https://oglobo.globo.com/economia/multi ... s-24842363Multinacionais desistem do país. Crise e Custo Brasil fazem indústria cair ao menor nível em mais de 70 anos
Saída da Ford do país, anunciada esta semana, não é caso isolado. Baixo crescimento também afugenta empresas
Cássia almeida e João Sorima Neto 17/01/2021
A saída da Ford do Brasil, anunciada na última semana, é mais um golpe na indústria brasileira. A sangria não é de hoje. Desde 2018, ao menos 15 multinacionais de vários setores deixaram o país, num movimento que é mais dramático no setor industrial, com fechamento de fábricas e empregos. A crise gerada pela pandemia numa economia já estagnada e a baixa competitividade do país afastam investimento estrangeiro e aceleram a desindustrialização prematura do Brasil, sem desenvolver um setor de serviços capaz de manter crescimento da produtividade e da renda.
Entre 2000 e 2019, a participação da indústria de transformação (que exclui petróleo e minério) no Produto Interno Bruto (PIB) encolheu, passando de 13,1% para 10,1%. Com a pandemia, ficou abaixo dos 10% pela primeira vez entre janeiro e julho de 2020. É a menor participação do setor desde 1947, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
— Nosso processo de desindustrialização tem muito pouco a ver com o que outros países passaram. Aqui, foi muito rápido, agudo e prematuro. Os países, em sua maior parte, só começam a passar por isso depois de se tornarem ricos. No Brasil, aconteceu bem antes. Enquanto outros avançavam para ramos de maior sofisticação tecnológica, estávamos às voltas com a crise da dívida dos anos 1980, a hiperinflação — diz Rafael Cagnin, economista do Iedi.
Segundo estudo do Iedi, enquanto a participação do setor na economia mundial caiu em um terço entre 1970 e 2017, no Brasil recuou à metade. Entre 30 países, só Argentina, Filipinas, Rússia e Brasil começaram a ver a indústria perder espaço quando a renda per capita ainda era inferior a US$ 20 mil, o que é considerado um nível baixo pelo estudo.
Liberalismo Econômico
- Fernando Silva
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Crio esse tópico como uma chance para ouvir o outro lado,
saber se é puro preconceito, loucura da minha cabeça, enfim,
porque não consigo enxergar o dito "liberalismo" senão como o mais puro e descarado mau-caratismo.
"precisamos fazer sacrifícios, cortar direitos trabalhistas"
e não se toca nas grandes heranças, na taxação das grandes fortunas e das grandes propriedades
"não tem dinheiro para continuar o auxílio emergencial"
mas tem para milhões em "leite condensado" e emendas.
"vamos acabar com os privilégios dos funcionários públicos"
e colocar um monte de comissionados e compadres no lugar
"as famílias pobres não podem ficar vivendo do estado, pesando"
mas se precisar perdoar dívidas milionárias de grandes empresas, aí pode
"o estado não tem que intervir na economia"
mas quando a água bate na bunda até o Guedes fala em imprimir dinheiro e comprar dívida (link)
quando é para o povo, para a classe trabalhadora, aí é sempre preciso austeridade
aí chega, ano passado o congresso perdoou dívida de 1 bilhão de igrejas.
e a horda de novominions, nandominions, mamãefaleiminions, constantinominions passando pano pr'essas facadas todas na carne do povo
Amoedo falando que todos os serviços públicos do Brasil deveriam ser privatizados! Que canalhice!
Vejam o resultado da saúde privada nos EUA!
No governo Temer, venderam 25% de um campo de petróleo da Petrobrás para uma estatal norueguesa!
Mas a nossa temos que privatizar né! - por que os noruegueses não privatizam a estatal deles?
Por que a Alemanha não privatiza as estatais dela? Por que a China não privatiza as dela?
Por que esse entreguismo?
Em suma, tudo para as elites, nada para o povo.
Será que sou eu que sou burro ou louco e não entendo?
O mau-catarismo escancarado!
saber se é puro preconceito, loucura da minha cabeça, enfim,
porque não consigo enxergar o dito "liberalismo" senão como o mais puro e descarado mau-caratismo.
"precisamos fazer sacrifícios, cortar direitos trabalhistas"
e não se toca nas grandes heranças, na taxação das grandes fortunas e das grandes propriedades
"não tem dinheiro para continuar o auxílio emergencial"
mas tem para milhões em "leite condensado" e emendas.
"vamos acabar com os privilégios dos funcionários públicos"
e colocar um monte de comissionados e compadres no lugar
"as famílias pobres não podem ficar vivendo do estado, pesando"
mas se precisar perdoar dívidas milionárias de grandes empresas, aí pode
"o estado não tem que intervir na economia"
mas quando a água bate na bunda até o Guedes fala em imprimir dinheiro e comprar dívida (link)
quando é para o povo, para a classe trabalhadora, aí é sempre preciso austeridade
aí chega, ano passado o congresso perdoou dívida de 1 bilhão de igrejas.
e a horda de novominions, nandominions, mamãefaleiminions, constantinominions passando pano pr'essas facadas todas na carne do povo
Amoedo falando que todos os serviços públicos do Brasil deveriam ser privatizados! Que canalhice!
Vejam o resultado da saúde privada nos EUA!
No governo Temer, venderam 25% de um campo de petróleo da Petrobrás para uma estatal norueguesa!
Mas a nossa temos que privatizar né! - por que os noruegueses não privatizam a estatal deles?
Por que a Alemanha não privatiza as estatais dela? Por que a China não privatiza as dela?
Por que esse entreguismo?
Em suma, tudo para as elites, nada para o povo.
Será que sou eu que sou burro ou louco e não entendo?
O mau-catarismo escancarado!
- Fernando Silva
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LIberalismo é uma coisa, corrupção é outra.
Corrupção sempre existiu, roubar o povo sempre existiu. Isto independe do sistema econômico.
Não se pode dizer "Fulano se diz liberal e é corrupto, portanto o liberalismo não funciona".
Quanto às privatizações, não adianta pegar fatos isolados.
As privatizações de FHC foram um grande avanço. Pena que depois veio o PT e estragou tudo.
Quanto aos países europeus, quanto de sua economia é estatal?
Já a China era 100% estatizada e só virou o que é hoje quando permitiu a livre iniciativa e a propriedade privada.
Corrupção sempre existiu, roubar o povo sempre existiu. Isto independe do sistema econômico.
Não se pode dizer "Fulano se diz liberal e é corrupto, portanto o liberalismo não funciona".
Quanto às privatizações, não adianta pegar fatos isolados.
As privatizações de FHC foram um grande avanço. Pena que depois veio o PT e estragou tudo.
Quanto aos países europeus, quanto de sua economia é estatal?
Já a China era 100% estatizada e só virou o que é hoje quando permitiu a livre iniciativa e a propriedade privada.
Percebo várias confusões em sua postagem. É compreensível, visto que o termo "Liberalismo" tem sido banalizado no Brasil. Em parte devido a próprios movimentos que se dizem Liberais sem entender bulhufas do que significa isso, e em parte, devido à oposição que coloca tudo no mesmo balaio e desvirtua vários dos ideais liberais.
A primeira confusão que vejo os ditos liberais fazerem aqui no Brasil é achar que liberalismo implica em acabar com o estado. Ou seja: tudo o que vem do estado ou tudo o que o estado faz, é ruim. Isso é falso e beira o anarcocapistalimo. Pois o Liberalismo, a grosso modo, defende apenas que o estado foque em setores em que a iniciativa privada não possui interesse ou não é capaz de suprir toda a demanda.
E quais seriam estes setores?
- Educação;
- Desenvolvimento de pesquisas;
- Saúde e saneamento;
- Segurança pública;
- Infraestrutura.
Os setores acima são alguns exemplos de áreas que trazem externalidades positivas à sociedade e, embora a iniciativa privada possa atuar, ela não é capaz de atender a demanda em todas as localidades (muitas vezes por inviabilidade ou desinteresse econômico). Então faz total sentido a participação do estado nestes setores, e nenhum pensador liberal decente negaria isso.
Outro ponto, é que o liberalismo também reconhece as falhas de mercado. Essa máxima de "estado malvadão e mercado resolve tudo" é uma grande falácia. O estado e leis são necessários para impedir abusos de empresas privadas, descaso com consumidores, danos à sociedade e ao meio ambiente, formação de cartéis, etc.
Diferente do que muitos pensam, programas sociais também são pautas liberais. O bolsa família, por exemplo, foi proposto por Friedman já na década de 60. E o próprio Suplicy, um dos idealizadores do programa, admitiu a influência deste para a criação do programa.
Agora, em relação a algumas de suas confusões...
Claro que talvez a solução de trocar por comissionados não seja a melhor. Mas muitos dos privilégios do funcionalismo público são incoerentes e devem ser revistos sim. Principalmente aqueles do alto escalão.
Entretanto, é necessário ter cautela quanto aos excessos. Emissão de dinheiro quando não feita corretamente pode causar descontrole de inflação. E dívidas em excesso traz insegurança jurídica e uma série de outros problemas econômicos.
Gastos desnecessários e incoerentes são injustificáveis e não invalidam a necessidade de austeridade fiscal. Se não houver zelo com as contas públicas, entramos em crise e vamos ladeira abaixo, semelhantemente à Argentina.
Um exemplo deste modelo seria o financiamento por parte do governo de planos de saúde e escolas privadas para famílias sem condições financeiras. Isto não significa necessariamente a eliminação do SUS ou das escolas públicas. Mas pode vir a ser uma medida adicional além das que já existem para auxiliar aqueles que não tem acesso e educação e saúde de qualidade.
Outras medidas incluem por exemplo parcerias público-privadas, como as escolas charters, que funcionam muito bem em outros lugares. escolas charter são instituições de ensino privadas que não cobram mensalidades de seus alunos, porque são financiadas por dinheiro público: https://www.gazetadopovo.com.br/educaca ... o-de-voce/
Por que não experimentar algumas destas medidas para melhorar nossos serviços públicos? Uma delas inclusive já foi implementada no Brasil. É o caso do ProUni, que permitiu muitos estudantes sem condições a cursarem uma graduação.
Ademais, é importante frisar que as mordomias das elites no Brasil vem desde muito tempo atrás, e mesmo governos ditos "do povo" continuaram a beneficiar as tais elites.
A primeira confusão que vejo os ditos liberais fazerem aqui no Brasil é achar que liberalismo implica em acabar com o estado. Ou seja: tudo o que vem do estado ou tudo o que o estado faz, é ruim. Isso é falso e beira o anarcocapistalimo. Pois o Liberalismo, a grosso modo, defende apenas que o estado foque em setores em que a iniciativa privada não possui interesse ou não é capaz de suprir toda a demanda.
E quais seriam estes setores?
- Educação;
- Desenvolvimento de pesquisas;
- Saúde e saneamento;
- Segurança pública;
- Infraestrutura.
Os setores acima são alguns exemplos de áreas que trazem externalidades positivas à sociedade e, embora a iniciativa privada possa atuar, ela não é capaz de atender a demanda em todas as localidades (muitas vezes por inviabilidade ou desinteresse econômico). Então faz total sentido a participação do estado nestes setores, e nenhum pensador liberal decente negaria isso.
Outro ponto, é que o liberalismo também reconhece as falhas de mercado. Essa máxima de "estado malvadão e mercado resolve tudo" é uma grande falácia. O estado e leis são necessários para impedir abusos de empresas privadas, descaso com consumidores, danos à sociedade e ao meio ambiente, formação de cartéis, etc.
Diferente do que muitos pensam, programas sociais também são pautas liberais. O bolsa família, por exemplo, foi proposto por Friedman já na década de 60. E o próprio Suplicy, um dos idealizadores do programa, admitiu a influência deste para a criação do programa.
A história é desconhecida, mas não se trata de um segredo. Até Eduardo Suplicy admite a influência neoliberal. No livro Renda de Cidadania, Suplicy afirma que ele próprio se inspirou em estudos de economia na Michigan State University. Entre várias fontes de inspiração, como Karl Marx e Jesus, Suplicy menciona Hayek e Friedman.
A proposta de Friedman está no livro Capitalismo e Liberdade, de 1962. Ele sugere que, em vez de impor regulações que distorcem o mercado, como leis de salário mínimo e controles de preços, o governo deveria criar um “imposto de renda negativo”. Quem ganha menos que o piso de recolhimento do imposto de renda deveria pagar um valor negativo (ou seja, receber um subsídio) proporcional ao valor que falta para chegar ao piso.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/blog/cacador- ... rasileira/
Agora, em relação a algumas de suas confusões...
Isso não tem nada a ver com liberalismo. Trata-se apenas de uma das grandes hipocrisias e ineficiências de nosso governo, que sempre cortou onde deve e gastou desnecessariamente onde não deve.criso escreveu:"não tem dinheiro para continuar o auxílio emergencial"
mas tem para milhões em "leite condensado" e emendas.
