Sensações de vidas passadas

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Sensações de vidas passadas

nuker
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Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Apesar deste ser um site de pessoas céticas que não acreditam na ideia de vidas futuras ou passadas, ainda assim pergunto... Alguém aqui já teve alguma experiência envolvendo "memórias" de vidas passadas?

No meu caso, ao longo da vida e desde minha infância costumava ter impressões vagas sobre ter vivido vários contextos distintos em vidas passadas. São percepções vindas do meu próprio subconsciente relacionadas a determinados assuntos. Vou dar alguns exemplos... Eu tenho a percepção de que posso, digo posso, não sei ao certo, ter sido em vidas passadas... sacerdote (monge, padre), nobre (aristocrata, professor, realeza), plebeu (mendigo, fazendeiro ou comerciante pobre), produtor (artista, inventor, cientista), guerreiro (soldado). São contextos que envolveriam várias vidas passadas, porém muito vagos e subjetivos. Na maioria das vezes são meras imagens vagas que me aparecem na mente, em casos raros, cenas inteiras, algumas dramáticas, porém ainda bem vagas em sentido e contexto. Por exemplo, eu às vezes me sinto como se fosse um nobre ou um sacerdote de alguma forma, em determinados momentos.

O que vou revelar aqui são percepções extremamente íntimas do meu próprio subconsciente.

No caso do nobre, este que teria ficado muito a fim de alguma princesa da realeza mas que nunca chegou a ter relacionamento com tal, e que desde então passou a tratá-la como uma "deusa" pro resto da vida (o fato de eu ter certa obsessão com mulheres vestidas de princesa). Ou mesmo uma certa sensação ao olhar para os naipes de um baralho de que eu teria tido alguma ligação com alguma realeza num passado remoto. Possível, nesse contexto, em até ter sido algum monarca, ou mesmo um parente de monarca, o que me é mais provável, de acordo com minhas impressões, já que me falta certo espírito de liderança e em eu não ser muito autônomo. Isso apenas se aplica à Europa. Um ambiente medievalesco, aristocrático e belo, porém sujo e fedido, cheio de chagas.

Algo me induz a achar que em se tratando de nobreza, teria vivido na época da Peste Negra e na época do Rei Sol francês. Impressões que tive durante as aulas de história no colégio e quando vi a série Versalhes.

Em relação à parte profissional de intelecto, um cientista ou filósofo, alguém assim com acesso ao alto escalão científico ou aristocrático de uma sociedade. Em relação ao produtor me vem em mente certas figuras como Platão, Descartes, Nietsche, Nicola Tesla, Francis Galton e Galileu Galilei. Não sei como explicar, mas há várias sugestões ou associações extremamente vagas. Não tem como eu dizer quem fui, pois as impressões são extremamente vagas e não há nem como dizer se neste caso eu teria sido alguma figura histórica ou não. Quanto ao Francis Galton, é porque sempre tive um ideal de melhoramento genético da humanidade desde garoto, porém desde que fosse feito de forma lícita, e não como os nazistas fizeram, através de matar povos ou enfermos. Quanto ao Platão, é por conta de idealizações "mais pra cima do que pra baixo". Quanto ao Galilei Galileu, é porque desde garoto sempre tive grande interesse por coisas do céu, do espaço sideral, sobretudo os planetas, e me incomoda saber como a igreja perseguia pessoas como tais, mas de forma como se eu estivesse no contexto da época, como cientista.

Por exemplo, em relação ao Nietsche, me vem tais coisas em separado, sem nexo: cavalo, marrom, trevas, quadrado, superioridade intelectual, loucura. Impressões subconscientes suspeitas e recentes: Júpiter tem 4 irmãos, O primeiro com espinhas na cara (Io), o segundo é um guerreiro com a cara toda cheia de cicatrizes (Europa), o terceiro é um garoto gordinho e meigo (Ganimedes) e o quarto tem a cara toda toda bronzeada e cheia de marcas de sol (Calisto). Já o próprio Júpiter é como um deus obeso e vestido de roupa branca com partes marrons e vermelhas. A Grande Mancha Vermelha é um mamilo divino. Quando garoto "vi Netuno passar pelo céu à noite".

