Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

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Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

nuker
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Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

No tópico sobre separatismo tive uma ideia em como caso o Brasil se fragmentasse, como deveria ser a divisão. Mas daí depois tive uma ideia em como deveria ser feito o contrário, neste caso, em como uma nova configuração regional poderia ajudar no desenvolvimento e integração do país, o contrário da ideia do separatismo. Então resolvi fazer este tópico, voltado ao desenvolvimento e integração. Aqui vou mostrar novamente como deveria ser a nova configuração das regiões, e a partir daqui, desenvolver mais ideias voltadas ao desenvolvimento não de um Brasil fragmentado, mas unido, como federação. Também farei algumas mudanças em relação ao mapa, adicionando novos estados, mas mantendo basicamente as mesmas regiões do outro.

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6 regiões e 50 estados. Será que funcionaria?

Um aspecto importante desta configuração é que não há esse negócio de ser "do sul" ou "do norte", assim como capitais não têm o mesmo nome do estado!


Região Temperada:
1: Rio Grande (Porto Alegre)
2: Pampa (Pelotas)
3: Missões (Passo Fundo)
4: Santa Catarina (Florianópolis)

Santa Catarina e Rio Grande do Sul são bastante similares em relação ao aspecto social e cultural. Como são estados similares em aspecto econômico e social, isso permitiria maior aproximação profunda entre tais, como a formação de um consórcio regional, de forma que haja uma maior união em identidade entre tais. A união poderia se tornar tão forte que muitos começariam a desejar independência desta região ao resto do país, mas para conter isso, deveria haver um programa de entrosamento cultural entre esta região com as demais. Se esse programa der certo, esta região seria uma das mais prósperas em termos econômicos e sociais, ainda faria parte da federação e indiretamente poderia encorajar um maior desenvolvimento para as demais. A fragmentação em mais estados permitiria uma administração mais eficiente e econômica. Além disso esta região teria grande importância em aproximar o Brasil do Uruguai e Argentina, tanto no sentido econômico quanto no cultural. Se o Uruguai se anexasse ao Brasil, faria parte desta região.


Região Tropical:
5: Paraná (Curitiba)
6: Iguaçu (Cascavel)
7: Paranapanema (Londrina)
8: Santo Amaro (São Paulo)
9: Tietê (Bauru)
10: Aguapeí (Presidente Prudente)
11: Piracicaba (Campinas)
12: São Vicente (Aparecida)

São Paulo e Paraná são bastante similares em relação ao aspecto social e cultural. Por serem similares em aspecto econômico e social, haveria certa aproximação entre tais, ao ponto em poder haver um consórcio regional, de forma a encorajar maior entrosamento entre os estados. Se fizessem parte de uma mesma região, isso permitiria uma aproximação social e econômica ainda maior. A fragmentação de tais em mais estados favoreceria uma administração ainda mais descentralizada, organizada e eficiente, já que o estado de São Paulo tem vários centros econômicos. Se isso desse certo, essa região sozinha seria equivalente a um país desenvolvido, ou ao menos ao nível do Texas. Parte do RJ e MG foram incorporados nesta região, por motivos administrativos, de aproximação cultural e geográfica. O estado intermediário de São Vicente entre Rio de Janeiro e Santo Amaro seria um misto da cultura fluminense com a paulistana e ali há centros industriais importantes. O RJ (Guanabara) estaria limitado à região serrana, metropolitana e dos lagos.


Região Atlântica:
13: Guanabara (Rio de Janeiro)
14: São Tomé (Campos dos Goytacazes)
15: Espírito Santo (Vitória)
16: Descobrimento (Porto Seguro)
17: Minas Gerais (Belo Horizonte)
18: Jequitinhonha (Montes Claros)
19: Costa Atlântica (Ilhéus)
20: Rio de Contas (Vitória da Conquista)
21: Rio Corrente (Barreiras)
22: Bahia (Salvador)
23: Sergipe (Aracaju)

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Sergipe são economicamente e culturalmente distintos. Por serem distintos em vários aspectos, inicialmente haveria certo distanciamento, mas a medida que um estado incentivasse o desenvolvimento do outro através de um tímido consórcio regional, ocorreria certa aproximação econômica e cultural entre tais. O ideal seria que houvesse um programa inicial de entrosamento cultural e econômico, de forma a criar uma identidade regional atlântica (mesclagem de cultura fluminense, mineira e baiana), assim como um programa regional de industrialização massiva na Bahia. A fragmentação dos estados atlânticos seria bastante benéfica para burocracia e economia. A Bahia e suas fragmentações têm grande potencial para o desenvolvimento industrial e tecnológico, como produção de hidrogênio verde. O estado Descobrimento se deve a uma necessidade sociológica em criar um estado no extremo sul baiano, por sua cultura mista entre a baiana e a capixaba.


