Tutu escreveu:
Comparar Brasil com EUA é um grande erro.
Não, em nenhum momento disse que o Brasil era igual ao Estados Unidos. Se fosse exatamente a mesma coisa eu não teria apresentado os Estados Unidos como exemplo e usado exemplos de negros retratados na publicidade norte-americana.
Mas como pra você a gente precisa explicar o óbvio 3 vezes, explico que estava explicando qual a origem (pois surgiu lá) de expressões como "tenho orgulho de ser negro". Como surgiram, pra quê surgiram, qual a motivação, importância e necessidade e como isso difere fundamentalmente de lemas usados por grupos racistas tais como "ORGULHO DE SER BRANCO".
"Orgulho de ser ... (preencha com o que quiser)" significa: "Não, eu não sou este ser inferior, fraco, humano de segunda classe, indigno e incapaz que vocês tentam o tempo todo me fazer acreditar que sou. E estou aqui, contra toda esta opressão, afirmando meu orgulho em ser quem sou para que outros como eu também se conscientizem, levantem a cabeça e não se deixem humilhar e oprimir e se livrem de uma vez por todas do complexo artificial de inferioridade."
Já "Orgulho de ser branco", se fosse uma expressão ingênua e sem segundas intenções, significaria apenas algo como: "eu me orgulho de ter duas orelhas".
Mas nem "orgulho de ser negro" ou "orgulho de ser branco" são sem segundas intenções. A diferença é que a primeira teve uma intenção justificável e necessária já super explicada acima, enquanto "orgulho de ser branco" foi uma patética reação racista, bastante cínica e hipócrita, que na verdade intenta expressar o desejo destas pessoas de manterem o apartheid social.
Eles criam e alimentam a fantasia de que a "raça e a cultura branca" estejam em perigo, ameaçadas, porque agora os negros não precisam mais beber água em bebedouros separados e podem até usar o mesmo banheiro que os brancos. Ou seja, é o mesmo caráter racista desprezível e intenção injusta e covarde de oprimir, daquele governador sulista que um dia se postou na frente de uma universidade para impedir três jovens negras de entrarem.
Só que naquela ópoca ele ainda podia fazer isso e ser reeleito e justificar sua própria inferioridade moral atribuindo inferioridades imaginárias aos negros. Mas hoje pessoas como ele, felizmente, já não podem fazer o mesmo, então precisaram reinventar seu racismo e covardemente esconderem-se atrás de hipocrisias como esta suposta proclamação do orgulho de ser branco.
Tutu escreveu:
O problema do Brasil é a pobreza e qualquer favelado, independente da cor, tem uma vida muito difícil.
O único problema da cor é que ela acaba revelando uma origem humilde da pessoa.
E o SEU problema é achar que pode dizer ao outro qual o problema ele pode ou não ter.
E embora você já tenha decretado o fim do racismo no Brasil, infelizmente esses negrinhos imundos, teimosos que são -defeito incorrígível dessa raça -, insistem em achar que são cotidianamene vítimas de discriminação.
Mas o que eles sabem sobre isso, não é mesmo?
Só quem sabe é você! Só você pode ensinar a essa gente até mesmo o que eles devem pensar e sentir diante de suas próprias experiências íntimas e individuais.
Tutu escreveu:
Assim, o movimento não é mais necessário nos dias de hoje e só serve como doutrinação ideológica.
Isso mesmo, parabéns!
Agora só falta um iluminado como você conseguir convencer a toda essa gente que sente na pele a necessidade, de que a necessidade não existe.
Tutu escreveu:
O problema de dizer eu "eu sou mono-orelha" diante de pessoas com três orelhas é que isso soa como uma provocação. Se a lei proíbe que o três-orelhas responda a mesma coisa, a pessoa censurada terá raiva e consequentemente levará à discórdia. Por isso, eu seria a favor de proibir para os dois. Não é bom olhar o outro como "diferente".
Ninguém está proibindo os N-orelhas de dizer nada. Essa proibição não existe, nunca existiu e nunca vai existir. Só na fantasia de vocês que querem usar isso como pretexto para proibir os monorelhas de dizer tudo. Dos proto-facistas que não dormem direito à noite quando se sentem impotentes para controlar a vida dos outros.
"Não é bom olhar o outro como diferente", falou o cara que enxerga diferenças imaginárias e patológicas na população gay e que acha que o lugar da mulher é na cozinha justificando com imaginárias e convenientes diferenças biológicas.
Mas imagine que não tivesse havido um movimento pelos direitos civis no Estados Unidos... Imagine que não tivesse existido uma reação como o movimento black power ou até mesmo reações mais radicais como os Panteras Negras. Imagine que nenhum negro tivesse proclamado o seu orgulho e imagine que Cassius Clay não tivesse mudado seu nome para Muhamed Ali... o que teria mudado desde tempo em que faziam propagandas como aquela e penduravam negros em árvores sem julgamento?