No caso do artista, alguém que não teve uma vida muito boa não ou que viveu na pobreza. De fato as figuras históricas que me vem em mente em relação a ter sido artista podem ser: Leonardo da Vinci, Beethoven, Van Gogh e Charles Chaplin, mas não tenho como confirmar isso. No caso de Charles Chaplin, porque quando tinha entre 3 e 4, não sei porque, quando via determinada casa a associava a ele, e nem sabia direito quem ele era, entre outros detalhes que não sei explicar, incluindo coisas relacionadas aos estilos de veículos, roupas e moda feminina no início do século 20, coisas das quais sinto ter vivenciado antes... desta minha existência atual. No caso do Leonardo da Vinci, é porque quando garoto tinha um estranho interesse por anatomia e em desenhar órgãos, e tal também tinha essa obsessão. Também me vem forte impressão de que posso ter sido algum músico, por causa de minha forte afinidade com a música, apesar de não ter talento pra tocar música nesta vida... Mas não necessariamente ter sido uma figura histórica conhecida.

Uma estranha impressão do subconsciente misturada que sempre tive: Descartes, piano, rei. O sentido disso? Não sei explicar, talvez coisas de sua época? Trata-se de uma percepção bem antiga. E bote Royal nisso!

Quanto ao plebeu, estaria mais para alguém que teria vivido no período entre a Revolução Francesa e o império de Napoleão, na França mesmo, vendo tudo aquilo de pertinho e a impressão de que tenho sobre isso é que deveria ter sido algum pobre alcoólatra e que tinha simpatia com a revolução social (protocomunista). Pode ser que tenha sido algum aristocrata iluminista, ou mesmo um Illuminati, mas acho menos provável neste caso. Só não acho que fui soldado ou realeza não. Pois a impressão de que tenho é de que teria estado junto a multidões, e a realeza não se misturava com multidões e não tinha simpatia com ideias revolucionárias. Quanto à parte do reinado de Napoleão, só percebo que tinha algo com ver com os eventos da revolução e à arquitetura dos castelos, assim como um grande exército "vaporizado" indo a um destino "frio" e incompatível a tal...

Minhas associações relacionadas à França, por sinal: rei, fedor, peste, beleza, radicalismo, arte, castelo, coringa, menestrel, jardim, Versalhes, Paris, Napoleão, bisnaga, guilhotina, iluminismo, socialismo, república.

No caso do sacerdote, tal que passava a maior parte do tempo em estado de contemplação ou meditação, já tive tais percepções, de que teria vivenciado algo do tipo, porém não nesta minha vida atual. O fato de que eu em minha infância tive mais simpatia com um líder espiritualista do que com as demais crianças ao meu redor... Ou então o fato de que eu sempre tive simpatia com a ideia do Tibet ser independente da China, como se algo em mim, em meu profundo ser, me incomodasse em relação ao Tibet ter sido tomado pelos chineses. Assim como eu já ter sonhado em estar em templos budistas de forma bastante marcante. Algo em mim me diz que posso ter sido tanto um padre numa vida quanto um monge em outra, uma percepção não descarta a outra em nenhum sentido. Agora quem teria sido, não tem nem como cogitar.

No caso do guerreiro, a impressão que mais me vem à cabeça é em ter sido durante algum período quando o Império Romano ainda existia. Porém mais como um mero soldado peão do que como centurião ou legião.

Também devo dizer que já tive percepções de ter estado em outros planetas, em cidades não humanas. Um destes mundos tinha um céu amarelado e uma civilização humanoide altamente desenvolvida. Outras impressões sobre isso são: "De longe vi uma nave que me deixou próximo da Terra no espaço e foi embora, como um castigo ou abandono". "Sinto que não sou daqui mas que fui trazido para cá". "Sinto que não sou deste mundo". "Já me vi em frente a um colossal caleidoscópio colorido no horizonte, e estava em uma pista suspensa e nela tinha algo como uma nave, para me levar embora do paraíso luminoso que era aquilo lá".

Também por algum motivo fico irritado quando vejo alguém, de maldade, cortando fora uma parte do corpo da vítima, é algo marcado em meu subconsciente. Isso mexe mais comigo do que assassinato ou sequestro.

