Cultos e fanatismo

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Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Tópico destinado à discussão de cultos em geral e técnicas de detox para recuperar dependentes fanáticos.

Documentário interessante:


youtu.be/6NWIfiV1_XQ

Re: Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Eliphas escreveu:Obrigado. Aprecio muito este tipo de conteúdo, pelas razões que vou indicar. Primeiro, lembrei agora que eu tinha um tópico "material anticulto" no antigo CC... tinha reunido bastante coisa lá, pena que esqueci de guardar.

Hoje faço parte de uma fraternidade séria e tradicional, mas ao longo de meus anos de busca iniciática, passei por várias seitas que se encaixavam perfeitamente nesse modelo de "culto". Para ir refutando e destrinchando seus modus operandi, fui buscando conhecer todos esses fóruns e documentários do movimento anti-culto (o qual muito respeito, e espero podermos voltar a compilar material por aqui).

O interessante foi que - quanto mais eu me aprofundava nas técnicas, no comportamento dos cultos, mais ficou claro que não se tratava apenas de comunidades esquisotéricas, new age etc., mas da própria dinâmica social e psicológica dos comportamentos de grupo. Tudo que encontramos ali, denunciados como sintomas de culto, aplicam-se perfeitamente ao radicalismo político, às empresas que fazem lavagem cerebral em seus funcionários, a subgrupos de internet (incels, alt-right, targeted individuals...) entre muitas outras áreas completamente fora do esquisoterismo. Ou seja, tudo isso diz muito sobre as próprias fraquezas do homem, suas vulnerabilidades e necessidade de pertencimento.




youtu.be/0yNTb-qsO-A

Re: Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Em relação ao radicalismo político, existe uma série da Netflix que aborda um culto cristão destinado à preparação de jovens ao poder.
https://www.rollingstone.com/culture/culture-features/netflix-the-family-jesse-moss-secret-christian-cult-washington-dc-869396/ escreveu:From the Illuminati to the freemasons to QAnon, there’s no shortage of conspiracy theories trying to explain how power is accumulated and shared in Washington, D.C. But the wide-ranging network of politicians, world leaders, and men of faith that make up the Fellowship isn’t mere conspiracy theory: it’s 100 percent true. What’s more, some of its members are speaking on the record about it for the first time in the new five-part Netflix series The Family, directed by documentarian Jesse Moss.

Re: Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

9 DISTURBING DOCUMENTARIES ABOUT CULTS AND RELIGION ON NETFLIX RIGHT NOW
https://www.inverse.com/article/35692-b ... jesus-camp

Re: Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Eliphas escreveu:
Gigaview escreveu:
Em relação ao radicalismo político, existe uma série da Netflix que aborda um culto cristão destinado à preparação de jovens ao poder.

https://www.rollingstone.com/culture/cu ... dc-869396/ escreveu:
From the Illuminati to the freemasons to QAnon, there’s no shortage of conspiracy theories trying to explain how power is accumulated and shared in Washington, D.C. But the wide-ranging network of politicians, world leaders, and men of faith that make up the Fellowship isn’t mere conspiracy theory: it’s 100 percent true. What’s more, some of its members are speaking on the record about it for the first time in the new five-part Netflix series The Family, directed by documentarian Jesse Moss.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bucha_(sociedade_secreta)

Re: Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Eliphas escreveu:
Gigaview escreveu:Em relação ao radicalismo político, existe uma série da Netflix que aborda um culto cristão destinado à preparação de jovens ao poder.
https://www.rollingstone.com/culture/culture-features/netflix-the-family-jesse-moss-secret-christian-cult-washington-dc-869396/ escreveu:From the Illuminati to the freemasons to QAnon, there’s no shortage of conspiracy theories trying to explain how power is accumulated and shared in Washington, D.C. But the wide-ranging network of politicians, world leaders, and men of faith that make up the Fellowship isn’t mere conspiracy theory: it’s 100 percent true. What’s more, some of its members are speaking on the record about it for the first time in the new five-part Netflix series The Family, directed by documentarian Jesse Moss.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bucha_(sociedade_secreta)
Não conhecia. :D

Mas não me parece um culto, mas uma espécie de clube estudantil bem fechado, nos moldes das fraternidades americanas. Pelo menos, pelo que li, não é nada parecido com a Skull and Bones.

Imagem
https://en.wikipedia.org/wiki/Skull_and_Bones

Re: Cultos e fanatismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Líder espiritual da Bahia é acusado de abusos por pelo menos 14 mulheres

Uma das vítimas diz que Jair Tércio Cunha Costa a estuprou por cinco anos; denúncias estão sendo investigadas pelo Ministério Público

O Globo 02/08/2020

Um líder espiritual da Bahia é acusado de abusos sexuais e psicológicos por pelo menos 14 mulheres em Salvador. Jair Tércio Cunha Costa, de 63 anos, é ex-grão mestre de uma loja maçônica naquele estado e desenvolveu uma doutrina pedagógica que é estudada em retiros espirituais promovidos por ele próprio. O caso é investigado pelo Ministério Público da Bahia, e Jair Tércio nega as acusações. As informações foram veiculadas neste domingo em uma reportagem do “Fantástico”, da TV Globo.

Imagem

A primeira vítima a denunciar os abusos diz que entrou para o que chama de “seita” maçom por intermédio de um namorado. Ela tinha 16 anos, e logo depois engravidou. Foi naquele momento que buscou o apoio de Jair Tércio.

— A partir daí eu perdi minha vida — contou a vítima ao “Fantástico”: — Não pude escolher profissão, ele determinou que era pedagogia. Fui obrigada a trabalhar na escola que ele fundou, me afastei de minha mãe por ordem dele, tive que mudar celular, apagar e-mail e criar outro e-mail para que ninguém da minha vida tivesse contato comigo.

Ela contou que ficou de 2002 a 2014 sob os abusos do líder da seita. Tércio, segundo a vítima, dizia que precisava fazer sexo com ela para equilibrar os chacras da jovem:

— Me sentia péssima após os estupros. Chegava em casa e vomitava. E, com isso, eu me afastei mais ainda de todo mundo. Inclusive das pessoas da seita, porque ele fala que ninguém é confiável, que a gente só pode confiar nele.

Os estupros, disse a vítima, duraram cinco anos. Ela contou ainda que sofria “terrorismo psicológico” e que Tércio a ameaçava de retaliação espiritual.

— Ele nunca disse que faria algo contra quem saísse, mas que a espiritualidade resolveria. Dizia: “A espiritualidade vai te cobrar porque você teve a chance de viver perto de um iluminado e não aceitou”.

A investigação começou após as denúncias chegarem ao Projeto Justiceiras — movimento criado na pandemia que reúne mais de três mil voluntárias, entre advogadas, psicólogas e assistentes sociais — e à Ouvidoria das Mulheres, do Conselho Nacional do Ministério Público.

