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Nunca vi um crente dizendo: "poxa vida, quanta crueldade, mazelas terríveis, sendo Deus o criador de tudo não seria um culpado por isso, mesmo que indiretamente?
Cliquei numa notícia no facebook do Instituto Butantã sobre a Coronavac e dos mais de mil comentários que tem lá a grande maioria é de "obrigado Deus, Deus é grande, Deus ajudou os cientistas, Deus leve a vacina a todos, e isso e aquilo, mas quase nenhum post dizendo obrigado Cientistas , pelo empenho e inteligência aplicada. e nenhum dizendo "Deus, porque tanta tragédia ao longo da história da humanidade e agora esse vírus maldito?
Há quem diga (e ouvi isso textualmente de uma palestrante espírita) que é um bendito vírus e faz parte da lei de destruição preconizada por Kardec em o Livro dos Espiritos...
Há pouco tempo minha esposa, que tem fé em Deus, perguntei a ela: o que acha dessas atrocidades que acontecem, porque deus não faz algo? ficou meio contrariada e não respondeu.
Deus é como um enorme curandeiro, uma tenda de milagres, um oráculo e ouso dizer muitos tem MEDO dele . MEDO de falar que não acredita e de repente ser acometido de uma doença ou tragédia (parece loucura mas há isso sim!). Não sei se o amor que dizem ter é realmente amor ou TEMOR.
Outros medo de perder emprego, amizades enfim ...
Off_topic:
esqueci, qual o termo daqueles que acreditam haver um deus mas que este pouco ou nada se importa com o que criou ? acho que Fernando ou Giga haviam me falado ele...
Nunca vi um crente dizendo: "poxa vida, quanta crueldade, mazelas terríveis, sendo Deus o criador de tudo não seria um culpado por isso, mesmo que indiretamente?
Quais seriam exatamente as evidências e critérios para julgar as tais mazelas como crueldade?
Pedofilia, homicídios por parte dos homens.
Virus mortais por parte da natureza.
Modo de se alimentar por meio da morte de algo: um boi, uma cenoura, um porco, um coelho...
Cachorrinhos com sarnas, cancer etc.
Evidências: eu e mais algumas pessoas acham isso crueldade. Cruel um cachorro chorar de sofrimento, um boi berrando sendo abatido, uma criança chorando e sofrendo sendo invadida intimamente e alguém sendo alvejado e ser morto.
Claro isso partindo da premissa religiosa de que Deus é criador... entretanto mesmo que o criador for outra coisa, o acaso, o desconhecido esses fatos para mim nunca vão deixar de ser cruéis.
Nunca vi um crente dizendo: "poxa vida, quanta crueldade, mazelas terríveis, sendo Deus o criador de tudo não seria um culpado por isso, mesmo que indiretamente?
Quais seriam exatamente as evidências e critérios para julgar as tais mazelas como crueldade?
Seja lá quais forem os critérios e as leis morais de um suposto deus, o que importa é o que pensamos e sentimos.
Como já perguntei em outro tópico: e se descobrirmos que nosso destino é sofrer por toda a eternidade? Devemos continuar louvando o Criador porque, se ele quis assim, então assim é o certo e devemos aceitar? Mesmo sem entender?
E não venham me dizer que isto jamais aconteceria porque estariam presumindo saber o que esse deus pensa e planeja.
Deus é como um enorme curandeiro, uma tenda de milagres, um oráculo e ouso dizer muitos tem MEDO dele . MEDO de falar que não acredita e de repente ser acometido de uma doença ou tragédia (parece loucura mas há isso sim!). Não sei se o amor que dizem ter é realmente amor ou TEMOR.
A Bíblia vive dizendo que é necessário temer a Deus.
esqueci, qual o termo daqueles que acreditam haver um deus mas que este pouco ou nada se importa com o que criou ? acho que Fernando ou Giga haviam me falado ele...
Alguém que acredita em que um deus nos criou e não se importa conosco é um "deísta".
Pedofilia, homicídios por parte dos homens.
Virus mortais por parte da natureza.
Modo de se alimentar por meio da morte de algo: um boi, uma cenoura, um porco, um coelho...
Cachorrinhos com sarnas, cancer etc.
Evidências: eu e mais algumas pessoas acham isso crueldade. Cruel um cachorro chorar de sofrimento, um boi berrando sendo abatido, uma criança chorando e sofrendo sendo invadida intimamente e alguém sendo alvejado e ser morto.
Claro isso partindo da premissa religiosa de que Deus é criador... entretanto mesmo que o criador for outra coisa, o acaso, o desconhecido esses fatos para mim nunca vão deixar de ser cruéis.
Você respondeu com exemplos de coisas que enxerga como crueldade;
mas não com a resposta da minha pergunta, que não pediu exemplos,
e sim - qual seria o o critério para julgar como crueldade?
"eu e mais algumas pessoas acham".
O critério é o seu achismo?
Pedofilia, homicídios por parte dos homens.
Virus mortais por parte da natureza.
Modo de se alimentar por meio da morte de algo: um boi, uma cenoura, um porco, um coelho...
Cachorrinhos com sarnas, cancer etc.
Evidências: eu e mais algumas pessoas acham isso crueldade. Cruel um cachorro chorar de sofrimento, um boi berrando sendo abatido, uma criança chorando e sofrendo sendo invadida intimamente e alguém sendo alvejado e ser morto.
Claro isso partindo da premissa religiosa de que Deus é criador... entretanto mesmo que o criador for outra coisa, o acaso, o desconhecido esses fatos para mim nunca vão deixar de ser cruéis.
Você respondeu com exemplos de coisas que enxerga como crueldade;
mas não com a resposta da minha pergunta, que não pediu exemplos,
e sim - qual seria o o critério para julgar como crueldade?
"eu e mais algumas pessoas acham".
O critério é o seu achismo?
O critério usado é por causar tristeza, lamentação. Eis meus sentimentos perante atos como esse.
Enfim...
E considero deus culpado indiretamente. Se ele não permite que uma semente de laranja surja uma jaca porque não aplicar isso em comportamentos horríveis?
O critério usado é por causar tristeza, lamentação. Eis meus sentimentos perante atos como esse.
Se você tirar o vício de um dependente, lhe causará tristeza & lamentação.
A lamentação parcial e subjetiva de um ente serve como critério para condenar a realidade como cruel?
Se você me entristecer, você é cruel?
O critério usado é por causar tristeza, lamentação. Eis meus sentimentos perante atos como esse.
