Coisas que um padreco ou pastor jamais contarão aos seus fieis
1) Pode nem ter havido um JC historico ou se houve um, o mesmo tem pouco ou nada a ver com aquele que descrevem no NT.
Dentre os estudiosos do NT, até os cristãos já admitem a segunda possibilidade. Somente os fundamentalistas e literalistas a descartam.
2) Os 4 evangelhos "oficiais" foram escritos por autores anonimos e nao por quem se alega terem sido escritos.
Esses autores não escreveram em aramaico e sim em grego. Provavelmente eram gentios e detinham certa cultura
(para começar, sabiam ler e escrever). Coisa que nenhum discípulo de JC fazia.
Mesmo o primeiro, Marcos, teria sido escrito após a destruicao de Jerusalem pelos romanos entre 66 e 70 CE.
Ou seja, quem os escreveu nao conviveu com JC, nao foi contemporaneo, testemunha ocular dele.
Conheceu acerca dele e/ou seu culto no maximo por segunda ou terceira mão.
3) Não há relatos de nascimento de virgem ou ressurreição nos primeiros escritos.
Os 4 evangelhos se contradizem, de forma inconciliavel em muitos pontos importantes.
As tentativas de "hamonização" forçam a barra e nenhum estudioso do NT (de novo, fora literalistas e fundamentalistas) as leva a sério.
4) Há uma certa nuance gnóstica em muito do que Paulo e (pseudo-)João evangelista escreveram.
Dizem que muita coisa foi suprimida, "suavizada" ou adulterada para se conformar com a ortodoxia do grupo que saiu vitorioso.
Meio que "tem alguma coisa de util em algumas doutrinas gnosticas, vamos deixa-las mais ao nosso gosto (proto-ortodoxo) suprimindo
aquilo que elas tem de esquisito".
Para quem não sabe, os gnósticos, assim como os marcionitas eram os bichos-papões do cristianismo proto-ortodoxo.
5) O primeiro cristianismo não tinha nada de revolucionario ou original: era praticamente judaismo com pequenas diferenças.
Basicamente o cristão se considerava isento de prestar culto ao templo. E só. De resto, era Judaismo.
Por exemplo, a circuncisão eram obrigatoria.
O estabelecimento do carater universal do culto, que o tornou mais palatável e acessível aos gentios só se estabeleceu no minimo uma
ou duas gerações depois, principalmente por obra de Paulo.
Finalmente, muito daquilo que os evangelistas escreveram veio do VT. Nada original, portanto.
6) Ha bons indicios de que Paulo tenha sido na verdade o famigerado arqui-herege Simao Mago.
Por exemplo, é sugestivo o fato varios grupos considerados hereticos alegarem derivar suas doutrinas do paulinismo, direta ou indiretamente.
Um escritor cristão antigo (não-herético) descreve Simão de forma perturbadoramente similar ao Paulo de outros escritos,
faltando apenas chama-lo pelo nome verdadeiro.
Essa hipotese é perfeitamente plausivel pois que Paulo queria tornar o cristianismo menos judaico e portanto seria visto com maus
olhos por aqueles contrarios a essa mudança. Devido a isso, sofreu forte oposição do judaicizante Pedro ("Cephas") e tal oposição foi
posteriormente suavizada para passar a falsa impressão de harmonia e concordancia entre ambos.
Simão mago teria sido o primeiro herege.
7) O primeiro canone quem organizou foi outro arqui-herege, ninguem menos que o "primogênito de satã", Marcion.
Somente depois dele criar sua versão de canone, que proto ortodoxia abriu os olhos e resolveu fazer a sua.
Dizem que Marcion editou Lucas, descartando o que não concordava. Por outro lado, ha quem sustente que foi Lucas
que acrescentou material ao que Marcion escreveu. A não ser que haja boas razões para favorecer um ou outro caso,
tanto cortar ou adicionar texto são igualmente possiveis numa adulteração qualquer.
8) Havia grande variação no cristianismo antigo. Era bem diferente daquilo que foi vendido pela embrionaria igreja catolica.
