Conspiracionismo sobre Fraudes eleitorais

Área destinada as teorias de que o impeachment foi "golpe", o homem não foi a lua, a terra é plana e outras maluquices do tipo

Conspiracionismo sobre Fraudes eleitorais

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Uma variante do conspiracionismo sobre Fraude eleitorais: "As eleições podem ser fraudadas mesmo tendo voto impresso, pois tudo é feito da eleição"
Spoiler:
e esse vídeo vai ser polêmico mas é
importante é
é esse o visão libertária só fonte de
informações de centralizados e
distribuídos agora que Lula Está
novamente elegível para 2022 pelo menos
Por ora muita gente tem apontado o risco
de fraude nessas eleições a bola
Alexandre de Moraes vai fraudar eleição
de 2022 e é certeza o Lula voltar outros
complementam olha o que aconteceu nos
Estados Unidos eu entendo a preocupação
considera pertinente mas quero
apresentar um ponto de vista alternativo
é isso como eu já disse em outros vídeos
acho mais provável mesmo com lula com
correndo que bolsonaro se reelegem 2022
ainda está longe lógico muita coisa pode
mudar até lá mas presidentes no Brasil
com a máquina pública na mão raramente
não são releito até Dilma conseguiu
qualquer um consegue Ah mas e a fraude
não vou dizer que não vai haver fraude
apenas que o tipo de fraude o que
acontece com mais frequência em eleições
e não é a que você espera portanto você
precisa ficar atento a outros sinais
para identificar Fraude em eleições
tipicamente elas acontecem antes da
eleição Não durante a votação nem depois
na totalização e um caso que eu posso
apresentar para vocês disso é justamente
o caso americano o que causou os números
totalmente fora do normal nas últimas
eleições foi em última análise a votação
pelos Correios sem validação de
assinaturas e isso foi feito muito antes
da eleição via leis aprovadas em vários
estados republicanos poderiam já ter
prevenido isso apenas não perceberam a
fraude antes votação EA contagem de
votos em si é um momento em que todo
mundo está prestando atenção não é que
não possa ver fralda ali também apenas
aqui é muito menos provável justamente
porque todo mundo está prestando atenção
e digo isso porque bem não vou dizer que
eu sou especialista no assunto apenas
afirmo que cheguei a estudar este
assunto assim
o meu trabalho de conclusão de curso no
curso de Direito foi feito sobre
sistemas eleitorais e fraude eu na época
acabei me empolgando qual coisa estudei
muito mais do que precisava só para
fazer um terceiro inclusive fraudes que
aconteceram no passado fraude no Brasil
e etc e com isso dirigiu a evolução do
sistema de votação no mundo todo ao
longo do tempo EA minha principal
conclusão sobre eleições é que elas são
o que tem de mais longe do direito
natural e os ordenamentos legais do
mundo todo é a coisa mais artificial
competindo ombro a ombro com a
legislação tributária ou seja as coisas
mais estranhas a ética que existem
tributo e eleições Olha que curiosidade
mas o fato é que as fraudes em eleições
não são difíceis de imaginar muitas
pessoas porém como eu avisei acaba um
vendo o problema errado por exemplo
Basta ver a quantidade enorme de pessoas
que acha que imprimir o voto vai
resolver algum problema olha os Estados
Unidos com seus
o estiveram eleições igualmente
suspeitas porque exatamente o ponto da
fraude é anterior a contagem de voto não
estou dizendo novamente que não pode
haver fraude na contagem mas essa
tipicamente é mais difícil é menor Mas
localizada vou explicar o problema de
forma lógica o grande problema da fraude
Lógico é evitar que um candidato possa
adulterar o resultado de uma eleição
seja para aumentar seus votos seja até
diminuir os votos do adversário o
resultado final da eleição é o grande
ativo de valor a ser preservado o mesmo
é gerado a partir lógico da totalização
de votos eu não sei como é que isso é
feito lá no PSS é um banco de dados
óssea por estado se a por cidade mas
seja como for Existe uma forma de
consolidar os dados de várias urnas as
urnas eletrônicas geram os dados da
votação para a totalização e ao mesmo
tempo geram os boletins de urna que
podem ser contabilizados por partido de
forma independente isso meio que garante
contra fraude
o processo de totalização porque muitos
partidos muitos candidatos fazem essa
conta na mão para verificar que não há
perda de voto em algum lugar agora o
