importante. Os trabalhadores fazem praticamente o mesmo trabalho, mas tem renda diferente.
Mesmo considerando a educação, o Brasil tem engenheiros e eles estão desempregados por falta de indústria. Nos EUA, engenharia é emprego certo.
Vamos supor que magicamente os problemas de corrupção, regulação, violência, leis ruins e afins sumiram. Nessa situação, se abrir o mercado brasileiro totalmente, o Brasil se tornará um EUA após algumas décadas?
Texto vazio de sentido.
?!?!
É claro que existe tal necessidade. É muito melhor contar com uma tecnologia cerca de 30 anos mais nova, sobretudo em bens de capital, algo que elevaria significativamente a taxa de crescimento da produtividade.
Em 1960, Hong Kong era subdesenvolvido e tinha indústrias? Ora, o mesmo se pode dizer do Brasil atual. Não sei de onde você tirou essa ideia estapafúrdia de que o Brasil não possui indústrias.
O PIB setorial de Hong Kong cresceu muito não apenas no setor de serviços, mas também no setor industrial — e isso ocorreu com abertura comercial, contrariando aqueles que afirmavam que a cidade-estado deveria manter ou aumentar o protecionismo tarifário.
@Huxley, o Brasil deveria eliminar o protecionismo contra produtos americanos mesmo com o tarifaço de Trump?
(...)
Neocolonialismo ainda existe, conforme os vídeos:
viewtopic.php?p=36566#p36566
viewtopic.php?p=32806#p32806
viewtopic.php?p=33815#p33815
Riqueza só existe quando há pobreza:
viewtopic.php?p=40863#p40863
(...)
Vou te explicar, o que é "vantagem comparativa". É empregar mão-de-obra barato de país pobre para país rico comprar.
A "industrializada" Bangladesh produz para o estrangeiros com trabalho precário e ganhando pouco. O produto deles é caro para eles mesmos e barato para os países ricos.
Se colocasse o cidadão americano/europeu para fazer esse trabalho, o trabalhador cobraria caro e o produto ficaria mais caro do que importando de país pobre.
Precisa da pobreza para sustentar a riqueza. Por isso, países ricos não querem que os pobres se desenvolvam, porque significaria a perda de mão-de-obra barata para sustentar a riqueza deles.
Não achei o tópico com o vídeo da exploração. Mas África e Índia tem trabalho precário onde o povo é explorado em mineração, indústria têxtil ou matéria prima de cosmético, para exportar para o Ocidente, que compra barato. Achei este vídeo:
MADE IN BANGLADESH - Dentro das fábricas de fast fashion onde as crianças trabalham
youtu.be/LWvOlZ4hPU0
Vantagem comparativa só funciona quando o preço da mão-de-obra é igual.
Então pergunto aos neoliberais, como os países devem proceder para que todos sejam desenvolvidos?
(...)
Neocolonialismo ainda existe, conforme os vídeos:
viewtopic.php?p=36566#p36566
viewtopic.php?p=32806#p32806
viewtopic.php?p=33815#p33815
Riqueza só existe quando há pobreza:
viewtopic.php?p=40863#p40863
O que importa não é o produto em si e sim a utilidade. Um carro da década de 10 não é vantagem sobre um carro da década de 80. Um celular de 2025 não seria vantagem, na maioria das vezes, sobre um celular de 2015 se não fosse a obsolescência programada. O que tem que considerar é a utilidade do produto e não se ele é mais novo. Quem produz o mais novo tem sempre mais dinheiro e consegue comprar em mais quantidade do que quem não produz.
(...)
Vou te explicar, o que é "vantagem comparativa". É empregar mão-de-obra barato de país pobre para país rico comprar.
A "industrializada" Bangladesh produz para o estrangeiros com trabalho precário e ganhando pouco. O produto deles é caro para eles mesmos e barato para os países ricos.
Se colocasse o cidadão americano/europeu para fazer esse trabalho, o trabalhador cobraria caro e o produto ficaria mais caro do que importando de país pobre.
Precisa da pobreza para sustentar a riqueza. Por isso, países ricos não querem que os pobres se desenvolvam, porque significaria a perda de mão-de-obra barata para sustentar a riqueza deles.
Não achei o tópico com o vídeo da exploração. Mas África e Índia tem trabalho precário onde o povo é explorado em mineração, indústria têxtil ou matéria prima de cosmético, para exportar para o Ocidente, que compra barato. Achei este vídeo:
MADE IN BANGLADESH - Dentro das fábricas de fast fashion onde as crianças trabalham
youtu.be/LWvOlZ4hPU0
Vantagem comparativa só funciona quando o preço da mão-de-obra é igual.