Chegava ao extremo de haver grupos duoteistas (marcionismo) e ate mesmo politeistas (alguns gnósticos).
O proprio cristianismo orginal, destilado de todas as adições e adulterações posteriores provavelmente teria sido considerado
herético pela proto-ortodoxia.
Alguns apologistas e teologos foram exaltados em sua epoca e descartados como hereticos pouco tempo depois (Origenes, Tertuliano, etc).
A igreja vende a ideia ridicula que a coisa toda era tal e qual eles alegam desde os primordios, desde sempre.
E religiões, especialmente as reveladas, não deveriam mudar. Porque não é suposto alterarem ou descartarem dogmas.
Do contrário, não seriam o que são: dogmas. Menos ainda revelação divina.
Não há como haver inerrância, perfeição, verdade absoluta onde há mudança ou mera possibilidade de mudança. Uma coisa exclui outra.
---------------
Religião, assim como politicagem, não tem compromisso algum com verdade. Se afunda num denso nevoeiro de mentiras.
É moldada de acordo com a vontade, o gosto e a pleno serviço do grupo que em determinada época detem o poder de determinar
o que é ortodoxia e o que não é, o que é certo ou errado e o que joaozinho e maria devem ou não devem fazer.
Dentre os estudiosos do NT, até os cristãos já admitem a segunda possibilidade. Somente os fundamentalistas e literalistas a descartam.
2) Os 4 evangelhos "oficiais" foram escritos por autores anonimos e nao por quem se alega terem sido escritos.
Esses autores não escreveram em aramaico e sim em grego. Provavelmente eram gentios e detinham certa cultura
(para começar, sabiam ler e escrever). Coisa que nenhum discípulo de JC fazia.
Mesmo o primeiro, Marcos, teria sido escrito após a destruicao de Jerusalem pelos romanos entre 66 e 70 CE.
Ou seja, quem os escreveu nao conviveu com JC, nao foi contemporaneo, testemunha ocular dele.
Conheceu acerca dele e/ou seu culto no maximo por segunda ou terceira mão.
3) Não há relatos de nascimento de virgem ou ressurreição nos primeiros escritos.
Os 4 evangelhos se contradizem, de forma inconciliavel em muitos pontos importantes.
As tentativas de "hamonização" forçam a barra e nenhum estudioso do NT (de novo, fora literalistas e fundamentalistas) as leva a sério.
4) Há uma certa nuance gnóstica em muito do que Paulo e (pseudo-)João evangelista escreveram.
Dizem que muita coisa foi suprimida, "suavizada" ou adulterada para se conformar com a ortodoxia do grupo que saiu vitorioso.
Meio que "tem alguma coisa de util em algumas doutrinas gnosticas, vamos deixa-las mais ao nosso gosto (proto-ortodoxo) suprimindo
aquilo que elas tem de esquisito".
Para quem não sabe, os gnósticos, assim como os marcionitas eram os bichos-papões do cristianismo proto-ortodoxo.
5) O primeiro cristianismo não tinha nada de revolucionario ou original: era praticamente judaismo com pequenas diferenças.
Basicamente o cristão se considerava isento de prestar culto ao templo. E só. De resto, era Judaismo.
Por exemplo, a circuncisão eram obrigatoria.
O estabelecimento do carater universal do culto, que o tornou mais palatável e acessível aos gentios só se estabeleceu no minimo uma
ou duas gerações depois, principalmente por obra de Paulo.
Finalmente, muito daquilo que os evangelistas escreveram veio do VT. Nada original, portanto.
6) Ha bons indicios de que Paulo tenha sido na verdade o famigerado arqui-herege Simao Mago.
Por exemplo, é sugestivo o fato varios grupos considerados hereticos alegarem derivar suas doutrinas do paulinismo, direta ou indiretamente.
Um escritor cristão antigo (não-herético) descreve Simão de forma perturbadoramente similar ao Paulo de outros escritos,
faltando apenas chama-lo pelo nome verdadeiro.