resultado final é um só é um grande
relatório somado de número o número de
urnas eletrônicas no Brasil é de
aproximadamente 500 mil e se alguém for
fraudar essa parte final do processo tem
que fazer isso em 24 horas ou no máximo
48 horas porque é o prazo em que
acontece a inseminação da urna a votação
A totalização e declaração de vencedor
tipicamente no dia da eleição mais à
noite já sabemos Quem ganhou embora de
novo segurança 100% seja impossível tudo
pode em tese ter fraude na prática é um
prazo muito curto com o universo
relativamente pequeno de pontos atacar
pessoas olham muito para a totalização
porque ela é a última etapa mais
raramente existem fraudes ali e quando
existem tipicamente são coisas pequenas
que não mudam o resultado total
justamente porque todo mundo tá olhando
o vídeo oportunidades de fraude são
pequenos em comparação com que está
antes da urna porque veja a informação
do voto é gerado a partir das
informações de leitores o cadastro de
eleitores o cadastro de candidatos no
software da urna tudo isso é preparado
antes ainda tem o eleitor lindo na seção
votar e os mesários que gerenciam
eleição repara como os números aqui são
muito maiores em ordem de grandeza
aproximado são 150 milhões de eleitores
no Brasil 1 milhão de mesários todas as
informações tem lógica processo de
autenticação cada eleitor precisa se
identificar para tirar o título poder
botar candidatos tem que seguir todo um
processo para se candidatar imagino da
mesma forma os mesários o software da
urna é muito sensível Não tenha dúvidas
mas é um só e passa por um grande número
de verificações até trans partidos
políticos finalmente o eleitor também
precisa se autenticar um biometria na
hora de votar o que também é uma
segurança mais uma autenticação Mas a
questão
e essa parte antes da urna o evento ao
atacante tem anos para tentar um ataque
é muito mais provável e simples ele
conseguir isso do que tentar depois da
votação A história mostra que a quase
totalidade das fraudes foi preparada
muito antes do dia da votação por este
motivo Veja a fralda americana eles
permitiram votos pelo correio sem
autenticação no eleitor através de leis
e decisões judiciais isso do meu ponto
de vista já foi a fraude o resto foi só
questão de contratar gente para
preencher volta e mandar pelo correio e
esse foi o ataque fake aquele negócio já
apontaram errado o contato duas vezes o
do voto não sei que lá isso foi detalhe
se aconteceu isso foi pontual e não
afetou o resultado o que afetou foi o
voto pelos Correios sem autenticação e
esse ataque foi feito muito antes da
eleição nos outros ficamos deixaram
passar na contagem final dos votos pode
ter tido alguma fraude até pode mas como
disse a chance é pequena e se teve foi
pontual não mudou o resultado de forma
se
e no final das contas se as pessoas
estão preocupadas com a segurança das
eleições de 2022 elas precisam prestar
atenção no que está feito antes do dia
primeira coisa esqueçam voto impresso Eu
também acho que seria algo desejável
mais o ponto de vista de satisfação
social do que do ponto de vista técnico
Tecnicamente não resolve nada porque em
tese o eleitor vai continuar reclamando
que a impressora imprimiu vota errado
reportagem manual não resolve
absolutamente nada é só ver os a
contagem do trump e mais todas as
reportagens da história portanto
Tecnicamente sofás eram diferença essa
coisa de voto impresso mais como muito
bem decidiu a suprema corte alemã neste
caso o processo de votação precisa ser
compreendido entendido como seguro mesmo
por aqueles que não tem capacidade
técnica por isso no final das contas eu
sou favorável ao voto impresso sim ele
só não vai resolver a questão de fraude
e vai resolver apenas questão de
legitimidade Eleitoral de
e enviar viu implementar isso até
2020/2022 ano que vem só a licitação
para comprar urnas com votação impressa
Já É totalmente impossível portanto para
2022 esqueçam fraude por outro lado se
houver vai ser do outro lado por exemplo
ministros derrubando a necessidade de
autenticação biométrica para votar muita
gente não percebe o problema por trás
disso existe um sem número de títulos
vendidos no Brasil o político busca uma
família pobre no interior e compra os
títulos das pessoas Dá uma grana para
eles e ficar com os títulos Depois manda
algum cabo eleitoral dele medianamente
parecido com uma pessoa e votar sem
