A Bíblia permite (e manda) matar

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A Bíblia permite (e manda) matar

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Bíblia permite matar:

- Ladrões (Êxodo 22:02)
- Idólatras (Êxodo 32:26-29)
- Aqueles que adoram outros deuses (Deuteronômio 13:06-12)
- Aqueles que sacrificam a outros deuses (Êxodo 22:20)
- Bruxas (Êxodo 20:18)
- Cartomantes, adivinhos, videntes, médiuns etc. (Deuteronômio 18:10-12, Levítico 20:27)
- Quem trabalha em dia de sábado (Números 15:32-26, Êxodo 31:14-15 e 35:02)
- Quem se casa com mulheres estrangeiras (Números 25:06-11)
- Falsos profetas (Deuteronômio 18:20)
- Meninas que perdem a virgindade antes do casamento (Deuteronômio 22:23-24)
- Adúlteros (Levítico 20:10)
- Homossexuais (Levítico 20:13)
- Quem faz sexo com animais (Êxodo 22:19, Levítico 20:15-16)
- Filhos rebeldes (Deuteronômio 21:18-21)
- Povos que não aceitam que você invada a terra deles (o livro de Josué inteiro e trechos de outros livros)

E aceita que o Estado aplique a pena de morte (Romanos 13:01-07).

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 13:48 pm

Mensagem por Gigaview »

Gabarito escreveu:Fica o convite: traga pra cá alguns de seus excelentes textos publicados no Multiply.
Andei lendo aquilo faz algum tempo e me serviu de material para argumentar com um antigo vizinho crente radical.
Você tem preciosidades naquele repositório.

Faça um favor a muitos que não conhecem aqueles textos e traga o que julgar de mais relevante para cá.
Aliás, eu sei que deve ser difícil escolher, porque tudo lá parece relevante e de grande impacto para quem lê pela primeira vez, principalmente os que se apegam demais à Bíblia.
:D
Fernando Silva escreveu:Bom saber que serviu para alguma coisa :-)

Farei isto, aos poucos.
Cinzu escreveu:Todas referências ao velho testamento.

Um religioso provavelmente contra-argumentaria dizendo que o que se aplica à nossa sociedade e cultura é, na verdade, o novo testamento.
Fernando Silva escreveu:E estaria errado. No Sermão da Montanha, Jesus disse que não devíamos mudar nem uma só vírgula do que tinham dito os profetas.

O AT continua valendo.

E, se não vale mais, os 10 mandamentos podem ser descartados?
Eliphas escreveu:A Epístola aos Gálatas trata do encontro do Apóstolo Paulo com um povo que estava voltando a praticar os antigos costumes e leis do AT. Selecionei trechos que tocam nesse ponto, peço a paciência dos Irmãos para ler e refletir. Além disso, sublinhei as chaves:

"Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei"

"Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las."

>>>"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito."<<<

"Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro."

"Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.

>>>"Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus."<<<

"quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos."

>>>"Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo."
"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão."<<<

"Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor."
Fernando Silva escreveu:
Eliphas escreveu:
A Epístola aos Gálatas trata do encontro do Apóstolo Paulo com um povo que estava voltando a praticar os antigos costumes e leis do AT. Selecionei trechos que tocam nesse ponto, peço a paciência dos Irmãos para ler e refletir. Além disso, sublinhei as chaves:
Exatamente. "Paulo disse".

É por isso que o cristianismo deveria se chamar paulinismo e o verdadeiro cristianismo seria o ebionismo e outras seitas judaicas próximas à suposta doutrina original do suposto Jesus.

Jesus disse que a Lei estava valendo e nem uma vírgula deveria ser alterada, daí aparece Paulo mudando tudo para facilitar a adesão dos gentios.
Eliphas escreveu:No AT, a humanidade é transgressora e se encontra em inimizade com Deus. Por isso, vive sob um regime de Lei, Holocaustos para apaziguar a Severidade Divina etc. Mas essa dívida é "paga" no sacrifício de Jesus na cruz. Desse momento em diante, a salvação é estendida a todos os não-judeus e inclusive os próprios judeus são libertados do antigo regime, podendo alcançar a salvação pelo amor... Ao dizer que não estava vindo abolir a lei, Jesus está refutando os que o tomam por transgressor. Ora, a lei era justamente a do holocausto, da dívida, e o que ele faz, através de seu sacrifício, é pagar a dívida de toda a humanidade, então de fato ele não apenas não abole a lei como a cumpre. Uma vez cumprida, não há mais necessidade, da parte da humanidade, de holocaustos e circuncisões etc.

Não é à toa que existem dezenas de milhares de seitas cristãs, cada uma se baseando numa interpretação diferente.
Para os católicos, por exemplo, "a fé sem as obras é morta".
Fernando Silva escreveu:Os apóstolos, que realmente tiveram contacto com Jesus, continuaram seguindo a Lei.
Foi Paulo, que dizia recebê-lo em espírito, que a aboliu.

Como eu disse, cada um interpreta o texto confuso e contraditório da Bíblia conforme sua conveniência.

Pergunta: o que mais se tornou desnecessário? Os 10 mandamentos, por exemplo?
Eliphas escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Os apóstolos, que realmente tiveram contacto com Jesus, continuaram seguindo a Lei.
Pode exemplificar??
Fernando Silva escreveu:Basta ver todas as brigas entre Paulo e os apóstolos sobre assuntos doutrinários.
Os apóstolos continuaram frequentando a sinagoga e defendendo a circuncisão, por exemplo, enquanto que Paulo (ou os Paulos ...), tolerante no início, foi aos poucos mudando de ideia e, no fim, rejeitou a Lei e "expulsou" os judeus da nova religião.

Aliás, que coisa ridícula e arrogante Paulo dizer que só ele ensinava a verdade e que se alguém pregasse algo diferente, mesmo que fosse um anjo, deveria ser rejeitado ...

Um texto sobre o assunto:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Incidente_em_Antioquia
Editado pela última vez por Gigaview em Sex, 06 Março 2020 - 02:26 am, em um total de 2 vezes.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Fora do tema, mas curioso.

"Desejou ardentemente os seus amantes, cujos membros eram como os de jumentos e cuja ejaculação era como a de cavalos". Ezequiel 23:20

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Fernando Silva escreveu:Mas aí já é no setor de pornografia.

Também tem a história do Onan que, segundo a lei, deveria engravidar a cunhada viúva, mas se recusou e preferiu jogar água fora da bacia (dando origem à palavra "onanismo").

E tem gente que tenta interpretar o Cântico dos Cânticos, onde Salomão descreve os atributos físicos da namorada, como uma declaração de amor do cristão à Igreja...
JungF escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Cinzu escreveu:
Todas referências ao velho testamento.

Um religioso provavelmente contra-argumentaria dizendo que o que se aplica à nossa sociedade e cultura é, na verdade, o novo testamento.
E estaria errado. No Sermão da Montanha, Jesus disse que não devíamos mudar nem uma só vírgula do que tinham dito os profetas.

O AT continua valendo.

E, se não vale mais, os 10 mandamentos podem ser descartados?
Cinzu está certo. O novo testamento é baseado nos ensinamentos de Jesus, muita compaixão, misericórdia e sabedoria - ver parábolas -
Quanto à Lei, de Moisés, Jesus derrogou aquelas provindas da interpretação do farisaísmo dando novo cumprimento. Ex. a mulher adúltera, o trabalho no sábado... e sempre ensinava: "diziam os antigos... eu porém vos digo...." . E dava nova ordenação, mais sensata e complacente.
É preciso ter em mente que Jeová, nas tábuas da Lei, recebidas por Moisés no deserto após a saída do Egito, ordenava Não matarás, pois que evidenciava grande dureza de coração dos profetas antigos, rígidos disciplinadores de um povo rebelde e de cerviz endurecida..
Moises infringia o decálogo tendo em vistas a missão de liderar aquele povo que trazia todas as mazelas da convivência com os Egípcios e seus deuses mitológicos, o que precisava ser erradicado para entrar na Terra prometida.
Se o velho testamento revelava uma postura radical em termos de Justiça, o novo testamento tem a orientação voltada para o amor.
Quando se fala em Bíblia é importante separar o novo do velho testamento.
EU PORÉM VOS DIGO...
Fernando Silva escreveu:
JungF escreveu:
O novo testamento é baseado nos ensinamentos de Jesus, muita compaixão, misericórdia e sabedoria - ver parábolas -
Como fica o "venda sua capa e compre uma espada" ?
Ou "Abandone sua família, deixe seu pai morto sem enterrar e venha comigo" ?
JungF escreveu:

Quanto à Lei, de Moisés, Jesus derrogou aquelas provindas da interpretação do farisaísmo dando novo cumprimento. Ex. a mulher adúltera, o trabalho no sábado... e sempre ensinava: "diziam os antigos... eu porém vos digo...." . E dava nova ordenação, mais sensata e complacente.
A Bíblia é contraditória. Dá para provar qualquer ponto de vista escolhendo os trechos convenientes e ignorando os outros.

E não foram "os antigos", foi o próprio Javé que mandou matar.
JungF escreveu:

É preciso ter em mente que Jeová, nas tábuas da Lei, recebidas por Moisés no deserto após a saída do Egito, ordenava Não matarás, pois que evidenciava grande dureza de coração dos profetas antigos, rígidos disciplinadores de um povo rebelde e de cerviz endurecida.
Pois é, mas Javé mandou matar quem trabalhasse em dia de sábado.
Mandou Moisés matar 4 mil do seu próprio povo. Etc. etc.
JungF escreveu:

Moises infringia o decálogo tendo em vistas a missão de liderar aquele povo que trazia todas as mazelas da convivência com o Egípcios, o que precisava ser erradicado para entrar na Terra prometida.
Quer dizer que podemos ignorar uma ordem direta de Deus se acharmos que há coisas mais importantes?
Mas Moisés matou, como eu disse acima, por ordem direta de Deus.
Que, aliás, matava a torto e a direito por qualquer bobaginha.
JungF escreveu:

Se o velho testamento revelava uma postura radical em termos de Justiça, o novo testamento tem a orientação voltada para o amor.
Quando se fala em Bíblia é importante separar o novo do velho testamento.
EU PORÉM VOS DIGO...
Como eu disse, podemos esquecer os 10 mandamentos, então. Velharia.
Gorducho escreveu:
Sr. Fernando Silva escreveu:
Como eu disse, podemos esquecer os 10 mandamentos, então. Velharia.
?
Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo I:2,3 ...
M/impressão é que permanecem válidos🤔

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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aronax
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Mensagem por aronax »

Gigaview escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 02:34 am
Fernando Silva escreveu:
JungF escreveu:
O novo testamento é baseado nos ensinamentos de Jesus, muita compaixão, misericórdia e sabedoria - ver parábolas -
Bah....muita compaixão e misericórdia.....
Bíblia mostra que Jesus também pregou o ódio ao próximo

Jesus pregou o amor ao próximo, o que é talvez o mais valioso ensinamento que esse personagem — real ou não — legou à humanidade.

De fato, “Jesus foi um cara legal”, escreveu em seu blog o militante ateu Hemant Mehta, presidente da Beyond Belief, uma fundação americana. Mas ele observou que Jesus não foi tão pacífico como se apregoa.

Mehta citou alguns trechos da Bíblia para mostrar que, afinal, o “cordeiro de Deus” não foi tão cordeiro, mas em alguns momentos se mostrou intolerante e odiento. 

Veja: 

Mateus 10:34: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” 

João 15:6: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.” 

Lucas: 12:14: “E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites.” 

Mateus 14: 3-7: “E, estando ele em betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça. E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela. Jesus, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra. Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes”. 

Nem sequer os animais e as plantas escaparam da ira do filho de Deus 

Mateus 8:32: “E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.” 

Marcos 11: 13-14: “E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.” 

Qual é o Jesus verdadeiro? O que pregava o amor ao próximo ou aquele sobre o qual os pastores poucos falam, aquele que diz ter vindo à Terra não para trazer a paz, mas a espada?

Pode-se argumentar que as contradições fazem parte da dimensão humana. Mas isso se aplica a Jesus, um humano que é filho do sobrenatural, de Deus?
A da figueira é a mais impressionante. Se o cara é se não a divindade então o filho dela, é responsável pelas regras da natureza, que ele teria supostamente criado, então a coitada da figueira só obedecia as regras de deus. Merecia ter esta praga?....
Muito justo e misericordioso!

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

aronax escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 12:03 pm
A da figueira é a mais impressionante. Se o cara é se não a divindade então o filho dela, é responsável pelas regras da natureza, que ele teria supostamente criado, então a coitada da figueira só obedecia as regras de deus. Merecia ter esta praga?....
Muito justo e misericordioso!
Um texto mais detalhado em:
viewtopic.php?f=22&t=74

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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jesuscraciaNÃO
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Mensagem por jesuscraciaNÃO »

«No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome. Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa. Aproximando-se, nada achou senão folhas; porque ainda não era tempo de figos. Disse-lhe: Nunca jamais coma alguém fruto de ti; e seus discípulos ouviram isto.» (Marcos 11:12-14)
«Ao passarem de manhã, viram que a figueira estava seca até a raiz. Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Olha, Mestre, secou-se a figueira, que amaldiçoaste! Tornou-lhes Jesus: Tende fé em Deus. Em verdade vos digo que quem disser a este monte: Levanta-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se faz o que ele diz, assim lhe será feito. Por isso vos afirmo: Tudo quanto suplicais e pedis, crede que o tendes recebido, e tê-lo-eis.