O funcionalismo público brasileiro possui sérios problemas e não dá pra negar isso. Funcionários de setores públicos chegam a custar 3 vezes mais do que funcionários da iniciativa privada com cargos equivalentes, e os serviços e desempenho prestados na maioria das vezes são piores. Fora ainda os gastos com aposentadoria, que possuem grande impacto no déficit da previdência.
Claro que talvez a solução de trocar por comissionados não seja a melhor. Mas muitos dos privilégios do funcionalismo público são incoerentes e devem ser revistos sim. Principalmente aqueles do alto escalão.
Essa também é outra hipocrisia. Mas como eu disse, programas assistencialistas são perfeitamente compatíveis com ideais liberais. No entanto, é importante que haja auxílio por parte do governo para que estas famílias não tenham que se tornar dependentes permanentes destes programas.
Já expliquei acima que liberalismo é diferente de anarcocapitalismo. O primeiro, admite sim intervenção do estado na economia. Até mesmo o Meirelles chegou a defender a expansão da base monetária (aka "impressão de dinheiro") durante a crise do coronavírus: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52212033
Entretanto, é necessário ter cautela quanto aos excessos. Emissão de dinheiro quando não feita corretamente pode causar descontrole de inflação. E dívidas em excesso traz insegurança jurídica e uma série de outros problemas econômicos.
Novamente, mais uma hipocrisia do governo e que nada tem a ver com Liberalismo.
Gastos desnecessários e incoerentes são injustificáveis e não invalidam a necessidade de austeridade fiscal. Se não houver zelo com as contas públicas, entramos em crise e vamos ladeira abaixo, semelhantemente à Argentina.
Não tenho certeza se Amoedo disse isso mesmo. Mas se disse, ele foi incoerente com o que o Partido Novo defende. O Novo não defende privatização de serviços públicos essenciais como saúde e educação, por exemplo. Mas defende a adoção de modelos alternativos de investimento do governo para estes setores, que inclusive são adotados em outros países.
Um exemplo deste modelo seria o financiamento por parte do governo de planos de saúde e escolas privadas para famílias sem condições financeiras. Isto não significa necessariamente a eliminação do SUS ou das escolas públicas. Mas pode vir a ser uma medida adicional além das que já existem para auxiliar aqueles que não tem acesso e educação e saúde de qualidade.
Outras medidas incluem por exemplo parcerias público-privadas, como as escolas charters, que funcionam muito bem em outros lugares. escolas charter são instituições de ensino privadas que não cobram mensalidades de seus alunos, porque são financiadas por dinheiro público: https://www.gazetadopovo.com.br/educaca ... o-de-voce/
Por que não experimentar algumas destas medidas para melhorar nossos serviços públicos? Uma delas inclusive já foi implementada no Brasil. É o caso do ProUni, que permitiu muitos estudantes sem condições a cursarem uma graduação.
Você só não entendeu mesmo. O pressuposto por detrás do liberalismo econômico não é privilegiar as elites, e sim trazer prosperidade econômica. Desenvolvimento da economia é crucial para melhorar o bem-estar da população.
Ademais, é importante frisar que as mordomias das elites no Brasil vem desde muito tempo atrás, e mesmo governos ditos "do povo" continuaram a beneficiar as tais elites.
corte de R$ 4,2 bi do orçamento da Educação para 2021
https://www12.senado.leg.br/noticias/ma ... -para-2021
A educação básica deverá ser especialmente atingida após a proposta que o governo encaminhou ao Congresso Nacional de tirar R$ 1,4 bilhão do orçamento atual do Ministério da Educação para redirecionar a obras federais.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2 ... icos.ghtml
Em meio à pandemia, Capes amplia o corte de bolsas de pesquisa
https://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2020/03/20 ... -pesquisa/
"O governo Jair Bolsonaro cortou 68,9% da cota de importação de equipamentos e insumos destinados à pesquisa científica. A medida afeta principalmente as ações desenvolvidas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no combate à pandemia da Covid-19.
Em 2020, o valor foi de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão, em valores de hoje). Para 2021, serão apenas US$ 93,29 milhões (R$ 499,6 milhões).
A cota de importação é um valor total de produtos comprados de outros países, destinados à pesquisa científica, que ficam livres de impostos de importação.
Um levantamento feito pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) mostra que a redução feita pelo governo Bolsonaro, em plena pandemia, é sem precedentes na última década."
https://www1.folha.uol.com.br/equilibri ... emia.shtml
Preciso dizer alguma coisa? Piada! Olha o nosso governo "Liberal" focando nestes setores!
Na visão do Amoedo, "serviços como Saúde e Educação também poderiam ser prestados pela iniciativa privada"
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43931263
Os liberais brasileiros são os mais descarados picaretas.
Estão cagando para o povo.
Não tem verba para o auxílio que os pobres necessitam, não tem para bolsas, não tem para pesquisas,
sobra para igrejas, empresários, compadres, emendas, ninguém toca em grandes fortunas e propriedades.
Bolsonaro está conseguindo me transformar em Stalinista.
Como eu já disse, as presepadas desse governo não tem nada a ver com liberalismo. Você está jogando na conta do liberalismo as cagadas do Bolsonaro. Porém, se ele fosse socialista, continuaria fazendo as mesmas cagadas; isso porque ele é incompetente.
Aliás, de liberal esse governo não tem nada. Além de não tem desengajado as privatizações que foram prometidas, Bolsonaro ainda criou mais estatais (https://economia.uol.com.br/noticias/es ... statal.htm) e aumentou gastos com a TV Brasil, que segundo ele, iria acabar (https://noticias.uol.com.br/politica/ul ... lidera.htm).
Aliás, de liberal esse governo não tem nada. Além de não tem desengajado as privatizações que foram prometidas, Bolsonaro ainda criou mais estatais (https://economia.uol.com.br/noticias/es ... statal.htm) e aumentou gastos com a TV Brasil, que segundo ele, iria acabar (https://noticias.uol.com.br/politica/ul ... lidera.htm).
Cinzu, vc me parece ser um cara bem Centrista.
O "liberalismo" pregado por aí por Guedeminions,
Constatinominions, mamãefaleiminions e NovoMinions,
não é esse aí que você elucida não.
O "liberalismo" pregado por aí por Guedeminions,
Constatinominions, mamãefaleiminions e NovoMinions,
não é esse aí que você elucida não.
- Fernando Silva
- Conselheiro
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
^Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 16:16 pmIsto porque eles não são liberais, apenas se dizem ser.
Complementando:
De 2013 em diante surgiu uma onda liberal no Brasil que saiu por aí gritando banalidades do tipo "estado malvadão e iniciativa privada resolve tudo". Esses movimentos ganharam espaço na atual direita brasileira e se apropriaram do termo "liberalismo", defendendo valores distorcidos em relação a grandes pensadores liberais. Roberto Campos, um dos maiores defensores do liberalismo no Brasil deve estar se revirando no túmulo com a quantidade de bestialidades que se vê por aí.Cinzu escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 10:52 amo termo "Liberalismo" tem sido banalizado no Brasil. Em parte devido a próprios movimentos que se dizem Liberais sem entender bulhufas do que significa isso, e em parte, devido à oposição que coloca tudo no mesmo balaio e desvirtua vários dos ideais liberais.
Se deseja saber como economistas sérios com viés liberal realmente pensam, pesquise um pouco o que diz Marcos Lisboa, Gustavo Franco e Alexandre Schwartshman e verá que não é exatamente isso que figuras públicas como "Rodrigo Constatino" vêm propagando.
Abaixo, um artigo do André Levy que o criso precisa ler urgentemente...
“Socialismo, Anarquismo e Libertarianismo: os filhos bastardos do Liberalismo”:
http://andrelevyocontraditorio.blogspot ... nismo.html
“Socialismo, Anarquismo e Libertarianismo: os filhos bastardos do Liberalismo”:
http://andrelevyocontraditorio.blogspot ... nismo.html
Então, para vocês, o estado liberal ainda sustenta educação pública universal
saúde pública universal, pesquisa, ciência, pode intervir e regular para impedir monopólios, etc,
pode até imprimir dinheiro para contornar crises, etc etc?
Pra mim basicamente vcs são Centristas e pessoas com bom-senso
Em nada correspondem aos liberais que estão por aí no youtube, ou defendendo o bolsonaro etc.
saúde pública universal, pesquisa, ciência, pode intervir e regular para impedir monopólios, etc,
pode até imprimir dinheiro para contornar crises, etc etc?
Pra mim basicamente vcs são Centristas e pessoas com bom-senso
Em nada correspondem aos liberais que estão por aí no youtube, ou defendendo o bolsonaro etc.
- Agnoscetico
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- Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am
Grande avanço? Problemas com as empresa telefônicas, só pra citar um pequeno exemplo, é culpa do PT?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 09:00 amQuanto às privatizações, não adianta pegar fatos isolados.
As privatizações de FHC foram um grande avanço. Pena que depois veio o PT e estragou tudo.
(...)
Tá tendo uma live agora com tema de anarcocapitalismo
O dono do canal parece ter viés esquerdista, mas como ele parece argumentar melhor que a média, fica aí pra quem quiser ver:
youtu.be/4thTTaGrbyI
- Fernando Silva
- Conselheiro
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
O que você chama de "problemas com as empresas telefônicas" ?Agnoscetico escreveu: ↑Qui, 28 Janeiro 2021 - 20:45 pmGrande avanço? Problemas com as empresa telefônicas, só pra citar um pequeno exemplo, é culpa do PT?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 09:00 amQuanto às privatizações, não adianta pegar fatos isolados.
As privatizações de FHC foram um grande avanço. Pena que depois veio o PT e estragou tudo.
Antes da privatização, telefone era uma coisa rara e cara, que a gente tinha que declarar no Imposto de Renda e deixava de herança.
A firma em que eu trabalhava só tinha 2 linhas e só conseguiu mais 2 ao comprar o prédio do lado.
Depois que privatizou, enchiam nosso saco oferecendo mais e mais linhas.
Funcionava muito mal e, quando veio a Internet discada, era um inferno conseguir conexão por causa dos ruídos na linha, ligação que caía, linhas cruzadas etc.
Eu tinha que programar meu modem para esperar 2 segundos antes de discar na esperança de que, nesse tempo, desse linha. E torcer para a conexão não cair durante algum download. A Telerj era chamada de "Telerda" ou "Telemerda". Lembra da campanha "Eu odeio a Telerj" ?
Aí privatizou e, de repente, minha linha ficou ótima e sem ruído, dando sinal imediatamente.
Celular custava entre 5 e 10 mil reais. Coisa de gente rica. Dava status.
Hoje, qualquer mendigo tem celular.
Claro que, com dezenas de milhões de usuários, é de se esperar que também haja mais casos de clientes reclamando de alguma coisa.
Antes, não adiantava reclamar.
Mas o "liberalminion" brasileiro não é alguém que só repudia cabides de emprego e empresas estatais.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 29 Janeiro 2021 - 08:17 amO que você chama de "problemas com as empresas telefônicas" ?Agnoscetico escreveu: ↑Qui, 28 Janeiro 2021 - 20:45 pmGrande avanço? Problemas com as empresa telefônicas, só pra citar um pequeno exemplo, é culpa do PT?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 09:00 amQuanto às privatizações, não adianta pegar fatos isolados.
As privatizações de FHC foram um grande avanço. Pena que depois veio o PT e estragou tudo.
Antes da privatização, telefone era uma coisa rara e cara, que a gente tinha que declarar no Imposto de Renda e deixava de herança.
A firma em que eu trabalhava só tinha 2 linhas e só conseguiu mais 2 ao comprar o prédio do lado.
Depois que privatizou, enchiam nosso saco oferecendo mais e mais linhas.
Funcionava muito mal e, quando veio a Internet discada, era um inferno conseguir conexão por causa dos ruídos na linha, ligação que caía, linhas cruzadas etc.
Eu tinha que programar meu modem para esperar 2 segundos antes de discar na esperança de que, nesse tempo, desse linha. E torcer para a conexão não cair durante algum download. A Telerj era chamada de "Telerda" ou "Telemerda". Lembra da campanha "Eu odeio a Telerj" ?
Aí privatizou e, de repente, minha linha ficou ótima e sem ruído, dando sinal imediatamente.
Celular custava entre 5 e 10 mil reais. Coisa de gente rica. Dava status.
Hoje, qualquer mendigo tem celular.
Claro que, com dezenas de milhões de usuários, é de se esperar que também haja mais casos de clientes reclamando de alguma coisa.
Antes, não adiantava reclamar.
É o cara que quer privatizar tudo, cortar tudo, que reclama até mesmo dos gastos com universidades e dos direitos trabalhistas.
Liberal em que sentido?
Social, político ou econômico?
Também sou a favor de taxar herança, grandes fortunas, privilégios e tributação progressiva. As pessoas que são contra tem uma paranoia de que só os milionários podem empreender para mover a economia e os empregos e que essas medidas criariam colapso econômico ou é coisa de "socialização dos meios de produção".
