Governo Bolsonaro

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Re: Governo Bolsonaro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Live de Bia Kicis, Allan dos Santos, Eduardo Bolsonaro sobre acionar "impeachment" de Alexandre de Moraes.

https://www.pscp.tv/Biakicis1/1lDxLglLZEzJm

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Maia critica declarações de Bolsonaro: “Vão no caminho contrário do que a gente começou a construir”

Brasil 28.05.20 15:35
Por Redação O Antagonista

Rodrigo Maia criticou nesta quinta-feira (28) as declarações de Jair Bolsonaro, que elevou o tom contra o STF.

Segundo Maia, as falas do presidente contrastam com as ações do governo.


“De fato, as declarações hoje são muito ruins. Vão exatamente no caminho contrário de tudo o que a gente começou a construir — todos os Poderes juntos– desde a semana passada, na reunião com os governadores (…). Toda a tentativa que fizemos, inclusive nesta semana, reafirmando o nosso compromisso com o diálogo, a importância do respeito institucional. Eu acho que as declarações de hoje vão em outro caminho, que gera insegurança, e, ao mesmo tempo, há um discurso e uma decisão prática.”

Maia também afirmou que o fato de o governo entrar com um habeas corpus para evitar que Abraham Weintraub preste depoimento demonstra respeito à decisão de Alexandre de Moraes.

“O ministro [André Mendonça] –não sei se o ministro adequado– recorreu da decisão, pedindo um HC para o ministro da Educação. Isso significa que se respeitou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, quando se recorre pelos caminhos legais. Então é uma decisão em um caminho e um discurso em outro caminho.”

E concluiu:

“A gente precisa entender é que essas divergências de comportamento entre o que faz oficialmente o governo e o que fala o presidente em relação a decisões de outro poder, elas precisam ter convergência e sinalizar para a sociedade, principalmente nesse momento que vivemos, de crise sanitária, econômica e social, que estaremos focados, avançando neste caminho de salvar vidas, emprego e renda.”


https://www.oantagonista.com/brasil/mai ... ruir/?desk

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Bolsonaro diz que "acabou, porra" e manda PF desobedecer o STF


Jair Bolsonaro criticou a operação da PF desta quarta-feira (27) contra aliados acusados de envolvimento na distribuição de fake news. Segundo ele, “ordens absurdas” não devem ser cumpridas pela corporação
28 de maio de 2020, 10:54 h Atualizado em 28 de maio de 2020, 13:12



Jair Bolsonaro e fachada do STF (Foto: Reuters)



Reuters - Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que “não haverá mais outro dia como ontem” e que “acabou”, numa referência à operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na quarta contra pessoas aliadas a ele e acusadas de envolvimento na produção e distribuição e fake news.

Visivelmente irritado, Bolsonaro, ao sair do Palácio da Alvorada, fez um pronunciamento aos jornalistas e afirmou que não se pode mais aceitar que pessoas tomem decisões individuais em nome de todos e que se está armando mais uma crise para “atrapalhar o Brasil”.

Segundo o presidente, “ordens absurdas” não devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Ele disse que a operação da véspera teve o objetivo de atingir a única mídia favorável a ele e que alguns pretendem tirá-lo da Presidência para “voltar a roubar”.

“Não farão que eu transgrida, me transforme em pseudo-ditador de direita”, disse o presidente, afirmando ainda ser o chefe supremo das Forças Armadas e garantindo que está com “as armas da democracia na mão”.

Bolsonaro não aceitou perguntas dos repórteres e encerrou a fala quando um dos jornalistas tentou questioná-lo.

Reportagem de Lisandra Paraguassu

Confira a declaração de Jair Bolsonaro no vídeo.


https://www.brasil247.com/poder/bolsona ... tem-acabou

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JJ_JJ
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28 DE MAIO DE 2020, 08H51

Joice Hasselmann: “STF aponta caixinha de R$ 2 milhões por mês para blogueiros de direita”

A deputada ainda comemora: “o cerco finamente está se fechando”


Foto: Marcos Corrêa/PR
Por Julinho Bittencourt


A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou, através de sua conta do Twitter, nesta quinta-feira (28) que uma parte da investigação no Supremo Tribuna Federal (STF) sobre as fake news, que contou com vários mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira, “aponta uma caixinha de R$ 2 MILHÕES por mês, que seria distribuída entre blogueiros de direita”.

A deputada afirma ainda que “o cerco finamente está se fechando”, e encerra a postagem com a hashtag #GabineteDoOdioNaCadeia.


https://revistaforum.com.br/politica/jo ... e-direita/

Re: Governo Bolsonaro

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Fernando Silva
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JJ_JJ escreveu:
Qui, 28 Maio 2020 - 17:23 pm
28 DE MAIO DE 2020, 08H51

Joice Hasselmann: “STF aponta caixinha de R$ 2 milhões por mês para blogueiros de direita”

A deputada ainda comemora: “o cerco finamente está se fechando”


Foto: Marcos Corrêa/PR
Por Julinho Bittencourt


A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou, através de sua conta do Twitter, nesta quinta-feira (28) que uma parte da investigação no Supremo Tribuna Federal (STF) sobre as fake news, que contou com vários mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira, “aponta uma caixinha de R$ 2 MILHÕES por mês, que seria distribuída entre blogueiros de direita”.

A deputada afirma ainda que “o cerco finamente está se fechando”, e encerra a postagem com a hashtag #GabineteDoOdioNaCadeia.


https://revistaforum.com.br/politica/jo ... e-direita/
Beleza, mas espero que vire jurisprudência para os trocentos blogs, sites, publicações etc. da militância esquerdista financiadas com o dinheiro do contribuinte durante o desgoverno dos petralhas.

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Paulo Moreira Leite: Bolsonaro está comprando apoio da base militar


O jornalista Paulo Moreira Leite afirmou no Bom Dia 247 desta sexta que Jair Bolsonaro está estruturando base de apoio para executar um golpe de Estado. “Ele compra apoio da base militar” além de comprar também “o apoio da polícia militar”, concedendo diversos “benefícios materiais”, disse o jornalista

29 de maio de 2020, 09:02 h Atualizado em 29 de maio de 2020, 11:06

Paulo Moreira Leite e Jair Bolsonaro


247 - O jornalista Paulo Moreira Leite, afirmou durante o Bom Dia 247 desta sexta-feira (25), que Jair Bolsonaro prepara uma estrutura de apoio para executar um golpe de Estado no país. “Ele compra apoio da base militar” além de comprar também “o apoio da polícia militar”, concedendo diversos “benefícios materiais”, avaliou o jornalista.

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“O comando do Exército, exercido pelo General [Edson Leal] Puljol, não dá sinais de que está numa conspiração golpista, mas já existe um movimento para trocá-lo por um outro nome da confiança de Bolsonaro”, acrescentou.

Moreira Leite disse ainda que quando Bolsonaro fala em “armar a população”, ele estimula um golpe. “Sofremos um golpe em 2015, mas teoricamente ainda estamos em uma democracia, com eleições presidenciais agendadas para 2022. O sonho de Bolsonaro é acabar com a democracia e dar um auto-golpe”.

“Bolsonaro quer institucionalizar uma ditadura”, alertou o jornalista.

https://www.brasil247.com/poder/paulo-m ... se-militar

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Ação do STF contra gabinete do ódio derruba ação de robôs bolsonaristas


Em meio às investigações da PF autorizadas pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes contra um esquema de fake news, um levantamento da consultoria AP Exata aponta que as publicações dos chamados perfis de interferência caíram de uma média de 14% para 10% no Twitter . Elas já chegaram a ter pico de 17%

29 de maio de 2020, 06:56 h Atualizado em 29 de maio de 2020, 09:16


Siga o Brasil 247 no Google News Assine a Newsletter 247

247 - A consultoria AP Exata apontou uma queda de 40,8% na atuação de robôs pró-Jair Bolsonaro no Twitter em relação a picos atingidos no passado e 10% na comparação com a média histórica em meio às investigações da Polícia Federal autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes contra um esquema de fake news. A informação é da coluna de Mônica Bergamo.

De acordo com levantamento da consultoria, as publicações dos chamados perfis de interferência caíram de uma média de 14% para 10% no Twitter. Elas já chegaram a ter pico de 17%.


A AP Exata avalia que, se os perfis de interferência forem desmobilizados, os bolsonaristas passarão a ter menos força para impor suas narrativas nas redes sociais.

Dentre os alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF estão os empresários bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e Edgard Corona, fundador da Smart Fit. A corporação também investiga oito deputados bolsonaristas, dentre eles Carla Zambelli. O ex-deputado federal Roberto Jefferson é outro investigado.

https://www.brasil247.com/midia/acao-do ... sonaristas

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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29 DE MAIO DE 2020, 16H09

Copo de leite: Bolsonaro usa símbolo nazista de supremacia racial em live

"Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio do leite, mas é um jogo de cena", afirma a antropóloga Adriana Dias, especialista em neonazismo


Por Lucas Rocha

Ouça a matéria clicando aqui!

O presidente Jair Bolsonaro chamou atenção ao tomar um copo de leite puro durante live presidencial na última quinta-feira (29). Apesar do presidente dizer que estaria cumprindo um desafio de ruralistas, pesquisadores enxergam uma correlação do gesto com movimentos neonazistas – que adotam o copo de leite como símbolo.

Para Adriana Dias, que é doutora em antropologia social pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e que há anos pesquisa o fenômeno do nazismo, há uma referência clara entre o episódio e o neonazismo. “O leite é o tempo todo referência neonazi. Tomar branco, se tornar branco. Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio, mas é um jogo de cena, como eles sempre fazem”, declarou à Fórum.


Dias, que é colunista da Fórum, ainda destaca que Bolsonaro pode se escorar no Shavuot, festa judaica que teve início na quinta-feira, para se justificar pelo ato, que ocorreu no mesmo dia em que explodiram manifestações em Minneapolis contra a violência policial contra negros – em razão do bárbaro assassinato de George Floyd. O leite como símbolo está diretamente ligado aos chamados “alt-right” estadunidenses. “O cara é engenhoso”, completou Dias.

O antropólogo David Nemer, que pesquisa o bolsonarismo, fez uma sequência de postagens no Twitter comentando também a questão. “O extremismo do Bolsonarismo é tão tosco que eles apropriam tudo da Alt Right (extremistas brancos americanos) e com atraso – já que isso começou nos EUA em 2017”, declarou.

“Nacionalistas brancos fazem manifestações bebendo leite para chamar a atenção para um traço genético conhecido por ser mais comum em pessoas brancas do que em outros – a capacidade de digerir lactose quando adultos. É uma tentativa racista para se embasar em “ciência” p/ diferenciar e justificar a “raça branca”. Mas como já provado e explicado por toda ciência: Não há evidência genética para apoiar qualquer ideologia racista. O que há, é na verdade, um governo tosco e motivado pelo ódio”, detalhou Nemer.

[...]


https://revistaforum.com.br/politica/co ... l-em-live/

Re: Governo Bolsonaro

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Blogueiro do gabinete do ódio também fez ritual de supremacistas brancos (vídeo)

29 de maio de 2020, 22:09
Allan dos Santos


247 - Allan dos Santos, blogueiro investigado pela Polícia Federal, repetiu o ritual de supremacistas brancos em sua live. Fumando um cigarro, ele disse: “entendedores entenderão” e levantou o copo de leite em frente às câmaras.

[...]


https://www.brasil247.com/midia/bloguei ... -video?amp

Re: Governo Bolsonaro

Pedro Reis
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JJ_JJ escreveu:
Sex, 29 Maio 2020 - 22:32 pm
29 DE MAIO DE 2020, 16H09

Copo de leite: Bolsonaro usa símbolo nazista de supremacia racial em live

"Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio do leite, mas é um jogo de cena", afirma a antropóloga Adriana Dias, especialista em neonazismo


Por Lucas Rocha

Ouça a matéria clicando aqui!