Se você tirar o vício de um dependente, lhe causará tristeza & lamentação.
A lamentação parcial e subjetiva de um ente serve como critério para condenar a realidade como cruel?
Se você me entristecer, você é cruel?
Limito-me aos exemplos citados. Depende muito do ato que eu fizer ou fizerem a mim.
Pedofilia: me entristece. Homicidio= idem.
O critério usado é por causar tristeza, lamentação. Eis meus sentimentos perante atos como esse.
Se você tirar o vício de um dependente, lhe causará tristeza & lamentação.
A lamentação parcial e subjetiva de um ente serve como critério para condenar a realidade como cruel?
Se você me entristecer, você é cruel?
Limito-me aos exemplos citados. Depende muito do ato que eu fizer ou fizerem a mim.
Pedofilia: me entristece. Homicidio= idem.
Eu entendi, e também me entristeço com essas coisas,
mas se o critério for "te entristecer", o argumento fica superficial.
Se você não encontrar nada além de uma opinião pessoal para essas coisas serem erradas,
tudo se torna apenas uma apreciação subjetiva, um julgamento feito por ti sobre suas aversões.
Mas eu não penso que seja o caso. Eu concordo que haja coisas realmente repugnantes em si mesmas.
Mas isso é porque acredito numa Ordem Moral & Transcendente da Existência:
Virtudes encerram um valor transcendente em si mesmas; já os vícios, negações destes.
Mas para assumir essa postura, eu parto da referência de um Logos, de uma Razão Universal.
Mas você dispensa isso. Com quais critérios, então, pode avaliar o que é ou não cruel ou moral?
O critério usado é por causar tristeza, lamentação. Eis meus sentimentos perante atos como esse.
Se você tirar o vício de um dependente, lhe causará tristeza & lamentação.
A lamentação parcial e subjetiva de um ente serve como critério para condenar a realidade como cruel?
Se você me entristecer, você é cruel?
Limito-me aos exemplos citados. Depende muito do ato que eu fizer ou fizerem a mim.
Pedofilia: me entristece. Homicidio= idem.
Eu entendi, e também me entristeço com essas coisas,
mas se o critério for "te entristecer", o argumento fica superficial.
Se você não encontrar nada além de uma opinião pessoal para essas coisas serem erradas,
tudo se torna apenas uma apreciação subjetiva, um julgamento feito por ti sobre suas aversões.
Mas eu não penso que seja o caso. Eu concordo que haja coisas realmente repugnantes em si mesmas.
Mas isso é porque acredito numa Ordem Moral & Transcendente da Existência:
Virtudes encerram um valor transcendente em si mesmas; já os vícios, negações destes.
Mas para assumir essa postura, eu parto da referência de um Logos, de uma Razão Universal.
Mas você dispensa isso. Com quais critérios, então, pode avaliar o que é ou não cruel ou moral?
A capacidade de avaliar o que é ou não moral, cruel e etc independe da existência ou não existência de qualquer logos ou razao universal.
Sua pergunta é capciosa porque pressupõe que essa capacidade só possa existir se existir um tal logos, logos este cuja existência tambem tem que ser provada.
Não-teístas não compartilham desses pressupostos.
O critério usado é por causar tristeza, lamentação. Eis meus sentimentos perante atos como esse.
Se você tirar o vício de um dependente, lhe causará tristeza & lamentação.
A lamentação parcial e subjetiva de um ente serve como critério para condenar a realidade como cruel?
Se você me entristecer, você é cruel?
Limito-me aos exemplos citados. Depende muito do ato que eu fizer ou fizerem a mim.
Pedofilia: me entristece. Homicidio= idem.
Eu entendi, e também me entristeço com essas coisas,
mas se o critério for "te entristecer", o argumento fica superficial.
Se você não encontrar nada além de uma opinião pessoal para essas coisas serem erradas,
tudo se torna apenas uma apreciação subjetiva, um julgamento feito por ti sobre suas aversões.
Mas eu não penso que seja o caso. Eu concordo que haja coisas realmente repugnantes em si mesmas.
Mas isso é porque acredito numa Ordem Moral & Transcendente da Existência:
Virtudes encerram um valor transcendente em si mesmas; já os vícios, negações destes.
Mas para assumir essa postura, eu parto da referência de um Logos, de uma Razão Universal.
Mas você dispensa isso. Com quais critérios, então, pode avaliar o que é ou não cruel ou moral?
A capacidade de avaliar o que é ou não moral, cruel e etc independe da existência ou não existência de qualquer logos ou razao universal.
Sua pergunta é capciosa porque pressupõe que essa capacidade só possa existir se existir um tal logos, logos este cuja existência tambem tem que ser provada.
Não-teístas não compartilham desses pressupostos.
é horrível e pronto.
sou ex-espírita e a explicação deles é a lei de ação e reação/ justiça divina coisa e tal.
em uma "aula" no curso de aprendizes do evangelho o expositor diante de uma noticia de criança estuprada comentou que ninguém é inocente perante a tal justiça divina... o que se conclui com isso na cabeça dele ? que a criança supostamente mereceu a punição. É nojento meu caro.
aquela desgraça chamada João de Deus por exemplo: um ser cruel, malvado, que estava fantasiado de senhor bondoso e curandeiro. Quer que eu fique imaginando um tal logos para "aceitar" e "tolerar" um miserável destes? N.U.N.C.A.
mesmo que fosse provado que haveria uma motivação, um logos sei lá o que nunca deixarei de pensar que é cruel, nojento e asqueroso.
dizem que o que vale é o mundo espiritual, que este sobrepõe a tudo e todos.
ORA Bolas, se é ,assim, qual a necessidade dessa importância extrema que dão em reencarnação e sofrimentos na matéria?
A capacidade de avaliar o que é ou não moral, cruel e etc independe da existência ou não existência de qualquer logos ou razao universal.
Sem isso, essa capacidade de avaliar recai no mais radical relativismo, em que faz de si mesma referência para determinar o que é cruel ou não.
Sua pergunta é capciosa porque pressupõe que essa capacidade só possa existir se existir um tal logos, logos este cuja existência tambem tem que ser provada.
Assim como existem leis na física, na geometria, na matemática, na música, por que não pode existir uma Lei Moral?
é horrível e pronto.
Eu concordo que seja horrível, só não penso que uma apreciação subjetiva sirva para definir o que é horrível.
em uma "aula" no curso de aprendizes do evangelho o expositor diante de uma noticia de criança estuprada comentou que ninguém é inocente perante a tal justiça divina... o que se conclui com isso na cabeça dele ? que a criança supostamente mereceu a punição. É nojento meu caro.
