Estados Unidos da América - Eleições 2024

Área destinada à discussão sobre Laicismo e Política e a imparcialidade do tratamento do Estado às pessoas.
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Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Para melhor compartimentar os assuntos, foi necessária a criação desse novo tópico, específico para as eleições de 2024.

Gabarito
________________


Postagem inicial de Tutu:
👇👇👇



O sistema eleitoral americano é um desastre.
Tem somente dois partidos. Apesar de serem partidos gigantes, entre milhões de candidatos possíveis, escolheram as piores opções.
Os republicanos poderiam ter escolhido alguém que não estivesse com a imagem maculada enquanto os democratas poderiam ter escolhido um candidato que não estivesse caquético, com riscos de morrer durante o mandato e uma vice maluca.

Re: Estados Unidos da América

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Qui, 04 Julho 2024 - 15:20 pm
O sistema eleitoral americano é um desastre.
Tem somente dois partidos. Apesar de serem partidos gigantes, entre milhões de candidatos possíveis, escolheram as piores opções.
Os republicanos poderiam ter escolhido alguém que não estivesse com a imagem maculada enquanto os democratas poderiam ter escolhido um candidato que não estivesse caquético, com riscos de morrer durante o mandato e uma vice maluca.
Não tem só dois partidos. Tem partido libertário, comunista, independentes, etc. Pode ser problema de falta de propostas interessantes desses partidos, comodismo da população em ficar nessa dicotomia republicano x democrata, etc.

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_p ... ted_States

https://en.wikipedia.org/wiki/Communist_Party_USA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_C ... dos_Unidos

Re: Estados Unidos da América

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Já noticiaram cedo a desistência do Biden.
Essa mania de partidos políticos escolherem (ou mesmo por falta de escolhas boas disponíveis) caras velhos (alguns beirando a senilidade mental) pra ser candidatos e do público dos EUA não dar chance pra outros partidos e até pra mulheres, pode ser um problema que aumenta chance do homem-alaranjado voltar.


Eu desconheço a carreira política dessa Kamala e não sei se vai ganhar alguma popularidade, ainda mais com os EUA nunca tendo tido uma presidenta. Talvez Hillary Clinton tivesse mais jeito pra ser presidenta? Mas sei quase nada da Hillary como política. E ela até teria apoiado a invasão no iraque (o que foi um desastre).

Re: Estados Unidos da América

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 22 Julho 2024 - 22:30 pm
Eu desconheço a carreira política dessa Kamala e não sei se vai ganhar alguma popularidade, ainda mais com os EUA nunca tendo tido uma presidenta. Talvez Hillary Clinton tivesse mais jeito pra ser presidenta? Mas sei quase nada da Hillary como política. E ela até teria apoiado a invasão no iraque (o que foi um desastre).
Ela disse que foi promotora de justiça por muitos anos e tem experiência com bandidos como Trump.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Essas eleições são uma palhaçada.

A popularidade de Trump é baixa e inclusive muitos eleitores republicanos votaram contra ele nas últimas eleições. Mas republicanos insistiram em colocá-lo como candidato.

Os democratas não são nada sensatos. Se realmente vissem Trump como uma "ameaça à democracia" e à América, colocariam um candidato forte e não Kamala, que é mulher e negra (ou "mulher negra" na linguagem deles). Biden tinha sido a excelente escolha na eleição anterior, por ser moderado. Mas agora, com muita gente revoltada com lacração, colocar uma extremista, seguindo a ideologia woke, é arriscar perder voto dos independentes e republicanos anti-Trump. Só vencerão se os Estragos Unidos tiverem se tornado mais woke nos últimos anos.

Fernando Silva escreveu:
Ter, 23 Julho 2024 - 08:50 am
Ela disse que foi promotora de justiça por muitos anos e tem experiência com bandidos como Trump.
Ela na verdade trabalhava visitando presídios para promover ativismo de "direitos dos manos".

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Se isso ocorrer, seria um caso de plutocrata público-privado, já que Musk é, se não um plutocrata, pelo menos um influenciador político, que já atua na área privada e ia atuar na pública também.

Musk em um eventual governo Trump? - #shorts


youtu.be/6RyYDXQOK04

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Mensagem por Agnoscetico »

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
Pior que tem quem vote nessa desgraça de Trump! EUA com essa polarização de só duas opções não sei como vai ter jeito! Kamala, a princípio, acaba sendo a menos ruim.

Imigrantes que "comem cães e gatos" e um "plano para a classe média". O debate Trump vs. Kamala
Economia, imigração e aborto foram os temas em destaque no primeiro debate entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, rumo às eleições presidenciais de 5 de novembro, nos Estados Unidos.

No frente a frente televisivo na estação ABC News, a partir do National Constitution Center, em Filadélfia, também se falou do papel da América no mundo, das guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, da relação com os aliados dos EUA e um pouco de China.

youtu.be/po_LK4p9pHE

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Mensagem por Agnoscetico »

A implacável erosão dos processos penais contra Donald Trump

https://www.msn.com/pt-br/noticias/mund ... r-AA1qzXr6



Rodrigo Moura
1d
Os mesmos que "gritavam contra a impunidade", são os que hoje defendem políticos enrolados com a justiça.
As redes sociais facilitaram mto a vida dos políticos. Propagam mentiras e se vitimizam.
Hoje em dia é mto mais fácil manipular.


Pedro Luis
19h
Quando vc ver um político bonzinho, desconfie e fuja dele.


ROBERT OLIVEIRA
1d
Depois, criminosos são os outros... A justiça lá, mostrando ao mundo que a seletividade é uma prática. Eles têm o candidato a presidente que merecem...


Robson Legere
13h
Fight Fight!!! Estão tentando implantar narrativas para tirar o homem mais forte na política americana atual.

Ramon Marcondes
12h
Ser condenado em um processo é "narrativa"? Agora se fosse o Biden ou a Kamala sendo condenados, sua opinião seria o completo oposto...


,,,,,, Não é pior! Só é pateta suficiente ora invador o Capitólio!


Adriano Moraes
14h
A esquerda americana quer copiar o modus operanti do xandão, mas lá é bem mais difícil. A direita americana não é pateta igual aqui, que fica criando manifestação na paulista pra transmitir live na rede social.


Inês Camargo
1d
Parabéns Trump, a esquerda tenta, mas não aguenta. É só ver o anseio dos americanos assolados por imigrações ilegais, a questão das armas deixadas para o Talibã e outros enormes deslizes da dupla atual para saber porque MAGA é a palavra da vez em comícios lotados contra retóricas vazias em palanques sem público!!!

ROBERT OLIVEIRA
1d
A turminha que "é a favor da liberdade" mostrando que é só a liberdade que os convém; Um sujeito com a ficha mais suja que vaso de rodoviária querendo acusar os outros daquilo que ele mesmo é. hipocrisia.!


Inês Camargo
1d
@ROBERT OLIVEIRA
O talibã agradece!!!

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Achei por aí:

"Quando um idoso diz que há uma invasão de comedores de cachorros, você chama o neurologista.
Você não lhe entrega os códigos de lançamento dos mísseis nucleares"

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Fernando Silva escreveu:
Seg, 16 Setembro 2024 - 09:07 am
Achei por aí:

"Quando um idoso diz que há uma invasão de comedores de cachorros, você chama o neurologista.
Você não lhe entrega os códigos de lançamento dos mísseis nucleares"
Isso é etarismo inverso. Está discriminando os idosos. Mas quem é woke escolhe quem pode ser discriminado ou não.

E:
"Quando um jovem diz que há um sistema perseguindo negros e mulheres, você chama o neurologista especializado em paranoia."
"Quando um jovem diz que é legal matar por motivos sexuais, você chama o neurologista especializado em psicopatia."
"Você não lhe entrega os códigos de lançamento dos mísseis nucleares"

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Mensagem por Agnoscetico »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 16 Setembro 2024 - 09:07 am
Achei por aí:

"Quando um idoso diz que há uma invasão de comedores de cachorros, você chama o neurologista.
Você não lhe entrega os códigos de lançamento dos mísseis nucleares"
Neurologista não, psiquiatra. E internar com camisa de força e aplicar sossega-leão.
Tutu escreveu:
Seg, 16 Setembro 2024 - 11:08 am
Fernando Silva escreveu:
Seg, 16 Setembro 2024 - 09:07 am
Achei por aí:

"Quando um idoso diz que há uma invasão de comedores de cachorros, você chama o neurologista.
Você não lhe entrega os códigos de lançamento dos mísseis nucleares"
Isso é etarismo inverso. Está discriminando os idosos. Mas quem é woke escolhe quem pode ser discriminado ou não.

E:
"Quando um jovem diz que há um sistema perseguindo negros e mulheres, você chama o neurologista especializado em paranoia."
"Quando um jovem diz que é legal matar por motivos sexuais, você chama o neurologista especializado em psicopatia."
"Você não lhe entrega os códigos de lançamento dos mísseis nucleares"
Os opositores de Biden fizeram piadas parecidas. Há quem diga que Biden tava senil, ouvindo vozes, etc. Trump anda tendo paranóias. Trump ta se autozuando, então não daria pra levar ele a sério, exceto se ele tiver no poder fazendo besteira.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Mensagem por Agnoscetico »

Noticiaram que o Putinho anda querendo inteferir nas eleições dos EUA de novo:

Campanhas de difamação fazem parte das tentativas híbridas de Moscovo para interferir nas eleições dos EUA

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/ ... ferir-nas-



youtu.be/0Pbe4Kh0cNQ

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Mensagem por Agnoscetico »

Eu postei isso em outro tópico e pode ter relevância nesse aqui, também sobre o que poderá ser Steve Bannon pra tumultuar a vida política nos EUA.

Steve Bannon, antigo conselheiro de Trump, foi libertado da prisão

29/10/2024 - 21:31

Steve Bannon deverá retomar esta terça-feira a programação do seu podcast, "War Room", para continuar, como tinha prometido, a apoiar o candidato republicano.

https://rr.sapo.pt/noticia/mundo/2024/1 ... sao/399463


Steve Bannon deixa prisão nos EUA após cumprir pena

Deutsche Welle
29/10/2024 - 21:31

https://istoe.com.br/steve-bannon-deixa ... mprir-pena

"Steve"Guru" da extrema direita e antigo conselheiro de Donald Trump é libertado uma semana antes das eleições nos Estados Unidos, depois de passar quase quatro meses preso. Steve Bannon, uma das mais proeminente figuras da ultradireita no mundo e antigo conselheiro do ex-presidente americano Donald Trump, foi libertado da prisão na manhã desta terça-feira (29/10), depois de passar quase quatro meses atrás das grades.

"Não estou quebrado, estou fortalecido", disse ele em entrevista ao sair da cadeia em Danbury, no estado de Connecticut. Sua libertação, depois de cumprir pena, ocorre a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos, que podem reconduzir Trump à Casa Branca.

Bannon foi condenado por descumprir uma intimação para colaborar com as investigações no Congresso sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por apoiadores de Trump. Quando entrou na prisão, em 1º de julho, ele disse, em tom desafiador, que estava "orgulhoso" de cumprir pena, "se isso for necessário para enfrentar Joe Biden".

Ele foi um conselheiro central na campanha presidencial que deu

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Biden chama apoiadores do Trump de lixo.


youtu.be/chfmmsgSths

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Donald Trump sobre Biden ter chamado seus apoiadores de lixo.


youtu.be/RJJXm0R9iLM

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Resultado da eleição nos EUA: Trump vence Kamala Harris, volta à Casa Branca e promete ‘era dourada’

Com a vitória, republicano volta à Casa Branca após 4 anos com vitória esmagadora sobre a democrata Kamala Harris, com vitória em 4 dos 7 Estados-pêndulo e mais de 71 milhões de votos

Por Luiz Raatz
06/11/2024 | 07h31
Atualização: 06/11/2024 | 09h20

ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON — Donald Trump será o 47.º presidente dos Estados Unidos. O republicano volta a Casa Branca depois de ter conquistado ao menos 277 delegados no colégio eleitoral e uma ampla vitória no voto popular para derrotar a democrata Kamala Harris nas eleições de terça-feira, 5.

A projeção dos principais veículos americanos indica que o republicano vai voltar à Casa Branca após obter uma vantagem que não pode ser revertida no Estado de Wisconsin. Trump também já garantiu outros três Estados-pêndulo: Geórgia, Carolina do Norte e Pensilvânia, e lidera em Nevada, Arizona e Michigan.

Antes mesmo de obter os 270 delegados necessários, a vitória de Trump estava desenhada. Ao ganhar a Carolina do Norte, a Geórgia e a Pensilvânia, além dos Estados que usualmente votam nos republicanos, como Texas e Flórida, Trump aproveitou para discursar por aproximadamente 20 minutos em Palm Beach, na Flórida, na madrugada desta quarta-feira, 6.

Em seu discurso, Trump adotou um tom menos agressivo do que o da campanha, mais conciliador. “Vamos curar nosso país, que precisa muito de ajuda. Vamos consertar nossas fronteiras e muitas coisas que precisam ser consertadas”, afirmou Trump. “Está será verdadeiramente a era dourada para a América”, acrescentou o republicano.

Os principais aliados de Trump e sua família se juntaram ao republicano no palco em Palm Beach. A ex-primeira-dama Melania Trump ficou perto do marido e foi acompanhada por Barron, o filho mais novo do ex-presidente. Os filhos mais velhos de Trump, Don Jr., Eric, Ivanka e Tiffany, também se juntaram ao pai no palco.

