Meu período extremista

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Meu período extremista

nuker
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Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Gostaria de falar um pouco sobre um período de extremismo político que vivenciei em um passado recente, há alguns anos atrás. Por desencargo de consciência.

Digamos que aquele período começou quando passei a ter grande ojeriza e rancor da esquerda brasileira, sobretudo do PT e PSOL. Isso por causa do que via na mídia, em relação às denúncias e delações a respeito da corrupção na época, assim como denúncias que via envolvendo a agenda progressista, principalmente no tocante sobre a questão sexual e na questão da inversão dos valores. Além disso, estava passando por um período pessoal de amargura e grandes decepções, que acabaram alimentando ainda mais aquele sentimento de rancor e a política acabou sendo a válvula de escape, pois achava que a maioria dos problemas que passava era por causa da politicagem brasileira, como o atual comportamento mais masculinizado das mulheres que dificulta as minhas chances de conseguir namoro ou casamento (mais independência, menos necessidade de relacionamento, além dessa onda de empoderamento feminino anti-homem) e o fato de que ainda não tinha conseguido emprego, até hoje na verdade.

De fato são os dois principais motivos que me levaram a ter aquele rancor.

Pois bem, acabei me simpatizando com alguns aspectos da extrema direita. Não me refiro a regimes como fascismo e nazismo que desde aquela época eu já discordava, pois discordava de regimes totalitários e violentos e discordo destas coisas até hoje, na verdade. Então já gostaria de deixar bem claro que em momento algum cheguei a me identificar como fascista ou neonazista! Já cheguei a ver alguns sites mais extremos sobre assuntos geralmente "proibidos". Posso dizer que em 90% discordava, pois se tratavam de conteúdos que faziam apologia à violência, mas os outros 10% concordava, que ao menos percebia como sendo soluções mais brandas ou essenciais para a paz e progresso no geral, mas estas soluções eram mais voltadas à segregação de povos do que à união ou assimilação dos mesmos. Hoje digo que essa segregação não é o ideal, porque mesmo que pessoas diferentes fiquem afastadas entre elas, isso só alimentará ainda mais uma percepção racialista entre pessoas de raças distintas, o que potencialmente poderá aumentar o conflito, ainda que haja distanciamento entre tais.

Já cheguei a ver em certos sites opiniões bem agressivas de certas pessoas, por exemplo, uma vez vi um cara postando que "crianças deficientes deveriam ser sacrificadas como na Grécia antiga, porque não dariam bons trabalhadores ou soldados", assim como que "a solução é atacar o movimento negro e eles atacarem a nós, porque isso seria a solução para causar uma segregação necessária e diminuir a violência". Claro que eu discordei de todas estas coisas, pois via em tais postagens quase sempre uma apologia à violência, e não poderia concordar com nenhuma delas, porque não é de minha natureza soluções radicais desse tipo. Nunca fiz e nunca fiz questão de fazer parte de grupos revolucionários ou paramilitares (Skinheads, KKK, Antifa, anarquistas, etc), porque todos esses são grupos violentos não trazem nenhuma solução a não ser a discórdia! E em um país como o Brasil, isso jamais vai poder ser uma solução, pela maneira como a população e a cultura é tão diversificada. Nenhum destes grupos faz sentido, ao menos não em nosso país.

Na época ainda achava que brancos eram geralmente mais inteligente e capazes do que negros e pardos, no sentido intelectual, cultural, tecnológico e afetivo. Pra mim, o fato de que os povos africanos subsaarianos ainda eram meras tribos, em relação aos europeus e asiáticos, me levou a achar que os negros eram, de alguma forma, inferiores (com exceção dos egípcios, etíopes, malis e os de descendência semita no norte africano), assim como os povos ameríndios que também achava ser essencialmente inferiores (com certas exceções como os maias, astecas e incas). Não acreditava que brancos, negros e índios eram espécies diferentes, mas sim subespécies distintas, que era a maneira como eu entendia a diferença entre raças. Hoje entendo que é apenas mera questão de adaptação ambiental, mas em essência é praticamente o mesmo padrão de DNA, com algumas poucas alterações. Mas na época achava que essa diferença de padrão genético era maior, e que portanto havia um maior distanciamento essencial entre as diferentes raças.