Essa hipotese é perfeitamente plausivel pois que Paulo queria tornar o cristianismo menos judaico e portanto seria visto com maus
olhos por aqueles contrarios a essa mudança. Devido a isso, sofreu forte oposição do judaicizante Pedro ("Cephas") e tal oposição foi
posteriormente suavizada para passar a falsa impressão de harmonia e concordancia entre ambos.
Simão mago teria sido o primeiro herege.
7) O primeiro canone quem organizou foi outro arqui-herege, ninguem menos que o "primogênito de satã", Marcion.
Somente depois dele criar sua versão de canone, que proto ortodoxia abriu os olhos e resolveu fazer a sua.
Dizem que Marcion editou Lucas, descartando o que não concordava. Por outro lado, ha quem sustente que foi Lucas
que acrescentou material ao que Marcion escreveu. A não ser que haja boas razões para favorecer um ou outro caso,
tanto cortar ou adicionar texto são igualmente possiveis numa adulteração qualquer.
8) Havia grande variação no cristianismo antigo. Era bem diferente daquilo que foi vendido pela embrionaria igreja catolica.
Chegava ao extremo de haver grupos duoteistas (marcionismo) e ate mesmo politeistas (alguns gnósticos).
O proprio cristianismo orginal, destilado de todas as adições e adulterações posteriores provavelmente teria sido considerado
herético pela proto-ortodoxia.
Alguns apologistas e teologos foram exaltados em sua epoca e descartados como hereticos pouco tempo depois (Origenes, Tertuliano, etc).
A igreja vende a ideia ridicula que a coisa toda era tal e qual eles alegam desde os primordios, desde sempre.
E religiões, especialmente as reveladas, não deveriam mudar. Porque não é suposto alterarem ou descartarem dogmas.
Do contrário, não seriam o que são: dogmas. Menos ainda revelação divina.
Não há como haver inerrância, perfeição, verdade absoluta onde há mudança ou mera possibilidade de mudança. Uma coisa exclui outra.
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Religião, assim como politicagem, não tem compromisso algum com verdade. Se afunda num denso nevoeiro de mentiras.
É moldada de acordo com a vontade, o gosto e a pleno serviço do grupo que em determinada época detem o poder de determinar
o que é ortodoxia e o que não é, o que é certo ou errado e o que joaozinho e maria devem ou não devem fazer.
- Fernando Silva
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Essa história de "eu não sou do mundo", de que a crentalhada tanto gosta, foi uma concessão de Paulo ao gnosticismo que, na época, ainda era forte.fenrir escreveu: ↑Ter, 04 Outubro 2022 - 19:18 pm4) Há uma certa nuance gnóstica em muito do que Paulo e (pseudo-)João evangelista escreveram.
Dizem que muita coisa foi suprimida, "suavizada" ou adulterada para se conformar com a ortodoxia do grupo que saiu vitorioso.
Meio que "tem alguma coisa de util em algumas doutrinas gnosticas, vamos deixa-las mais ao nosso gosto (proto-ortodoxo) suprimindo
aquilo que elas tem de esquisito".
Para quem não sabe, os gnósticos, assim como os marcionitas eram os bichos-papões do cristianismo proto-ortodoxo.
Os milagres de Jesus, por exemplo, são plágio do AT.
As supostas profecias a respeito de Jesus não tinham nada a ver com ele e, em muitos casos, sequer eram profecias.
O evangelho de Marcião começava com "E surgiu um homem vindo de Cafarnaum". Nenhuma menção a nascimento virginal ou infância.fenrir escreveu: ↑Ter, 04 Outubro 2022 - 19:18 pm7) O primeiro canone quem organizou foi outro arqui-herege, ninguem menos que o "primogênito de satã", Marcion.
Somente depois dele criar sua versão de canone, que proto ortodoxia abriu os olhos e resolveu fazer a sua.
Dizem que Marcion editou Lucas, descartando o que não concordava. Por outro lado, ha quem sustente que foi Lucas
que acrescentou material ao que Marcion escreveu. A não ser que haja boas razões para favorecer um ou outro caso,
tanto cortar ou adicionar texto são igualmente possiveis numa adulteração qualquer.