Empresa lucrativa dá mais imposto.
E se te chamar de stalinista só porque você é contra privatização?
Além disso, com pandemia é difícil investir em educação.
Social, político ou econômico?
Estou longe de ser liberal em algum aspecto e estou mais focado em objetivos e pragmatismo.
Eu concordo tanto em cortar direitos trabalhistas burrocráticos como salário mínimo, 13º, terço de férias e outras coisas que prejudicam a negociação e a empregabilidade.
Também sou a favor de taxar herança, grandes fortunas, privilégios e tributação progressiva. As pessoas que são contra tem uma paranoia de que só os milionários podem empreender para mover a economia e os empregos e que essas medidas criariam colapso econômico ou é coisa de "socialização dos meios de produção".
Empresa lucrativa dá mais imposto.
Por que não fazemos uma lista de momentos em que o PT traiu o trabalhador e favoreceu o grande capital? Tinha um tópico antigo no facebook chamado "PT é um partido de direita" que mostra tudo isso.criso escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 00:05 am"não tem dinheiro para continuar o auxílio emergencial"
mas tem para milhões em "leite condensado" e emendas.
"vamos acabar com os privilégios dos funcionários públicos"
e colocar um monte de comissionados e compadres no lugar
"as famílias pobres não podem ficar vivendo do estado, pesando"
mas se precisar perdoar dívidas milionárias de grandes empresas, aí pode
"o estado não tem que intervir na economia"
mas quando a água bate na bunda até o Guedes fala em imprimir dinheiro e comprar dívida (link)
O youtube é um ambiente insalubre em termos de ideias políticas de esquerda ou direita. Tem que ser extremamente seletivo. Até os canais bons costumam cagar demais.
Liberalismo é só uma ideia. Tirando os malucos ideológicos formados nesses ambientes insalubres, as pessoas não são extremistas em todas os aspectos do liberalismo.
E se te chamar de stalinista só porque você é contra privatização?
Isso tem nada a ver com o assunto do tópico. Bozo que é contra a educação.criso escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 11:48 amcorte de R$ 4,2 bi do orçamento da Educação para 2021
https://www12.senado.leg.br/noticias/ma ... -para-2021
A educação básica deverá ser especialmente atingida após a proposta que o governo encaminhou ao Congresso Nacional de tirar R$ 1,4 bilhão do orçamento atual do Ministério da Educação para redirecionar a obras federais.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2 ... icos.ghtml
Em meio à pandemia, Capes amplia o corte de bolsas de pesquisa
https://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2020/03/20 ... -pesquisa/
Além disso, com pandemia é difícil investir em educação.
Que estado grande. Os bolso-liberais e olavetes vão te chamar de comunista.
Quem diria que há ideias econômicas liberais de esquerda.Cinzu escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 10:52 amDiferente do que muitos pensam, programas sociais também são pautas liberais. O bolsa família, por exemplo, foi proposto por Friedman já na década de 60. E o próprio Suplicy, um dos idealizadores do programa, admitiu a influência deste para a criação do programa.
Para essa turminha militante midiática que se acha intelectual, o pensamento econômico geralmente se resume à Escola Austríaca de economia (com grande ênfase às obras de Ludwig von Mises) ou aos livros didáticos de Milton Friedman (ou outro economista da Universidade de Chicago com ideário similar).criso escreveu: ↑Sex, 29 Janeiro 2021 - 09:33 amMas o "liberalminion" brasileiro não é alguém que só repudia cabides de emprego e empresas estatais.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 29 Janeiro 2021 - 08:17 amO que você chama de "problemas com as empresas telefônicas" ?Agnoscetico escreveu: ↑Qui, 28 Janeiro 2021 - 20:45 pmGrande avanço? Problemas com as empresa telefônicas, só pra citar um pequeno exemplo, é culpa do PT?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 27 Janeiro 2021 - 09:00 amQuanto às privatizações, não adianta pegar fatos isolados.
As privatizações de FHC foram um grande avanço. Pena que depois veio o PT e estragou tudo.
Antes da privatização, telefone era uma coisa rara e cara, que a gente tinha que declarar no Imposto de Renda e deixava de herança.
A firma em que eu trabalhava só tinha 2 linhas e só conseguiu mais 2 ao comprar o prédio do lado.
Depois que privatizou, enchiam nosso saco oferecendo mais e mais linhas.
Funcionava muito mal e, quando veio a Internet discada, era um inferno conseguir conexão por causa dos ruídos na linha, ligação que caía, linhas cruzadas etc.
Eu tinha que programar meu modem para esperar 2 segundos antes de discar na esperança de que, nesse tempo, desse linha. E torcer para a conexão não cair durante algum download. A Telerj era chamada de "Telerda" ou "Telemerda". Lembra da campanha "Eu odeio a Telerj" ?
Aí privatizou e, de repente, minha linha ficou ótima e sem ruído, dando sinal imediatamente.
Celular custava entre 5 e 10 mil reais. Coisa de gente rica. Dava status.
Hoje, qualquer mendigo tem celular.
Claro que, com dezenas de milhões de usuários, é de se esperar que também haja mais casos de clientes reclamando de alguma coisa.
Antes, não adiantava reclamar.
É o cara que quer privatizar tudo, cortar tudo, que reclama até mesmo dos gastos com universidades e dos direitos trabalhistas.
Mas tem esse problema em condicionar liberalismo a esse ideário econômico: o Liberalismo Clássico surgiu no Reino Unido muito antes de essas escolas de pensamento econômico surgirem. E a ideologia econômica minarquista ou anarquista em nada se relacionam com Liberalismo Clássico, como já foi explicado no artigo que mostrei neste tópico.
Na verdade só conhecem Mises mesmo, que está mais para minarquista/libertário.Huxley escreveu: ↑Sex, 29 Janeiro 2021 - 12:07 pmPara essa turminha militante midiática que se acha intelectual, o pensamento econômico geralmente se resume à Escola Austríaca de economia (com grande ênfase às obras de Ludwig von Mises) ou aos livros didáticos de Milton Friedman (ou outro economista da Universidade de Chicago com ideário similar).
Para o liberalismo econômico, Mises tem praticamente zero relevância acadêmica, visto que a abordagem liberal dele é mais filosófica. Já Friedman e Hayek, pelo menos ainda trazem contribuições acadêmicas, inclusive ambos possuem Nobel em economia. Mas ainda assim, não são tão conhecidos no meio popular quanto Mises.
Liberalismo não necessariamente é de direita. Existem muitos movimentos liberais sociais que defendem pautas LGBT, liberação de drogas, etc.Quem diria que há ideias econômicas liberais de esquerda.
Não é grande. É possível tudo isso existir e ainda assim ter uma economia livre e com baixa carga tributária.
A carga tributária do Uruguai e Chile, por exemplo, é de pouco mais que 20%. E mesmo assim são os países com maior PIB per capita e IDH da América Latina.
É importante frisar ainda que existem várias vertentes liberais. Eu comentei um pouco sobre liberalismo econômico de forma geral, mas mesmo este, é abordado de formas distintas por diferentes autores que se denominam liberais. O Huxley apresentou um pouco do liberalismo clássico e movimentos que surgiram depois.
Deixo aqui, algumas conceituações do Liberalismo social. Recomendo darem uma lida; pois irão perceber que se distingue muito do que temos visto dos movimentos liberais aqui no Brasil.
Tirei da wikipedia e pode conter inexatidão de informações. Mas no link, há varias referências citadas.
Deixo aqui, algumas conceituações do Liberalismo social. Recomendo darem uma lida; pois irão perceber que se distingue muito do que temos visto dos movimentos liberais aqui no Brasil.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_socialO social liberalismo, ou liberalismo social, é um desenvolvimento do liberalismo no início do século XX que, tal como outras formas de liberalismo, vê a liberdade individual como um objetivo central. A diferença está no que se define por liberdade. Para o liberalismo clássico, liberdade é a inexistência de compulsão e coação nas relações entre os indivíduos, já para o liberalismo social a falta de oportunidades de emprego, educação, saúde etc. podem ser tão prejudiciais para a liberdade como a compulsão e coação.
As ideias e partidos que adotam o liberalismo social são considerados de centro. Derivando disso, os liberais sociais se encontram entre os mais fortes defensores dos direitos humanos e das liberdades civis, embora combinando esta vertente com o apoio a uma economia em que o estado desempenha essencialmente um papel de regulador e de garantidor do acesso a todos (independentemente da sua capacidade econômica), aos serviços públicos que asseguram os direitos sociais considerados fundamentais. Todavia no liberalismo social, o estado não tem obrigatoriamente de ser o fornecedor do serviço público, tendo apenas de garantir que todos os cidadãos têm acesso a serviços públicos básicos, independentemente da sua capacidade econômica. Nos Países Baixos, por exemplo, apenas um terço das escolas da rede pública de educação são detidas e geridas pelo estado, sendo as restantes dois terços detidas e geridas por privados.
A palavra social é utilizada nesta versão do liberalismo com um duplo sentido. Um primeiro como forma de diferenciação dos grupos que defendem correntes do liberalismo como o liberalismo clássico, o neoliberalismo e o libertarianismo. Um segundo como forma de se aproximar de ideais progressistas ao nível da defesa das liberdades individuais e em oposição às ideias defendidas pelos partidos conservadores. O Liberalismo Social é uma filosofia política que enfatiza a colaboração mútua através de instituições liberais, em oposição à utilização da força para resolver as controvérsias políticas. Rejeitando quer a versão "laissez-faire" do capitalismo, quer os elementos revolucionários da escola socialista, o liberalismo social coloca a sua ênfase nas liberdades positivas, tendo como objetivo aumentar as liberdades dos desfavorecidos da sociedade.
Exemplos na atualidade
Por exemplo nos Países Baixos, mais da metade das escolas da rede pública são detidas por instituições privadas, mas o Estado garante que qualquer criança tenha acesso à educação independentemente das condições financeiras dos pais, podendo os pais escolher qualquer escola da referida rede pública. Nos Países Baixos o sistema de saúde funciona apenas por seguros, todavia caso o cidadão não tenha condições financeiras para suster um seguro básico de saúde, o Estado paga-o.
Em geral, os liberais sociais contemporâneos apoiam:
• Uma economia de mercado constituída essencialmente por empresas privadas, mas onde existem programas e serviços detidos ou subsidiados pelo governo de educação, saúde, cuidado infantil, etc., para todos os cidadãos;
• Entidades reguladoras que defendem os trabalhadores, consumidores e a competição;
• Comércio livre;
• Um sistema básico de segurança social; podendo ser gerido por privados;
• Níveis moderados de taxação;
• Leis de proteção ambiental, embora muitas vezes não com a extensão defendida pelos ecologistas;
• Uma grande abertura à emigração, imigração e multiculturalismo;
• Uma política social laica e de alta liberdade civil, incluindo apoio a educação sexual, direitos LGBT, direitos reprodutivos, pesquisa em células estaminais, abolição da pena capital e eutanásia;
• Uma descrença na existência de crimes sem vítima (ex: drogas e prostituição) e na necessária descriminalização ou legalização destas práticas;
• Sistemas decisórios descentralizados;
• Internacionalismo, em oposição ao nacionalismo extremista;
• Uma política externa promotora da democracia, direitos humanos e sempre que possível, do multilateralismo;
• Direitos humanos, a defesa de direitos sociais e civis.
• Direito inalienável à legítima defesa, incluindo o direito de possuir armas para tal fim.
Tirei da wikipedia e pode conter inexatidão de informações. Mas no link, há varias referências citadas.
- Agnoscetico
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Alexandre Porto fez um vídeo parecendo indignado como casos das big techs sobre caso da expulsão do Trump. Criticou grandes empresas capitalistas como oligopólicas associadas ao estado (ele não apresentou evidência, só deu falou de forma generalizada). Ele disse que quandoTambém sou a favor de taxar herança, grandes fortunas, privilégios e tributação progressiva. As pessoas que são contra tem uma paranoia de que só os milionários podem empreender para mover a economia e os empregos e que essas medidas criariam colapso econômico ou é coisa de "socialização dos meios de produção".
Só falta daqui a pouco ancaps serem a favor de taxarem grandes fortunas (parecendo como muitos esquerdistas). Mas acho que ele só falou isso porque se doeu por que achou uma vitória da lacração na questão da expulsão do Trump do Twitter. Se fosse uma figura de esquerda fazendo isso não sei se iam fazer esse estardalhaço.
Só é necessário um pouco de cautela quando se fala em taxar grandes fortunas. Pois se essa taxação for exagerada, ocorre fuga de capitais. Grandes empresários deixam de investir no Brasil e passam a se interessar em alocar os recursos em países onde essa taxação não ocorre, ou não é tão elevada.