Região Sertaneja:
24: Alagoas (Maceió)
25: Pernambuco (Recife)
26: Paraíba (João Pessoa)
27: Potiguara (Natal)
28: Ceará (Fortaleza)
29: Cariri (Juazeiro do Norte)
30: São Francisco (Petrolina)
31: Gurguéia (Alvorada do Gurguéia)
32: Piauí (Teresina)
33: Maranhão (São Luiz)
34: Grajaú (Imperatriz)

Todos os estados do atual Nordeste, menos Bahia e Sergipe e mais um estado importante no coração do sertão, aonde deveria ser construído um grande parque industrial. Já existe um consórcio regional envolvendo os estados citados, mas sem a Bahia e Sergipe, eles poderiam se unir ainda mais a manter a identidade do clássico nordeste. Criar novos estados na região favorecerá aquelas partes mais pobres muito afastadas das metrópoles, além de descentralizar e organizar melhor a burocracia. A criação de um estado que seria a fusão do norte baiano e oeste pernambucano permitirá que a metrópole Juazeiro-Petrolina se transforme em uma capital e permitirá que ali haja um maior interesse comercial e industrial. Industrializar o interior sertanejo seria vantajoso para todos os estados. Poderia ser explorada tecnologia de captura de água da atmosfera para ajudar no abastecimento da água no sertão. O Rio Parnaíba, além do São Francisco, também tem forte potencial na produção de combustível e para abastecimento de água no sertão.


Região Interna:
35: Ponta Porã (Dourados)
36: Pantanal (Corumbá)
37: São Lourenço (Campo Grande)
38: Paranaíba (Uberlândia)
39: Goiás (Goiânia)
40: DF (Brasília)
41: Araguaia (Gurupi)
42: Mato Grosso (Cuiabá)
43: Aripuanã (Aripuanã)

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Triângulo Mineiro, DF, noroeste de Minas e sul de Tocantins. Tais estados são similares em aspecto econômico e social. É como a atual região centro-oeste, só que mais expandida em território e recursos. Parte de Minas Gerais tem um aspecto mais similar ao de Goiás do que mineiro propriamente dito, portanto seria mais sensato se estas partes fizessem parte de Goiás, não Minas Gerais. O mesmo vale para o norte mineiro que tem aspecto mais similar ao baiano e o sul mineiro ao paulistano. O atual estado mineiro não é socialmente sustentável e tenderá a se fragmentar com o tempo. Basicamente, continuará sendo como a atual região centro-oeste, só que com algumas pequenas mudanças. Mas neste aspecto, como região interna, haverá alguma melhora. Com mais pessoas e recursos, poderia ser criado um poderoso consórcio agropecuário na região, de forma a fortalecer a agropecuária economicamente e para permitir que pessoas pobres pudessem ter um espaço rural coletivo em que tais possam se desenvolver.


Região Amazônica:
44: Tocantins (Palmas)
45: Rondônia (Porto Velho)
46: Acre (Rio Branco)
47: Amazonas (Manaus)
48: Pará (Belém)
49: Amapá (Macapá)
50: Roraima (Boa Vista)

Formada pelos estados da atual região norte mas com profundas mudanças nas fronteiras dos estados. As atuais fronteiras dos estados amazonenses não são ideais, pois formam dois estados gigantescos de difícil administração e alguns pequenos economicamente fracos. O ideal seria haver uma redefinição das fronteiras, como reduzir o tamanho do Amazonas e Pará e aumentar o dos demais estados vizinhos da região. Essa redefinição fará com que cidades muito afastadas das capitais de seus estados originais se tornem muito mais próximas de capitais dos estados aos quais passarem a pertencer, o que vai facilitar bastante o desenvolvimento social e econômico, assim como o planejamento de rodovias e ferrovias, além de outros programas desenvolvimentistas e o controle das fronteiras nacionais. Um consórcio "Grão-Pará" seria interessante no sentido em favorecer o desenvolvimento econômico e agropecuário da região, assim como de preservação da Amazônia e de integração das tribos indígenas à sociedade.


