Se a classe dominante está fazendo isso contra a AfD, significa que a AfD está no caminho certo e incomoda a elite.O encontro sobre "remigração" promovido pela AfD reacendeu o debate sobre proibição dos partidos de extrema-direita na Alemanha. Politólgos e juristas acreditam que solução deve ser aplicada com moderação.
Se é um país democrático, então todo partido deve estar liberado. A presença dele e os candidatos eleitos são parte da democracia.
Se o partido é "extremista", o regime político tem uma constituição que exige no mínimo 66% dos votos para ser alterada e ativar radicalismo. Ter 66% de pessoas do mesmo partido no parlamento é difícil e a resistência para ir além é cada vez maior. Se chegar a 66%, o partido já começa a ser questionado.
Se o partido é uma "ameaça contra a democracia", a constituição tem cláusulas pétreas impedindo destruir a democracia. O partido precisaria de uma maioria absoluta no parlamento (mais que 80%, um número informal) para acabar com a democracia. Precisaria de uma proporção enorme de eleitores votando nesse partido e um partido grande assim teria dificuldade de esconder os "planos malignos" do eleitor.
Outro meio de acabar com a democracia é por meio de corrupção e aparelhamento da política e da grande mídia. Assim a constituição existe, mas é violada. Os políticos do parlamento seriam todos comprados para estar sempre a favor. Esse problema é antigo e nunca foi exclusividade da "extrema"-direita e a acusação é hipocrisia da classe dominante. Poderíamos até dizer que na maioria das vezes a constituição não vale nada e tudo depende do nível de aparelhamento dos partidos. Quando o aparelhamento está equilibrado, tendem a seguir a constituição. Mas quando um partido se torna mais forte que os outros, o aparelhamento dele vence os demais.