Toda e qualquer interferência estatal nos meios de produção traz efeitos colaterais. É como um remédio. Se dosada apropriadamente, pode compensar problemas mais graves sem causar efeitos significativos. Mas em excesso, pode causar efeitos piores que o problema em questão.
Toda e qualquer interferência estatal nos meios de produção traz efeitos colaterais. É como um remédio. Se dosada apropriadamente, pode compensar problemas mais graves sem causar efeitos significativos. Mas em excesso, pode causar efeitos piores que o problema em questão.
- Agnoscetico
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Eu nem tenho opinião formada sobre taxar grandes fortunas no geral. Eu, a princípio, sou contra taxar empresas ou empresários que geram empregos; mas, a princípio, não pensaria duas vezes em ser a favor de taxar fortunas de pessoas como artistas que ganham muito sem gerar empregos (desconsidero os empregos de empregados domésticos deles, etc), como uma tal de Anita, etc, e também ricos que herdam fortunas e não fazem nada pra justificar o que eles tem, como o tal Chiquinho Scarpa.Cinzu escreveu: ↑Sáb, 30 Janeiro 2021 - 00:31 amSó é necessário um pouco de cautela quando se fala em taxar grandes fortunas. Pois se essa taxação for exagerada, ocorre fuga de capitais. Grandes empresários deixam de investir no Brasil e passam a se interessar em alocar os recursos em países onde essa taxação não ocorre, ou não é tão elevada.
Toda e qualquer interferência estatal nos meios de produção traz efeitos colaterais. É como um remédio. Se dosada apropriadamente, pode compensar problemas mais graves sem causar efeitos significativos. Mas em excesso, pode causar efeitos piores que o problema em questão.
Ocorre que a questão não é apenas geração de emprego. Mas estes artistas também consomem. Compram imóveis, artigos de luxo, carrões, lanchas, etc. Estes itens de alto padrão de uma forma geral possuem impostos bem altos. Então eles também contribuem e muito para a movimentação da economia.
- Agnoscetico
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Sim, sei disso. Mas nem de longe se compararia com que gera emprego de forma mais constante (não sei qual termo certo pra definir) do que compras casuais e gatos sazonais (viagens, turismo, etc) que só geram vendasCinzu escreveu: ↑Sáb, 30 Janeiro 2021 - 15:47 pmOcorre que a questão não é apenas geração de emprego. Mas estes artistas também consomem. Compram imóveis, artigos de luxo, carrões, lanchas, etc. Estes itens de alto padrão de uma forma geral possuem impostos bem altos. Então eles também contribuem e muito para a movimentação da economia.
Conheço gente que defende liberalismo mas curiosamente defende minimalismo e critica a cultura da ostentação (que estimula pessoas a ficarem compulsivas em comprar sem moderação)
E além disso há os artistas sovinas também.
De qualquer jeito não acho que seja simples e não tenho opinião formada de forma definitiva, e não vou me deixar levar porque há exceções e casos especiais.
...
Não é minha lógica mas ta aí um vídeo dum entusiasta do capitalismo mas também do minimalismo. Ele tem pensamento algo tipo:
"Capitalismo gera empregos e lucros com ostentação e gastos compulsivos mas gera dívidas, pois sem acúmulo se perde muito (um perde a longo prazo e outro ganha a curto prazo).
youtu.be/EOsgzHVEJQ0
youtu.be/QKmKpBVMYik
Na minha opinião, o dinheiro que esses ricaços dão para manter empregos na indústria de imóveis, carrões e luxos deveria ser taxado para ser usado para manter empregos na área de infraestrutura, educação, saúde e construção de habitação para sem tetos. Sim, quando o político desvia o dinheiro, o destino dele será o mesmo que com o rico.Cinzu escreveu: ↑Sáb, 30 Janeiro 2021 - 15:47 pmOcorre que a questão não é apenas geração de emprego. Mas estes artistas também consomem. Compram imóveis, artigos de luxo, carrões, lanchas, etc. Estes itens de alto padrão de uma forma geral possuem impostos bem altos. Então eles também contribuem e muito para a movimentação da economia.
O preço de uma BMW paga 5 cursos em faculdade ou um apartamento para sem teto. Nos três casos tem trabalhadores recebendo dinheiro, mas em quais existe benefício social de longo prazo?
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Eu não sou exatamente um liberal econômico e quando falam em Estado mínimo penso que é preciso saber o quão reduzido é esse mínimo.
Mas a experiência e a lógica já demonstraram que o Estado assistencialista e empresário não funciona e é contraproducente. Não é ser insensível - eu me importo com os pobres -, é ser realista. Porque o assistencialismo dá com uma mão e tira o dobro com a outra.
Tome o auxílio emergencial, por exemplo. Seria ótimo se o governo pudesse dar 600 reais para cada chefe de família, mas isso tem um preço. E o preço se chama inflação.
Alguém notou como o custo dos alimentos subiu desde o auxílio? A inflação real para as famílias de baixa renda está sendo muito, muito maior, do que aquela medida pelos índices. E isso porque alimentação consome a maior parte da receita de uma família pobre.
O auxílio foi necessário pois, como o próprio nome já diz, era emergencial. Mas se isto for transformado em um irresponsável e eleitoreiro renda Brasil, nós podemos entrar novamente em uma espiral inflacionária. E todos vão sofrer, principalmente os mais pobres.
Eu vivi o drama e a loucura da inflação nos anos 80 e 90, o país estagnado e ninguém investia porque não se sabia quanto produtos e serviços poderiam estar custando 30 dias depois. Era impossível uma empresa fazer planejamento de longo prazo e quem ganhava dinheiro nesse país eram os bancos e os especuladores.
E a raiz do problema era conhecida (assim como a solução): as estatais controlavam uma parte significativa da economia, mas eram ineficientes e deficitárias e o governo tinha que imprimir dinheiro para fechar a conta.
Mas quando se falava em privatização, os demagogos (Bolsonaro incluso), apelavam para os pobres, para os funcionários públicos, para o interesse nacional... Só que o interesse da nação era sair daquele atoleiro.
Ocorre que a Economia, assim como a Física, é regida por algumas leis fundamentais que não são abolidas artificialmente com canetadas e decretos.
Neste sentido é que sou liberal. No sentido de que é preciso aceitar e respeitar a natureza intrínseca da dinâmica da atividade econômica.
Mas a experiência e a lógica já demonstraram que o Estado assistencialista e empresário não funciona e é contraproducente. Não é ser insensível - eu me importo com os pobres -, é ser realista. Porque o assistencialismo dá com uma mão e tira o dobro com a outra.
Tome o auxílio emergencial, por exemplo. Seria ótimo se o governo pudesse dar 600 reais para cada chefe de família, mas isso tem um preço. E o preço se chama inflação.
Alguém notou como o custo dos alimentos subiu desde o auxílio? A inflação real para as famílias de baixa renda está sendo muito, muito maior, do que aquela medida pelos índices. E isso porque alimentação consome a maior parte da receita de uma família pobre.
O auxílio foi necessário pois, como o próprio nome já diz, era emergencial. Mas se isto for transformado em um irresponsável e eleitoreiro renda Brasil, nós podemos entrar novamente em uma espiral inflacionária. E todos vão sofrer, principalmente os mais pobres.
Eu vivi o drama e a loucura da inflação nos anos 80 e 90, o país estagnado e ninguém investia porque não se sabia quanto produtos e serviços poderiam estar custando 30 dias depois. Era impossível uma empresa fazer planejamento de longo prazo e quem ganhava dinheiro nesse país eram os bancos e os especuladores.
E a raiz do problema era conhecida (assim como a solução): as estatais controlavam uma parte significativa da economia, mas eram ineficientes e deficitárias e o governo tinha que imprimir dinheiro para fechar a conta.
Mas quando se falava em privatização, os demagogos (Bolsonaro incluso), apelavam para os pobres, para os funcionários públicos, para o interesse nacional... Só que o interesse da nação era sair daquele atoleiro.
Ocorre que a Economia, assim como a Física, é regida por algumas leis fundamentais que não são abolidas artificialmente com canetadas e decretos.
Neste sentido é que sou liberal. No sentido de que é preciso aceitar e respeitar a natureza intrínseca da dinâmica da atividade econômica.
- Agnoscetico
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- Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am
O que acha desse aqui: Errou muito, mais ou menos, acertou muito, etc?
O Curioso Caso do Novo Liberal - Vídeo 202
youtu.be/2mjDHd0G6FM
O Curioso Caso do Novo Liberal - Vídeo 202
Spoiler:
youtu.be/2mjDHd0G6FM
"[...] pq esse pessoal é jovem,Agnoscetico escreveu: ↑Qui, 04 Fevereiro 2021 - 14:33 pmO que acha desse aqui: Errou muito, mais ou menos, acertou muito, etc?
O Curioso Caso do Novo Liberal - Vídeo 202
Spoiler:
youtu.be/2mjDHd0G6FM
não tem experiência de vida"
Collor é jovem?
Paulo Guedes é jovem?
Rodrigo Constantino é jovem?
ah não me venha com essa mano
só mau-caratismo escancarado mesmo
Albert Einstein - Por que Socialismo?
https://www.marxists.org/portugues/eins ... alismo.htm
https://www.marxists.org/portugues/eins ... alismo.htm
Agnoscetico escreveu: ↑Qui, 04 Fevereiro 2021 - 14:33 pmO que acha desse aqui: Errou muito, mais ou menos, acertou muito, etc?
O Curioso Caso do Novo Liberal - Vídeo 202
Spoiler:
youtu.be/2mjDHd0G6FM
1- O vídeo acima se concentra em falar sobre militantes que acreditam ser liberais (ênfase no “acreditam”, afinal, tem até “ancaps” na lista), não em filósofos liberais clássicos dignos de nota ou coisa superior. Entre ser um militante midiático e ser um intelectual relevante de determinada doutrina política existe uma diferença enorme.
2- E o que dizer da defesa das “liberdades pessoais como o critério máximo de julgamento da realidade”? Uma posição, simultaneamente, razoável e coerente com a nomenclatura "liberal" seria dizer que "a liberdade é o primeiro bem essencial de um indivíduo", e não "defendo as liberdades pessoais como o critério máximo de julgamento da realidade”. Para entender isso, considere a seguinte analogia. A água é o primeiro nutriente essencial de um organismo humano que está perdido em um ambiente longe da civilização. Mas, dentro desse contexto, isso não é equivalente a dizer "defendo a água como critério máximo de julgamento da realidade da nutrição". Voltando à questão da liberdade, pode ser que ela seja o maior valor político mais por ser um meio eficaz para evitar o mal conhecido do que por ser um fim em si mesmo.
3- Não é insensato dizer que certos Estados-nações são desenvolvidos por causa de instituições políticas pró-liberdade. E existe razão para acreditar que o imperialismo e o colonialismo não são causas importantes para explicar a presença do Primeiro Mundo em determinados lugares, como defendido na obra Por que as Nações Fracassam de Daron Acemoglu e James Robinson. Afinal, existem países com pouca ou nenhuma conquista imperialista colonialista na história dos últimos séculos e que atualmente são desenvolvidos. Por outro lado, existem países que jamais foram colônias, ou foram por apenas alguns poucos anos, e ainda assim figuram entre os países mais pobres e mais atrasados do mundo.
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Dá pra ver que Einstein leu Karl Marx.criso escreveu: ↑Qui, 04 Fevereiro 2021 - 19:13 pmAlbert Einstein - Por que Socialismo?
https://www.marxists.org/portugues/eins ... alismo.htm
O problema é que ele fala de um socialismo teórico. E claro, na teoria, o socialismo é uma proposta de um modelo socioético.
Mas este texto foi escrito em 1949 quando as pessoas no ocidente sabiam muito pouco da realidade de uma experiência concreta de Estado socialista. E o que se sabia, as poucas informações que chegavam, geralmente eram desconsideradas como mera propaganda anti-comunista.
Infelizmente a experiência demonstrou que o socialismo da vida real, o único possível, não realiza as aspirações do socialismo teórico e muito menos é uma etapa para o comunismo. Pelo contrário, a História mostra que todos os ensaios de socialismo foram gradativamente, mas paulatinamente, se afastando do marxismo teórico em direção ao retorno à economia de mercado. Enquanto que as tentativas de implantar um socialismo mais "puro" se converteram sem exceções em completos desastres e genocídios.
O socialismo tem dois defeitos fundamentais, intrínsecos, que não podem ser corrigidos a menos que o modelo sócio-político-econômico divirja cada vez mais dos próprios postulados socialistas.
O primeiro é o totalitarismo. Não é possível conciliar democracia com projeto coletivista porque os interesses individuais mais imediatos, raramente estão alinhados com um projeto de sociedade coletivista. Por exemplo: na União Soviética e em outros estados socialistas, uma família teria que morar onde o Estado determinasse e muitas vezes até com outras famílias no mesmo imóvel, não podendo decidir nem sobre sua própria casa e nem mesmo escolher com quais pessoas dividiria a habitação. Também, muitas vezes, um profissional recém-formado seria mandado para trabalhar onde algum burocrata do governo determinasse. Na Sibéria talvez, ou no estrangeiro.
