Brasil do norte e Brasil do Sul? Tenho uma alternativa melhor.

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Brasil do norte e Brasil do Sul? Tenho uma alternativa melhor.

nuker
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Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Andei percebendo que existe certa vontade popular em dividir o Brasil em dois e vi algumas propostas de quais estados deveriam fazer parte de cada "brasil". Uma proposta diz que o Brasil do Sul deveria ter como estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, com capital e São Paulo ou Curitiba. Já os demais fariam parte do Brasil do Norte, com capital em Brasília. O Brasil do Norte teria uma economia agropecuária e teria um governo socialista, enquanto o Brasil do Sul teria uma economia industrial e teria um governo neoliberal. Como haveriam dois brasis, a taxa de impostos seria reduzida pela metade, o que tornaria o poder de consumo maior, diminuindo assim a pobreza. Os dois brasis poderiam se beneficiar importando e exportando suas commodities entre eles. Essa é basicamente a proposta. Uma coisa que justifica isso é que a cultura do norte, nordeste e centro-oeste é diferente das culturas do sudeste e sul e outro motivo é a preferência política.


youtu.be/kgB86qhwRrI
Exemplo de sugestão separatista que pareceria funciona na prática.

Mas acho que poderia haver outra solução, que não bateria tanto de frente com a constituição e que não causaria perdas ao país...

O território brasileiro ainda seria mantido como um todo, mas cada região se tornaria semi-independente uma da outra. Cada região teria seu próprio presidente, ou regionador que seria o mais certo. Haveria maior número de estados para algumas regiões, como partições do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, etc. Cada região teria sua própria tendência política, seja progressista (socialista) ou conservadora (neoliberal), que regeria os estados de cada região. Cada região teria sua própria economia e cultura admitida. Isso seria uma maneira em reduzir a polarização política, ao menos da forma como tem acontecido no Brasil e EUA. E assim isso reduzir potenciais catástrofes econômicas, como está prestes a acontecer caso o atual governo federal continue do jeito que está. Cada região teria seu próprio senado e câmara de deputados, já os ministérios e forças armadas continuariam sendo federais. O representante maior do Brasil teria que ser um monarca, e um primeiro-ministro eleito como governante.

A esfera federal além de ministros e monarca teria um pequeno grupo de "supersenadores", um representando cada região na capital federal. Esse novo sistema parlamentarista faria com que os regionadores tivessem que governar de acordo com as diretrizes determinadas pelo monarca e primeiro-ministro. O monarca seria o idealizador das diretrizes de longo prazo para o país, enquanto o primeiro-ministro seria o executor de tais diretrizes. Os regionadores governariam cada região de forma independente, mas ainda assim estariam submetidos às diretrizes federais. O primeiro-ministro poderia escolher concordar ou discordar da diretriz, de forma que o monarca teria que se necessário readaptar suas ideias de acordo com as necessidades presentes do estado ou do governo, pois nem todas as ideias do monarca poderão ser possíveis na prática. Assim sendo, o monarca estaria mais limitado e não seria um rei absoluto, mas também não seria somente uma figura decorativa e teria maior participação na política brasileira, mas sem, porém, tirar a liberdade administrativa de cada região do país.

Com um monarca, isso permitiria maior estabilidade não só geral como nos planos de governo, ao invés da república em que os projetos podem mudar abruptamente e isso complicar as coisas.

Todos os regionadores senadores e deputados de cada região teriam que governar estando de acordo com uma constituição federal, representada não por ministros indicados (STF), mas por um grupo de constituintes de carreira jurídica a partir de uma nova constituição criada. Outras reformas seriam necessárias, como a tributária (acabar com enfiteuse por exemplo), previdenciária, trabalhista, militar e policial (criar uma junta voltada a serviços de inteligência, segurança nacional e combate ao crime organizado), educacional (mudar toda a matriz de disciplinas ensinadas nas educação básica), saúde (um novo SUS em que haja maior parceria do governo com hospitais e clínicas privados), econômica e infraestrutural (cada região ter seu próprio centro industrial e comercial desenvolvido), entre outras possíveis reformas necessárias, porém sem radicalismos. Quanto a uma reforma agrária, apenas se for para o estado fazer um acordo não obrigatório com proprietários de grande terrenos improdutivos e de forma que o proprietário possa recusar fazer tal acordo se quiser, sem ameaças ou punições por parte do estado.

Fora outras mudanças como criar novos estados, reduzir o número de prefeituras pela metade se possível, reduzir o número de deputados pela metade e apenas 1 senador por estado e olhe lá!

Outra necessidade seria em haver um controle migratório entre regiões distintas, de forma que uma região mais desenvolvida não fique abarrotada de gente desqualificada, o que faria aumentar a pobreza na região mais desenvolvida, enquanto a mais pobre perderia mão-de-obra e oportunidade em se desenvolver. Já o contrário seria preferível, em pessoas qualificadas migrarem para partes menos desenvolvidas, de forma a trazer o desenvolvimento que regiões mais pobres necessitam (o estado daria descontos em impostos por isso). Outra mudança interessante seria em haver uma versão física do Real, de caráter deflacionário, e uma versão digital, de caráter inflacionário, de forma que uma compensaria a outra e ajudasse a evitar uma grande inflação ou deflação, principalmente por causa de problemas políticos internos (má administração petista) ou externos (guerra entre Rússia e Ucrânia). Essa compensação aconteceria através de o próprio mercado levar pessoas a usarem mais a moeda física ou a digital, e cada versão teria um valor diferente de moeda, para permitir essas migrações cambiais de uso monetário.

Uma última mudança necessária seria em relação à própria democracia, em a população poder ter maior participação nos processos legislativos no geral, desde que não houvesse obrigatoriedade nisso.

Depois pretendo mostrar um mapa como seriam estas regiões e seus pontos fortes a serem explorados.

A minha proposta, portanto, não é uma proposta separatista ou de cecessão, mas sim de maior descentralização administrativa, econômica e política, preservando a integridade do território brasileiro.
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