autenticação no momento da votação de
certamente a nem que as pessoas que têm
colocando o dedo na urna por conta de
coronavírus Vamos acabar com
autenticação biométrica Olha a fraude aí
outro truque muito comum são mutirões de
emissão de título governos
principalmente os de esquerda no
Nordeste eu tenho certeza
um comentário iniciativas para o eleitor
regularizar sua situação eleitoral A
ideia é fazer um monte de gente nova
tirar título porque com isso eles
conseguem passar também um monte de
gente tirando o título falso tem que ser
mutirão porque senão não era pinta
parecer Aquele monte de título novo sem
motivo algum dia mas como teve um
mutirão vai o pessoal do partido lá
tirar o terceiro quarto quinto título
eleitoral é e consegue nessa forma fazer
fraude também outro iniciativa que você
pode ajudar é segundo o italiano como
mesário sim que eu sei é terrível perder
o dia inteiro mas o que acontece em
muitas cidades pequenas é que
Funcionários Públicos esquerdistas
acabam sendo a totalidade dos mesários e
sabe o que pode acontecer se todos os
mesários de uma sessão símaco Munari
resolverem fraudar a votação bem É só
você pensar Faltando 15 minutos para o
encerramento da votação eles podem pegar
a lista das pessoas que faltaram que não
foram votar e podem votar no lugar deles
Pensa bem não tem nada que impeça isso
a única coisa que impede Isso é se
houver um mesário que não quer se
compactua com os outros mas se todos
estiverem juntos como descobrir isso o
ponto é que a fraude eleitoral é
possível sim mas tipicamente ela não
acontece onde você acha que aconteceria
Isso é uma característica na verdade de
toda a fraude porque fraudes óbvias
aquela fraude onde você espera você
acaba no vendo ela a Fraude que te pega
é a fralda que você não espera mesmo
caso de fraude o software da urna
Tecnicamente é possível Claro mas na
prática é um ponto tão visado que as
possibilidades acabam sendo pequenas dos
vários sistemas eleitorais que eu
estudei o brasileiro não é ruim não em
termos de segurança acho mais resistente
a fraude do tempo por exemplo americano
claramente ademais se o sistema de
votações brasileiro fosse tão facilmente
fraudável como alguns pensam eu tenho
certeza absoluta que bolsonaro não teria
sido eleito porque Certamente ele é um
cara que Elite política não quer de
jeito nenhum certamente teriam
se contrair e tem gente falando que
fraudaram no primeiro turno Mas você
fraudaram no primeiro turno Por que não
faltaram no segundo pesquisa é besteira
é só dizer que teve uma virada na última
hora o fato aqui se você está preocupado
com fraude Preste atenção nos pontos
significativos que levantamos -
autenticação mutirão de regularização
eleitoral fim de biometria fim da
necessidade de documentos para votar
facilidades para votar seleção
específica de mesários e esses caminhos
são muito mais fáceis para a fraude do
que tentar adulterar o software ou a
contagem de votos no final mas no final
como vocês sabem pouco importa tudo isso
porque como eu já deixei claro a
democracia em si é uma fraude pouco
importa se o mecanismo de votação dela é
legítimo ou não o fato é que voto não dá
direito de outra pessoa mandar em você
em nenhuma situação sob nenhuma hipótese
democracia como um todo é uma fraude
existem se maneiras de se organizar
a sociedade de forma ética sem fraude
Lógico não estou falando de ditaduras
ditadura também antiético ainda pior que
democracia embora no final das contas
elas sejam muito parecida de fato
Democratas adoram colocar a coisa como
se só existissem essas duas
possibilidades democracia ou ditadura O
que é falso dentre as várias outras
possibilidades está a sociedade de leis
privadas que é o cerne do
libertarianismo em que o ordenamento
jurídico os múltiplos convivem no mesmo
ambiente a pessoa ao invés de votar
escolhe o partido que quer que governe
ela vai pagar os impostos daquele
partido vai obedecer as leis daquele
partido no ordenamento jurídico dele e
pronto não há porque todo mundo se
submeter ao mesmo ordenamento jurídico
só porque cinquenta por cento das
pessoas mais um votou nele só absurdo
cada pessoa deve escolher a empresa de
leite privadas que achar melhor para
entender mais detalhes O que é uma
sociedade de leis privados vejo meu
vídeo o quê
a cidade de leite privadas no canal
encapsul Classic onde eu coloco os
vídeos mais teórico sobre o assunto



