Vale lembrar que o Registro Civil apresenta uma série de defasagens temporais em relação a divulgação dos registros de mortes:
“Registros de óbitos fazem de 2020 o ano mais mortal da história do Brasil”:
(...)
“De acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que representa os cartórios, 2020 foi o ano com maior mortalidade de pessoas no País. No total, 1,4 milhão de pessoas morreram no último ano, o que representou um aumento de 8,6% se comparado a 2019. A variação é cerca de quatro vezes maior do que as taxas observadas na série histórica, que até então não havia ultrapassado 1,9% de aumento das mortes por ano.” (...)
“Segundo a associação, o número de óbitos registrados em 2020 ainda pode crescer, uma vez que o intervalo entre a data do falecimento e o seu respectivo registro no Portal da Transparência do Registro Civil pode demorar até 15 dias. Com a eclosão da pandemia, muitos estados ainda editaram suas regras para o registro das mortes, expandindo os prazos, devido ao tempo necessário pelos órgãos de saúde para diagnosticar se os óbitos foram provocados pela covid-19.” (...)
Fonte:
https://www.istoedinheiro.com.br/regist ... do-brasil/
Tem também a questão de que os dados de cartório são historicamente subnotificados em relação aos do SUS, então o Conselho Nacional de Secretários de Saúde estimou que o número de mortes cresceu 24% em 2020 - de 15 de março a 21 de novembro (estimou-se a quantidade de mortes esperadas em 2020 usando os registros do SUS de 2015 a 2019):
https://twitter.com/Poder360/status/1352222107426500611