Questionamentos:

Será que estas novas regiões e estados iriam favorecer o desenvolvimento do Brasil como um todo, como federação?

Será que isso iria ajudar um pouco a mitigar os conflitos entre culturas de diferentes estados e regiões?

Será que daria certo aproximar a cultura baiana da mineira ou fluminense, por exemplo?

Será que São Paulo e Paraná formariam uma boa parceria regional?

Será que um "nordeste" menor sem a Bahia e Sergipe daria certo?

Seria bom incorporar parte de Minas Gerais ao estado de Goiás, assim como criar um estado próprio para a região do Triângulo Mineiro?

Seria mesmo uma boa ideia criar um estado entre RJ e SP?

Certamente que apenas redefinir as fronteiras dos estados amazonenses não é suficiente, mas pode ser que ajude em relação à gestão.

Com tantos estados assim, seria necessário descentralizar o Senado Federal, torná-lo um Senado Regional. O mesmo para a Câmara dos Deputados. Neste caso teríamos, a nível nacional, governos regionais, enquanto que o governo federal propriamente dito, Brasília, estaria mais limitado aos ministérios e ao executivo. Criar leis regionais seria mais relevante e barato do que leis federais, apesar de que neste caso todos os estados e regiões ainda teriam que obedecer a uma constituição só que mais bem elaborada que a que temos, de forma a preservar a integridade nacional. Ainda iria existir um governo federal seja ele republicano ou monarquista, mas o governo federal estaria mais voltado para aquilo que é seu real papel, lidar com questões a nível nacional no sentido de integração e desenvolvimento, e não em ficar definindo o que as pessoas podem ou não fazer e pensar. O que as pessoas podem ou não fazer em um sentido mais local seria definido por governos regionais, e não pelo federal.

O governo federal (Brasília) só existiria como um pivô de integridade e diretrizes centrais, para manter a nação como um todo, através de ministérios, governo e exército.

A maneira como elaborei os ministérios em outro tópico se encaixaria perfeitamente neste cenário, em que haveriam 20 ministérios formados por vários departamentos (secretarias) e que tais departamentos estariam presentes em todas as regiões e estados, de forma que as diretrizes centrais pudessem ser adaptadas à realidade de cada parte do Brasil. Ou seja, Brasília seria a diretriz central, mas a maneira como essas diretrizes vão ser aplicadas em cada parte do país seria diferente de acordo com a realidade local, e não de acordo com a realidade de Brasília. Isso seria muito eficiente em evitar de existir um governo federal autoritário de qualquer espectro político, pois como teríamos um Estado mais descentralizado em sua estrutura funcional e jurídica, isso seria algo que ajudaria a preservar a liberdade econômica e social em diferentes partes do país. Atualmente temos um governo extremamente centralizado, ineficiente, gastão e que persegue opositores. O que eu quero é o completo oposto do que é este atual governo federal.

Inclusive uma nova constituição federal, para redefinir como o Estado deve funcionar como um todo, seja os ministérios, regiões, estados e o escambau.

A ideia toda que venho trazendo aqui é que para mim já está na hora em haver uma profunda mudança de gestão neste país. Governo, partido, gestão, economia, cultura, mentalidade, etc.

Há uns anos atrás desejava o desmembramento do Brasil. Hoje entendo que isso é uma ilusão e que só faria piorar as coisas. Portanto me veio esta solução de integração e descentralização.

Re: Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

nuker
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Caso algum dia seja construído um grande polo industrial em Petrolina, e tal como capital de um estado no interior do sertão, teria que haver um programa de governo, que poderia envolver o federal e os estaduais, em serem construídas rodovias e ferrovias que ligassem tal cidade a todos os demais estados, de forma que cada rodovia e ferrovia estivesse direcionada a um estado diferente. Chamaria este projeto de "Conecta Sertão". Outro projeto poderia envolver um desvio parcial do Rio Parnaíba ou algum outro rio no Piauí em direção ao interior do Ceará, já que não há como fazer isso com o São Francisco por causa do relevo acentuado na região entre Pernambuco e Ceará, a Chapada do Araripe. Porém, tanto a Serra da Ubatuba quanto a Serra da Ibiapaba, ambas entre o Piauí e o Ceará podem dificultar esta empreitada. Do lado do RN temos a chapada do Apodi, outro fator de dificuldade.