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Re: Conspiracionismo sobre Fraudes eleitorais

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tecnologia e auditagem tornam urnas seguras, dizem analistas

Equipamentos têm lacres da Casa da Moeda que impedem a inserção de dados no dia da votação e passam por testes que duram meses e são abertos a todos

Bianca Gomes 23/06/2021

SÃO PAULO — A segurança das urnas eletrônicas é garantida por ferramentas tecnológicas, equipamentos físicos e sistemas de auditagem abertos a qualquer cidadão por meses antes do dia da votação, segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO. Estudiosos de Direito Eleitoral dizem que até hoje não há provas de fraudes no sistema, que o país utiliza desde 1996, e que a adoção do voto impresso não garante mais segurança, já que pode haver falhas no armazenamento e na contagem dos papéis.

Uma das formas de garantir a segurança da votação são testes públicos em que “hackers” tentam invadir o sistema das urnas e identificar possíveis vulnerabilidades. Esse grupo de especialistas em segurança da informação atuam em um ambiente controlado pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

— Caso os técnicos identifiquem alguma falha, vulnerabilidade ou fraude, deverão apresentar sugestões de melhoria e, em um prazo de até seis meses, a Justiça Eleitoral coloca as correções no sistema e convoca novamente os especialistas — afirma a advogada e professora de Direito Eleitoral na Escola Paulista de Direito, Gabriela Araújo.

Outra forma de auditagem é a realização de votações paralelas no mesmo dia e horário das eleições, cujo objetivo é atestar que o voto digitado é o mesmo que será computado. Para isso, urnas eletrônicas são sorteadas na véspera e, no dia da votação, funcionários da Justiça Eleitoral revelam aos fiscais em quem votarão e registram sua escolha na urna para que seja feita a comparação do resultado. Tudo é filmado, e o experimento é aberto a todos.

Segundo a advogada eleitoral Paula Bernardelli, outro mecanismo de auditoria é o boletim de urna, relatório impresso que indica a quantidade de votos que cada candidato recebeu em cada equipamento e que pode ser comparado com a “zerésima”, documento que informa o que está cadastrado no início da votação, ou seja, zero votos.

— É possível conferir o resultado das eleições (apurado pelo sistema da Justiça Eleitoral depois) somando os votos recebidos por cada candidato indicado nos Boletins de Urna de cada sessão — afirma a advogada.

Além disso, segundo Paula, depois que os dados de todos os candidatos são carregados em cada urna, o dispositivo é lacrado. Como as urnas não se conectam à internet, o lacre, produzido pela Casa da Moeda, impede que mídias contendo novas informações sejam introduzidas.

Ex-secretária de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Alcina Mara Rodrigues afirma que a urna permite que a qualquer momento seja feita uma recontagem eletrônica.

— No momento que o eleitor vota, a urna cria aleatoriamente um voto digital, que vai para uma tabela criptografada. Não tem a identificação da pessoa, mas tem local da votação, horário e candidato escolhido. Ao final, a tabela vai ter a quantidade de linhas equivalente à quantidade de eleitores que votaram — diz Alcina.
https://oglobo.globo.com/brasil/tecnolo ... 1-25072709

Re: Conspiracionismo sobre Fraudes eleitorais

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Não sei quanto dessa notícia é fato e não vi tanta repercussão, sobre reunião entre o ministro do TSE e militares deixando de lado entidades de fiscalização do pleito e integrantes da CTE (Comissão de Transparência das Eleições). Imagina se a desconfiança conspiracionista da turma do Bozo sobre a urnas tem efeito contrário de despertar desconfiança conspiracionista de que militares tariam usando a desculpa de querer fiscalizar a urnas pra fazer alguma violação pra favorecer o Bozo, dizendo que urnas não são confiáveis.