Essa história da figueira nada mais é que:
b) Coleobrocas
Estas brocas são larvas de coleópteros que abrem galerias nos ramos e troncos da figueira. Causam a murcha ea seca dos ramos, folhas e frutos localizados
acima da região do ataque. Os troncos atacados podem apresentar feridas e galerias, mas, em odos os casos, acabam secando e levando a planta ao definhamento e morte. As principais espécies que se constituem pragas da figueira são:

Colobogaster cyanitaris
Marshallius bonelli
Trachyderes thoracicus
Teaniotes scalaris

Fonte: https://silo.tips/download/pragas-e-doenas-da-figueira

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

AndarilhoTerrestre
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Registrado em: Seg, 06 Abril 2020 - 16:13 pm

Mensagem por AndarilhoTerrestre »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 16:39 pm
aronax escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 12:03 pm
A da figueira é a mais impressionante. Se o cara é se não a divindade então o filho dela, é responsável pelas regras da natureza, que ele teria supostamente criado, então a coitada da figueira só obedecia as regras de deus. Merecia ter esta praga?....
Muito justo e misericordioso!
Um texto mais detalhado em:
forum/viewtopic.php?f=22&t=74
Não consegui abrir esse tópico...: "A página solicitada não foi encontrada." :)

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

AndarilhoTerrestre escreveu:
Seg, 23 Novembro 2020 - 09:41 am
Fernando Silva escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 16:39 pm
aronax escreveu:
Sex, 06 Março 2020 - 12:03 pm
A da figueira é a mais impressionante. Se o cara é se não a divindade então o filho dela, é responsável pelas regras da natureza, que ele teria supostamente criado, então a coitada da figueira só obedecia as regras de deus. Merecia ter esta praga?....
Muito justo e misericordioso!
Um texto mais detalhado em:
forum/viewtopic.php?f=22&t=74
Não consegui abrir esse tópico...: "A página solicitada não foi encontrada." :)
Vai ver que mudaram o tópico de lugar.

Mas esse trecho é idiota e contraditório.
Primeiro que Jesus destrói a figueira por não ter fruto ... só que não era época de dar fruto. Ataque de pelanca.
Segundo que há uma contradição: um trecho diz que a figueira secou na hora, outro diz que só secou mais tarde.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Todos trechos do Velho Testamento.

Gostaria de saber se há tais atrocidades ou similares no Novo Testamento. Se sim, poderia citar algumas?

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cinzu escreveu:
Sáb, 10 Abril 2021 - 21:50 pm
Todos trechos do Velho Testamento.

Gostaria de saber se há tais atrocidades ou similares no Novo Testamento. Se sim, poderia citar algumas?
Não há atrocidades, mas há coisas como:
E disse aos que estavam ali: ‘Tomem dele a sua mina e dêem-na ao que tem dez’.
" ‘Senhor’, disseram, ‘ele já tem dez! ’
"Ele respondeu: ‘Eu lhes digo que a quem tem, mais será dado, mas a quem não tem, até o que tiver lhe será tirado.
E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente! ’ "
Lucas 19:27

Os crentes enrolam e enrolam tentando justificar isto, dizem que essa morte se refere ao Juízo Final e blá-blá-blá, mas esse Jesus não parece nada gentil e compassivo.

Aqui, ele fala claramente do Juízo Final, mas o conceito de tortura eterna (e portanto infinita) é infinitamente desproporcional às pequenas faltas que humanos podem cometer:
"Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era.
O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o mal.
Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.
Mateus 13:40-43

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Mensagem por criso »

Fernando Silva escreveu:
Dom, 11 Abril 2021 - 09:17 am
Cinzu escreveu:
Sáb, 10 Abril 2021 - 21:50 pm
Todos trechos do Velho Testamento.

Gostaria de saber se há tais atrocidades ou similares no Novo Testamento. Se sim, poderia citar algumas?
Não há atrocidades, mas há coisas como:
E disse aos que estavam ali: ‘Tomem dele a sua mina e dêem-na ao que tem dez’.
" ‘Senhor’, disseram, ‘ele já tem dez! ’
"Ele respondeu: ‘Eu lhes digo que a quem tem, mais será dado, mas a quem não tem, até o que tiver lhe será tirado.
E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente! ’ "
Lucas 19:27

Os crentes enrolam e enrolam tentando justificar isto, dizem que essa morte se refere ao Juízo Final e blá-blá-blá, mas esse Jesus não parece nada gentil e compassivo.
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aí já beira a desonestidade intelectual.
Jesus estava contando uma história, em que havia um Senhor se dirigindo a seu Servos.
Contando a história, Jesus mesmo fala, ora na voz dos Servos, ora na voz do Senhor deles.
Logo antes dessa fala recortada de modo totalmente desonesto, Jesus fala na voz de um Servo -
'Senhor, ele já tem dez minas...' e o Senhor do Servo, respondendo-lhes, diz essa parte que colaste.
No fim desta fala, uma aspa é fechada, deixando claro que o diálogo era entre os personagens da parábola.
(a aspa começa lá atrás, em Lucas 19:12, quando Jesus começa a contar toda a história como parábola).

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Dom, 11 Abril 2021 - 16:22 pm
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aí já beira a desonestidade intelectual.
Jesus estava contando uma história, em que havia um Senhor se dirigindo a seu Servos.
Contando a história, Jesus mesmo fala, ora na voz dos Servos, ora na voz do Senhor deles.
Logo antes dessa fala recortada de modo totalmente desonesto, Jesus fala na voz de um Servo -
'Senhor, ele já tem dez minas...' e o Senhor do Servo, respondendo-lhes, diz essa parte que colaste.
No fim desta fala, uma aspa é fechada, deixando claro que o diálogo era entre os personagens da parábola.
(a aspa começa lá atrás, em Lucas 19:12, quando Jesus começa a contar toda a história como parábola).
E ele termina a parábola apresentando esse senhor como vilão?

Ou condenando o servo que não soube fazer render o dinheiro recebido?

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Gorducho
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Mensagem por Gorducho »

E 27...
termina sem condenar o potentado fictício esse da parábola, e segue subindo pra Jerusalém.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Pedro Reis
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Registrado em: Ter, 24 Março 2020 - 11:28 am

Mensagem por Pedro Reis »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 07:42 am
criso escreveu:
Dom, 11 Abril 2021 - 16:22 pm
???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

aí já beira a desonestidade intelectual.
Jesus estava contando uma história, em que havia um Senhor se dirigindo a seu Servos.
Contando a história, Jesus mesmo fala, ora na voz dos Servos, ora na voz do Senhor deles.
Logo antes dessa fala recortada de modo totalmente desonesto, Jesus fala na voz de um Servo -
'Senhor, ele já tem dez minas...' e o Senhor do Servo, respondendo-lhes, diz essa parte que colaste.
No fim desta fala, uma aspa é fechada, deixando claro que o diálogo era entre os personagens da parábola.
(a aspa começa lá atrás, em Lucas 19:12, quando Jesus começa a contar toda a história como parábola).
E ele termina a parábola apresentando esse senhor como vilão?

Ou condenando o servo que não soube fazer render o dinheiro recebido?
O detalhe relevante é que ELE é o autor da parábola.

Jesus poderia ter criado a história em quaisquer termos, poderia ter usado as palavras e situações que quisesse. Poderia, inclusive, ter passado a mesma mensagem com outra parábola, outra história.

E na verdade nós nem sabemos se estas foram mesmo palavras de Jesus ou algum acréscimo posterior. Mas para mim isso não é importante, o Jesus real não importa, o que importa é o Jesus ficcional dos evangelhos porque é com base neste que o cristianismo foi construído.

Logo, esta é uma parábola do Jesus dos evangelhos, reflete os valores e a mentalidade dos autores dos evangelhos. E para um homem da época não seria chocante que um rei quisesse matar os que não se submetem. Fazia parte do trabalho de ser rei.

Portanto, pra mim, o que trechos como este revelam é a natureza mundana das escrituras. Um Jesus filho de Deus com uma moralidade atemporal não seria o protagonista de muitas das passagens descritas na bíblia.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Mensagem por criso »

Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 12:46 pm
O detalhe relevante é que ELE é o autor da parábola.

Jesus poderia ter criado a história em quaisquer termos, poderia ter usado as palavras e situações que quisesse. Poderia, inclusive, ter passado a mesma mensagem com outra parábola, outra história.
O detalhe relevante é que VOCÊ não está nem aí para o que a parábola pretende ensinar.
Você lê com olhos mundanos e materialistas e,
assim transformando o texto em material e mundano,
condena a mundanidade e materialidade que tu mesmo fazes aparecer.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 12:46 pm
Portanto, pra mim, o que trechos como este revelam é a natureza mundana das escrituras. Um Jesus filho de Deus com uma moralidade atemporal não seria o protagonista de muitas das passagens descritas na bíblia.
Quem são os inimigos que não querem que Cristo reine?
nossa luta não é contra seres humanos, e sim contra principados e potestades
O quão intelectualmente desonesto alguém tem que ser para perverter um texto a esse ponto, só para negar?
Cristo diz que seu Reino não é deste Mundo. Assim como não o são os inimigos da parábola.
Mas como sempre não há, da parte dos ateus-materialistas, o mínimo compromisso com a verdade.
O que há é partir da prerrogativa de negar a qualquer custo, ainda que envolva distorcer e mentir.
Que realeza é essa a que Cristo se refere? Após sua crucificação, assentou-se à direita de Deus.
E, assim investido, libertara o que estavam aprisionados no Hades, pisando sobre as serpentes.
Se você não acredita em nada disso, não interessa, porque não precisa acreditar.
Não é questão da sua descrença, é questão de ser fiel ao texto, porque o texto acredita.
No texto, elas existem. Logo, qualquer trecho do texto, parte deste contexto.
O fato de não existirem na sua cabeça não muda o fato de que qualquer coisa ali dita refere-se a essas coisas.
O texto é um texto espiritual, em que parte-se do pressuposto de Céu, Inferno, Anjos, Demônios e Salvação.
O texto acredita, não interessa se você não. E se o texto acredita, deve ser lido à luz dessas coisas.
Mas você, e outros ateus-materialistas, sem o menor compromisso com uma interpretação fiel,
usam a técnica do vale-tudo: expropria-se um texto do próprio contexto que lhe fundamenta,
e, assim, faz-se dele um texto sem-fundamento, mundano, material, absurdo, cruel.
Como sempre digo, é o: "não sei, não quero saber, tenho raiva de quem sabe."
Por que digo isso? Porque pessoas como você não estão nem aí mesmo para coisas como metafísica, teologia, hermenêutica, exegese.
Não é que você não saiba. Você não quer saber mesmo, você não liga. Só quer negar.
Então fique feliz. Conseguiu. Negou a caricatura produzida por sua própria má leitura.
Só não pense ser no texto, e não em você, que está o problema.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:15 pm
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 12:46 pm
O detalhe relevante é que ELE é o autor da parábola.

Jesus poderia ter criado a história em quaisquer termos, poderia ter usado as palavras e situações que quisesse. Poderia, inclusive, ter passado a mesma mensagem com outra parábola, outra história.
O detalhe relevante é que VOCÊ não está nem aí para o que a parábola pretende ensinar.
Você lê com olhos mundanos e materialistas e,
assim transformando o texto em material e mundano,
condena a mundanidade e materialidade que tu mesmo fazes aparecer.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 12:46 pm
Portanto, pra mim, o que trechos como este revelam é a natureza mundana das escrituras. Um Jesus filho de Deus com uma moralidade atemporal não seria o protagonista de muitas das passagens descritas na bíblia.
Quem são os inimigos que não querem que Cristo reine?
nossa luta não é contra seres humanos, e sim contra principados e potestades
O quão intelectualmente desonesto alguém tem que ser para perverter um texto a esse ponto, só para negar?
Cristo diz que seu Reino não é deste Mundo. Assim como não o são os inimigos da parábola.
Mas como sempre não há, da parte dos ateus-materialistas, o mínimo compromisso com a verdade.
O que há é partir da prerrogativa de negar a qualquer custo, ainda que envolva distorcer e mentir.
Que realeza é essa a que Cristo se refere? Após sua crucificação, assentou-se à direita de Deus.
E, assim investido, libertara o que estavam aprisionados no Hades, pisando sobre as serpentes.
Se você não acredita em nada disso, não interessa, porque não precisa acreditar.
Não é questão da sua descrença, é questão de ser fiel ao texto, porque o texto acredita.
No texto, elas existem. Logo, qualquer trecho do texto, parte deste contexto.
O fato de não existirem na sua cabeça não muda o fato de que qualquer coisa ali dita refere-se a essas coisas.
O texto é um texto espiritual, em que parte-se do pressuposto de Céu, Inferno, Anjos, Demônios e Salvação.
O texto acredita, não interessa se você não. E se o texto acredita, deve ser lido à luz dessas coisas.
Mas você, e outros ateus-materialistas, sem o menor compromisso com uma interpretação fiel,
usam a técnica do vale-tudo: expropria-se um texto do próprio contexto que lhe fundamenta,
e, assim, faz-se dele um texto sem-fundamento, mundano, material, absurdo, cruel.
Como sempre digo, é o: "não sei, não quero saber, tenho raiva de quem sabe."
Por que digo isso? Porque pessoas como você não estão nem aí mesmo para coisas como metafísica, teologia, hermenêutica, exegese.
Não é que você não saiba. Você não quer saber mesmo, você não liga. Só quer negar.
Então fique feliz. Conseguiu. Negou a caricatura produzida por sua própria má leitura.
Só não pense ser no texto, e não em você, que está o problema.
Caríssimo...