Hoje quando eu falo "raça", me refiro sempre a essa mera diferença de adaptação ambiental entre povos de continentes distintos, e não como sendo uma espécie diferente. Só existe uma espécie humana apenas! Achava que pelo fato de pessoas de diferentes raças tenderem a um comportamento racista entre elas, que a melhor solução era um certo isolamento racial entre tais, como cada raça viver em um bairro ou cidade diferente, ou mesmo em cada uma viver em um estado ou região diferente, o que, pra mim, diminuiria o conflito racial (violência) de convívio em bairros, cidades ou estados, dependendo da maneira como a segregação fosse feita. Achava que afastando pessoas diferentes em raça que isso diminuiria o racismo. Mas como disse antes, apesar do afastamento, essa segregação em função da raça só potencializa o conflito, pois estas pessoas de diferentes raças ficariam cada vez mais alienadas entre elas, e uma começaria a achar inverdades a respeito da outra. Antigamente quando o mundo era menos globalizado, essa percepção racialista e racista era muito maior entre as pessoas do que na atualidade, justamente por causa do distanciamento e desconhecimento entre tais, e isso somado às ideias racialistas populares que existiam até meados do século passado.

Populações mais homogêneas obviamente resultam em menor criminalidade envolvendo diferenças raciais do que populações onde existe uma grande variedade de raças. Apesar do Brasil ser um país em maior parte miscigenado, ainda assim existe esse comportamento racista entre pessoas mais negras e pessoas mais brancas. Quanto maior a diferença de aparência entre vizinhos, mais tenderá a haver essa percepção racialista entre tais. Isso pode parecer ser antagônico ao que acabei de dizer sobre a importância do convívio entre diferentes etnias. Mas ao menos no convívio as pessoas podem se conhecer melhor e ver que nem tudo aquilo que se imaginava sobre a outra é verdade e então isso permitir um melhor entendimento entre tais do que se estivessem distantes. A questão de respeitar outras raças ou etnias é algo que vai depender de cada pessoa, é uma questão individual, mas em relação ao coletivo, essa tendência racialista costuma ser maior. Mesmo que as pessoas de diferentes raças e etnias se respeitem, ainda assim é muito mais provável que no fundo elas se vejam mais como diferentes do que como semelhantes entre elas, por causa da aparência, histórico familiar e situação financeira (classe social).

E esse é o ponto essencial da discussão! Talvez porque isso seja uma tendência da própria natureza humana, em você preferir se relacionar com pessoas que mais se aparentam em relação a ti mesmo. A natureza, o instinto humano, não está necessariamente alinhado aos valores artificias construídos em nossa civilização ocidental. E isso acaba sendo um problema. Você cria uma ética que pode não ser compatível à sua própria natureza, e isso resultar no conflito. Ao menos é isso o que os racialistas pensam. Também acho que é assim, mas não acho que tem que ser assim necessariamente ou em todos os casos. O que quero dizer é que é preferível o convívio entre pessoas de diferentes raças, porque isso permitirá pessoas de tais raças se conhecerem e através disso em resolver essas diferenças entre elas do que se estivessem afastadas. Mas apesar disso, ainda existirá essa tendência coletiva ou cultural em haver certo afastamento uma das outras por motivos raciais (me refiro em casos de grande diferença na aparência).

Mas surpreendentemente existem casos em que pessoas de diferentes raças, mesmo havendo grande diferença, em alguns casos tem até casamento! Só não sei até que ponto é por amor ou interesse nesse caso.