De acordo com a espiritualidade, costumamos nos esquecer do que fomos ou quem fomos em vidas anteriores, para não haver conflito entre as memórias destas com a da atual. Mas mesmo assim há vários casos de pessoas que relatam terem tido experiências de memórias de vidas anteriores. Ou seja, esse mecanismo do esquecimento não é absoluto, funciona em pelo menos 90% pra cima. Já os 10% restantes seriam estas percepções vagas de lembranças de vidas anteriores. Já vi um neurocientista brasileiro dizer que em um estudo que ele fez, que uma determinada parte do cérebro ficava mais ativa durante a ocorrência destas memórias em voluntários estudados, e que esta parte do cérebro era justamente o Hipocampo, órgão onde ficam as nossas memórias mais profundas, como nossas memórias de infância. Não sei se quando um espírito transita entre suas vidas, se ele fica um tempo vivendo só num determinado mundo, ou se tal, vez ou outra, transita entre mundos, para depois voltar no anterior.

Não há sentido de cronologia entre estas percepções, pois todas me parecem ser atemporais. Pois a memória do espírito é atemporal, não cronológica como a humana ou cerebral.

Não acredito que seja meramente criatividade. É porque várias destas percepções me são bastante íntimas, intensas e verdadeiras. Algumas até emocionais.

Alguém aqui já teve experiências de percepções como tais? Se teve... seria interessante mostrar aqui, como fiz.

Re: Sensações de vidas passadas

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Eu nunca tive nada parecido com essa sensação.
Mas reconheço que você possui uma imaginação privilegiada.

Veja por esse ângulo: você é muito criativo, tem uma mente inquieta e elabora mil universos pessoais.
Aqui mesmo no fórum, é autor de textos enormes, cheios de detalhes, cria mapas, histórias de povos, guerra entre países, propostas de legislação, enfim...

Para uma mente assim, "sentir" que já viveu em outras vidas é um pulo ligeiro.
Tenho certeza de que você não descreveu na abertura do tópico nem a metade do que imagina "sentir".

Portanto, muito mais do que vidas passadas, o que você não teve, mas TEM, é uma imaginação muito fértil.
E isso não é nenhum demérito.

Re: Sensações de vidas passadas

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Noto ainda que é um desperdício não tê-lo como roteirista de mil histórias de ficção nos gibis, cinemas, novelas, livros e tudo quanto é espaço para criação literária.
Considere investir em livros, para começar. Quem sabe, encontra um filão.
Veja onde foi parar Paulo Coelho, mesmo com as imensas ressalvas à sua obra.

Hoje em dia, com a facilidade de e-books e por se poder praticamente dispensar editoras, talvez seja mais fácil começar.
Pode ser que encontre oportunidades que nunca teria se ficasse apenas trancado em casa, sem que ninguém o conheça.

Re: Sensações de vidas passadas

nuker
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Mensagem por nuker »

Esqueci de dizer que também, em relação à época do Império Romano, tenho outra percepção, deve ser de outra vida, a ter sido alguém relacionado à parte de urbanismo de uma ou mais cidades, desta vez alguém da alta sociedade, não um mero soldado. Teriam sido duas vidas diferentes neste caso, é o que acho.

Re: Sensações de vidas passadas

nuker
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Mensagem por nuker »

De fato estou projetando um livro de ficção científica, que envolve mundos, histórias e até um tanto de espiritualidade. No momento estou focado em estudar para o concurso do Banco do Brasil, já comprei apostila e fiz alguns resumos. Depois da prova, voltarei a me focar no livro que estou fazendo.

Re: Sensações de vidas passadas

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Não se decepcione. Mas você não viveu nada no passado.
Não há como as sinapses transcenderem de um ser humano que já morreu para o seu cérebro atual.
A Ciência já identificou a área do cérebro que armazena as memórias. O ato de lembrar-se de algo não é algo místico ou insondável, mas apenas umas conexões entre neurônios.
O ser humano costuma atribuir o fantástico e imaginário ao que não entende. Foi assim com os raios e trovões, que pensou serem a ira dos deuses.