O evangelho de Marcos terminava no túmulo vazio. O resto foi acrescentado depois.
Orígenes e outros defendiam a ideia de um castigo temporário para os pecadores. Não havia inferno.fenrir escreveu: ↑Ter, 04 Outubro 2022 - 19:18 pm8) Havia grande variação no cristianismo antigo. Era bem diferente daquilo que foi vendido pela embrionaria igreja catolica.
Chegava ao extremo de haver grupos duoteistas (marcionismo) e ate mesmo politeistas (alguns gnósticos).
O proprio cristianismo orginal, destilado de todas as adições e adulterações posteriores provavelmente teria sido considerado
herético pela proto-ortodoxia.
Alguns apologistas e teologos foram exaltados em sua epoca e descartados como hereticos pouco tempo depois (Origenes, Tertuliano, etc).
A igreja vende a ideia ridicula que a coisa toda era tal e qual eles alegam desde os primordios, desde sempre.
E religiões, especialmente as reveladas, não deveriam mudar. Porque não é suposto alterarem ou descartarem dogmas.
Do contrário, não seriam o que são: dogmas. Menos ainda revelação divina.
Não há como haver inerrância, perfeição, verdade absoluta onde há mudança ou mera possibilidade de mudança. Uma coisa exclui outra.
Já o conceito de purgatório foi criado aos poucos a partir da religião egípcia, grega e judaica. E talvez do hinduísmo e zoroastrismo.
Só no século XII é que se tornou o que é e só foi oficializado no século XV.
A igreja primitiva era constituída por comunidades onde todos discutiam livremente a doutrina.fenrir escreveu: ↑Ter, 04 Outubro 2022 - 19:18 pmReligião, assim como politicagem, não tem compromisso algum com verdade. Se afunda num denso nevoeiro de mentiras.
É moldada de acordo com a vontade, o gosto e a pleno serviço do grupo que em determinada época detem o poder de determinar
o que é ortodoxia e o que não é, o que é certo ou errado e o que joaozinho e maria devem ou não devem fazer.
Com o tempo, os bispos, pessoas letradas contratadas para cuidar das finanças, foram tomando o poder e surgiu a instituição Igreja.
O povo foi expulso e a doutrina ficou a cargo dos bispos.
Esse paralelo aqui é um achado pra lá de sugestivo: http://vridar.info/xorigins/josephus/2jesus.htm
O JC do evangelista Marcos é bem parecido com o Jesus ben Ananus do Flávio Josefo...
Quem é esse Jesus ben Ananus? Da wikipedia:
Suspeito que para tentar entender a historia do JC real, aquele conflito de 66 é essencial.
-"Ah, não pode ser porque o JC morreu por volta de 30-33 CE". É o que diz a tradição. Mas a tradição pode estar errada. Não seria nem a 1a, nem a ultima vez.
Lembrem-se de que nem mesmo os proprios evangelhos estão de acordo quanto as datas de nascimento e morte do proprio JC...
E o 1o evangelho, Marcos, foi escrito após o conflito (esse evangelista alude ao conflito, portanto não pode ter sido escrito antes do mesmo) e as cartas paulinas autenticas, que seriam de 49-60, não falam de nenhum jesus andando e pregando por ai.
Nelas, Paulo afirma firme e categoricamente que nunca viu um JC de carne-e-osso, nem mesmo os discipulos dele... tendo o visto somente em visões
A mim parece que o cristianismo nasceu de:
uma mistura de certos cultos judaicos de teor mais místico (desde os Essênios) e com fortes influencias helênicas e politicamente engajado (oponto-se a casta sacerdotal da epoca) - eis o embriao da coisa toda
...depois tornado mais palatavel aos gentios por obra de Paulo e para desgosto dos rivais, liderados/representado pelo judaicizante Pedro/Cephas
...depois tendo adotado como patrono/fundador um Jesus, que foi construido por Marcos tendo como base o que escreveu Josefo sobre um sujeito homônimo, meio louco e obscuro que perambulava pela judeia na época do conflito - o JbA - e fazendo um merge dessa personagem com o Cristo paulino
Há tambem suspeitas que o famoso historiador, Titus Flavius Josephus (Hebrew: Yōsēf ben Mattīṯyāhū) seria ninguem menos que o "José de Arimatéia" (do grego Arimathaía) de Marcos - mais um paralelo suspeito entre Marcos e Josefo...