— São vítimas mulheres, e o que mais chama atenção é que esses abusos ocorrem por um longo período, fazendo com que elas entendam que aquilo faz parte de um ritual, de um tratamento — disse ao “Fantástico” Gabriella Manssur, promotora de São Paulo e voluntária do Justiceiras.

O advogado de Tércio, Fabiano Pimentel, afirmou à TV Globo que seu cliente alega ter tido relações consensuais com essas mulheres:

— Ele afirma que por ser um homem solteiro teve alguns relacionamentos amorosos, mas que em nenhum momento houve qualquer tipo de violência, seja psicológica ou física, a ensejar qualquer tipo de crime.

A Grande Loja Maçônica da Bahia informou, em nota, que suspendeu os direitos maçônicos de Jair Tércio.
https://oglobo.globo.com/sociedade/lide ... s-24563567

Re: Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

A história se repete. Caem no papo furado de precisar equilibrar os chácras e descobrem um tarado na metodologia de equilíbrio.

Re: Cultos e fanatismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O "bispo" Edir Macedo afirma que a mulher não pode estudar além do ensino médio para que não fique superior ao marido, já que este é que deve ser o cabeça do casal.


youtu.be/4I6F5tvDwws

A voz dele dá nojo.
https://www.youtube.com/watch?v=4pXNkf8HZdM
https://www.youtube.com/watch?v=EZs59KInUnQ

Re: Cultos e fanatismo

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Fernando Silva escreveu:
Dom, 04 Outubro 2020 - 17:04 pm
O "bispo" Edir Macedo afirma que a mulher não pode estudar além do ensino médio para que não fique superior ao marido, já que este é que deve ser o cabeça do casal.


youtu.be/4I6F5tvDwws

A voz dele dá nojo.
https://www.youtube.com/watch?v=4pXNkf8HZdM
https://www.youtube.com/watch?v=EZs59KInUnQ
Video já prontamente bloqueado pela IURD!
Os mafiosos são agéis!
Aliás, os capangas que a porra do crivella mantinha com dinheiro público nas portas dos hospitais não é tática comum na igreja do titio dele?

Re: Cultos e fanatismo

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Titoff escreveu:
Seg, 05 Outubro 2020 - 14:27 pm
Os mafiosos são agéis!
Mafiosos é uma excelente definição. Não consigo enxergar as igrejas de Macedo & cia como outra coisa se não uma máfia.

Re: Cultos e fanatismo

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Cinzu escreveu:
Ter, 06 Outubro 2020 - 03:04 am
Titoff escreveu:
Seg, 05 Outubro 2020 - 14:27 pm
Os mafiosos são agéis!
Mafiosos é uma excelente definição. Não consigo enxergar as igrejas de Macedo & cia como outra coisa se não uma máfia.

É, se considerarmos investigações como na da notícia abaixo, chamar de "máfia" não é jeito de falar...


Investigações sobre lavagem de dinheiro por líderes religiosos emperram em vários países
Colaboração jornalística integrada pela Folha levantou apurações sobre irregularidades em 6 países


NOVA YORK
Quando líderes religiosos de fama internacional ou suas igrejas –algumas delas bem consolidadas no continente americano– são acusadas de crimes financeiros como lavagem de dinheiro ou fraude, estes podem enfrentar anos de investigação, mas dificilmente consegue-se confirmar ou negar as suspeitas.

Fechada do Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo Fechada do Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo
Fechada do Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo - Jardiel Carvalho/Folhapress
Esta é uma das descobertas da reportagem investigativa transnacional Paraísos de Dinheiro e Fé, realizada pela Columbia Journalism Investigations (CJI), pelo Centro Latino-americano de Jornalismo Investigativo e outros nove veículos, que analisou mais de 60 investigações e casos recentes que envolvem igrejas ou seus hierarcas.

A reportagem encontrou casos no Brasil, na Argentina, no México, no Chile e na Colômbia, em que autoridades –unidades de combate à lavagem de dinheiro ou procuradores– abriram investigações por movimentação financeira suspeita, acúmulo de propriedades de luxo em nome dos líderes e suas famílias ou suposta sonegação de impostos.

Alguns desses casos levam anos sem formalizar acusações e, em ao menos um, o processo prescreveu sem que se chegasse a uma decisão.

No Brasil, o Ministério Madureira, um dos braços da principal denominação evangélica do país, a Assembleia de Deus, foi relacionado a um suposto caso de lavagem de dinhero. A apuração também envolve o líder do Ministério Brás da mesma igreja, Samuel Cassio Ferreira.

Eles estão sendo investigados desde 2015 por possível lavagem de um suborno pago a um político condenado na Lava Jato.

O caso surgiu quando um colaborador da Operação Lava Jato revelou informações que levaram os procuradores a questionar se a Assembleia de Deus e Cassio Ferreira estavam lavando dinheiro do esquema de corrupção.

Até o momento, nenhum investigado foi acusado, mas se o caso chegar ao tribunal, pela lei brasileira, a igreja em si não poderia ser julgada, apenas indivíduos, como o seu líder.

​O inquérito preliminar tenta estabelecer se Cassio Ferreira lavou dinheiro usando contas bancárias da Assembleia de Deus para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, condenado em 2017 a 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Foram depositados R$ 250 mil diretamente na conta bancária da igreja e, segundo o colaborador do caso contra Cunha, esse valor seria parte do suborno devido a Cunha referente a facilitação de contratos com a Petrobras.

O advogado de Samuel Cassio Ferreira, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse que seu cliente ainda não foi ouvido a respeito dos fatos investigados e que os depósitos feitos na conta da igreja foram devidamente contabilizados e se relacionam com sua função principal (receber doações), sem nenhuma irregularidade.

A reportagem entrou em contato com a igreja para que desse sua versão do caso, mas esta não respondeu até a data da publicação. O caso conduzido pelo tribunal federal está atualmente vedado ao público.

Na Argentina, a justiça abriu uma investigação contra a filial local de outra grande igreja brasileira, a Igreja Universal do Reino de Deus, criada pelo líder evangélico e empresário de meios de comunicação Edir Macedo.

A investigação é relativa à ocorrência de numerosos depósitos de grandes somas de dinheiro vivo efetuados na conta da igreja.

A Unidade de Informação Financeira (UIF), entidade de combate à lavagem de dinheiro na Argentina, reportou as operações como suspeitas porque não conseguiu confirmar sua licitude e origem. A UIF identificou que o dinheiro foi usado em outras operações bancárias e também para a compra de carros, imóveis e um avião.

A Igreja Universal do Reino de Deus na Argentina afirmou que o dinheiro provinha do dízimo de seus fiéis, que em sua maioria não se identificavam.