O presidente Jair Bolsonaro chamou atenção ao tomar um copo de leite puro durante live presidencial na última quinta-feira (29). Apesar do presidente dizer que estaria cumprindo um desafio de ruralistas, pesquisadores enxergam uma correlação do gesto com movimentos neonazistas – que adotam o copo de leite como símbolo.

Para Adriana Dias, que é doutora em antropologia social pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e que há anos pesquisa o fenômeno do nazismo, há uma referência clara entre o episódio e o neonazismo. “O leite é o tempo todo referência neonazi. Tomar branco, se tornar branco. Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio, mas é um jogo de cena, como eles sempre fazem”, declarou à Fórum.


Dias, que é colunista da Fórum, ainda destaca que Bolsonaro pode se escorar no Shavuot, festa judaica que teve início na quinta-feira, para se justificar pelo ato, que ocorreu no mesmo dia em que explodiram manifestações em Minneapolis contra a violência policial contra negros – em razão do bárbaro assassinato de George Floyd. O leite como símbolo está diretamente ligado aos chamados “alt-right” estadunidenses. “O cara é engenhoso”, completou Dias.

O antropólogo David Nemer, que pesquisa o bolsonarismo, fez uma sequência de postagens no Twitter comentando também a questão. “O extremismo do Bolsonarismo é tão tosco que eles apropriam tudo da Alt Right (extremistas brancos americanos) e com atraso – já que isso começou nos EUA em 2017”, declarou.

“Nacionalistas brancos fazem manifestações bebendo leite para chamar a atenção para um traço genético conhecido por ser mais comum em pessoas brancas do que em outros – a capacidade de digerir lactose quando adultos. É uma tentativa racista para se embasar em “ciência” p/ diferenciar e justificar a “raça branca”. Mas como já provado e explicado por toda ciência: Não há evidência genética para apoiar qualquer ideologia racista. O que há, é na verdade, um governo tosco e motivado pelo ódio”, detalhou Nemer.

[...]


https://revistaforum.com.br/politica/co ... l-em-live/
Até eu, que já espero praticamente tudo dessa gente, vou ter dificuldade de acreditar que se chegou a esse ponto.

Re: Governo Bolsonaro

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Esse tipo de coisa, em um momento conturbado como o de agora, pode sugerir que há sim uma intenção e estratégia de provocação. Talvez eles queiram mesmo a lenha na fogueira, a provocação que extremaria o confronto e deflagaria o golpe.

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Pedro Reis escreveu:
Sáb, 30 Maio 2020 - 00:53 am
Esse tipo de coisa, em um momento conturbado como o de agora, pode sugerir que há sim uma intenção e estratégia de provocação. Talvez eles queiram mesmo a lenha na fogueira, a provocação que extremaria o confronto e deflagaria o golpe.

O Salvador e a turma do vô do alho anseiam por confronto, fazer provocações e incitar a desordem fazem parte do modus operandi dessa gente, para tentarem construir um novo regime com um líder autoritário, que obviamente não aceita a democracia (mas abre os braços para a plutocracia que o apoia).
Editado pela última vez por JJ_JJ em Sáb, 30 Maio 2020 - 12:40 pm, em um total de 1 vez.

Re: Governo Bolsonaro

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Sara Winter ameaça e xinga de 'arrombado' ministro do STF

Ativista de grupo armado de extrema direita ameaça ministro do STF


06:27 - 28/05/20 POR FOLHAPRESS

POLÍTICA SARA-WINTER

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Alvo da operação desta quarta-feira (27) no chamado inquérito das fake news do STF (Supremo Tribunal Federal), a ativista Sara Winter xingou com palavrões o ministro Alexandre de Moraes, ao reagir à ação da Polícia Federal que apreendeu seu celular e seu computador.

Moraes incluiu Sara, que lidera o acampamento criado em Brasília para formar militantes bolsonaristas, entre os alvos dos mandados. A ativista, cujo verdadeiro nome é Sara Fernanda Giromini, fundou o Femen Brasil, grupo famoso por protestar de topless, e depois se converteu ao conservadorismo.

Veja também: Moraes inclui período eleitoral de 2018 em quebra de sigilo de Hang

"Juro por Deus, essa era minha vontade. Eu queria trocar soco com esse filho da puta desse arrombado. Infelizmente, não posso", disse Sara sobre Moraes em vídeo nas redes sociais, afirmando que não será calada pela investigação conduzida pelo ministro."Pena que ele [ministro] mora em São Paulo. Se ele estivesse aqui, eu estava lá na porta da casa dele, convidando ele para trocar soco comigo", afirmou.

[...]

Certamente esta corajosa sabe que tem apoio para isso, essa gaja não faria tal coisa sem ter costa quente, e certamente também ganha benefícios. Só tolos acreditariam que essa gaja estivesse agindo espontaneamente.

Tem gente com grana apoiando esse tipo de gente. É um movimento organizado e apoiado por gente com grana .


https://www.noticiasaominuto.com.br/pol ... tro-do-stf
.

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JJ_JJ
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Estratégia fascista de Bolsonaro segue os mesmos passos de outros líderes autoritários


Arte: Marcelo Camargo/Agência Brasil



Por Carlos Eduardo Araújo



“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência.” – Marco Tulio Cícero





Marco Tulio Cícero, grande tribuno e homem público romano, disse certa vez que a história é mestra da vida. A aludida expressão foi objeto de críticas, porque se percebeu com o passar do tempo, que conhecer os erros cometidos no decorrer da história não equivaleria a inocular um antídoto para que as sociedades humanas não os repetissem, como sistematicamente o têm feito ao longo dos séculos. Apesar da advertência, ainda hoje cabível, vamos buscar em um acontecimento específico do passado inspiração para reflexões, que se fazem necessárias no presente, com a pretensão de trazer um mínimo de luzes, na tentativa de dissipar as trevas que nos envolve hodiernamente.



Todavia, não temos a pretensão de colher um ensinamento que nos “salve” de nossos desacertos e desatinos, mas para perceber como a história se repete, inexorável e infelizmente, sem deixar lições aos pósteros. Como já disse Marx “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. [1]



A Alemanha nazista, dos primeiros anos da década de 30 do século XX, guardadas as abissais diferenças que nos separam, tem muito a “ensinar” ao Brasil de hoje sobre a escalada do poder autoritário, do arbítrio, da violência, do ataque aos “inimigos”, da conspurcação das instituições, da inércia do povo em face do perigo que o espreita.



Há uma obra, de cunho testemunhal e histórico, de valor inestimável, que pode fornecer elementos para a análise e compreensão do presente momento da vida brasileira, sob o desgoverno de Jair Bolsonaro. Estou a me referir aos “Diários de Victor Klemperer”, que foram traduzidos e publicados no Brasil pela Companhia das Letras, cujo o subtítulo é “testemunho clandestino de um judeu na Alemanha Nazista”. O livro é um calhamaço de 895 páginas e cobre o período entre os anos 1933/1945, da ascensão de Hitler ao poder até o fim da segunda guerra mundial.



Victor Klemperer nasceu aos 9 de outubro de 1881, em Landsberg, na Alemanha. Era filho de um casal de primos, o rabino Wilheim Klemperer e Henriette Klemperer. Teve nove irmãos. De origem judia, ainda jovem se converteu ao Luteranismo. Era casado com Eva Klemperer, que não era judia, fato que foi determinante para fazê-lo escapar das garras do nazismo inúmeras vezes. Também contou a seu favor o fato de ter sido condecorado como soldado, que lutou nas fileiras do exército alemão, na primeira guerra mundial. Ainda assim, foi vítima de constantes humilhações e ameaças à sua integridade física e psíquica. Faleceu em Dresden, aos 11 de fevereiro de 1960.



A obra de Klemperer foi publicada logo depois do término da segunda guerra mundial, primeiramente na Alemanha Oriental. Após a reunificação da Alemanha torna-se mundialmente conhecida. Revela um testemunho de imenso valor e grande singularidade, visto que são poucos os relatos de uma testemunha ocular, como ele, que acompanhou, na condição de judeu culto e esclarecido, mesmo que convertido, o dia a dia da Alemanha sob Hitler e o nacional-socialismo.



Nesse sentido, seu testemunho difere de outros, pelo ângulo mais abrangente de visão que propicia. Há dezenas de livros publicados por pessoas que vivenciaram a trágica experiência do holocausto, formando um substancial libelo acusatório em face do nazismo. Todavia, o universo de observação desses relatos, em regra, é mais restrito, não obviamente quanto à densidade e qualidade das narrativas, apenas quanto ao espaço geográfico e sócio-cultural que abarcam.



Há testemunhos que se expressaram por meio de uma literatura de alta qualidade, como aquele que se depreende das obras do italiano Primo Levi, prisioneiro de Auschwitz, cuja visão dos acontecimentos encontra-se, contudo, restringida pelos limites do campo de concentração. Ou os diários de Anne Frank, escritos de dentro de um porão de uma casa em Amsterdã.



Os diários de Victor Klemperer atestam, efetivamente, o destino do povo judeu na Alemanha de Hitler, desde a perda dos direitos civis até a deportação e o extermínio. Tudo registrado com minúcias por um observador arguto, consciente e crítico, que foi antevendo para onde iam se dirigindo as ações e feitos maléficos do nazismo. Neles estão registrados os discursos dos líderes nazistas, as notícias sobre a guerra, as informações veladas sobre os campos de concentração, a conversa mantida na casa de amigos, enfim o dia a dia de alemães e judeus sitiados pela atmosfera plúmbea e irrespirável da Alemanha nazista daqueles tempos.



Por meio dos “Diários” tomamos contato com os atos violentos e arbitrários do nazismo e como os mesmos afetavam a vida e a saúde física e psíquica de Klemperer e sua esposa Eva, seus amigos e parentes. Os seus estados de saúde sofriam freqüentes abalos. Ele sofria de angina e problemas oculares. Em dado momento fora submetido ao trabalho forçado, de remover neve das ruas por semanas, sendo alvo de chacota e humilhação. Em seus diários encontramos registros de pensamentos de morte e a tentativa de suicídio de pessoas conhecidas.



Leia também:

O autoritarismo como o direito de violar direitos


Victor Klemperer imaginava, a princípio, que o nacional-socialismo fosse uma loucura passageira. No entanto, sua opinião vai se transformando à medida que o regime vai sofrendo crescente embrutecimento, à medida que concessões vão sendo feitas não impedindo, antes encorajando, o exercício do terror e da violência, que vão se intensificando de forma progressiva e inexorável.



Apesar de Klemperer ter sido um judeu assimilado, não praticante do judaísmo e sim do protestantismo, perante as autoridades nazistas ele era judeu. Como diria Hannah Arendt “Os judeus haviam podido escapar do judaísmo para a conversão; mas era impossível fugir da condição de judeu”. [2]



Destarte, ele foi sofrendo um gradual processo de isolamento e segregação. Era professor catedrático na Universidade de Dresden desde 1920, onde lecionava filologia românica, sendo afastado de suas funções em 1935, dois anos depois da chegada de Hitler ao poder. Paulatinamente foi destituído de todos os direitos associados à cidadania alemã. Foi proibido de freqüentar a biblioteca da universidade e de prosseguir em suas atividades intelectuais.



Ler esses “Diários” de Victor Klemperer, nestes primeiros meses da triste era bolsonaro, é como, guardadas as incomensuráveis proporções, se mirássemos um espelho intertemporal e nos identificássemos com os acontecimentos que, gradativamente, vão corroendo a vida e a alma do povo alemão. Quantas analogias possíveis, infelizmente para nós brasileiros.



A ascensão dos nazistas ao poder se deu por meio de uma combinação de sucesso eleitoral (à base de muita distorção e mentira) e grande violência política nos anos da grande depressão econômica de 1929 a 1933. Os nazistas formavam um grupo de pessoas amalucadas, que nutriam ideias racistas, posturas violentas, teorias da conspiração, muito ódio e sede de poder. Um ajuntamento de pessoas medíocres e ressentidas. Em muito pouco tempo conseguiram estabelecer uma ditadura de partido único na Alemanha, suprimindo, com brutalidade, potenciais e efetivos adversários, com ínfima resistência do povo alemão.