Então pergunto aos neoliberais, como os países devem proceder para que todos sejam desenvolvidos?
- Fernando Silva
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Errado. Carros mais antigos usavam carburador e platinado, bebiam mais, produziam mais poluição, os faróis eram piores, eram mais inseguros e a lataria enferrujava.
Também não vinham com GPS, ABS etc.
Não é só a utilidade. Também tem a facilidade de usar, o preço ou o conforto.
Agora, imagine a diferença de produtividade entre usar um carro antigo e um carro novo como bens de capital, considerando que a diferença tecnológica entre eles chega a sete décadas.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 25 Agosto 2025 - 15:53 pmErrado. Carros mais antigos usavam carburador e platinado, bebiam mais, produziam mais poluição, os faróis eram piores, eram mais inseguros e a lataria enferrujava.
Também não vinham com GPS, ABS etc.
Não é só a utilidade. Também tem a facilidade de usar, o preço ou o conforto.
O mesmo raciocínio vale para os celulares: basta comparar um modelo atual com outro de 10 anos atrás. Fotografia muito melhor, renderização de vídeos mais rápida, processador mais potente, maior capacidade de rodar aplicações cada vez mais pesadas, bateria de maior duração, áudio superior, recarga mais veloz, resistência aprimorada a impactos e quedas, telas maiores que permitem usar aplicativos complexos, integração mais avançada com desktops (o modo DeX não existia em 2015), além de conectividade incomparavelmente melhor (5G e Wi-Fi 7 sequer existiam em 2015).
Afirmar que bens de capital mais modernos não elevam a taxa de crescimento da produtividade é uma das declarações mais absurdas possíveis — já amplamente desmentida pela Economia Empírica.
Editado pela última vez por Huxley em Seg, 25 Agosto 2025 - 21:36 pm, em um total de 2 vezes.
Os produtos industrializados que eles fabricam costumam ser caros para os próprios consumidores de Bangladesh porque, em geral, a população é pobre e, muitas vezes, ainda paga um ágio decorrente das tarifas de importação criadas para ‘proteger a indústria nacional’.Tutu escreveu: ↑Seg, 25 Agosto 2025 - 15:14 pmVou te explicar, o que é "vantagem comparativa". É empregar mão-de-obra barato de país pobre para país rico comprar.
A "industrializada" Bangladesh produz para o estrangeiros com trabalho precário e ganhando pouco. O produto deles é caro para eles mesmos e barato para os países ricos.
Se colocasse o cidadão americano/europeu para fazer esse trabalho, o trabalhador cobraria caro e o produto ficaria mais caro do que importando de país pobre.
Precisa da pobreza para sustentar a riqueza. Por isso, países ricos não querem que os pobres se desenvolvam, porque significaria a perda de mão-de-obra barata para sustentar a riqueza deles.
Além disso, o fato de países mais ricos comprarem barato em relação ao padrão de consumo de seus cidadãos não significa que os comerciantes internacionais de Bangladesh estão perdendo. Pensar assim é adotar a mentalidade do ‘jogo de soma zero’.
O comércio internacional gera benefícios para todos, mesmo que existam apenas países ricos com PIB per capita semelhante. Isso porque fatores de produção abundantes e baratos variam de forma diferente entre os próprios países ricos.
GPS do carro é dispensável porque temos celular.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 25 Agosto 2025 - 15:53 pmErrado. Carros mais antigos usavam carburador e platinado, bebiam mais, produziam mais poluição, os faróis eram piores, eram mais inseguros e a lataria enferrujava.
Também não vinham com GPS, ABS etc.
Não é só a utilidade. Também tem a facilidade de usar, o preço ou o conforto.
ABS é dispensável em trânsito urbano onde o carro nunca passa de 60 km/h.
Os carros podem beber menos, muitos continuam tendo tamanho e peso maior do que o necessário, anulando a vantagem de beber menos.
Celular teve uma evolução rápida na década de 10. Mas desde o Android 8, as melhorias foram insignificantes para as atividades cotidianas do usuário. Esse celular antigo atenderia a maior parte da população se não fosse a obsolescência programada. Creio que a melhoria que a única melhoria que agradou as massas foi a câmera.Huxley escreveu: ↑Seg, 25 Agosto 2025 - 21:22 pmO mesmo raciocínio vale para os celulares: basta comparar um modelo atual com outro de 10 anos atrás. Fotografia muito melhor, renderização de vídeos mais rápida, processador mais potente, maior capacidade de rodar aplicações cada vez mais pesadas, bateria de maior duração, áudio superior, recarga mais veloz, resistência aprimorada a impactos e quedas, telas maiores que permitem usar aplicativos complexos, integração mais avançada com desktops (o modo DeX não existia em 2015), além de conectividade incomparavelmente melhor (5G e Wi-Fi 7 sequer existiam em 2015).