Por esse motivo, a UIF determinou que “não conseguia estabelecer o perfil econômico nem atestar a veracidade dessas doações”. Dos doadores analisados pela UIF, “a maioria evidenciava falta de perfil patrimonial que permitisse um excedente de receita para uma doação posterior”, segundo informou ao Infobae uma fonte judicial.

No Brasil, em um caso separado, tanto Edir Macedo como outro líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo João Batista, eram investigados por lavagem de dinheiro e outros crimes e chegaram a ser réus em um processo na justiça criminal federal.

Conforme a Agência Pública e a Folha de S.Paulo, parceiros desta colaboração, revelaram, quatro meses antes da prescrição do processo, a juíza Silvia Maria Rocha ​da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo indagou ao Ministério Público sobre a data máxima para iniciar o julgamento.

O MP respondeu que faltavam apenas quatro meses, mas nada foi feito. Após oito anos de investigações, o caso prescreveu em setembro de 2019, quando venceu a prazo legal para iniciar o julgamento contra Macedo e Batista. Ambos sempre negaram as acusações.

No México, Naasón Merarí Joaquín García, líder da Igreja A Luz do Mundo, presente em 58 países, é investigado por lavagem de dinheiro e evasão fiscal, segundo apurou o parceiro da investigação no país, Mexicanos Contra la Corrupción y la Impunidad (MCCI).

A Unidade de Inteligência Financeira (UIF) mexicana localizou transferências suspeitas para os Estados Unidos, Nicarágua, Bolívia, Polônia e Hong Kong, realizadas por entidades ligadas à igreja ou a seu líder.

No início de 2020, o órgão ordenou o congelamento de diversas contas do hierarca religioso e de cinco de suas empresas e organizações contendo o equivalente em pesos mexicanos a cerca de US$17,6 milhões.

A UIF mexicana também investiga se a igreja ou seu chefe desviaram esmolas e doações de fiéis para adquirir 51 imóveis entre 2004 e 2018.

A defesa legal da Luz do Mundo qualificou as acusações de infundadas e conseguiu que algumas de suas contas bancárias fossem liberadas.

O porta-voz e representante legal da Luz do Mundo, Silem García, afirmou à reportagem que “a Luz do Mundo é a única igreja em que os recursos são administrados pelos próprios fiéis, então não tem como o dinheiro ser desviado. Nosso apóstolo não tem acesso às contas, ele recebe um salário como pastor. A UIF o acusa de evasão, mas ele cumpre suas obrigações porque faz sua declaração de impostos nos Estados Unidos”.

A UIF informou, no início de agosto, que contas de três organizações ligadas à igreja seguiam congeladas e que já havia formalizado uma denúncia à Procuradoria-Geral da República por suposta lavagem de dinheiro.

Naasón, que é chamado em sua igreja de “Apóstolo de Jesus Cristo”, está preso nos Estados Unidos desde junho de 2019, acusado pela Procuradoria da Califórnia de 22 crimes, incluindo pornografia infantil e abuso sexual de menores.

Além disso, a Procuradoria-Geral mexicana tem uma investigação aberta contra o pastor pelos mesmos supostos crimes e já obteve depoimentos de vítimas para reforçar a acusação, segundo revelou um funcionário.

A defesa acusa a existência de uma conspiração para desprestigiar o pastor e sua igreja.
Algumas das mulheres vítimas de abuso também deram informações à justiça dos Estados Unidos sobre os múltiplos bens que a igreja e seus líderes acumularam no país.

Com base nessas denúncias, MCCI encontrou nos registros públicos do país um total de 35 imóveis em seis estados no nome de Naasón ou de familiares - um valor aproximado de US$26 milhões.

As vítimas também deram pistas sobre operações financeiras suspeitas. “Naasón e outros recrutam membros da Luz do Mundo para realizar viagens regulares a Guadalajara (sede da igreja) com dinheiro em espécie escondido pelo corpo e pelas malas”, acusou Sochil Martin em seu depoimento à justiça, no qual denunciou também que García havia abusado dela desde o início da adolescência.

O encarregado legal da defesa da igreja, Silem García, disse que as acusações de Sochil são mentirosas e negou que a procuradoria mexicana tenha aberto uma investigação contra seu apóstolo.

No Chile, no final de 2017, a Procuradoria abriu uma investigação contra o bispo metodista Eduardo Durán Castro por suposta lavagem de dinheiro, devido ao rápido crescimento de seu patrimônio pessoal - que chegou a incluir 12 propriedades e oito carros.

A Receita Federal chilena também iniciou uma investigação das finanças de Durán, líder da Catedral Evangélica desde 2003 e bispo da Primera Iglesia Metodista Pentecostal entre 2011 e 2019, para analisar a existência de possíveis crimes tributários.

A Unidade de Análise Financeira (UAF) do Ministério da Fazenda identificou que o líder religioso havia depositado grandes quantias de dinheiro em espécie em sua conta bancária entre 2007 e 2018, incluindo 1.738 milhões de pesos chilenos (cerca de US$ 2,6 milhões de dólares na época) entre 2014 e 2018, segundo um documento confidencial que é parte da investigação da Procuradoria e que foi citado pelo jornal chileno La Tercera.

A publicação também determinou, ao analisar as transações das contas de Durán, que, entre os 159 beneficiários, figuravam seus dois filhos. Um deles, o atual deputado chileno Eduardo Durán Salinas, teria recebido 269 milhões de pesos (cerca de US$ 400 mil na época), segundo o mesmo documento.

A reportagem escreveu ao deputado Durán Salinas e perguntou se ele havia recebido dinheiro de seu pai, mas não obteve resposta.

Também contactamos o advogado do bispo Durán Castro, mas este afirmou que já não o representa, que não tem relação com seu antigo cliente e que também não sabe quem assumiu sua defesa.

Durán disse à mídia que não falará sobre o caso até que se encerre a investigação. “Calculo que recebo ao mês aproximadamente 35 milhões (de pesos chilenos, o que equivale a cerca de US$52 mil da época) em dízimos, sobrando no fim das contas uns 28 ou 29 milhões mensais (entre 42 e 43 mil dólares) à minha disposição”, foi sua explicação aos procuradores em janeiro de 2019, acrescentando que ele ajudava seu filho com 4,2 milhões (uns 6.300 dólares) por mês.

Além disso, um banco chileno alertou a ocorrência de transferências inabituais de dinheiro para os Estados Unidos em contas bancárias relacionadas ao bispo, durante os meses em que negociava a fusão de sua congregação com a International Pentecostal Holiness Church, dos Estados Unidos, segundo reportou o veículo investigativo chileno CIPER.