Moraes escanteia fiscais das eleições e negocia com militares a portas fechadas no TSE

https://br.noticias.yahoo.com/moraes-es ... 00776.html
Spoiler:
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), escanteou entidades de fiscalização do pleito e integrantes da CTE (Comissão de Transparência das Eleições) e passou a centralizar diretamente com as Forças Armadas, em reuniões fechadas, as discussões sobre mudanças nas regras das eleições.

A postura do ministro diverge da linha adotada por Edson Fachin, ex-presidente da corte, que havia rejeitado reuniões exclusivas com militares sob argumento de que era preciso tratar todos os fiscais da votação com igualdade. Fachin também afirmava que a discussão sobre as regras das eleições de 2022 cabia a "forças desarmadas" e que esse debate já havia se esgotado.

Moraes fez duas reuniões com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, desde que assumiu o TSE, em 16 de agosto. Depois do último encontro, em 31 de agosto, no qual também participaram técnicos das Forças Armadas e do tribunal, Moraes anunciou que estudaria uma forma de reformular o teste de integridade das urnas feito no dia das eleições --o principal pleito dos militares.

Semanas antes do primeiro turno, ainda não está definido como a Justiça Eleitoral irá tirar a proposta do papel. A reformulação do teste é uma incógnita para técnicos do TSE e dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), que são contra a mudança.

A terceira reunião com os militares estava prevista para esta terça-feira (13), mas foi desmarcada por Moraes após o TSE negar ter feito um acordo para facilitar às Forças Armadas a divulgação de dados sobre a totalização dos votos.

Por meio da Lei de Acesso à Informação, o TSE disse que "não foi redigida ata das reuniões" de Moraes com representantes das Forças Armadas.

Procurado, o tribunal não se manifestou sobre a decisão de reabrir a discussão com os militares semanas antes das eleições e em reuniões fechadas.

Em nota divulgada sobre a reunião do último dia 31, o tribunal afirmou que os militares reconheceram o "êxito" de análises feitas por universidades no modelo mais recente da urna eletrônica. Também disse que foi "reafirmado" que haverá divulgação dos boletins de urna pelo TSE para quem quiser fazer a conferência e totalização dos resultados.

O tribunal ainda anunciou, na mesma nota, que seria avaliada a "possibilidade de um projeto piloto complementar" sobre o teste de integridade das urnas nos moldes defendidos pelos militares, com o uso da biometria de eleitores reais.

Sem ata das conversas e presença de outras entidades, porém, militares e integrantes do TSE têm divergido sobre os pontos tratados nas reuniões fechadas.

Representantes das Forças Armadas que acompanham as discussões com o tribunal dizem reservadamente que Moraes prometeu em 31 de agosto facilitar a divulgação de dados sobre a totalização do resultado do pleito, o que foi negado pelo tribunal e pelo Ministério da Defesa.

Militares também contam com mudança ainda neste ano na forma de realizar o teste de integridade das urnas, usando a biometria de eleitores reais em parte dos equipamentos nos dias de votação. O TSE, no entanto, ainda não confirma que a alteração será imediata.

Na segunda-feira (12), mesma data em que negou que tenha feito acordo sobre divulgação dos dados da totalização das eleições, Moraes suspendeu um encontro com o ministro da Defesa que estava previsto para ocorrer no dia seguinte.

O próprio tribunal, em 2021, inseriu as Forças Armadas no grupo de entidades que fiscalizam as eleições e na Comissão de Transparência das Eleições. Desde então, os militares romperam um silêncio de 25 anos sobre as urnas e apresentaram diversas dúvidas e sugestões ao tribunal, que têm sido usadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ampliar questionamentos ao voto eletrônico e fazer insinuações golpistas.

As principais propostas dos militares foram apresentadas à CTE e rejeitadas ainda no primeiro semestre pelo tribunal eleitoral. As reuniões da comissão foram registradas em atas. Também foram formalizados em ofícios os pedidos dos militares e as respostas do tribunal.

Os militares insistiram nos pedidos e passaram a requisitar, a partir de junho, reuniões exclusivas com Fachin, então presidente da corte. O ex-presidente da corte, no entanto, rejeitou essa possibilidade e argumentou que as discussões sobre as regras de votação deveriam ocorrer no âmbito da CTE.