O processador mais potente é inútil quando não vai executar programa pesado, mas o que ocorre é que o programa ficou mais pesado para fazer a mesma coisa. Esse fenômeno também ocorreu com PC.
Tive que trocar de celular só porque o aplicativo do governo e o do banco não funcionavam mais no Android antigo. Continuo fazendo a mesma coisa. O novo aparelho veio cheio de tranqueira que não uso instalada.
Se em 2015 não aumentou a produtividade, porque em 2025 não aumentaria? O objeto é o mesmo e não mudou nada.Afirmar que bens de capital mais modernos não elevam a taxa de crescimento da produtividade é uma das declarações mais absurdas possíveis — já amplamente desmentida pela Economia Empírica.
Celular também é bem de capital. Profissionais de mídia social de empresas que atuam on-line o utilizam como equipamento de trabalho para produzir imagens e vídeos destinados a impressionar os consumidores, sobretudo graças às câmeras, que evoluem consideravelmente a cada 10 anos — e cuja qualidade não depende apenas do sensor, mas também da evolução do processador. O fato de você ter um uso básico do celular não significa que todo mundo tenha.Celular teve uma evolução rápida na década de 10. Mas desde o Android 8, as melhorias foram insignificantes para as atividades cotidianas do usuário. Esse celular antigo atenderia a maior parte da população se não fosse a obsolescência programada. Creio que a melhoria que a única melhoria que agradou as massas foi a câmera.
O processador mais potente é inútil quando não vai executar programa pesado, mas o que ocorre é que o programa ficou mais pesado para fazer a mesma coisa. Esse fenômeno também ocorreu com PC.
Tive que trocar de celular só porque o aplicativo do governo e o do banco não funcionavam mais no Android antigo. Continuo fazendo a mesma coisa. O novo aparelho veio cheio de tranqueira que não uso instalada.
- Fernando Silva
- Conselheiro
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
GPS no carro é importante porque fica mais fácil de usar do que no celular, portanto requer menos atenção e aumenta a segurança.
Pelo menos aqui no Rio, há várias vias onde se pode chegar a 100km/h. E 70km/h é bastante comum. Além disto, ABS é importante mesmo em velocidades menores.
Não, não anula. Hoje em dia, há SUVs enormes que bebem menos que carros pequenos antigos.
Isto sem falar em câmeras que facilitam manobras, sensores que freiam o carro se houver perigo de colisão, sensores que mantêm o carro na pista mesmo que o motorista esteja com sono ou bêbado, airbags etc.
No caso de máquinas e equipamentos industriais, a questão do comprometimento da produtividade com a obsolência é tão óbvia que eu não sei como ainda tem gente que leva a sério acadêmico que defende protecionismo comercial que causa defasagem tecnológica.
Como estamos numa situação de baixo poder aquisitivo, precisaríamos aprender primeiro a ter o básico funcional e de forma barata.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 26 Agosto 2025 - 08:01 amGPS no carro é importante porque fica mais fácil de usar do que no celular, portanto requer menos atenção e aumenta a segurança.
Pelo menos aqui no Rio, há várias vias onde se pode chegar a 100km/h. E 70km/h é bastante comum. Além disto, ABS é importante mesmo em velocidades menores.
Não, não anula. Hoje em dia, há SUVs enormes que bebem menos que carros pequenos antigos.
Isto sem falar em câmeras que facilitam manobras, sensores que freiam o carro se houver perigo de colisão, sensores que mantêm o carro na pista mesmo que o motorista esteja com sono ou bêbado, airbags etc.
Todo esse tanto de coisa adicional só encarece o produto. O preço de automóvel nas últimas décadas subiu mais do que a inflação.
A prioridade inicialmente é ter facilmente uma forma rápida de ir de ponto A a B. Essa é a necessidade básica que tem impacto na vida. O resto é secundário. Não adianta ter um produto muito evoluído se ele é acessível a pouca gente.
Pergunta feita à Perplexity: Que países desenvolvidos praticam protecionismo no agronegócio?