Esse expositor é um Bosta. Mas ele não representa a totalidade dos espiritualistas.
Se os espíritos das mais variadas estirpes estão coexistindo com livre-agência do lado de cá, todos estão sujeitos a barbaridades.
aquela desgraça chamada João de Deus por exemplo: um ser cruel, malvado, que estava fantasiado de senhor bondoso e curandeiro. Quer que eu fique imaginando um tal logos para "aceitar" e "tolerar" um miserável destes? N.U.N.C.A.
Pelo contrário, o Logos enquanto Lei Moral é precisamente o que te faz intuitivamente reconhecer a natureza inerentemente má desses atos.
mesmo que fosse provado que haveria uma motivação, um logos sei lá o que nunca deixarei de pensar que é cruel, nojento e asqueroso.
Mas é cruel, nojento e asqueroso mesmo. Só que não é cruel, nojento e asqueroso "porque te desagrada", e sim porque viola uma Lei Moral.
ORA Bolas, se é ,assim, qual a necessidade dessa importância extrema que dão em reencarnação e sofrimentos na matéria?
Olha, do lado de cá estamos sujeitos às grandes provas, os árduos desafios nos quais podemos dar provas de grande altruísmo e sacrifício.
Note que realizar um ato heróico, como o de um mártir, requer atravessar estoica e firmemente essas provações, com uma Vontade inquebrantável.
O mártir sofre, se entristece, se decepciona, mas aguenta e passa por tudo por estar apegado a um valor maior.
Sua tristeza e dor subjetivas são postas de lado, porque ele se aliou a uma Lei Transcendente.
Esta Lei convoca sua consciência à ação, e deixa em segundo plano as apreciações pessoais.
A capacidade de avaliar o que é ou não moral, cruel e etc independe da existência ou não existência de qualquer logos ou razao universal.
Sem isso, essa capacidade de avaliar recai no mais radical relativismo, em que faz de si mesma referência para determinar o que é cruel ou não.
Sua pergunta é capciosa porque pressupõe que essa capacidade só possa existir se existir um tal logos, logos este cuja existência tambem tem que ser provada.
Assim como existem leis na física, na geometria, na matemática, na música, por que não pode existir uma Lei Moral?
é horrível e pronto.
Eu concordo que seja horrível, só não penso que uma apreciação subjetiva sirva para definir o que é horrível.
em uma "aula" no curso de aprendizes do evangelho o expositor diante de uma noticia de criança estuprada comentou que ninguém é inocente perante a tal justiça divina... o que se conclui com isso na cabeça dele ? que a criança supostamente mereceu a punição. É nojento meu caro.
Esse expositor é um Bosta. Mas ele não representa a totalidade dos espiritualistas.
Se os espíritos das mais variadas estirpes estão coexistindo com livre-agência do lado de cá, todos estão sujeitos a barbaridades.
aquela desgraça chamada João de Deus por exemplo: um ser cruel, malvado, que estava fantasiado de senhor bondoso e curandeiro. Quer que eu fique imaginando um tal logos para "aceitar" e "tolerar" um miserável destes? N.U.N.C.A.
Pelo contrário, o Logos enquanto Lei Moral é precisamente o que te faz intuitivamente reconhecer a natureza inerentemente má desses atos.
mesmo que fosse provado que haveria uma motivação, um logos sei lá o que nunca deixarei de pensar que é cruel, nojento e asqueroso.
Mas é cruel, nojento e asqueroso mesmo. Só que não é cruel, nojento e asqueroso "porque te desagrada", e sim porque viola uma Lei Moral.
ORA Bolas, se é ,assim, qual a necessidade dessa importância extrema que dão em reencarnação e sofrimentos na matéria?
Olha, do lado de cá estamos sujeitos às grandes provas, os árduos desafios nos quais podemos dar provas de grande altruísmo e sacrifício.
Note que realizar um ato heróico, como o de um mártir, requer atravessar estoica e firmemente essas provações, com uma Vontade inquebrantável.
O mártir sofre, se entristece, se decepciona, mas aguenta e passa por tudo por estar apegado a um valor maior.
Sua tristeza e dor subjetivas são postas de lado, porque ele se aliou a uma Lei Transcendente.
Esta Lei convoca sua consciência à ação, e deixa em segundo plano as apreciações pessoais.
Olhe o tal expositor sem dúvida não representa a totalidade.
Mas lendo o O Livro dos Espíritos, até mesmo uma unha encravada deve ser programada ...
Tem uma pergunta sobre a possibilidade de desviar um tiro de um cara "QUE NÃO DEVERIA MORRER BALEADO". Ora , isso quer dizer que antes de nascer ficam fazendo programinhas de computador? novelinhas ? no capitulo 27 de Jun/2021 Fulano levará tiro de Ciclano, pois Ciclano fora baleado por Fulano em Jun/1239 ...
Trechos do Livro
527. Tomemos outro exemplo, em que não entre a matéria em seu estado natural. Um homem tem que morrer fulminado pelo raio. Refugia-se debaixo de uma árvore. Estala o raio e o mata. Poderá dar-se tenham sido os Espíritos que provocaram a produção do raio e que o
dirigiram para o homem?
“Dá-se o mesmo que anteriormente. O raio caiu sobre aquela árvore em tal momento, porque estava nas leis da Natureza que assim acontecesse. Não foi encaminhado para a árvore, por se achar debaixo dela o homem. A este, sim, foi inspirada a idéia de se abrigar debaixo de uma árvore sobre
a qual cairia o raio, porquanto a árvore não deixaria de ser atingida, só por não lhe estar debaixo da fronde o homem.”
528. No caso de uma pessoa mal-intencionada disparar sobre outra um projetil que apenas lhe passe perto sem atingir, poderá ter sucedido que um Espírito bondoso haja desviado o projetil?
“Se o indivíduo alvejado não tem que perecer desse modo, o Espírito bondoso lhe inspirará a idéia de se desviar, ou então poderá ofuscar o que empunha a arma, de sorte a fazê-lo apontar mal, porquanto, uma vez disparada a arma, o projetil segue a linha que tem de percorrer.”
A capacidade de avaliar o que é ou não moral, cruel e etc independe da existência ou não existência de qualquer logos ou razao universal.
Sem isso, essa capacidade de avaliar recai no mais radical relativismo, em que faz de si mesma referência para determinar o que é cruel ou não.
A humanidade progride à medida em que passa do relativismo individual para um relativismo que engloba cada vez mais indivíduos.