Em 19 de junho, Fachin disse, em resposta enviada ao ministro da Defesa, que as propostas dos militares seriam consideradas para as eleições pós-2022.

Diante da resistência de Fachin, ministros do governo Bolsonaro passaram a apostar na reabertura das negociações com o tribunal a partir da posse de Moraes.

O discurso do governo, nos bastidores, era de que Bolsonaro poderia reduzir o tom golpista de suas declarações se o TSE aceitasse as sugestões das Forças Armadas.

Dias antes de Moraes assumir o TSE, auxiliares do ministro pediram para técnicos da Justiça Eleitoral montarem uma simulação da mudança no teste de integridade das urnas.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, essa simulação foi feita na semana da posse de Moraes. Nesse dia, técnicos do tribunal já disseram a Moraes que eram contra ceder aos militares, apontando risco de tumulto no dia das eleições.

Dias mais tarde, porém, o ministro acenou aos militares e disse que iria avaliar a possibilidade de reformular uma parte dessa auditoria. O entorno de Bolsonaro considerou o acordo de Moraes como um armistício entre o governo e o TSE.

O chefe do Executivo, no entanto, já mostrou desconfiança sobre o acordo e segue levantando dúvidas e teorias da conspiração sobre as urnas.

"Aceitando as propostas das Forças Armadas, a chance de fraude chega próximo de zero. Próximo de zero não é zero. Por que bater nessa tecla? Por que evitarem camadas de transparência?", disse Bolsonaro à Jovem Pan, no último dia 6.

Re: Conspiracionismo sobre Fraudes eleitorais

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Em 147 seções eleitorais, Lula ou Bolsonaro tiveram todos os votos válidos, apesar da polarização

https://br.noticias.yahoo.com/em-147-se ... 23010.html

Duas urnas com resultados antagônicos numa só cidade. Em uma, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu todos os votos válidos do segundo turno. Na outra, 100% foram para Jair Bolsonaro (PL). Pode parecer roteiro de fake news, mas aconteceu em Charrua, no noroeste do Rio Grande do Sul. E o que soa quase impossível num Brasil dividido eleitoralmente não foi tão raro assim: segundo levantamento do GLOBO com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 147 seções do país um dos candidatos ao Palácio do Planalto conseguiu ser unanimidade no último domingo. O placar foi favorável ao petista, que venceu sem chance alguma para o adversário em 144 urnas, contra três dessas vitórias absolutas para a conta de Bolsonaro.

Um dos consensos chegou a virar teoria conspiratória de fraude nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Numa seção de Confresa, no Mato Grosso, teoricamente um domínio bolsonarista, foram 383 votos válidos, exclusivamente em Lula. Mas o que gerou estranheza nas redes sociais foi logo esclarecido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT): a urna da Escola Estadual Tapi’itawa recebeu os votos da aldeia indígena Urubu Branco. E, como o cacique local confirmou, todos optaram, de fato, pelo petista.

Esse mesmo fenômeno se repetiu em outras regiões, majoritariamente longe dos grandes centros urbanos, em povoados rurais, aldeias indígenas e comunidades quilombolas ou ribeirinhas. Nos locais onde estavam essas urnas, 22 tinham “aldeia” no nome; 27, “comunidade”; e outras 51, “povoado”. No Mato Grosso, apesar da vitória de Bolsonaro com 65,08% dos votos, áreas indígenas de Confresa e de outros quatro municípios (Porto Alegre do Norte, Campinápolis, Santa Terezinha e Peixoto de Azevedo) deram 100% dos votos válidos para Lula.

No Amazonas, São Gabriel da Cachoeira foi o município campeão de unanimidades em favor do petista: sete vitórias de 100% , todas em regiões rurais indígenas no Alto Rio Negro, algumas delas em áreas de acesso muito difícil , na fronteira com a Colômbia ou próximas ao Parque Nacional do Pico da Neblina. Ainda no estado, o presidente eleito também foi apoiado pelas comunidades indígenas Vendaval e Santa Inês, ambas no Alto do Rio Solimões, em São Paulo de Olivença.

Num predomínio igual, em Quiterianópolis, no Ceará, os indígenas Tabajaras deram 100% dos votos a Lula — só dois votaram nulo, no número 12, segundo o registro digital da seção. Elenize Tabajara, uma das lideranças locais, diz que o apoio foi natural.