Quando Victor Klemperer começa redigir seus diários, em 14 de janeiro de 1933, a Alemanha já estava infiltrada com o germe daquilo que seria a selvageria do regime fascista alemão. A Klemperer não falta sensibilidade e acuidade para perceber a atmosfera que se vai formando. Escreve neste dia: “As angústias do ano novo, as mesmas de antes: a casa, temperaturas abaixo de zero, perda de tempo, perda de dinheiro, nenhuma possibilidade de crédito, a teimosia de Eva em relação à casa e seu desespero crescente. Ainda vamos afundar com essa história. Já pressinto isso, e sinto-me desamparado”. [3]



Pouco mais de um mês depois, no dia 21 de fevereiro, continua suas elucubrações: “Há mais ou menos três semanas, depressão devido ao regime reacionário. Não escrevo aqui história contemporânea. Porém, minha amargura, mais profunda do que jamais poderia imaginar senti-la, esta sim quero deixar anotada. É uma vergonha que a cada dia se torna pior. E todos se calam e baixam a cabeça, principalmente os judeus e sua imprensa democrática. Uma semana depois da nomeação de Hitler estivemos (no dia 5 de fevereiro) em casa dos Blumenfeld junto com Raab. Raab, o falastrão, economista, presidente do clube Humbolt, fez um longo discurso e explicou que se deveriam eleger os nacionais-alemães, para fortalecer a ala direita da coalização. Opus-me exasperadamente a ele. Mais interessante foi a sua opinião de que Hitler vai acabar num delírio religioso… O que mais perturba é nossa cegueira diante dos acontecimentos, e como ninguém tem noção da verdadeira divisão do poder”. [4]



Também, no caso brasileiro, o que mais perturba são nossa cegueira e passividade diante dos graves acontecimentos decorrentes dos quase oito meses do insano governo Bolsonaro, que segue em sua sanha destrutiva por todos os quadrantes da vida nacional. Destruição de nossos direitos a uma previdência social pública, destruição dos nossos direitos trabalhistas, da nossa educação pública de qualidade, do nosso direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado (com a destruição da Amazônia em curso acelerado). Some-se a isso a entrega de nossas riquezas, a escalada da violência institucionalizada, o recrudescimento da violência urbana, a perseguição a grupos defensores dos direitos humanos, os ataques aos movimentos sociais, aos LGBTI, aos quilombolas, aos indígenas, sem que panelas tilintem, sem que brasileiros, tão ciosos do seu verde e amarelo, esbocem reação. Nepotismo e corrupção sendo naturalizados e nada! Tudo tão desolador, tudo tão carregado de angústia, de tamanha letargia, de desalentado desamparo, de atormentado desespero.



Voltemos aos “Diários” de Klemperer e suas inquietações. Será que guardam alguma relação com as nossas? No dia 10 de março de 1933 escreve ele: “Hitler chanceler. O que denominei terror até o domingo da eleição, 5 de março, foi um prélude suave. Repete-se agora exatamente, apenas com outros sinais – com a suástica –, a situação de 1918. Mais uma vez, é surpreendente como tudo desmorona sem reação. Onde está a Baviera, onde está a bandeira do Reich etc. etc? Oito dias antes da eleição, aquele episódio grosseiro do incêndio do Reichstag, do Parlamento – não consigo imaginar que alguém realmente acredite em autoria comunista, em vez de trabalho encomendado pela SS. Logo em seguida, a selvageria das proibições e das agressões. E, além de tudo, a propaganda ilimitada pelas ruas, pelo rádio etc. No sábado, dia 4, ouvi um trecho do discurso de Hitler em Konigsberg. O hotel da estação, uma das fachadas iluminadas, desfile de tochas em frente, tocheiros e suportes para bandeiras com a suástica nas sacadas, e microfones. Só consegui ouvir palavras isoladas. Mas o tom! A gritaria patética – realmente gritaria – de um fanático religioso”. [5]



É curioso, para dizer o mínimo, o entorpecimento da sociedade brasileira, excetuando algumas minorias esclarecidas, que sozinhas pouco podem, em face das agressões diuturnamente perpetradas pelo desgoverno Bolsonaro, com seu séquito de ministros pândegos e aparvalhados. Com sua militância estulta e hidrófoba. Transpondo a fala de Klemperer para a atual realidade brasileira, podemos dizer: é surpreendente como tudo desmorona sem reação.



Como as tiranias se repetem. Como os ditadores guardam tanta similitude entre si, no longo decurso da história! Não há como não nos lembrarmos dos famosos discursos de Cícero, que viveu no século I a.C., contra Catilina. Bolsonaro é o nosso Catilina: “Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos. Mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente. Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado. E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo e oculto na noite para demolir as fundações da nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe. Deve-se temê-lo mais que a um assassino.” [6]



Regressemos ao indignado e amargo testemunho de Klemperer. Ainda no dia 10 de março de 1933 anota: “Desde então, dia a dia, comissários, governos desestruturados, bandeiras nazistas hasteadas, casas ocupadas, pessoas fuziladas, proibições etc. etc. ontem, “por ordem do Partido Nazista” – nem ao menos por ordem do governo –, demissão do dramaturgo Karl Wolff; hoje, de todo o ministério saxão etc. etc. Revolução total e ditadura do partido. E todas as forças de oposição desapareceram do mapa. [7]



Em 20 de março de 1933 assenta: “Cada ato, notícia etc. do governo é ainda mais vergonhoso do que o anterior”. [8] Semelhanças com nossa realidade brasileira, sob Bolsonaro, talvez sejam mera coincidência.



Será exagero dizer que estamos indo rumo ao abismo, eu queria dizer rumo ao fascismo? Como funciona o fascismo? Jason Stanley nos ensina que “A política fascista inclui muitas estratégias diferentes: o passado mítico, propaganda, anti-intelectualismo, irrealidade, hierarquia, vitimização, lei e ordem, ansiedade sexual, apelos à noção de pátria e desarticulação da união e do bem-estar público”. [9] Parece-me que vários desses ingredientes fazem parte do cardápio bolsonarista.



Segundo Jason Stanley: “A política fascista pode desumanizar grupos minoritários mesmo quando não há o surgimento de um Estado explicitamente fascista. O sintoma mais marcante da política fascista é a divisão. Destina-se a dividir uma população em “nós” e “eles”. Muitos tipos de movimentos políticos envolvem tal divisão”. [10]



Ainda segundo os estudos de Jason Stanley os fascistas buscam reescrever a compreensão geral da população sobre a realidade, promovendo sua ideologização reacionária por meio da linguagem, “por meio da propaganda e promovendo o anti-intelectualismo, atacando universidades e sistemas educacionais que poderiam contestar suas ideias. Depois de um tempo, com essas técnicas, a política fascista acaba por criar um estado de irrealidade, em que as teorias da conspiração e as notícias falsas tomam o lugar do debate fundamentado”. [11]



A questão amazônica, com o desmatamento se alastrando como um rastilho de pólvora, provoca a atenção e apreensão de nós brasileiros e de todo o mundo. O governo Bolsonaro, com seu peculiar desdém pela verdade, vai, como lhe é próprio, espalhando fake news e desacreditando dados científicos e oficiais sobre o ecocídio em marcha. “O governo está em maus lençóis”, como registrou Klemperer do dia 27 de maio de 1933, se referindo ao governo nazista: “O governo está em maus lençóis. Do exterior, “propaganda das atrocidades” devido a sua campanha contra os judeus. O governo omite desmentidos constantes, não há pogroms, e manda associações judaicas divulgarem negativas. Por outro lado, ameaça abertamente agir contra os judeus alemães caso a agitação subversiva do judaísmo internacional não pare. Nesse ínterim, no país não há derreamento de sangue, apenas opressão, opressão, opressão. Ninguém mais respira livremente, não há liberdade de palavra, nem imprensa, nem fala.” [12] É só trocarmos algumas palavras e somos transportados para o presente momento brasileiro.



Aos 7 de abril de 1933, ainda no primeiro ano da triste era Hitler, que durará doze anos, mais um registro angustiado de Klemperer: “A pressão que me oprime é maior do que a da guerra e pela primeira vez na minha vida sinto ódio político por todo um grupo (o que não aconteceu na guerra), ódio mortal… Hoje (isso varia diariamente) já não estou certo de que a catástrofe virá logo”. [13] É impressionante a acuidade com que Klemperer capta os sinais do que está por vir.




Em 20 de abril de 1933 mais uma anotação atormentada: “Estou quase acreditando que não vou sobreviver ao fim desta tirania. E já estou quase acostumado à situação de ausência de direitos. Já não sou alemão e ariano, e sim judeu, e devo ficar agradecido se me deixarem vivo. Genial como eles entendem de propaganda. Anteontem, vimos (e ouvimos), no cinema, como Hitler passa as tropas em revista: a massa dos homens da SA diante dele, diante de seu púlpito, há meia dúzia de microfones que espalharão suas palavras a seiscentos mil homens da SA em todo o terceiro Reich – percebe-se sua onipotência e todos se curvam”. [14]



Já se fizeram analogias entre antissemitismo, na Alemanha de Hitler, e o antipetismo existente no Brasil de hoje, com enorme incremento durante a campanha à Presidência da República e sob o atual desgoverno Bolsonaro. O indigitado senhor, quando em comício, de sua campanha eleitoral, na cidade de Rio Branco, no Acre, fez gestos de arma, como se tornou corriqueiro durante toda sua campanha, muitas vezes com as mãos a simular uma arma de fogo. Naquela ocasião, no Acre, usou um tripé de câmera imitando um fuzilamento enquanto discursava em cima de um carro de som, e disse as mortíferas e ignóbeis palavras: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre”.



Em certos círculos reacionários, se confessar de esquerda ou petista representa sérios riscos à integridade física e moral. As perseguições começaram a se exasperar durante os anos que antecederam ao pleito presidencial e se acirraram com a chegada ao poder do “Terceiro Reich” tupiniquim. Professores acuados, intimidados, filmados, ameaçados, agredidos. Universidades Públicas, agora identificadas como inimigas, porque associadas, num imaginário tosco e grotesco, ao ideário de esquerda, são deixadas à míngua, sem recurso para suas mais comezinhas necessidades. Líderes de movimentos sociais sendo vitimados por todo tipo de violência, alguns, como aqueles que lutam por moradia em São Paulo, sendo jogados no cárcere, por meio de processos que se constituíram a margem da ordem legal. Indígenas sendo trucidados e suas terras invadidas ou sob constantes riscos. Creio que não é exagero a identificação com o ambiente alemão, durante os anos 30 do século XX, inventariados pelo filólogo Victor Klemperer.



Narra Klemperer, em 10 de abril de 1933: “A terrível sensação do “Graças a Deus! Estou vivo!“. A nova lei para os funcionários públicos permite-me ficar em meu posto como um soldado na frente de batalha – provavelmente, pelo menos e por enquanto. Mas, por toda a parte, açodamento, miséria, o mais puro medo. Um primo de Dember, médico em Berlim, foi arrancado de seu consultório, em mangas de camisa, e violentamente espancado; conduzido ao Hospital Humbolt, ali morreu, aos 45 anos. A Sr.ª Dember relata-nos a história, sussurrando, a portas fechadas. Fazendo isso, ela estaria espalhando “boatos alarmistas”, mentirosos, obviamente”. [15]



Em 17 de setembro de 1933 um desabafo desalentado: “A nós dois, a Eva e a mim, magoa desmedidamente o fato de a Alemanha profanar de tal modo toda a justiça e toda a cultura”. [16] Dois depois desse registro, constata: “Que manipulação das massas e que histeria! Hitler procede à benção de novas bandeiras por meio do toque com “a bandeira de sangue” de 1923. A cada toque das bandeiras, um tiro. (Eva diz: “histeria católica”).” [17]



Fiz uma incursão por uma parte ínfima dos Diários de Victor Klemperer. Todavia, penso que suficiente para estabelecer um cotejo possível entre os primeiros meses da ascensão de Hitler ao poder, com estes primeiros e desastrosos meses sob o desgoverno de Jair Bolsonaro. É possível perceber como os regimes autoritários ou fascistas ganham volume e consistência à medida que vão perpetrando seguidas e cada vez maiores transgressões à ordem legal e democrática e não encontram reação, seja dos demais poderes institucionalizados da nação, seja da sociedade civil organizada, seja de parte substancial de sua população. E quando a sociedade se apercebe já se instaurou o mais duro e ignóbil dos regimes de força. Torço por um despertar e que não demande muito mais tempo. O país não agüentaria. Espero que o texto tenha despertado o interesse de eventuais leitores, possibilitado uma visada crítica sobre este momento crucial e tenebroso da vida nacional.