E tem gente defendendo que o Brasil seja sempre um país agrário. O agronegócio não faz nenhum país desenvolvido. Os países com as melhores tecnologias agrícolas não conseguem competir com os países de mão-de-obra barata. Se o agronegócio fosse sinônimo de riqueza, os países desenvolvidos teriam economia baseada no agronegócio em vez do agronegócio ser uma parcela ínfima da economia.
Agora um problema semelhante está acontecendo nos EUA com a indústria do aço, que não consegue mais competir com países subdesenvolvidos, que tem mão-de-obra barata. Assim surge a necessidade de taxar o aço estrangeiro.
Países de primeiro mundo não só praticam protecionismo no agronegócio mas também dão subsídios. No nível que estão não tem como melhorar a tecnologia agrícola e preço passa a depender da mão-de-obra. Assim não conseguem competir com o agronegócio de países com mão-de-obra barata. Aqui vemos a hipocrisia de querer o mercado aberto no terceiro mundo.Países desenvolvidos que praticam protecionismo no agronegócio incluem principalmente os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão. Essas nações utilizam diversas formas de proteção, como subsídios diretos aos produtores, tarifas elevadas sobre produtos agrícolas importados, barreiras sanitárias e fitossanitárias rigorosas, além de créditos especiais e apoio financeiro para incentivar a produção interna e manter preços locais mais altos do que os internacionais.
Nos Estados Unidos, o programa "Farm Bill" é um exemplo clássico de política protecionista que oferece subsídios e outras formas de apoio aos agricultores domésticos. A União Europeia também mantém tarifas elevadas e regulações ambientais e sanitárias que dificultam a entrada de produtos agrícolas estrangeiros, o que configura uma prática protecionista que impacta especialmente países exportadores como o Brasil.
Essas medidas visam proteger o setor agrícola interno, que apesar de representar uma pequena parcela da economia e do emprego, é politicamente sensível e historicamente subsidiado para garantir uma renda mínima aos agricultores locais. O resultado global desse protecionismo é a distorção dos preços internacionais, redução das importações nos países desenvolvidos, aumento de suas exportações agrícolas subsidiadas e prejuízos para produtores agrícolas de países em desenvolvimento, que enfrentam dificuldades para competir no mercado global.
Portanto, os principais países desenvolvidos praticantes do protecionismo no agronegócio são:
- Estados Unidos
- União Europeia
- Japão
Esses países usam medidas como subsídios financeiros, barreiras tarifárias e não tarifárias, e regras sanitárias rigorosas para proteger suas produções agrícolas internas da concorrência externa.[1][2][3][5][7][10]
[1](https://www.aio.com.br/questions/conten ... dos-paises)
[2](https://repositorio.ufpe.br/bitstream/1 ... 5769_1.pdf)
[3](https://seer.sede.embrapa.br/index.php/ ... ad/736/693)
[4](https://br.investing.com/analysis/o-nov ... -200470215)
[5](https://meuartigo.brasilescola.uol.com. ... lvidos.htm)
[6](https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao ... alimentos/)
[7](https://www.gov.br/agricultura/pt-br/as ... obal-justo)
[8](https://conexoscloud.com.br/protecionis ... -exterior/)
[9](https://www.todamateria.com.br/protecionismo/)
[10](https://www.gazetadopovo.com.br/agroneg ... rasileiro/)
E tem gente defendendo que o Brasil seja sempre um país agrário. O agronegócio não faz nenhum país desenvolvido. Os países com as melhores tecnologias agrícolas não conseguem competir com os países de mão-de-obra barata. Se o agronegócio fosse sinônimo de riqueza, os países desenvolvidos teriam economia baseada no agronegócio em vez do agronegócio ser uma parcela ínfima da economia.
Agora um problema semelhante está acontecendo nos EUA com a indústria do aço, que não consegue mais competir com países subdesenvolvidos, que tem mão-de-obra barata. Assim surge a necessidade de taxar o aço estrangeiro.
Huxley:
Existem países desenvolvidos com protecionismo comercial no agronegócio tão pequeno como o do caso do Brasil?
Grok:
Sim, existem países desenvolvidos com níveis de protecionismo comercial no agronegócio semelhantes ou até menores que os do Brasil. O Brasil é conhecido por ter um setor agrícola relativamente aberto, com baixo suporte governamental aos produtores em comparação com muitos países desenvolvidos. Para medir isso, uma métrica chave é o Producer Support Estimate (%PSE) da OCDE, que calcula o percentual das receitas brutas dos agricultores proveniente de políticas de suporte, incluindo barreiras comerciais (como tarifas e cotas) e subsídios. O %PSE do Brasil é de cerca de 6% (média de 2020-2022), o que é baixo globalmente.Países desenvolvidos com %PSE similar ou inferior incluem:
Nova Zelândia: 1% – Um dos menores do mundo, após reformas liberais nos anos 1980 que removeram quase todos os subsídios e barreiras.