As pessoas não aceitam situações assim para suas vidas de bom grado, simplesmente dispostas a fazer sacrifícios pessoais em prol do bem comum. Não, tem que ser imposto. E necessariamente por um governo forte e que se faz temido.
E nós vimos como a glassnost precipitou o colapso do comunismo na Cortina de Ferro.
O segundo problema é que o modelo socialista não tem mecanismos naturais e eficientes de estimular a inventividade e as iniciativas individuais. Produz-se um Estado onde quase todos são funcionários públicos acomodados. A estagnação, a ineficiência e uma imensa dificuldade para produzir riquezas ou mesmo os mais simples bens de consumo que supram necessidades básicas foi uma característica comum de todas as experiências socialistas no século passado.
Marx e Engels abordaram estas possíveis deficiências do modelo socialista mas as minimizaram baseando-se unicamente em uma concepção idealizada do que seria a real natureza humana, uma concepção que se mostrou na prática equivocada e fantasiosa.
Nós sabemos que o capitalismo também tem como consequência graves problemas, mas é um modelo que se estabeleceu naturalmente e que talvez possa ser aprimorado. O capitalismo não foi imposto ao homem. Também não é a implatanção de uma teoria criada por grandes pensadores: é simplesmente o ser humano sendo ser humano.
E uma vez que o ser humano será sempre o ser humano, nós temos que aprender a viver melhor com a nossa própria natureza. E se isto não for possível não existe nenhuma outra solução.
Como assim o capitalismo se estabeleceu naturalmente?Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmNós sabemos que o capitalismo também tem como consequência graves problemas,
mas é um modelo que se estabeleceu naturalmente e que talvez possa ser aprimorado.
A Natureza é capitalista? Existe algum "gene capitalista" no DNA?
O gênero homo existe a 2 milhões de anos; o capitalismo, a menos de cinco séculos.
Você está simplesmente repetindo condicionamento ideológico capitalista.
O que é ideologia? Um sistema de crenças que legitima um modo de dominação.
Se voltássemos no tempo, você seria o cara defendendo o monarca porque
"é o direito natural, se desenvolveu naturalmente". Não existe isso, cara.
E outra coisa, esse argumento é duplamente ruim, porque natureza não é desculpa para nada.
Na natureza acontecem diariamente estupros, torturas, predações sem-fim.
Cabe a nós, seres morais e racionais, superar tudo isso.
Cara, um sujeito esperto como você dizer uma asneira dessas!
A base do capitalismo é imposição e imperialismo a ferro e fogo!
Seja ativa e direta, através do monopólio da força pelo estado burguês
que protege as grandes propriedades com polícia, prisões e exércitos;
Seja indireta, pelo controle das instituições e aparatos ideológicos,
ou relações internacionais exploradoras; seja indireta, na coerção pela fome e miséria.
Você acha que o exército de desempregados é um "fenômeno da natureza"?
Você acha que as grandes indústrias simplesmente "brotam"?
O que o ser humano estava sendo nos 1 milhão, novecentos milênios e noventa e cinco séculos antes do Estado Burguês existir?Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmTambém não é a implatanção de uma teoria criada por grandes pensadores: é simplesmente o ser humano sendo ser humano.
O erro é tão simples quanto crasso -
Todo ser humano, nascendo em sua própria época, vendo suas instituições, tomará tudo por natural.
É claro, porque ele encontrou as coisas já assim dispostas, como se sempre o tivessem sido.
Afinal de contas, é a referência que ele tem de como tudo "funciona".
Sendo que é tudo arbitrário, planejado, imposto, convencionado.
Mas como esse é "o mundo que ele encontrou"
- e não o que viveu para ver forjar-se -,
então é tudo muito "natural".
Se acontece uma revolução comunista, aí "não é natural",
aí é uma tentativa "artificial", "arbitrária" de fazer as coisas funcionarem doutro jeito a bel prazer.
Mas se você nascer após a burguesia derrubar o antigo regime, aí é "natural", "aconteceu naturalmente".
Durante 99,9% da história da Humanidade não houve estados-nações nem propriedade privada dos meios de produção.Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmE uma vez que o ser humano será sempre o ser humano, nós temos que aprender a viver melhor com a nossa própria natureza. E se isto não for possível não existe nenhuma outra solução.
Mas o 0,1% é nossa incambiável, essencial natureza humana. Entendi.
Editado pela última vez por criso em Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 09:23 am, em um total de 2 vezes.
- Fernando Silva
- Conselheiro
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
Parece-me natural que os mais fortes, mais esforçados e mais capazes tenham, na média, mais sucesso que os demais.criso escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 05:15 amComo assim o capitalismo se estabeleceu naturalmente?Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmNós sabemos que o capitalismo também tem como consequência graves problemas,
mas é um modelo que se estabeleceu naturalmente e que talvez possa ser aprimorado.
A Natureza é capitalista? Existe algum "gene capitalista" no DNA?
Parece-me natural que quem trabalhou duro para conseguir alguma coisa não queira repartir o resultado com parasitas.
A menos que adotemos o sistema das formigas, abelhas e cupins em que não há individualidade e cada um é apenas uma célula descartável de algo maior (colmeia, formigueiro).
No passado, os mais fortes se tornavam reis ou tiranos e submetiam os outros em troca de proteção.
A evolução tecnológica levou a uma fartura relativa e o poder absoluto dos reis diminuiu.
Hoje, o dinheiro abre portas e não é preciso ter nascido de família nobre para ser respeitado (embora ajude).
- Fernando Silva
- Conselheiro
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
Na natureza, cada espécie se multiplica até encontrar uma barreira qualquer: alimento, território, predadores. Quem nascer além disso morre.
Na sociedade humana, apesar de todo o progresso, a riqueza é limitada e sempre haverá desempregados e com fome.
Com a revolução industrial, a população pulou de 1 bilhão para quase 8 bilhões em menos de 200 anos.
Mas os limites e barreiras continuam e quem esbarra nesse limite morre de fome.
Não. Elas são o resultado de talento, oportunidade e trabalho duro.
É uma tentativa antinatural de forçar a igualdade de indivíduos diferentes.
Como não é possível igualar por cima, acaba-se igualando por baixo, na mediocridade.
E daí? Só nos últimos 200 anos, com a revolução industrial (financiada pelo capital acumulado de uns poucos) é que isto foi possível em larga escala.
-
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- Registrado em: Ter, 24 Março 2020 - 11:28 am
Pelos comentários do criso, está claro que não fui suficientemente claro.
Qual padrão é mais dominante e determinante no ser humano: o altruísmo ou o individualismo?
Se, como observou o Fernando Silva, nós tivéssemos evoluído como as formigas ou as abelhas, eu diria que o altruísmo - se doar para o outro, para a coletividade - seria a nossa natureza. Nestes insetos coletivistas o altruísmo é um padrão dominante sobre o individualismo. O individualismo ainda existe, se você ameaça uma formiga ela tenta se pôr em segurança. Mas ela facilmente sacrifica sua vida em prol do formigueiro e quando isso não ocorre é exceção.
Então, se fossemos como as formigas ou abelhas, nossas sociedades teriam sido construídas em um modelo socialista ou em algum momento da nossa história, quando o desenvolvimento tecnológico assim permitisse, o comunismo seria naturalmente implantado. E não teria precisado de nenhum Marx ou Engels, seria apenas o ser humano sendo ser humano. Assim como uma colmeia é uma sociedade socialista perfeita porque as abelhas estão
simplesmente sendo abelhas.
Note que até Karl Marx percebeu isso, assim como outros teóricos socialistas, e foi postulado que o padrão de comportamento do Homem capitalista (ou no capitalismo) não seria natural. Segundo estes teóricos, em uma sociedade opressora em que o Estado está a serviço dos ricos que possuem os meios de produção, o homem comum, oprimido, não tem razão para se identificar com o Estado, com o coletivo, e só produz se for recompensado ou para garantir sua sobrevivência. Além do mais, neste sistema brutal e opressor, o trabalhador consumiria toda sua vida e energia apenas para conquistar o básico para a sobrevivência. E vivendo assim esta existência árida e bruta, tal condição não lhe permitiria aflorar sua real natureza, mais nobre. De forma semelhante àquela que não permitia que o proletariado desenvolvesse gosto pelas artes, pela filosofia, pela literatura... pois no capitalismo o trabalhador, fosse no campo ou nas fábricas, estava sujeito a uma condição semi-animalesca onde sua principal preocupação seria apenas sobreviver um dia após o outro.
Então foi postulado por estes filósofos que o socialismo faria nascer o "novo homem". No socialismo o Estado seria um pai acolhedor, e na verdade nem haveria Estado, seria uma sociedade fraterna e acolhedora. A sociedade estaria a seu favor e você não seria explorado. Os meios de produção lhe pertenceriam e todas as suas necessidades básicas de sobrevivência estariam garantidas. Casa, comida, trabalho, saúde, educação... Portanto o novo homem socialista teria todo o interesse em trabalhar para esta sociedade e a real natureza altruísta do ser humano afloraria.
Não é preciso dizer que esta é uma idealização esperançosa que guarda pouca relação com a realidade.
Mas os teóricos do socialismo precisavam responder a questões como estas:
- Por que alguém escreveria um livro, se não existir o conceito de propriedade intelectual e o autor não puder lucrar com seu trabalho?
- Por que alguém se esforçaria durante anos para inventar algo, se não puder registrar a patente do seu invento ou explora-lo comercialmente?
Afinal, quem irá criar, inventar, empreender, arriscar e se esforçar em uma sociedade comunista? A troco do quê, se não somos formigas nem abelhas?
O capitalismo existe há muito pouco tempo porque antes não havia as condições necessárias. Especialmente o dinheiro, a moeda, só passou a ser de uso corrente às vésperas do Mercantilismo. Mas o ser humano sempre inventou e empreendeu movido pelo seu individualismo. Por vaidade, por cobiça, por desejos de riqueza e poder. E quando isto não ocorre é exceção.
É a isso que me refiro quando digo que o capitalismo é uma expressão e consequência de nossa natureza humana e não precisou ser concebido pela mente brilhante de nenhum pensador capitalista.
Antes do advento do capitalismo, a Humanidade se desenvolvia a passos de formiga. E justamente porque ainda não havia os meios para estimular o empreendedorismo e a inventividade. Um artista, por exemplo, dependia de cair nas graças de algum mecenas que o patrocinasse. Assim como um autor, um matemático, um astrônomo, ou até mesmo um inventor como Leonardo Da Vinci.
As pessoas inventavam principalmente para servir à alta nobreza, para bajular príncipes, reis e rainhas.
Aí de repente passa a existir o dinheiro, os bancos, os financistas capazes de lucrar com o próprio capital sem nada produzir.
Pimba! A natureza humana irá criar o capitalismo.
Com o fim do escambo e todos usando dinheiro, passa a ser possível atribuir valor monetário a todas as coisas. Tangíveis e intangíveis.
Eu posso escrever um livro e vende-lo, eu posso inventar uma nova forma de fabricar vidro e ganhar dinheiro, eu posso pegar empréstimo com agiotas em Veneza, organizar uma expedição marítima e voltar com muito ouro. E com o ouro consigo dinheiro e posso adquirir tudo que quiser, seja eu um nobre ou plebeu.
Está aí estabelecido o capitalismo. Era inevitável.
Qual padrão é mais dominante e determinante no ser humano: o altruísmo ou o individualismo?
Se, como observou o Fernando Silva, nós tivéssemos evoluído como as formigas ou as abelhas, eu diria que o altruísmo - se doar para o outro, para a coletividade - seria a nossa natureza. Nestes insetos coletivistas o altruísmo é um padrão dominante sobre o individualismo. O individualismo ainda existe, se você ameaça uma formiga ela tenta se pôr em segurança. Mas ela facilmente sacrifica sua vida em prol do formigueiro e quando isso não ocorre é exceção.
Então, se fossemos como as formigas ou abelhas, nossas sociedades teriam sido construídas em um modelo socialista ou em algum momento da nossa história, quando o desenvolvimento tecnológico assim permitisse, o comunismo seria naturalmente implantado. E não teria precisado de nenhum Marx ou Engels, seria apenas o ser humano sendo ser humano. Assim como uma colmeia é uma sociedade socialista perfeita porque as abelhas estão
simplesmente sendo abelhas.