Você está confundindo causa com efeito.

É óbvio que não posso interpretar como você. Se fosse assim eu estaria lá na sua igreja e não aqui, no fórum dos hereges.

Mas é porque não enxergo santidade, sabedoria e transcendência nestes textos, mas sim conveniências mundanas, que sou ateu. E não o contrário.

É como se o Silas Malafaia dissesse: "Você só quer negar a Teologia de Prosperidade porque é um ateu. Então, com estes seus olhos mundanos, só vê picaretagem onde meus fiéis enxergam a contribuição para a obra de Deus".

Não, seu Silas.

É porque eu vejo que sua obra não passa de uma tremenda picaretagem que não sou um dos seus fiéis.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Mensagem por criso »

Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:40 pm
É óbvio que não posso interpretar como você. Se fosse assim eu estaria lá na sua igreja e não aqui, no fórum dos hereges.
Não é interpretar como eu. É interpretar dentro do próprio texto, segundo aquilo a que se propõe.
A Ilíada, de Homero, é um poema épico. Se você interpreta como sendo outra coisa, que não um poema épico, interpreta errado.
E interpretar de modo material um texto que é religioso não é "discordar", é só interpretar mal, interpretar errado mesmo.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:40 pm
Mas é porque não enxergo santidade, sabedoria e transcendência nestes textos, mas sim conveniências mundanas, que sou ateu. E não o contrário.
Enxergar ou não, aí é problema seu. O Sol não brilha menos pelo fato de alguém ser cego.
O problema é o cego achar que a culpa é do Sol. Que a cegueira prova que o Sol não existe.
A interpretação espiritual destes textos demanda aprofundamento, devoção,
penetração intelectual nas camadas alegóricas, morais, místicas, anagógicas.
É óbvio que quem parte do pressuposto que nada há ali para encontrar,
não se dará, por isso mesmo, o esforço de procurar.
Fazendo do seu viés um argumento circular.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:40 pm
É porque eu vejo que sua obra não passa de uma tremenda picaretagem que não sou um dos seus fiéis.
Disse alguém que não pratica o misticismo, a devoção, a hermenêutica, a exegese.
E não pratica justamente pelo desinteresse,
e desinteressa-se por achar picaretagem.
Eis sua circularidade sem saída.
Qual seria a solução? Das duas uma:
1-quero conhecer
2-não quero conhecer.
No caso da primeira, seria necessário mergulhar numa tradição, praticá-la e vivenciar.
No caso da segunda, basta admitir: "Não sei, não compreendo." - seria humilde e sincero.
Mas o que ateus-materialistas fazem passa longe de um exercício de humildade e sinceridade:
querem, em vez disso, ensinar misticismo aos místicos, interpretar escrituras, dizer o que é e não é.
Comparativamente, são análogos a terraplanistas ensinando astrofísica,
quando a astrofísica, por sua própria natureza, desbanca o terraplanismo.
É como assistir criacionistas a ensinar a evolução,
sendo que, por serem criacionistas, não estão nem aí para a evolução,
só estão ali para negá-la, sem critérios, sem fundamento,
sem compromisso algum com o tema de que falam.
Pergunte para si mesmo:
você tem algum compromisso com uma interpretação correta das escrituras?
Tem algum compromisso com a teologia, exegese, hermenêutica, metafísica?
Você estuda isso? Você se importa com isso? Você vive isso?
"Não, não me importo, pois é picaretagem".
Note a inversão da premissa e conclusão:
É picaretagem, logo, não me importo.
Não me importo, logo, interpreto mal mesmo.
Interpreto mal mesmo, logo, falo besteira mesmo.
E de minhas más-interpretações colho mais motivos pra não me importar.
E assim a coisa vai, de modo circular.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 15:16 pm
Não é interpretar como eu. É interpretar dentro do próprio texto, segundo aquilo a que se propõe.

E claro, quem não interpreta como você, não interpreta "dentro do próprio texto, segundo aquilo a que se propõe".

criso escreveu: A Ilíada, de Homero, é um poema épico. Se você interpreta como sendo outra coisa, que não um poema épico, interpreta errado.
E interpretar de modo material um texto que é religioso não é "discordar", é só interpretar mal, interpretar errado mesmo.

Então tá. Fica decidido que não existem interesses "materiais", mundanos, circunstanciais, em nenhum texto religioso.

Para entender a Teologia da Prosperidade de Edir Macedo, só se envolvendo com a Igreja Universal e participando de muitas fogueiras santas. Só deixando até as cuecas na igreja.

Por falar em cuecas, pra entender os textos de Joseph Smith, por que o próprio tornou sacras suas ceroulas, só tendo uma profunda conexão espiritual com uma seita mórmom.

Pra entender o discurso religioso do Jim Jones, só tendo ingerido veneno junto com seus fiéis.

E se eu não experimentar a mediunidade, não há como usar meu cérebro para perceber que aquelas fotos de fantasmas do Chico Xavier são pura empulhação.

Ah, eu sei, tudo isso é recente. Mas antigamente o ser humano tinha outra natureza e religião era só religião.

criso escreveu: Enxergar ou não, aí é problema seu. O Sol não brilha menos pelo fato de alguém ser cego.
O problema é o cego achar que a culpa é do Sol. Que a cegueira prova que o Sol não existe.
A interpretação espiritual destes textos demanda aprofundamento, devoção,
penetração intelectual nas camadas alegóricas, morais, místicas, anagógicas.

Demanda profundo fanatismo e desejo de acreditar. Senão a "penetração intelectual" não ocorre.

Mas se você quer entender a bíblia tendo como fonte apenas a própria bíblia, como fazem os crentes, sua interpretação espiritual não está demandando todo o aprofundamento possível. É possível se aprofundar ainda mais considerando o contexto histórico, as evidências produzidas pela arqueologia, as discrepâncias e contradições entre versões do mesmo texto e dos mesmos relatos, e também utilizando a ferramenta acadêmica do estudo comparado.

Nada disso vai indicar que "escrituras sagradas" foram integralmente redigidas e revisadas (muito revisadas) apenas à luz de epifânias místicas. Especialmente os evangelhos.

Por exemplo: quando se traça um paralelo entre textos e alterações do que é conhecido como Velho Testamento e a História, com o que ocorria em Judah e Israel, se vê nitidamente como as circunstãncias influenciaram a construção da religião judaica.

As evidências são conclusivas: os cananitas eram politeístas, adoravam tanto deuses mesopotâmicos (principalmente Baal) quanto Yaweh, um deus tribal. E muitos textos que hoje fazem parte da bíblia eram originalmente histórias que faziam parte da tradição oral de crenças politeístas. Quando ainda não havia nascido o conceito de deus único.

Você vê em Êxodo que nas versões originais (fossem orais ou já registros escritos) que o deus dos hebreus não é único. O autor faz um grande esforço para mostrar que o deus dele é mais poderoso que os deuses egípcios. Há até um MMA onde Javeh vence os deuses do faraó realizando milagres superiores. Mas os deuses egípcios são reais, tanto que seus sacerdotes invocam seus poderes e realizam coisas sobrenaturais. "Não adorarás outros deuses diante de Mim" é um mandamento que não faz muito sentido sob uma visão monoteísta.

Também não faria nenhum sentido que os hebreus que escaparam para o Sinai, tendo testemunhado o poder colossal de Javeh, tivessem feito um bezerro de ouro que passam a adorar. Como poderiam ser tão estúpidos?

Não vai fazer sentido dentro da própria bíblia. Mas faz sentido quando você entende que originalmente essa história foi inventada para um povo politeísta, que deveria ser convencido a adotar o deus do profeta Elias como seu deus principal.

Estes politeístas não achariam estúpido, dentro do contexto de uma crença na existência de muitos deuses, o que os hebreus fizeram no Sinai. Porque no politeísmo é assim: se um deus não está mais te atendendo, você se volta para outro.

Não é necessário exegese empolada e hermenêutica para compreender muitas das contradições do Velho Testamento. Como por exemplo, as muitas vezes que o mesmo deus é amoroso e implacável e brutal.

Tudo se tornou mais claro quando os estudiosos entenderam que o Deus abrâmico surgiu do sincretismo de vários deuses cananitas. Principalmente Baal que era um deus da fertilidade, da prosperidade, muito popular nos tempos fáceis, e Yaweh, um deus tribal e guerreiro a quem se recorria quando as coisas ficavam difíceis para os cananitas. E depois muitas histórias foram modificadas e fundidas para se referirem a um deus único.

O culto a Baal prevalecia mas quando a existência do povo de Israel pareceu ameaçada pelo poderio de Babilônia, foi necessário criar uma unidade a partir do culto ao deus de origem essencialmente hebréia: Yaweh.

Mas os crentes nunca irão realmente entender a bíblia. Vão precisar sempre lançar mão de hermenêuticas nebulosas e exegeses tortuosas para explicar porque às vezes o mesmo deus é totalmente antropomórfico mas depois é descrito como o incognoscível.

criso escreveu: É óbvio que quem parte do pressuposto que nada há ali para encontrar,
não se dará, por isso mesmo, o esforço de procurar.
Fazendo do seu viés um argumento circular.
Mas será que não é você que pensa que, sob estes meus pontos de vista, não há nada para encontrar e aprender sobre a bíblia?

criso escreveu: Disse alguém que não pratica o misticismo, a devoção, a hermenêutica, a exegese.

E já disse um outro alguém que exegese é a arte e ciência de encontrar na bíblia exatamente o que se quer.

Se exegese fosse uma ciência, haveria um único cristianismo derivado de uma única interpretação da bíblia. E não 13.564.827 interpretações diferentes.

criso escreveu: E não pratica justamente pelo desinteresse,
e desinteressa-se por achar picaretagem.
Eis sua circularidade sem saída.
Qual seria a solução? Das duas uma:
1-quero conhecer
2-não quero conhecer.
No caso da primeira, seria necessário mergulhar numa tradição, praticá-la e vivenciar.
No caso da segunda, basta admitir: "Não sei, não compreendo." - seria humilde e sincero.
Mas o que ateus-materialistas fazem passa longe de um exercício de humildade e sinceridade:
querem, em vez disso, ensinar misticismo aos místicos, interpretar escrituras, dizer o que é e não é.

Aí é demais! Jim Jones poderia dizer a mesma coisa.

Como se todos os místicos concordassem entre si. E mesmo isso não seria prova de validade do sistema místico de obtenção de conhecimento.

Mas o fato de diferentes tradições místicas divergirem totalmente não autoriza nenhum místico a afirmar que esse tipo de abordagem leva ao conhecimento de coisa alguma.

Sem mesmo precisar sair da Rosacruz, você já tem a áurea e a Amorc. A qual das duas faltou humildade para conhecer que a interpretação mística da outra é que é a correta?

Tinha um amigo que pertencia à áurea mas dizia pra ficar longe da Amorc.

A qual delas você pertence, criso? O que o leva a estudar uma e rejeitar a outra?