Carlos Eduardo Araújo é Professor Universitário e Mestre em Teoria do Direito (PUC – MG)


https://www.justificando.com/2019/09/05 ... oritarios/

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Re: Governo Bolsonaro

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

JJ_JJ escreveu:
Sáb, 30 Maio 2020 - 12:38 pm
Estratégia fascista de Bolsonaro segue os mesmos passos de outros líderes autoritários


Arte: Marcelo Camargo/Agência Brasil



Por Carlos Eduardo Araújo



“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência.” – Marco Tulio Cícero





Marco Tulio Cícero, grande tribuno e homem público romano, disse certa vez que a história é mestra da vida. A aludida expressão foi objeto de críticas, porque se percebeu com o passar do tempo, que conhecer os erros cometidos no decorrer da história não equivaleria a inocular um antídoto para que as sociedades humanas não os repetissem, como sistematicamente o têm feito ao longo dos séculos. Apesar da advertência, ainda hoje cabível, vamos buscar em um acontecimento específico do passado inspiração para reflexões, que se fazem necessárias no presente, com a pretensão de trazer um mínimo de luzes, na tentativa de dissipar as trevas que nos envolve hodiernamente.



Todavia, não temos a pretensão de colher um ensinamento que nos “salve” de nossos desacertos e desatinos, mas para perceber como a história se repete, inexorável e infelizmente, sem deixar lições aos pósteros. Como já disse Marx “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. [1]



A Alemanha nazista, dos primeiros anos da década de 30 do século XX, guardadas as abissais diferenças que nos separam, tem muito a “ensinar” ao Brasil de hoje sobre a escalada do poder autoritário, do arbítrio, da violência, do ataque aos “inimigos”, da conspurcação das instituições, da inércia do povo em face do perigo que o espreita.



Há uma obra, de cunho testemunhal e histórico, de valor inestimável, que pode fornecer elementos para a análise e compreensão do presente momento da vida brasileira, sob o desgoverno de Jair Bolsonaro. Estou a me referir aos “Diários de Victor Klemperer”, que foram traduzidos e publicados no Brasil pela Companhia das Letras, cujo o subtítulo é “testemunho clandestino de um judeu na Alemanha Nazista”. O livro é um calhamaço de 895 páginas e cobre o período entre os anos 1933/1945, da ascensão de Hitler ao poder até o fim da segunda guerra mundial.



Victor Klemperer nasceu aos 9 de outubro de 1881, em Landsberg, na Alemanha. Era filho de um casal de primos, o rabino Wilheim Klemperer e Henriette Klemperer. Teve nove irmãos. De origem judia, ainda jovem se converteu ao Luteranismo. Era casado com Eva Klemperer, que não era judia, fato que foi determinante para fazê-lo escapar das garras do nazismo inúmeras vezes. Também contou a seu favor o fato de ter sido condecorado como soldado, que lutou nas fileiras do exército alemão, na primeira guerra mundial. Ainda assim, foi vítima de constantes humilhações e ameaças à sua integridade física e psíquica. Faleceu em Dresden, aos 11 de fevereiro de 1960.



A obra de Klemperer foi publicada logo depois do término da segunda guerra mundial, primeiramente na Alemanha Oriental. Após a reunificação da Alemanha torna-se mundialmente conhecida. Revela um testemunho de imenso valor e grande singularidade, visto que são poucos os relatos de uma testemunha ocular, como ele, que acompanhou, na condição de judeu culto e esclarecido, mesmo que convertido, o dia a dia da Alemanha sob Hitler e o nacional-socialismo.



Nesse sentido, seu testemunho difere de outros, pelo ângulo mais abrangente de visão que propicia. Há dezenas de livros publicados por pessoas que vivenciaram a trágica experiência do holocausto, formando um substancial libelo acusatório em face do nazismo. Todavia, o universo de observação desses relatos, em regra, é mais restrito, não obviamente quanto à densidade e qualidade das narrativas, apenas quanto ao espaço geográfico e sócio-cultural que abarcam.



Há testemunhos que se expressaram por meio de uma literatura de alta qualidade, como aquele que se depreende das obras do italiano Primo Levi, prisioneiro de Auschwitz, cuja visão dos acontecimentos encontra-se, contudo, restringida pelos limites do campo de concentração. Ou os diários de Anne Frank, escritos de dentro de um porão de uma casa em Amsterdã.



Os diários de Victor Klemperer atestam, efetivamente, o destino do povo judeu na Alemanha de Hitler, desde a perda dos direitos civis até a deportação e o extermínio. Tudo registrado com minúcias por um observador arguto, consciente e crítico, que foi antevendo para onde iam se dirigindo as ações e feitos maléficos do nazismo. Neles estão registrados os discursos dos líderes nazistas, as notícias sobre a guerra, as informações veladas sobre os campos de concentração, a conversa mantida na casa de amigos, enfim o dia a dia de alemães e judeus sitiados pela atmosfera plúmbea e irrespirável da Alemanha nazista daqueles tempos.



Por meio dos “Diários” tomamos contato com os atos violentos e arbitrários do nazismo e como os mesmos afetavam a vida e a saúde física e psíquica de Klemperer e sua esposa Eva, seus amigos e parentes. Os seus estados de saúde sofriam freqüentes abalos. Ele sofria de angina e problemas oculares. Em dado momento fora submetido ao trabalho forçado, de remover neve das ruas por semanas, sendo alvo de chacota e humilhação. Em seus diários encontramos registros de pensamentos de morte e a tentativa de suicídio de pessoas conhecidas.



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Victor Klemperer imaginava, a princípio, que o nacional-socialismo fosse uma loucura passageira. No entanto, sua opinião vai se transformando à medida que o regime vai sofrendo crescente embrutecimento, à medida que concessões vão sendo feitas não impedindo, antes encorajando, o exercício do terror e da violência, que vão se intensificando de forma progressiva e inexorável.



Apesar de Klemperer ter sido um judeu assimilado, não praticante do judaísmo e sim do protestantismo, perante as autoridades nazistas ele era judeu. Como diria Hannah Arendt “Os judeus haviam podido escapar do judaísmo para a conversão; mas era impossível fugir da condição de judeu”. [2]



Destarte, ele foi sofrendo um gradual processo de isolamento e segregação. Era professor catedrático na Universidade de Dresden desde 1920, onde lecionava filologia românica, sendo afastado de suas funções em 1935, dois anos depois da chegada de Hitler ao poder. Paulatinamente foi destituído de todos os direitos associados à cidadania alemã. Foi proibido de freqüentar a biblioteca da universidade e de prosseguir em suas atividades intelectuais.



Ler esses “Diários” de Victor Klemperer, nestes primeiros meses da triste era bolsonaro, é como, guardadas as incomensuráveis proporções, se mirássemos um espelho intertemporal e nos identificássemos com os acontecimentos que, gradativamente, vão corroendo a vida e a alma do povo alemão. Quantas analogias possíveis, infelizmente para nós brasileiros.



A ascensão dos nazistas ao poder se deu por meio de uma combinação de sucesso eleitoral (à base de muita distorção e mentira) e grande violência política nos anos da grande depressão econômica de 1929 a 1933. Os nazistas formavam um grupo de pessoas amalucadas, que nutriam ideias racistas, posturas violentas, teorias da conspiração, muito ódio e sede de poder. Um ajuntamento de pessoas medíocres e ressentidas. Em muito pouco tempo conseguiram estabelecer uma ditadura de partido único na Alemanha, suprimindo, com brutalidade, potenciais e efetivos adversários, com ínfima resistência do povo alemão.



Quando Victor Klemperer começa redigir seus diários, em 14 de janeiro de 1933, a Alemanha já estava infiltrada com o germe daquilo que seria a selvageria do regime fascista alemão. A Klemperer não falta sensibilidade e acuidade para perceber a atmosfera que se vai formando. Escreve neste dia: “As angústias do ano novo, as mesmas de antes: a casa, temperaturas abaixo de zero, perda de tempo, perda de dinheiro, nenhuma possibilidade de crédito, a teimosia de Eva em relação à casa e seu desespero crescente. Ainda vamos afundar com essa história. Já pressinto isso, e sinto-me desamparado”. [3]



Pouco mais de um mês depois, no dia 21 de fevereiro, continua suas elucubrações: “Há mais ou menos três semanas, depressão devido ao regime reacionário. Não escrevo aqui história contemporânea. Porém, minha amargura, mais profunda do que jamais poderia imaginar senti-la, esta sim quero deixar anotada. É uma vergonha que a cada dia se torna pior. E todos se calam e baixam a cabeça, principalmente os judeus e sua imprensa democrática. Uma semana depois da nomeação de Hitler estivemos (no dia 5 de fevereiro) em casa dos Blumenfeld junto com Raab. Raab, o falastrão, economista, presidente do clube Humbolt, fez um longo discurso e explicou que se deveriam eleger os nacionais-alemães, para fortalecer a ala direita da coalização. Opus-me exasperadamente a ele. Mais interessante foi a sua opinião de que Hitler vai acabar num delírio religioso… O que mais perturba é nossa cegueira diante dos acontecimentos, e como ninguém tem noção da verdadeira divisão do poder”. [4]



Também, no caso brasileiro, o que mais perturba são nossa cegueira e passividade diante dos graves acontecimentos decorrentes dos quase oito meses do insano governo Bolsonaro, que segue em sua sanha destrutiva por todos os quadrantes da vida nacional. Destruição de nossos direitos a uma previdência social pública, destruição dos nossos direitos trabalhistas, da nossa educação pública de qualidade, do nosso direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado (com a destruição da Amazônia em curso acelerado). Some-se a isso a entrega de nossas riquezas, a escalada da violência institucionalizada, o recrudescimento da violência urbana, a perseguição a grupos defensores dos direitos humanos, os ataques aos movimentos sociais, aos LGBTI, aos quilombolas, aos indígenas, sem que panelas tilintem, sem que brasileiros, tão ciosos do seu verde e amarelo, esbocem reação. Nepotismo e corrupção sendo naturalizados e nada! Tudo tão desolador, tudo tão carregado de angústia, de tamanha letargia, de desalentado desamparo, de atormentado desespero.



Voltemos aos “Diários” de Klemperer e suas inquietações. Será que guardam alguma relação com as nossas? No dia 10 de março de 1933 escreve ele: “Hitler chanceler. O que denominei terror até o domingo da eleição, 5 de março, foi um prélude suave. Repete-se agora exatamente, apenas com outros sinais – com a suástica –, a situação de 1918. Mais uma vez, é surpreendente como tudo desmorona sem reação. Onde está a Baviera, onde está a bandeira do Reich etc. etc? Oito dias antes da eleição, aquele episódio grosseiro do incêndio do Reichstag, do Parlamento – não consigo imaginar que alguém realmente acredite em autoria comunista, em vez de trabalho encomendado pela SS. Logo em seguida, a selvageria das proibições e das agressões. E, além de tudo, a propaganda ilimitada pelas ruas, pelo rádio etc. No sábado, dia 4, ouvi um trecho do discurso de Hitler em Konigsberg. O hotel da estação, uma das fachadas iluminadas, desfile de tochas em frente, tocheiros e suportes para bandeiras com a suástica nas sacadas, e microfones. Só consegui ouvir palavras isoladas. Mas o tom! A gritaria patética – realmente gritaria – de um fanático religioso”. [5]



É curioso, para dizer o mínimo, o entorpecimento da sociedade brasileira, excetuando algumas minorias esclarecidas, que sozinhas pouco podem, em face das agressões diuturnamente perpetradas pelo desgoverno Bolsonaro, com seu séquito de ministros pândegos e aparvalhados. Com sua militância estulta e hidrófoba. Transpondo a fala de Klemperer para a atual realidade brasileira, podemos dizer: é surpreendente como tudo desmorona sem reação.