Trump não mencionou a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, em seu discurso, mas sinalizou que quer união entre todos os americanos. “É hora de deixar para trás as divisões dos últimos quatro anos”, disse Trump. “É hora de nos unirmos.”

Durante o comício, Trump também disse que irá tornar os Estados Unidos um país seguro e próspero, sem a sua retórica agressiva que acompanhou seus comícios durante a campanha. “Alcançamos o acontecimento político mais incrível, a vitória política mais incrível, algo que o nosso país nunca viu antes”, afirmou Trump. O republicano apontou que os resultados eleitorais lhe dão um “grande sentimento de amor” e afirma que a nação lhe deu “um mandato poderoso”.


Desafios de Trump

O republicano, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em julho, vai governar um país dividido e com severos desafios internos relacionados à imigração, transição energética, acesso ao sistema de saúde e dependência química. Na política externa, Trump terá de lidar com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio e com a competição econômica e influência cada vez maior da China.

Desta vez, Trump se torna o homem mais velho a ocupar o cargo de presidente, aos 78 anos e 140 dias. Ele supera o antecessor e algoz nas eleições de 2020, Joe Biden. Também é o primeiro desde Groover Cleeveland, em 1893, a voltar à Casa Branca após perder a reeleição e ser eleito depois de uma condenação criminal em primeira instância.

A volta de Trump é uma resposta do eleitor americano a quatro anos de um governo democrata marcado pela alta da inflação, que elevou o custo de vida dos americanos e reaproximou os eleitores do Partido Republicano. Também é um sinal claro de que os eleitores americanos estão mais preocupados com a questão da imigração, tida como fora de controle, do que com outros temas. As acusações criminais contra o ex-presidente, que responde a processos de conspiração contra os EUA, retenção de informações de defesa nacional e suborno, não foram suficientes para minar sua popularidade.

Com uma vitória também no voto popular, com mais de 71 milhões de eleitores, a volta de Trump é um sinal claro de que o eleitor americano apoia a ideia de deportação em massa de imigrantes ilegais, fim da globalização e um basta ao identitarismo que tomou conta da esquerda e dos progressistas americanos.

A campanha do republicano foi marcada por uma retórica mais agressiva contra imigrantes e a memória de bonança econômica de seu primeiro mandato. Trump retomou o movimento Make America Great Again (“Faça a América Grande de Novo”, traduzido em português), que se popularizou na eleição de 2016. Ele promete deportar 11 milhões de imigrantes ilegais e adotar protecionismo econômico contra rivais americanos, em especial a China. “Eles (os imigrantes) estão envenenando o sangue de nosso país”, afirmou em diversos comícios.

O republicano também falou abertamente sobre usar o Departamento de Justiça para perseguir rivais, tanto do Partido Republicano quanto do Partido Democrata. Entre eles, estariam a deputada Liz Cheney, Joe Biden e a rival, Kamala Harris. Trump também fez alusão à censura contra a imprensa americana e espalhou durante a campanha mentiras contra imigrantes, como a afirmação de que estariam comendo animais domésticos na cidade de Springfield, em Ohio – o que desencadeou ameaças e aumento da violência na região. Ele também prometeu perdão e liberdade aos responsáveis pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.


Sobrevivente

Em julho, Trump sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício em Butler, na Pensilvânia, em um dos episódios mais marcantes da campanha. Um atirador identificado como Thomas Matthew Cook atirou contra ele de um prédio próximo ao comício e o atingiu de raspão na orelha. Trump saiu do comício com o punho erguido e o rosto ensanguentado. “Lutem! Lutem!”, gritou para a multidão. Dois meses depois, em setembro, a polícia da Flórida impediu um segundo atentado próximo a um campo de golfe.

O atentado na Pensilvânia aconteceu quando o rival do republicano na eleição ainda era o presidente Biden. Trump aparecia à frente na maioria das pesquisas nacionais e nos Estados decisivos. Na semana seguinte, o democrata desistiu da candidatura e Kamala Harris assumiu a chapa. As pesquisas mostraram resultados mais equilibrados.

Mas o grande trunfo do republicano para ganhar a eleição foi focar na perda do poder de compra dos salários, na questão migratória e na situação econômica sob o seu governo, sobretudo antes da pandemia. A inflação esteve baixa durante o período, em contraste com a alta durante o governo Biden.
Trump voltará à Casa Branca após vencer a democrata Kamala Harris Foto: Jamie Kelter Davis/NYT


Primeiro governo

No seu primeiro mandato, Trump revogou medidas do governo Obama, muitas referentes ao meio-ambiente, e retirou os EUA de acordos internacionais importantes, como os Acordos de Paris e o Acordo Nuclear do Irã. Dizia que eram injustos para os americanos. Além disso, proibiu a entrada de pessoas de países muçulmanos, incentivou o medo de imigrantes e criticou líderes de nações historicamente aliadas, como Angela Merkel da Alemanha e Emmanuel Macron da França. Em contrapartida, estreitou laços com autocratas, como Vladimir Putin da Rússia e Kim Jong-un, da Coreia do Norte.

Trump também foi leniente com casos de crimes de ódio. Em 2017, disse que havia “pessoas muito boas dos dois lados” após uma manifestação neonazista em Charlottesville, na Virgínia. Dados pelo FBI mostram houve um aumento de 28% nesse tipo de crime durante o seu mandato. Quando perguntado se iria condenar o grupo neonazista Proud Boys, disse apenas para os críticos recuarem e aguardarem – em inglês, ‘stand back and stand by’.

O presidente também ganhou destaque por nomear muitos juízes no nível federal dos Estados Unidos, incluindo três juízes para a Suprema Corte (Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett). As três nomeações tiveram críticas: Gorsuch assumiu uma vaga segurada pelos republicanos desde antes das eleições, o que impediu Obama de nomear Merry Garland; Kavanaugh foi acusado de abuso sexual, mas foi aprovado na sabatina do Senado; e Amy Barrett teve a nomeação adianta para antes das eleições de 2020.

Em 2022, a presença dos três juízes na Suprema Corte possibilitou a revogação da decisão Roe vs Wade, que protegia o direito ao aborto nos EUA.

Trump também foi o presidente à frente dos EUA durante a pandemia de covid-19. Contrário à ciência, foi contra máscaras, testes, lockdown e a favor do uso da cloroquina. Ele também chegou a sugerir injeção de desinfetante nos infectados.

Com as críticas pela atuação na crise e um cenário drástico nos EUA, que liderava no número de casos e mortes, muitos que votaram em Trump em 2016 mudaram o voto para Joe Biden em 2020. A apuração durou uma semana e consagrou o democrata vencedor.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Bill Ackman
@BillAckman

(Tradução Google)

Metade do país acreditou que @X está cheio de desinformação e informações falsas, e que eles só poderiam, portanto, confiar no The NY Times, MSNBC, CNN e outras grandes mídias para suas notícias. E eles confiaram.

No entanto, se você esteve ativo no @X durante o último ano, você soube da verdade dias, semanas e muitas vezes meses antes dos fatos aparecerem na grande mídia.

A MSM extraiu, cortou e cortou para difamar @realDonaldTrump enquanto afirmava que @JoeBiden estava em forma como um violino. Então, quando as pesquisas de Biden entraram em colapso, @KamalaHarris foi ungida candidata e sua hagiografia foi escrita com aclamação brilhante da imprensa. Mas isso não pôde se sustentar, pois ela se esquivou da mídia e se agarrou ao teleprompter.

Jornalistas cidadãos com suas câmeras de celular na mão capturaram a verdadeira Kamala, forçando-a a defender seu histórico e seus planos em mais aparições na mídia. Não foi bem e o público exigiu saber mais, então @KamalaHarris teve que arriscar mais mídia sem roteiro.

O ciclo da desgraça estava em andamento com talvez 60 Minutes como um dos exemplos mais dramáticos, mesmo depois que a CBS tentou salvá-la, mais flagrantemente ao extrair uma resposta para substituir uma resposta de salada de palavras por outra. Mas os jornalistas cidadãos no @X rapidamente pegaram e denunciaram essa fraude e exigiram uma transcrição.

À medida que muitos que apoiavam Kamala começaram a perceber que haviam sido enganados, eles se abriram para Trump como uma alternativa, mas não quiseram depender da mídia para entendê-lo porque não queriam ser enganados novamente.

Eles queriam ouvir o candidato em suas próprias palavras e foi aí que os podcasts longos @lexfridman e @joeroganhq vieram para o resgate. Quando Kamala recebeu as mesmas oportunidades de se explicar, ela as rejeitou. E o público votante só conseguiu tirar uma inferência negativa.

Quando a história desta eleição for escrita, espero que seja tanto sobre como metade da América acordou para a realidade de que foi manipulada pela mídia. Isso deve levar a um abandono por muitos dos MSM como sua principal fonte de informação. Isso levará mais pessoas a @X, a podcasts e outras fontes empíricas, e levará a um público mais informado.

O outro resultado que espero que aconteça é a implosão do Partido Democrata. O Partido mentiu para o povo americano sobre a saúde cognitiva e a aptidão do presidente. Ele impediu, ameaçou, litigou e de outra forma eliminou a capacidade de outros candidatos para as primárias de competir, entrar nas cédulas e até mesmo participar de um debate. O Partido e a administração usaram a guerra jurídica em uma tentativa de prender, levar à falência ou de outra forma matar Trump como candidato. Esses atos são coletivamente ameaças graves à nossa democracia. Com a maior ironia para esconder esses atos, o Partido acusou o candidato da oposição de ser a grave ameaça à democracia.

O Partido Democrata provou ser fundamentalmente antidemocrático. Ele precisa de uma reinicialização completa. A liderança deve ser expulsa e os responsáveis ​​devem se desculpar com o povo americano.

O honesto Abe disse melhor:

Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo, e todas as pessoas parte do tempo, mas não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.
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Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Farzad
@farzyness

(Tradução Google)

Para todos os democratas que estão assistindo a isso e não conseguem entender como o público está votando em uma pessoa tão má:

Acredite em um ex-democrata: a mídia fez propaganda de você.

Eles mentiram para você.

Eles não querem te contar a verdade.

Eles só querem fazer de você um apoiador fervoroso dos democratas, não importa quão terrível o candidato seja, para que possam controlá-lo.

Eles querem sua atenção. É isso. Eles não querem fazer você mais inteligente ou mais informado.

Eles querem controlar você.

Hoje é uma chance de se libertarem de suas correntes.

Comece reconhecendo que não é sua culpa. O controle deles é muito forte. Eles fazem isso há décadas. É um sistema corrupto.

Não deixe que outras pessoas pensem por você.

Não terceirize sua inteligência.

Não deixe que outros controlem sua mente.

É seu.

Não tenha medo de confiar em seu instinto. Não tenha medo de questionar tudo. Não tenha medo de falar.

Somos todos americanos. Nós nos amamos. Estamos construindo este país juntos.

Mas não podemos fazer isso de forma eficaz se deixarmos que outros pensem em nosso nome.

Não apoie um partido só porque outros lhe disseram para fazer isso.

Não odeie uma pessoa só porque outros lhe disseram para fazer isso.

Só você pode decidir, por seu próprio mérito.

Ninguém mais.
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Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Esses articulistas trumpistas são umas graças. Mídia trumpista (alguns de seus elementos fazem parte da grande mídia americana, diga-se de passagem) reclamando de parcialidade, mentira e propagandismo da mídia amiga do Partido Democrata é tão risível e hipócrita quando frequentador de bordel reclamar de promiscuidade de outras pessoas. Ou Putin reclamar do ditatorialismo de outros presidentes.

Por falar em Putin, não é somente a Fox News que está em festa, mas o Kremlin inteiro. O maior idiota útil de Putin do Ocidente foi eleito presidente americano mais uma vez.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Outra coisa risível é ver brasileiro comemorando a chegada de Trump à presidência. O Putinald Trump anunciou que vai fechar a economia americana às importações, o que é péssimo para o Brasil, um exportador de commodities. Brasileiro comemorando a chegada de Trump é análogo ao pescoço comemorando a chegada da forca.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Agnoscetico
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Gabarito escreveu:
Qua, 30 Outubro 2024 - 20:33 pm
Biden chama apoiadores do Trump de lixo.


youtu.be/chfmmsgSths
Sobre o vídeo eu não assisti, não dá pra se confiar muito num canal que já no título mostra viés "Tradutores de direita" (ou de esquerda, etc), que costuma editar e distorcer informações, declarações, etc (ainda mais numa época em que dá pra se usar deep fake, imitação de voz com IA). Se Trump falasse contra o eleitorado dos democratas, pouco provável que canais como esse fossem divulgar ou iam divulgar que Trump foi distorcido.


Sobre a eleição de Trump, não sei se já teve algum tópico criado recentemente, ou, se não, quando seria melhor criar um tópico pra deixar pronto pra "Governo Trump 2: A missão" quando ele assumir a gestão, ou só criar quando ele assumir e postar no tópico da gestão anterior dele.

Governo Trump

viewtopic.php?t=173

Ainda sobre Trump, não se deve subestimar a capacidade de pessoas serem imbecis (incluindo norte-americanos, que muita gente vira-lata consideram como superiores, principalmente os da alt-right) pra apoiar alguém que:

- Disse que imigrantes comem gatos

Isso talvez tenha indignado pais e mães de pets felinos, e atraído voto desses a favor de Trump, mesmo parecendo que a maioria desses pais de pets sejam esquerdistas / wokes (contém ironia)

- Visto como símbolo de nativismo

Sendo que nem sequer é nativo-americano (erradamente chamado de "índios"), muitos menos seria descendente de imigrantes que colonizaram a Nova Inglaterra e as terras invadidas na expansão pro oeste norte-americano, mas de um pai filho de imigrantes alemães e mão escocesa. Mas que gosta de questionar a nacionalidade estadunidense de Obama e Kamala.

