A metafísica é um setor da filosofia que compreende a ontologia e a cosmologia. No sentido “banal”, ela se refere vagamente às noções obscuras da Nova Era como energia (reiki, chi, prana), sintonia vibratória, transmutações harmônicas, senso místico profundo etc e tal. O sentido banal é bastante comum no subconsciente coletivo ou popular, mas existe uma investigação “intelectual” cujo domínio cabe ao objeto de interesse dos filósofos acadêmicos.H. Bradley escreveu:"Metafísica é a busca por justificativas para o que acreditamos pela intuição; mas encontrar esses argumentos não é menos que instinto nem intuição."
O termo “metafísica” é usualmente tomado para ilustrar cosmovisões acerca da realidade dos seres, toda natureza íntima desses seres e um arcabouço engendrado para falar, pensar e escrever sobre esses seres. Por exemplo, qualquer teoria da mente pode ser interpretada como uma visão metafísica sobre os eventos psíquicos e conceitos paralelos, como raciocínio, percepção, abstração, intenção, consciência, memória etc e tal.
No entanto, grosseiramente, a metafísica se refere às estruturas do todo como monismo e dualismo, assim como reflexões correspondentes ao fundamento último da realidade.
Tudo que existe está determinado por leis naturais e não há livre arbítrio? Há entidades diabólicas? Por que existe alguma coisa em vez de nada? Existe vida após a morte bioquímica? Qual a natureza da natureza, da causalidade, da “essência” sutil? O universo foi criado a partir de nada ou existe de toda a eternidade? Esses são problemas metafísicos.
Inúmeros teóricos concordam que posições metafísicas não são científicas e que pressupostos metafísicos não podem ser discriminados objetivamente para descobrir qual é preferível. Por exemplo, dualismo e monismo são conflitantes apesar de serem ambos fundamentados pela experiência, –- mas não existe nenhuma evidência inequívoca para qualquer delas.
A partir de discussões modernas, quando o debate teológico perde atenção, pensadores direcionaram seu interesse às dúvidas sobre os graus de certeza, limites do conhecimento, origem da consciência; ou seja, questões mais epistemológicas. Toda a especulação metafísica que outrora preenche o pensamento ocidental pouco a pouco é deixada de canto para análises criteriosas de que racionalmente poderia ser dito da existência.
Metafísicos elaboram vários porquês para aderir a uma percepção em vez de diversas. Julgam que sua “ontologia” é mais eloquente; que tem o maior poder explanatório ou requer menos premissas; concluem que sua metodologia se encaixa melhor com outros ramos, como psicologia, sociologia e ciência; justificam que os teóricos/concorrentes são excessivos: razoáveis, mas improváveis.
Dentre todos há os que defendem uma convicção apelando às consequências de premissas; ou seja, isso adiciona esperança de outra existência após a morte. Há quem critique intensamente a relevância das consequências para qualquer verdade: contra argumentando que isso não possui relação com pensamento crítico e apenas com vocação subjetiva.
Richard Wiseman escreveu:"Todo mundo está predisposto a contemplar a natureza do fantástico e admitir o sobrenatural."
Obs.: Tradução livre