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Mensagem por criso »

Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 21:24 pm
E claro, quem não interpreta como você, não interpreta "dentro do próprio texto, segundo aquilo a que se propõe".
Se você lê um texto que fala de coisas espirituais,
partindo do pressuposto que não há tal coisa chamada Espírito,
é óbvio que tudo o que ele perpassa soará como uma bobajada imensa.
Você arrancou, de um edifício, seu alicerce. Arrancou, de uma árvore, sua raiz.
Caem ambos por terra, sem sustento. Sobram os escombros, gravetos e estilhaços.
Vendo os destroços assim espalhados, é muito fácil apontá-los e tomá-los pela coisa.
E, já conhecendo-a assim desfigurada, diz-se dela que é inútil, provando com as ruínas.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 21:24 pm
Então tá. Fica decidido que não existem interesses "materiais", mundanos, circunstanciais, em nenhum texto religioso.
Sem dúvida que os homens - que escrevem, revisam, e editam os textos religosos -,
possuem, eles próprios, seus interesses materiais.
Essa leitura é muito usada no materialismo histórico-dialético.
E, de fato, é uma que se pode fazer! Sabendo, contudo,
que extrai-se disso não a essência da espiritualidade,
mas a História, as culturas, os conflitos e disputas etc.
Não é uma leitura que conduz a uma interpretação espiritual.
Se for essa a intenção, está tudo bem, só não vale se passar por outra.
Por ex.: "quero entender os valores das tribos javistas da idade do ferro".
Sem problemas. Pode-se ler sob um viés histórico e materialista para isso.
Agora, dizer que Jesus ensinava a trucidar os outros, como foi feito no tópico -
pretendendo ser essa a compreensão do ensinamento espiritual mesmo -,
é distorção descarada. É não ter compromisso nem sequer com a materialidade;
pior, nem com a textualidade, porque havia uma aspa ali deixando claro ser fábula,
e, além de tudo, fábula se referindo a coisas espirituais, como ocorre na Bíblia toda.
O que contesto é a disposição prévia para a acusação, com vista grossa para critérios.
É uma espécie de "vale-tudo" contra o evangelho, contra a Igreja, contra Jesus etc.
Se quer fazer uma leitura materialista, histórica? Ótimo, podemos fazê-la.
Quer fazer uma leitura mística, anagógica? Perfeito, procede de outra maneira.
Agora, essa "leitura-para-acusar", leitura "caça-tretas", é algo feio de se fazer.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 21:24 pm
Não é necessário exegese empolada e hermenêutica para compreender muitas das contradições do Velho Testamento. Como por exemplo, as muitas vezes que o mesmo deus é amoroso e implacável e brutal.
Elohim, Adonay, Yahweh, Tzevaot, Ruach HaKodesh...
São todos ingenuamente traduzidos como "Deus" ou "Senhor",
apagando nuances e sutilezas que aprofundariam a compreensão.
O mesmo se dá, como demonstrei em outros tópicos, com
Adam, Havah, Nahash, Ruach, Nefesh, Neschamah...
para não aprofundar, até porque sei que isso tudo não te interessa o mínimo,
entre ler a Bíblia sem chaves ou não ler, seria melhor nem abrir o livro.
É muito mais fácil perder-se meio à Floresta dos Erros.
Melhor seria inspirar-se nas vidas dos místicos e santos.
Buscando a conversão do coração e o exemplo prático.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 21:24 pm
Mas será que não é você que pensa que, sob estes meus pontos de vista, não há nada para encontrar e aprender sobre a bíblia?
Refiro-me à postura do caça-tretas.
É como chamo esse gesto feio de procurar atrocidades avulsas,
na intenção prévia de contradizer, debochar, atacar, acusar.
Não parte-se da leitura para a conclusão,
das referências e critérios para as considerações;
em vez disso, há um compromisso prévio com a acusação,
e filtra-se segundo o que serve a esse viés.
Sem compromisso com a Verdade.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 21:24 pm
A qual delas você pertence, criso? O que o leva a estudar uma e rejeitar a outra?
Não há necessidade de pertencer a nada. Eu detenho a linhagem / transmissão pessoal do filho de Papus, via Ary Ilha Xavier.
Entretanto, não fundarei nada. Esse modelo de "ordens" dá muita margem para charlatanismo e falácia de apelo à autoridade.
Além do mais, a aura de secretismo e pseudo-"elitismo espiritual" exalta a vaidade, enquanto chamam os de fora de "profanos".
Prefiro o Livre-Pensamento e discutir como um igual com quem eu quiser, inclusive com gente de visão diametralmente oposta.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Venho de uma família, por parte de mãe, muito ligada à igreja Batista. Por outro lado quase sempre estudei em colégio católico.

Tanto os batistas como os católicos apresentavam como prova de inspiração divina da bíblia, o alegado fato de que este livro teria tido muitos autores, que os textos compilados teriam sido escritos ao longo de muitos séculos, e mesmo assim não se encontrava uma única contradição sequer em toda a bíblia.

E eu mesmo já sendo praticamente ateu, nunca questionei. Todos diziam, então era verdade: não existe contradição na bíblia.

Quando eu estava na escola não havia internet. Onde pesquisar então?

Só com a internet descobri que o que mais tem naquele livro velho é contradição. Para os evangelistas Judas se matou depois de ter devolvido as 30 moedas. Em Atos o mesmo Judas comprou um terreninho com o dinheiro e foi morto por Deus.

Há centenas de contradições assim: diretas, claras, objetivas. E padres e pastores mentem com a maior cara de pau.

O que alguém pode chamar de "caça-treta" é aquela pessoa que foi enganada durante muito tempo e depois quer mostrar a outros que... olha, não é bem assim... tá cheio de contradições, inconsistências, absurdos... no discurso religioso. Porque quando a pessoa vive numa bolha sem acesso ao contraditório, é fácil engolir até absurdos.

Não há que se ter nenhuma reverência por supostos textos sagrados porque isso só convém aos embusteiros.

No meio científico quando alguém surge com uma nova teoria, todo mundo cai de pau em cima. Procurando erros, fraudes e falhas.

Apenas teorias robustas sobrevivem a este processo darwiniano de seleção rigorosa. O exame rigoroso, nada complacente, garante a confiabilidade da Ciência.

Mas não existe inimigo maior da verdade que a complacência. Os dezenas de milhares de trouxas que sustentam um vagabundo como o Silas Malafaia, são ludibriados pela Teologia da Prosperidade porque adotam uma postura semelhante à sua: tentam avaliar se aquele discurso tem algum fundamento teológico. Quando deveriam começar considerando se existe algum interesse em fazer as pessoas acreditarem que elas vão ganhar dinheiro se derem dinheiro justamente pro pastor que está dizendo que Deus vai dar dinheiro pra quem lhe der dinheiro. Der a ele, ao pastor.

O que EU falei é que, considerando o conjunto de todas as evidências e fatos que me são de conhecimento, me parece muito mais plausível que a pregação atribuída a Jesus nos evangelhos (ou boa parte dela), tenha sido composta por várias pessoas em diferentes momentos, de acordo com seus interesses imediatos e visões de mundo particulares.

Não faz sentido que Jesus sendo quem se quer crer que seja, ensinasse a interpretação que você julga correta, usando AQUELA parábola. Naqueles termos exatos da parábola. Assim como não faz sentido que ele tenha se revoltado com uma figueira, uma árvore!, só porque esta não dava frutos fora de época.

Não, ou esse Jesus não era nada sábio, ou em algum momento alguém conscientemente inventou essa mentira. Da mesma forma que o Edir Macedo inventa por interesse próprio um monte de abobrinhas, sabendo que são abobrinhas.

Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.

Por que Pilatos lavou as mãos? Porque todo o peso da condenação de Jesus caiu sobre os fariseus enquanto o evangelista livra a cara dos romanos?

Haverá um sentido profundo nisso? Será apenas o relato dos fatos ocorridos?

Mas pode ser que tenha sido um acréscimo providencial na história para uma religião que tentava se estabelecer no império romano enquanto, ao mesmo tempo, disputava adeptos com o judaísmo tradicional. Aquele mesmo dos fariseus.

Percebe?

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Fernando Silva
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Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am

Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:15 pm
O detalhe relevante é que VOCÊ não está nem aí para o que a parábola pretende ensinar.
Você lê com olhos mundanos e materialistas e,
assim transformando o texto em material e mundano,
condena a mundanidade e materialidade que tu mesmo fazes aparecer.
1. Vou repetir: se cada um se acha no direito de interpretar textos obscuros da maneira que mais lhe agrada, esses textos obscuros não têm valor.

2. Se você entendeu alguma coisa, entendeu errado. Jesus mesmo disse que falava por parábolas para que "ouvissem e não entendessem, para que não se convertessem nem se salvassem".
"Ele lhes respondeu: a vós outros vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, para que vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se e haja perdão para eles" (Marcos 4:11-12).

"Por isso lhes falo por parábolas, porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem entendem. De sorte que neles se cumprem as profecias de Isaías: 'Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados" (Mateus 13:13-15)
É muita arrogância sua achar que faz parte do grupinho fechado que entenderia e seria salvo.
criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:15 pm
Quem são os inimigos que não querem que Cristo reine?
Não sei. O texto não diz. Aliás, ele nem fala sobre "Cristo reinar" e sim sobre um rei genérico. Foi você que interpretou conforme sua conveniência.
criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:15 pm
nossa luta não é contra seres humanos, e sim contra principados e potestades
O quão intelectualmente desonesto alguém tem que ser para perverter um texto a esse ponto, só para negar?
Cristo diz que seu Reino não é deste Mundo. Assim como não o são os inimigos da parábola.
Você pressupõe que os evangelhos são um texto coerente quando, na verdade eles se contradizem entre si e até internamente.
criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:15 pm
Mas como sempre não há, da parte dos ateus-materialistas, o mínimo compromisso com a verdade.
O que há é partir da prerrogativa de negar a qualquer custo, ainda que envolva distorcer e mentir.
Esta é uma acusação muito grave. E baseada apenas em opiniões e interpretações pessoais de um texto obscuro e contraditório.
A sua interpretação, já que cada pessoa tem a sua própria.
criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:15 pm
No texto, elas existem. Logo, qualquer trecho do texto, parte deste contexto.
Repetindo: não há coerência entre os evangelhos.
criso escreveu:
Seg, 12 Abril 2021 - 13:15 pm
Por que digo isso? Porque pessoas como você não estão nem aí mesmo para coisas como metafísica, teologia, hermenêutica, exegese.
Palavras difíceis para impressionar os leigos, mas que, na verdade, significam "Esta é a minha interpretação pessoal".
Se funcionassem, levariam sempre a uma única interpretação.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

fenrir
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Mensagem por fenrir »

Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.

E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...
Sim. E há bons exemplos disso.

Os teólogos discutem bastante a história do rei Davi. Consideram fascinante e cheia de lições e significados porque Davi, na bíblia,é uma personalidade extremamente contraditória. Ao mesmo tempo que manifesta as mais elevadas virtudes, também aparece cometendo os pecados mais vis.

Como compreender isso?

Alguém como o criso diria:
criso escreveu: A interpretação espiritual destes textos demanda aprofundamento, devoção,
penetração intelectual nas camadas alegóricas, morais, místicas, anagógicas.
Bem, talvez... mas se a explicação for algo mais prosaico, com "devoção e penetração intelectual nas camadas alegóricas" é que o sujeito não vai entender mesmo. Porque ele já está partindo do princípio que existe um ensinamento profundo a ser revelado pela hermenêutica.

Por ironia é disso que o próprio criso acusa os ateus: de preconceituosamente partirem de um pressuposto falso.

Mas o pouco que sabemos do Davi histórico é que ele foi o unificador do reino do norte com o reino do sul. E a história comparada nos mostra que este tipo de unificação nunca é pacífica. É sempre imposta na base da porrada por alguém que em determinado momento acumula poder suficiente para submeter os poderes locais. É um déspota temido, mas também muito odiado.

Assim foi na unificação do Alto e Baixo Egito, com o imperador Chin na China, etc...

Eu não vou me aprofundar em detalhes aqui, mas há indícios bastante razoáveis pra sustentar a tese de que a explicação para a vida e o caráter contraditórios de Davi tenha explicação bem prosaica:

Simplesmente parte da sua biografia foi escrita enquanto Davi estava no poder, governando com mão de ferro e sufocando rebeliões implacavelmente. A outra parte foi escrita depois da sua morte por detratores ressentidos.

Ou seja, parte da história de Davi talvez não passe de propaganda e culto à personalidade. Enquanto outra parte não passa de maledicência com objetivo de denegrir sua memória.

Simples assim. E se for o caso, o místico não se deu a menor chance de entender isso.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Spoiler:
fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Ludibrium is a word derived from Latin ludus (plural ludi), meaning a plaything or a trivial game. In Latin ludibrium denotes an object of fun, and at the same time, of scorn and derision, and it also denotes a capricious game itself: e.g., ludibria ventis (Virgil), "the playthings of the winds", ludibrium pelagis (Lucretius), "the plaything of the waves"; Ludibrio me adhuc habuisti (Plautus), "Until now you have been toying with me."

The term "ludibrium" was used frequently by Johann Valentin Andreae (1587–1654) in phrases like "the ludibrium of the fictitious Rosicrucian Fraternity" when describing the Rosicrucian Order, most notably in his Chymical Wedding of Christian Rosenkreutz, published anonymously in 1616, of which Andreae subsequently claimed to be the author and which has been taken seriously, as virtually a third of the Rosicrucian Manifestos.[1] However, in his Peregrini in Patria errores (1618) Andreae compares the world to an amphitheatre where no one is seen in their true light.