O bispo Durán, que foi destituído de seu cargo na Catedral Evangélica em maio de 2019 e foi aliado político de Sebastián Piñera, ainda não foi formalmente acusado pelo Ministério Público. Isso significa que o processo continua na etapa preliminar de investigação.

Em Trinidad e Tobago, no último 31 de dezembro, a polícia confiscou 29 caixas com notas de 100 dólares do país (equivalentes a US$ 4,1 milhões) do pastor Vinworth Dayal, que pregava na igreja Third Exodus Assembly em Longdenville.

Vinworth Dayal pregando em vídeo no YouTube Vinworth Dayal pregando em vídeo no YouTube
Vinworth Dayal pregando em vídeo no YouTube - Reprodução YouTube
O pastor queria trocar antigas notas de papel pelas novas notas de polímero, pois acabaria logo o prazo dado pelo Ministério de Segurança Nacional antes de tirar o papel moeda de circulação a partir de 2020, como forma de evitar a lavagem e falsificação de dinheiro.

O pastor Dayal afirmava ser inocente. Em uma carta ao banco central, datada dois dias antes do depósito, seu advogado argumentou que as caixas continham “oferendas voluntárias para uso pessoal e em benefício dos membros da congregação” acumuladas durante 19 anos. A justiça deve decidir se Dayal diz a verdade.

Outros importantes líderes religiosos do país expressaram preocupação pelo incidente, segundo reportagem do Trinidad e Tobago Guardian. O pastor Adventista do Sétimo Dia Clive Dottin disse que tais ações poderiam levar a “um enfraquecimento da fé na religião” e colocar sob suspeita igrejas que administram bem suas finanças. E o arcebispo Charles Jason Gordon, da Igreja Católica, se disse preocupado de o pastor estar, desde o início, “usando [o dinheiro] para o ministério do povo e de Deus”.

Na Colômbia, a Procuradoria-Geral da Nação investiga há vários anos María Luisa Piraquive e sua Iglesia de Dios Ministerial de Jesucristo Internacional (IDMJI) - que conta com fiéis em 46 países - por movimentação financeira suspeita e outras denúncias.

Nosso parceiro no país El Tiempo enviou uma série de perguntas aos advogados da líder religiosa, que informaram que só poderiam responder nos próximos dias. Esta colaboração jornalística decidiu, junto com El Tiempo, esperar a publicação desta parte da investigação até que a igreja e sua líder enviem sua versão dos fatos.

Como a reportagem mostrou, muitos desses casos nem sequer chegaram a resultar em acusações formais diante de um juiz. São apenas investigações preliminares, que às vezes se estendem por anos, mesmo nos casos de igrejas e líderes muito conhecidos em seus países e que somam milhares de fiéis.

A investigação Paraísos de Dinheiro e Fé foi realizada em conjunto pelo programa em jornalismo investigativo da Universidade Columbia (Columbia Journalism Investigations, conhecido como CJI em inglês), Centro Latino-Americano de Jornalismo Investigativo (Clip, na sigla em espanhol), OCCRP (Projeto de Relatório sobre Crime Organizado e Corrupção, do inglês), Mexicanos Contra la Impunidad y Corrupción (México), Nómada (Guatemala), Canal 13 Noticias (Costa Rica), IDL-Reporteros (Perú), Infobae (Argentina), Agência Pública (Brasil), Folha de S.Paulo (Brasil), La Diaria (Uruguai), El Tiempo (Colômbia).

Com reportagem de Mariel Fitz Patrick, Raúl Olmos, Rute Pina, Flávio Ferreira, Martha Soto, Mercedes Agüero R, Andrés Bermúdez, Asiel Andrés e Nathan Jaccard
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/202 ... ises.shtml

Re: Cultos e fanatismo

AndarilhoTerrestre
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Mensagem por AndarilhoTerrestre »

https://www.msn.com/pt-br/noticias/bras ... np1taskbar

" Fanatismo
Segundo a PCMG, Lucas Melo da Silva, de 25 anos, e Déborah Almeida da Silva, 31, afirmaram ter oferecido a vítima como sacrifício a seres místicos. Tais entidades teriam exigido a vida de A.L.C e da irmã dela, S.C., de 4 anos, morta no início de março, como compensação por um aborto sofrido por Déborah em fevereiro.
Grávida de seis meses, a suspeita também disse aos investigadores que a oferenda macabra também seria uma condição imposta pelos espíritos para que a atual gestão vingasse. "

"Violência
As circunstâncias da morte de A.L.C exigem estômago forte. Conforme a apuração, ela vinha sendo espancada desde fevereiro, com direito a perfurações com objetos cortantes e contundentes. Além disso, sofreu abusos sexuais que resultaram em lesões gravíssimas na genitália.
A criança chegou a presenciar o homicídio da irmã mais nova. O corpo dela foi descartado na Grande BH, em local ainda desconhecido pelas autoridades. A família então fugiu para Porto Seguro, na Bahia. Por lá, chegou a tirar fotos e postar nas redes sociais.

"Um casal de fanáticos religiosos. Eles se declararam possuídos por essas entidades espirituais. E ela (a mãe) submissa o Lucas, o via como representante dessas entidades", disse o delegado Kopke. "

Re: Cultos e fanatismo

fenrir
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Mensagem por fenrir »

É o melhor negócio que existe. De longe.

Tem isenção de impostos.
Ganham dinheiro a rodo, no mais das vezes não precisa nem pedir. As pessoas simplesmente dao de bom grado.
Cometem seus crimes e contam com ampla proteção de fiéis, políticos, governos, etc.
Podem vender idéias as mais absurdas e estapafúrdias possíveis e lucrar com elas para subtrair o dinheiro de trouxas e se investigados e punidos por isso, podem sempre alegar perseguição religiosa.
Podem juntar religião com política (contando já com votos certos de fieis) e aumentar ainda mais seu poder, imunidade e impunidade.
Podem transformar um indivíduo que de outra forma seria pacato, num soldado fanático pronto a matar e morrer por ela.
Tem sempre alguem disposto a pagar suas contas e resolver seus problemas e o "pagamento" que oferece é tão substancial quanto o ar num balão.

Muitas não passam de organizações criminosas institucionalizadas.

Re: Cultos e fanatismo

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Já foi recomendado aqui no fórum não aceitar bolinhos oferecidos por um thelemita....

Aqui vai a receita:
https://mortesubita.net/magia-sexual/re ... as-porras/

Re: Cultos e fanatismo

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Fernando Silva
Conselheiro
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Mensagem por Fernando Silva »

Um artigo sobre como o cristianismo é invasivo e autoritário, intrometendo-se na vida privada das pessoas e atrasando o progresso da ciência.
Fanatismo
Quando a religião faz mal à saúde


Por Miguel de Almeida 20/12/2021

O imperador Marco Aurélio (também filósofo estoico) achava os primeiros católicos uns tipos muito histéricos. Os romanos ridicularizavam suas construções verbais (Carluxo segue essa tradição) e ainda o apelo às superstições como discurso de poder.