Austrália: 3% – Mantém políticas mínimas de intervenção, focando em exportações livres de distorções.
Canadá: 4% – Embora tenha alguns programas de gestão de risco, o suporte geral é baixo, especialmente em comparação com vizinhos como os EUA.
Para contextualizar, aqui vai uma tabela comparativa com dados médios de %PSE para 2020-2022 (baseados em relatórios da OCDE), incluindo outros países desenvolvidos para referência:País/Região
%PSE (2020-2022)
Nível de protecionismo em relação ao Brasil
Nova Zelândia
1%
Menor
Austrália
3%
Menor
Canadá
4%
Similar/Menor
Brasil
6%
-
Estados Unidos
11%
Maior
União Europeia
17%
Maior
Japão
40%
Muito maior
Noruega
63%
Muito maior
Suíça
54%
Muito maior
Esses países (Nova Zelândia, Austrália e Canadá) demonstram que é possível ser desenvolvido e manter um agronegócio com baixo protecionismo, priorizando eficiência de mercado e inovação em vez de barreiras comerciais ou subsídios pesados. Em contraste, nações como Japão, Noruega e Suíça têm altos níveis de proteção para preservar a produção doméstica.
No entanto, vale notar que o protecionismo pode variar por commodity específica (ex.: leite no Canadá tem mais proteção via cotas), mas no agregado, esses exemplos se encaixam na sua pergunta. Se precisar de dados mais recentes ou foco em um país específico, posso aprofundar.
Existem países desenvolvidos com protecionismo comercial no agronegócio tão pequeno como o do caso do Brasil?
Grok:
Sim, existem países desenvolvidos com níveis de protecionismo comercial no agronegócio semelhantes ou até menores que os do Brasil. O Brasil é conhecido por ter um setor agrícola relativamente aberto, com baixo suporte governamental aos produtores em comparação com muitos países desenvolvidos. Para medir isso, uma métrica chave é o Producer Support Estimate (%PSE) da OCDE, que calcula o percentual das receitas brutas dos agricultores proveniente de políticas de suporte, incluindo barreiras comerciais (como tarifas e cotas) e subsídios. O %PSE do Brasil é de cerca de 6% (média de 2020-2022), o que é baixo globalmente.Países desenvolvidos com %PSE similar ou inferior incluem:
Nova Zelândia: 1% – Um dos menores do mundo, após reformas liberais nos anos 1980 que removeram quase todos os subsídios e barreiras.
Austrália: 3% – Mantém políticas mínimas de intervenção, focando em exportações livres de distorções.
Canadá: 4% – Embora tenha alguns programas de gestão de risco, o suporte geral é baixo, especialmente em comparação com vizinhos como os EUA.
Para contextualizar, aqui vai uma tabela comparativa com dados médios de %PSE para 2020-2022 (baseados em relatórios da OCDE), incluindo outros países desenvolvidos para referência:País/Região
%PSE (2020-2022)
Nível de protecionismo em relação ao Brasil
Nova Zelândia
1%
Menor
Austrália
3%
Menor
Canadá
4%
Similar/Menor
Brasil
6%
-
Estados Unidos
11%
Maior
União Europeia
17%
Maior
Japão
40%
Muito maior
Noruega
63%
Muito maior
Suíça
54%
Muito maior
Esses países (Nova Zelândia, Austrália e Canadá) demonstram que é possível ser desenvolvido e manter um agronegócio com baixo protecionismo, priorizando eficiência de mercado e inovação em vez de barreiras comerciais ou subsídios pesados. Em contraste, nações como Japão, Noruega e Suíça têm altos níveis de proteção para preservar a produção doméstica.
No entanto, vale notar que o protecionismo pode variar por commodity específica (ex.: leite no Canadá tem mais proteção via cotas), mas no agregado, esses exemplos se encaixam na sua pergunta. Se precisar de dados mais recentes ou foco em um país específico, posso aprofundar.
Editado pela última vez por Huxley em Sex, 03 Outubro 2025 - 22:16 pm, em um total de 1 vez.