Então temos uma escolha a fazer. Ou as pessoas de diferentes raças vivem isoladas ou segregadas entre elas e apesar da criminalidade ser menor (por causa da maior homogeneidade populacional), o conflito racial ser potencialmente maior... Ou então em as pessoas de diferentes raças viverem unidas entre elas e apesar da criminalidade ser maior, o conflito racial ser potencialmente menor (por causa da maior heterogeneidade populacional). Em frente a essa questão racial prefiro a união, pois apesar de inicialmente a violência poder ser maior, existe mais oportunidade em vizinhos resolverem suas diferenças do que entre pessoas distantes entre elas. E além disso, a população brasileira é muito misturada, ao menos nas grandes cidades você acaba vendo pessoas de praticamente todas as raças e etnias, então você vai acabar tendo que conviver com tais e a segregação pode não ser uma opção viável, além do que eu disse sobre preferir uma solução de maior união, pela maior chance de você conhecer melhor aquele que lhe aparenta ser diferente.

Eu mesmo já conheci muitos pardos ao longo da vida e a maioria eram pessoas de bem e alguns até foram amigos meus quando estudava em colégio. Nem todos os pardos e negros são bandidos. Esse negócio de achar que todo negro ou pardo é bandido em potencial é uma mera generalização de pessoas que não conheceram de perto pessoas assim, é generalização de pessoas de classe mais alta que apenas conheceram branquelos durante a infância ou adolescência e que não tiveram amigos pardos ou negros. Eu quase fui tentado a ir por esse caminho, não fosse por pardos que eram assim e que conheci. Eu mesmo já fiz por anos tratamento com um psicólogo que era pardo e ele era bastante legal comigo. São coisas assim que nos fazem perceber que generalizações raciais são uma falácia. Assim como é em relação aquele discurso de que todo branco é opressor, o que não é verdade, até porque eu mesmo sou branco e jamais oprimi alguém e nunca faria algo assim na prática. E quem me chamar de opressor estará me ofendendo por sinal!

Em um país como o Brasil, a segregação acaba sendo uma opção praticamente inviável. É um dos motivos dos quais acho que grupos supremacistas no Brasil não fazem sentido, seja de brancos ou negros, porque a matriz étnica e cultural brasileira não dá muito espaço para isso. Bem, até um tempo atrás até achava que fazia algum sentido, porque acreditava que a cultura brasileira deveria ser predominantemente de caráter europeu, já que os países europeus são mais desenvolvidos no geral do que os africanos ou ameríndios, e que o aspecto europeu no Brasil deveria ser ao máximo preservado para que o Brasil não retrocedesse ao primitivismo, pois acreditava que os aspectos africanos e ameríndios da cultura brasileira eram a representação desse primitivismo, mas hoje vejo que não é necessariamente assim, ou não em 100%. O problema é que até um tempo atrás eu generalizava estas coisas e acabava vendo índios e negros como primitivos no geral. Mas no mundo moderno de hoje, me parece que isso está mudando, então aquela percepção que tinha é obsoleta. Antes tinha maior implicância com os negros, já que na maior parte das notícias criminais há quase sempre um negro ou pardo envolvido. Mas hoje entendo que isso é mais questão socioeconômica do que racial de fato!

Hoje entendo que não há diferença essencial de inteligência entre as diferentes raças. Isso é, pessoas de qualquer raça podem se tornar um astrofísico da vida! Assim sendo o fator raça em si não lhe impede de ser um estudioso inteligente ou mesmo alguém com grande sucesso empreendedor ou profissional. Um bom exemplo disso é que existiu um matemático indiano que foi importante no desenvolvimento da álgebra, assim como o astrofísico Neil deGrasse Tyson (astrofísico e divulgador científico). Assim como soube a respeito da primeira astronauta indígena. São exemplos assim que me fizeram mudar de ideia em relação a essa questão da inteligência entre os grupos raciais e étnicos e me fizeram perceber que isso tudo em maior parte não se passa de uma percepção obsoleta da realidade humana. Hoje entendo que potencialmente qualquer raça ou etnia pode desenvolver uma civilização desenvolvida e avançada, desde que tenha os meios e oportunidades para que isso aconteça!