Outro possivel candidato, o Joshua ben Gamla, que foi um sumo-sacerdote (de "high priest", se traduzi correto) Judeu em 64-65 CE e morto no conflito de 66. Josefo escreveu bastante sobre esse JbG.
Com tanta material, tanta coisa sugestiva, porque não resolvem o mistério?
Fé e tradição não permitem. É um puta tabu. Esta alem da vontade e da capacidade de um cristão devoto questionar tais coisas.
Para ele, a verdade é tal e qual se encontra no canone oficial e ponto final.
Não lhes ocorre que possa haver bastante ficção ali. Acham plausivel que, por exemplo, o livro de mormon, o livro dos médiuns ou uma sutra budista sejam um monte de bobagens.
Mas nao questionam os seus proprios livros... Só existe falsidade, mito e ficção nas outras religiões. Jamais na sua.
Mitologia é a religião do outro.
O JC do evangelista Marcos é bem parecido com o Jesus ben Ananus do Flávio Josefo...
Quem é esse Jesus ben Ananus? Da wikipedia:
Se for verdade, Marcos não fez mais que romantizar e embelezar a história do JbA.Jesus ben Ananias ("the son of Ananias" [rendered as the "son of Ananus" in the Whiston translation]) was a plebeian farmer, who, four years before the First Jewish-Roman War began in 66 AD, went around Jerusalem prophesying the city's destruction.
The Jewish leaders of Jerusalem turned him over to the Romans, who tortured him. The procurator Lucceius Albinus took him to be a madman and released him. He continued his prophecy for more than seven years until he was killed by a stone from
a catapult during the Roman siege of Jerusalem during the war. His name is rendered ישוע בן חנניה (Yeshua ben Hananiah) in modern Hebrew histories.
Suspeito que para tentar entender a historia do JC real, aquele conflito de 66 é essencial.
-"Ah, não pode ser porque o JC morreu por volta de 30-33 CE". É o que diz a tradição. Mas a tradição pode estar errada. Não seria nem a 1a, nem a ultima vez.
Lembrem-se de que nem mesmo os proprios evangelhos estão de acordo quanto as datas de nascimento e morte do proprio JC...
E o 1o evangelho, Marcos, foi escrito após o conflito (esse evangelista alude ao conflito, portanto não pode ter sido escrito antes do mesmo) e as cartas paulinas autenticas, que seriam de 49-60, não falam de nenhum jesus andando e pregando por ai.
Nelas, Paulo afirma firme e categoricamente que nunca viu um JC de carne-e-osso, nem mesmo os discipulos dele... tendo o visto somente em visões
A mim parece que o cristianismo nasceu de:
uma mistura de certos cultos judaicos de teor mais místico (desde os Essênios) e com fortes influencias helênicas e politicamente engajado (oponto-se a casta sacerdotal da epoca) - eis o embriao da coisa toda
...depois tornado mais palatavel aos gentios por obra de Paulo e para desgosto dos rivais, liderados/representado pelo judaicizante Pedro/Cephas
...depois tendo adotado como patrono/fundador um Jesus, que foi construido por Marcos tendo como base o que escreveu Josefo sobre um sujeito homônimo, meio louco e obscuro que perambulava pela judeia na época do conflito - o JbA - e fazendo um merge dessa personagem com o Cristo paulino
Há tambem suspeitas que o famoso historiador, Titus Flavius Josephus (Hebrew: Yōsēf ben Mattīṯyāhū) seria ninguem menos que o "José de Arimatéia" (do grego Arimathaía) de Marcos - mais um paralelo suspeito entre Marcos e Josefo...
Outro possivel candidato, o Joshua ben Gamla, que foi um sumo-sacerdote (de "high priest", se traduzi correto) Judeu em 64-65 CE e morto no conflito de 66. Josefo escreveu bastante sobre esse JbG.