Agora outras considerações:

- Trump teria dito que tem intenção de acabar com OTAN. Essa eu tenho muitas dúvidas, mas queria ver se seria só promessa de campanha.

- Também teria mostrado intenção de não iria apoiar Ucrânia contra Rùssia ou algo do tipo, pra não desagradar seu 'amigo' ou aliado

Não sou contra Ucrânia ter autonomia, mas sou contra Ucrânia aderir a OTAN, por ter receio (com fundamento e muita probabilidade) de que OTAN ta servindo mais pra um expansionismo geopolítico dos EUA do que pra defender 'liberdade' em nome da bondade dos EUA.


Gabarito escreveu:
Qua, 06 Novembro 2024 - 11:56 am
Bill Ackman
@BillAckman

(Tradução Google)

Metade do país acreditou que @X está cheio de desinformação e informações falsas, e que eles só poderiam, portanto, confiar no The NY Times, MSNBC, CNN e outras grandes mídias para suas notícias. E eles confiaram.

No entanto, se você esteve ativo no @X durante o último ano, você soube da verdade dias, semanas e muitas vezes meses antes dos fatos aparecerem na grande mídia.

A MSM extraiu, cortou e cortou para difamar @realDonaldTrump enquanto afirmava que @JoeBiden estava em forma como um violino. Então, quando as pesquisas de Biden entraram em colapso, @KamalaHarris foi ungida candidata e sua hagiografia foi escrita com aclamação brilhante da imprensa. Mas isso não pôde se sustentar, pois ela se esquivou da mídia e se agarrou ao teleprompter.

Jornalistas cidadãos com suas câmeras de celular na mão capturaram a verdadeira Kamala, forçando-a a defender seu histórico e seus planos em mais aparições na mídia. Não foi bem e o público exigiu saber mais, então @KamalaHarris teve que arriscar mais mídia sem roteiro.

O ciclo da desgraça estava em andamento com talvez 60 Minutes como um dos exemplos mais dramáticos, mesmo depois que a CBS tentou salvá-la, mais flagrantemente ao extrair uma resposta para substituir uma resposta de salada de palavras por outra. Mas os jornalistas cidadãos no @X rapidamente pegaram e denunciaram essa fraude e exigiram uma transcrição.

À medida que muitos que apoiavam Kamala começaram a perceber que haviam sido enganados, eles se abriram para Trump como uma alternativa, mas não quiseram depender da mídia para entendê-lo porque não queriam ser enganados novamente.

Eles queriam ouvir o candidato em suas próprias palavras e foi aí que os podcasts longos @lexfridman e @joeroganhq vieram para o resgate. Quando Kamala recebeu as mesmas oportunidades de se explicar, ela as rejeitou. E o público votante só conseguiu tirar uma inferência negativa.

Quando a história desta eleição for escrita, espero que seja tanto sobre como metade da América acordou para a realidade de que foi manipulada pela mídia. Isso deve levar a um abandono por muitos dos MSM como sua principal fonte de informação. Isso levará mais pessoas a @X, a podcasts e outras fontes empíricas, e levará a um público mais informado.

O outro resultado que espero que aconteça é a implosão do Partido Democrata. O Partido mentiu para o povo americano sobre a saúde cognitiva e a aptidão do presidente. Ele impediu, ameaçou, litigou e de outra forma eliminou a capacidade de outros candidatos para as primárias de competir, entrar nas cédulas e até mesmo participar de um debate. O Partido e a administração usaram a guerra jurídica em uma tentativa de prender, levar à falência ou de outra forma matar Trump como candidato. Esses atos são coletivamente ameaças graves à nossa democracia. Com a maior ironia para esconder esses atos, o Partido acusou o candidato da oposição de ser a grave ameaça à democracia.

O Partido Democrata provou ser fundamentalmente antidemocrático. Ele precisa de uma reinicialização completa. A liderança deve ser expulsa e os responsáveis ​​devem se desculpar com o povo americano.

O honesto Abe disse melhor:

Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo, e todas as pessoas parte do tempo, mas não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.
Imagem
Mas o X tem muita desinformação. Agora ficar repostando isso aqui várias vezes não vai fazer mentira virar verdade, mesmo que TODO MUNDO acreditasse ou aderisse as mentiras por implicância (ao estilo de Marçal publicando laudos forjados) .

Então isso aqui é bullshit. Até porque não é necesssário enganar todos, só suficiente quantidade pessoas pra fazer estrago:
Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo, e todas as pessoas parte do tempo, mas não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.
Huxley escreveu:
Qua, 06 Novembro 2024 - 14:57 pm
Outra coisa risível é ver brasileiro comemorando a chegada de Trump à presidência. O Putinald Trump anunciou que vai fechar a economia americana às importações, o que é péssimo para o Brasil, um exportador de commodities. Brasileiro comemorando a chegada de Trump é análogo ao pescoço comemorando a chegada da forca.

Conservadorismo / reacionarismo e nacionalismo / patriotismo não combinam com livre-mercado, pois:

- Conservadorismo e reacionarismo focam muito nos costumes, e muitas vezes o mercado traz mudanças contra costumes

- Nacionalismo / patriotismo na política é praticado na forma de protecionismos, subsídios (como os agrícolas), etc.

Muita gente nem deve lembrar ou chegou a saber, pois parece ter passado batido, que Trump teria alegado que Bolsonaro / governo brasileiro de ter desvalorizado real pra exportar mais e ter menos importação dos EUA, etc. Mas tem bolsonarista que é bajulador de Trump também.

Por ironia, inimigo dos EUA somos nós

03/12/2019

https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstre ... ticia.html


Desvalorização da moeda se deve a fatores externos, diz Bolsonaro

02/12/2019

https://agenciabrasil.ebc.com.br/politi ... -bolsonaro


Por desvalorização do real, Trump anuncia aumento de impostos sobre aço brasileiro

02/12/2019

https://www.brasildefato.com.br/2019/12 ... brasileiro

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Trump perdeu em 2020 por burrice. A culpa é da política em relação à Covid, o mesmo ocorreu com Bozo🤡, que perdeu por pouco para um condenado que foi desmascarado. Os democratas indicaram Biden de maneira sábia, por ser moderado. Em 2024, cometeram a burrice de indicar uma extremista, cujo único atributo é o wokismo, para concorrer com alguém que consideram o próprio capeta.

O americano via Trump com todos os problemas. O próprio eleitor republicano não gostou da invasão do capitólio e dos crimes de responsabilidade, como roubo de documentos, e do antivax. Muitos nem são contra o meio ambiente. Por isso, em 2020, muitos eleitores republicanos votaram em Biden. Mas agora que colocam adversária da "diversidade", do vitimismo, pró-aborto e pró-imigração, além de aliado de.

Ocorreu inflação, mas não podemos culpar Biden porque teve pandemia.

Por que eles querem imigrantes? Esses esquerdistas tem nada de socialista ou igualitaristas. Eles querem imigrantes para fazer trabalho precário e informal, com mão de obra-barata. Isso tem relação com o desemprego da geração nem-nem, que apoia democratas e se autodenominam "socialistas democráticos". Os que querem trabalhar acabam desempregados por causa da concorrência dos imigrantes. Os que não querem trabalhar continuam no conforto da casa dos pais enquanto os imigrantes trabalhadores giram a roda da economia para eles, mantendo os pais deles ricos para dar uma vida de marajá a eles.
Huxley escreveu:
Qua, 06 Novembro 2024 - 14:23 pm
O maior idiota útil de Putin do Ocidente foi eleito presidente americano mais uma vez.
A maior preocupação do povo americano é os problemas internos. Por que um residente americano faria o sacrifício de eleger uma lunática para ferrar com o próprio país só para combater um plutocrata do outro lado do mundo?

O que ocorre fora dos EUA tem baixo impacto para eles. A única ameaça econômica dos EUA é a China e os republicanos tem mais sinofobia do que os democratas. É bizarro criticar o protecionismo de Trump, mas não fazer o mesmo com o da China.

Se Trump é amiguinho de Putin, Kamala é amiguinha da União Europeia.
Agnoscetico escreveu:
Qua, 06 Novembro 2024 - 15:29 pm
Mas o X tem muita desinformação.
Sim, mas parcialidade é uma forma de desinformação. A partir do momento em que a mídia tradicional se torna parcial, ela deixa de ser digna de confiança e não é melhor do que redes sociais.

Zuckerberg, Disney e a maior parte da imprensa, mídia e redes sociais estão do lado dos Democratas. Elon Musk e Fox News estão do lados dos Republicanos. Existe um desequilíbrio de apoio. Então esse equilíbrio é alcançado com os grupos pequenos em redes sociais.

Condenam grupos de Twitter, Zap, Telegram e Discord, mas não condenam indústria de entretenimento por fazer propaganda ideológica.

O pior de tudo é o jornalismo ser usado como propaganda política. Eles deveriam ser pessoas com tempo para fazer investigação e pesquisa, e recursos para viajar e conseguir informações sobre acontecimentos distantes. Apoio política viola a ética do jornalismo.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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Mensagem por Huxley »

A maior preocupação do povo americano é os problemas internos. Por que um residente americano faria o sacrifício de eleger uma lunática para ferrar com o próprio país só para combater um plutocrata do outro lado do mundo?
Putin é um problema INTERCONTINENTAL, não um problema regional. Estados Unidos e Europa Ocidental são como unha e carne em termos de integração econômica e militar. O que é muito ruim para um será muito ruim para o outro. Chechênia, Geórgia, Crimeia (2014), Donbass (2022). Putin já mostrou que gosta da ideia de que “onde passa boi, passa boiada”.

Diferentemente do que você presumiu, o plano do debiloide de topete não é ficar de fora da resolução da Guerra da Ucrânia. O que ele quer é piorar o conflito. O plano dele revelado por seu vice* é forçar um acordo de cessar-fogo da Ucrânia para que ela (1) ceda grande parte dos territórios conquistados pela Rússia; (2) prometa não entrar em qualquer aliança militar ocidental… e em troca a Rússia “aceitaria” ficar com menos território ucraniano do que controla agora (Trump declarou a disposição em oferecer linha de crédito para despesa militar para a Ucrânia, provavelmente para pressionar a Rússia a aceitar esse acordo; Marcelo Rios do HnMM disse que o valor desse empréstimo poderia chegar a meio trilhão de dólares). O que poderia dar errado nesse plano de “jênio”, não é mesmo? “Um cessar-fogo de cinco ou seis anos, o suficiente para Putin reconstruir suas forças e voltar a atacar a Ucrânia com força total”*. O imbecil conseguiria um plano de paz assim?

*“Zona desmilitarizada e Ucrânia barrada na OTAN” O plano de paz de Trump segundo seu vice-presidente:


youtu.be/1PpmGssXDXw
Editado pela última vez por Huxley em Qui, 07 Novembro 2024 - 03:06 am, em um total de 3 vezes.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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“TRUMP GANHOU - Você mais POBRE e F0DIDO”:


youtu.be/gX0p9YlLyv8

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 06 Novembro 2024 - 15:29 pm

Sobre o vídeo eu não assisti, não dá pra se confiar muito num canal que já no título mostra viés "Tradutores de direita" (ou de esquerda, etc), que costuma editar e distorcer informações, declarações, etc (ainda mais numa época em que dá pra se usar deep fake, imitação de voz com IA). Se Trump falasse contra o eleitorado dos democratas, pouco provável que canais como esse fossem divulgar ou iam divulgar que Trump foi distorcido.
De novo, o poço envenenado, ataque à fonte.
Falácia... falácia... quando faltam argumentos...

Pois:
Biden sugere que eleitores de Trump são 'lixo' ao rebater fala sobre porto-riquenhos; fala pega mal, e presidente se explica
Horas após o comentário, o presidente dos EUA afirmou que estava se referindo ao ódio presente na retórica de alguns apoiadores do republicano. Trump utilizou a fala de Biden a seu favor para criticar a campanha de Kamala Harris.

Por g1

30/10/2024 07h21 Atualizado 30/10/2024

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez críticas aos apoiadores de Donald Trump nesta terça-feira (29) e sugeriu que eles seriam "lixo" durante tentativa de rebater uma polêmica fala sobre Porto Rico ocorrida em comício marcado por insultos. No entanto, o comentário de Biden pegou mal e ele se retratou horas depois.

Durante discurso ao grupo Voto Latino, Biden disse que os porto-riquenhos são "pessoas boas, decentes e honradas", e fez o ataque aos trumpistas.
“O único lixo que vejo flutuando por aí são os apoiadores dele (Trump). A demonização dos latinos por ele é inconcebível e antinorte-americana. É totalmente contrária a tudo o que fizemos, tudo o que somos”, afirmou Biden.
O presidente dos EUA se referia a uma fala do humorista Tony Hinchcliffe, que afirmou que Porto Rico é uma "ilha flutuante de lixo no meio do oceano" no domingo (27), durante comício de Trump no Madison Square Garden, em Nova York. Os comentários causaram polêmica em todo o país e podem ter influência na eleição dos EUA.

Horas após o comentário, Biden se explicou e disse que chamou de "lixo" a retórica de ódio entoada pelos apoiadores de Trump, e não as pessoas. "Mais cedo, eu me referi à retórica de ódio sobre Porto Rico proferida pelo apoiador de Trump em seu comício no Madison Square Garden como 'lixo' — essa é a única palavra que consigo pensar para descrevê-la. Sua demonização dos latinos é inconcebível. Isso é tudo o que eu queria dizer. Os comentários feitos naquele comício não refletem quem somos como nação", afirmou o presidente em publicação no X.