Ou seja, não mais acho que os negros africanos ou aborígenes australianos são atrasados por causa da genética, mas sim por causa do meio ambiental em que eles vivem.

Ora bolas, os próprios antigos egípcios, da época dos faraós, eram negros e mesmo assim construíram uma das civilizações mais avançadas em sua época, senão a mais avançada!

Acho que o meu problema é que eu sempre fui muito orientado no sentido europeu da coisa ao longo da vida, que acabei subestimando o que não descende do europeu.

Outro problema é que de fato nunca fui muito fã desse negócio de miscigenação. Pra mim, o ideal é houvesse sim miscigenação, mas que ela fosse mínima, mais para preservar a diversidade genética humana ao longo prazo. Mas ao curto prazo, ainda prefiro a preservação dos grupos étnicos originais, de qualquer origem que seja, seja europeia, africana, ameríndia, semita, asiática ou mesmo aborígene. Por mim eu prefiro ter filho com uma mulher de aspecto mais europeu, sobretudo mediterrâneo ou anglo saxão, mas isso é mais uma questão de sexualidade pessoal. O problema é que no passado acabei levando isso a sério demais em função disso acabei tendo certo desprezo por aqueles que eram diferentes desse padrão que mais costuma me atrair sexualmente. E acredito que na maior parte esse é um dos principais motivos que levam muitos a esse mesmo caminho de desprezo e intolerância. Mas de qualquer forma, não há como fugir da miscigenação, porque eu mesmo sou uma mistura do povo português, espanhol e italiano. Ou seja, acaba não fazendo sentido ser contra miscigenação em si!

Até porque eu sendo uma mistura destes povos, e em função do meu sobrenome deve ter algum antepassado hebreu também (daqueles que no passado eram judeus que se converteram ao cristianismo), e eu pensar em ter filho com alguém de origem similar ou mesmo diferenciada (no caso de uma nórdica), então de qualquer forma não faria muito sentido em criticar a miscigenação. O problema não é então bem a miscigenação em si, mas a maneira como ela é feita. Geralmente tendo a criticar casais formados por pessoas de origens continentais distintas, ou seja, cruzamento entre brancos, negros e orientais. Pra mim, ainda, é preferível no máximo uma miscigenação entre povos de mesmo continente, por exemplo, entre povos africanos distintos, entre povos asiáticos distintos, entre povos ameríndios distintos ou entre povos europeus distintos, mas não entre povos de continentes distintos, porque isso bem, na minha humilde opinião, geralmente acaba gerando pessoas mais feias, porém não necessariamente menos inteligentes.

Sabe o que é, é que eu tendo a levar a questão da estética a sério. Para mim a estética diz muita coisa sobre uma pessoa ou cultura.

Atualmente estou de boa com relação a estas questões raciais e étnicas. De fato eu até entendo que deveria ser criado uma espécie de ecumenismo brasileiro, em que as principais matrizes culturais e religiosas (as de origem europeia, africana e ameríndia) brasileiras deveriam formar algo em um sentido cultural mais unificado, de forma a homogeneizar mais a cultura brasileira e assim em reduzir os conflitos étnicos, culturais e regionais pelo país. Bem diferente do que achava em que era melhor a segregação étnica e cultural. E que esse ecumenismo é algo que deveria ser criado por um órgão de governo. Apesar da população brasileira ser misturada, ainda existem várias famílias inteiras formadas só por negros, brancos ou orientais e acho que estas deveriam apenas se cruzar entre elas, e não entre membros de famílias de raças distintas. Não acho necessariamente que misturar geral vai melhorar a qualidade de vida de todos, porque isso não se trata de questão racial, mas socioeconômica associada a um problema histórico envolvendo as raças.