Com tanta material, tanta coisa sugestiva, porque não resolvem o mistério?
Fé e tradição não permitem. É um puta tabu. Esta alem da vontade e da capacidade de um cristão devoto questionar tais coisas.
Para ele, a verdade é tal e qual se encontra no canone oficial e ponto final.
Não lhes ocorre que possa haver bastante ficção ali. Acham plausivel que, por exemplo, o livro de mormon, o livro dos médiuns ou uma sutra budista sejam um monte de bobagens.
Mas nao questionam os seus proprios livros... Só existe falsidade, mito e ficção nas outras religiões. Jamais na sua.
Mitologia é a religião do outro.
não esqueça que ≈ 49 o Claudius expulsa de Roma os seguidores de Chresto.Sr. fenrir escreveu: ↑Qua, 05 Outubro 2022 - 14:18 pmSuspeito que para tentar entender a historia do JC real, aquele conflito de 66 é essencial.
Claro, pode-se questionar se "Chresto" seria Jesus Cristo, mas é evidência...
Segundo Irineu, teologo cristão do sec II, JC teria sido crucificado nos tempos de Claudio... ou seja ente 41 e 54 CE:Gorducho escreveu: ↑Qua, 05 Outubro 2022 - 20:27 pmnão esqueça que ≈ 49 o Claudius expulsa de Roma os seguidores de Chresto.Sr. fenrir escreveu: ↑Qua, 05 Outubro 2022 - 14:18 pmSuspeito que para tentar entender a historia do JC real, aquele conflito de 66 é essencial.
Claro, pode-se questionar se "Chresto" seria Jesus Cristo, mas é evidência...
"...For Herod the king of the Jews and Pontius Pilate, the governor of Claudius Caesar, came together and condemned Him to be crucified..."
Ja ia me esquecendo: Sr Gorducho, bom-vindo de volta
Ainda fazendo suas exegeses do espiritismo?
Ainda fazendo suas exegeses do espiritismo?
sempre Estudando
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Chresto era um escravo romano. Segundo Suetônio, instigou os judeus de Roma a se revoltarem por volta de 49dC.Gorducho escreveu: ↑Qua, 05 Outubro 2022 - 20:27 pmnão esqueça que ≈ 49 o Claudius expulsa de Roma os seguidores de Chresto.Sr. fenrir escreveu: ↑Qua, 05 Outubro 2022 - 14:18 pmSuspeito que para tentar entender a historia do JC real, aquele conflito de 66 é essencial.
Claro, pode-se questionar se "Chresto" seria Jesus Cristo, mas é evidência...
Os sites cristãos tentam explicar esta citação dizendo que Cristo não estava lá fisicamente e sim como um símbolo.
Eu tendo a ACREDITAR que, até por envolver a comunidade judaica, se referia sim a "Jesus Cristo".
Claro: sou plenamente ciente das dúvidas que sempre pairaram.
-
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"jesus encarnado" ou "desencarnado" ?
Se for encarnado não tem como: é 49 DC.
estava confundindo com o escravo reencarnação de Emmanuel : "Em Cinquenta Anos Depois, Emmanuel é o escravo judeu convertido ao cristianismo chamado Nestório, nascido em Éfeso no ano 131. De origem judaica, é escravizado por romanos que o conduzem ao país de sua anterior existência. Nos seus 45 anos presumíveis, mostra em seu porte um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, volta a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde a infância, é preso e, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte. Com os demais, ante o martírio, canta, de olhos postos no Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor de outrora, Lívia.[1]"
Note que o Gaius Suetonius Tranquillus escreve ≈ 70 anos depois (≈ 120), então foi o que ele tinha anotado /"ouviu dizer".
Seriam os proto-cristãos, seguidores do falecido fundador ou inspirador dessa dissidência, em conflitos na Urbe com o establishment judaico.
É o que eu acho mais provável
Seriam os proto-cristãos, seguidores do falecido fundador ou inspirador dessa dissidência, em conflitos na Urbe com o establishment judaico.