Paul Arnold translated Andreae's usage as farce,[2] but this conception has been contested by Frances Yates (Yates), who took Rosicrucianism seriously and who suggested that Andreae's use of the term implied more nearly some sort of "Divine Comedy", a dramatic allegory played in the political domain during the tumult which preceded the Thirty Years' War in Germany.
https://en.wikipedia.org/wiki/Ludibrium

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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tá cheio de contradições, inconsistências, absurdos... no discurso religioso.
Imagine que você tenha, como referência para uma música, diversas partituras desta.
Umas, apresentam uma pausa num certo compasso; outras, aparesentam um contraponto.
Em algumas, aparecem sustenidos e bemóis; em outras, as notas são, todas, naturais.
Alguém poderia, observando as diferenças, acusar: "não há tal coisa chamada música!".
E, por isso, mesmo, deixar de tocar pianos, julgando-os bullshit.
Não os tocando, não poderá conhecer tal coisa chamada Música.
E pensará que, pelos problemas das partituras, Música não existe.
Não há que se ter nenhuma reverência por supostos textos sagrados porque isso só convém aos embusteiros.
As partituras não validam a existência da Música.
É a Música que confere a validade às suas partituras.
O problema é quando, por falhas de partituras, deixa-se de tocar.
E, não ouvindo música alguma (justamente por não mais tocar),
pensa-se então que a Música é que deve ser algo inexistente.
Não faz sentido que Jesus sendo quem se quer crer que seja, ensinasse a interpretação que você julga correta, usando AQUELA parábola.
É sério isso? Já até ligo o sensor de trollagem, porque não é possível.
Todas as fábulas, parábolas, alegorias, falam de Céu e Inferno, e Salvação.
Elas giram em torno disso, até porque esse é o fundamento e finalidade do evangelho.
Podemos citar uma lista de parábolas: a do bom olho, das duas estradas, da semente,
do trigo e do joio, da figueira, dos trabalhadores, do rico insensato, do grão de mostarda,
todas as parábolas referem-se - sem exceção -, à salvação das Almas.
Mas, é óbvio: como para você não há tal coisa como almas,
consequentemente, tem menos sentido ainda falar em Salvação -
até porque, descartando-se as almas, deixa-se de ter qualquer coisa para salvar.
O que eram partituras de uma música tornam-se meros simulacros, bobajadas incoerentes.
Descartando a realidade transcendente para que apontam, tornam-se bússolas doidas, cegas e aleatórias.
Apontando para lugar-nenhum, posto que você lê partindo do pressuposto de ser, o ponteiro, mera quimera.
E é óbvio que, você mesmo, é deixado com a interpretação mais material e tosca,
é um exemplo-vivo dos olhos que, vendo, não veem, e ouvindo, não compreendem.
Naqueles termos exatos da parábola. Assim como não faz sentido que ele tenha se revoltado com uma figueira, uma árvore!, só porque esta não dava frutos fora de época.
Kkkk você acha que ele ficou revoltado com uma árvore né!
deve achar também que tinha uma cobra falante num jardim,
que os hebreus viraram peixes e a mulher saiu de uma costela.
Meu Deus. Facepalm
É como quem, partindo do pressuposto que Música seja falsidade,
veja uma partitura como um "desenho", um "rabisco",
e fique dizendo assim sobre as figuras:
"esta tem um pézinho! esta tem uma bolinha!
ora, aquela outra tem uma bolinha branca!
incoerente, sem pé nem cabeça!".
Para um surdo que nunca experimentou musicalidade,
a partitura não passa de bolinhas e tracinhos, doidos e incoerentes.
Daí que, não podendo ele penetrar na realidade transcendente a que se referem
- no caso, a experiência musical, que é transcendente com relação à sua partitura -,
pensa, com os detalhes da partitura (e pela própria surdez), poder negar a Música.
1. Vou repetir: se cada um se acha no direito de interpretar textos obscuros da maneira que mais lhe agrada, esses textos obscuros não têm valor.
Ué. Então, se todos interpretassem do exato mesmo modo, o texto teria valor?
Se for assim, você é adepto da falácia de quantidade e do apelo à autoridade.
Um trocentilhão de pessoas podem interpretar algo de um mesmo modo,
e ser, este mesmo modo, um trocentilhão de vezes errado.
Quantidade não significa nada. Autoridade também não.
É muita arrogância sua achar que faz parte do grupinho fechado que entenderia e seria salvo.
Kkkk eu me divirto com a interpretação extremamente caricatural que os ateus fazem das coisas espirituais.
Não sei. O texto não diz. Aliás, ele nem fala sobre "Cristo reinar" e sim sobre um rei genérico. Foi você que interpretou conforme sua conveniência.
Kkkk como o texto não diz? Todas as fábulas contadas por Jesus são sobre o Reino de Deus!
Jesus fala de camelo e agulha, e está se referindo ao Reino de Deus.
Jesus fala de um pai que manda os filhos trabalharem, e está se referindo ao Reino de Deus.
Jesus fala de lavradores de uma vinha, e está se referindo ao Reino de Deus.
Jesus fala de sementes e espinhos, e está se referindo ao Reino de Deus.
Jesus fala da ceifa de grãos que frutificam, e está se referindo ao Reino de Deus.
Jesus fala de um olho bom e um olho que escandaliza, e está se referindo ao Reino de Deus.
Jesus fala de tornar-se puro como uma criancinha, e está se referindo ao Reino de Deus.
Jesus fala de um grão de mostarda, e está se referindo ao Reino de Deus.
A Bíblia não fala sobre Cristo reinar? Kkkk Tenho que rir. Revelação:
"Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre."
"Graças te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso, que és,
que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder e reinaste."
"E ouvi uma grande voz no céu, que dizia:
Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo;
porque já o acusador de nossos irmãos é derribado"
(Acusador = Shaytan)
O Evangelho inteiro é sobre o Reino dos Céus.
Se você não leu com esses olhos, leu errado (o que é óbvio).
E, os inimigos deste Reino, são inimigos espirituais, como sublinho:
Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus."
"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus"
"Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim
ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele,
porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus. "
"Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. "
"Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça,
e todas essas coisas vos serão acrescentadas."
"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. "
"o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino,
e o joio são os filhos do Maligno. "
"O inimigo que o semeou é o diabo;
e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos."
"Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo."
Você pressupõe que os evangelhos são um texto coerente quando, na verdade eles se contradizem entre si e até internamente.
A realidade da partitura é recebida da música que com ela pode ser tocada, e não o contrário.
Se funcionassem, levariam sempre a uma única interpretação.
Partituras existem para serem executadas, não para que comparem o desenho das figuras.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:10 pm
Spoiler:
fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Para não perder (literalmente) a cabeça, a Sátira sempre foi um meio caprichoso de dizer grandes verdades.
Erasmus Rotterdam serviu-se ostensivamente dela para escancarar inconveniências do clero e da nobreza.
Andreae, que não era bobo nem nada, soube dizer o que precisava sem acabar como Giordano Bruno.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 18:34 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:10 pm
Spoiler:
fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Para não perder (literalmente) a cabeça, a Sátira sempre foi um meio caprichoso de dizer grandes verdades.
Erasmus Rotterdam serviu-se ostensivamente dela para escancarar inconveniências do clero e da nobreza.
Andreae, que não era bobo nem nada, soube dizer o que precisava sem acabar como Giordano Bruno.
No caso dos rosacruzes foi uma piada levada a sério.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 19:24 pm
Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 18:34 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:10 pm
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fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Para não perder (literalmente) a cabeça, a Sátira sempre foi um meio caprichoso de dizer grandes verdades.
Erasmus Rotterdam serviu-se ostensivamente dela para escancarar inconveniências do clero e da nobreza.
Andreae, que não era bobo nem nada, soube dizer o que precisava sem acabar como Giordano Bruno.
No caso dos rosacruzes foi uma piada levada a sério.
Off_topic:
Vê-se que não sabe do que fala. Andreae era utopista luterano e devoto ávido de Comenius.
em sua Christianopolis, profetizou uma Utopia com uma religião única e servindo ao Bem-Comum:
a Ciência e Tecnologia deveriam estar submetidas a fins éticos e a serviço do bem-estar social,
seria uma só República de Trabalhadores, governada por uma vanguarda (conselho de sábios).
O mesmo ideal ressona na Civitas Solis de Campanella:
a Propriedade Privada seria a responsável por originar o egoísmo entre os homens.
o Estado Único deveria ser uma sociedade comunista liderada por sábios e intelectuais.
Na Utopia de Thomas Morus, a cobiça dos grandes burgueses é causa da miséria da maioria.
A propriedade privada, o dinheiro e as perseguições religiosas, são incompatíveis com a felicidade.
A Nova Atlântida, de Francis Bacon, influenciou a abolição da escravidão e os direitos das mulheres.
Os espiritualistas franceses também eram os seguidores ardentes do socialismo utópico de Charles Fourier.
Éliphas Lévi não foi preso por seu esoterismo, mas por seu radicalismo social e anti-burguês.
Desde os platônicos e pitagóricos, o ideal sobreviveu no martinismo sob o nome de Sinarquia:
uma Moeda, uma Língua, um Estado, uma Religião. Um só Conselho de Sábios.
Foi por isso, e não por superstições, que Adam Weishaupt foi perseguido.
Seriam inspirados os Carbonários e, subsequentemente,
a conhecida Liga dos Justos, à qual Engels e KM se afiliaram,
e da qual vieram a publicar, em 1848, o tão famoso Manifesto.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 19:31 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 19:24 pm
Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 18:34 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:10 pm
Spoiler:
fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Para não perder (literalmente) a cabeça, a Sátira sempre foi um meio caprichoso de dizer grandes verdades.
Erasmus Rotterdam serviu-se ostensivamente dela para escancarar inconveniências do clero e da nobreza.
Andreae, que não era bobo nem nada, soube dizer o que precisava sem acabar como Giordano Bruno.
No caso dos rosacruzes foi uma piada levada a sério.
Off_topic:
Vê-se que não sabe do que fala. Andreae era utopista luterano e devoto ávido de Comenius.
em sua Christianopolis, profetizou uma Utopia com uma religião única e servindo ao Bem-Comum:
a Ciência e Tecnologia deveriam estar submetidas a fins éticos e a serviço do bem-estar social,
seria uma só República de Trabalhadores, governada por uma vanguarda (conselho de sábios).
O mesmo ideal ressona na Civitas Solis de Campanella:
a Propriedade Privada seria a responsável por originar o egoísmo entre os homens.
o Estado Único deveria ser uma sociedade comunista liderada por sábios e intelectuais.
Na Utopia de Thomas Morus, a cobiça dos grandes burgueses é causa da miséria da maioria.
A propriedade privada, o dinheiro e as perseguições religiosas, são incompatíveis com a felicidade.
A Nova Atlântida, de Francis Bacon, influenciou a abolição da escravidão e os direitos das mulheres.
Os espiritualistas franceses também eram os seguidores ardentes do socialismo utópico de Charles Fourier.
Éliphas Lévi não foi preso por seu esoterismo, mas por seu radicalismo social e anti-burguês.
Desde os platônicos e pitagóricos, o ideal sobreviveu no martinismo sob o nome de Sinarquia:
uma Moeda, uma Língua, um Estado, uma Religião. Um só Conselho de Sábios.
Foi por isso, e não por superstições, que Adam Weishaupt foi perseguido.
Seriam inspirados os Carbonários e, subsequentemente,
a conhecida Liga dos Justos, à qual Engels e KM se afiliaram,
e da qual vieram a publicar, em 1848, o tão famoso Manifesto.
Vê-se que não sabe do que fala.
Então tá...

https://www.newyorker.com/books/page-tu ... idnt-exist

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 20:01 pm
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Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Para não perder (literalmente) a cabeça, a Sátira sempre foi um meio caprichoso de dizer grandes verdades.
Erasmus Rotterdam serviu-se ostensivamente dela para escancarar inconveniências do clero e da nobreza.
Andreae, que não era bobo nem nada, soube dizer o que precisava sem acabar como Giordano Bruno.
No caso dos rosacruzes foi uma piada levada a sério.
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Vê-se que não sabe do que fala. Andreae era utopista luterano e devoto ávido de Comenius.
em sua Christianopolis, profetizou uma Utopia com uma religião única e servindo ao Bem-Comum:
a Ciência e Tecnologia deveriam estar submetidas a fins éticos e a serviço do bem-estar social,
seria uma só República de Trabalhadores, governada por uma vanguarda (conselho de sábios).
O mesmo ideal ressona na Civitas Solis de Campanella:
a Propriedade Privada seria a responsável por originar o egoísmo entre os homens.
o Estado Único deveria ser uma sociedade comunista liderada por sábios e intelectuais.
Na Utopia de Thomas Morus, a cobiça dos grandes burgueses é causa da miséria da maioria.
A propriedade privada, o dinheiro e as perseguições religiosas, são incompatíveis com a felicidade.
A Nova Atlântida, de Francis Bacon, influenciou a abolição da escravidão e os direitos das mulheres.
Os espiritualistas franceses também eram os seguidores ardentes do socialismo utópico de Charles Fourier.
Éliphas Lévi não foi preso por seu esoterismo, mas por seu radicalismo social e anti-burguês.
Desde os platônicos e pitagóricos, o ideal sobreviveu no martinismo sob o nome de Sinarquia:
uma Moeda, uma Língua, um Estado, uma Religião. Um só Conselho de Sábios.
Foi por isso, e não por superstições, que Adam Weishaupt foi perseguido.
Seriam inspirados os Carbonários e, subsequentemente,
a conhecida Liga dos Justos, à qual Engels e KM se afiliaram,
e da qual vieram a publicar, em 1848, o tão famoso Manifesto.
Vê-se que não sabe do que fala.
Então tá...

https://www.newyorker.com/books/page-tu ... idnt-exist
O fato de Andreae ter se servido da sátira em nada altera que o rosacrucianismo era um ideal estabelecido,
inclusive, no escocismo maçônico, com o último grau dos cohens sendo precisamente o de Reáu-Croix.
E além disso, como eu disse, na Christianopolis vemos sem paródia os ideais políticos de Andreae.
A sátira livrou Andreae de levar o mesmo fim de Giordano Bruno, ou ter sido preso como Éliphas Lévi.
Na Europa, vários círculos já se haviam formado em torno do radicalismo místico e político de Böhme.
Em alguns deles, homens e mulheres viviam em propriedade comum e praticavam o espiritualismo.
John Pordage e sua Sociedade Filadélfia foram acusados em corte de comércio com os espíritos.
Já o Grande Oriente da França produziu revolucionários como Pierre-Proudhon e Mikhail Bakunin.