O Brasil não é um país agrário. A maior parte do PIB vem do setor terciário, enquanto o setor primário representa menos de 7% do total. Se o Brasil fosse considerado agrário apenas porque a maior parte das exportações é composta por commodities, então Austrália e Nova Zelândia também deveriam ser classificados assim.
Setor de serviços é só trabalho. O custo é basicamente mão-de-obra.Huxley escreveu: ↑Sex, 03 Outubro 2025 - 22:07 pmO Brasil não é um país agrário. A maior parte do PIB vem do setor terciário, enquanto o setor primário representa menos de 7% do total. Se o Brasil fosse considerado agrário apenas porque a maior parte das exportações é composta por commodities, então Austrália e Nova Zelândia também deveriam ser classificados assim.
O que mais importa para o desenvolvimento é o setor industrial, porque só a tecnologia minimiza a quantidade de mão-de-obra para fazer um produto, inclusive construção civil e maquinário agrícola ou para o setor de serviços. Assim o custo de produção se torna baixa e acessível a mais pessoas.
Setor terciário não é só prestação de serviços, mas também comércio. Ademais, é tanto pressuposto errado para comentar no texto acima que deixei o serviço hercúleo para o ChatGPT:
Huxley:
Explique as imperfeições ou falsidades econômicas no texto a seguir: “Setor de serviços é só trabalho. O custo é basicamente mão-de-obra.”
ChatGPT:
Boa! Esse tipo de frase parece intuitiva, mas está cheia de reducionismos e imprecisões econômicas. Vamos destrinchar:
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> “Setor de serviços é só trabalho. O custo é basicamente mão de obra.”
---
###
1. **Serviços não são “só trabalho”**
* Embora intensivos em trabalho, os serviços frequentemente exigem **capital físico** (máquinas, computadores, infraestrutura, veículos, equipamentos médicos, etc.) e **capital humano** (anos de formação, treinamento).
* Exemplo: uma cirurgia exige não só a habilidade do cirurgião, mas também centro cirúrgico, anestesia, equipamentos sofisticados.
2. **Custos não são apenas mão de obra**
* O setor de serviços envolve **custos de capital, tecnologia, insumos e energia**.
* Exemplo: bancos investem bilhões em sistemas de TI; empresas de transporte têm frotas e manutenção cara; telecomunicações exigem redes físicas caríssimas.
3. **Ignora produtividade diferenciada**
* O setor de serviços é muito heterogêneo.
* Em alguns serviços, a mão de obra é realmente a maior parte do custo (ex.: cabeleireiro).
* Em outros, o capital domina (ex.: serviços de streaming, onde o custo marginal de mais um usuário é baixíssimo e o peso está em tecnologia e propriedade intelectual).
4. **Falácia de “não produzir valor”**
* Muitas vezes quem diz que “serviço é só trabalho” insinua que não gera “riqueza real”. Isso é incorreto:
* Serviços **aumentam produtividade** de outros setores (logística, TI, finanças).
* Podem ser **altamente escaláveis** e lucrativos (Google, Microsoft, Amazon AWS).
5. **Ignora efeitos de rede e intangíveis**
* Grande parte dos serviços modernos depende de ativos intangíveis: marcas, algoritmos, dados, propriedade intelectual. Esses não são “mão de obra” no sentido tradicional.
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###
A frase é uma simplificação errada porque:
* Reduz serviços apenas a trabalho humano, ignorando capital físico e intangível.
* Assume custos dominados por salários, o que só é verdade em alguns casos.
* Desconsidera a enorme heterogeneidade e o papel de tecnologia, escala e capital intelectual no setor de serviços.
---
Sempre haverá produção industrial em parte significativa do mundo. Os neozelandeses não são desabastecidos de automóveis porque na Nova Zelândia não existem montadoras de automóveis.Tutu escreveu: ↑Sáb, 04 Outubro 2025 - 12:15 pm
O que mais importa para o desenvolvimento é o setor industrial, porque só a tecnologia minimiza a quantidade de mão-de-obra para fazer um produto, inclusive construção civil e maquinário agrícola ou para o setor de serviços. Assim o custo de produção se torna baixa e acessível a mais pessoas.
E a ideia de que o empresariado de um país em desenvolvimento necessariamente desistirá de gerar uma parcela significativa do PIB através da indústria só porque não tem mais protecionismo comercial significativo é falsa. O empresariado do México não desistiu da indústria mexicana por causa do ingresso do México no Nafta na década de 1990. Idem para a história econômica de Chile (1980-), Hong Kong (1960-1997), etc.