A referência somos nós, humanos, e talvez, futuramente, todos os seres vivos.
A opinião de um suposto criador onipotente não vem ao caso (exceto quando ele nos ameaça com punições em caso de violarmos os mandamentos incompreensíveis que ele defeca sobre nós).
Sua pergunta é capciosa porque pressupõe que essa capacidade só possa existir se existir um tal logos, logos este cuja existência tambem tem que ser provada.
Assim como existem leis na física, na geometria, na matemática, na música, por que não pode existir uma Lei Moral?
Porque uma Lei Moral absoluta pressupõe a existência de uma inteligência absoluta.
Se essa lei não fizer sentido para nós, se ela for apenas uma imposição incompreensível, só teremos que obedecer em caso de ameaça de punições.
Não há "leis" na física e sim descrições do que foi observado.
As leis da matemática e geometria são definições humanas. Podemos entendê-las. Não são arbitrárias.
Eu concordo que seja horrível, só não penso que uma apreciação subjetiva sirva para definir o que é horrível.
Aquilo que viola a Regra de Ouro ("Não faças aos outros ...") é errado e pronto. Pode ser uma moral utilitária, mas faz sentido. Não é subjetivo.
Absurdo são leis baseadas em crendices e superstições ("Deus mandou", "Deus não quer").
Note que realizar um ato heróico, como o de um mártir, requer atravessar estoica e firmemente essas provações, com uma Vontade inquebrantável.
O mártir sofre, se entristece, se decepciona, mas aguenta e passa por tudo por estar apegado a um valor maior.
Sua tristeza e dor subjetivas são postas de lado, porque ele se aliou a uma Lei Transcendente.
Esta Lei convoca sua consciência à ação, e deixa em segundo plano as apreciações pessoais.
E daí ele se explode no meio de uma multidão.
Ou se deixa queimar na fogueira em vez de renegar sua fé.
Por causa de suas apreciações pessoais sobre o que algum deus obscuro teria dito ou exigido. Pela cobiça de uma recompensa ou medo do castigo eterno.
Se o indivíduo alvejado não tem que perecer desse modo, o Espírito bondoso lhe inspirará a idéia de se desviar,[/u][/b] ou então poderá ofuscar o que empunha a arma, de sorte a fazê-lo apontar mal, porquanto, uma vez disparada a arma, o projetil segue a linha que tem de percorrer.”
Ou seja, se disparado, a bala por si, não sendo um agente consciente, segue determinadamente a lei natural, conforme a aerodinâmica etc.
No caso, a influência dos espíritos aí seria mental, nos dois casos não podendo se impor sobre o curso da natureza.
Mas voltando ao assunto principal do tópico:
Se agrado/desagrado servisse de critério para o bem e o mal,
fazer algo ruim para os outros que te agrada está justificado?
Não há "leis" na física e sim descrições do que foi observado.
Você não acha que essas descrições observam um processo em si mesmo inteligível e ordenado?
Não te parece que essas leis sejam descobertas, e não caprichosamente inventadas?
A capacidade de avaliar o que é ou não moral, cruel e etc independe da existência ou não existência de qualquer logos ou razao universal.
Sem isso, essa capacidade de avaliar recai no mais radical relativismo, em que faz de si mesma referência para determinar o que é cruel ou não.
Posso pautar minha moral pela regra de ouro. Pelo bom-senso. Por aquilo que possibilita o convivio pacífico em sociedade, etc.
Cade o logos nisso? Não vejo necessidade nenhuma desse logos para fazer essa avaliação.
Sua pergunta é capciosa porque pressupõe que essa capacidade só possa existir se existir um tal logos, logos este cuja existência tambem tem que ser provada.
Assim como existem leis na física, na geometria, na matemática, na música, por que não pode existir uma Lei Moral?
Vamos supor que leis morais existam.
O fato de existirem não implica que exista tambem um logos ou razao universal que se relacione com estas leis de alguma forma.
Como tambem não segue de existencia de um tal logos, que leis morais derivem dele ou se relacionem com ele.
E, insisto, onde a prova que esse logos existe?
E leis morais jamais teriam o mesmo escopo de validade que, digamos, a lei da gravitação, que se aplica em qualquer coisa que possua massa, quer seja inanimada ou não, quer seja boa, má, moralmente neutra ou amoral.
Moralidade não significa nada para pedras, estrelas ou buracos negros.
Então leis morais serão sempre relativas.
Posso pautar minha moral pela regra de ouro. Pelo bom-senso. Por aquilo que possibilita o convivio pacífico em sociedade, etc.
Cade o logos nisso? Não vejo necessidade nenhuma desse logos para fazer essa avaliação.
Você concordaria comigo se eu dissesse que:
para que exista um corpo material, se faz necessário que exista a própria Materialidade?
Apesar dela não ser, ela mesma, um corpo material, ela é aquilo através do qual os corpos vêm a ser.
Não tem como existir um único corpo material que seja sem que exista a própria matéria e o atributo da materialidade.
Do mesmo modo, é impossível que exista a racionalidade e moralidade individual sem que exista a Lei Moral e a Razão Universal.
Simplesmente porque os entes não são os elementos determinadores da realidade, mas meros participantes da Ordem do Real.
Em outras palavras: quaisquer atributos que você tenha, você os tem porque participa da existência e os recebe do Ser.
Eles não partem de você. A materialidade não depende da existência de nenhum corpo material específico.
Se há em nós a consciência moral e racionalidade individual, é porque há a Lei Moral e a Razão Universal,
fora da qual estas duas coisas não haveriam, uma vez que os atributos da existência não procedem de nós.
A extensão, por exemplo, é um dos atributos da existência. Daí que existam os corpos extensos.
Sem a extensão, não poderia haver nenhum corpo extenso,
apesar de que não é, ela mesma, um corpo extenso entre eles.
Logo, se há qualquer corpo extenso, só o há na medida em que
este participa do atributo da extensão, do qual é recebedor e não determinador.
Do contrário, os entes é que seriam os determinadores da realidade,
o que incontestavelmente não procede, já que o Ser nos antecede, sucede, engloba e transcende.
Os entes particulares são sujeitos, e não sujeitadores do Ser Universal.
Por isso, eles não podem ser maiores ou determinadores do Ser Universal.
Eles estão situados em modos particulares, no tempo e na forma, neste Universal.
São, portanto, Causas Segundas, cujos atributos só podem ser recebidos e nunca criados.
Não há "leis" na física e sim descrições do que foi observado.