Como as tiranias se repetem. Como os ditadores guardam tanta similitude entre si, no longo decurso da história! Não há como não nos lembrarmos dos famosos discursos de Cícero, que viveu no século I a.C., contra Catilina. Bolsonaro é o nosso Catilina: “Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos. Mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente. Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado. E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo e oculto na noite para demolir as fundações da nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe. Deve-se temê-lo mais que a um assassino.” [6]



Regressemos ao indignado e amargo testemunho de Klemperer. Ainda no dia 10 de março de 1933 anota: “Desde então, dia a dia, comissários, governos desestruturados, bandeiras nazistas hasteadas, casas ocupadas, pessoas fuziladas, proibições etc. etc. ontem, “por ordem do Partido Nazista” – nem ao menos por ordem do governo –, demissão do dramaturgo Karl Wolff; hoje, de todo o ministério saxão etc. etc. Revolução total e ditadura do partido. E todas as forças de oposição desapareceram do mapa. [7]



Em 20 de março de 1933 assenta: “Cada ato, notícia etc. do governo é ainda mais vergonhoso do que o anterior”. [8] Semelhanças com nossa realidade brasileira, sob Bolsonaro, talvez sejam mera coincidência.



Será exagero dizer que estamos indo rumo ao abismo, eu queria dizer rumo ao fascismo? Como funciona o fascismo? Jason Stanley nos ensina que “A política fascista inclui muitas estratégias diferentes: o passado mítico, propaganda, anti-intelectualismo, irrealidade, hierarquia, vitimização, lei e ordem, ansiedade sexual, apelos à noção de pátria e desarticulação da união e do bem-estar público”. [9] Parece-me que vários desses ingredientes fazem parte do cardápio bolsonarista.



Segundo Jason Stanley: “A política fascista pode desumanizar grupos minoritários mesmo quando não há o surgimento de um Estado explicitamente fascista. O sintoma mais marcante da política fascista é a divisão. Destina-se a dividir uma população em “nós” e “eles”. Muitos tipos de movimentos políticos envolvem tal divisão”. [10]



Ainda segundo os estudos de Jason Stanley os fascistas buscam reescrever a compreensão geral da população sobre a realidade, promovendo sua ideologização reacionária por meio da linguagem, “por meio da propaganda e promovendo o anti-intelectualismo, atacando universidades e sistemas educacionais que poderiam contestar suas ideias. Depois de um tempo, com essas técnicas, a política fascista acaba por criar um estado de irrealidade, em que as teorias da conspiração e as notícias falsas tomam o lugar do debate fundamentado”. [11]



A questão amazônica, com o desmatamento se alastrando como um rastilho de pólvora, provoca a atenção e apreensão de nós brasileiros e de todo o mundo. O governo Bolsonaro, com seu peculiar desdém pela verdade, vai, como lhe é próprio, espalhando fake news e desacreditando dados científicos e oficiais sobre o ecocídio em marcha. “O governo está em maus lençóis”, como registrou Klemperer do dia 27 de maio de 1933, se referindo ao governo nazista: “O governo está em maus lençóis. Do exterior, “propaganda das atrocidades” devido a sua campanha contra os judeus. O governo omite desmentidos constantes, não há pogroms, e manda associações judaicas divulgarem negativas. Por outro lado, ameaça abertamente agir contra os judeus alemães caso a agitação subversiva do judaísmo internacional não pare. Nesse ínterim, no país não há derreamento de sangue, apenas opressão, opressão, opressão. Ninguém mais respira livremente, não há liberdade de palavra, nem imprensa, nem fala.” [12] É só trocarmos algumas palavras e somos transportados para o presente momento brasileiro.



Aos 7 de abril de 1933, ainda no primeiro ano da triste era Hitler, que durará doze anos, mais um registro angustiado de Klemperer: “A pressão que me oprime é maior do que a da guerra e pela primeira vez na minha vida sinto ódio político por todo um grupo (o que não aconteceu na guerra), ódio mortal… Hoje (isso varia diariamente) já não estou certo de que a catástrofe virá logo”. [13] É impressionante a acuidade com que Klemperer capta os sinais do que está por vir.




Em 20 de abril de 1933 mais uma anotação atormentada: “Estou quase acreditando que não vou sobreviver ao fim desta tirania. E já estou quase acostumado à situação de ausência de direitos. Já não sou alemão e ariano, e sim judeu, e devo ficar agradecido se me deixarem vivo. Genial como eles entendem de propaganda. Anteontem, vimos (e ouvimos), no cinema, como Hitler passa as tropas em revista: a massa dos homens da SA diante dele, diante de seu púlpito, há meia dúzia de microfones que espalharão suas palavras a seiscentos mil homens da SA em todo o terceiro Reich – percebe-se sua onipotência e todos se curvam”. [14]



Já se fizeram analogias entre antissemitismo, na Alemanha de Hitler, e o antipetismo existente no Brasil de hoje, com enorme incremento durante a campanha à Presidência da República e sob o atual desgoverno Bolsonaro. O indigitado senhor, quando em comício, de sua campanha eleitoral, na cidade de Rio Branco, no Acre, fez gestos de arma, como se tornou corriqueiro durante toda sua campanha, muitas vezes com as mãos a simular uma arma de fogo. Naquela ocasião, no Acre, usou um tripé de câmera imitando um fuzilamento enquanto discursava em cima de um carro de som, e disse as mortíferas e ignóbeis palavras: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre”.



Em certos círculos reacionários, se confessar de esquerda ou petista representa sérios riscos à integridade física e moral. As perseguições começaram a se exasperar durante os anos que antecederam ao pleito presidencial e se acirraram com a chegada ao poder do “Terceiro Reich” tupiniquim. Professores acuados, intimidados, filmados, ameaçados, agredidos. Universidades Públicas, agora identificadas como inimigas, porque associadas, num imaginário tosco e grotesco, ao ideário de esquerda, são deixadas à míngua, sem recurso para suas mais comezinhas necessidades. Líderes de movimentos sociais sendo vitimados por todo tipo de violência, alguns, como aqueles que lutam por moradia em São Paulo, sendo jogados no cárcere, por meio de processos que se constituíram a margem da ordem legal. Indígenas sendo trucidados e suas terras invadidas ou sob constantes riscos. Creio que não é exagero a identificação com o ambiente alemão, durante os anos 30 do século XX, inventariados pelo filólogo Victor Klemperer.



Narra Klemperer, em 10 de abril de 1933: “A terrível sensação do “Graças a Deus! Estou vivo!“. A nova lei para os funcionários públicos permite-me ficar em meu posto como um soldado na frente de batalha – provavelmente, pelo menos e por enquanto. Mas, por toda a parte, açodamento, miséria, o mais puro medo. Um primo de Dember, médico em Berlim, foi arrancado de seu consultório, em mangas de camisa, e violentamente espancado; conduzido ao Hospital Humbolt, ali morreu, aos 45 anos. A Sr.ª Dember relata-nos a história, sussurrando, a portas fechadas. Fazendo isso, ela estaria espalhando “boatos alarmistas”, mentirosos, obviamente”. [15]



Em 17 de setembro de 1933 um desabafo desalentado: “A nós dois, a Eva e a mim, magoa desmedidamente o fato de a Alemanha profanar de tal modo toda a justiça e toda a cultura”. [16] Dois depois desse registro, constata: “Que manipulação das massas e que histeria! Hitler procede à benção de novas bandeiras por meio do toque com “a bandeira de sangue” de 1923. A cada toque das bandeiras, um tiro. (Eva diz: “histeria católica”).” [17]



Fiz uma incursão por uma parte ínfima dos Diários de Victor Klemperer. Todavia, penso que suficiente para estabelecer um cotejo possível entre os primeiros meses da ascensão de Hitler ao poder, com estes primeiros e desastrosos meses sob o desgoverno de Jair Bolsonaro. É possível perceber como os regimes autoritários ou fascistas ganham volume e consistência à medida que vão perpetrando seguidas e cada vez maiores transgressões à ordem legal e democrática e não encontram reação, seja dos demais poderes institucionalizados da nação, seja da sociedade civil organizada, seja de parte substancial de sua população. E quando a sociedade se apercebe já se instaurou o mais duro e ignóbil dos regimes de força. Torço por um despertar e que não demande muito mais tempo. O país não agüentaria. Espero que o texto tenha despertado o interesse de eventuais leitores, possibilitado uma visada crítica sobre este momento crucial e tenebroso da vida nacional.





Carlos Eduardo Araújo é Professor Universitário e Mestre em Teoria do Direito (PUC – MG)


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É desolador que a sociedade considere Bolsonaro um mito
Tantos brasileiros quanto o possível devem ler este texto.

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Pedro Reis escreveu:
Sáb, 30 Maio 2020 - 20:27 pm
Tantos brasileiros quanto o possível devem ler este texto.

Infelizmente não temos cem mil robôs e/ou dinheiro para pagar empresas que possam impulsionar esta mensagem em milhares de grupos de WhatsApp e outras redes.


:geek:



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JJ_JJ
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Em mensagem a ministros, Celso de Mello cita Hitler e teme intervenção militar iminente

Brasil 31.05.20 10:19


Em mensagem enviada aos ministros do STF nesta madrugada, Celso de Mello citou Hitler e alertou para uma intervenção militar iminente, segundo Diego Escosteguy.

“É preciso resistir à destruição da ordem democrática, para evitar o que ocorreu na República de Weimar, quando Hitler não hesitou em romper e nulificar a progressista, democrática e inovadora Constituição de Weimar”, escreveu o ministro.


Eis a íntegra:

“GUARDADAS as devidas proporções, O “OVO DA SERPENTE”, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933) , PARECE estar prestes a eclodir NO BRASIL! É PRECISO RESISTIR À DESTRUIÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA, PARA EVITAR O QUE OCORREU NA REPÚBLICA DE WEIMAR QUANDO HITLER, após eleito por voto popular e posteriormente nomeado pelo Presidente Paul von Hindenburg, em 30/01/1933, COMO CHANCELER (Primeiro Ministro) DA ALEMANHA (“REICHSKANZLER”), NÃO HESITOU EM ROMPER E EM NULIFICAR A PROGRESSISTA DEMOCRÁTICA E INOVADORA CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR, de 11/08/1919 , impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição, em março de 1933, da LEI (nazista) DE CONCESSÃO DE PLENOS PODERES (ou LEI HABILITANTE) que lhe permitiu legislar SEM a intervenção do Parlamento germânico!!!! ‘INTERVENÇÃO MILITAR’, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, NADA MAIS SIGNIFICA, na NOVILÍNGUA bolsonarista, SENÃO A INSTAURAÇÃO , no Brasil, DE UMA DESPREZÍVEL E ABJETA DITADURA MILITAR !!!!”


https://www.oantagonista.com/brasil/em- ... ente/?desk

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A mensagem de Celso de Mello é inoportuna; Bolsonaro deve ter gostado

Brasil 31.05.20 16:18

A mensagem de Celso de Mello a ministros do STF neste madrugada foi inoportuna tanto do ponto de vista jurídico como político.

Ela pode ensejar que Jair Bolsonaro requeira a suspeição de Celso de Mello como relator do inquérito que investiga a suposta interferência política da Polícia Federal.