"For what we do presage is not in grosse,
For we are brethren of the Rosie Crosse;
We have the Mason Word and second sight,
Things for to come we can foretell aright."

— Henry Adamson, The Muses' Threnodie (Perth, 1638).

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 20:50 pm
Off_topic:
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 20:01 pm
Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 19:31 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 19:24 pm
Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 18:34 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:10 pm
Spoiler:
fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Para não perder (literalmente) a cabeça, a Sátira sempre foi um meio caprichoso de dizer grandes verdades.
Erasmus Rotterdam serviu-se ostensivamente dela para escancarar inconveniências do clero e da nobreza.
Andreae, que não era bobo nem nada, soube dizer o que precisava sem acabar como Giordano Bruno.
No caso dos rosacruzes foi uma piada levada a sério.
Off_topic:
Vê-se que não sabe do que fala. Andreae era utopista luterano e devoto ávido de Comenius.
em sua Christianopolis, profetizou uma Utopia com uma religião única e servindo ao Bem-Comum:
a Ciência e Tecnologia deveriam estar submetidas a fins éticos e a serviço do bem-estar social,
seria uma só República de Trabalhadores, governada por uma vanguarda (conselho de sábios).
O mesmo ideal ressona na Civitas Solis de Campanella:
a Propriedade Privada seria a responsável por originar o egoísmo entre os homens.
o Estado Único deveria ser uma sociedade comunista liderada por sábios e intelectuais.
Na Utopia de Thomas Morus, a cobiça dos grandes burgueses é causa da miséria da maioria.
A propriedade privada, o dinheiro e as perseguições religiosas, são incompatíveis com a felicidade.
A Nova Atlântida, de Francis Bacon, influenciou a abolição da escravidão e os direitos das mulheres.
Os espiritualistas franceses também eram os seguidores ardentes do socialismo utópico de Charles Fourier.
Éliphas Lévi não foi preso por seu esoterismo, mas por seu radicalismo social e anti-burguês.
Desde os platônicos e pitagóricos, o ideal sobreviveu no martinismo sob o nome de Sinarquia:
uma Moeda, uma Língua, um Estado, uma Religião. Um só Conselho de Sábios.
Foi por isso, e não por superstições, que Adam Weishaupt foi perseguido.
Seriam inspirados os Carbonários e, subsequentemente,
a conhecida Liga dos Justos, à qual Engels e KM se afiliaram,
e da qual vieram a publicar, em 1848, o tão famoso Manifesto.
Vê-se que não sabe do que fala.
Então tá...

https://www.newyorker.com/books/page-tu ... idnt-exist
O fato de Andreae ter se servido da sátira em nada altera que o rosacrucianismo era um ideal estabelecido,
inclusive, no escocismo maçônico, com o último grau dos cohens sendo precisamente o de Reáu-Croix.
E além disso, como eu disse, na Christianopolis vemos sem paródia os ideais políticos de Andreae.
A sátira livrou Andreae de levar o mesmo fim de Giordano Bruno, ou ter sido preso como Éliphas Lévi.
Na Europa, vários círculos já se haviam formado em torno do radicalismo místico e político de Böhme.
Em alguns deles, homens e mulheres viviam em propriedade comum e praticavam o espiritualismo.
John Pordage e sua Sociedade Filadélfia foram acusados em corte de comércio com os espíritos.
Já o Grande Oriente da França produziu revolucionários como Pierre-Proudhon e Mikhail Bakunin.

"For what we do presage is not in grosse,
For we are brethren of the Rosie Crosse;
We have the Mason Word and second sight,
Things for to come we can foretell aright."

— Henry Adamson, The Muses' Threnodie (Perth, 1638).
O escocismo maçônico foi estruturado em 1782, muitos tempo depois de a piada ter sido levada a sério.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Mensagem por criso »

Spoiler:
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 22:47 pm
Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 20:50 pm
Off_topic:
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 20:01 pm
Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 19:31 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 19:24 pm
Off_topic:
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 18:34 pm
Gigaview escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:10 pm
Spoiler:
fenrir escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 13:53 pm
Pedro Reis escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 00:25 am
...
Aí daqui a dois mil anos a gente pode imaginar um místico se valendo da hermenêutica para compreender o sentido profundo na Fogueira Santa de Israel, na reunião dos 308 pastores, na quarta-feira da rosa ungida...

A hermenêutica não vai ajudar o místico a entender que o sentido profundo era somente tomar dinheiro das pessoas.
...
Boa colocação. Esse ponto não recebeu atenção que merecia.

Pergunto, passado tempo suficiente (e trocentos remendos, adulterações, perdas e etc), como saber se um fato teve uma motivação mundana
como essa do quote acima, de um fato, digamos, mais "alto", "refinado", tal como pretendem os místicos que o interpretaram?

Como o Pedro, acho que muita porcaria de hoje pode vir a ser considerada perolas de sabedoria e de devoção no futuro.
Basta dar tempo ao tempo.
E é curioso o quanto essas interpretações são otimistas e enviesadas: sempre descartam explicações mundanas, prosaicas, desconfortáveis.
Até em situações onde as mesmas estão ali meio que escancaradas.
É quase como se a natureza humana fosse bem outra, diferente da que é realmente...


A própria Ordem Rosacruz original, aquela que lançou a idéia, começou como uma piada e sobreviveu graças aos malabarismos intelectuais dos místicos.
Para não perder (literalmente) a cabeça, a Sátira sempre foi um meio caprichoso de dizer grandes verdades.
Erasmus Rotterdam serviu-se ostensivamente dela para escancarar inconveniências do clero e da nobreza.
Andreae, que não era bobo nem nada, soube dizer o que precisava sem acabar como Giordano Bruno.
No caso dos rosacruzes foi uma piada levada a sério.
Off_topic:
Vê-se que não sabe do que fala. Andreae era utopista luterano e devoto ávido de Comenius.
em sua Christianopolis, profetizou uma Utopia com uma religião única e servindo ao Bem-Comum:
a Ciência e Tecnologia deveriam estar submetidas a fins éticos e a serviço do bem-estar social,
seria uma só República de Trabalhadores, governada por uma vanguarda (conselho de sábios).
O mesmo ideal ressona na Civitas Solis de Campanella:
a Propriedade Privada seria a responsável por originar o egoísmo entre os homens.
o Estado Único deveria ser uma sociedade comunista liderada por sábios e intelectuais.
Na Utopia de Thomas Morus, a cobiça dos grandes burgueses é causa da miséria da maioria.
A propriedade privada, o dinheiro e as perseguições religiosas, são incompatíveis com a felicidade.
A Nova Atlântida, de Francis Bacon, influenciou a abolição da escravidão e os direitos das mulheres.
Os espiritualistas franceses também eram os seguidores ardentes do socialismo utópico de Charles Fourier.
Éliphas Lévi não foi preso por seu esoterismo, mas por seu radicalismo social e anti-burguês.
Desde os platônicos e pitagóricos, o ideal sobreviveu no martinismo sob o nome de Sinarquia:
uma Moeda, uma Língua, um Estado, uma Religião. Um só Conselho de Sábios.
Foi por isso, e não por superstições, que Adam Weishaupt foi perseguido.
Seriam inspirados os Carbonários e, subsequentemente,
a conhecida Liga dos Justos, à qual Engels e KM se afiliaram,
e da qual vieram a publicar, em 1848, o tão famoso Manifesto.
Vê-se que não sabe do que fala.
Então tá...

https://www.newyorker.com/books/page-tu ... idnt-exist
O fato de Andreae ter se servido da sátira em nada altera que o rosacrucianismo era um ideal estabelecido,
inclusive, no escocismo maçônico, com o último grau dos cohens sendo precisamente o de Reáu-Croix.
E além disso, como eu disse, na Christianopolis vemos sem paródia os ideais políticos de Andreae.
A sátira livrou Andreae de levar o mesmo fim de Giordano Bruno, ou ter sido preso como Éliphas Lévi.
Na Europa, vários círculos já se haviam formado em torno do radicalismo místico e político de Böhme.
Em alguns deles, homens e mulheres viviam em propriedade comum e praticavam o espiritualismo.
John Pordage e sua Sociedade Filadélfia foram acusados em corte de comércio com os espíritos.
Já o Grande Oriente da França produziu revolucionários como Pierre-Proudhon e Mikhail Bakunin.

"For what we do presage is not in grosse,
For we are brethren of the Rosie Crosse;
We have the Mason Word and second sight,
Things for to come we can foretell aright."

— Henry Adamson, The Muses' Threnodie (Perth, 1638).
O escocismo maçônico foi estruturado em 1782, muitos tempo depois de a piada ter sido levada a sério.
Não tem como estruturar o que não existe.
1782 foi o ano em que Jean-Baptiste Willermoz
- ele mesmo um Reau-Croix e discípulo de Martinez -,
deu organização ao que era praticado sem um padrão.
Entre os manuscritos de Elias Ashmole,
foi encontrada uma solicitação de ingresso na Fraternidade dos Rosacruzes.
Então, em 1646, ele passou a constar entre os primeiros maçons especulativos.
Óbvio que, se ele foi iniciado em 1646, a coisa já operava desde décadas antes.
E quais eram, justamente, seus interesses? alquimia, astrologia, magia e política.
Ele era um seguidor ardente das ideias de Francis Bacon, autor de New Atlantis.
Este texto conta a história de um navio que descobre uma ilha,
governada por uma utopia coletivista que usa a ciência e a educação para o bem-estar social.
Esta é a exata mesma essência do texto não-satírico da Christianopolis de Andreae,
em que um viajante aporta numa ilha governada pelo idealismo místico-político-filosófico.
Na França, esse ideal foi ressuscitado pelo Fourierismo e pelo Saint-Simonismo.
Nos EUA, pietistas seguidores de Boehme e Swedenborg fundaram uma cidade,
New Harmony, como uma sociedade coletivista, de propriedade comum,
fundada com o ideal utópico-místico. O maior patrocinador do projeto foi
Robert Owen, socialista utópico galês que consultava espíritos.
O que você julga não passar de uma piada de Andreae,
era, na verdade, a temática da maçonaria especulativa:
alquimia, astrologia, humanismo, reforma social.
Andreae satirizou o que conhecia bem.
Sua Christianopolis não deixa dúvida -
puro ideal Rosa+Cruz
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Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Fernando Silva
Conselheiro
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Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am

Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:18 pm
Naqueles termos exatos da parábola. Assim como não faz sentido que ele tenha se revoltado com uma figueira, uma árvore!, só porque esta não dava frutos fora de época.
Kkkk você acha que ele ficou revoltado com uma árvore né!
deve achar também que tinha uma cobra falante num jardim,
que os hebreus viraram peixes e a mulher saiu de uma costela.
Meu Deus. Facepalm
Se não é o que está escrito e sim aquilo que cada um acha que aquilo significa, podemos jogar fora os textos e ficar com o que pensamos, cada um de nós.

Qual a sua interpretação "espiritual" para "Jesus ficou com raiva de uma figueira que não tinha frutos fora de época e a destruiu" ?
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:18 pm
1. Vou repetir: se cada um se acha no direito de interpretar textos obscuros da maneira que mais lhe agrada, esses textos obscuros não têm valor.
Ué. Então, se todos interpretassem do exato mesmo modo, o texto teria valor?
Se for assim, você é adepto da falácia de quantidade e do apelo à autoridade.
Se é a palavra de um deus, se é aquilo que ele quer que façamos senão queimaremos no inferno, então o texto tem que ser claríssimo e fazer sentido para todos em todas as épocas.
Será que Deus não é capaz disto? Ou será que ele se diverte semeando a confusão?
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:18 pm
É muita arrogância sua achar que faz parte do grupinho fechado que entenderia e seria salvo.
Kkkk eu me divirto com a interpretação extremamente caricatural que os ateus fazem das coisas espirituais.
Saiu pela tangente, apelou para ad hominem e não explicou por que Jesus disse que falava por parábolas para ninguém entender e assim ninguém se salvar.