Ceará é o estado mais difícil em termos de projetos hídricos, por ser um estado todo rodeado de serras e chapadas. É uma parte do país destinada a ser árida mesmo, não tem jeito, por causa do próprio relevo.

É o Arizona brasileiro!!!

Atualização: Com relação ao nome de um dos estados da Região Interna, o estado que era Aripuanã passa a se chamar Caiabis e a capital é que seria Aripuanã.

Re: Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

nuker
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Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Eis aqui outro esquema que fiz, baseado no outro, mas com menos estados, o que seria mais plausível.

O esquema é o mesmo: Evitar usar "do sul" e "do norte", assim como nomes de estados e capitais idênticos.

Desta vez fiz os estados levando mais em conta aspectos geográficos e culturais sobretudo.

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Um Brasil de 6 regiões e 37 estados... Será que funcionaria?


Região Temperada:
1: Rio Grande (Porto Alegre)
2: Santa Catarina (Florianópolis)
3: Iguaçu (Cascavel)
4: Paraná (Curitiba)
5: Ponta Porã (Dourados)
6: São Vicente (São Paulo)
7: Paranapanema (Bauru)
8: Moji Guaçu (Campinas)
9: Tietê (Ribeirão Preto)

A Região Temperada é caracterizada por um misto das culturas paulistana e sulista. O clima é temperado seja pela latitude ou pela altitude, enquanto o tropical é limitado a algumas partes.


Região Atlântica:
10: Guanabara (Rio de Janeiro)
11: Espírito Santo (Vitória)
12: Vera Cruz (Ilhéus)
13: Minas Gerais (Belho Horizonte)
14: Santa Cruz (Montes Claros)
15: Diamantina (Vitória da Conquista)
16: Bahia (Salvador)
17: Sergipe (Aracaju)

A Região Atlântica é caracterizada por um misto das culturas fluminense, mineira, capixaba e baiana. O clima é tropical ao nível do mar e montanhoso nas partes mais elevadas.


Região Sertaneja:
18: Alagoas (Maceió)
19: Pernambuco (Recife)
20: Paraíba (João Pessoa)
21: Potiguara (Natal)
22: Ceará (Fortaleza)
23: São Francisco (Petrolina)

A Região Sertaneja é caracterizada pelas culturas do atual nordeste. O clima é semiárido no interior e tropical no litoral.


Região Tropical:
24: Piauí (Teresina)
25: Maranhão (São Luiz)
26: Pará (Belém)
27: Tocantins (Palmas)

A Região Tropical é caracterizada por um misto das culturas nordestina e nortista. O clima é equatorial e tropical, com partes semiáridas mais ao leste.


Região Interna:
28: Paranaíba (Uberlândia)
29: Goiás (Goiânia)
30: DF (Brasília)
31: Pantanal (Campo Grande)
32: Mato Grosso (Cuiabá)
33: Rondônia (Porto Velho)

A Região Interna é caracterizada por um misto das culturas paulistana, mineira, rural e nortista. O clima é tropical.


Região Amazônica:
34: Acre (Rio Branco)
35: Amazonas (Manaus)
36: Roraima (Boa Vista)
37: Amapá (Macapá)

A Região Amazônica é caracterizada pela cultura nortista e indígena. O clima é equatorial.


Note que mesmo com estas divisões, o Amazonas continua sendo o maior estado e Sergipe o menor (tirando DF).

Aqui eu incluí Rondônia na Região Interna integrando parte do Mato Grosso (Aripuanã), porque acho mais apropriado historicamente e geograficamente, incluindo o Triângulo Mineiro nesta região. Com parte do Pará pertencendo ao Tocantins, a gestão ficaria melhor, pela maior proximidade de Carajás com Palmas em relação a Belém. O interiorzão do Pará, sobretudo sua parte sudoeste e oeste deveriam pertencer ao Amazonas, enquanto que o extremo norte paraense ao Amapá. Parte do Amazonas associada ao Rio Negro deveria pertencer a Roraima, por questão de localização geográfica e proximidade de, por exemplo, São Gabriel da Cachoeira com Boa Vista. Já o oeste do Amazonas pertenceria ao Acre, também por localização geográfica e maior proximidade com Rio Branco do que com Manaus. Uma reorganização dos estados amazonenses ajudaria na gestão de controle das fronteiras federais, incluindo melhor preparação e organização para guerras.