Candidato republicano à Casa Branca, Trump utilizou a seu favor o comentário de Biden, para afirmar que a campanha republicana traz "soluções positivas" aos EUA, diferentemente da dos democratas, e que ele lidera uma coalizão com minorias --que ele criticou durante o ciclo eleitoral.
"Agora, além de tudo, Joe Biden chama nossos apoiadores de 'lixo'. Você não pode liderar os Estados Unidos se não ama o povo americano. Kamala Harris e Joe Biden demonstraram que ambos são inaptos para serem presidentes dos EUA", disse o republicano nas redes sociais.
[...]

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Foi uma eleição democrática. Talvez a última. A democracia se suicidou.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Qua, 06 Novembro 2024 - 20:27 pm
Diferentemente do que você presumiu, o plano do debiloide de topete não é ficar de fora da resolução da Guerra da Ucrânia. O que ele quer é piorar o conflito. O plano dele revelado por seu vice* é forçar um acordo de cessar-fogo da Ucrânia para que ela (1) ceda grande parte dos territórios conquistados pela Rússia; (2) prometa não entrar em qualquer aliança militar ocidental… e em troca a Rússia “aceitaria” ficar com menos território ucraniano do que controla agora (Trump declarou a disposição em oferecer linha de crédito para despesa militar para a Ucrânia, provavelmente para pressionar a Rússia a aceitar esse acordo; Marcelo Rios do HnMM disse que o valor desse empréstimo poderia chegar a meio trilhão de dólares). O que poderia dar errado nesse plano de “jênio”, não é mesmo? “Um cessar-fogo de cinco ou seis anos, o suficiente para Putin reconstruir suas forças e voltar a atacar a Ucrânia com força total”*. O imbecil conseguiria um plano de paz assim?
O que Trump, os republicanos e os EUA ganhariam com o apoio a Putin?
Partidos grandes de países ricos dificilmente são vendidos para potências estrangeiras, como ocorre em países pobres.
Fernando Silva escreveu:
Qui, 07 Novembro 2024 - 09:14 am
Foi uma eleição democrática. Talvez a última. A democracia se suicidou.
De onde você tirou que pode ser o fim da democracia? Quem diz isso são esquerdistas fanáticos e ultimamente estão fazendo com mais frequência do que a esquerda. Quem são menos democráticos são justamente os democratas por considerar somente grupos específicos da população.

Para a democracia suicidar, os republicanos precisam de mais de 60% do congresso (não sei exatamente o percentual, mas é alto) para emendar a constituição e remover a suprema corte toda. Mas eles não estão em maioria tão grande. E mesmo que estivessem, os republicanos tem que desejar a reforma. Outra opção seria aplicar um golpe de Estado, mas Trump não tem apoio militar para isso, e muitos estados são contra, podendo levar a guerra civil.

Se o povo invadir o capitólio, só será uma manifestação de no máximo 3 dias. Podem ser expulsos por forças armadas facilmente. Qualquer decisão que fizerem lá dentro não será obedecida. Mesmo que criem um reduto lá, o congresso simplesmente usará outro prédio.

Uma transformação desse tamanho é muito difícil de fazer, mesmo que deseje. Então, essa ameaça não passa de delírio da esquerda.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Dólar a R$ 6,18? Google mostra cotação errada e confunde usuários
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/m ... -usuarios/

Mostra errado de propósito para tentar passar desinformação, nem que seja por um dia. Não consigo imaginar nenhum bug que cause isso e bem na hora do anúncio da Vitória de Trump.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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Mensagem por Huxley »

O que Trump, os republicanos e os EUA ganhariam com o apoio a Putin?
Partidos grandes de países ricos dificilmente são vendidos para potências estrangeiras, como ocorre em países pobres.


A pergunta acima está errada. Não se pergunta: “O que Trump, os republicanos e os EUA ganhariam com o apoio a Putin?”, mas sim “O que Trump e republicanos trumpistas ACREDITAM que ganham com o apoio a Putin?” Eles acreditam que ganham um pacto mutuamente benéfico com Putin. Mas idiotas úteis não percebem que são idiotas úteis. Um vigarista como Putin não tem palavra e tem paciência o suficiente para achar o melhor momento para descumprir acordos, como o que Trump está planejando para o conflito da Rússia-Ucrânia.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

fenrir
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Mensagem por fenrir »

Esperem pelo pior.
Ou talvez as coisas estejam tão abjetas que devemos nos contentar que idiotas uteis com meio cerebro ocupem o espaço que outros com as mesmas inclinacoes nefastas, porem mais massa cinzenta poderiam ocupar...
Mas esses outros devem estar acompanhando os acontecimentos e as tendencias com bastante interesse, tipo o Putin.
Ou talvez isso nao faça diferença, porque se pode governar nas sombras tão bem e eficientemente quanto sobre os holofotes, e os idiotas uteis nao se prestariam nem como "escudo" ocupando o espaço de um outro pior, sendo na verdade marionetes, peões no jogo do poder.
Tal é o nível que chegamos.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Rodrigo da Silva

Os democratas não entedem o que é ser latino. E esse é um grande problema para eles. Explico aqui embaixo: Não tenho o hábito de comentar sobre minha vida pessoal neste espaço, mas hoje vou abrir uma exceção. Eu não moro no Brasil. Por conta disso, há algum tempo, adicionei à minha identidade uma nova condição – a de um imigrante. Mais do que isso: a de um imigrante latino-americano.

Até então, eu acreditava nunca ter renegado minha latinidade. Fui criado num lar onde Márquez, Llosa, Borges e Cortázar disputavam a tapa o espaço na estante. Cresci ouvindo Buena Vista Social Club, Omara Portuondo, Tito Puente e Juan Luis Guerra. Mas enquanto brasileiro, sempre estive preso num paradoxo: ter nascido no maior país da América Latina e não ser reconhecido como um latino-americano.

Não sou o único a conviver com essa incoerência. A nossa relação com os nossos vizinhos é, no máximo, cordial. O Brasil é o único lugar da América em que a língua oficial é o português. Mas ao mesmo tempo em que estamos cercados de falantes de espanhol, não convivemos com eles. Um sujeito que nasce em Fortaleza, a maior cidade do Nordeste brasileiro, está a mais de 3 mil quilômetros de distância de um sujeito que vive em La Paz, Caracas, Quito, Lima ou Assunção. Na verdade, se você vive em Fortaleza, está mais próximo de Praia, a capital de Cabo Verde, na África, do que da capital de qualquer país da América Hispânica.

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Para nós, brasileiros, os nossos vizinhos são vizinhos distantes. E como estamos num continente distante, vivemos também distantes do resto do mundo, presos no nosso próprio universo.

Sim: os brasileiros vivem bem mais longe do mundo do que pensam. Embora muita coisa aconteça na América Latina, grande parte do que se passa no nosso continente está muito longe de qualquer outro lugar além dele próprio – sobretudo quando nós consideramos onde estão as principais potências do mundo.

Não é uma coincidência que a minúscula Lisboa, com os seus 100 km² de território, capital dos nossos inventores, receba mais turistas por ano que o Brasil, o quinto maior país da Terra.

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Apesar das distâncias, nós compartilhamos muitas coisas em comum com os nossos vizinhos. Quem percebeu isso pela primeira vez, de forma mais abrangente, foi o economista liberal francês Michel Chevalier. Foi ele quem cunhou a expressão “latino-americano” na década de 1830. Chevalier tentou provar, através do livro Lettres sur l'Amérique du Nord, que havia uma raça latina na América, com uma identidade cultural separada da raça anglo-saxã (a primeira, romana; a segunda, teutônica).

O século 19 foi um período muito rico para essa discussão. Em 1850 e 1860, o pan-latinismo chegou a fazer barulho como um movimento intelectual relevante. Ele defendia que os povos latinos compartilhavam uma herança cultural, linguística e religiosa comum, marcada principalmente pelo catolicismo e as tradições greco-romanas. Os intelectuais pan-latinos enxergavam essas características como a base para uma civilização distinta na América, mais espiritual e artística em comparação à visão de mundo mais industrial e pragmática das nações anglo-saxônicas.

Esse é o pontapé da tentativa de criação de uma irmandade latina, um movimento de resistência às intervenções dos vizinhos abastados do norte e a construção de uma identidade política distinta, protegida da influência anglo-americana.

Não dá para dizer que a experiência foi bem sucedida. Ironicamente, o pan-latinismo causou mais impacto de dentro para fora do que de fora para dentro. O movimento até deixou um legado cultural de promoção dos laços entre intelectuais europeus e latino-americanos, e ajudou a consolidar um sentimento de herança compartilhada, capaz de influenciar a literatura, a música e a política no continente. Mas pouco fez para criar uma identidade coesa latina-americana.

Ainda hoje, não é fácil definir um latino-americano. Tecnicamente, quem nasce na Colômbia ou no México é tão latino-americano quanto quem vem do Haiti ou de Quebec, no Canadá. Embora exista algum grau de solidariedade cultural entre esses povos, isso nunca se traduziu em um movimento político unificado, ou em um sentimento homogêneo de uma identidade coletiva.

Isso acontece porque, apesar da herança cultural, a América Latina é extremamente diversa. Essa não é uma região pequena do mundo. Há 33 países no espaço conhecido como América Latina: 12 deles na América do Sul; 8 na América Central; o restante no Caribe. No total, 665 milhões de pessoas vivem nesse lugar.

Cada país latino-americano possui a sua própria história de formação, os seus conflitos internos e as suas relações muito peculiares com o mundo externo. Cada nação tem a sua própria mistura de culturas e tradições, entrelaçadas por séculos de colonização espanhola, francesa e portuguesa. Muitas delas comungam de rivalidades históricas – é o caso de argentinos e uruguaios, chilenos e peruanos, colombianos e venezuelanos, mexicanos e guatemaltecos, salvadorenhos e hondurenhos.

Em países como o México, a Argentina ou o Brasil, a formação da identidade nacional envolveu interações extremamente complexas entre diferentes populações indígenas, europeias (não apenas ibéricas) e africanas, algo que a narrativa pan-latina nunca conseguiu aglutinar de maneira coerente.

O espanhol é provavelmente o grande ponto de conexão desses lugares. A cada três latino americanos, dois falam o idioma. A América Latina é a região no mundo com o maior número de países onde um único idioma é a língua predominante. Mas apesar dessa facilidade na comunicação, não dá para dizer que essa é uma região integrada. Em primeiro lugar porque este é um continente com barreiras geográficas significativas, como a Cordilheira dos Andes (a cadeia montanhosa mais longa do mundo), a Floresta Amazônica (a maior floresta tropical do mundo), o Deserto do Atacama (o deserto mais seco do mundo), o Pantanal (a maior planície alagada do mundo) e o Salar de Uyuni (o maior deserto de sal do mundo).

Nós temos orgulho de todos esses monumentos da natureza, mas esses são entraves naturais que historicamente dificultaram a integração cultural e o comércio entre os países da nossa região.

As coisas ficam ainda mais complexas quando nós tentamos capturar o que significa ser um latino nos Estados Unidos. No norte do continente, latino ou hispânico surgiram como instrumentos para agrupar comunidades imigrantes, uma resposta às dinâmicas sociais e políticas muito particulares dos Estados Unidos. Latino, na terra do Uncle Sam, é mais demografia do que cultura compartilhada – um instrumento de autoidentificação coletiva em busca de um espaço de representação política e direitos civis. Nesse momento, há pouco mais de 65 milhões de latino-americanos vivendo nos Estados Unidos. São 40 milhões de falantes de espanhol no país – o que significa dizer que só quatro países abrigam mais hispânicos no mundo: o México, a Colômbia, a Argentina e a Espanha. E esse número não para de crescer. Segundo o Instituto Cervantes, em 2060, os Estados Unidos serão o segundo país de língua espanhola do mundo, só atrás do México. Em quatro décadas, 27,5% da população dos Estados Unidos será de origem hispânica.

Nenhuma outra comunidade estrangeira tem um impacto tão grande na cultura, na língua, na economia e na política dos Estados Unidos. Se esse grupo formasse um país, seria a oitava maior economia do mundo e o maior mercado latino do planeta, mais rentável que o do Brasil e mais de duas vezes do tamanho do México. Na verdade, o PIB da população latina nos Estados Unidos é tão importante que cresce mais rápido que as economias da China e da Índia.

Desse grupo, a maior comunidade é a mexicana, que tem uma história de migração persistente desde o século 19. Os mexicano-americanos representam 11% da população dos Estados Unidos e 60% de todos os hispânicos e latino-americanos que vivem no país. São 37 milhões de pessoas nesse grupo.

Não surpreende que a maior concentração de latinos nos Estados Unidos esteja nos estados que fazem fronteira com o México.

Imagem

Os outros 40% de hispânicos e latino-americanos que vivem nos Estados Unidos estão divididos em uma série de países de origem – sendo os 5 primeiros, depois do México, nessa ordem: Porto Rico (9,56%), Cuba (3,89%), El Salvador (3,87%), República Dominicana (3,67%) e Brasil (3,08%). Ainda há 2,84% de espanhóis ou espanhóis-americanos vivendo nos Estados Unidos (um grupo maior que a comunidade com origem na Colômbia, Venezuela, Argentina ou Costa Rica).

Essas pessoas não apenas alcançam os Estados Unidos de maneiras totalmente distintas, elas também sustentam histórias de vida muito particulares, e nem sempre se enxergam como parte de um bloco homogêneo.