Você não acha que essas descrições observam um processo em si mesmo inteligível e ordenado?
Não te parece que essas leis sejam descobertas, e não caprichosamente inventadas?
Não acho nada até que se prove que a realidade foi criada por uma inteligência.
O Universo existe, ponto final.
Dizer "Não sei" às vezes é a única resposta honesta.
"Não sei" não implica em "Então foi Deus".
Editado pela última vez por Fernando Silva em Ter, 29 Junho 2021 - 08:56 am, em um total de 1 vez.
Mais ou menos, não é tão simples assim não.
Por exemplo: o universo tal como conhecemos, que aparece para os nossos sentidos,
não é O Universo enquanto coisa-em-si, mas tal como se apresenta quando traduzido pela mente humana.
Ou seja, nós conhecemos os fenômenos que exteriorizam o Ser de um modo diferenciado, linear & temporal,
mas não o que ele é em Si mesmo. O mais próximo que temos da experiência do Si-mesmo é a experiência que temos de nós mesmos.
E como experimentamos nós mesmos? Como volição, agência e intelecção. Como experiência consciente, pessoal e subjetiva.
Consciência sem a qual o universo inteiro permaneceria absoluta e completamente desconhecido, incognoscível, um nada.
Essa posição: de que o Universo existe tal como se apresenta aos sentidos, independentemente de nós,
é chamada, na Filosofia, de "realismo ingênuo". O responsável por virá-la do avesso foi Kant.
Não acho nada até que se prove que a realidade foi criada por uma inteligência.
Mas essa prova não é possível dentro da Representação (fenomênico), que é o que conhecemos empiricamente.
O que está para além do fenomênico não se apresenta de modo representável, exterior, sensório.
A natureza experimentada desse modo que conhecemos, espacial, temporal, etc.,
é a natureza naturada, exterior, e não a natureza naturante que a fundamenta.
Em outras palaras, não é a raiz da árvore, mas somente do tronco para cima.
Porém, o que sustenta o tronco são as raízes ocultas e subjacentes.
Por sua própria natureza (por serem raízes), não vem à superfície.
O que chega à superfície é somente o Causado (e não Causa).
Por isso, o fundamento do mundo fenomênico,
não pode ser encontrado dentre os fenômenos.
Dizer "Não sei" às vezes é a única resposta honesta.
Sem dúvida é uma das posturas mais respeitáveis e incondicionalmente superior à do determinismo materialista.
Essa Lei Moral foi definida por uma entidade ou existe externamente a ela?
A materialidade foi definida por um corpo material ou existe externamente a ele?
A materialidade não é, ela mesma, um corpo material, mas só existem corpos materiais porque ela existe.
Do mesmo modo, o Logos não é, ele mesmo, uma lei entre leis, mas é necessário para que haja todas as leis.
O Logos é tão intuitivamente abraçado por nós que, até argumentando, recorremos à Razão, à lógica, à intelecção.
Nós sempre admitimos, direta ou indiretamente, que a Razão Universal é soberana sobre todas as questões.
Se não admitíssemos o império da Intelecção, da Causalidade, sequer esta discussão faria algum sentido.
Ela é a vontade dessa entidade ou essa entidade tem que obedecer a ela?
Se fosse vontade, seria um capricho subjetivo e sem fundamento.
Uma coisa não é pecado porque "Deus desgosta" caprichosamente,
Deus desgosta porque a coisa é ruim para a sua alma, como uma doença.
Ciúme, inveja, vingança e cobiça são como doenças, porque envenenam sua alma.
Essas coisas são pecados em consequência do dano que perpetram.
Elas não perpetram dano porque foram caprichosamente desgostadas.
Quanto mais se estuda, mais complica inteligibilidade e ordenação.
De um paradigma limitado e limitador,
daí as rupturas dos paradigmas científicos,
muito bem estudados por Thomas Kuhn.
[Você concordaria comigo se eu dissesse que:
para que exista um corpo material, se faz necessário que exista a própria Materialidade?
Apesar dela não ser, ela mesma, um corpo material, ela é aquilo através do qual os corpos vêm a ser.
Não tem como existir um único corpo material que seja sem que exista a própria matéria e o atributo da materialidade.
Do mesmo modo, é impossível que exista a racionalidade e moralidade individual sem que exista a Lei Moral e a Razão Universal.
[...]
São, portanto, Causas Segundas, cujos atributos só podem ser recebidos e nunca criados.
Sempre este mesmo vício de construir pseudo-argumentos partindo de falsas analogias.
Você sabe o que é um contra-exemplo?
É quando alguém afirma que algo é impossível e lhe é apresentado pelo menos um exemplo daquilo que ele está considerando como uma impossibilidade.
Isto é um contra-exemplo e é superior a qualquer argumento em favor da suposta impossibilidade.
Sim, porque contra-exemplos não servem para descartar possibilidades. Apenas impossibilidades.
Porque se vocẽ afirmar que vacas podem voar (uma possibilidade) , o contra-exemplo de uma vaca incapaz de voar não prova, por si só, que NENHUMA vaca voe.
Mas se você disser que é impossível que elefantes voem, basta que lhe mostrem um único elefante voando para provar falsa sua afirmação.
Na citação acima você postula uma negativa universal: " é impossível que exista a racionalidade e moralidade individual sem que exista a Lei Moral e a Razão Universal."
Então vamos imaginar um univeso onde só exista, inicialmente, matéria, energia e leis da Física. Nenhuma lei moral ou razão universal... Mas as leis da Física tornam possível (não obrigatório, mas possível) que a matéria se combine em organismos replicantes (vida!) e alguns destes organismos possam desenvolver consciência. Serem capazes de experimentar prazer ou desprazer face aos estímulos externos e internos.
Neste caso o ser vivo tende a procurar aquelas situações que lhe proporcianam prazer e evitar as que lhe causam desconforto: saciedade em vez de fome, alegria em vez de tristeza, etc...
Pelo que a Teoria da Evolução nos ensina, seria então natural que tudo que favoreça a preservação do indivíduo e da espécie esteja associado a algum tipo de satisfação ao passo que aqueles comportamentos, sentimentos, sensações, casualidades, etc, que não favoreçam a preservação do indivíduo e/ou da espécie sejam experimentados por um tal organismo como desprazer ou sofrimento.