É o que eu acho mais provável
Mais uma da serie "coisas que..."
Ha indicios que havia nos tempos de JC um movimento que tinha Joao Batista como figura principal e que na tentativa de cooptar os adeptos de batista ao entao nascente cristianismo, os evangelistas forçaram uma relacao proxima entre os dois inclusive tornando-os primos.
Isto deu trabalho aos teologos dado que nao era suposto que JC fosse batizado pelo Batista (JC seria deus/filho de deus e batista...). Alem disso, estudiosos do cristianismo primitivo ja encontraram indicios de que havia rivalidade entre batistas e cristaos, ao contrario do que sugere uma leitura superficial do NT.
Ha uma obscura religiao no oriente medio que venera a figura de João Batista: os Mandaicos, que consideram Adão seu fundador e João Batista o seu maior e último profeta. JC é ou visto como falso profeta ou apenas como um padre/sacerdote mandaico.
Esses mandaicos seriam herdeiros do movimento de batista no sec I. Eles inclusive tem seu livro santo, chamado Ginza.
Os mandaicos sao tambem conhecidos como nazoreanos e ha uma fonte antiga que usa esse termo para se referir a JC (note que nazoreano nao é o mesmo que nazareno).
Pode ser que o cristianismo nasceu como uma dissidencia desse movimento.
Ha indicios que havia nos tempos de JC um movimento que tinha Joao Batista como figura principal e que na tentativa de cooptar os adeptos de batista ao entao nascente cristianismo, os evangelistas forçaram uma relacao proxima entre os dois inclusive tornando-os primos.
Isto deu trabalho aos teologos dado que nao era suposto que JC fosse batizado pelo Batista (JC seria deus/filho de deus e batista...). Alem disso, estudiosos do cristianismo primitivo ja encontraram indicios de que havia rivalidade entre batistas e cristaos, ao contrario do que sugere uma leitura superficial do NT.
Ha uma obscura religiao no oriente medio que venera a figura de João Batista: os Mandaicos, que consideram Adão seu fundador e João Batista o seu maior e último profeta. JC é ou visto como falso profeta ou apenas como um padre/sacerdote mandaico.
Esses mandaicos seriam herdeiros do movimento de batista no sec I. Eles inclusive tem seu livro santo, chamado Ginza.
Os mandaicos sao tambem conhecidos como nazoreanos e ha uma fonte antiga que usa esse termo para se referir a JC (note que nazoreano nao é o mesmo que nazareno).
Pode ser que o cristianismo nasceu como uma dissidencia desse movimento.
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Era de se esperar que surgissem trocentas seitas diferentes no meio de um povo que há séculos esperava por um messias que os livraria da dominação estrangeira.fenrir escreveu: ↑Qua, 14 Dezembro 2022 - 18:45 pmMais uma da serie "coisas que..."
Ha indicios que havia nos tempos de JC um movimento que tinha Joao Batista como figura principal e que na tentativa de cooptar os adeptos de batista ao entao nascente cristianismo, os evangelistas forçaram uma relacao proxima entre os dois inclusive tornando-os primos.
Isto deu trabalho aos teologos dado que nao era suposto que JC fosse batizado pelo Batista (JC seria deus/filho de deus e batista...). Alem disso, estudiosos do cristianismo primitivo ja encontraram indicios de que havia rivalidade entre batistas e cristaos, ao contrario do que sugere uma leitura superficial do NT.
Ha uma obscura religiao no oriente medio que venera a figura de João Batista: os Mandaicos, que consideram Adão seu fundador e João Batista o seu maior e último profeta. JC é ou visto como falso profeta ou apenas como um padre/sacerdote mandaico.
Esses mandaicos seriam herdeiros do movimento de batista no sec I. Eles inclusive tem seu livro santo, chamado Ginza.
Os mandaicos sao tambem conhecidos como nazoreanos e ha uma fonte antiga que usa esse termo para se referir a JC (note que nazoreano nao é o mesmo que nazareno).
Pode ser que o cristianismo nasceu como uma dissidencia desse movimento.
Deve ter havido muitas outras e que não deixaram vestígios.