O uso do medo para torná-lo frágil.

Andasse pelo Brasil contemporâneo, Marco Aurélio estaria apoplético com a sanha colérica de um Silas Malafaia e sua intromissão em assuntos que procuram dobrar a sociedade a sua opinião, digamos, religiosa.

Outros pastores seguem a mesma toada autoritária, na tentativa de subjugar parte da população que não reza pelo seu credo.

Os protocristãos são vistos como os primeiros a querer dominar corpos e mentes dos outros. Até então, as religiões chamadas de pagãs (designação maldosa forjada pelos cristãos) deixavam a prática religiosa, e sua escolha, para cada cidadão.

Não havia a intenção autoritária, invasiva, de convencer o outro a praticar a sua crença. Livre escolha, porque todos devemos ser livres para acreditar ou não, seja num único deus ou em vários deuses. Ou em nenhum. Vai da sua fé.

São os cristãos que forjam a ideia de um Deus que a tudo vê, onisciente, e está em todos os lugares, onipresente, sempre com o intuito de obrigar o pobre fiel a viver naquele cercadinho de regras papai e mamãe. Um livro como o de Catherine Nixey, “A chegada das trevas”, relembra como Santo Agostinho, em diversas falas, estimula que o cristão vigie o não cristão e o denuncie caso esteja praticando atos pagãos. Instituiu a deduragem divina.

Nos primeiros séculos do catolicismo, a figura de Deus é posta dentro de sua consciência, introjetada no seu corpo, feito mordaça. Como à época de Cristo o analfabetismo era a tônica, coube a espertalhões como Paulo de Tarso o aparente registro de sua passagem pela Terra. Colocando em sua boca idiossincrasias, conceitos e fantasmas nem sequer sonhados por Cristo. A começar pela campanha de Paulo contra o livre desejo do corpo ou ainda a homossexualidade.

Porque, até então, o corpo jamais fora problema. Tampouco a orientação sexual. Basta ler “A vida dos doze Césares”, de Suetônio, para identificar os parceiros dos governantes. Júlio César está lá aninhado. Ou os filósofos gregos, como Platão e seu querido Alcebíades.

A sanha religiosa, antes comandada pela Igreja Católica, hoje reverbera pela boca de certos líderes evangélicos. Piorou a retórica. Questionados, acusam a intolerância religiosa como defesa. Embora, ao destruir terreiros, perseguir cultos afro-brasileiros, até com violência física, nem cuidem de arrumar um disfarce. Ou ao chutar em público imagens de santos católicos.

É uma campanha incansável de tomada de poder. Não querem apenas praticar sua religião, mas, como os protocristãos, desejam impor à sociedade, a ferro e sob lei, os seus credos, em geral ancorados no retrovisor, numa época de pastoreio.

Dois exemplos recentes.

Em São Paulo, o metrô realizou campanha do novembro azul, campanha médica, de saúde, para alertar os homens sobre o câncer de próstata. Ocorre todos os anos. Os cartazes ainda chamavam a atenção para a necessidade da higiene peniana. Segundo os estudos, muitos não lavam com sabão o próprio órgão. Resulta em doenças, até câncer.

O texto era ilustrado pelo desenho — repito: desenho — de um pênis, semelhante aos que são apresentados nos livros escolares. Pois um deputado-pastor (prefiro a categoria de modelo-atriz) iniciou movimento para retirar o cartaz dos trens do metrô, sob o argumento de que o desenho do pênis atentava contra os bons costumes da família!

Mesma reação evangélica houve contra a distribuição de absorventes para as mulheres, principalmente as adolescentes.

São pastores que gritam, mobilizam redes sociais, ameaçam não apoiar o governo, por causa de ações ditadas pela ciência em defesa da saúde pública. Onde Cristo falou contra a prevenção de doenças?

Ali pelo final dos séculos X e XI, houve a dura batalha da Igreja contra os estudos anatômicos. Era pecado e, como tal, dava cadeia, até justiçamento, para quem ousasse abrir um cadáver para estudar o corpo humano. Era a religião evitando o avanço do conhecimento.

Por que diabos a religião teria de se intrometer nesse assunto?

É o caso do ódio dos evangélicos à questão sexual. A quem pertence afinal meu corpo? Ao Estado? Ao Malafaia (cruz-credo)?

O avanço evangélico sobre as instituições cada vez mais escancara um projeto autoritário de privação das liberdades e escolhas pessoais. De imposição de regras, ceifando individualidades e mesmo o livre-arbítrio.

O ódio ao corpo, ao desejo, também à mulher, vindo lá do passado na má prosódia de Paulo de Tarso (coisa dele, não de Cristo, que gostava de Maria Madalena), agora sob a roupa dos pastores, faz mal à saúde.
https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/ ... saude.html

Re: Cultos e fanatismo

fenrir
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Mensagem por fenrir »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 20 Dezembro 2021 - 09:09 am
Spoiler:
Um artigo sobre como o cristianismo é invasivo e autoritário, intrometendo-se na vida privada das pessoas e atrasando o progresso da ciência.
Fanatismo
Quando a religião faz mal à saúde


Por Miguel de Almeida 20/12/2021

O imperador Marco Aurélio (também filósofo estoico) achava os primeiros católicos uns tipos muito histéricos. Os romanos ridicularizavam suas construções verbais (Carluxo segue essa tradição) e ainda o apelo às superstições como discurso de poder.

O uso do medo para torná-lo frágil.

Andasse pelo Brasil contemporâneo, Marco Aurélio estaria apoplético com a sanha colérica de um Silas Malafaia e sua intromissão em assuntos que procuram dobrar a sociedade a sua opinião, digamos, religiosa.

Outros pastores seguem a mesma toada autoritária, na tentativa de subjugar parte da população que não reza pelo seu credo.

Os protocristãos são vistos como os primeiros a querer dominar corpos e mentes dos outros. Até então, as religiões chamadas de pagãs (designação maldosa forjada pelos cristãos) deixavam a prática religiosa, e sua escolha, para cada cidadão.

Não havia a intenção autoritária, invasiva, de convencer o outro a praticar a sua crença. Livre escolha, porque todos devemos ser livres para acreditar ou não, seja num único deus ou em vários deuses. Ou em nenhum. Vai da sua fé.