Claro, se algum gene for responsável, por exemplo, por fazer algum ser vivo ter prazer em sentir fome ou tornar a saciedade uma sensação desagradável, um tal ser vivo evitaria se alimentar e pereceria rapidamente antes de poder propagar estes próprios genes. E isso explica porque todas as doenças hereditárias só se transmitem por genes recessivos. Simplesmente porque é impossivel genes dominantes responsáveis por características deletérias. (Estes sempre causam sua própria extinção)
Então, sabendo disso, imagine que uma certa espécie evolua para se tornar um animal social. Para esta espécie (ao contrário de muitas outras) a troca de conhecimentos e cooperação entre os indivíduos são características fundamentais que evitam que os indivíduos desta espécie pereçam.
Mas evidentemente, tais características, evolutivamente, só virão a existir se os estímulos associados (prazer ou desprazer) levarem os indivíduos de uma tal espécie a fazerem escolhas sociais em vez de anti-sociais. Em outras palavras: de alguma forma, a maioria dos indivíduos desta espécie deve sentir algum tipo de desconforto ao assumir comportamentos anti-sociais. Razão pela qual, a maior parte das vezes, opta por comportamentos sociais.
Neste caso, estaria aí a semente da moralidade. A razão para que indivíduos de espécies que evoluíruam para se tornar socialmente sofisticadas, tenham a propensão a sentir algum tipo de desconforto quando fazem ao próximo aquilo que não gostariam que o próximo lhe fizesse. E a isto damos o nome de empatia.
Assim podemos, por hipótese, explicar o surgimento da empatia e da moralidade na espécie humana sem a necessidade de nenhuma "moral universal".
E não importa se esta hipótese irá se confirmar ou não. Porque só apresentar esta possibilidade já a torna um contra-exemplo para a sua afirmação.
Você afirma que é impossível moral individual humana senão existir uma mágica moral universal já permeando e preenchendo todo o universo antes mesmo do surgimento da vida.
Bem, eu acabei de lhe mostrar uma possibilidade (não mágica) para explicar o surgimento da moralidade e da empatia que prescinde de qualquer apelo mágico a uma suposta moral do universo. Portanto, filosoficamente, provei como sendo falsa a sua negativa universal.
Contudo, como é costumeiro no senhor, estas negativas universais derivam de falsas analogias. De analogias frouxas.
No caso você está propondo que se corpos materiais não podem existir sem a matéria da qual são constituídos, então a moralidade também não poderia existir sem a "moral" da qual supostamente seria constituída.
É uma falsa analogia porque moral não é constituída de nada. Moral vem a ser exclusivamente através de comportamento. Moral é um comportamento e só comportamentos podem ser considerados morais ou morais.
Sua afirmação é tão sem pé nem cabeça quanto dizer que qualquer comportamento só é possível porque extrai de modo mágico sua substância de alguma essência deste comportamento que já faria parte do universo antes mesmo de existirem seres vivos para se comportarem de tal forma.
Então vamos imaginar um univeso onde só exista, inicialmente, matéria, energia e leis da Física.
Só aí já existe Razão.
Mas as leis da Física tornam possível (não obrigatório, mas possível) que a matéria se combine em organismos replicantes (vida!)
Só aí a Intelecção já se revela presente no Universo.
e alguns destes organismos possam desenvolver consciência.
Só aí a Consciência já demonstra ser um dos atributos do Ser.
Mas evidentemente, tais características, evolutivamente, só virão a existir se os estímulos associados (prazer ou desprazer) levarem os indivíduos de uma tal espécie a fazerem escolhas sociais em vez de anti-sociais.
Só aí já está posta a Lei Moral.
Todo o resto do argumento cai por terra.
Você teria que me dar um exemplo em que não haja Direção, nem Razão, nem Inteligência, nem Leis.
Você teria que me dar um exemplo em que não haja Direção, nem Razão, nem Inteligência, nem Leis.
Não há direção nem razão.
Você está confundido leis da física com as leis do Direito.
Quando se fala em leis da física está-se referindo às regularidades do universo. Tudo que há é restrito por regularidades que não entendemos completamente. Mas pode ser que existam outros universos, onde o real é restrito por outras regularidades e que vieram a ser por puro acaso.
Não parece haver direção nem razão em um universo imenso onde quase tudo é matéria inanimada, só para que exista vida e consciência ( e moral ) neste grãozinho de poeira, dentro de um grão de poeira, dentro de um grão de poeira, que é o nosso sistema solar.
Existir razão, direção, moral e inteligência no universo é uma afirmação gratuita sua. Baseada em nada mais que desejo e crença.
Existir razão, direção, moral e inteligência no universo é uma afirmação gratuita sua. Baseada em nada mais que desejo e crença.
Dá para existir uma fórmula matemática sem que exista a própria matemática?
Pode existir uma lei da física ou da geometria sem que haja física e geometria?
Pode haver a "logia" da "biologia" em um universo sem nenhuma coerência?
Mais ou menos, não é tão simples assim não.
Por exemplo: o universo tal como conhecemos, que aparece para os nossos sentidos,
não é O Universo enquanto coisa-em-si, mas tal como se apresenta quando traduzido pela mente humana.
É só o que temos. Já desenvolvemos sensores e instrumentos que nos mostram além das limitações dos sentidos, mas continua sendo tudo o que temos.
Se o universo é real ou estamos numa Matrix, não importa. Qualquer coisa além disto é especulação e fantasia.
Não acho nada até que se prove que a realidade foi criada por uma inteligência.
Mas essa prova não é possível dentro da Representação (fenomênico), que é o que conhecemos empiricamente.
O que está para além do fenomênico não se apresenta de modo representável, exterior, sensório.
A natureza experimentada desse modo que conhecemos, espacial, temporal, etc.,
é a natureza naturada, exterior, e não a natureza naturante que a fundamenta.
Para todos os efeitos práticos, essa tal de "natureza naturada" é tudo o que existe.
Essa Lei Moral foi definida por uma entidade ou existe externamente a ela?
Do mesmo modo, o Logos não é, ele mesmo, uma lei entre leis, mas é necessário para que haja todas as leis.
O Logos é tão intuitivamente abraçado por nós que, até argumentando, recorremos à Razão, à lógica, à intelecção.
Nós sempre admitimos, direta ou indiretamente, que a Razão Universal é soberana sobre todas as questões.
Se não admitíssemos o império da Intelecção, da Causalidade, sequer esta discussão faria algum sentido.
"Nós sempre admitimos" ? Nós quem?
Sim, esta discussão não faz sentido. Ela não passa de divagações sobre coisas que não sabemos se existem nem como são.
Ela é a vontade dessa entidade ou essa entidade tem que obedecer a ela?