E não explicou como foi possível você entender o que Jesus não queria que você entendesse.
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:18 pm
Não sei. O texto não diz. Aliás, ele nem fala sobre "Cristo reinar" e sim sobre um rei genérico. Foi você que interpretou conforme sua conveniência.
Kkkk como o texto não diz? Todas as fábulas contadas por Jesus são sobre o Reino de Deus!
E esse reino tem um rei que diz "Tragam-nos aqui e os matem"?
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:18 pm
E, os inimigos deste Reino, são inimigos espirituais, como sublinho:
Conclusão sua. Quem vai para o inferno são simples humanos.
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:18 pm
"O inimigo que o semeou é o diabo;
e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos."
"Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo."
Mas quem queimará no inferno serão os supostos pecadores, não apenas os inimigos espirituais.
criso escreveu:
Ter, 13 Abril 2021 - 17:18 pm
Você pressupõe que os evangelhos são um texto coerente quando, na verdade eles se contradizem entre si e até internamente.
A realidade da partitura é recebida da música que com ela pode ser tocada, e não o contrário.
Se funcionassem, levariam sempre a uma única interpretação.
Partituras existem para serem executadas, não para que comparem o desenho das figuras.
Partituras são apenas criações humanas e podem ser executadas conforme o bel prazer de cada músico, sem maiores consequências.

A palavra de um suposto deus, da qual depende nossa condenação ou recompensa eternas, não pode ficar à mercê de interpretações pessoais e contraditórias.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

fenrir
Mensagens: 735
Registrado em: Qui, 19 Março 2020 - 21:59 pm

Mensagem por fenrir »

Fernando Silva escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 08:46 am
...
Se é a palavra de um deus, se é aquilo que ele quer que façamos senão queimaremos no inferno, então o texto tem que ser claríssimo e fazer sentido para todos em todas as épocas.
Será que Deus não é capaz disto? Ou será que ele se diverte semeando a confusão?
...
Outro ponto importante: segundo teologos a necessidade da revelação viria da incapacidade do homem de atingi-la.
Tal não seria possível dadas nossas limitações enquanto humanos, blah, blah e etc.
...e no entanto, a "revelação" que nos foi oferecida é confusa, ambigua e aberta a multiplas interpretações.

Se o objetivo fosse auxiliar o homem revelando algo do qual ele não pode vir a saber por conta própria, e se tal revelação tivesse a pretensão de ser universal,
ela deveria ser, como disse o Fernando, clara e direta.
E sem ambiguidades, contradições, trechos pra lá de esquisitos e mais uma lista interminável de problemas.
Em suma, acessível a todos em qualquer tempo e lugar e não somente a uns poucos iniciados, místicos e etc, supostamente capazes de ler nas entrelinhas.

Uma revelação que oculta e confunde muito mais do que revela, entrando em clara contradição com seu próprio propósito, que é revelar algo a quem de outra forma não teria acesso aquele algo.
Parece um tiro dado no próprio pé, alem de ser um atestado de incompetência da tal divindade fonte da dita revelação.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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Gorducho
Mensagens: 584
Registrado em: Sex, 20 Março 2020 - 08:55 am

Mensagem por Gorducho »

Sr. fenrir escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 09:24 am
...e no entanto, a "revelação" que nos foi oferecida é confusa, ambigua e aberta a multiplas interpretações.

Se o objetivo fosse auxiliar o homem revelando algo do qual ele não pode vir a saber por conta própria, e se tal revelação tivesse a pretensão de ser universal,
ela deveria ser, como disse o Fernando, clara e direta.
E sem ambiguidades, contradições, trechos pra lá de esquisitos e mais uma lista interminável de problemas.
Em suma, acessível a todos em qualquer tempo e lugar e não somente a uns poucos iniciados, místicos e etc, supostamente capazes de ler nas entrelinhas.

Uma revelação que oculta e confunde muito mais do que revela, entrando em clara contradição com seu próprio propósito, que é revelar algo a quem de outra forma não teria acesso aquele algo.
Allan Kardec. A Gênese - I.2. escreveu:Revelar, do latim revelare, cuja raiz, velum, véu, significa literalmente sair de sob o véu — e, figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepção vulgar mais genérica, essa palavra se emprega a respeito de qualquer coisa ignota que é divulgada, de qualquer idéia nova que nos põe ao corrente do que não sabíamos.
Então, como leciona o Codificador, não pode ser velada. :-BD

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Localização: Santa Maria (RS)

Mensagem por criso »

Se não é o que está escrito e sim aquilo que cada um acha que aquilo significa, podemos jogar fora os textos e ficar com o que pensamos, cada um de nós.
Definiu precisamente o que você está fazendo.
Você não está nem aí para o texto:
você fica com o que você mesmo pensa dele.
E o seu pensamento dele,
limitado pelos pressupostos equivocados,
resulta, por isso mesmo, errado e limitado.
E, esse mesmo resultado assim desviado
é por ti tomado como sendo o texto mesmo,
e não como fruto do desleixo que parte de ti.
Qual a sua interpretação "espiritual" para "Jesus ficou com raiva de uma figueira que não tinha frutos fora de época e a destruiu" ?
Meu Deus.
É mais grave que eu imaginava.
Você está lendo um livro sobre um Deus que,
vindo entre os homens, ensina coisas espirituais,
e interpretando de um modo totalmente não-espiritual.
É como achar que uma partitura é um desenho,
que as figuras estão ali para serem vistas,
e não apontando para uma realidade transcendente.
Você precisa esquecer tudo que pensa saber sobre a Bíblia.
Absolutamente tudo. Sem exceção.
Então, precisa voltar do zero com o seguinte pressuposto
- não precisa imediatamente crer nele, apenas partir dele -,
'não sou apenas matéria, não sou apenas um corpo,
sou um ser simultaneamente físico e espiritual,
este livro não é um livro sobre coisas físicas,
mas usa delas para ensinar alegorias espirituais,
ele revela o caminho para a salvação espiritual,
e tudo nele deve ser lido à luz desta boa-nova'.
Além disso tudo, é bom ter uma Bíblia de Estudo,
como a Bíblia de Jerusalém, com notas de rodapé.
Com isso em mente, leia o Evangelho de Mateus.
Depois disso, toda e qualquer profecia e alegoria,
leia à luz do que viu no Evangelho de Mateus.
E, o que viu no Evangelho de Mateus,
leia à luz da alma, como figuras das coisas espirituais.
Sobre o caso da figueira - não é diferente de todos os outros:
é figueira que não produz frutos,
é dinheiro que não produz lucros,
é trabalhador que não trabalhou,
é semente que não germinou etc etc.
Consegue perceber a semelhança analógica entre todos esses casos?
A semelhança é na analogia, não nas figuras e situações em si.
Sem a analogia com as coisas espirituais, cada um deles fica opaco e absurdo.
E eu sempre me assusto e surpreendo por ser essa a exata interpretação de vocês.
Agora, levando em consideração as coisas espirituais,
pense no mau-uso que é feito dos dons do espírito,
no sentido de não tê-los feito servir, compartilhar.
Entendeu agora?
A figueira, o dinheiro, o trabalhador, a semente, são uma única coisa: almas.
Os frutos, os lucros, o trabalho e a germinação são uma única coisa: dons.
Os textos estão te exortando a doar o que tem de si,
a servir, compartilhar, multiplicar o bem e a caridade.
Em suma, a bem-usar aquilo que te foi condedido.
Se é a palavra de um deus, se é aquilo que ele quer que façamos senão queimaremos no inferno, então o texto tem que ser claríssimo e fazer sentido para todos em todas as épocas.
Não passa pela sua cabeça que fomos nós que,
nos materializando e limitando, tornamo-nos
menos e menos capazes de compreender?
E não que o texto seja, ele mesmo, obscuro?
O Reparador resumiu com suas próprias palavras:
amar o próximo como a ti mesmo, e a Deus sobre todas as coisas.
Ponto. É o fim. Está claro, preciso, abrangente e universal.
O resto é tudo complicação nossa.
E esse reino tem um rei que diz "Tragam-nos aqui e os matem"?
Olha aí, de novo, o mesmo sintoma que falo desde o início.
Ler como material o que é de natureza espiritual.
Quem são os inimigos do Reino de Deus?
ver - Efésios 6:12
Conclusão sua. Quem vai para o inferno são simples humanos.
Se o seu entendimento das escrituras já é tão caricatural,
não me assusta quão pior deva ser sobre o inferno e outras coisas.
Fico imaginando, para alguém materialista, o que pensa ser o inferno.
Deve pensar que é um lugaréu com fogo, onde corpos ficam queimando.
E, claro, o absurdo dessa projeção será por ti mesmo negada, por obviedade.
E pensará, com isso, que negou uma coisa externa, e não a própria projeção que faz.
E assim procede o ateu-materialista com todas essas coisas. Nega seus próprios fantasmas.
Mas quem queimará no inferno serão os supostos pecadores, não apenas os inimigos espirituais.
Você sabe que ninguém 'queima' no inferno, né? Só vai para o inferno quem quer ir.
Fogo é uma reação química, reações químicas só são possíveis no mundo material.
Não existe fogo no inferno. O que é o inferno? A separação da alma do Sumo Bem.
Quem vai para o inferno? Quem quer. Quem não se arrepende, rejeita o Sumo Bem.
Quem não se arrepende, não se arrepende porque não quer.
Você acha que tem o quê? Alguém anotando num caderninho o que você faz de ruim?
Para depois listar e executar uma sentença? Olha que visão supersticiosa, caricata.
A única coisa que você precisa fazer é considerar a independência da alma com relação ao corpo.
Quando você entender que a alma não é uma coisa entre coisas, todo o resto se esclarecerá.
Partituras são apenas criações humanas e podem ser executadas conforme o bel prazer de cada músico, sem maiores consequências.
Sim, as partituras são escritas por mãos humanas. Mas o que quis apontar foi:
a partitura aponta para uma coisa que lhe é transcendente (a própria Música).
Ela não existe para você ficar encarando as figurazinhas, e reclamando do pé ou da bolinha.
Ela existe para conduzir à execução de uma atividade que é transcendente com relação a si.
E, a execução dessa atividade, é independente com relação à partitura, no sentido de que
é ela que confere valor à partitura, e não o contrário.
A partitura serve porque permite tocar música, não é a música que serve para escrever partituras.
E o ateu, como desconsidera a Música (na analogia, Música é a Realidade Transcendente),
fica ali, embasbacado a olhar as figurinhas da partitura, comparando e discutindo bolinhas.
Como ele parte do pressuposto de que Música não é real,
a partitura se torna, por isso mesmo, algo opaco e estúpido,
e essa coisa opaca e estúpida o ateu toma em mãos e pensa,
com ela, e com sua interpretação igualmente opaca, negar a Música.
...e no entanto, a "revelação" que nos foi oferecida é confusa, ambigua e aberta a multiplas interpretações.
Ame o seu próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas. Pronto.
Parece um tiro dado no próprio pé, alem de ser um atestado de incompetência da tal divindade fonte da dita revelação.
A incompetência parte do olho material e materializante que parte do pressuposto do espírito ser um engano.
Como disse anteriormente, descartando-se a realidade da Música, partituras são toscas e incoerentes.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Mensagem por criso »

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos?
o problema é que Jesus também ficou raivoso com um dinheiro que não dá lucros;
o problema é que Jesus também ficou raivoso com lavradores que não cultivavam;
o problema é que Jesus também ficou raivoso com sementes que não germinam;
o problema é que Jesus também ficou raivoso com servos que não administram.
Será que o Evangelho é uma história sobre um cara com raiva de tudo? Kkkk
Não é possível, tenho que rir. É assim que você lê o Novo Testamento?
Não procura o ensinamento espiritual? O que as fábulas transmitem?
Você lê como se fosse um jornal, uma história em quadrinhos?
Assim fica fácil entender a razão de serem ateus-materialistas.
É uma leitura estúpida, caricata, que produz cenas grotescas.
E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?
Kkkk inventar uma interpretação espiritual de um texto que é espiritual?
É como acusar alguém de, ao ler um poema, inventar figuras de linguagem.
Você lê "amor é fogo que arde sem se ver" explicando aos outros a metáfora
e os outros, ouvindo-a, acusam você de não estar acreditando, literalmente,
que o poeta quis dizer que amor é uma reação química de material combustível
????? Kkkk
O poeta acredita em figuras de linguagens, não interessa se você não acredita nelas.
O fato de você não acreditar em figuras de linguagem não retira de um soneto a poesia:
se um texto já foi concebido como poema, como poema deve ser entendido;
se um texto foi concebido como espiritual, espiritualmente deve ser entendido.
Se você não acredita no transcendente, aí já não interessa, é um problema seu.
A questão é que o texto acredita, e parte do transcendente como fundamento.
Logo, só pode ser lido à luz da Realidade Transcendente, creia você nela ou não.
Você não precisa crer nela para lê-lo assim. Basta lê-lo à luz dela, crendo ou não.
Ler a Bíblia partindo do pressuposto de descartar completamente o transcendente,
é o mesmo que ler o Soneto de Camões partindo da inexistência de textos poéticos.
É óbvio que, o resultado, será uma má leitura que só enxerga bullshit por toda parte.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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criso escreveu:Kkkk inventar uma interpretação espiritual de um texto que é espiritual?
Só é espiritual porque um ser humano atribuiu espiritualidade a ele, ou seja, inventou. Não existe o "espiritual" na Natureza. Isso é uma criação humana.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

