O que a ciência diz sobre Moisés, as dez pragas, o êxodo e a travessia do Mar Vermelho
Enviado: Qui, 03 Dezembro 2020 - 20:00 pm
Os Judeus teriam se baseado no mito de Sargon para criar a história de Moisés?
É uma teoria possível, pois os judeus foram capturados pelos babilônios em 587 a.C e mantidos em exílio por algum tempo. Neste momento, o mito de Sargon poderia ter servido de base para o relato sobre o profeta.
Estudiosos do tema ainda questionam se os hebreus eram de fato escravos neste período do Egito Antigo, pois, além do texto bíblico, não existe provas históricas ou arqueológicas disso.
"Havia semitas, alguns dos quais poderiam chamar a si mesmos de hebreus, que faziam parte de grupos de trabalho. Eles não eram propriedade de um indivíduo. Eles viviam em vilarejos de trabalhadores", afirma Carol Meyes, professora de estudos bíblicos da Universidade Duke, nos Estados Unidos.
O rabino Burton L. Visotzky, professor do Seminário Teológico Judaico, em Nova York, afirma que, apesar da Bíblia determinar claramente que os hebreus eram escravos que foram libertados, "há muito pouca evidência desta escravidão"
Especialistas de diversas áreas, como climatologistas, oceanógrafos e vulcanólogos, sugerem haver evidências de uma série de eventos naturais que poderiam explicar estas pragas.
O epidemiologista especializado em desastres naturais John Marr, autor de um artigo sobre o assunto publicado no jornal americano New York Times, que que serviu de base para um documentário da BBC, acredita que as pragas podem ter sido causadas pela proliferação de um micro-organismo, o Pfiesteria piscicida, nas águas do Nilo, o que teria envenenado os peixes e levado uma série de eventos trágicos.
Esta teoria explica as seis primeiras pragas. Em 1999, ocorreu uma catástrofe ambiental na cidade americana de New Burn, no Estado da Carolina do Norte. Ao acordar, seus habitantes viram que um rio local haviam ficado vermelho.
Mais de um bilhão de peixes morreram. Pessoas que trabalhavam próximo do curso d’água ficaram cobertas por feridas.
A causa foi poluição, após milhões de litros de excrementos dos animais serem despejados na água em uma fazenda de porcos localizada à beira do rio. A contaminação causou uma mutação genética no Pfiesteria, que fez com que o micro-organismo passasse de inócuo a letal.
Para Marr, o micro-organismo teria matado os peixes, o que teria feito com que o rio assumisse um tom avermelhado. A poluição teria forçado as rãs a invadir a terra, onde elas morreriam, gerando uma multiplicação de moscas e piolhos – que teriam perdido seus predadores naturais. Por sua vez, as moscas poderiam ter transmitido doenças virais para os animais, levando-os à morte.
O cientista ainda aponta que "pragas" como gafanhotos e chuvas de granizo continuam a assolar o Oriente Médio até hoje. O golpe final – a morte dos primogênitos – poderia ser um resultado direto da combinação da tradição local e tentativas de lidar com as outras pragas.
Os cultivos que resistiram aos gafanhotos e ao granizo poderiam ter sido colhidos e armazenados ainda úmidos, criando as condições perfeitas para a proliferação de toxinas mortais. Em uma posição social privilegiada, os primogênitos teriam sido alimentados com duas porções dos grãos contaminados.
Todas essas teorias poderiam desmascarar a história de Moisés e as pragas do Egito???
É uma teoria possível, pois os judeus foram capturados pelos babilônios em 587 a.C e mantidos em exílio por algum tempo. Neste momento, o mito de Sargon poderia ter servido de base para o relato sobre o profeta.
Estudiosos do tema ainda questionam se os hebreus eram de fato escravos neste período do Egito Antigo, pois, além do texto bíblico, não existe provas históricas ou arqueológicas disso.
"Havia semitas, alguns dos quais poderiam chamar a si mesmos de hebreus, que faziam parte de grupos de trabalho. Eles não eram propriedade de um indivíduo. Eles viviam em vilarejos de trabalhadores", afirma Carol Meyes, professora de estudos bíblicos da Universidade Duke, nos Estados Unidos.
O rabino Burton L. Visotzky, professor do Seminário Teológico Judaico, em Nova York, afirma que, apesar da Bíblia determinar claramente que os hebreus eram escravos que foram libertados, "há muito pouca evidência desta escravidão"
Especialistas de diversas áreas, como climatologistas, oceanógrafos e vulcanólogos, sugerem haver evidências de uma série de eventos naturais que poderiam explicar estas pragas.
O epidemiologista especializado em desastres naturais John Marr, autor de um artigo sobre o assunto publicado no jornal americano New York Times, que que serviu de base para um documentário da BBC, acredita que as pragas podem ter sido causadas pela proliferação de um micro-organismo, o Pfiesteria piscicida, nas águas do Nilo, o que teria envenenado os peixes e levado uma série de eventos trágicos.
Esta teoria explica as seis primeiras pragas. Em 1999, ocorreu uma catástrofe ambiental na cidade americana de New Burn, no Estado da Carolina do Norte. Ao acordar, seus habitantes viram que um rio local haviam ficado vermelho.
Mais de um bilhão de peixes morreram. Pessoas que trabalhavam próximo do curso d’água ficaram cobertas por feridas.
A causa foi poluição, após milhões de litros de excrementos dos animais serem despejados na água em uma fazenda de porcos localizada à beira do rio. A contaminação causou uma mutação genética no Pfiesteria, que fez com que o micro-organismo passasse de inócuo a letal.
Para Marr, o micro-organismo teria matado os peixes, o que teria feito com que o rio assumisse um tom avermelhado. A poluição teria forçado as rãs a invadir a terra, onde elas morreriam, gerando uma multiplicação de moscas e piolhos – que teriam perdido seus predadores naturais. Por sua vez, as moscas poderiam ter transmitido doenças virais para os animais, levando-os à morte.
O cientista ainda aponta que "pragas" como gafanhotos e chuvas de granizo continuam a assolar o Oriente Médio até hoje. O golpe final – a morte dos primogênitos – poderia ser um resultado direto da combinação da tradição local e tentativas de lidar com as outras pragas.
Os cultivos que resistiram aos gafanhotos e ao granizo poderiam ter sido colhidos e armazenados ainda úmidos, criando as condições perfeitas para a proliferação de toxinas mortais. Em uma posição social privilegiada, os primogênitos teriam sido alimentados com duas porções dos grãos contaminados.
Todas essas teorias poderiam desmascarar a história de Moisés e as pragas do Egito???