Como é praticamente impossível que o decano se declare suspeito, se a PGR denunciar Bolsonaro e o inquérito se transformar em processo, o presidente da República poderá afirmar que está sendo julgado por um juiz que o comparou, “guardadas as devidas proporções”, a ninguém menos do que Adolf Hitler. Ou seja, servirá para reforçar o discurso das hostes bolsonaristas que tenta deslegitimar o STF.

Celso de Mello deve ter ficado impressionado com a presepada da turma da militante Sara Winter, em frente ao STF, com tochas que lembravam as cenografias do Terceio Reich. Compreende-se. Mas é preciso ser menos impressionável neste momento.

Celso de Mello fez o que Bolsonaro gostaria que ele fizesse.


https://www.oantagonista.com/brasil/a-m ... tado/?desk

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Mensagem por JJ_JJ »

Globo propõe diálogo nacional para superar ameaças bolsonaristas


Jornal dos Marinho sugere a criação de uma frente democrática, com todas as forças que respeitem a democracia
31 de maio de 2020, 06:48 h Atualizado em 31 de maio de 2020, 07:44


(Foto: PR | Reprodução)


247 – "Nestes 32 anos de vigência da Constituição de 1988 e nos 35 da saída dos militares do Planalto, não houve momentos em que a estabilidade democrática parecesse estar por um fio", aponta editorial do jornal O Globo, deste domingo. "Mas Jair Bolsonaro e o que pensa, quem o cerca e a conjuntura histórica em que país e mundo se encontram passaram a ser a maior ameaça à democracia brasileira neste período de uma geração. Ter a extrema direita no Planalto, na democracia, é uma experiência nova que gera enormes pressões sobre todos os poderes republicanos", aponta o editorialista.


"A sociedade precisa encontrar a saída de uma situação em que crises provocadas pelo presidente se sucedem e são amplificadas por manifestações, concentradas em Brasília nas últimas semanas, nada expressivas, mas causadoras de intranquilidades, pois são potencializadas por milícias digitais. Tudo transcorre numa séria crise humanitária, social e de saúde pública, em que o número de mortes já se aproxima dos 30 mil, e dentro de uma hecatombe econômica. São ingredientes que favorecem a quem deseja criar o caos para dele se aproveitar", prossegue o texto.

"É preciso reaprender com a História e voltar a costurar o entendimento entre forças democráticas — mesmo com nuances —, como na década de 70 e início dos anos 1980, desta vez para proteger a Constituição de 1988, que tem garantido anos de estabilidade, sem a qual o Brasil se tornará um pária no mundo. As pressões bolsonaristas contra o Supremo são um ataque à Carta. Mas o país tem a vantagem de contar com instituições edificadas. Não se trata mais de enfrentar a ditadura de Getúlio nem a dos generais. Trata-se de sustentar a democracia, na qual há espaço para todos", finaliza o editorial.


https://www.brasil247.com/midia/globo-p ... sonaristas

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Mensagem por JJ_JJ »

Carvalhosa chama de “golpista” interpretação de Ives Gandra Martins

Brasil 31.05.20 06:40


Até o jurista Modesto Carvalhosa, que já pediu impeachment de ministros do STF, considerou “golpista” a interpretação feita por Ives Gandra Martins do artigo 142 da Constituição Federal, compartilhada por Jair Bolsonaro e bolsonaristas para intimidar o Supremo.

“O art. 142 da CF coloca as Forças Armadas a serviço da manutenção da lei e da ordem a pedido de qualquer um dos três Poderes. Não dá prerrogativa de o Exército intervir no STF. O povo brasileiro não admite essa interpretação golpista”, escreveu Carvalhosa no Twitter.


https://www.oantagonista.com/brasil/car ... tins/?desk

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Mensagem por JJ_JJ »

Falta um líder, uma palavra de ordem e povo na rua

"Falta uma palavra de ordem – Democracia Sempre? Democracia Já? Fora Bolsonaro? -, um líder gigante, que Rodrigo Maia não será e povo na rua, quando a epidemia permitir", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
31 de maio de 2020, 12:25 h Atualizado em 31 de maio de 2020, 12:26

(Foto: Alan Santos - PR)
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia


Estava demorando, mas finalmente começam a pipocar manifestos da sociedade civil organizada contra a escalada autoritária de Bolsonaro.

Ontem, os jornalões publicaram um abaixo-assinado sob o título “Somos muitos”, com centenas de nomes de atores, atrizes, cantores, cantoras, pintores, políticos, empresários, jornalistas, advogados de ideologias diferentes, que vão da direita democrática à esquerda, de Lobão a Caetano Veloso, de Luciano Huck a Fernando Haddad que se reúnem no “Movimento Estamos Juntos”.

“Como aconteceu no movimento Diretas Já” diz o texto “é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias, o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia”.

Hoje, de novo nos principais jornalões, texto de página inteira com o título “Basta”!, assinada por mais de 600 advogados e juristas, de A a Z diz que “o Brasil, suas instituições, seu povo não podem continuar a ser agredidos por alguém que, ungido democraticamente ao cargo de presidente da República, exerce o nobre mandato que lhe foi conferido para arruinar com os alicerces de nosso sistema democrático, atentando, a um só tempo, contra os Poderes Legislativo e Judiciário, contra o estado de Direito, contra a saúde dos brasileiros”.

“Nós, profissionais do direito, dos mais diferentes matizes políticos e ideológicos, os que vivem a primavera de suas carreiras, os que chegam ao outono de suas vidas profissionais, todos nós acreditamos que é preciso dar um basta a esta noite de terror com que se está pretendendo cobrir este país”, conclui o manifesto.


Editorial de “O Globo”, de hoje, vai na mesma direção, dizendo que “os democratas precisam conversar”.

Já não era sem tempo, desde o início desse governo os democratas deveriam ter sentado para conversar entre si e enfrentar em bloco os arroubos autoritários de Bolsonaro em vez de dispender energias e provocar fissuras em suas fileiras procurando culpados pela derrota.

Já sabiam que Bolsonaro queria levar o país à mesma ditadura implantada em 1964 e que só foi derrotada em 1984, quando todos os democratas – de esquerda, de direita e do centro - se uniram contra ela.


Mas, antes tarde do que nunca. Reeditar as Diretas Já é uma boa ideia. Então vamos lembrar como o movimento nasceu. Quem o criou foram os dez governadores de oposição eleitos em 1982, mais precisamente o governador paulista, Franco Montoro, porque somente eles tinham como bancar uma campanha caríssima, com deslocamentos e comícios em todo o país, que arrastaram multidões.

Eis a primeira diferença. A Diretas Já foi criada por políticos que não suportavam mais o jugo militar e depois adotada pela sociedade civil, enquanto o movimento atual parte da sociedade civil e tenta conquistar os políticos, que aparecem em pequeno número no “Movimento Estamos Juntos”.

Outra lição de 1984: para ser forte, o movimento tem que ser coeso, amplo e unificado, por isso não é legal um manifesto se chamar “Somos muitos” e outro “Basta”! O ideal seria haver uma palavra de ordem que unisse todos – artistas, jornalistas, políticos, advogados – como foi na Diretas Já. O nome, o símbolo e até a cor não surgiram do nada, foram criadas por um coletivo de talentosos publicitários.

Mas o elemento mais decisivo para a Diretas Já ter sido o maior movimento cívico do Brasil desde a campanha da abolição da escravatura foi ele ter tido um líder. Um líder gigante chamado Ulysses Guimarães, que tinha, além das características pessoais, muito poder: era o presidente da Câmara dos Deputados.

Sem armas e sem medo, só com a força do povo, Ulysses enfrentou e derrotou o poder armado.

Há quem diga que o movimento fracassou porque a emenda das Diretas Já não vingou no Congresso Nacional, mas o fato é que ele determinou a derrota da ditadura na eleição do Colégio Eleitoral, logo a seguir.

Falta, portanto, uma palavra de ordem – Democracia Sempre? Democracia Já? Fora Bolsonaro? -, um líder gigante, que Rodrigo Maia não será e povo na rua, quando a epidemia permitir.

https://www.brasil247.com/blog/falta-um ... ovo-na-rua

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

JJ_JJ escreveu:
Dom, 31 Maio 2020 - 20:25 pm
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Posso até concordar com o artigo em questão, mas o site Brasil 247 é uma péssima referência.

Re: Governo Bolsonaro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Alguém comentou que as manifestações de 2013 foram feitas por gente sem objetivos claros e que só queria sentir-se melhor porque tinha "participado". Responderam:
Povo na rua não é greve de sindicato com pauta organizada e reivindicações enumeradas. Povo na rua é pressão. É a massa descontente com o governo, ponto. E em 2013 era muita gente descontente, e ainda não tinha rolado a cisão política.

Essa polarização irracional de agora nasceu a partir daquele momento, quando Lula entendeu o tamanho do movimento que tinha contra o governo Dilma e, esperta e inacreditavelmente, conseguiu virar o jogo a seu favor criando a narrativa de que quem estava descontente era a “elite branca que não quer ver pobre andar de avião.”

Você deve lembrar. Dilma foi reeleita porque infiltraram os baderneiros pra esvaziar os protestos, compraram os blogueiros (com o nosso dinheiro), maquiaram os números da economia e criaram as piores fake news pra desancar os concorrentes na eleição.

De lá pra cá, as práticas populistas só se aperfeiçoaram na tecnologia e na baixaria, e aí uma grande parte do Brasil resolveu acreditar que só há duas opções políticas, PT ou Bolsonaro - a pior escumalha de um lado e a pior escumalha do outro.

Chega, é hora de buscar a sensatez, a competência, o espírito público, a visão de futuro, e a população que não apóia esse governo escabroso, 70% do país, precisa se unir em prol disso.

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Fernando Silva escreveu:
Seg, 01 Junho 2020 - 09:33 am
JJ_JJ escreveu:
Dom, 31 Maio 2020 - 20:25 pm
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Mensagem por Agnoscetico »

NO AR. Fotos de ato contra Bolsonaro não mostram que manifestantes apoiam nazismo.

https://twitter.com/aosfatos/status/1267552545108635650


Imagem

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Guerra cultural – como inventar inimigos e manipular pessoas




O escritor George Orwell, pouco antes do final da II Guerra Mundial, criou uma fábula para contar a revolução bolchevique que implantou um comunismo na Rússia e seus desdobramentos. No livro A Revolução dos Bichos somos apresentados aos animais da Granja do Solar, que cansados da exploração dos humanos, fazem uma revolução proletária, que começa romântica, igualitária e fraterna, e vai ficando cada vez mais sombria, autoritária e violenta.

O mote principal da narrativa é mostrar a receita do totalitarismo (que funciona para qualquer ideologia política). Elege-se um inimigo externo (os humanos, no caso da fábula), inventa-se um inimigo interno (um animal traidor do movimento), pela causa se incentiva que todos os cidadãos se vigiem e se denunciem mutuamente, elege-se uma casta de líderes defensores dos valores da causa e cria-se uma força policial (a KGB no mundo real) que pune rigorosamente todos aqueles que se opuserem ao regime (mesmo sem provas, já que basta a delação do vizinho ou a convicção do juiz). O medo de ser injustamente denunciado, o terror de não saber o que é verdade e o que é mentira, faz com que todos se agarrem a um fanatismo que os transforma em massa de manobra.

Essa mesma receita foi usada pelo nazismo (que aliás se opunha ao comunismo e o combatia). Também um inimigo externo (judeus que na verdade eram internos e externos ao mesmo tempo), só que aqui com um viés nacionalista (povo alemão = raça pura). Uma força policial (SS), uma política de extermínio (limpeza étnica), tudo baseado em notícias e narrativas falsas. Ao longo do século XX, a “receita” foi se aperfeiçoando, se infiltrando na cultura (que agora é globalizada), e hoje aparece em teorias conspiratórias que servem de estratégia para as guerras culturais do século XXI.