Aqui temos novamente o estado do São Francisco cuja capital é Petrolina, com propósito em criar ali um grande polo industrial no sertão, com rodovias e ferrovias conectando todos os estados próximos a esta nova capital. Na Região Atlântica haveria uma aproximação cultural e econômica da Bahia com demais estados nela, já que a associação da Bahia com o atual Nordeste não parece estar funcionando em termos de alavancar o crescimento econômico. A Região Temperada vai de RS a SP, pegando parte de MS. Aqui o sul do MS está onde realmente deveria pertencer. A cultura paulistana é muito distinta da fluminense e sobretudo da carioca, portanto, São Paulo ou suas fragmentações deveria pertencer a outra região, mais de acordo com os estados da atual Região Sul. Aqui a configuração das fronteiras está mais próxima a da atualidade, com algumas modificações necessárias baseadas em aspectos culturais e localização geográfica.

Como o número de estados aqui é menor, não haveria necessidade em mudar o Senado ou a Câmara, porém para comportar mais representantes de estados, teria que haver menos senadores e deputados por estado. Dois senadores apenas para cada estado, com no máximo 74 senadores ao invés de 81. E no máximo 10 deputados federais por estado. Passaria de 513 deputados federais 370 no máximo. Se aumentarmos o número de estados, mas diminuirmos o número de políticos em excesso, isso compensaria. Assim como compensaria reduzir o número de prefeituras totais do país para metade ou mais razoavelmente reduzir em 25% o número de prefeituras no país, em que neste caso haveria menos resistência e daria mais certo. Para haver tantos estados e capitais, será necessário reduzir certos gastos públicos. E tais gastos são o número total de políticos! O segredo é... Se você quer aumentar em um aspecto, terá que reduzir em outro! Senão vai sair muito caro!

Vou ver se depois trato de outros assuntos relacionados aqui... por enquanto é isso.

Re: Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Alguém aqui conhece algum outro fórum em que há discussões políticas? Tipo, questões relacionadas ao desenvolvimento do Brasil ou algo assim?

Re: Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Neste segundo modelo de 37 estados, ao contrário das atuais regiões e estados, há uma maior integração de culturas dentro de uma mesma região.

A Atlântica teria as culturas: fluminense, carioca, capixaba, mineira, baiana, sertaneja, crioula e teuto-brasileira.

A Temperada teria as culturas: caipira, mineira, caiçara, açoriana, teuto-brasileira e gaúcha.

A Interna teria as culturas: caipira, sertaneja, cabocla e brasiliense.

A Sertaneja teria as culturas: sertaneja, crioula e baiana.

A Tropical teria as culturas: sertaneja e cabocla.

A Amazônica teria as culturas caboclas.

Para esse novo sistema de integração cultural funcionar, após a consolidação das novas regiões e estados, as escolas deveriam adotar todo um novo programa de ensino desde o primário, em que seriam ensinadas, nas disciplinas de estudos sociais, um novo sentido de integração e identidade regionais, de forma a permitir uma maior aproximação cultural entre os diferentes povos pelo país, de forma a reduzir atritos entre tais culturas. A ideia seria em se fazer uma espécie de sincretismo cultural progressivo em cada região. Não se trata em nada de ideologia política, mas sim de integração cultural. E isso começaria nas escolas.

Na verdade a ideia que trago é substituir a ideologia política por um maior senso de integração cultural e nacional, que é ainda mais essencial para a sociedade do que ideologias partidárias.

Em tal sincretismo, a cultura de cada região seria um sincretismo das culturas presentes em cada uma delas, resultando em uma nova cultura coesa, que seria adotada como genérica de cada região.