Note que até Karl Marx percebeu isso, assim como outros teóricos socialistas, e foi postulado que o padrão de comportamento do Homem capitalista (ou no capitalismo) não seria natural. Segundo estes teóricos, em uma sociedade opressora em que o Estado está a serviço dos ricos que possuem os meios de produção, o homem comum, oprimido, não tem razão para se identificar com o Estado, com o coletivo, e só produz se for recompensado ou para garantir sua sobrevivência. Além do mais, neste sistema brutal e opressor, o trabalhador consumiria toda sua vida e energia apenas para conquistar o básico para a sobrevivência. E vivendo assim esta existência árida e bruta, tal condição não lhe permitiria aflorar sua real natureza, mais nobre. De forma semelhante àquela que não permitia que o proletariado desenvolvesse gosto pelas artes, pela filosofia, pela literatura... pois no capitalismo o trabalhador, fosse no campo ou nas fábricas, estava sujeito a uma condição semi-animalesca onde sua principal preocupação seria apenas sobreviver um dia após o outro.
Então foi postulado por estes filósofos que o socialismo faria nascer o "novo homem". No socialismo o Estado seria um pai acolhedor, e na verdade nem haveria Estado, seria uma sociedade fraterna e acolhedora. A sociedade estaria a seu favor e você não seria explorado. Os meios de produção lhe pertenceriam e todas as suas necessidades básicas de sobrevivência estariam garantidas. Casa, comida, trabalho, saúde, educação... Portanto o novo homem socialista teria todo o interesse em trabalhar para esta sociedade e a real natureza altruísta do ser humano afloraria.
Não é preciso dizer que esta é uma idealização esperançosa que guarda pouca relação com a realidade.
Mas os teóricos do socialismo precisavam responder a questões como estas:
- Por que alguém escreveria um livro, se não existir o conceito de propriedade intelectual e o autor não puder lucrar com seu trabalho?
- Por que alguém se esforçaria durante anos para inventar algo, se não puder registrar a patente do seu invento ou explora-lo comercialmente?
Afinal, quem irá criar, inventar, empreender, arriscar e se esforçar em uma sociedade comunista? A troco do quê, se não somos formigas nem abelhas?
O capitalismo existe há muito pouco tempo porque antes não havia as condições necessárias. Especialmente o dinheiro, a moeda, só passou a ser de uso corrente às vésperas do Mercantilismo. Mas o ser humano sempre inventou e empreendeu movido pelo seu individualismo. Por vaidade, por cobiça, por desejos de riqueza e poder. E quando isto não ocorre é exceção.
É a isso que me refiro quando digo que o capitalismo é uma expressão e consequência de nossa natureza humana e não precisou ser concebido pela mente brilhante de nenhum pensador capitalista.
Antes do advento do capitalismo, a Humanidade se desenvolvia a passos de formiga. E justamente porque ainda não havia os meios para estimular o empreendedorismo e a inventividade. Um artista, por exemplo, dependia de cair nas graças de algum mecenas que o patrocinasse. Assim como um autor, um matemático, um astrônomo, ou até mesmo um inventor como Leonardo Da Vinci.
As pessoas inventavam principalmente para servir à alta nobreza, para bajular príncipes, reis e rainhas.
Aí de repente passa a existir o dinheiro, os bancos, os financistas capazes de lucrar com o próprio capital sem nada produzir.
Pimba! A natureza humana irá criar o capitalismo.
Com o fim do escambo e todos usando dinheiro, passa a ser possível atribuir valor monetário a todas as coisas. Tangíveis e intangíveis.
Eu posso escrever um livro e vende-lo, eu posso inventar uma nova forma de fabricar vidro e ganhar dinheiro, eu posso pegar empréstimo com agiotas em Veneza, organizar uma expedição marítima e voltar com muito ouro. E com o ouro consigo dinheiro e posso adquirir tudo que quiser, seja eu um nobre ou plebeu.
Está aí estabelecido o capitalismo. Era inevitável.
E antes dessa era, o "capital" era a terra do Sr. Feudal. Não só na Europa como em muitas outras partes do globo, até o Japão por exemplo. Claro: sem liquidez; e Criso poderá alegar que, em não havendo Estados Nacionais, cada feudo era seu Estado e assim tudo era estatizado. Só que forma absolutamente desigual, com o Sr. (que seria o "boss" na analogia, claro!) usufruindo a bel prazer do produto do seu feudo, e recompensando — atribuindo os "salários" figurativamente — de forma absolutamente desigual e em geral arbitrária.Sr. Pedro Reis escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 11:26 amCom o fim do escambo e todos usando dinheiro, passa a ser possível atribuir valor monetário a todas as coisas. Tangíveis e intangíveis.
Eu posso escrever um livro e vende-lo, eu posso inventar uma nova forma de fabricar vidro e ganhar dinheiro, eu posso pegar empréstimo com agiotas em Veneza, organizar uma expedição marítima e voltar com muito ouro. E com o ouro consigo dinheiro e posso adquirir tudo que quiser, seja eu um nobre ou plebeu.
Está aí estabelecido o capitalismo. Era inevitável.
NADA A VER com o tipo de sociedade idealizada tanto pelos socialistas românticos ("utópicos") — nos quais se inspirou o Espiritismo — quanto pelo socialismo "científico" surgido a partir do Marx e do Engels.
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Ele falou sobre genes capitalista.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 08:36 amParece-me natural que os mais fortes, mais esforçados e mais capazes tenham, na média, mais sucesso que os demais.criso escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 05:15 amComo assim o capitalismo se estabeleceu naturalmente?Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmNós sabemos que o capitalismo também tem como consequência graves problemas,
mas é um modelo que se estabeleceu naturalmente e que talvez possa ser aprimorado.
A Natureza é capitalista? Existe algum "gene capitalista" no DNA?
Parece-me natural que quem trabalhou duro para conseguir alguma coisa não queira repartir o resultado com parasitas.
A menos que adotemos o sistema das formigas, abelhas e cupins em que não há individualidade e cada um é apenas uma célula descartável de algo maior (colmeia, formigueiro).
No passado, os mais fortes se tornavam reis ou tiranos e submetiam os outros em troca de proteção.
A evolução tecnológica levou a uma fartura relativa e o poder absoluto dos reis diminuiu.
Hoje, o dinheiro abre portas e não é preciso ter nascido de família nobre para ser respeitado (embora ajude).
E evidente que nem sempre os mais aptos são premiados. meritrocracia absoluta não existe. Ex: Que mérito em questão de qualidade há um cantor de funk enriquecer rápido enquanto bandas como "Roupa Nova" mesmo sendo aclamada por crítica e relativamente por público também, mas não tem mesmo alcance com mesma intensidade.
E os parasitas europeus colonizadores que exploraram índios e africanos e não quiseram repartir o que eles obtiveram sem esforço próprio? Como se repara isso? Onde tá meritocracia aí?não queira repartir o resultado com parasitas
Que proteção os índios tiveram, por exemplo? Ao contrário, muitos foram expropriados, escravizados, dizimados. Onde tá a parte da proteção em contrapartida?submetiam os outros em troca de proteção.
Pelo que vi, todas as formas de socialismo seguiram a mesma receita.Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmInfelizmente a experiência demonstrou que o socialismo da vida real, o único possível, não realiza as aspirações do socialismo teórico e muito menos é uma etapa para o comunismo. Pelo contrário, a História mostra que todos os ensaios de socialismo foram gradativamente, mas paulatinamente, se afastando do marxismo teórico em direção ao retorno à economia de mercado. Enquanto que as tentativas de implantar um socialismo mais "puro" se converteram sem exceções em completos desastres e genocídios.
O socialismo tem dois defeitos fundamentais, intrínsecos, que não podem ser corrigidos a menos que o modelo sócio-político-econômico divirja cada vez mais dos próprios postulados socialistas.
* Ditadura
* O estado é dono dos meios de produção e explora o trabalhador.
* Existe moeda.
* Membros do partido comunista como elite e muitos deles eram de elites locais antes da revolução
Genocídio é coisa do governo e não do sistema.
Desculpe, nunca li o Caminho da servidão. Se puder dar resposta curta...Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmO primeiro é o totalitarismo. Não é possível conciliar democracia com projeto coletivista porque os interesses individuais mais imediatos, raramente estão alinhados com um projeto de sociedade coletivista. Por exemplo: na União Soviética e em outros estados socialistas, uma família teria que morar onde o Estado determinasse e muitas vezes até com outras famílias no mesmo imóvel, não podendo decidir nem sobre sua própria casa e nem mesmo escolher com quais pessoas dividiria a habitação. Também, muitas vezes, um profissional recém-formado seria mandado para trabalhar onde algum burocrata do governo determinasse. Na Sibéria talvez, ou no estrangeiro.
As pessoas não aceitam situações assim para suas vidas de bom grado, simplesmente dispostas a fazer sacrifícios pessoais em prol do bem comum. Não, tem que ser imposto. E necessariamente por um governo forte e que se faz temido.
E nós vimos como a glassnost precipitou o colapso do comunismo na Cortina de Ferro.
O que impede o estado de abrir vagas de empregos e construir casas e deixar as pessoas escolherem qual ocupar dentre as livres, sem precisar de totalitarismo?
Quer dizer que num socialismo democrático as pessoas votariam para derrubar o sistema?
Quer dizer que empresas públicas quase sempre funcionarão mal?Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 05 Fevereiro 2021 - 20:39 pmO segundo problema é que o modelo socialista não tem mecanismos naturais e eficientes de estimular a inventividade e as iniciativas individuais. Produz-se um Estado onde quase todos são funcionários públicos acomodados. A estagnação, a ineficiência e uma imensa dificuldade para produzir riquezas ou mesmo os mais simples bens de consumo que supram necessidades básicas foi uma característica comum de todas as experiências socialistas no século passado.
Existe pesquisa em universidades públicas.
A meu ver, não vejo muita diferença entre público e privado. Nos dois casos, para grandes empresas, o dinheiro vai para comprar iate, carrão e viagem de luxo e a diferença é que em um é chamado de lucro do acionista e em outro de desvio do político.
O artificial é a criação da moeda, cidades e medicamentos. Uma vez criada a moeda, o capitalismo se desenvolve naturalmente.
As pessoas não são capitalistas ideológicas. Elas apenas agem para conseguir muitos recursos independente do dinheiro. No capitalismo o patrimônio é contabilizado pelo dinheiro.
Ninguém aqui está defendendo o capitalismo. Só está falando da busca individual por recursos. Onde ele está defendendo mega-empresários e exploradores?
Marx e Einstein nunca descreveram o comunismo/socialismo. Você tem uma proposta de sistema alternativo ao capitalismo que não seja igual ao "modo de dominação" soviético ou ao modelo cubano?
E respeito à autoridade e ordem (como na monarquia) é uma tendência natural da psicologia humana. Leia o livro Sapiens Yuval Harari. O psicólogo Jordan Peterson também fala disso.
Tudo que existe foi imposto ao homem, começando pelo estado. Se não é capitalismo, é feudalismo, bolchevismo e teocracia, etc.criso escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 05:15 amCara, um sujeito esperto como você dizer uma asneira dessas!
A base do capitalismo é imposição e imperialismo a ferro e fogo!
Seja ativa e direta, através do monopólio da força pelo estado burguês
que protege as grandes propriedades com polícia, prisões e exércitos;
Seja indireta, pelo controle das instituições e aparatos ideológicos,
ou relações internacionais exploradoras; seja indireta, na coerção pela fome e miséria.
Você acha que o exército de desempregados é um "fenômeno da natureza"?
Você acha que as grandes indústrias simplesmente "brotam"?
Não significa que concordamos com o sistema capitalista, mas se não temos uma solução para a raiz do mal, podemos remendar o sistema. Para isso, temos que favorecer o estado de bem estar social para dar qualificação profissional (educação) e amparo ao desempregado e combater o capitalismo de compadrio.
Antes do estado "burguês moderno" era o estado medieval e dependendo da região era feudalismo, escravidão ou camponês pobre que paga imposto sem retorno.criso escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 05:15 amO que o ser humano estava sendo nos 1 milhão, novecentos milênios e noventa e cinco séculos antes do Estado Burguês existir?
...
Se acontece uma revolução comunista, aí "não é natural",
aí é uma tentativa "artificial", "arbitrária" de fazer as coisas funcionarem doutro jeito a bel prazer.
Antes disso, o sistema mais "natural" era o tribalismo e nomadismo. Existiram culturas tribais de todos os tipos, inclusive "comunistas" (sem estado, dinheiro, hierarquia, propriedade privada). Umas das coisas que permitiram sociedades tribais evoluir foram a propriedade privada e a especialização do trabalho (não sei como fazer especialização sem moeda).
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Não vamos esquecer a herança e o uso do poder para manter o poder.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 08:36 amNo passado, os mais fortes se tornavam reis ou tiranos e submetiam os outros em troca de proteção.
Muita gente gosta de se expressar sem ser por dinheiro. E tem gente que tem ideia e só não faz de graça por preguiça. Existem os dois tipos.Pedro Reis escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 11:26 am- Por que alguém escreveria um livro, se não existir o conceito de propriedade intelectual e o autor não puder lucrar com seu trabalho?
Sim, na maioria das vezes precisa de dinheiro para pesquisa e materiais. Mas se for só escrever o que está no cérebro, não teria esse custo.