Por exemplo: a migração mexicana está associada ao trabalho agrícola nos estados que fazem fronteira com o México; enquanto os imigrantes cubanos têm, quase sempre, status de refugiados e uma presença política bastante influente na Flórida. Muitos brasileiros que imigram para os Estados Unidos pertencem às classes mais abastadas, enquanto os porto-riquenhos, apesar da cidadania americana, enfrentam imensos desafios de identidade.

Não é fácil aglutinar os interesses dessas pessoas num único projeto político porque essas pessoas – mesmo com toda herança cultural, linguística e religiosa da Península Ibérica – são muito diferentes.

Em primeiro lugar, a maior parcela dessa população é formada por cidadãos americanos – e é apenas esse grupo quem tem o direito legal de votar numa eleição presidencial. 80% dos latinos que vivem nos Estados Unidos não têm status imigrante – são cidadãos americanos que, em muitos casos, nasceram nos Estados Unidos, filhos de gerações imigrantes já estabelecidas. Ainda há de 10 a 15% de latinos que vivem no país em situação irregular – até 11 milhões de pessoas. O restante é formado por imigrantes legais.

Para muitos membros dessa comunidade não há sequer uma comunidade compartilhada – a identidade “latina” é um rótulo externo, burocrático; uma conveniência demográfica.

A maior parte desses latinos se identifica, antes de tudo, como americanos. São pessoas que têm o inglês como língua materna, nascidas e criadas nos Estados Unidos, que nunca viveram em outro país (mais de 27 milhões deles se identificam com mais de uma raça). Essas pessoas não sentem a necessidade de acrescentar um asterisco latino às suas cidadanias. Para elas, a latinidade é apenas uma ideia distante; uma herança imaterial dos seus pais e avós (como um ítalo-brasileiro ou um sansei). Mesmo quando essa ancestralidade ocupa um papel de destaque nas suas formações, ela está ligada às suas nações de origem, e não à América Latina.

É verdade que 2/3 dos imigrantes ilegais que alcançam os Estados Unidos são membros da família de outro imigrante ilegal que já mora no país. Eles alcançam os Estados Unidos através de um processo chamado migração em cadeia. Cada imigrante que consegue o objetivo de morar nos Estados Unidos, patrocina, em média, 3,45 membros da própria família para tentar a sorte ilegal, um fluxo de imigração quase interminável.

Mas muitos dos latinos que vivem nos Estados Unidos – sobretudo os cidadãos, que votam nas eleições presidenciais – não pertencem a essa cadeia. Mais do que isso: boa parte deles compartilha da preocupação com a imigração ilegal, que colabora para arranhar a imagem latina nos Estados Unidos e diminuir os seus status sociais.

Esse é o grande erro dos democratas: menosprezar o fato de que esses eleitores podem escolher o voto republicano de maneira consciente.

Há diferentes motivos por que um latino escolheria votar no Partido Republicano. Em primeiro lugar, muitos latinos têm raízes católicas e evangélicas, o que se traduz em valores sociais conservadores. Eles estão culturalmente muito mais afastados, por exemplo, da bandeira do direito ao aborto – tão importante para os democratas nesse último ciclo eleitoral – do que outros grupos.

A questão econômica também é relevante. De acordo com uma pesquisa do MIT, um imigrante tem chances 80% maiores de abrir uma empresa do que uma pessoa nascida nos Estados Unidos. 55% das startups bilionárias dos Estados Unidos – aquelas empresas que nós chamamos de “unicórnios” – foram fundadas por imigrantes (319 de 582). Esse número sobe para quase 2/3 (64%) quando consideramos também as empresas fundadas por filhos de imigrantes.

Muitos dos imigrantes latinos são pequenos e médios empresários, importantes para a economia local. E em busca do american dream, eles podem preferir políticas econômicas de menor regulamentação e maior incentivo ao empreendedorismo, propostas comuns entre os republicanos.

E ainda há a segurança. Em comunidades onde o crime é uma preocupação crescente, políticas que prometem maior policiamento e leis mais rigorosas podem atrair maior atenção dos eleitores latinos. Em muitos casos, essa pode ser a causa mais importante de um eleitor latino na hora de escolher o seu candidato. E é o Partido Republicano – não o Partido Democrata – quem está associado à bandeira da law and order.

Por fim, latinos que vieram de países com sistemas políticos instáveis, com governos grandes e centralizados – como Cuba, Nicarágua ou Venezuela – também podem ter uma desconfiança natural em relação a políticas públicas que ampliam a intervenção governamental. E esta rejeição também cai sobre os ombros democratas.

Foi Ronald Reagan quem disse:“todos os latinos são republicanos, eles só não sabem disso ainda”. Essas razões ajudam a compreender os incentivos que levam um latino a votar pelo Partido Republicano.

O maior erro que um partido político americano pode fazer em nome desse eleitorado – que alguns progressistas chamam estupidamente de latinx, aumentando a sua rejeição – é tratá-lo como uma ideia abstrata. No fim do dia, os eleitores latinos compartilham das mesmas preocupações que outros grupos sociais nos Estados Unidos – muitos deles assimilados à cultura americana – e consideram risível a ideia de que estão em dívida com o Partido Democrata, tutelados por um grupo político.

E esse é um grande problema para os democratas. Os latinos aparecem consistentemente nas primeiras posições quando se trata da taxa de fertilidade entre os grupos demográficos dos Estados Unidos. Os Estados Unidos viram um aumento de 24,5 milhões de pessoas na sua população entre 2010 a 2022: os hispânicos foram responsáveis por 53% desse aumento. A previsão é que, até 2060, 111 milhões de americanos tenham origem latina.

Quanto maior for a busca do Partido Democrata em discutir política pela ótica da identidade, e menor for o seu interesse em debater política pela ótica do serviço público, mais distantes estarão os democratas em entender por que esses eleitores escolhem o voto republicano.

Talvez seja a hora de ouvir o que esses eleitores têm a dizer, ao invés de tentar falar em nome deles.

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7:49 PM • 7 de nov de 2024

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Alguém comentou que a pauta feminista da Kamala lhe trouxe votos das mulheres, mas lhe tirou muito mais votos dos homens.
Homens que teriam votado nela se não fosse por isso.

Nota: vi ontem na TV5, francesa, uma brasileira que mora em Miami dizer que votou no Trump e que é contra a imigração ilegal.

Já está se falando em proibir imigrantes, mesmo legais, que sejam deficientes, não falem inglês etc.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 08 Novembro 2024 - 10:24 am
Alguém comentou que a pauta feminista da Kamala lhe trouxe votos das mulheres, mas lhe tirou muito mais votos dos homens.
Homens que teriam votado nela se não fosse por isso.
Homens mais velhos de esquerda, que não prestam atenção em redes sociais e nem em Hollywood, não perceberam o feminismo avançando na sociedade. Enquanto a Janela de Overton se movia para a esquerda, eles não mudaram a forma de pensar. Eles até tinham fidelidade partidária. Depois do avanço das violações de direitos dos homens e das campanhas centradas nas mulheres e não em problemas sérios, esses caras não se sentiram mais representados.

Homem feministo é o inseto que vota no inseticida.
Nota: vi ontem na TV5, francesa, uma brasileira que mora em Miami dizer que votou no Trump e que é contra a imigração ilegal.
O brasileiro é hipócrita.
Chuta a escada.
Quero ver a cara dela quando ela for deportada.
Gabarito escreveu:
Sex, 08 Novembro 2024 - 09:39 am
Até então, eu acreditava nunca ter renegado minha latinidade. Fui criado num lar onde Márquez, Llosa, Borges e Cortázar disputavam a tapa o espaço na estante. Cresci ouvindo Buena Vista Social Club, Omara Portuondo, Tito Puente e Juan Luis Guerra. Mas enquanto brasileiro, sempre estive preso num paradoxo: ter nascido no maior país da América Latina e não ser reconhecido como um latino-americano.
Esses nomes nem são conhecidos no Brasil.
E o que é chamado de "Latino" nos EUA inclui só hispânicos. Não inclui brasileiro. Brasileiro é só um país distante aleatório, como Hungria, Madagascar ou Tailândia.
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Os latinos estavam no Texas, Califórnia, Arizona e ainda no Novo México antes dos anglófonos. O mesmo ocorreu com a Flórida.

Nesse caso, quem seria o verdadeiro invasor? Seria mais adequado devolver as terras latinas para eles.
Os outros 40% de hispânicos e latino-americanos que vivem nos Estados Unidos estão divididos em uma série de países de origem – sendo os 5 primeiros, depois do México, nessa ordem: Porto Rico (9,56%)
Porto Rico não seria americano? Porto Rico não é considerado Estado e nem tem representação no congresso americano.
nem sempre se enxergam como parte de um bloco homogêneo.
Essa de bloco homogêneo se chama identitarismo, uma ideologia da esquerda woke baseada no conceito de consciência de classe.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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O retorno triunfal de Trump e a humilhação da militância woke

O que vimos nos Estados Unidos não foi só uma vitória de Donald Trump. Foi o maior tombo do woke.

O Antagonista
Madeleine Lacsko
06.11.2024 21:17

Há algo de fascinante, quase tragicômico, na forma como as elites progressistas dos últimos anos se posicionam como sinônimos de democracia, virtude e justiça social. “Nós somos a democracia”, proclamam. Mas qualquer força política que se autointitule dona desse conceito está, na verdade, cavando sua própria cova. Democracia não aceita monopólios, nem mesmo o da virtude.

Os chamados woke, que dominam o debate público nas elites progressistas, não são apenas autoritários, são insuportáveis. A tentativa de encapsular as minorias numa “senzala ideológica” onde todos devem marchar no mesmo ritmo e repetir o mesmo discurso não só é um fracasso estratégico como uma traição à própria ideia de diversidade.

Negros, latinos, mulheres, gays e trans precisam pensar igual. Quem define como pensar? A panelinha de sempre. O clube do “todEs”, liderado por militantes que se comportam como meninas más de colégio rico, armadas com seus gritos de “racista!”, “fascista!”, “homofóbico!”. Quem ousa desviar minimamente do script é cancelado sem piedade.

E foi precisamente essa postura que levou o woke ao chão – humilhado, debochado e ignorado – nas eleições mais recentes dos Estados Unidos. Donald Trump não só sobreviveu ao apocalipse moral que previram, como expandiu seu eleitorado em minorias que, ironicamente, os progressistas juravam representar. O aumento do voto latino para Trump é um tapa na cara de quem achava que podia determinar o que cada grupo deveria pensar.

E as elites não entenderam nada. “Como pode alguém votar no Trump?” Essa pergunta, repetida em tom de indignação por muitos, revela mais sobre a incapacidade cognitiva de quem a formula do que sobre as escolhas do eleitorado.

Eis o ponto: você pode não gostar de Trump, mas precisa ser intelectualmente honesto para entender por que alguém vota nele. Se você não consegue, é porque está tão preso à sua bolha de virtude que prefere acreditar que o mundo é burro ou manipulado. É mais fácil culpar fake news ou a “maldade inerente” das pessoas do que encarar o fato de que, talvez, o problema seja você.

A obsessão identitária que contaminou o progressismo fez com que minorias fossem vistas não como indivíduos com vozes próprias, mas como blocos homogêneos que devem seguir o dogma imposto pelos iluminados do woke. É um projeto autoritário disfarçado de empatia. E o mais irônico? Quem mais odeia os woke são as próprias minorias que eles dizem defender.

O partido democrata deu espaço demais para essa maluquice e agora paga o preço. A Kamala Harris até que tentou, manteve distância do todEs na campanha. Mas a torcida, ah, a torcida é um desastre. Os woke funcionam como aquele fã-clube tóxico que arruína a imagem de qualquer famoso. Eles acham que estão salvando o mundo, mas estão apenas arrancando a soco espontaneidade das pessoas em nome de uma suposta virtude coletiva.

E, quando os resultados vêm, a surpresa é inevitável. Eles não percebem que são odiados. Que suas posturas são vistas como arrogantes, condescendentes e absolutamente insuportáveis. A resposta para o desastre? Trocar o povo. Se o povo não concorda com eles, o problema é o povo. Eles nunca têm culpa. Afinal, possuem o monopólio da virtude. Se estão sendo rejeitados, só pode ser por fake news, manipulação ou pela maldade intrínseca do outro.

E então devemos cancelar o woke? Não defendo que sejam cancelados, eles têm o direito de falar e de viver segundo seu sistema de crenças como qualquer seita. Defendo que sejam reconhecidos pelo que são: uma seita radical de filhinhos de papai que confundem militância com bullying. Eles podem existir, podem gritar seus “todEs” à vontade. Só não podem ser levados a sério. Não mais.

O que vimos nos Estados Unidos não foi só uma vitória de Donald Trump. Foi o maior tombo do woke. Uma humilhação pública. Quem sabe, um marco para uma mudança de ventos. Ninguém aguenta mais ser julgado por meninas más de colégio rico fantasiadas de militantes.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

“Uma onda de populismo autoritário se levanta” no mundo, diz vice-presidente do STF
https://www.infomoney.com.br/politica/u ... te-do-stf/

O STF existe com a finalidade de impedir uma ditadura do executivo ou do legislativo. Não é papel dele legislar nem determinar medidas sem base legal. Portanto ele deve ser imparcial. Sem imparcialidade, ele é cúmplice de um sistema anti-democrático. O grande erro é está na forma como ele é eleito.


(...)

Trump eleito: as razões que explicam o forte desempenho em distintos segmentos nos EUA

youtu.be/KkS2R7wGMFw

A própria BBC reconheceu o que eu já tinha percebido.
Antigamente a esquerda defendia o trabalhador e lutava contra o sistema e elites por mudanças.
Trump foi visto pelos americanos como essa mudança.