— Somos nordestinos no sertão do Ceará. A maioria aqui tem grande admiração não pelo PT, mas pelo governo que Lula realizou. Bolsonaro não fez um bom governo, principalmente, para comunidades indígenas e quilombolas — diz ela, numa região onde a maioria trabalha com agricultura, não recebe Auxílio Brasil e foi beneficiada por políticas dos mandatos de Lula.

No Maranhão — estado com mais urnas em que Bolsonaro saiu zerado da votação (47) —, o cacique Carloman Koganon Canela, do território Kanela/Memortumré, explica as motivações que levaram o petista a ter 100% da preferência. Entre as razões de insatisfação com o atual governo, cita a construção de uma estrada que afirma ser irregular:

— Aconteceram coisas graves nela. Um indígena foi atropelado, outro desapareceu, e não encontramos o corpo. Isso no tempo do Bolsonaro. Mas também tem a questão do clima, e é preocupante o desmatamento no atual governo.

Na Bahia, no município de Seabra, na região da Chapada Diamantina, quilombolas do Capão das Gamelas votaram em peso em Lula, que ganhou de 141 a zero. Já no Sul do Brasil, na gaúcha Charrua, foi de um ginásio onde moradores de uma reserva indígena expressaram sua vontade que Bolsonaro saiu zerado, e o rival contabilizou 302 votos. Numa zona rural do próprio município, porém, o atual presidente deu o troco: marcou 76 a zero no Salão Comunitário Linha Floresta. O prefeito da cidade, Valdésio Roque Della Betta (PP), votou em Bolsonaro, mas garante: o resultado foi consequência da divisão natural da população.

— Nosso município é pequeno, tem 3,5 mil habitantes. Em Linha Floresta, os eleitores são, principalmente, ligados ao agronegócio, produtores de soja e milho — explica o prefeito.

Resultados radicalmente opostos foram registrados ainda no Pará. Num colégio da Ilha Viçosa, no município de Chaves, Bolsonaro conquistou todos os votos válidos. Na foz do Rio Amazonas, o povoado faz parte do arquipélago de Marajó, que desde 2019 aparece em polêmicas geradas pela senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do atual governo. A última controvérsia foi na corrida eleitoral deste ano, quando ela disse, sem apresentar provas, que crianças de Marajó estariam sendo traficadas para exploração sexual. Mas, também no arquipélago, houve seção em que Lula foi absoluto: um centro de recuperação regional do município de Breves.

É de lugarejos rurais quase a totalidade das seções de Minas Gerais em que a apuração terminou com um só candidato votado. O TRE mineiro levantou o perfil de alguns desses povoados, onde prevaleceu o petista. Em Bertópolis, no Vale do Mucuri, duas urnas 100% Lula estavam numa aldeia da etnia Maxakali. Em Januária, resultados semelhantes vieram de duas comunidades rurais, onde também há quilombos, a uma distância a mais de 50 quilômetros por estrada de terra do centro do município. No norte mineiro, outra seção com unanimidade estava num interior isolado e carente, a 14 quilômetros do distrito mais próximo, de Tocandira. E na mesma região, no município de São Francisco, é preciso atravessar o rio de balsa, numa viagem que demora duas horas, para chegar à comunidade Barra dos Caldeirões, onde Bolsonaro tampouco teve votos.

Já em Carmésia, no Vale do Rio Doce, havia duas seções na aldeia Pataxó, na Reserva Guarani. Em uma delas, a 42, só houve votos para Lula. Na 43, Bolsonaro só se livrou de ficar zerado porque teve um único voto.

Houve quatro urnas com placar de 100% a zero até mesmo nos locais de votação para brasileiros que vivem no exterior. Fica na Venezuela, tantas vezes citada na campanha, um dos exemplos: em duas seções da capital Caracas, a abstenção foi quase generalizada, mas os que compareceram às urnas foram todos a favor de Bolsonaro. Lula, por sua vez, reinou sozinho numa seção de Porto Iguaçu, na Argentina, e em outra de Havana, em Cuba.

As urnas que registraram unanimidade não tiveram relevância no resultado final das eleições: elas representaram cerca de 0,03% dos 60,3 milhões de votos que Lula obteve.
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