Se fosse vontade, seria um capricho subjetivo e sem fundamento.
Uma coisa não é pecado porque "Deus desgosta" caprichosamente,
Deus desgosta porque a coisa é ruim para a sua alma, como uma doença.
Ciúme, inveja, vingança e cobiça são como doenças, porque envenenam sua alma.
Essas coisas são pecados em consequência do dano que perpetram.
Elas não perpetram dano porque foram caprichosamente desgostadas.
Não podemos atribuir nossos critérios do que é veneno ou danoso a uma entidade infinita e infinitamente incompreensível.
Existir razão, direção, moral e inteligência no universo é uma afirmação gratuita sua. Baseada em nada mais que desejo e crença.
Dá para existir uma fórmula matemática sem que exista a própria matemática?
Pode existir uma lei da física ou da geometria sem que haja física e geometria?
Pode haver a "logia" da "biologia" em um universo sem nenhuma coerência?
A matemática, a geometria e a física foram criadas pelo ser humano numa tentativa de descrever fenômenos observados.
Mas os fenômenos existem independente de haver seres inteligentes para observá-los.
O universo não é coerente nem incoerente. Estes são conceitos humanos. O universo apenas é.
Não faz sentido tentar reduzir o universo àquilo que podemos conceber ou explicar. Podemos, no máximo, constatar algumas regularidades e enunciá-las como "leis".
A organização social, em princípio, surge da preponderância de determinadas ideias e circunstâncias sobre outras.
Uma matilha de hienas faz um leão se pôr em fuga. O maior número equivale ao poder, neste caso.
A natureza tem regras que impactam comportamentos: o indivíduo muito forte e o indivíduo muito fraco são exceções da regra. Em consequência, a maioria será de mediana compleição.
Por isto uma agressão do mais forte ao mas fraco gera indignação à maioria que imporá a contenção e a punição ao culpado.
É o alvorecer do Direito e da Moral, consuetudinários.
Na medida que as organizações sociais se tornam maiores e mais complexas essa prevalência cede o poder às negociações.
O carisma, o dinheiro e a inteligência formam as lideranças que ditam as normas e fazem as leis, sempre em seu benefício.
Inobstante, a justa indignação da maioria quase sempre se expressará pela força; são os rebeldes, revoltosos, insatisfeitos...
A violência, o caos, a insegurança.
Porém o equilíbrio tende a ser restabelecido, na maioria das vezes.
A Justiça (o Direito) e a Moral evoluíram naquele contexto.
Mas, percebam que na verdade foi a natureza que promoveu a dinâmica da evolução social, quando tornou regra, o poder da maioria.
Quando te achegares a alguma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz.
E será que, se te responder em paz, e te abrir as portas, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá.
Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás.
E o Senhor teu Deus a dará na tua mão; e todo o homem que houver nela passarás ao fio da espada.
Porém, as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o Senhor teu Deus.
Assim farás a todas as cidades que estiverem mui longe de ti, que não forem das cidades destas nações.
Porém, das cidades destas nações, que o Senhor teu Deus te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida.
Antes destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos perizeus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor teu Deus.
Para que não vos ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor vosso Deus.
Mas isso é porque Deus é muito bom ...
Periga de começarem a postar fotos de alguma imagem que sobreviveu intacta como se fosse um milagre de Deus.
Telhado de igreja desaba durante missa e mata 10 pessoas no México
Número de feridos chega a 40. Vídeo mostra suposto momento do acidente
Por AFP — Ciudad Madero, México - 02/10/2023
“Vivemos um momento muito difícil (…) o telhado de uma igreja desabou enquanto decorria a celebração da Eucaristia”, disse José Armando Álvarez, bispo da diocese de Tampico, num vídeo nas redes sociais.
“Neste momento estão sendo feitos os trabalhos necessários para retirar as pessoas que ainda estão sob os escombros”, disse ele sem especificar números.
Numa tragédia semelhante, durante o terremoto de 19 de setembro de 2017, uma igreja no estado de Puebla (centro), onde estava o epicentro, desabou quando se celebrava um batismo.
Onze pessoas da mesma família, incluindo o bebê que seria batizado, morreram. Esse terremoto de magnitude 7,1 deixou 369 mortos, a maioria deles na Cidade do México.
Pequeno comentário, en passant, no mesmo dia fatídico, uma prisão com 600 encarcerados de alta periculosidade também vieram a óbito. Uma boate, reconhecida pelo ambiente de devassidão em Puebla, se incendiou e todas as vitimas vieram a falecer... isto prova que Deus existe e estaria julgando os criminosos??????
Pequeno comentário, en passant, no mesmo dia fatídico, uma prisão com 600 encarcerados de alta periculosidade também vieram a óbito. Uma boate, reconhecida pelo ambiente de devassidão em Puebla, se incendiou e todas as vitimas vieram a falecer... isto prova que Deus existe e estaria julgando os criminosos??????
O que prova o fato de, na mesma cidade, uma igreja ter desabado e matado os fiéis? Que Deus existe e é muito mau? Ou que terremotos matam, indiferentemente, pessoas boas e más?
P.S. "ambiente de devassidão"?!!! Que coisa mais puritana ...
Deus punindo criminosos?
Onde esta a punicao aqueles que aparecem no topico dos escandalos religiosos desse mesmo forum? De pedofilos, violadores & cia?
Oh, me esqueci. Vao quitar numa outra vida, é óbvio.
Eis o que diz o "Livro Bom" sobre o "Deus de infinito amor". Deveriam ler estes trechos nas igrejas.
1) Misógino:
Êxodo 21:7 E se um homem vender sua filha para ser serva, ela não sairá como saem os servos.
2 Samuel 12:11,12 Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol.
Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.
Gênesis 3:16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
Deuteronômio 22:28,29 Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,
Então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinquenta siclos de prata; e porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.
2) Abortista e assassino de bebês:
Dá para chamar a Bíblia de "pró-vida"? Com tantos exemplos de crianças e mulheres grávidas assassinadas e afogadas?
Oséias 13:16 Samaria virá a ser deserta, porque se rebelou contra o seu Deus; cairão à espada, seus filhos serão despedaçados, e as suas grávidas serão fendidas pelo meio.
Oséias 9:16 Efraim foi ferido, secou-se a sua raiz; não darão fruto; sim, ainda que gerem, matarei os frutos desejáveis do seu ventre.
Gênesis 6:6,7 Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.
E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
1 Samuel 15:3 Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.
Isaías 13:16 E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas.