A BBC (mídia tradicional) também reconheceu a rejeição da cultura woke.

Se não for protecionismo, como recuperar a indústria fechada por causa da concorrência chinesa? Protecionismo no Brasil é sustentar parasita, mas para criar e recuperar indústria, precisa de uma proteção temporária. A indústria americana no século 19 cresceu assim.

Os democratas erraram em não fazer eleições primárias.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Michael Shellenberger, jornalista de esquerda, faz o raio-x perfeito do que aconteceu nos últimos anos.

People who voted for Kamala Harris are reacting with shock, sadness, and anger at the election results


youtu.be/EcY1qxWa16E


Vídeo original no Twitter


Em todos os Estados Unidos, as pessoas que votaram em Kamala Harris estão reagindo com choque, tristeza e raiva aos resultados das eleições. Elas estão se perguntando por que tantos latinos, da Geração X, homens e mulheres não apenas votaram da maneira que votaram, mas também por que tantos de nós sentimos um enorme alívio com a vitória histórica de Trump.

Mas eles realmente não entendem? Ou eles não querem entender?

Afinal, na última década, muitos de nós que nos afastamos da esquerda temos explicado detalhadamente nossas preocupações:

Não gostávamos de ser chamados de intolerantes por não querermos cortar o financiamento da polícia, abrir as fronteiras ou impor cotas raciais;

Não gostávamos de ser chamados de fóbicos por não querer que os médicos fizessem experiências em crianças com a pseudocientífica “medicina transgênero”;

E não gostamos de ser rotulados como teóricos da conspiração por fazer perguntas sobre as políticas da Covid ou perguntar por que o FBI, a CIA e o Departamento de Segurança Interna estavam envolvidos na censura em massa.

Não estamos sugerindo que essas foram as principais razões pelas quais a maioria dos eleitores ou eleitores indecisos votaram em Trump. As pesquisas indicam que as principais questões foram a economia e a migração.

Mas as eleições são vencidas nas margens, e o que fez a diferença entre 2020 e 2024 foi a deserção de tantos eleitores tradicionalmente democratas para Trump e os republicanos. E muitos dos que desertaram estavam, como nós, alienados pela transformação do Partido Democrata em uma multidão de repreensores e perseguidores Woke.

Trump ganhou terreno sem precedentes no eleitorado, interrompendo o domínio dos democratas sobre eleitores negros, latinos e muçulmanos em áreas-chave. Até mesmo os jovens, e especialmente os homens jovens, se voltaram para a direita. Trump conquistou grandes segmentos da classe trabalhadora, enquanto Harris superou Joe Biden com eleitores de alta renda, mulheres brancas com ensino superior e pessoas brancas em geral.

Esses resultados nada mais são do que um realinhamento político massivo que deve acabar de uma vez por todas com o mito corrosivo de que a coalizão de Trump é movida pela "supremacia branca" ou pelo "fascismo". Por meio do processo democrático, os eleitores rejeitaram veementemente as narrativas preferidas das elites sobre raça, classe e imigração.

E então, se alguém realmente quiser entender por que tantos de nós, mesmo tendo críticas a Trump, sentimos alívio e vingança por sua vitória, precisa considerar que isso tem mais a ver com o repúdio ao totalitarismo do que com Trump como pessoa ou mesmo com suas políticas.

O wokeismo ou qualquer outro nome que você queira dar — progressismo, política de identidade, esquerdismo radical — vem devastando a sociedade há aproximadamente a última década, e aqueles de nós que foram estigmatizados e condenados ao ostracismo por ele sentem que finalmente podem respirar novamente. O que estamos vivenciando é conhecido como catarse, que vem da palavra grega para limpeza ou expurgo. Na tragédia grega, o público vivencia a catarse quando sente uma liberação de emoções negativas e uma sensação de renovação.

Muitos de nós que nos sentimos perseguidos por nossas opiniões, mesmo em maneiras supostamente pequenas, como não nos sentirmos confortáveis ​​expressando nossos verdadeiros sentimentos com amigos e familiares, nos sentimos mais livres agora para falar o que pensamos. Afinal, a maioria está conosco. Nossas opiniões são normais, convencionais e de senso comum.

À medida que os democratas armavam o governo e o sistema de justiça, tentando manter Trump fora das urnas e colocá-lo na prisão, não nos identificamos com Trump, o republicano, empresário ou ex-presidente, mas sim com Trump, o acusado injustamente. No fundo, ele estava sendo perseguido pelas mesmas forças totalitárias que estavam devastando a sociedade por uma década.

Em algum momento entre o Occupy Wall Street em 2011 e o primeiro protesto do Black Lives Matter em 2013, liberais e democratas aparentemente normais começaram a perder a cabeça. Tudo se tornou racista. Tudo se tornou suspeito. E nada era mais suspeito do que não concordar 100% com a agenda oficial do Woke Democrat.

A eleição de Trump colocou o Wokeismo em esteroides. De repente, uma palavra que, no passado, apenas esquerdistas radicais extremos usavam para descrever um presidente republicano — "fascista" — agora estava sendo usada por Pessoas Muito Sérias, como colunistas do New York Times, democratas do establishment e o establishment da política externa, antes sóbrio.

Foi entre 2016 e 2020 que o Wokeismo não apenas completou, mas intensificou seu domínio sobre todas as principais instituições da sociedade, desde a mídia de notícias e entretenimento até escolas e universidades. Essas instituições encorajaram e participaram da condenação em massa e do cancelamento de hereges, o que ficou conhecido como o Grande Despertar e foi uma nova caça às bruxas.

Pessoas comuns e decentes se comportaram cruelmente. Elas acusaram pessoas que conheciam há anos ou décadas de intolerância ou racismo ou de querer genocídio de pessoas trans ou de querer que milhões morressem de Covid. Divergir da ortodoxia progressista de qualquer forma tornou-se o suficiente para que as pessoas não apenas terminassem amizades, mas insistissem que os transgressores fossem condenados ao ostracismo e excomungados. Aqueles que fizeram um grande show de serem corajosamente de mente aberta e tolerantes tornaram-se intolerantes, indiferentes e covardes.

Nos pediram para fingir que as pessoas que carregavam forcados e tochas para caçar bruxas eram bem-intencionadas e se importavam muito mais do que o resto de nós.

Eles não fizeram isso. Por trás do totalitarismo estavam indivíduos que tinham cedido a motivos básicos como hedonismo, inveja, dogmatismo, autojustiça, preconceito, esnobismo, psicopatia e até sadismo.

Há muitas causas subjacentes do Grande Despertar totalitário: a distância crescente entre as elites educadas e os trabalhadores; o aumento do narcisismo, psicopatia e outros traços de personalidade do Cluster B, como direito e grandiosidade; a maneira como a mídia social desumaniza as pessoas e normaliza comportamentos que pareceriam psicopáticos na vida real; a ansiedade induzida pelo efeito aquário da mídia social, onde nossos medos naturais de desaprovação social são ampliados a um grau para o qual não fomos desenvolvidos; a reação contrapopulista do estabelecimento da política externa do estado profundo a um presidente americano populista e à revolta populista ao redor do mundo; a lista continua. Escavar completamente as causas da perturbação da última década requer um tratamento do tamanho de um livro, no qual estamos trabalhando diligentemente.

A boa notícia é que já estamos na ladeira descendente nos afastando do Pico Woke. Se alguém tivesse que encontrar o momento em que as mentiras estavam em seu maior poder, poderia ter sido durante o verão de 2020, quando os especialistas em saúde pública que exigiram que fechássemos as escolas disseram que seria imoral não se juntar aos manifestantes do Black Lives Matter em eventos físicos, não diferentes dos "eventos superpropagadores" que eles tiveram, apenas algumas semanas antes, exigiram que as pessoas fossem presas por comparecer. O pico da censura ocorreu menos de dois anos depois, quando o ex-presidente Barack Obama fez um discurso na Universidade de Stanford, pedindo "regulamentação" governamental das plataformas de mídia social.

A má notícia é que grande parte do Complexo Industrial da Censura continua em vigor, poucos dos abusos de poder dos últimos oito anos foram totalmente investigados e o Wokeísmo continua arraigado em todas as principais instituições sociais. A boa notícia é que entendemos o trabalho que temos pela frente. Precisamos desfinanciar a polícia do pensamento; investigar os abusos de poder do FBI, CIA e DHS; substituir os líderes do IC e reformar as agências; des-Wokeificar e reformar as instituições públicas; e obter alguma responsabilização por todas as consequências terríveis dos últimos dez anos...

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Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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O retorno triunfal de Trump e a humilhação da militância woke

O que vimos nos Estados Unidos não foi só uma vitória de Donald Trump. Foi o maior tombo do woke.

O Antagonista
Madeleine Lacsko
06.11.2024 21:17
Bateu uma dúvida. Seria Madeleine Lacsko uma trumpista enrustida ou apenas mais uma inocente útil colaboracionista do Trumpismo? Digo isso porque a responsabilização por ato antiético político (votar em Donald Trump) não é questão de "Nós contra o Wokismo". Usar o escudo Anti-Woke é uma estratégia muito conveniente e pérfida para blindar os eleitores de Trump de críticas.


Há algo de fascinante, quase tragicômico, na forma como as elites progressistas dos últimos anos se posicionam como sinônimos de democracia, virtude e justiça social. “Nós somos a democracia”, proclamam. Mas qualquer força política que se autointitule dona desse conceito está, na verdade, cavando sua própria cova. Democracia não aceita monopólios, nem mesmo o da virtude.

Os chamados woke, que dominam o debate público nas elites progressistas, não são apenas autoritários, são insuportáveis. A tentativa de encapsular as minorias numa “senzala ideológica” onde todos devem marchar no mesmo ritmo e repetir o mesmo discurso não só é um fracasso estratégico como uma traição à própria ideia de diversidade.

Negros, latinos, mulheres, gays e trans precisam pensar igual. Quem define como pensar? A panelinha de sempre. O clube do “todEs”, liderado por militantes que se comportam como meninas más de colégio rico, armadas com seus gritos de “racista!”, “fascista!”, “homofóbico!”. Quem ousa desviar minimamente do script é cancelado sem piedade.

E foi precisamente essa postura que levou o woke ao chão – humilhado, debochado e ignorado – nas eleições mais recentes dos Estados Unidos. Donald Trump não só sobreviveu ao apocalipse moral que previram, como expandiu seu eleitorado em minorias que, ironicamente, os progressistas juravam representar. O aumento do voto latino para Trump é um tapa na cara de quem achava que podia determinar o que cada grupo deveria pensar.


Os Woke nos EUA não têm a hegemonia cultural e política de um estado totalitário como o da China ou da Rússia. O Partido Democrata atual contaminados pelos Woke também não. O mais irônico dessa história é que o Partido Democrata americano contaminado pelos Woke admitiu a derrota nas eleições presidenciais e parlamentares. Diferentemente do meliante Trump, que até hoje não reconheceu a derrota nas urnas em 2020 e cometeu diversos crimes em meio a esse negacionismo, o Partido Democrata americano se comportou como uma esquerda que aceita concorrer democraticamente com a direita, sair do poder quando perde as eleições e continuar disputando cargos normalmente sem quebrar as regras do jogo. Sendo assim, se é verdade a alegação de Madeleine de que a eleição de Trump e do parlamento trumpista foi o “maior tombo do Woke” e “humilhação da militância Woke”, então não é verdade que exista um projeto autoritário Woke eficaz em estrangular o estado democrático de direito com a ajuda do Partido Democrata. Portanto, a ideia de que, nos EUA, já exista uma “ditadura Woke” não passa de histeria e delírio. Por outro lado, o Trumpismo - e o seu respectivo idiotismo útil pró-Putin - ainda é ameaça ao Ocidente maior do que o Partido Democrata atual contaminado pelos Woke.

E as elites não entenderam nada. “Como pode alguém votar no Trump?” Essa pergunta, repetida em tom de indignação por muitos, revela mais sobre a incapacidade cognitiva de quem a formula do que sobre as escolhas do eleitorado.

Eis o ponto: você pode não gostar de Trump, mas precisa ser intelectualmente honesto para entender por que alguém vota nele. Se você não consegue, é porque está tão preso à sua bolha de virtude que prefere acreditar que o mundo é burro ou manipulado. É mais fácil culpar fake news ou a “maldade inerente” das pessoas do que encarar o fato de que, talvez, o problema seja você.
Perguntar "Como alguém pode votar em Trump?" não necessariamente é um indicador que a pessoa não consegue entender a EXPLICAÇÃO da votação nele. Essa pergunta pode derivar simplesmente do fato de que a pessoa não entende a JUSTIFICATIVA de votar nele. E não, esse espanto não é estar preso a uma "bolha de virtude". O que a mídia colaboracionista do Trumpismo não consegue conpreeender é que o Sr. Donald Trump não é caso de política, mas sim um caso de POLÍCIA. O presidente americano eleito em 2024 é um criminoso condenado por fraude e suborno a ex-atriz pornô. E segundo um promotor americano, dentre os crimes que ele deve ou deveria responder no processo de seu negacionismo do resultado das eleições de 2020 estão conspiração para fraudar os EUA, conspiração para obstruir um processo oficial, obstrução a um processo oficial, conspiração contra direitos: https://www.bbc.com/portuguese/articles/ck7v8j0xd33o

Trump, além de ser um criminoso condenado por fraude e suborno a ex-atriz pornô, é um político que está fora do espectro democrático e já demonstrou que é moralmente capaz de aparelhar as instituições americanas para seguir impune e acumular mais poder político, num círculo vicioso.