São os cristãos que forjam a ideia de um Deus que a tudo vê, onisciente, e está em todos os lugares, onipresente, sempre com o intuito de obrigar o pobre fiel a viver naquele cercadinho de regras papai e mamãe. Um livro como o de Catherine Nixey, “A chegada das trevas”, relembra como Santo Agostinho, em diversas falas, estimula que o cristão vigie o não cristão e o denuncie caso esteja praticando atos pagãos. Instituiu a deduragem divina.

Nos primeiros séculos do catolicismo, a figura de Deus é posta dentro de sua consciência, introjetada no seu corpo, feito mordaça. Como à época de Cristo o analfabetismo era a tônica, coube a espertalhões como Paulo de Tarso o aparente registro de sua passagem pela Terra. Colocando em sua boca idiossincrasias, conceitos e fantasmas nem sequer sonhados por Cristo. A começar pela campanha de Paulo contra o livre desejo do corpo ou ainda a homossexualidade.

Porque, até então, o corpo jamais fora problema. Tampouco a orientação sexual. Basta ler “A vida dos doze Césares”, de Suetônio, para identificar os parceiros dos governantes. Júlio César está lá aninhado. Ou os filósofos gregos, como Platão e seu querido Alcebíades.

A sanha religiosa, antes comandada pela Igreja Católica, hoje reverbera pela boca de certos líderes evangélicos. Piorou a retórica. Questionados, acusam a intolerância religiosa como defesa. Embora, ao destruir terreiros, perseguir cultos afro-brasileiros, até com violência física, nem cuidem de arrumar um disfarce. Ou ao chutar em público imagens de santos católicos.

É uma campanha incansável de tomada de poder. Não querem apenas praticar sua religião, mas, como os protocristãos, desejam impor à sociedade, a ferro e sob lei, os seus credos, em geral ancorados no retrovisor, numa época de pastoreio.

Dois exemplos recentes.

Em São Paulo, o metrô realizou campanha do novembro azul, campanha médica, de saúde, para alertar os homens sobre o câncer de próstata. Ocorre todos os anos. Os cartazes ainda chamavam a atenção para a necessidade da higiene peniana. Segundo os estudos, muitos não lavam com sabão o próprio órgão. Resulta em doenças, até câncer.

O texto era ilustrado pelo desenho — repito: desenho — de um pênis, semelhante aos que são apresentados nos livros escolares. Pois um deputado-pastor (prefiro a categoria de modelo-atriz) iniciou movimento para retirar o cartaz dos trens do metrô, sob o argumento de que o desenho do pênis atentava contra os bons costumes da família!

Mesma reação evangélica houve contra a distribuição de absorventes para as mulheres, principalmente as adolescentes.

São pastores que gritam, mobilizam redes sociais, ameaçam não apoiar o governo, por causa de ações ditadas pela ciência em defesa da saúde pública. Onde Cristo falou contra a prevenção de doenças?

Ali pelo final dos séculos X e XI, houve a dura batalha da Igreja contra os estudos anatômicos. Era pecado e, como tal, dava cadeia, até justiçamento, para quem ousasse abrir um cadáver para estudar o corpo humano. Era a religião evitando o avanço do conhecimento.

Por que diabos a religião teria de se intrometer nesse assunto?

É o caso do ódio dos evangélicos à questão sexual. A quem pertence afinal meu corpo? Ao Estado? Ao Malafaia (cruz-credo)?

O avanço evangélico sobre as instituições cada vez mais escancara um projeto autoritário de privação das liberdades e escolhas pessoais. De imposição de regras, ceifando individualidades e mesmo o livre-arbítrio.

O ódio ao corpo, ao desejo, também à mulher, vindo lá do passado na má prosódia de Paulo de Tarso (coisa dele, não de Cristo, que gostava de Maria Madalena), agora sob a roupa dos pastores, faz mal à saúde.
https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/ ... saude.html
Suponho que diriam algo como sua vida e corpo pertencem a deus ou "ao senhor" ou que deus quer assim e assado e cabe a voce obedecer.
Mas eu traduzo "deus" ou "senhor" como sendo o pregador ou a instituicao que ele representa, porque sao sempre eles que vociferam e intimidam, falando em nome de uma sempre ausente divindade.
Não se vê, nem se ouve nenhum deus pulguento demandando essas coisas.

Sobre Sto Agostinho, caso fosse vivo perguntaria a ele se Pelágio ou Donato são ou não são cidadãos da cidade de Deus...
Ele encarnou bem a intromissão e autoritarismo do cristianismo
Editado pela última vez por fenrir em Seg, 20 Dezembro 2021 - 11:47 am, em um total de 1 vez.

Re: Cultos e fanatismo

O organoléptico
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Mensagem por O organoléptico »

A gente vive em uma época em que não se pode culpar a ignorância por se apegar a qualquer tipo de crença ou ideologia, quem acredita em Deuses não vai passar a desacreditar, então as coisas são mesmo como são!

Re: Cultos e fanatismo

AndarilhoTerrestre
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Mensagem por AndarilhoTerrestre »

"Bebê com quatro braços e quatro pernas é tratado como Deus na Índia
Condição do recém-nascido atraiu olhares de religiosos, que acreditam ser a reencarnação de um deus hindu"

https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/m ... india.html

Re: Cultos e fanatismo

fenrir
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Mensagem por fenrir »

AndarilhoTerrestre escreveu:
Qua, 19 Janeiro 2022 - 14:41 pm
"Bebê com quatro braços e quatro pernas é tratado como Deus na Índia
Condição do recém-nascido atraiu olhares de religiosos, que acreditam ser a reencarnação de um deus hindu"

https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/m ... india.html
Ja imaginei se a origem de muitas lendas e seres fantasticos não teria a ver com anomalias raras

Hirsutismo/Hipertricose -> Lobisomens
Sirenomalia, Focomelia? -> Sereias
Siameses incompletos (como no caso que postou acima), duplicação craniofacial, caniophagus parasiticus -> Divindades com muitos membros/faces
Nanismo primordial, Elfin facies syndrome, Cocktail Party Syndrome -> Elfos/Fadas
Acromegalia, Gigantismo -> Trolls

Tambem em outras relações do tipo:

Sociopatia, Serial killers, Albinismo, fotossensibilidade -> Vampiros
Esquizofrenia, epilepsia, insanidade e ate mesmo sonambulismo -> possessão demoníaca

Mas essas relações são meio meio forçadas, acho
De qualquer forma, provocariam mais espanto que provocam hoje, dado que em tempos antigos medicina e ciencia engatinhavam, portanto
mesmo as pessoas cultas não tinham a mais remota idéia do porque dessas coisas e provavelmente procurariam por explicações fantásticas e fantasiosas.