A teoria da conspiração segue a cartilha de sistema fechado do totalitarismo, mas com características peculiares – o inimigo é invisível (um grupo que trabalha nas sombras manipulando as massas ou os acontecimentos históricos). Qualquer fato que prove que a conspiração é uma mentira é imediatamente usado para reafirmar a teoria que se retroalimenta e passa a ser um ato de fé daqueles que a seguem. Funciona assim – se eu afirmo que forças ocultas estão controlando um determinado assunto e eu digo que vou expor essa manipulação, qualquer coisa que venha a dar errado nessa minha tentativa de expor a verdade será vista como resultado da ação sabotadora dessas forças ocultas (e não resultado da inexistência de uma conspiração). Se existe uma sabotagem deliberada, existe a conspiração. Minha tentativa frustrada de provar que a conspiração é real é a prova da realidade dela. Isso faz com que seja impossível provar a teoria da conspiração, ou então que seja impossível descartá-la. Os fatos que negam a teoria passam a ser vistos não como fatos mas como uma outra teoria que usa as mesmas estratégias de dissimulação e relativização da verdade.

Usando essa tática de guerrilha de ideias já se tentou negar o Holocausto (assistam ao filme Negação para saber mais), já se atribuiu o controle do sistema financeiro mundial aos Templários / Maçonaria / Iluminatti que, além de tudo, desenvolvem patologias em laboratório para exterminar parte da população. O livro Os Protocolos dos Sábio do Sião foi uma dessas histórias fabricadas que serviu como “prova” para a escolha dos judeus como inimigos pelos nazistas. Hoje com a ascensão do conservadorismo político, a narrativa conspiratória é a que diz que a Escola de Frankfurt (de intelectuais na maioria judeus, que fugiram do nazismo e desenvolveram suas ideias nos Estados Unidos), juntou ideias marxistas com psicanálise e psicologia para doutrinar as massas e destruir o capitalismo ocidental. É dessa teoria da conspiração que derivam a “ideologia de gênero” que quer destruir a família tradicional burguesa, a doutrinação marxista que quer destruir os valores morais cristãos da sociedade (aqui entra a Escola sem Partido). E ainda tem as que falam de raças alienígenas infiltradas, URSAL, crianças índigo, data limite, etc.

Por mais que pareça complexo, a estrutura por trás desses sistemas fechados é bastante simples – eu sou bom e o outro é mau. A polarização é tamanha que é muito comum o “bem” começar o argumento contra o inimigo dizendo que antes de tudo é preciso ficar atento porque os maus vão acusar os bons de serem maus, e que essa acusação é a prova de que eles são maus (só que se por um instante você imaginar que quem está dizendo isso é na verdade alguém mau, é impossível saber a verdade).

Mas então como não inventar inimigos e enganar pessoas? Como não comprar uma narrativa fechada que se fortalece com as críticas e trata seus adeptos como fiéis de uma crença religiosa? A resposta é trabalhosa – precisamos entender que as coisas são complexas. Todas as teorias da conspiração, totalitarismos e fake news se baseiam em verdades para construir uma base crível para seus vôos delirantes. Separar o que é fato do que é ficção não é tarefa rápida, mas é possível para qualquer pessoa. Hoje, o acesso à informação, que causa tanta desinformação, também nos abre para um mundo de conhecimentos sólidos e bastante aprofundados.

Esse vídeo, por exemplo, do canal Leitura ObrigaHistória, que mostra com detalhes as diferenças e as nuances entre os conceitos de Esquerda e Direita, deixa claro que o debate raso e emocional das redes sociais não tem sentido nem verdade. No whatsapp, o mesmo jornal um dia é de esquerda e no outro é de direita, ao vento dos humores de quem escreve e vitaliza o meme. Vejam como o Icles Rodrigues nos apresenta o assunto:


O mesmo George Orwell escreveu poucos anos depois de A Revolução dos Bichos, seu magistral livro – 1984. Nele, o autor imagina o futuro do totalitarismo, onde câmeras e telas controlariam cada gesto cada pensamento de seus cidadãos. Na sequência de abertura de uma adaptação para o cinema (que foi feito no mesmo ano do nome do filme), vemos o uso do patriotismo (hino, bandeira) para criar a sensação de pertencimento, nomeia-se o inimigo externo (Eurásia) e a guerra (inventada), incentiva-se o ódio ao inimigo interno (Goldstein – não por acaso um nome judaico), terminando com a imagem do grande líder (o Grande Irmão – Big Brother), que olha por todos, que faz o papel de pai para aquela massa de adultos infantilizados.


Na história a novalíngua (conjunto reduzido de vocabulário imposto pelo grande irmão para restringir o pensamento das pessoas), expressa o lema do partido – Guerra é Paz! Liberdade é Escravidão! Ignorância é Força! A profunda contradição é a marca do sistema fechado do totalitarismo. E nós nos entregamos de corpo e alma porque somos guiados pela irracional necessidade de pertencimento, pela busca por um pai que nos dê aprovação. Entregamo-nos às sombras com as melhores e mais puras intenções. Já passou da hora de amadurecermos.


https://bloguniversidadelivrepampedia.c ... r-pessoas/

Re: Governo Bolsonaro

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Mensagem por Agnoscetico »

Se é fake ou não, não sei:

Grupo hacker expõe dados pessoais de Bolsonaro, filhos e aliados


https://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a- ... iados.html

Re: Governo Bolsonaro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

JJ_JJ escreveu:
Seg, 01 Junho 2020 - 12:19 pm
Fernando Silva escreveu:
Seg, 01 Junho 2020 - 09:33 am
JJ_JJ escreveu:
Dom, 31 Maio 2020 - 20:25 pm
Siga o Brasil 247 no Google News Assine a Newsletter 247
Posso até concordar com o artigo em questão, mas o site Brasil 247 é uma péssima referência.
E o site Antagonista para você é de boa ? :D

Eu coloco também notícias deles. :mrgreen:
Não confio totalmente no Antagonista, mas quase nada no Brasil 247.

Re: Governo Bolsonaro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 02 Junho 2020 - 10:32 am
Se é fake ou não, não sei:

Grupo hacker expõe dados pessoais de Bolsonaro, filhos e aliados


https://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a- ... iados.html
Não há motivos para acreditar em que esse povo sequer saiba como se proteger dos hackers.

E, se os dados estavam em alguma base de dados do governo, também não dá para acreditar que a segurança esteja em boas mãos.

Na verdade, esse tipo de informação é vulnerável aos hackers, só que apenas quem está em evidência terá seus dados publicados no Twitter por inimigos.

Lembro que, há mais de 10 anos, eram vendidos CDs com os dados do IRPF de milhões de pessoas na Rua Santa Efigênia, em S.Paulo. Não sei se a coisa continua.

Re: Governo Bolsonaro

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Mensagem por Agnoscetico »

Fernando Silva escreveu:
Ter, 02 Junho 2020 - 14:50 pm
Agnoscetico escreveu:
Ter, 02 Junho 2020 - 10:32 am
Se é fake ou não, não sei:

Grupo hacker expõe dados pessoais de Bolsonaro, filhos e aliados


https://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a- ... iados.html
Não há motivos para acreditar em que esse povo sequer saiba como se proteger dos hackers.

E, se os dados estavam em alguma base de dados do governo, também não dá para acreditar que a segurança esteja em boas mãos.

Na verdade, esse tipo de informação é vulnerável aos hackers, só que apenas quem está em evidência terá seus dados publicados no Twitter por inimigos.

Lembro que, há mais de 10 anos, eram vendidos CDs com os dados do IRPF de milhões de pessoas na Rua Santa Efigênia, em S.Paulo. Não sei se a coisa continua.
Não sei qual nível de segurança é o do governo brasileiro, mas vi notícia de que até aquela época hackers não teriam cobseguido invadir sustena do governo chinês. Não sei se por ser muito eficiente ou se tem conexão isolada ou restrita a internet.

Re: Governo Bolsonaro

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Mensagem por Agnoscetico »

O tal Anonymous voltou ativa contra Bolsonaro e outras personalidades:


https://www.uol.com.br/tilt/noticias/re ... hacker.htm



youtu.be/gAE4e7NcJS0



Ao vivo:


youtu.be/Y5R7cy2m0JE

Re: Governo Bolsonaro

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Mensagem por Agnoscetico »

Pedido de prisão de Sara Winter está redigido na PGR

MPF deve adotar providências contra militante bolsonarista que ameaçou o ministro Alexandre de Moraes



https://veja.abril.com.br/blog/radar/pe ... na-pgr/amp

Imagem


A influencer Sara Winter, que ganhou notoriedade por liderar um grupo de aloprados bolsonaristas em Brasília, será alvo, nos próximos dias, de uma denúncia do Ministério Público Federal por ter ameaçado de morte o ministro Alexandre de Moraes.

Relator do inquérito das fake news no STF, Moraes assinou os mandados de busca da operação que mirou 29 alvos do esquema bolsonarista de fake news, na semana passada.


Sara, por liderar um bando paramilitar que ensaiava coreografias musicais na frente do Supremo, teve celulares e outros pertences apreendidos na ação.

Depois disso, ela ameaçou Moraes, como mostrou o Radar. “Não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário.. Pois agora..Pena que ele mora em São Paulo. Se morasse aqui já estava na frente da casa dele convidando para trocar soco comigo. Queria trocar soco com esse fdp (xingamento), esse arrombado. Infelizmente, não posso. Pois me aguarde, sr. Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. Descobrir os lugares que o senhor frequenta. Vamos infernizar sua vida, até o senhor pedir para sair. Hoje o sr. tomou a pior decisão da sua vida”, diz Sara Winter no vídeo, gravado após a ação da PF na sua residência.

Fontes da PGR, ouvidas pelo Radar, dizem que a procuradoria já cobrou o procurador encarregado do caso, no Distrito Federal, pela demora em apresentar a denúncia contra a militante bolsonarista e pedir providências. “A minuta do pedido de prisão preventiva dessa Sara Winter está até redigida aqui na PGR e já foi enviada ao procurador. A PGR aguarda apenas que o procurador tome providências”, diz um investigador ao Radar.

A última da influencer e seus colegas foi um ato com tochas na frente do STF, neste sábado. Nas redes sociais, a estética do protesto foi comparada à de marchas nazistas na década de 1930 na Europa, às manifestações lideradas pelo grupo supremacista branco Ku Klux Klan e aos atos racistas de Charlotesville em 2017 – estas duas últimas nos EUA.


Re: Governo Bolsonaro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Uma doida que se juntou às Fremen, saiu por aí com o peito de fora defendendo o feminismo, mas foi expulsa por desviar verbas.
Daí "aceitou a Jesus" e virou radical de direita.

Re: Governo Bolsonaro

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Mensagem por JJ_JJ »

Bannon deve nomear amigo como assessor especial do Itamaraty


5 de junho de 2020, 08:42


Steave Bannon, Donald Trump e Jair Bolsonaro


247 – O principal ideólogo do populismo de extrema-direita, ou seja, do neofascismo global, deve emplacar um aliado como assessor especial da política externa no Brasil. Isso mesmo. Steve Bannon, que lidera uma "guerra santa" nos Estados Unidos contra a China, que é o maior parceiro comercial do País, terá um aliado no Itamaraty, o que evidencia, uma vez mais, que o Brasil vem se convertendo numa espécie de novo Porto Rico, num gigantesco território sem soberania.


"O executivo do mercado financeiro Gerald Brant, diretor de uma empresa de investimentos em Wall Street e bastante próximo do estrategista americano Steve Bannon, é cotado para assumir um cargo relevante no Ministério das Relações Exteriores. Ele foi sondado para atuar como uma espécie de 'conselheiro' do Itamaraty, como assessor especial e ligado diretamente ao gabinete do chanceler Ernesto Araújo, aponta reportagem do jornalista Daniel Rittner, publicada no Valor.