Nem a justificativa da situação econômica atual retira o fardo moral da decisão dos eleitores trumpistas. Ainda que pese seus problemas, o governo Biden está fechando o ano de 2024 com taxa de desemprego de 4,1% e taxa de inflação anual de 2,1%. Por outro lado, Trump saiu do poder com a economia americana em recessão e taxa de desemprego elevada. O desempenho econômico americano em 2020 foi ruim mesmo se comparado ao resto dos países que também enfrentaram a pandemia de COVID. Apesar disso tudo, Biden esteve atrás de Trump nas pesquisas eleitorais antes mesmo de ter desistido de concorrer a reeleição e antes que seu estado de senilidade viesse a ser de conhecimento da maioria do público eleitoral americano.

Sendo assim, como não apontar o dedo condenatório aos eleitores trumpistas que sabiam quem seu candidato presidencial era ou para a mídia trumpista mentirosa que convenceu os ignorantes a votarem em Trump?

A obsessão identitária que contaminou o progressismo fez com que minorias fossem vistas não como indivíduos com vozes próprias, mas como blocos homogêneos que devem seguir o dogma imposto pelos iluminados do woke. É um projeto autoritário disfarçado de empatia. E o mais irônico? Quem mais odeia os woke são as próprias minorias que eles dizem defender.

O partido democrata deu espaço demais para essa maluquice e agora paga o preço. A Kamala Harris até que tentou, manteve distância do todEs na campanha. Mas a torcida, ah, a torcida é um desastre. Os woke funcionam como aquele fã-clube tóxico que arruína a imagem de qualquer famoso. Eles acham que estão salvando o mundo, mas estão apenas arrancando a soco espontaneidade das pessoas em nome de uma suposta virtude coletiva.

E, quando os resultados vêm, a surpresa é inevitável. Eles não percebem que são odiados. Que suas posturas são vistas como arrogantes, condescendentes e absolutamente insuportáveis. A resposta para o desastre? Trocar o povo. Se o povo não concorda com eles, o problema é o povo. Eles nunca têm culpa. Afinal, possuem o monopólio da virtude. Se estão sendo rejeitados, só pode ser por fake news, manipulação ou pela maldade intrínseca do outro.

E então devemos cancelar o woke? Não defendo que sejam cancelados, eles têm o direito de falar e de viver segundo seu sistema de crenças como qualquer seita. Defendo que sejam reconhecidos pelo que são: uma seita radical de filhinhos de papai que confundem militância com bullying. Eles podem existir, podem gritar seus “todEs” à vontade. Só não podem ser levados a sério. Não mais.

O que vimos nos Estados Unidos não foi só uma vitória de Donald Trump. Foi o maior tombo do woke. Uma humilhação pública. Quem sabe, um marco para uma mudança de ventos. Ninguém aguenta mais ser julgado por meninas más de colégio rico fantasiadas de militantes.
Para não ser politicamente complacente com o que está no nível do rasteiro não era preciso concordar com os Woke: bastava não votar no meliante Trump. Até votar num candidato presidencial de um partido americano nanico democrático qualquer é mais digno do que isso. O que existe pior do que votar num criminoso condenado por fraude e suborno a ex-atriz pornô, alguém que está fora do espectro político democrático e que não reconhece resultado nas urnas, que defende o fechamento da economia americana às importações, que defende o enfraquecimento da OTAN (para alegria do Eixo das Ditaduras Totalitárias, sobretudo a Rússia) e que defende que a invasão da Ucrânia foi culpa de Biden, e não de Putin? Se ser Woke é ser autoritário, então não reconhecer o resultado das urnas ou ser aliado de Putin é o quê então? O imperialismo de Putin vai transformar o mundo num lugar menos autoritário do que o “Partido Woke Democrata”? Sobre essa última pergunta deixo um trecho de um tópico de Tweet escrito pelo tuiteiro Rodrigo da Silva:


Hoje, na essência, a direita americana é muito mais parecida com a extrema-direita europeia que com o partido de Lincoln e Reagan.

(…)

(…) Moscou e Pequim são os maiores interessados no processo de imbecilização que a extrema-direita promove no Ocidente. Se no passado, os eleitores conservadores debatiam as grandes questões da humanidade, dando um peso importante à influência da geopolítica e da economia na vida cotidiana, hoje preferem combater a “cultura woke” dedicando longos discursos sobre temas exóticos repetidíssimos, como banheiro trans, feminismo e a produção cinematográfica americana, presos a uma guerrinha cultural de hashtags nas redes sociais. Para boa parte dos eleitores desses grupos políticos, a Parada Gay é uma ameaça mais perigosa à sociedade ocidental que o Kremlin.
(…)

Como não é segredo para qualquer pessoa minimamente informada, há um século, Moscou exerce influência sobre diferentes movimentos e partidos políticos à esquerda. Mas essa não é a notícia de última hora.

A grande manchete política da nossa geração é o exército de idiotas úteis que o Kremlin conseguiu formar do outro lado do espectro político.

O estrago que a Rússia fez na direita precisará de décadas para ser reparado.
Fonte: http://clubeceticismo.com.br/viewtopic. ... d7f8b4645a

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Peruano imigrante é contra imigração:
https://www.instagram.com/centraldafama ... EwyT-Igjl/

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Huxley escreveu:
Sex, 08 Novembro 2024 - 23:12 pm
Bateu uma dúvida. Seria Madeleine Lacsko uma trumpista enrustida ou apenas mais uma inocente útil colaboracionista do Trumpismo? Digo isso porque a responsabilização por ato antiético político (votar em Donald Trump) não é questão de "Nós contra o Wokismo". Usar o escudo Anti-Woke é uma estratégia muito conveniente e pérfida para blindar os eleitores de Trump de críticas.
Por que antiético? Por apoiar Putin?

Dissolver aquela porcaria chamada OTAN é um ato ético e merece o nobel da paz.

O wokismo é pior do que o putinismo.

Não se envolver em guerra dos outros é a melhor coisa a fazer. Antigamente eram os republicanos os beligerantes, mas hoje são os democratas.
O Partido Democrata atual contaminados pelos Woke também não.
Se os democratas não são wokes, porque nomearam o que chamam de "mulher negra" para a suprema corte e como candidata à presidência? Certamente foi selecionada por atributos woke e não por capacidade política. Ela defendeu direitos de presidiários. O vice aprovou aborto e leis para os intocáveis quando foi governador de um Estado. Como não dizer que o wokismo não está forte nos democratas?
Sendo assim, se é verdade a alegação de Madeleine de que a eleição de Trump e do parlamento trumpista foi o “maior tombo do Woke” e “humilhação da militância Woke”, então não é verdade que exista um projeto autoritário Woke eficaz em estrangular o estado democrático de direito com a ajuda do Partido Democrata. Portanto, a ideia de que, nos EUA, já exista uma “ditadura Woke” não passa de histeria e delírio.
As sementes da ditadura woke são plantadas aos poucos. Quando os democratas vencem, eles adotam leis woke, mas na vez dos republicanos eles não revogam.
Censurar a liberdade de expressão por causa do politicamente correto é coisa de ditadura.
Criar privilégios e benefícios sociais para grupos "diversidade" é autoritarismo porque rouba imposto de quem discorda.
Tornar os grupos "diversidade" como uma casta intocável é imposição autoritária.
Fazer acusação falsa e presunção de culpa é exemplo de favoritismo imposto.
Propaganda woke frequente na indústria cultural e na mídia é uma forma de controle social.
Por outro lado, o Trumpismo - e o seu respectivo idiotismo útil pró-Putin - ainda é ameaça ao Ocidente maior do que o Partido Democrata atual contaminado pelos Woke.
O wokismo é a maior ameaça ao Ocidente. Tem o objetivo de destruir as relações sociais e as relações familiares, deixando as pessoas desestruturadas. Além disso, as políticas econômicas são terríveis, por sustentar parasitas. Destroem a moral e criam pobreza. Veja a situação do paraíso woke (Califórnia).
não é caso de política, mas sim um caso de POLÍCIA. O presidente americano eleito em 2024 é um criminoso condenado por fraude e suborno a ex-atriz pornô.
Qual é o crime nesse caso? Prostituição? Prostituição é ilegal nos EUA, mas a propaganda LGBT é legal. Então ambos os lados estão com imoralidade, mas a diferença é que o conservador não quer aprovar leis para fomentar práticas controversas enquanto os democratas querem.
E segundo um promotor americano, dentre os crimes que ele deve ou deveria responder no processo de seu negacionismo do resultado das eleições de 2020 estão conspiração para fraudar os EUA, conspiração para obstruir um processo oficial, obstrução a um processo oficial, conspiração contra direitos: https://www.bbc.com/portuguese/articles/ck7v8j0xd33o
Se é democrático e tem liberdade de expressão, tem todo direito de contestar as eleições. Como expliquei aqui, a invasão do capitólio jamais seria um golpe e sim uma revolta.
é um político que está fora do espectro democrático e já demonstrou que é moralmente capaz de aparelhar as instituições americanas para seguir impune e acumular mais poder político, num círculo vicioso.
Quem aparelha instituições são os wokes. Em tudo que eles tocam, eles deixam políticas e regulamentos woke.
Moscou e Pequim são os maiores interessados no processo de imbecilização que a extrema-direita promove no Ocidente.
O interesse deles é o povo mais woke. Homens fracos sem pátria ou família para quem lutar são inimigos mais fáceis de derrotar.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Por que antiético? Por apoiar Putin?

Dissolver aquela porcaria chamada OTAN é um ato ético e merece o nobel da paz.

O wokismo é pior do que o putinismo.

Não se envolver em guerra dos outros é a melhor coisa a fazer. Antigamente eram os republicanos os beligerantes, mas hoje são os democratas.
Não existe "guerra dos outros" quando o ditador invasor tem poder de criar grandes problemas em escala intercontinental ou global.
Se os democratas não são wokes, porque nomearam o que chamam de "mulher negra" para a suprema corte e como candidata à presidência? Certamente foi selecionada por atributos woke e não por capacidade política. Ela defendeu direitos de presidiários. O vice aprovou aborto e leis para os intocáveis quando foi governador de um Estado. Como não dizer que o wokismo não está forte nos democratas?
Entendeu nada do que eu disse. Acho que faltou vírgula para ficar cristalinamente claro. "O Partido Democrata atual, contaminados pelos Woke, também não”.
As sementes da ditadura woke são plantadas aos poucos. Quando os democratas vencem, eles adotam leis woke, mas na vez dos republicanos eles não revogam.
Nem vou perder meu tempo com fake history barata. Algumas importantes leis wokes americanas foram revogadas, sim. Pesquise no Google ou em IA generativa.
Censurar a liberdade de expressão por causa do politicamente correto é coisa de ditadura.
Criar privilégios e benefícios sociais para grupos "diversidade" é autoritarismo porque rouba imposto de quem discorda.
Tornar os grupos "diversidade" como uma casta intocável é imposição autoritária.
Fazer acusação falsa e presunção de culpa é exemplo de favoritismo imposto.
Propaganda woke frequente na indústria cultural e na mídia é uma forma de controle social.
Comparar totalitarismo censor putinista com cultura de cancelamento é uma confissão de derrota. O que chamam de cultura de cancelamento esquerdista sofre de cancelamentos reversos e boicotes em direção oposta, além de campanhas direitistas de esclarecimentos de guerrinhas culturais (idem para a propaganda PC na indústria de entretenimento). A cultura de cancelamento esquerdista americana foi um fiasco para estabelecer uma hegemonia cultural nos EUA semelhante ao que Putin estabelece através da força na Rússia.
O wokismo é a maior ameaça ao Ocidente. Tem o objetivo de destruir as relações sociais e as relações familiares, deixando as pessoas desestruturadas. Além disso, as políticas econômicas são terríveis, por sustentar parasitas. Destroem a moral e criam pobreza. Veja a situação do paraíso woke (Califórnia).
A Califórnia ainda é paraíso quando comparada a pocilga totalitária da Rússia putinista.
Se é democrático e tem liberdade de expressão, tem todo direito de contestar as eleições. Como expliquei aqui, a invasão do capitólio jamais seria um golpe e sim uma revolta.
E haja pano para limpar a sujeita trumpista.

Não existe "contestação democrática das urnas" baseada em fraude e calúnia, coisa que Trump e trumpistas fizeram.

"Só foi uma revolta". Uma revolta que deixou feridos e matou cinco pessoas. Cinco pessoas morreram por causa de uma mentira antidemocrática trumpista.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Agnoscetico
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Gabarito escreveu:
Qui, 07 Novembro 2024 - 08:16 am
Agnoscetico escreveu:
Qua, 06 Novembro 2024 - 15:29 pm

Sobre o vídeo eu não assisti, não dá pra se confiar muito num canal que já no título mostra viés "Tradutores de direita" (ou de esquerda, etc), que costuma editar e distorcer informações, declarações, etc (ainda mais numa época em que dá pra se usar deep fake, imitação de voz com IA). Se Trump falasse contra o eleitorado dos democratas, pouco provável que canais como esse fossem divulgar ou iam divulgar que Trump foi distorcido.
De novo, o poço envenenado, ataque à fonte.
Falácia... falácia... quando faltam argumentos...

Pois:
Biden sugere que eleitores de Trump são 'lixo' ao rebater fala sobre porto-riquenhos; fala pega mal, e presidente se explica
Horas após o comentário, o presidente dos EUA afirmou que estava se referindo ao ódio presente na retórica de alguns apoiadores do republicano. Trump utilizou a fala de Biden a seu favor para criticar a campanha de Kamala Harris.