Re: Cultos e fanatismo

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Hipatia
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Localização: 3ª PEDRA ORBITANDO A ESTRELA AMARELA

Mensagem por Hipatia »

Então podemos chamar o Bolsoasnismo de culto sem incorrer em nenhum erro, pois não?
AVE ENTROPIA MORITURI TE SALUTANT

Re: Cultos e fanatismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Ultraortodoxos antissionistas resistem contra o Estado de Israel com pedras e símbolos palestinos

Em Mea Shearim, ultrarreligiosos entendem que não pode haver governo judeu antes de vinda do Messias. Em consequência, apoiam politicamente a Palestina

Por Paola de Orte, Especial Para O Globo — Jerusalém 23/12/2022


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Judeus ultraortodoxos passam por uma bandeira palestina pichada em um muro em Mea Shearim, Jerusalém: os próprios moradores pintam símbolos para espantar pessoas de fora que queiram comprar imóveis no bairro — Foto: Paola de Orte

Em cada entrada do bairro ultraortodoxo de Mea Shearim, em Jerusalém, uma placa impõe as regras para quem quiser se aventurar pelas ruas estreitas de chão de pedra: “mulheres e meninas que passam pelo nosso bairro, nós imploramos com todo nosso coração: por favor, não passem usando roupas impudicas.” O letreiro define roupas pudicas: blusa fechada de manga longa, saia longa, sem roupas apertadas.

Mea Shearim é conhecido pelo modo de vida conservador radical: seus habitantes vivem como seus antepassados da Europa Oriental, seguindo a lei judaica e comprando briga com o Estado para manter o status quo. O bairro é vizinho de Geula, onde se passa a série “Shtisel”, sobre uma família ortodoxa vivendo em Jerusalém.

Quando polícia ou o Exército tentam interferir no bairro para impor restrições durante a pandemia, por exemplo, são recebidos com pedradas. Carros civis que passem por ali no sabá — dia em que, segundo o judaísmo, é proibido dirigir — também são alvo das pedras.

Yoelish Krois já foi um dos motivos pelos quais os moradores se mobilizaram para atirar pedras contra a polícia. Em 2011, centenas de haredim (os judeus mais religiosos) atacaram seis policiais com pedras, garrafas, pedaços de metal e coquetéis molotov. Os policiais estavam no bairro para acompanhar funcionários que iam fiscalizar o açougue de Krois, um dos principais líderes do movimento Eda Haredit. Ele era acusado de não pagar impostos.

O grupo Eda Haredit faz parte de uma linha extremista de judeus ortodoxos cujos membros não reconhecem a legitimidade do Estado de Israel. A repulsa ao governo, ao Estado e ao sionismo é tão grande que no muro da casa de Yoelish Krois estão pintadas bandeiras palestinas — assim como nas escadas e na entrada que dá acesso ao bairro perto.

— Se alguém se incomodar com isso, não venha aqui. Quem não é daqui vê isso [as bandeiras] e sai correndo, e é isso que queremos. Obviamente [é uma provocação] — diz Krois, sem, em nenhum momento, olhar diretamente no olho da repórter, seguindo orientações do judaísmo ortodoxo, que restringe interações entre homens e mulheres.

18 filhos

Aos 50 anos, 28 deles casado com a mesma mulher, Yoelish Krois tem 18 filhos e cinco netos. O filho mais velho tem 27, o mais novo, 4. Catorze deles moram na mesma casa com os pais em Mea Shearim, dividindo uma cozinha e três cômodos — dois no andar de cima e um no porão.

Sob o teto em formato de abóboda de reboco rústico e tinta amarela descascada, sofás cama guardam três colchões empilhados durante o dia. À noite, são distribuídos pelo chão para dar espaço para a família dormir sem quase sobrar lugar para passagem.

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O açougueiro Yoelish Krois com parte de sua imensa prole de 18 filhos: à espera do Messias — Foto: Paola de Orte

Na cozinha, dezenas de potes de plástico se empilham sobre a geladeira, material necessário para alimentar a família e os visitantes nos jantares de sabá e em feriados judaicos. Pelas mesas e estantes da casa, sacos de pão, pilhas de ovos e vasilhas de plástico cheias de frutas ocupam as superfícies, comida suficiente para alimentar todos.

Visualmente, Krois se parece com outros judeus ultraortodoxos de Israel ou do Brooklyn: usa quipá, peiot (os cachos de cabelos ao lado das orelhas) e tzitzit (as franjas compridas que aparecem por debaixo da camisa).

No pensamento, porém, Krois é heterodoxo, assim como outros que seguem a linha antissionista.

— Sou contra Israel. Não existe governo judeu até a chegada do Messias. Por isso não pego dinheiro deles [sionistas] — diz Krois, sentado em frente a uma estante de livros da altura da parede.

A estante guarda só obras sobre religião relacionadas à Torá e à História da Terra de Israel de acordo com a versão religiosa. O mapa é diferente do usado pelo governo: nele, as fronteiras terminam antes de Eilat, cidade no mar Vermelho, e abrangem terras que hoje pertencem a outros países, como Jordânia e Síria. É um outro Israel, Israel religioso, a Eretz Israel (Terra de Israel).

Crianças educadas em casa

Enquanto a maioria dos ortodoxos não trabalha e dedica suas vidas apenas às yeshivás (escolas religiosas) e ao estudo da Torá — principal razão da ira dos seculares que reclamam do dinheiro que o governo investe em uma demografia que não trabalha e não serve no Exército — Krois garante que os antissionistas do Eda Haredit trabalham, inclusive parte das mulheres.

— Vemos a deterioração dos outros religiosos que pegam dinheiro do Estado — diz ele.

Apesar da polêmica sobre as acusações de sonegação fiscal no açougue, Krois diz que eles pagam impostos, mas não votam e não usam os serviços públicos, como hospitais e escolas. As crianças são educadas em casa para evitar contato com conhecimento que poderia lhes abrir os olhos para o mundo fora da comunidade.

Em casa, as crianças não aprendem matemática como nas escolas públicas, apenas cálculos simples. Mas o maior medo é que aprendam inglês. A regra é falar apenas o iídiche, a antiga língua dos judeus da Europa Central e Oriental. Nem o hebraico, língua oficial em Israel, é incentivado.

— Não queremos que eles nos controlem. Eles interferem com a educação, dizem o que temos que estudar, o que não precisamos estudar. Nesta comunidade, não é permitido estudar inglês. Os outros religiosos aceitam ser subsidiados, mas aí têm que estudar normalmente. Há um veto rabínico para não estudar outras línguas que não o iídiche.

Críticos dos ortodoxos antissionistas apontam a contradição entre ser contra o Estado, mas ainda assim viver em Israel. Krois não vê contradição. Apesar de sua família ter chegado a Israel da Hungria apenas depois do Holocausto, ele conta que a da sua mulher já mora em Jerusalém há 150 anos, quase o dobro da idade do Estado, fundado em 1948.