Amigo de longa data do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Brant ajudou na aproximação da família presidencial com Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump e fundador do grupo internacional de direita Movimento, informa Rittner. Os dois - Bannon e Brant - organizaram, em março do ano passado, um evento em Washington para homenagear Olavo de Carvalho, guru do clã Bolsonaro.


https://www.brasil247.com/regionais/bra ... maraty?amp

Re: Governo Bolsonaro

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Mensagem por JJ_JJ »

Weintraub disse à PF que China, maior parceiro do Brasil, é ditadura genocida


Em depoimento por escrito no inquérito em que é investigado por racismo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, atacou o Partido Comunista da China e afirmou que o país que é o maior parceiro comercial e maior investidor externo do Brasil é uma ditadura que pratica genocídio


5 de junho de 2020, 04:56 h Atualizado em 5 de junho de 2020, 08:42


Bandeira da China e Abraham Weintraub (Foto: Reuters | Alessandro Dantas)

247 - Em depoimento por escrito no inquérito em que é investigado por racismo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reafirmou ataques à China, insistindo na tese, de fundo anticomunista, de que o país asiático é uma "ditadura comunista que despreza os princípios que regem uma democracia liberal".

Ingerindo nos assuntos internos da China, Weintraub fez críticas ao sistema político: "O que quer que o PCC (Partido Comunista Chinês) faça não pode ser tido como expressão da vontade popular chinesa, uma ditadura comunista de partido único que despreza os princípios que regem uma democracia liberal e o Estado de Direito, campeã de violações aos direitos humanos, o que inclui até mesmo genocídio em décadas passadas”, escreveu Weintraub. O depoimento foi obtido pelo Estadão.

O ministro da Educação, de extrema direita, é investigado por racismo após publicar um tuíte em que insinuou que a China vai sair ‘fortalecida da crise causada pelo coronavírus, apoiada por seus ‘aliados no Brasil’.

No depoimento, Weintraub não respondeu às perguntas dos policiais, entregando uma declaração por escrito.

O pedido de investigação partiu do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros ao observar que Weintraub "teria veiculado e posteriormente apagado manifestação depreciativa, com a utilização de elementos alusivos à procedência do povo chinês, no perfil que mantém na rede social Twitter".

Após a manifestação de Weintraub pelo Twitter, a Embaixada da China no Brasil repudiou sua publicação. “Deliberadamente elaboradas, tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”, diz a nota divulgada no Twitter da Embaixada. O comunicado afirma ainda que “o lado chinês manifesta forte indignação e repúdio a esse tipo de atitude”.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil e o maior investidor externo no país. As declarações de Weintraub podem acarretar consequências prejudiciais à economia nacional e ter como consequência até mesmo instabilidade no plano geopolítico


https://www.brasil247.com/brasil/weintr ... a-genocida

Re: Governo Bolsonaro

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

A neo direita olavozóide biruta brazuca papagaia o louro e cava a própria vala para se enterrar.


:mrgreen:

Re: Governo Bolsonaro

Huxley
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Mensagem por Huxley »

A mais nova presepada do governo Bolsonaro foi um tiro que saiu pela culatra no dia de hoje:

https://www.oantagonista.com/entretenim ... -nacional/

Re: Governo Bolsonaro

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Bolsa Família: Governo transfere R$83,9 milhões para investir em propaganda
O dinheiro será utilizado para comunicação institucional, ou seja, para fazer publicidade das ações da gestão de Jair Bolsonaro

https://www.correiobraziliense.com.br/a ... 8/amp.html
Dia produtivo! Quem sabe a grana das pessoas que estão na fila do bolsa família não vai para os sites de fake news e esgotosfera em geral?

Re: Governo Bolsonaro

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Huxley escreveu:
Sex, 05 Junho 2020 - 22:58 pm
A mais nova presepada do governo Bolsonaro foi um tiro que saiu pela culatra no dia de hoje:

https://www.oantagonista.com/entretenim ... -nacional/
"Acabou matéria no Jornal Nacional", disse Bolsonaro em entrevista a jornalistas quando perguntado sobre o atraso na divulgação dos dados. "O Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes", acrescentou.

https://www.terra.com.br/noticias/brasi ... gewoo.html
Nosso líder supremo Jair Messias "Mito-que-quase-morreu-para-nos-salvar" Bolsonaro está lutando contra o comunismo globalista ateu maconheiro.

Re: Governo Bolsonaro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Se for verdade é o fim da picada: Impostos (de ateus, pagãos, etc) desviados pra entidadrs católicas.
Quero ver se vai ter marcha de protesto contra desvio de verba pra entitades não-públicas.



TVs católicas oferecem apoio a Bolsonaro em troca de verba; veja vídeo

A queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro tem atraído propostas de alianças em troca de recursos públicos. Uma das mais tentadoras partiu de padres e leigos conservadores que controlam boa parte do sistema de emissoras católicas de rádio e TV. Ligados à ala que diverge politicamente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dentro da Igreja, eles prometeram “mídia positiva” para ações do governo na pandemia do novo coronavírus. Pediram em contrapartida, porém, anúncios estatais e outorgas para expandir sua rede de comunicação.


youtu.be/QDCPWMoNL1Y

Re: Governo Bolsonaro

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Fernando Silva
Conselheiro
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Mensagem por Fernando Silva »

O Artigo 142 da Constituição e as Forças Armadas
As Forças Armadas e a Constituição

Juristas delirantes ressurgiram com teses heterodoxas sobre exercício de poder moderador pelas Forças Armadas

Gustavo Binenbojm 07/06/2020


Jair Bolsonaro certamente não sabe quem foi Carl Schmitt. Então, para ficarmos na mesma página, vou apresentá-lo brevemente. Schmitt foi um jurista alemão que inspirou as concepções totalitárias do Estado hitlerista, contribuindo para jogar por terra os fundamentos liberais e democráticos da Constituição de Weimar. Para Schmitt, o estado de direito seria suspenso em momentos de crise, não havendo aí senão que o poder da força. Neste estado de exceção, as decisões seriam livremente tomadas pelo soberano, sem qualquer limitação das leis. Às Forças Armadas cumpriria o papel de atuar como fiel da balança do jogo político, dando respaldo às decisões do ditador até que restabelecida a normalidade institucional. O resto da história é conhecido. Milhões de seres humanos inocentes foram assassinados pela fúria bestial do regime nazista.

Do segundo pós-guerra para cá, a democracia constitucional espalhou-se pelo mundo ocidental, retomando as noções de estado de direito e governo limitado. No Brasil, a Constituição de 1988 representou a vitória desses ideais, sem qualquer espaço para hiatos ditatoriais. A distribuição de funções entre distintos Poderes constituiu uma espécie de poliarquia na qual nenhum deles é soberano, mas todos devem igual reverência à Constituição. Para situações de grave abalo institucional, há regras excepcionais que preveem a intervenção federal, o estado de defesa e o estado de sítio, condicionados a controles exercidos pelo Legislativo ou pelo Judiciário.

Quando todos achávamos que o ideário totalitário havia sido jogado na lata de lixo da História, eis que alguns juristas delirantes ressurgiram com teses heterodoxas sobre o exercício de um poder moderador pelas Forças Armadas. Mais exótico ainda: sustentam que o art. 142 da Constituição daria guarida a esse suposto papel dos militares de árbitros dos conflitos entre Poderes. Alinho, a seguir, quatro razões pelas quais a tese não resiste a um sopro de bom senso.

Primeiro: a Constituição não se interpreta em tiras. Ela é uma unidade. O art. 142 está inserido num sistema normativo que prevê a independência e harmonia entre os Poderes, sem que haja um Poder Moderador que exerça supremacia sobre os demais. Os controles recíprocos são a forma de composição de eventuais conflitos. As Forças Armadas não são um Poder da República, mas uma instituição à disposição dos Poderes constituídos para, quando convocadas, agirem instrumentalmente em defesa da lei e da ordem.

Segundo: a chefia suprema das Forças Armadas cabe ao presidente da República (art. 84, XIII e art. 142), sendo elas subordinadas, ainda, ao ministro da Defesa (EC 23/1999). O presidente da República, a seu turno, deve obediência às leis e às ordens judiciais. Tanto assim que, no seu eventual descumprimento, o presidente comete crime de responsabilidade, podendo perder o mandato por impeachment (art. 85, VII). Como instituição baseada na hierarquia e disciplina (art. 142), não faria sentido que as Forças Armadas pudessem se sobrepor aos demais Poderes, uma vez que nem o chefe do Poder Executivo goza de tal prerrogativa.

Terceiro: o art. 102 atribui ao Supremo Tribunal Federal o papel de guardião da Constituição, cabendo-lhe, como órgão máximo do Poder Judiciário, interpretar as normas constitucionais em caráter final e vinculante para os demais Poderes. Só o Poder Legislativo tem a possibilidade de aprovar emendas à Constituição, superando decisões do Supremo, assim mesmo quando isto não contrariar cláusulas pétreas do texto constitucional.

Quarto: por último, mas não menos importante, o art. 1º proclama que o Brasil é um Estado democrático de direito, no qual todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. Qualquer instituição que pretenda tomar o poder fora desses canais de legitimação estará agindo contra o texto e o espírito da Constituição.

Gustavo Binenbojm é professor titular da Faculdade de Direito da Uerj
https://oglobo.globo.com/opiniao/as-for ... o-24466116

Re: Governo Bolsonaro

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

O Bozo criou mais um inimigo.... :lol:

O Olavão sacou que o barco está afundando e descaradamente se prepara para abandona-lo com a fama de ter provocado o naufrágio. Sem dúvida ele é um tipo especial de rato. :lol:


Vídeo: Olavo a Bolsonaro: “Continue covarde e derrubo essa merda de governo”


youtu.be/YJAoO04ZgUY

Re: Governo Bolsonaro

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Putz, bozoasnistas vão ter tela azul agora. Quem é o traídor comunista infiltrado agora?

Edit: mas o tal vídeo é esse:

https://mobile.twitter.com/antoniotabet ... 8018265088

Pode ser faniquito para incentivar a radicalização, como colocaram.

Re: Governo Bolsonaro

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Titoff escreveu:
Dom, 07 Junho 2020 - 12:48 pm
Putz, bozoasnistas vão ter tela azul agora. Quem é o traídor comunista infiltrado agora?

Edit: mas o tal vídeo é esse:

https://mobile.twitter.com/antoniotabet ... 8018265088

Pode ser faniquito para incentivar a radicalização, como colocaram.
Me enganei no link do vídeo. :cry: Abaixo está o vídeo completo:



youtu.be/nXNholwo7go

Re: Governo Bolsonaro

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Tem que tomar um engov para ouvir o cara.

Mas é basicamente egotrip misturada com vitimimimismo para poder pedir dinheiro.

Re: Governo Bolsonaro

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Acho que vamos ter que pegar em armas. Vocês estão preparados?

Re: Governo Bolsonaro

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Pedro Reis escreveu:
Dom, 07 Junho 2020 - 15:46 pm
Acho que vamos ter que pegar em armas. Vocês estão preparados?
Hahaha.

Pedro é assim mesmo, ele brinca o tempo todo.
Vocês não precisam se descabelar.
Imagem

Re: Governo Bolsonaro

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Agnoscetico
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Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

Depois da pressão e repúdio, inclusive de católicos que condenaram usar dinheiro público pra entidades católicas:


Nota de Esclarecimento: “A Igreja Católica não faz barganhas”

https://www.vaticannews.va/pt/igreja/ne ... anhas.html

Re: Governo Bolsonaro

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Titoff escreveu:
Dom, 07 Junho 2020 - 13:27 pm
Tem que tomar um engov para ouvir o cara.

Mas é basicamente egotrip misturada com vitimimimismo para poder pedir dinheiro.
E parece estar dando certo:

Bolsonaro dá aval à vaquinha de empresários para “sossegar” Olavo de Carvalho

http://blogs.correiobraziliense.com.br/ ... -carvalho/

Re: Governo Bolsonaro

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Trapalhada na Saúde expôs plano de Bolsonaro de maquiar Covid
https://www.oantagonista.com/pagina/1/

O maluco, segundo o Estadão, deu ordem para anunciar um limite máximo de mortos de até 1.000 p/dia.

O cara já saiu dos limites...alguém tem que fazer alguma coisa urgente para impedir esse doido.

Evidente crime de responsabilidade....estão esperando o que?
Responder