3) Incentiva o canibalismo:
Várias vezes, o deus da Bíblia faz suas criaturas devorarem umas às outras.
Levítico 26:28,29 Também eu para convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados.
Porque comereis a carne de vossos filhos, e comereis a carne de vossas filhas.
Deuteronômio 28:53 E comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o Senhor teu Deus, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão.
Ezequiel 5:10 Portanto os pais comerão a seus filhos no meio de ti, e os filhos comerão a seus pais; e executarei em ti juízos, e tudo o que restar de ti, espalharei a todos os ventos.
Jeremias 19:9 E lhes farei comer a carne de seus filhos e a carne de suas filhas, e comerá cada um a carne do seu amigo, no cerco e no aperto em que os apertarão os seus inimigos, e os que buscam a vida deles.
4) Genocida:
Deuteronômio 2:33,34 E o Senhor nosso Deus no-lo entregou, e o ferimos a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo.
E naquele tempo tomamos todas as suas cidades, e cada uma destruímos com os seus homens, mulheres e crianças; não deixamos a ninguém.
Números 31:17,18 Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele.
Porém, todas as meninas que não conheceram algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vós.
Nota: é o próprio Deus que manda matar todo mundo e estuprar as virgens. Será que eles foram enfiando o dedo para testar e matando na hora?
5) Injusto:
Oséias 2:4-5 E não me compadeça de seus filhos, porque são filhos de prostituições.
Porque sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.
1 Samuel 15:3 Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.
Êxodo 4:21 E disse o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo.
Êxodo 7:3 Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó, e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas.
Êxodo 7:13 Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha falado.
Nota: por 18 vezes, Êxodo diz que Deus endureceu seu coração para que ele agisse daquele jeito. Por quê?
6) Incentiva assassinato dos filhos:
Deuteronômio 21:18-21 Quando alguém tiver um filho obstinado e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos,
Então seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar;
E dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e obstinado, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão.
Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, e todo o Israel ouvirá e temerá.
Deuteronômio 22:20,21 Porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça,
Então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti.
Deuteronômio 13:6-9 Quando te incitar teu irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu seio, ou teu amigo, que te é como a tua alma, dizendo-te em segredo: Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais;
Dentre os deuses dos povos que estão em redor de vós, perto ou longe de ti, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade;
Não consentirás com ele, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás piedade dele, nem o esconderás;
Mas certamente o matarás; a tua mão será a primeira contra ele, para o matar; e depois a mão de todo o povo.
Deuteronômio 28:53 E comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o Senhor teu Deus, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão.
7) Aprova a escravidão:
Êxodo 21:4 Se seu senhor lhe houver dado uma mulher e ela lhe houver dado filhos ou filhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá sozinho.
Levítico 25:44-46 E quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas.
Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas famílias que estiverem convosco, que tiverem gerado na vossa terra; e vos serão por possessão.
E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir; mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com rigor, uns sobre os outros.
8) Incentiva o racismo e a limpeza étnica:
Deuteronômio 7:1,2 Quando o Senhor teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas;
Neemias 13:3 Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel todo o elemento misto.
Êxodo 34:11,12 Guarda o que eu te ordeno hoje; eis que eu lançarei fora diante de ti os amorreus, e os cananeus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus.
Guarda-te de fazeres aliança com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti.
Números 33:51-53 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã,
Lançareis fora todos os moradores da terra de diante de vós, e destruireis todas as suas pinturas; também destruireis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos;
E tomareis a terra em possessão, e nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta terra, para possuí-la.
1 Samuel 15:3 Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.
9) Ciumento e furioso:
Como é possível que um deus infinitamente sábio e poderoso tenha ciúmes ou fique com raiva? Nota: as Bíblias em português preferem a palavra "zeloso", mas um de seus significados é "ciumento", o que confere com o espanhol "celoso", o inglês "jealous" ou francês "jaloux".
Deuteronômio 6:15 Porque o Senhor teu Deus é um Deus ciumento no meio de ti, para que a ira do Senhor teu Deus se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra.
Salmos 78:58 Pois o provocaram à ira com os seus altos, e moveram o seu zelo com as suas imagens de escultura.
Êxodo 34:14 Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Ciumento; é um Deus ciumento.
Deuteronômio 4:24 Porque o Senhor teu Deus é um fogo que consome, um Deus ciumento.
10) Não tem piedade:
Jeremias 13:14 E lhes farei em pedaços atirando uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz o Senhor; não perdoarei, nem pouparei, nem terei deles compaixão, para que não os destrua.
Deuteronômio 7:1,2 Quando o Senhor teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas;
Lamentações 2:2 Devorou o Senhor todas as moradas de Jacó, e não se apiedou; derrubou no seu furor as fortalezas da filha de Judá, e abateu-as até à terra; profanou o reino e os seus príncipes.
1 Samuel 15:3 Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.
Ezequiel 9:4-10
E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
E aos outros disse ele, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais.
Matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.
E disse-lhes: Contaminai a casa e enchei os átrios de mortos; saí. E saíram, e feriram na cidade.
Sucedeu, pois, que, havendo-os ferido, e ficando eu sozinho, caí sobre a minha face, e clamei, e disse: Ah! Senhor Deus! Dar-se-á caso que destruas todo o restante de Israel, derramando a tua indignação sobre Jerusalém?
Então me disse: A maldade da casa de Israel e de Judá é grandíssima, e a terra se encheu de sangue e a cidade se encheu de perversidade; porque dizem: O Senhor abandonou a terra, e o Senhor não vê.
Pois, também, quanto a mim, não poupará o meu olho, nem me compadecerei; sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho.
Desejo do fundo do meu coração que o "senhor" va a merda.
Mesmo que "ele" exista, mesmo que "ele" possa me castigar, mesmo que "ele" me ame, como costumam alegar, mesmo que nao esteja nem ai.
Pois a liberdade de mandar a merda nem mesmo uma divindade onipotente, onisciente e onipresente pode tirar de mim.
Pascal fez uma aposta.
Essa é a minha aposta, neanderthal que sou.
Se nao existir, estarei blasfemando contra um fantasma... sem maiores consequencias aqui.
Se existir, posso blasfemar quanto eu quiser e nao ha nada que ele possa fazer para impedir a blasfemia de acontecer.
Pode me ferrar, mas isso ele nao e capaz de me tirar.
É como em um dos paradoxo dos Megaricos: é impossivel que aquilo que ja aconteceu não tenha acontecido. Se ocorreu de uma forma é impossível que houvesse ocorrido de outra.