Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
Por que inventar nomes como "Espírito" e "alma" para um simples processamento mental envolvendo neurônios e sinapses?
Não fica mais elevado ou sublime por causa disto.
Uai, é o significado das palavras. Pega um dicionário aí e lê.
Daí
psicologia (psyche + logia = estudo da alma).
Agora, se pra vc a alma é processamento de neurônios,
é uma discussão secundária à da existência da alma.
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
E continuo esperando você me provar que uma inteligência artificial jamais se igualará a uma biológica porque lhe falta "algo" que você também não definiu.
O que falta é a experiência direta, por isso dei o exemplo da calculadora.
Você dá uma entrada, ela calcula, dá o feedback, mas faz tudo isso sem que
haja ninguém experienciando nada. Por isso não há Direitos das Calculadoras.
Uma super-calculadora mega-complexa só faz realizar ações mais elaboradas.
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
Então porque você fica repetindo coisas como "O próprio Jesus disse ..." ou, quando criticamos algumas de suas besteiras, você corre a procurar uma interpretação favorável?
Porque aparece no próprio texto o uso da interpretação alegórica, internamente ao texto, explicando coisas do próprio texto.
Por exemplo: em Gálatas, é dito que o filho da escrava e o filho da mulher livre, de Abraão,
significam a antiga lei dos hebreus e a nova liberdade em que vivem os cristãos.
Não preciso nem apelar para algo exterior para mostrar que o texto é alegórico.
Não é questão de especulação religiosa, e sim a básica
interpretação de texto.
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
Falar para o povão pode ser elitista quando se trata o povão como incapaz de entender as "verdades superiores" que só os tais de "iniciados" podem entender.
O básico que se aprende nos princípios da comunicação é que comunicar-se bem é fazer-se entender.
Falar simples não é mentir, e sim adequar ao público e à capacidade de quem está escutando.
Você prepararia, para o jardim de infância, uma aula planejada para Universidade Federal?
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
Digo apenas que "para que não entendam" é o mesmo que esconder.
Esconder de quem não quer. Não seria inconveniente fazer o contrário?
Acho exemplar. Não se impôs, não obrigou, não forçou ninguém a nada.
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
Cientistas criam "n" hipóteses diante de um fenômeno desconhecido, mas acabam chegando um consenso depois de testar e experimentar e analisar.
Consenso? A Academia está em contradição constante, sendo justamente este debate o que a enriquece.
Sabia que o materialismo é considerado reducionista e problemático por muitos acadêmicos contemporâneos?
Se quanto ao básico do básico - a estrutura da realidade - não se chega em acordo, você acha que o resto chega?
Quem foge da multiplicidade, da contradição, do debate, são os que querem dogmas, certezas prontas e homogêneas.
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
"Estudar o hebraico, as relações, a simbologia, o contexto em que foi escrito" e depois inventar interpretações mirabolantes não muda o fato de que é viagem na maionese, apenas a torna mais complexa e detalhada.
Não é viagem na maionese pelo simples fato de que essas chaves e alegorias estão no próprio texto.
Portanto, quem interpreta de maneira estúpida e literal, caricata, é quem está errado: é quem "inventa".
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
Apenas lhe dá um verniz de eruditismo e faz o "pesquisador" se sentir superior aos que o contestam sem (supostamente) ter estudado como ele.
Imagine a seguinte situação: um crente se diz anti-evolucionista.
Aí você pergunta para ele a razão de ele ser contra a teoria da evolução.
Ele diz assim: "se Darwin estava certo, por que os macacos atuais não viram gente?".
Pela interpretação profundamente caricata, fica escancarado que ele não sabe nada da teoria.
Agora, se ele se diz anti- algo que ele nem sequer estudou, nem sequer compreende, não é tolice?
Se alguém quer ser anti-comunista, não deveria saber interpretar Marx, Engels, Lenin, Gramsci?
O que dizer de alguém que define a si mesmo como opositor a algo que nem sequer entende?
É estúpido mesmo. Melhor seria não bater o martelo sobre aquilo que não conhece.
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 08:53 am
Eu já estudei muita coisa sobre a mitologia suméria e babilônica, mas você ignorou meus comentários e citações porque contradiziam a sua crença.
Não lembro de ter feito isso. Fique à vontade para trazer.
Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 09:35 am
A particular interpretação adotada para essas alegorias, uma entre tantas possíveis, também se torna um axioma.