O problema não é racial em si, mas ainda prefiro que exista essa preservação racial. Não há pureza racial alguma aqui, pois isso na prática nunca existiu! Pois todos esses grupos que vivem no Brasil, por mais puros que possam aparentar ser, ainda são resultados de misturas étnicas anteriores, como é o meu próprio caso. Eu mesmo não sou e nunca serei racialmente "puro", mas ainda prefiro manter uma continuidade genética prevalentemente no aspecto europeu e evitar filho com descendente que tenha alta carga genética de africano ou indígena, mais por uma questão pessoal e de preferência sexual mesmo. E porque ainda acredito que essas misturas de povos de continentes distintos costumam resultar em vários casos de complicação de saúde, má formação física ou deficiência metabólica. Não quero arriscar, portanto ainda prefiro ter um filho de carga genética que tenha um padrão de ancestralidade similar ao meu, do que em arriscar algo que pode resultar sim em algo melhor, mas que igualmente pode resultar em uma catástrofe genética (feiura, por exemplo). Ou seja, esse negócio de pureza racial é mera balela de neonazista. O que existe na verdade é padrão de ancestralidade e você será sempre resultado de alguma mistura!

Voltando à questão política, não que eu defendesse o totalitarismo, mas achava que algo como uma intervenção militar radical era algo necessário para fazer uma devida faxina no congresso e fazer o Brasil se desenvolver melhor. Mas hoje vejo que isso não é mais tão necessário, já que parece que a própria população está despertando em relação ao que foi doutrinada ou condicionada a acreditar ser a solução. Hoje as pessoas se interessam mais por política do que futebol e isso é positivo, porque antes as pessoas eram mais manipuladas por políticos justamente porque eram mais alienadas. Ainda existem muitos alienados e isentões, mas pelo menos grande parte, ou a maior parte, já sabe o que é melhor ou pior quando se trata de escolher candidatos ou partidos. Então é só questão de tempo até que uma faxina seja feita de forma não interventora, mas democrática. Assim, eu até que pessoalmente não teria problemas com uma intervenção militar porque não sou político, ativista ou jornazista, mas entendo que esta não é a melhor solução no momento. Ao menos não é o ideal em relação ao que passei a idealizar hoje, um sistema democrático ainda mais democrático do que atualmente o é!

Com relação aos partidos políticos brasileiros, hoje vejo que não adianta ficar se estressando por causa disso, porque não há nada que você possa fazer individualmente para mudar esta realidade. Antes cheguei a ter ideias em fazer grandes mudanças, mas hoje vejo que tudo aquilo era só ilusão. O que você pode fazer é sim propor soluções e ver se alguém vai abraçar sua causa e fazer isso por ti, ou então você mesmo virar político e tentar alguma coisa, apesar de que nunca de fato tive interesse em me filiar a partido algum porque pra mim todo esse sistema político brasileiro está corrompido, obedece a grandes máfias e porque não sou carismático e nunca fui popular, então de qualquer forma vai ser complicado conseguir um mínimo de votos para um cargo decente que iria me dar alguma chance em conseguir mudar algo nesse país em sentido mais amplo (deputado federal ou senador). E porque a maioria dos que conseguem tais cargos acabam se metendo em esquemas, e eu me nego a fazer parte de esquemas que acabem prejudicando a população ou a economia brasileira, isso não! Se a própria justiça brasileira (STF) está a serviço do maligno, então não é o momento em pensar em entrar para a política. Acho que no fundo não valeria a pena pra mim, não teria paciência pra isso não.

Acho que no máximo eu acabaria me tornando um Enéas da vida, alguém inteligente e com boas propostas mas visto como excêntrico e com base de votos insuficiente para conseguir algum cargo.