Por g1

30/10/2024 07h21 Atualizado 30/10/2024

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez críticas aos apoiadores de Donald Trump nesta terça-feira (29) e sugeriu que eles seriam "lixo" durante tentativa de rebater uma polêmica fala sobre Porto Rico ocorrida em comício marcado por insultos. No entanto, o comentário de Biden pegou mal e ele se retratou horas depois.

Durante discurso ao grupo Voto Latino, Biden disse que os porto-riquenhos são "pessoas boas, decentes e honradas", e fez o ataque aos trumpistas.
“O único lixo que vejo flutuando por aí são os apoiadores dele (Trump). A demonização dos latinos por ele é inconcebível e antinorte-americana. É totalmente contrária a tudo o que fizemos, tudo o que somos”, afirmou Biden.
O presidente dos EUA se referia a uma fala do humorista Tony Hinchcliffe, que afirmou que Porto Rico é uma "ilha flutuante de lixo no meio do oceano" no domingo (27), durante comício de Trump no Madison Square Garden, em Nova York. Os comentários causaram polêmica em todo o país e podem ter influência na eleição dos EUA.

Horas após o comentário, Biden se explicou e disse que chamou de "lixo" a retórica de ódio entoada pelos apoiadores de Trump, e não as pessoas. "Mais cedo, eu me referi à retórica de ódio sobre Porto Rico proferida pelo apoiador de Trump em seu comício no Madison Square Garden como 'lixo' — essa é a única palavra que consigo pensar para descrevê-la. Sua demonização dos latinos é inconcebível. Isso é tudo o que eu queria dizer. Os comentários feitos naquele comício não refletem quem somos como nação", afirmou o presidente em publicação no X.

Candidato republicano à Casa Branca, Trump utilizou a seu favor o comentário de Biden, para afirmar que a campanha republicana traz "soluções positivas" aos EUA, diferentemente da dos democratas, e que ele lidera uma coalizão com minorias --que ele criticou durante o ciclo eleitoral.
"Agora, além de tudo, Joe Biden chama nossos apoiadores de 'lixo'. Você não pode liderar os Estados Unidos se não ama o povo americano. Kamala Harris e Joe Biden demonstraram que ambos são inaptos para serem presidentes dos EUA", disse o republicano nas redes sociais.
[...]
Canais como "Hoje no mundo militar", "Brasil paralelo" , assim como na esquerda também tem. Vez ou outra posto algo de canal de esquerda ou direita, desde que seja pra mostrar a parte que questiona o lado que passa uma informação enviesada, cortada ou distorcida. Mesmo sabendo que não dá pra ter certeza se não é testemunha do suposto fato imformado.

E tem uma diferença entre "Biden chama apoiadores do Trump de lixo." pra "Biden SUGERE que eleitores de Trump são 'lixo' ao rebater fala sobre porto-riquenhos; fala pega mal, e presidente se explica" .
E isso aí é de menos, Trump xinga dum lado, outro xinga do outro. Não tem santo, então o sujo Trump não pode falar do SUPOSTO mal-lavado.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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E diziam que essa seria uma disputa acirrada...
Disseram também que havia um empate. Tudo igual, afirmavam.
Alguns, mais afoitos, diziam que Kamala estava na frente...

Eis que chegou a hora da dona Realidade.

Abaixo, nós podemos ver o empate na eleição: 312 delegados contra 226. Claramente um empate!
Estamos diante de um país dividido, é assim que é.

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Quando analisamos os votos por condado, mais uma vez o empate e a disputa acirrada saltam diante dos nossos olhos. Não há dúvida quanto a isso!

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(O estado de Oklahoma INTEIRO votou Trump. Nem um único condado de todo o estado votou Kamala, o que denuncia, de novo, o empate. Alguns estados com apenas 1 ou 2 condados em Kamala.)


O resultado final mostra mais empate e disputa acirrada. 312 delegados contra 226.

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(Onde se dizia que os estados-pêndulos estavam imprevisíveis, alguns dando vitória para Kamala, Trump levou nada menos do que TODOS eles.)


E, para finalizar, temos o empate absoluto no voto popular: Setenta e quatro milhões (74.650.754) contra setenta milhões de votos (70.916.946).

Eis aí.
Mais uma vez, as extremas-pesquisas em ação, fazendo o que sabem fazer.
Não todas as pesquisas, evidentemente. Só as extremas.

Em 2016, a divulgação de antes da apuração era de que Hillary tinha 92% de chance de vencer.
Eu me lembro bem disso.
Os mais ingênuos organizaram até um palco para o show da vitória. Que foi desmontado sob lágrimas, quando saiu o resultado final.

A história mentirosa se repetiu.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Gabarito escreveu:
Seg, 11 Novembro 2024 - 14:54 pm
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Os democratas e a ideologia woke são fortes em grandes centros urbanos. O mapa mostra a costa da Califórnia, onde tem San Francisco e Los Angeles, e áreas de mansões. Em Nevada, só Las Vegas. Na Flórida, Miami é o mais notável. Maryland, Nova York são muito urbanizadas. New England é uma região rica.

Centros urbanos são mais fáceis de fazer propaganda. Em regiões cosmopolitas, as pessoas são mais individualistas, do tipo que não conhece o vizinho, e não conhece a realidade da população como um todo. O resto dos EUA tem uma densidade demográfica, com bairros residenciais com casas espaçadas e cidades pequenas.

Fizeram estatísticas sobre os eleitores. Em geral, os democratas acham que a economia vai bem enquanto os republicanos sofreram mais com isso. Pessoas com crianças tendem a escolher republicanos.
Exit Polls
https://www.nbcnews.com/politics/2024-e ... exit-polls

Então o país com problema, um candidato fica de lacração.
E, para finalizar, temos o empate absoluto no voto popular: Setenta e quatro milhões (74.650.754) contra setenta milhões de votos (70.916.946).
É uma diferença pequena, não dá nem 52% dos votos. Esse sistema do winners-take-all do século 19 (quando não havia rádio ou telefone) acaba beneficiando os republicanos, que costuma vencer sem ter a maioria dos votos, por contar estados inteiros, enquanto os democratas são mais concentrados em centros urbanos. O que o mapa todo vermelhado não mostra é que em muitos desses locais a vitória foi de apenas 51% a 54%, tendo um número significativo que votou no outro candidato.


(...)

A ESQUERDA ESTÁ EM PÂNICO COM A VOLTA DO TRUMP!

youtu.be/t8wVlmD4a2E

Aqui levanta uma suspeita de fraude. As eleições de 2020 tiveram mais votantes do que as de 2024 e era época de pandemia. Foi um salto grande em relação a 2016. O que explica isso? Sem sistema eletrônico transparente não tem como confiar.

(...)

Os negros americanos parecem ter cultura de que só os democratas fazem bem a eles. Isso acaba com a esperança dos republicanos de conseguir votos dos negros. Trump venceu nos estados com maior população de negros (Mississippi, Louisiana, Georgia, Alabama, Carolinas, Tennessee). Só nos que são mais ao norte (Maryland, Delaware, Virginia). Em nenhum desses estados há mais de 37% da população sendo negra e miscigenação é algo raro lá.

Isso indica que internamente esses estados tem algum problema com racismo. São estados dominados por republicanos, que prezam pela segurança pública, mas são estados com índice de violência alto. Esses tiveram escravidão e eram os estados mais racistas do passado e nem deixavam os negros votar. Teve a diminuição do racismo, mas os democratas começaram com o discurso revanchista e vitimista e com racismo contra branco, então a população branca, que é maioria, passou a votar nos republicanos como forma de auto-defesa. Como consequência, os republicanos acabam se aproveitando e fazendo nada para os pobres mesmo ignorando a cor. Se os republicanos resolvessem o problema, os democratas perderiam o apoio dos negros e parariam com a política divisiva e então se tornariam competitivos nas eleições seguintes. Mas enquanto os democratas continuarem com identitarismo, continuarão perdendo as eleições nesses estados e nada mudará na vida dos negros e pobres desses estados.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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Mensagem por Huxley »


E diziam que essa seria uma disputa acirrada...
Disseram também que havia um empate. Tudo igual, afirmavam.
Alguns, mais afoitos, diziam que Kamala estava na frente...

Eis que chegou a hora da dona Realidade.


De onde foi tirada a ideia de que "50,4% versus 48,0% " não é empate técnico confirmado? Quando se fala em "empate" em âmbito de estatística eleitoral está se falando de empate técnico levando em conta a margem de erro. Não existe predição de empate levando em conta somente um resultado (o centro da estimativa). Isso seria pressuposição de amador em estatística.

Até agora, não vi evidência alguma de que os principais institutos de pesquisas americanos, como comunidade, erraram fora da margem de erro. A maioria desses institutos de pesquisa têm margem de erro de aproximadamente 3 pontos porcentuais ou mais. O agregador de pesquisas eleitorais de Nate Silver dava vantagem de 1,0% para Kamala. Erro sim, mas nada excepcional, diferentemente do que dizem os teóricos da conspiração.


Abaixo, nós podemos ver o empate na eleição: 312 delegados contra 226. Claramente um empate!
Estamos diante de um país dividido, é assim que é.
Isso acima não é empate no voto popular. Não lembro de ter visto divulgação de margem de erro para número de colégios eleitorais. Mas se você usasse a margem superior dos votos estimados de Trump e a margem inferior dos votos estimados de Kamala no agregado de pesquisas de cada estado americano, isso ainda assim daria um empate técnico no voto popular, mas a diferença no número de colégios eleitorais conquistados seria radical (talvez maior até do que o placar 312-226 favorável a Trump). Placar de voto popular é placar de voto popular, placar de colégio eleitoral é placar de colégio eleitoral.
E, para finalizar, temos o empate absoluto no voto popular: Setenta e quatro milhões (74.650.754) contra setenta milhões de votos (70.916.946).


74.849.554 votos versus 71.263.166 votos na atualização de agora, o que em termos porcentuais é 50,4% versus 48,0%, isto é, um empate técnico confirmado dentro da margem de erro.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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Tutu escreveu:
Seg, 11 Novembro 2024 - 17:02 pm

Aqui levanta uma suspeita de fraude. As eleições de 2020 tiveram mais votantes do que as de 2024 e era época de pandemia. Foi um salto grande em relação a 2016. O que explica isso? Sem sistema eletrônico transparente não tem como confiar.

Procure e assista "2.000 Mules", de Dinesh D'Souza.
Você encontrará respostas para a sua dúvida.

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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Um empate clássico mostra candidatos se revezando na apuração.
É uma corrida de cavalos, cabeça a cabeça.
Afinal, é ou não é uma disputa difícil e acirrada?
É ou não é um empate, em que fica impossível dizer quem vai vencer?

Pois então:
Em NENHUM momento Trump perdeu a liderança. Houve uma inegável tendência estatística desde o começo.

O que deixa claro pra todos nós que estavam empatados.
:D

E, claro, foi uma disputa acirradíssima e dividiu o país.
:D

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Gabarito
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Tutu escreveu:
Seg, 11 Novembro 2024 - 17:02 pm

Aqui levanta uma suspeita de fraude. As eleições de 2020 tiveram mais votantes do que as de 2024 e era época de pandemia. Foi um salto grande em relação a 2016. O que explica isso? Sem sistema eletrônico transparente não tem como confiar.

Veja esse vídeo de Joe Rogan.
E atenção ao gráfico que ele mostra, logo abaixo.

Joe Rogan raises serious concerns about the amount of Votes Joe Biden ‘Received’ in 2020


youtu.be/bvp4U1oBqu4


Imagem


E não se esqueça: "2.000 Mules", Dinesh D'Souza.
Explicação completa.
Imagem

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Aqui levanta uma suspeita de fraude. As eleições de 2020 tiveram mais votantes do que as de 2024 e era época de pandemia. Foi um salto grande em relação a 2016. O que explica isso? Sem sistema eletrônico transparente não tem como confiar.
E as pessoas que morreram (devido a pandemia), diminuição de natalidade geral, emigração, abstenções de voto?

E sobre o sistema eletrônico, no Brasil muitos direitistas criticam exatamente esse mesmo. Sempre reclamam: Se for o eletrônico, tem que ter comprovante; se é na urna física, aí culpam votos de gente morta (o que em parece ir contra a informação de que tinha mais votantes, vivos, claro) e até hackers russos usando controle remoto ou coisa do tipo (se lembro bem, Ana Paula Henkel, por exemplo, chegou a falar uma conspiracionisse assim).

Re: Estados Unidos da América - Eleições 2024

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Gabarito escreveu:
Seg, 11 Novembro 2024 - 20:52 pm
Um empate clássico mostra candidatos se revezando na apuração.
É uma corrida de cavalos, cabeça a cabeça.
Afinal, é ou não é uma disputa difícil e acirrada?
É ou não é um empate, em que fica impossível dizer quem vai vencer?

Pois então:
Em NENHUM momento Trump perdeu a liderança. Houve uma inegável tendência estatística desde o começo.

O que deixa claro pra todos nós que estavam empatados.
:D

E, claro, foi uma disputa acirradíssima e dividiu o país.
:D
Em pesquisa eleitoral, não existe conjectura sobre tamanho de duração de liderança de um candidato na apuração eleitoral. Se a ordem da apuração fosse categorizada por estado e por sorteio, e nos dois primeiros caíssem Califórnia e Nova York, então Kamala ficaria na liderança por um bom tempo, mas e daí? Empate confirmado ou empate não comfirmado só tem significado estatístico no âmbito de estar dentro ou fora do intervalo de confiança de uma pesquisa. O resto é lenga-lenga não estatística.
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