Re: Sensações de vidas passadas

nuker
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Mensagem por nuker »

Esqueci de dizer que as experiências em eu ter sentido como se um lugar que nunca vi ou estive fosse reconhecível são extremamente raras, correram comigo apenas uma vez ou outra na vida. Não são esses dejavus do dia-a-dia. É algo bem mais profundo, como se você percebesse que não esteve naquele lugar há muito tempo atrás. É uma sensação bastante sutil, mas da qual você não se esquece mais depois. Já cheguei a pensar que fosse apenas imaginação da minha parte, mas é que uma coisa é se lembrar de algo, outra é você imaginar algo. O ato de imaginar é diferente do ato de se lembrar. São partes diferentes do cérebro que entram em atividade. A maneira como se imagina é diferente da maneira como uma memória é reavivada. E eu não teria motivo algum para ficar imaginando em ter estado em determinado lugar antes, não é desta forma que costumo imaginar as coisas, e tais episódios ocorrem de forma bastante espontânea, sem esforço mental da minha parte (que é quando ocorrem estas experiências, que ainda são diferentes de quando faço um esforço mental para lembrar ou imaginar). Tanto que quando eu imagino algo, involuntariamente olho para cima em determinada direção, mais para a direita, enquanto que quando me esforço para me lembrar de algo, costumo virar os olhos para baixo.

Mas tudo bem, pode ser que seja algum fenômeno ocorrendo em mim do qual ainda não posso compreender direito, e estou aberto para tais especulações.

Re: Sensações de vidas passadas

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

nuker escreveu:
Sex, 17 Março 2023 - 21:13 pm

Mas tudo bem, pode ser que seja algum fenômeno ocorrendo em mim do qual ainda não posso compreender direito, e estou aberto para tais especulações.

Mas com toda certeza!
O cérebro é um universo imenso ainda a ser explorado. E as conexões que ele consegue fazer, em sua maioria, estão ainda longe da nossa compreensão.

Claro que "lembrar" e "imaginar" são coisas bem diferentes e acionam partes distintas do cérebro. Mas muita coisa se relaciona lá dentro da nossa caixa craniana.
Eu gostaria de ouvir relatos mais objetivos. Do tipo:

- Falar fluentemente um idioma nativo do local onde o outro ser viveu.
- Dizer: embaixo daquela pedra, atrás do arvoredo, a 5 metros do penhasco, tem um anel de rubi. Ir até o local e retirar o anel.
- O tataravô de um nativo do lugar ter dito um segredo que é sabido apenas pela família. Abordar alguém daquela família, expor o segredo e ser confirmado.

E coisas que possam ser comprovadas com fatos.
Lembrança, imaginação, sensação, pressentimento,... isso não tem valor. Todos eles estão dentro do conjunto dos jogos cerebrais.

Re: Sensações de vidas passadas

nuker
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Mensagem por nuker »

Eu gostaria de ouvir relatos mais objetivos. Do tipo:
- Falar fluentemente um idioma nativo do local onde o outro ser viveu.
- Dizer: embaixo daquela pedra, atrás do arvoredo, a 5 metros do penhasco, tem um anel de rubi. Ir até o local e retirar o anel.
- O tataravô de um nativo do lugar ter dito um segredo que é sabido apenas pela família. Abordar alguém daquela família, expor o segredo e ser confirmado.
Isso deve ser extremamente raro de acontecer.

Já vi um ou outro caso estudado pelo Ian Stevenson que envolvia memórias de lugares e pessoas. Teve, acho, um caso de uma criança que reconheceu uma pessoa estranha, algo assim.

Talvez o melhor jeito de comprovar isso seja fazendo uma ressonância magnética, em que quando a pessoa disser que está se lembrando de algo que não aconteceu em vida, em determinada parte do cérebro ficar ativa. Se neste caso a área do hipocampo ficar ativa, seria um sinal de transferência de consciência de um corpo para outro, mas que ainda necessitaria de mais estudos para isso ser uma certeza. Já que é no hipocampo onde ficam as nossas memórias mais profundas, inclusive as nossas primeiras memórias de infância. Pois se fosse imaginação, a área ativa deveria ser a pré-frontal, não o hipocampo... certo?

No meu caso eu não tenho memórias claras de "vidas passadas", somente impressões e reconhecimentos que ocorreram.
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