criso escreveu:o problema é que Jesus também ficou raivoso com um dinheiro que não dá lucros;
o problema é que Jesus também ficou raivoso com lavradores que não cultivavam;
o problema é que Jesus também ficou raivoso com sementes que não germinam;
o problema é que Jesus também ficou raivoso com servos que não administram.
O foco é na figueira. A partir daí você pode dizer qualquer bobagem e dizer que é espiritual.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:00 pm
criso escreveu:Kkkk inventar uma interpretação espiritual de um texto que é espiritual?
Só é espiritual porque um ser humano atribuiu espiritualidade a ele, ou seja, inventou. Não existe o "espiritual" na Natureza. Isso é uma criação humana.
Só é poético porque um ser humano atribuiu poeticidade a ele, ou seja, inventou. Não existe o "poético" na Natureza. Isso é uma criação humana.
Logo, eu devo ler o soneto de Camões como se ele estivesse querendo dizer que amor = reação química de oxidação de material combustível.
Percebe a estupidez e circularidade do argumento? É óbvio que inexiste poeticidade na natureza. Potencial poético é uma dimensão humana.
E, como Camões é um ser humano, e um ser humano poeta, seu texto está imbuído desta intenção, ele tem um teor chamado teor poético.
Logo, se você não lê um poema de modo poético, você simplesmente lê errado, porque quem o escreveu o escreveu enquanto poesia.
Do mesmo modo, existem textos imbuídos de teor espiritual, os quais partem de uma dimensão humana chamada de espiritualidade.
Se estes textos foram escritos partindo de um ponto de vista espiritual, existe um ponto de vista correto para lê-los: o espiritual.
Ler um texto religioso como se fosse outra coisa que não um texto religioso, é simplesmente leitura ruim, é ler errado mesmo.
Pense numa propaganda - foi escrita como propaganda, para ser entendida como propaganda, e não como notícia de jornal.
Se você entende uma propaganda como uma notícia de jornal, você simplesmente entende errado, entende mal, lê mal.
A propaganda, quando foi concebida, o foi comercialmente, para surtir efeitos de propaganda, e não como notícia.
Do mesmo, o texto religioso foi concebido espiritualmente, para surtir efeitos espirituais, e assim que se pode ler.
Editado pela última vez por criso em Qua, 14 Abril 2021 - 18:52 pm, em um total de 1 vez.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

AndarilhoTerrestre
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Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 17:25 pm
Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.
a parte da figueira achei uma injustiça e crueldade da parte de justiça (se não era tempo de figos como exigir que dê figos).

já pensou se a moda pega, o sujeito vai numa lanchonete ou loja de sucos (bagaço em shoppings) e pede um de tangerina fora de época?
e a atendente responde que não é tempo de tangerina e o sujeito fica p* da vida? e pior, agride a moça e destroe a loja?

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:50 pm
Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 17:25 pm
Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.
a parte da figueira achei uma injustiça e crueldade da parte de justiça (se não era tempo de figos como exigir que dê figos).

já pensou se a moda pega, o sujeito vai numa lanchonete ou loja de sucos (bagaço em shoppings) e pede um de tangerina fora de época?
e a atendente responde que não é tempo de tangerina e o sujeito fica p* da vida? e pior, agride a moça e destroe a loja?
Huahuahua =))
Tenho que rir disso.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

AndarilhoTerrestre
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criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:52 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:50 pm
Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 17:25 pm
Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.
a parte da figueira achei uma injustiça e crueldade da parte de justiça (se não era tempo de figos como exigir que dê figos).

já pensou se a moda pega, o sujeito vai numa lanchonete ou loja de sucos (bagaço em shoppings) e pede um de tangerina fora de época?
e a atendente responde que não é tempo de tangerina e o sujeito fica p* da vida? e pior, agride a moça e destroe a loja?
Huahuahua =))
Tenho que rir disso.
Sentido espiritual - uma possível interpretação:

Jesus quis exigir de um "aprendiz" (não era tempo da figueira saber tudo) uma sabedoria que ele ainda não adquiriu (dar figos) na base da força, da obrigação, da ignorância. Jesus se comportou como um professor estafado, doente a agredir alunos até

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:57 pm
criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:52 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:50 pm
Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 17:25 pm
Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.
a parte da figueira achei uma injustiça e crueldade da parte de justiça (se não era tempo de figos como exigir que dê figos).

já pensou se a moda pega, o sujeito vai numa lanchonete ou loja de sucos (bagaço em shoppings) e pede um de tangerina fora de época?
e a atendente responde que não é tempo de tangerina e o sujeito fica p* da vida? e pior, agride a moça e destroe a loja?
Huahuahua =))
Tenho que rir disso.
Sentido espiritual - uma possível interpretação:

Jesus quis exigir de um "aprendiz" (não era tempo da figueira saber tudo) uma sabedoria que ele ainda não adquiriu (dar figos) na base da força, da obrigação, da ignorância. Jesus se comportou como um professor estafado, doente a agredir alunos até
Lê minha resposta de 17:39 pm ao Fernando Silva aqui na thread

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

AndarilhoTerrestre
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criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:59 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:57 pm
criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:52 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:50 pm
Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 17:25 pm
Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.
a parte da figueira achei uma injustiça e crueldade da parte de justiça (se não era tempo de figos como exigir que dê figos).

já pensou se a moda pega, o sujeito vai numa lanchonete ou loja de sucos (bagaço em shoppings) e pede um de tangerina fora de época?
e a atendente responde que não é tempo de tangerina e o sujeito fica p* da vida? e pior, agride a moça e destroe a loja?
Huahuahua =))
Tenho que rir disso.
Sentido espiritual - uma possível interpretação:

Jesus quis exigir de um "aprendiz" (não era tempo da figueira saber tudo) uma sabedoria que ele ainda não adquiriu (dar figos) na base da força, da obrigação, da ignorância. Jesus se comportou como um professor estafado, doente a agredir alunos até
Lê minha resposta de 17:39 pm ao Fernando Silva aqui na thread
Sim, mais uma interpretação.
Talvez tenha também do Porta dos Fundos. Eles devem ter alguma explicação também.

Certamente vai me dizer também que a transformação da água em vinho é espiritual né :lol:

Vamos ver se Jesus aprovaria ou ficaria p da vida com os templos e vestes atuais ...

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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Mensagem por criso »

AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 19:04 pm
criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:59 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:57 pm
criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:52 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:50 pm
Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 17:25 pm
Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.
a parte da figueira achei uma injustiça e crueldade da parte de justiça (se não era tempo de figos como exigir que dê figos).

já pensou se a moda pega, o sujeito vai numa lanchonete ou loja de sucos (bagaço em shoppings) e pede um de tangerina fora de época?
e a atendente responde que não é tempo de tangerina e o sujeito fica p* da vida? e pior, agride a moça e destroe a loja?
Huahuahua =))
Tenho que rir disso.
Sentido espiritual - uma possível interpretação:

Jesus quis exigir de um "aprendiz" (não era tempo da figueira saber tudo) uma sabedoria que ele ainda não adquiriu (dar figos) na base da força, da obrigação, da ignorância. Jesus se comportou como um professor estafado, doente a agredir alunos até
Lê minha resposta de 17:39 pm ao Fernando Silva aqui na thread
Sim, mais uma interpretação.
Talvez tenha também do Porta dos Fundos. Eles devem ter alguma explicação também.

Certamente vai me dizer também que a transformação da água em vinho é espiritual né :lol:

Vamos ver se Jesus aprovaria ou ficaria p da vida com os templos e vestes atuais ...
Kkkk você toma escrituras religiosas por relatos históricos?
Acha que tinha que uma cobra falante dando maçãs também?
Existem interpretações corretas e erradas das coisas.
O que foi escrito como poema, como poema deve ser lido.
O que foi escrito como anúncio, como anúncio deve ser lido.
E o que foi escrito religiosamente, religiosamente deve ser lido.
Intepretar uma propaganda como notícia de jornal é interpretação errada simplesmente.
Interpretar um texto religioso como um texto religioso é simplesmente interpretação certa.

Re: A Bíblia permite (e manda) matar

AndarilhoTerrestre
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criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 19:12 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 19:04 pm
criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:59 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:57 pm
criso escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:52 pm
AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 18:50 pm
Gigaview escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 17:25 pm
Inferno com labaredas certamente não existe, mas figueiras que não dão frutos existem.

Qual é o problema em admitir que Jesus ficou raivoso com uma figueira que não dá frutos? E por que inventar uma interpretação espiritual que combine com a imagem espiritual igualmente inventada para um ser humano que, como todos os seres humanos, pode ficar puto com uma porra de figueira?

Essa conversa mole que arruma uma interpretação "bunitinha" para que tudo tenha um "lado" espiritual que depende de um entendimento, sensibilidade ou revelação é simplesmente ridícula. Esse tipo de interpretação precisa ser respaldada com justificativas históricas e fundamentadas com dados da antropologia cultural da época. Talvez você esteja arrumando uma interpretação para um termo equivocadamente traduzido, historicamente modificado ou erroneamente conceituado quando considerados certos conhecimentos e informações que são do seu desconhecimento.

Até que se prove o contrário, a interpretação mais econômica para objetos ou temas "deste mundo", como figueiras, é a literalidade. Obviamente quando considerado o "além", como o inferno, o céu é o limite e a maionese é infinita.
a parte da figueira achei uma injustiça e crueldade da parte de justiça (se não era tempo de figos como exigir que dê figos).

já pensou se a moda pega, o sujeito vai numa lanchonete ou loja de sucos (bagaço em shoppings) e pede um de tangerina fora de época?
e a atendente responde que não é tempo de tangerina e o sujeito fica p* da vida? e pior, agride a moça e destroe a loja?
Huahuahua =))
Tenho que rir disso.
Sentido espiritual - uma possível interpretação:

Jesus quis exigir de um "aprendiz" (não era tempo da figueira saber tudo) uma sabedoria que ele ainda não adquiriu (dar figos) na base da força, da obrigação, da ignorância. Jesus se comportou como um professor estafado, doente a agredir alunos até
Lê minha resposta de 17:39 pm ao Fernando Silva aqui na thread
Sim, mais uma interpretação.
Talvez tenha também do Porta dos Fundos. Eles devem ter alguma explicação também.

Certamente vai me dizer também que a transformação da água em vinho é espiritual né :lol:

Vamos ver se Jesus aprovaria ou ficaria p da vida com os templos e vestes atuais ...
Kkkk você toma escrituras religiosas por relatos históricos?
Acha que tinha que uma cobra falante dando maçãs também?
Existem interpretações corretas e erradas das coisas.
O que foi escrito como poema, como poema deve ser lido.
O que foi escrito como anúncio, como anúncio deve ser lido.
E o que foi escrito religiosamente, religiosamente deve ser lido.
Intepretar uma propaganda como notícia de jornal é interpretação errada simplesmente.
Interpretar um texto religioso como um texto religioso é simplesmente interpretação certa.
Não tinha uma cobra falante dando maças? Estou decepcionado! Não dormirei hoje.

Acho que é muito blá blá blá - gente que aparece como "salvador do mundo".

20 anos estudando espiritismo, por exemplo, Kardec sem duvida queria ser um novo profeta, junto com seus espiritos.

A Biblia estudei bastante também - a armadilha que Jó caiu, por exemplo, uma "crocodilagem" sem tamanho. Jó estava vivendo sua vida, com sua familia, seu trabalho, vem uma criatura ser espiritual (diabo ?!) e convence seu Criador a ferrar com a vida de Jó .

Muito estresse na Biblia: desde Genese até Apocalipse: sangue derramado, destruição, traição, armadilhas, fatos que não se repetem (Jonas dentro do peixe grande só ele faz, Jesus caminhar sobre águas - só ele faz) , guerras e mais guerras, afogamento da humanidade (noé) pragas (egito), matança de Criança, sacrificios envolvendo carne humana (o nariz de Jeová amava o aroma defumado das carnes) ... até em momentos de suposta alegria (ceia de Jesus) virava trairagem e tristeza ( "um de vocês irá me trair ..., disse isso no meio de uma ceia comemorativa)...

Jesus era bravo em varias ocasiões: quando menino, deu uma sumida, seus pais o procuravam preocupados e quando encontraram o dito cujo respondeu malcriado.

Tem mais passagens...


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Re: A Bíblia permite (e manda) matar

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criso
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AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 14 Abril 2021 - 19:37 pm
Muito estresse na Biblia: desde Genese até Apocalipse: sangue derramado, destruição, traição, armadilhas, fatos que não se repetem (Jonas dentro do peixe grande só ele faz, Jesus caminhar sobre águas - só ele faz) , guerras e mais guerras, afogamento da humanidade (noé) pragas (egito), matança de Criança, sacrificios envolvendo carne humana (o nariz de Jeová amava o aroma defumado das carnes) ... até em momentos de suposta alegria (ceia de Jesus) virava trairagem e tristeza ( "um de vocês irá me trair ..., disse isso no meio de uma ceia comemorativa)...
Então taí um quadro bem fiel e ilustrativo do espírito humano.
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