Como estava falando. A remuneração da mão-de-obra é muito diferente em vários países para trabalhadores fazendo a mesma coisa. A única coisa que muda é o custo da tecnologia. A empresa de país pobre tem pouco dinheiro para comprar equipamento tecnológico e essa despesa alta eleva o custo para o cliente. Quem fica com o lucro da venda de produtos tecnológicos são os países ricos. Assim os países pobres permanecem eternamente subordinados.Huxley escreveu: ↑Sáb, 04 Outubro 2025 - 14:46 pm2. **Custos não são apenas mão de obra**
* O setor de serviços envolve **custos de capital, tecnologia, insumos e energia**.
* Exemplo: bancos investem bilhões em sistemas de TI; empresas de transporte têm frotas e manutenção cara; telecomunicações exigem redes físicas caríssimas.
3. **Ignora produtividade diferenciada**
* O setor de serviços é muito heterogêneo.
* Em alguns serviços, a mão de obra é realmente a maior parte do custo (ex.: cabeleireiro).
* Em outros, o capital domina (ex.: serviços de streaming, onde o custo marginal de mais um usuário é baixíssimo e o peso está em tecnologia e propriedade intelectual).
A empresa do país pobre tem pouco dinheiro para comprar equipamento tecnológico vindo do exterior e MENOS AINDA para comprar equipamento tecnológico nacional protegido por tarifa comercial, como exemplifica a Lei da Informática no Brasil.Tutu escreveu: ↑Sex, 10 Outubro 2025 - 11:53 amComo estava falando. A remuneração da mão-de-obra é muito diferente em vários países para trabalhadores fazendo a mesma coisa. A única coisa que muda é o custo da tecnologia. A empresa de país pobre tem pouco dinheiro para comprar equipamento tecnológico e essa despesa alta eleva o custo para o cliente. Quem fica com o lucro da venda de produtos tecnológicos são os países ricos. Assim os países pobres permanecem eternamente subordinados.Huxley escreveu: ↑Sáb, 04 Outubro 2025 - 14:46 pm2. **Custos não são apenas mão de obra**
* O setor de serviços envolve **custos de capital, tecnologia, insumos e energia**.
* Exemplo: bancos investem bilhões em sistemas de TI; empresas de transporte têm frotas e manutenção cara; telecomunicações exigem redes físicas caríssimas.
3. **Ignora produtividade diferenciada**
* O setor de serviços é muito heterogêneo.
* Em alguns serviços, a mão de obra é realmente a maior parte do custo (ex.: cabeleireiro).
* Em outros, o capital domina (ex.: serviços de streaming, onde o custo marginal de mais um usuário é baixíssimo e o peso está em tecnologia e propriedade intelectual).
Ademais, quando você vai ao supermercado Pão de Açúcar e compra alimentos para a semana toda, você também fica deficitário comercialmente com o supermercado e o lucro das vendas dos alimentos também fica com os proprietários do supermercado. Nem por isso você diz que permanece eternamente subordinado ao supermercado se seguir a rotina acima descrita. Você queria alimentos e o supermercado queria o dinheiro. Jogo de soma não zero: ambos saíram ganhando na transação.
Se o Brasil não fosse corrupto, os equipamentos tecnológicos nacionais começariam mais caros, mas se barateariam no longo prazo à medida que a tecnologia para produzi-los vai melhorando. Claro, o Brasil está tão ruim que não tem plano de desenvolvimento e taxa até o que não produz.
Na área de informática, se o Brasil tivesse colocado barreiras contra Google e Facebook, hoje teria as próprias redes sociais. A China tem Baidu e Wechat graças ao protecionismo. Sem isso, seria só Big Tech americana. Ninguém vai investir caro criando um sistema de informática quando o mercado já está dominado por empresas já estabelecidas e com pessoas acostumadas com ela. O pioneirismo ofereceu uma imensa vantagem aos americanos.
O Brasil do equipamento tecnológico que deu errado (indústria de computadores, por exemplo) fez o que você prescreve. O Brasil do equipamento tecnológico que deu certo fez o oposto do que você prescreve:Tutu escreveu: ↑Sáb, 11 Outubro 2025 - 18:25 pmSe o Brasil não fosse corrupto, os equipamentos tecnológicos nacionais começariam mais caros, mas se barateariam no longo prazo à medida que a tecnologia para produzi-los vai melhorando. Claro, o Brasil está tão ruim que não tem plano de desenvolvimento e taxa até o que não produz.