A explicação, segundo ele, é que antes da chegada dos sionistas e da criação do Estado, em 1948, a vida dos judeus em Jerusalém era mais simples e saudável. A maioria vivia na Cidade Velha de Jerusalém, de onde foram expulsos depois que a Jordânia ocupou o local na guerra de 1948. A Cidade Velha acabou voltando para a soberania israelense em 1967, mas os ortodoxos antissionistas já haviam se mudado para Mea Shearim.

Krois afirma que, antes da criação do Estado, judeus e árabes viviam em harmonia. Segundo sua sogra, que chegou a viver na Cidade Velha, no Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, judeus evitavam cozinhar de dia para não incomodar o jejum dos vizinhos árabes com o cheiro da comida. Para ele, a chegada do sionismo trouxe desequilíbrio e instabilidade a uma comunidade que vivia em paz.

— Eles cuidavam das nossas crianças, nós cuidávamos das deles — diz. — Os sionistas vieram aqui e começaram a brigar com os árabes. Eu fico de fora, não me importo. De que lado estou? Lutem entre vocês, façam o que quiserem.

Espantando forasteiros

A ideia de pintar as bandeiras palestinas veio para impedir a compra de casas no bairro por religiosos de fora do grupo. Muitos venderam suas casas, e, segundo ele, outros haredim odeiam a bandeira palestina.

— Desde que começamos a pintar as bandeiras, ninguém mais comprou apartamentos — diz Krois, explicando que não é pró-Palestina. — Sou apenas contra o Estado, não me importo quem seja.

Segundo ele, a estratégia de assustá-los e impedir que comprem os apartamentos por valores muito altos funcionou.

— Construímos muros para que as pessoas não entrem e para que a gente não saia. O mundo é como um trem indo em direção ao abismo. Temos que ser cuidadosos, nosso trabalho é sermos os últimos remanescentes. Somos os últimos judeus verdadeiros que mantêm a Torá viva.
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/ ... inos.ghtml

Re: Cultos e fanatismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Na África e nas Américas, mulheres continuam sendo mortas por serem bruxas.
Uma criança nasceu defeituosa ou morreu? Foi feitiço jogado pela Fulana!
'Caça às bruxas': no século XXI, mulheres são perseguidas e mortas em 50 países sob acusação de feitiçaria

Casos de feminicídio associados a acusações de bruxaria foram citados em relatório recente da ONU, mas dados quantitativos são difíceis de serem contabilizados

Por Amanda Scatolini 28/12/2022


Acusadas de praticar feitiçaria em um vilarejo em Borno, no Nordeste da Nigéria, 26 mulheres foram assassinadas em novembro deste ano pelo Boko Haram, após a morte súbita de um dos filhos do líder do grupo jihadista. O caso de "caça às bruxas" moderno não foi um fato isolado, tampouco exclusivo do país, uma vez que mulheres ainda são perseguidas e mortas sob acusações do tipo em outros lugares da África, como também no Sudeste Asiático e na América Latina.

[...]

Ocorrências do tipo já foram registradas em 50 países até hoje, aponta a ONU. Na Tanzânia, mais de mil pessoas morrem anualmente por esse motivo, sendo a maioria mulheres. Na Índia, a polícia registrou, entre 2000 e 2016, 2.500 assassinatos de mulheres suspeitas de praticar bruxaria, numa média de pouco mais de 156 casos por ano — em 2020, houve uma queda, com 120 registros no total. Também são destacados países como República Democrática do Congo (RDC), Angola, Nigéria, Zimbábue, Gana, Quênia, Papua Nova Guiné, entre outros onde há indicações de que os episódios são frequentes, mas com falta de dados precisos.

Imagem
Panfleto anunciando uma vigília organizada por um grupo cristão contra bruxaria em Ibadã, na Nigéria — Foto: Reprodução / Leo Igwe

O fenômeno de perseguição a supostas bruxas se estende também à América Latina. No Peru, sete mulheres foram açoitadas sob tal acusação em junho deste ano por uma patrulha paramilitar camponesa em uma região dos Andes. Já no Brasil, há o emblemático caso de Fabiane Maria de Jesus, linchada no Guarujá, litoral paulista, em 2014. Alvo de uma campanha de desinformação que alegava que ela praticava rituais de magia negra envolvendo crianças, Fabiane foi espancada até a morte por cerca de 100 moradores.

[...]
 
As vítimas, muitas vezes, são mulheres de idade avançada, recém-divorciadas ou viúvas. Vistas como membros mais vulneráveis da sociedade, tornam-se alvos mais fáceis por sua incapacidade e falta de conhecimento para contestar as acusações.

Os motivos das denúncias de supostos atos de bruxaria também podem variar consideravelmente de uma região para outra: o nascimento de uma criança com deficiência, a morte ou adoecimento de algum familiar, vingança pessoal, superstição, disputas sobre propriedades ou simplesmente um infortúnio na comunidade em que vivem. Qualquer desvio de comportamento considerado suspeito pode levar a uma denúncia e, consequentemente, a um julgamento.

[...]

Igwe também cita a interferência de grupos missionários cristãos em muitas regiões onde o projeto atua, que contribuem para fomentar as denúncias, pondo em risco a vida de mais pessoas, além da tentativa de evangelizar povos e adequá-los à cultura ocidental.

— Os pastores cristãos são os caçadores de bruxas modernos. A fé cristã é patriarcal e santifica a misoginia — diz ele.

[...]

Na visão de Ivanir dos Santos, professor do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ, o fenômeno de perseguição tende a se ampliar cada vez mais com a expansão do cristianismo, de grupos neopentecostais e do islamismo na África.

— Por que alguém é chamada de bruxa? Talvez por ter conhecimento da medicina não tradicional, por saber lidar com as coisas da natureza. São práticas tradicionais de vários povos, mas que são desqualificadas na visão ocidental. Não é algo diferente do que acontece aqui no Brasil, em comunidades indígenas, como o número de pajés que são perseguidos e mortos por conta da incompreensão religiosa e tudo aquilo que não tem a ver com a sociedade ocidental — observa o professor.
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/ ... aria.ghtml

Re: Cultos e fanatismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Eu ja tinha assistido uma reportagem sobre uma seita do "Reino de Pineal" (ta mais pra seita do pinel)

SEITA CREMA BEBÊ E CORPO É JOGADO EM RIO [REINO DE PINEAL] • Física e Afins


youtu.be/L7pivFJ1nlc


Investigada morte de bebé em seita


youtu.be/wlzMWe1os20

Buscas da PJ no Reino do Pineal


youtu.be/iwnugAW-bLI

Buscas no Reino do Pineal


youtu.be/SAAokxO20fg

PJ faz buscas no Reino do Pineal


youtu.be/Iu6zxkGo_sw
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