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Sobre questão de de direitos autorais, patentes, etc, concordo que sem isso não há estímulo comercial pra alguém produzirPedro Reis escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 11:26 am- Por que alguém escreveria um livro, se não existir o conceito de propriedade intelectual e o autor não puder lucrar com seu trabalho?
E pra quem acha que alguém pode fazer isso sem se preocupar com pirataria, violação de direitos autorais, pense: Como alguém que tem suas idéias publicadas ou fabricadas pirateadas vai manter seu sustento se qualquer um puder ter de graça? Como ele vai pagar contas?
Tanto libertários como muitos esquerdistas são contra Direitos Autorais e patentes.
Ex: O Lula aprovou quebra de patente sobre remédio contra AIDS por ser questão de saúde pública. Imagina que no caso de o Covid piorar e uma empresa produza a cura. Então governos e empresas resolvam piratear pra resolver questão crítica de saúde pública. Nesse caso o que seria mais importante: A vida das pessoas ou patente pra manter lucro duma empresa e cientistas? Por outro lado, se cientistas e empresas não obtém lucro pelo fato de que teve seus produtos pirateados, como vão pagar as contas, etc, se todo seu trabalho foi quase tempo perdido pra eles, que poderiam tá investindo outra coisas caso soubessem que iam ser pirateados?
Como eu devo ter postado sobre esse tema (não sei se aqui ou noutro tópico) essa questão de direitos autorais patentes ainda inconclusivo, porque há casos em que escritores, produtores de filme, etc, têm projeto parecido ou igual por coincidência sem ter sido influenciado um pelo outro (mesmo que de forma inconsciente). Se houver evidência de que houve espionagem industrial, engenharia reversa, e coisas do tipo, eu até seria favorável a punição por violar direitos de propriedade.
Esse tema de patentes e direitos autorais poderia ser desmembrado em um tópico separado.
Sim, isso abre brecha para corrupção, mas seria uma boa ideia na teoria.
E como falou existe o problema do primeiro a registrar a patente. Não é difícil que duas pessoas em lugares diferentes tenham a mesma ideia para resolver um problema sem ter se comunicado. Isso ocorre sim. Às vezes, um inventa primeiro, mas nem vê isso como patente, e um tempo depois, outro registra a patente e processa o primeiro.
Ainda existem empresas com ideias vagas que registram patente de coisas para quais nem tem um produto ainda só para evitar que a concorrência invete algo útil. Às vezes a descrição é tão vaga para evitar cópia que não sei nem como conseguem processar quem "copiou" mesmo comparando com uma descrição vaga.
No caso de direito autoral, não vejo sentido processar por um produto que não é mais encontrado por vias normais no mercado ou que é tão antigo que o criador já teve lucro.
Se o governo comprar a patente para cobrir os custos das empresas?Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 20:53 pmEx: O Lula aprovou quebra de patente sobre remédio contra AIDS por ser questão de saúde pública. Imagina que no caso de o Covid piorar e uma empresa produza a cura. Então governos e empresas resolvam piratear pra resolver questão crítica de saúde pública. Nesse caso o que seria mais importante: A vida das pessoas ou patente pra manter lucro duma empresa e cientistas? Por outro lado, se cientistas e empresas não obtém lucro pelo fato de que teve seus produtos pirateados, como vão pagar as contas, etc, se todo seu trabalho foi quase tempo perdido pra eles, que poderiam tá investindo outra coisas caso soubessem que iam ser pirateados?
Sim, isso abre brecha para corrupção, mas seria uma boa ideia na teoria.
Durante o início da explosão dos smartphones, ocorreu muito processo e confusão nos EUA relacionados a patentes. Lá eles conseguem patentear coisas óbvias como beliscar a tela para ampliar e ainda contar o oposto como uma patente separada. São coisas que não tem nenhum custo para desenvolver.Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 20:53 pmComo eu devo ter postado sobre esse tema (não sei se aqui ou noutro tópico) essa questão de direitos autorais patentes ainda inconclusivo, porque há casos em que escritores, produtores de filme, etc, têm projeto parecido ou igual por coincidência sem ter sido influenciado um pelo outro (mesmo que de forma inconsciente). Se houver evidência de que houve espionagem industrial, engenharia reversa, e coisas do tipo, eu até seria favorável a punição por violar direitos de propriedade.
E como falou existe o problema do primeiro a registrar a patente. Não é difícil que duas pessoas em lugares diferentes tenham a mesma ideia para resolver um problema sem ter se comunicado. Isso ocorre sim. Às vezes, um inventa primeiro, mas nem vê isso como patente, e um tempo depois, outro registra a patente e processa o primeiro.
Ainda existem empresas com ideias vagas que registram patente de coisas para quais nem tem um produto ainda só para evitar que a concorrência invete algo útil. Às vezes a descrição é tão vaga para evitar cópia que não sei nem como conseguem processar quem "copiou" mesmo comparando com uma descrição vaga.
No caso de direito autoral, não vejo sentido processar por um produto que não é mais encontrado por vias normais no mercado ou que é tão antigo que o criador já teve lucro.
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Seguiram a mesma receita não por acaso. Não por mera coincidência.Tutu escreveu: Pelo que vi, todas as formas de socialismo seguiram a mesma receita.
* Ditadura
* O estado é dono dos meios de produção e explora o trabalhador.
* Existe moeda.
* Membros do partido comunista como elite e muitos deles eram de elites locais antes da revolução
Mas porque este é o socialismo da vida real, é o socialismo possível. O socialismo teórico é uma utopia, uma receita que não pode ser posta em prática.
E só o fato de todos os experimentos socialistas terem obedecido a este mesmo padrão, a despeito de ser um modelo ineficiente e insustentável, é um indicativo forte disso.
Se há um sistema que para existir precisa ser totalitário e precisa ser opressor, precisa ser temido, então eventualmente tiranos genocidas chegarão ao poder. E dependendo das circunstâncias, genocídios ocorrerão.Tutu escreveu: Genocídio é coisa do governo e não do sistema.
Stalin não foi um caso isolado na história do comunismo. Se fosse, alguém poderia dizer: "Bom, aquilo foi culpa de Stalin, que era um monstro, não do sistema."
Mas houve vários "stalins" e todos seguiram um mesmo padrão. Com Mao, dezenas de milhões morreram na China de fome e em campos de trabalho forçado. Mas houve também Enver Hoxha, Nicolae Ceaușescu na Romênia, muitos outros. Também talvez aquele que, proporcionalmente, tenha sido o maior genocida da História: Pol Pot. E em plenos dias de hoje há um "stalin" na Coreia do Norte.
A resposta não pode ser curta. Antes é preciso entender muitas complexidades. Mas há um princípio em Ciência de que fatos são superiores a ideias.Tutu escreveu: Desculpe, nunca li o Caminho da servidão. Se puder dar resposta curta...
O que impede o estado de abrir vagas de empregos e construir casas e deixar as pessoas escolherem qual ocupar dentre as livres, sem precisar de totalitarismo?
Você pode ter uma ótima teoria sobre como as coisas funcionam mas a palavra final é sempre da realidade.
E o fato inegável é de que em quase todos os países comunistas houve déficit habitacional. Que foi só mais uma faceta da ineficiência produtiva intrínseca deste sistema. Porque faltava quase tudo: de habitação a papel higiênico.
Meus tios estiveram na União Soviética no final dos anos 80, quando ela ainda era um império. E mesmo sendo um império global, faltava praticamente tudo naquele país. Eles contam que se fosse desse uma caneta bic para uma pessoa, ela só faltava pular de alegria. A excursão viajava em um ônibus alemão e onde esse ônibus para pessoas se aglomeravam para ver o veículo, como se fosse uma nave espacial.
A guia russa, uma mulher super culta que falava português fluente sem nunca ter saído da Rússia, só tinha um par de sapatos e estava furado. Chorou quando minha tia deu sapatos a ela.
E o atraso só não era muito maior porque existia o inimigo ocidente. Explico: no bloco comunista não existia o conceito de propriedade intelectual. Patentes, copyright, nada disso... Então a maior parte do desenvolvimento tecnológico na USSR consistia simplesmente em visita um escritório de patentes e usar qualquer coisa que quisessem. Sua indústria também copiava qualquer produto, sem investir um centavo em pesquisa.
Na casa dessa guia, meus tios viram um videoK7 idêntico ao que eles mesmos tinham. Só que era uma cópia fabricada rússia.
Em um sistema onde administradores precisam de votos para serem eleitos, grandes políticas coletivistas, que requerem para ser implantadas submissão em massa ao regime, não são possíveis.Tutu escreveu: Quer dizer que num socialismo democrático as pessoas votariam para derrubar o sistema?
Não faz muito tempo, em SP, a prefeitura quis remanejar alguns alunos de escolas municipais. Fechar algumas e transferir alunos para alguns quarteirões de distãncia. Isso causou uma verdadeira guerra na cidade e a secretaria de educação teve que voltar atrás.
Na China, uma dia Mao Tsé Tung deu ordem para os chineses exterminarem os pardais. Seu plano simples era que toda a população perseguisse os pássaros com tudo que tinham. Bambus, panelas, tambores... os pardais não conseguiriam pousar e morreriam de exaustão.
Por incrível que pareça esta loucura foi levada a cabo e 1 bilhão de pardais foram mortos.
Esse tipo de coisa jamais aconteceria em um "comunismo democrático". Mas ao mesmo tempo, no sistema socialista é necessário este tipo de controle das massas. Porque não há mais os expedientes capitalistas que tornam possíveis grandes empreendimentos. Por exemplo: em um plano quinquenal, algum burocrata em Moscou poderia decidir que a URSS precisava de tratores em alguma região isolada nas estepes russas. Então era determinado que uma fábrica de tratores fosse construída ali. Milhares de técnicos e trabalhadores teriam que ser deslocados para essa região isolada e, evidemente, se fosse apenas pelo que o governo iria pagar, ninguém iria. As pessoas iam somente porque o sistema tinha os meios para "persuadi-las".
Se as pessoas puderem votar e dizer não, o governo socialista não tem mais esse controle absoluto sobre a sociedade e sem isso o projeto coletivista socialista desmorona. Foi o que ocorreu na Europa Oriental com a glassnost.
Já na China o governo fez reformas econômicas mas reprimiu com tanques e metralhadoras as aspirações democráticas do povo e PC chinês se manteve no poder.
Empresas públicas nem sempre funcionarão mal. Mas é um dado de realidade que 99% delas são menos eficientes que suas similares privadas.Tutu escreveu: Quer dizer que empresas públicas quase sempre funcionarão mal?
Existe pesquisa em universidades públicas.
A meu ver, não vejo muita diferença entre público e privado. Nos dois casos, para grandes empresas, o dinheiro vai para comprar iate, carrão e viagem de luxo e a diferença é que em um é chamado de lucro do acionista e em outro de desvio do político.
Vá a uma agência da Caixa Econômica e depois a uma do Bradesco e constate a diferença.
Eu não sou a favor de privatização ideológica, acho que cada caso é um caso e deve ser analisado em particular. Mas o modelo de Estado empresário a experiência já mostrou que é inviável. Não importa se de direita ou socialista, não funciona. No Brasil, durante a ditadura, nós tivemos um modelo econômico desenvolvimentista muito semelhante ao da Venezuela de Chaves. E o resultado foi muito parecido também.
Ok. Proíba editoras privadas de lucrarem com o mercado editorial e acabe com qualquer lei de direito autoral e você verá como fica a produção de livros.Tutu escreveu: Muita gente gosta de se expressar sem ser por dinheiro. E tem gente que tem ideia e só não faz de graça por preguiça. Existem os dois tipos. Sim, na maioria das vezes precisa de dinheiro para pesquisa e materiais. Mas se for só escrever o que está no cérebro, não teria esse custo.
SPOILER: Esta experiência já foi feita nos países do bloco comunista.
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Consequências típicas de um projeto centralizado utópico coletivista:
Como teria sido possível a Mao levar a cabo seus programas "Grande Salto a Frente" e "Revolução Cultural" em um comunismo democrático?
“Não é que as pessoas morressem de fome porque não havia comida disponível. A comida era, na verdade, usada como uma arma para forçar as pessoas a cumprirem as tarefas atribuídas pelo Partido. E as pessoas que eram consideradas como de direita ou conservadoras, as pessoas que dormiam no serviço, que estavam muito doentes ou enfraquecidas para serem obrigadas a trabalhar se viram sem acesso à cantina e morriam mais rapidamente de fome. Pessoas fracas ou os elementos considerados como inaptos pelo Partido foram, portanto, deliberadamente levados à fome”.
Além das pessoas que morreram por causa da Grande Fome, qualquer cidadão que tinha pensamentos opostos ao Partido ou ao que estava sendo implantado por Mao era desqualificado sistematicamente. Em casos mais extremos, alguns opositores eram presos, exilados ou obrigados a trabalharem em campos de trabalho forçado.