Não. Axioma, nesse sentido dogmático, é coisa de religião. Rosacrucianismo não é religião.
Axioma é um afirmação que não pode ser demonstrada. Neste tópico e em outros,
trouxe diversas demonstrações e comparações. Se é demonstrável, não é axioma.
fenrir escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 10:33 am
1. O VT e o NT (e possivelmente outros livros) não devem ser interpretados literalmente e sim alegorica e simbolicamente
Sim, mas não do modo como o Fernando Silva insiste em colocar aqui.
Para ele, essa interpretação alegórica é uma distorção mirabolante para salvar algo injustificável.
O que é injustificável? A bizarrice, caricatura, estupidez, vulgaridade e primitividade dos mitos.
Então, para ele, o texto em si é literal, e quem interpreta alegoria está fazendo uma acrobacia.
Só que o texto é alegórico, isto é, é o texto em si que já é escrito assim, com essa intenção.
Ou seja, interpretar alegoricamente não é "inventar", e sim "descobrir". O texto foi feito para isso.
Portanto, quem interpreta literalmente é quem está "inventando", é quem está "distorcendo".
Ele pensa que a interpretação caricata dele é o texto em si, e não uma interpretação dele.
E o que estou me esforçando para trazer é que essa é que é uma leitura caricata.
E que nem os próprios filósofos judeus e cristãos, como Philon e Orígenes, faziam.
fenrir escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 10:33 am
2. Propomos (e/ou adotamos de outros) um conjunto particular de interpretação dessa alegorias e ele faz parte de nossa "Verdade Vivente"
Não, não. Você não entendeu o que eu quis dizer com isso. Deixe-me explicar: Suponha um livro antigo que ensina haver uma experiência X.
Talvez o livro esteja errado, ou talvez o livro esteja certo. Vamos apenas supor. Porém, se a experiência X não existe, o livro está errado.
Mas se a experiência X existe, então o livro está certo. O livro estar errado ou certo depende da existência ou não do X.
Não é o X que depende da existência ou não do livro. Portanto, o que realmente importa é se X é real e não o livro.
X é o que chamo "verdade vivente", isto é, a realidade em si, o que é ou não o caso independentemente dos textos.
Por quê? Porque é a realidade que importa, e não o texto. A realidade não vai se dobrar ao texto para concordar com ele.
O texto é que se torna válido ou inválido, importante ou vão, caso esteja ou não de acordo com o que é a realidade.
Por ex.: os evangelhos falam de uma experiência de um "Reino de Deus".
Se isso é real, é real independentemente de haver escritos sobre isso.
Buscar a experiência faz mais sentido do que confiar em textos.
Para buscar a experiência é preciso investigar, trilhar a Senda.
fenrir escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 10:33 am
Naqueles tempos mesmo saber ler e escrever (mal) ainda era um luxo disponível a bem poucos.
Sim, por isso eram necessários aqueles que interpretavam para o povo, como os profetas.
Lembremos que as pessoas só foram ler a Bíblia lá depois do Século XVI. Antes disso, não.
fenrir escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 10:33 am
Finalmente, quando cristões um pouco mais cultos quiseram dar ares mais intelectuais ao cristianismo, foram
buscar inspiração na filosofia grega e dai veio o gnosticismo, com seus sincretismos complexos e barrocos.
Opa, não é por aí. Os próprios cristãos padres da Igreja, como Santo Agostinho, Orígenes, Clemente de Alexandria,
já buscavam essa inspiração na filosofia grega. A origem dos gnósticos é outra, no sincretismo com mistérios egípcios.
Isso me lembra que, no próprio paganismo, já havia a divisão eSotérica X eXotérica que estou falando neste tópico.
Por um lado, os iniciados como Pitágoras traziam um ensinamento profundo, enquanto o povão praticava o culto oficial.
fenrir escreveu: ↑Sáb, 07 07America/Sao_Paulo Agosto 07America/Sao_Paulo 2021 - 10:33 am
Outro problema: determinar e apontar relações entre símbolos, palavras, etimologias e mais o que estiver sob
o sol, é fácil se tiver criatividade e conhecimento suficiente para tanto (dos símbolos, dos significados e etc).
Não é determinar, é descobrir as que há. Por ex.: aí acima, dei uma lista do significado de nomes dos patriarcas do AT.
É o significado literal dos nomes. Basta saber hebraico. Não é uma "invenção mirabolante" que estou fazendo.
R+