(…)
“É curioso que o único caso de empresa da época do ministro Delfim Netto que deu certo, e dá certo ainda hoje, é o de uma indústria de alta tecnologia, que por motivos muito peculiares (tocada por militares, com os quais o ministro não se atrevia a brigar) não queria elevar o grau de nacionalização de seus produtos, e assim começou a produzir aviões que eram exportados com sucesso. Depois de privatizada, a Embraer é um sucesso inequívoco da nossa indústria, que nunca se meteu a fazer avião 100% nacional, pois seria tolice absoluta. Se fizesse, seria mais ou menos como os Tupolevs soviéticos, dos quais cai um por semana.” (Gustavo Franco)
Fonte: http://www.gfranco.com.br/uploads/files ... 20CIEE.pdf
- Fernando Silva
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Lembrei da Transit, criada pelos militares para produzir semicondutores (transistores, diodos etc.) no Brasil. Muito dinheiro desviado e nenhum resultado.Huxley escreveu: ↑Sáb, 11 Outubro 2025 - 21:24 pmO Brasil do equipamento tecnológico que deu errado (indústria de computadores, por exemplo) fez o que você prescreve. O Brasil do equipamento tecnológico que deu certo fez o oposto do que você prescreve:Tutu escreveu: ↑Sáb, 11 Outubro 2025 - 18:25 pmSe o Brasil não fosse corrupto, os equipamentos tecnológicos nacionais começariam mais caros, mas se barateariam no longo prazo à medida que a tecnologia para produzi-los vai melhorando. Claro, o Brasil está tão ruim que não tem plano de desenvolvimento e taxa até o que não produz.
(…)
“É curioso que o único caso de empresa da época do ministro Delfim Netto que deu certo, e dá certo ainda hoje, é o de uma indústria de alta tecnologia, que por motivos muito peculiares (tocada por militares, com os quais o ministro não se atrevia a brigar) não queria elevar o grau de nacionalização de seus produtos, e assim começou a produzir aviões que eram exportados com sucesso. Depois de privatizada, a Embraer é um sucesso inequívoco da nossa indústria, que nunca se meteu a fazer avião 100% nacional, pois seria tolice absoluta. Se fizesse, seria mais ou menos como os Tupolevs soviéticos, dos quais cai um por semana.” (Gustavo Franco)
Fonte: http://www.gfranco.com.br/uploads/files ... 20CIEE.pdf
https://alemdofato.uai.com.br/economia/ ... -em-minas/Esse ciclo de indústria de semicondutores inacabadas, em Minas, veio na ditadura militar. Começou com a Transit Semicondutores, em Montes Claros, em 1974. O projeto era liderado por Hidenburgo Pereira Diniz, ex-presidente do BDMG. A cidade, à época, não tinha infraestrutura para comportar projeto daquela natureza. Além disso, fica fora da rota dos centros indústrias consumidores de chips e outros itens da microeletrônica. Mas os militares estavam determinados em atender ao governador Rondon Pacheco. Randon tinha sido chefe da Casa Civil do ditador e general Garrastazu Médici.
Como estava na área da Sudene, poderia, portando, receber rios de dinheiro e incentivos do Finor, além de linhas favorecidas ilimitadas do BNDES. Fechou em 1981. Até mês passado, entretanto, seu esqueleto tinha partes na Fazenda Nacional e Justiça do Trabalho.
https://alemdofato.uai.com.br/economia/ ... letronica/O fantasma setorial, em Minas, apareceu em 1981, na morte do malfadado projeto da Transit Semicondutores, em Montes Claros. Ignorando, então, todas as bússolas do business na época, estava em pleno sertão da área mineira da Sudene.
A Transit, diferente da Sunew, nasceu acochambrada. Isso foi regra do primeiro fio de barbante no solo, para direcionar a enxadada inaugura do buraco do alicerce. Iniciado em 1974, reunia as excelências das mamatas políticas, além de erros como da localização. Estava diametralmente fora de mercado consumidor de chips e saturado em mordomias caribenhas, em pleno semiárido. Porém, untado com lama das botas dos generais. Foi assim até o último centavo.
Mas, o basta veio em 1981, na coragem do engenheiro João Camillo Penna, mineiro e titular no Ministério da Indústria, Comércio e Turismo. A festa acabou, portanto, no governo do general João Figueiredo, que encerrou (1985) o ciclo da ditadura militar iniciado em 1964. O ministro assumiu a decisão de estancar a sangria no Tesouro Nacional com aquela coisa. Agiu, então, sem medo de encarar arapucas até dos conterrâneos que se esbaldavam.
Transit foi, portanto, um show ímpar em lodo e negocinho político.