Se dependesse só da generosidade de brancos como você... nada.
Tutu escreveu:
O maior problema é o identitarismo coletivista, usados como massa de manipulação política de esquerda. Eles fazem as pessoas com determinada característica serem incluídas num grupo (fazendo os outros serem vistos como "diferente"), exageram o preconceito para causar medo, dizem que atitudes devem ser adotadas para eles e defendem privilégios na política (como cotas). As ideias são opiniões que não vieram de reflexão individual e sim aprendidas com pessoas que fazem parte do grupo no qual confiam.
Discordo que o MAIOR problema seja o identitarismo coletivista. Me parece bastante óbvio que existem problemas bem maiores do que esse.
Mas concordo com alguma coisa aí.
A realidade simples e evidente é que só existem movimentos de emancipação de grupos oprimidos minoritários (ou só grupos socialmente oprimidos porque mulheres não saõ minoritárias) porque existe a opressão como causa primária. Estes movimentos não são ativos, são reativos.
Contudo, o ser humano é o ser humano. Com todos os seus defeitos e pouquíssimas qualidades. Independentemente de raça, sexo ou orientação sexual. E quando existem movimentos como estes (reativos que são à mentalidades de pessoas como você) é consequente que surjam destes movimentos também oportunidades políticas.
Alguém vai estar se beneficiando politicamente ao se tornar um líder negro, ou liderança gay ou feminista. Assim como o Lula se beneficiou pessoalmente ao se tornar um líder sindicalista do maior sindicato da América do Sul e comandar uma greve que parou o ABC paulista.
Mas a gigantesca greve só existiu porque as demandas dos metalúrgicos existiam. Não por acaso aconteceu ao líder metalúrgico e não ao presidente do sindicato dos médicos no Brasil.
Porque os médicos estavam ganhando muito bem, estavam muito satisfeitos da vida. Mas os operários não.
Mesmo que os homens lá na FIESP - e de modo muito semelhante ao seu - acreditassem que eles não tinham razão nenhuma pra reclamar da vida. Muito menos pra reinvindicar aumento de salário e melhores condições de trabalho.
Mas a ironia em processos como esse é que, não raro, quem se beneficia lutando contra uma injustica acaba, no fundo, torcendo para que a injustiça se perpetue. Ora, se eu me elejo com o voto das mulheres levantando a bandeira feminista, no dia que o machismo acabar, acaba também minha carreira política.
E isso vale para o movimento gay, para os movimentos negros, para os judeus, etc, etc, etc...
Stalin só teve a oportunidade de deixar a míséria e se tornar o déspota da URSS porque a Revolução Industrial gerou uma massa de famélicos explorados. Para quem almeja chegar ao poder através do comunismo, a instauração de um Estado capitalista de Bem Estar Social que atenda às demandas dos trabalhadores não interessa.
Então você tem razão. Vão existir exageros e até pessoas que desejam aprofundar divisões na sociedade. E que se beneficiam com estas divisões. Mas estas são as oportunidades criadas pelos preconceitos e pelas injustiças e que deixam de existir onde não existe o preconceito e a injustiça.
Ás vezes me divirto lendo o esforço que você faz para torcer as coisas, tentando justificar toda essa sua intolerância. Como quando você observou que na Grécia Antiga TODOS os grandes homens foram "gays" e "MESMO ASSIM" ninguém ficava celebrando tal coisa, ninguém se referia ao Sócrates como "aquele grande filósofo gay".
Hahahahahhahahahhahahahahahhahhaha! Me perdoe, mas nessa hora a gente que rir.
É claro, né cara. Do mesmo que jeito na nossa sociedade ninguém se lembra de observar Oscar Niemayer foi um grande arquiteto heterossexual, ou que Lionel Messi é um grande jogador de futebol heterossexual. Porque isso seria o mesmo que alguém dizer: "Oscar Niemayer, grande arquiteto brasileiro que tinha DUAS ORELHAS". Hahahahahahahahahahahahaha!
Não, só se comenta o fato de que Van Gogh foi um grande pintor impressionaista que tinha uma orelha só. Curioso como ninguém se lembra que Portinari tinha duas.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!
Se não havia condenação à homossexualidade na Grécia, se não existia preconceito e discriminação, se aquilo era algo encarado com naturalidade e ninguém precisa esconder da família, por que diabos os gregos iriam se referir a Sócrates como um filósofo gay?
E acha que a África, antes do europeu chegar, poderia ter existido algo como um MOVIMENTO NEGRO???????
Nessa sua cegueira raivosa e patológica não enxerga o óbvio e ululante X a questão: você é a causa e razão de ser de tudo que mais odeia e combate!