Pense na Umbanda. Ela é sincretismo entre cristianismo, espiritismo e candomblé. Pegue a cultura fluminense, mineira, capixaba, baiana, crioula e outras e crie uma síntese entre elas, fazendo surgir algo novo que permita que as pessoas que vivem em diferentes partes da região se identifiquem culturalmente de alguma maneira, através de um elo sincrético, mas de forma que as diferentes partes de cada região possam manter suas próprias culturas locais. Seria esse elo sincrético que seria o fator de união e desenvolvimento em cada região, ao invés de não haver isso.

Sem esse sincretismo, o Brasil nunca será um país culturalmente unido e estará sempre sujeito a ideias separatistas. Ou seja, ao longo prazo, não será um país socialmente íntegro e sustentável.

Não será íntegro e sustentável tanto no sentido social quanto econômico também.

É claro que entre as regiões ainda haverá diferença cultural, mas o fato de que dentro de cada região haveria um sincretismo cultural avançado, isso já ajudaria a reduzir conflitos culturais no geral.

Pense, por exemplo, se a partir disso a Bahia começasse a se desenvolver economicamente, não haveria mais grandes migrações que apenas fariam lotar ainda mais as favelas cariocas e paulistas como também isso faria o povo de lá ter mais oportunidade de emprego e melhor qualidade de vida. Talvez até parte dos que vivem nas atuais favelas resolvessem migrar para lá, se surgisse mais emprego lá. Uma das causas do Nordeste ser pobre é justamente a falta de integração cultural no país e o sentimento de superioridade por parte de empresários que vivem no Sul e Sudeste. Essa rixa entre Sudeste e Sul com as demais regiões é desastrosa socialmente e economicamente, beneficiando uma e prejudicando outra.

Se houvesse uma maior integração cultural, através da redefinição de regiões e estados, acredito que a desigualdade social e econômica em diferentes partes do Brasil diminuiria.

Essa proposta que trago é totalmente contrária a qualquer ideia se separatismo regional, pois ela visa a integração de culturas e povos pelo país.

Sem essa integração, o nacionalismo brasileiro não faz sentido algum e se torna prejudicial para todos.

Essa ideia que trago é muito importante, visto o atual cenário de rixa entre diferentes regiões do país, o que pode, a partir de uma crise, causar a secessão de territórios.

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Eis o mapa cultural do qual me baseei.

Re: Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

O que o atual nordeste precisa não é de socialismo, mas de desenvolvimento capitalista, da iniciativa privada, incluindo criação de grandes polos industriais em ao menos alguns estados.

A partir do momento em que o nordeste abandonar o PT e sua política assistencialista, as coisas vão começar a melhorar por lá.

Isso vale para todas as regiões brasileiras.

Re: Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

É bom lembrar que a ideia não tem como ser imposta. Isto é, teria que haver uma aceitação popular em várias partes do país. Se eu fosse presidente, não teria como simplesmente impor isso. Aliás, essa mudança deveria ser um processo lento e gradual ao longo de mandatos de vários presidentes que tivessem esse tipo de causa. Não tem como ser imposto, pois se trata de algo que causaria mudanças culturais.

Re: Proposta de desenvolvimentismo brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Eu dividiria o Brasil em 4 ou 5 países independentes:

1) Região Norte + Mato Grosso - Seria um país chamado Amazônia.

2) Nordeste - Seria um país separado e poderia caminhar com as próprias pernas. É árido, mas terá grande potencial de hidrogênio verde.

3) Sul + São Paulo - Seria independente do resto.

4) Rio de Janeiro - Estado mais problemático e difícil de resolver. Precisa ter uma administração separada.


Os pontos complicados são Maranhão, Tocantins e Goiás. Teria que decidir se eles ficam melhor com a Amazônia ou com o Nordeste.

Outra fronteira é Minas Gerais. Ela tem 3 faixas. A norte, que é muito nordestina; a central, que tem muitos recursos minerais; e a sul, que é meio paulista. Assim teria que decidir se a faixa central deveriam ficar com o Sul ou com o Nordeste. Essa decisão impacta também onde Espírito Santo e Mato Grosso do Sul ficariam.

Também, pode-se optar por fazer o Sul separado de São Paulo. É o estado com maior densidade populacional e por isso seria mais fácil administrar separadamente. São Paulo independente pegaria o Sul de Minas Gerais.

Falta decidir um nome e a capital desses países independentes.
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