No período, o poder maoísta torturou, matou e executou entre 2 e 3 milhões de pessoas que discordavam das diretrizes do sistema. Aqueles que roubavam um punhado de grãos, ou batatas para matar a fome também eram severamente punidos.
Em um relato, encontrado nos registros oficiais do PCC, é descrito o caso de um homem que foi forçado a enterrar seu filho vivo de 12 anos. O garoto teria saqueado alguns grãos. O pai morreu de desgosto algumas semanas depois.
Ao mesmo tempo em que essas barbáries aconteciam no país, o governo vendia, por meio da propaganda oficial, uma imagem de um povo feliz e de uma economia prospera. O autor aponta que por acreditarem cegamente em Mao Tsé-Tung e no Partido Comunista Chinês, a população passou por uma espécie de lavagem cerebral intensa e sistemática.
“Tudo foi coletivizado”, relata. “Muito rapidamente o paraíso utópico provou ser um enorme quartel militar. A coerção e a violência eram as únicas formas de garantir que as pessoas executassem as tarefas que lhes eram ordenadas pelos membros locais do Partido”.
Como teria sido possível a Mao levar a cabo seus programas "Grande Salto a Frente" e "Revolução Cultural" em um comunismo democrático?
- Fernando Silva
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O universo não é justo nem injusto, é indiferente. O mérito não é automaticamente premiado. Depende de cada um de nós recompensar o mérito.Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 19:39 pmE evidente que nem sempre os mais aptos são premiados. meritrocracia absoluta não existe. Ex: Que mérito em questão de qualidade há um cantor de funk enriquecer rápido enquanto bandas como "Roupa Nova" mesmo sendo aclamada por crítica e relativamente por público também, mas não tem mesmo alcance com mesma intensidade.
Se cantores medíocres ficam ricos, é porque há um público para as porcarias que eles fazem. Um público que gosta de funk e não do "Roupa Nova". Para esse público, os funkeiros têm mérito e eles não estão interessados nos chatos do "Roupa Nova".
Repetindo: meritocracia é algo que a gente tem que praticar, tipo justiça e bondade. Não é uma lei natural nem cai do céu.Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 19:39 pmE os parasitas europeus colonizadores que exploraram índios e africanos e não quiseram repartir o que eles obtiveram sem esforço próprio? Como se repara isso? Onde tá meritocracia aí?
Não falei da relação entre europeus e índios no Novo Mundo e sim da relação entre reis e o povo na Europa.Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 19:39 pmQue proteção os índios tiveram, por exemplo? Ao contrário,muitos foram expropriados, escravizados, dizimados. Onde tá a parte da proteção em contrapartida?submetiam os outros em troca de proteção.
Os europeus viam o índio como inferior, um animal a ser explorado.
Essa relação de proteção só funcionava entre eles, europeus.
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A diferença é que o acionista privado pode gastar o dinheiro como bem entender. Se gastar errado, a firma vai à falência.
Já na empresa pública, todo mundo é dono. A empresa é financiada pelos impostos. Se alguém gastar mal o dinheiro e a empresa der prejuízo, o país inteiro vai pagar.
Você está certo nos outros pontos, mas discordo deste.Pedro Reis escreveu: ↑Sáb, 06 Fevereiro 2021 - 21:51 pmSe há um sistema que para existir precisa ser totalitário e precisa ser opressor, precisa ser temido, então eventualmente tiranos genocidas chegarão ao poder. E dependendo das circunstâncias, genocídios ocorrerão.Tutu escreveu: Genocídio é coisa do governo e não do sistema.
Stalin não foi um caso isolado na história do comunismo. Se fosse, alguém poderia dizer: "Bom, aquilo foi culpa de Stalin, que era um monstro, não do sistema."
Mas houve vários "stalins" e todos seguiram um mesmo padrão. Com Mao, dezenas de milhões morreram na China de fome e em campos de trabalho forçado. Mas houve também Enver Hoxha, Nicolae Ceaușescu na Romênia, muitos outros. Também talvez aquele que, proporcionalmente, tenha sido o maior genocida da História: Pol Pot. E em plenos dias de hoje há um "stalin" na Coreia do Norte.
Os casos de Enver Hoxha e Nicolae Ceaușescu podem ser comparados com Chiang Kai-shek e Pinochet. É a ditadura que tirou as vidas e não o sistema de governo.
Já o caso de Stalin, Mao e Pol Pot não tem relação nenhuma com o sistema de "socialização dos meios de produção" e são os piores genocidas da história por motivos específicos.
Stalin praticou o Holodomour por motivos imperialistas e sendo paranoico promoveu também o Grande expurgo. A Rússia czarista já tinha histórico de genocídio e massacre. A polícia secreta soviética foi feita tomando a polícia secreta czarista como base.
Mao fez o Grande salto adiante com o objetivo de transformar a China numa potência escravizando o próprio povo. Tirou as pessoas do trabalho agrícola para produzir aço sem experiência e o resultado foi a fome. E a Revolução cultural foi mais uma manobra de ditadura para destruir culturas locais e tradicionais e criar uma cultura unificada, leal a Pequim. A China já era imperialista e autoritária antes de Mao. Hoje eles tem uma uniformidade no comportamento e o governo ainda não tolera diferenças regionais.
Pol Pot queria reestruturar toda a sociedade em tempo muito rápido e por isso expulsou as pessoas das cidades e elas acabaram morrendo de fome e falta de cuidados médicos. O desgoverno não durou muito tempo. E ele tinha apoio dos EUA.
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Venda de commodities também pode ser fonte de renda. E não tem necessariamente haver com impostos. Como petróleo, por exemplo; podem se obter lucros por empresas estatais e manter estatais com esse lucro obtido e investir na diversificação em outras áreas, sem ser tão dependente de impostos.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 07 Fevereiro 2021 - 07:12 amJá na empresa pública, todo mundo é dono. A empresa é financiada pelos impostos. Se alguém gastar mal o dinheiro e a empresa der prejuízo, o país inteiro vai pagar.
(Não to dizendo que isso seria melhor forma de administrar empresas mas que poderia diminuir de impostos).
Essa parte não foi especificamente no caso de europeus (que também já tinha abusos nas relações entre nobres e plebeus) E citei casos dos indíegenas e africanos porque o que tu escreveu tava expresso de forma geral e não específica a certos povos:Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 07 Fevereiro 2021 - 07:01 amNão falei da relação entre europeus e índios no Novo Mundo e sim da relação entre reis e o povo na Europa.
Os europeus viam o índio como inferior, um animal a ser explorado.
Essa relação de proteção só funcionava entre eles, europeus.
Parece-me natural que os mais fortes, mais esforçados e mais capazes tenham, na média, mais sucesso que os demais.
Parece-me natural que quem trabalhou duro para conseguir alguma coisa não queira repartir o resultado com parasitas.
E sobre mérito em áreas como arte só mostra que meritocracia absoluta não existe, sendo subjetiva (o gosto popular virou critério de avaliação de mérito?).
E nem em áreas mais "exatas" onde a meritocracia deveria ser mais objetiva (baseada nos resultados de produção e não em avaliação de, apenas, gosto pessoal), ela nem SEMPRE é um fato. Por exemplo, Há vários casos de alguém que inventa algo revolucionário mas são ridicularizados (sendo valorizados mais tarde, até mesmo depois da morte), desvalorizados, sabotados, etc.
Voltando ao assunto do tópico...Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 07 Fevereiro 2021 - 07:12 amA diferença é que o acionista privado pode gastar o dinheiro como bem entender. Se gastar errado, a firma vai à falência.
Já na empresa pública, todo mundo é dono. A empresa é financiada pelos impostos. Se alguém gastar mal o dinheiro e a empresa der prejuízo, o país inteiro vai pagar.
As coisas mudam no caso de monopólio natural.
Empresas privatizadas nesses setores tem o preço do produto regulado pelo governo. Quando quebram ou fazem cagada é o governo que tem arcar com o prejuízo (como ocorreu no Amapá). Sem falar dos acordos de privatização que são geralmente cheio de corrupção.
No caso da Petrobrás, considero que ela poderia ser dividida em pelo menos 10 empresas privadas independentes. O governo apenas daria concessão com prazo aos limitados locais de extração de petróleo, e ajustaria impostos de importação e exportação de petróleo para evitar que o preço do petróleo no país suba ou quebre as nacionais (extrair petróleo no mar é mais caro para competir com os árabes). Uma Petrobrás só e privada não é algo bom.
Falaram em estatais e também, especificamente, da Petrobras e eu me lembrei de três notícias que vi ao longo da semana que passou:
Diretor da Petrobras ganha em média R$3 milhões por ano, revela relatório
Com altos valores de salários e benefícios na estatal não admira que a Petrobras adote e política de aumentos quase diários dos combustíveis
Tiago Vasconcelos
04/02/2021 às 00:01 | Atualizado às 11:53
Com salários de até R$107mil mensais e penduricalhos indecentes bancados pelo pagador de impostos, não admira que a Petrobras adote e política de reajustes quase diários nos combustíveis para aumentar ganhos, empurrando os caminhoneiros à greve.
O presidente da Petrobras pode embolsar R$3,5 milhões ao ano, se houver lucro. O salário médio dos 8 diretores da estatal foi de R$3 milhões (exatos R$2,929 milhões) em 2019, quase dez vezes mais o salário anual de R$371 mil do presidente da República.
Mas aos menos a indecorosa caixa preta foi finalmente aberta no Ministério da Economia.
A “caixa preta” de estatais foi aberta corajosamente pela Secretaria de Desestatização e Desinvestimento, do Ministério da Economia.
Custa-nos R$2,3 bilhões por ano só a conta “Benefícios de Assistência à Saúde” na Petrobrás, cujo passivo atuarial na área soma R$14,1 bilhões.
Os penduricalhos, muitos deles superpostos (Auxílios Babá e Creche e Auxílio Refeição mais Cesta de Alimentação) chegam a ser criminosos.
A quantidade incrível de “abonos”, “auxílios”, “benefícios” etc sugere uma organização sofisticada que apropria, na calada, de dinheiro das estatais.
A segunda notícia:
Dinheiro torrado em ‘penduricalhos’ nos bancos estatais salvaria vidas na pandemia
Só no Banco do Brasil, 'assistência à saúde' de diretores e funcionários custa R$2,3 bilhões
Tiago Vasconcelos
07/02/2021 às 00:01 | Atualizado às 00:31
O Relatório de Benefícios de Empresas Estatais Federais, do Ministério da Economia, revela que é fácil adivinhar onde estava o dinheiro público que faltou no oxigênio para pacientes de coronavírus em Manaus.
Só o benefício de assistência à saúde de diretores e funcionários do Banco do Brasil, de R$2,3 bilhões por ano, equivale a quase dez vezes tudo o que a prefeitura da capital do Amazonas conseguiu juntar (R$244 milhões), tirando leite de pedra, para o combate à pandemia de coronavírus.
Assistência à saúde na Caixa Econômica Federal custa R$1,6 bilhão por ano, suficientes para 60 hospitais de campanha totalmente equipados.
No Banco da Amazônia, o plano de saúde de diretores e funcionários, de R$25 milhões, equivale a mais de 1,6 milhão de litros de oxigênio.
O Banco do Nordeste gasta sem pudor R$90,3 milhões/ano na saúde de diretores e funcionários. Preço de 4 hospitais com 50 leitos de UTI cada.
A lista de penduricalhos nos bancos federais, listados no relatório do Ministério da Economia, deveria envergonhar até os beneficiários.
E a terceira notícia:
Dinheiro no ralo: estatais deficitárias sugam R$17 bilhões do Tesouro Nacional por ano
Dezenove estatais federais dependeram do Tesouro Nacional para pagar suas contas
Cláudio Humberto
05/02/2021 às 00:01 | Atualizado às 00:09
Dezenove estatais federais dependentes do Tesouro Nacional para pagar suas contas receberam em 2019 mais de R$17 bilhões retirados do bolso de quem paga impostos.
A maioria dessas estatais é deficitária, mesmo recebendo subvenções bilionárias, segundo atestou a Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia.
Apesar de deficitários, esses centros de ineficiência continuam concedendo generosos penduricalhos, benefícios, auxílios e bônus a diretores e funcionários.
Sugam recursos do Tesouro as estatais Amazul (ligada à Marinha), CBTU, Ceitec, Codevasf, Conab, EBC, CPRM e outras dispensáveis.
Entre as sanguessugas estão Ebserth, EPL, GHC, HCPA, INB, Nuclep, além de Imbel, Telebrás (“extinta” no governo FHC, mas ainda ativa), Trensurb e Valec.
A Ceitec S/A simboliza o dinheiro público jogado fora. A empresa até teve sua liquidação iniciada, mas a Justiça condenou o Brasil a continuar sustentando essa inutilidade.
Estatal de “tecnologia avançada” (sic), a Ceitec diz ter pessoal “altamente capacitado”, mas paga benefícios para cursos profissionalizantes para seu pessoal.