Hoje não tenho mais aquele rancor que tinha há uns anos atrás de político ou partido, porque isso não tem mais sentido ou utilidade pra mim! Não que eu não discorde de político e partido, porém. Até porque a maior parte dos candidatos que temos e tivemos, deixam a desejar. A maioria não se passam de peças de tabuleiro, que estão dentro de um jogo que poucos compreendem e que é maligno em sua natureza. Não estou me referindo se é de esquerda ou direita, estou me referindo em relação ao sistema político brasileiro em si, em sentido mais amplo, em relação às tendências de corrupção e em relação às grandes máfias, organizações internacionais e aristocracias que estão por de trás de todo esse jogo que deixa a desejar pra mim. Continuo contra e a favor de partido e político, mas não mais no mesmo sentido de antes, naquele sentido de fervorosidade não partidária, mas de uma espécie de ativismo ideológico ativo e apimentado. Posso não gostar, por exemplo, do Lula, mas não é mais naquela intensidade de antes, que me deixava em estado de grande aborrecimento e angústia. Hoje eu até que tenho uma posição política bastante diferente da que eu tinha até uns 2 ou 3 anos atrás. Uma posição mais democrática, libertária, assimiladora e moderada.

Então é isso. Até alguns anos tive uma posição e percepção mais extrema, mas hoje me considero moderado. Tipo... Centro-direita.

Alguém aqui já vivenciou ou vivencia período de extremismo ideológico? Alguém aqui gostaria de compartilhar esse tipo de experiência, de ter tido crenças de viés extremo?

Re: Meu período extremista

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Tutu
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Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

Interessante ler isso. Vou comentar alguns pontos.
nuker escreveu:
Sex, 14 Outubro 2022 - 16:26 pm
Digamos que aquele período começou quando passei a ter grande ojeriza e rancor da esquerda brasileira, sobretudo do PT e PSOL. Isso por causa do que via na mídia, em relação às denúncias e delações a respeito da corrupção na época, assim como denúncias que via envolvendo a agenda progressista, principalmente no tocante sobre a questão sexual e na questão da inversão dos valores.
Merecem todo o nosso ódio. :lol:
Além disso, estava passando por um período pessoal de amargura e grandes decepções, que acabaram alimentando ainda mais aquele sentimento de rancor e a política acabou sendo a válvula de escape, pois achava que a maioria dos problemas que passava era por causa da politicagem brasileira, como o atual comportamento mais masculinizado das mulheres que dificulta as minhas chances de conseguir namoro ou casamento (mais independência, menos necessidade de relacionamento, além dessa onda de empoderamento feminino anti-homem) e o fato de que ainda não tinha conseguido emprego, até hoje na verdade.
O maior problema são os machos sendo afeminados, infantilizados e feministos. Com isso eles acabam sendo pisados pelas mulheres. Quando conseguem casar, sustentam a mulher e ainda levam cornos na cabeça. De acordo com Jordan Peterson, os homens que tem medo de mulher chique são os culpados e elas estão solitárias por causa disso e sentem a necessidade de ser mãe.

Existe o feminismo acabando com a beleza e decência das mulheres, fazendo-as maconheiras, promíscuas, cabelo parcialmente raspado ou colorido, tatuada, e o pior de tudo gorda. Mas ainda existe mulher de verdade, que não tem esses comportamentos, mas elas exigem homem com emprego.
Já cheguei a ver em certos sites opiniões bem agressivas de certas pessoas, por exemplo, uma vez vi um cara postando que "crianças deficientes deveriam ser sacrificadas como na Grécia antiga, porque não dariam bons trabalhadores ou soldados",
Isso é questão do custo que o deficiente causaria à família e à sociedade. Nos tempos antigos não existia tecnologia de hoje e as pessoas tinham que ser independentes. Richard Dawkins recomenda abortar bebês com síndrome de Down, porque seria uma vida de sofrimento para a criança e a família.
Na época ainda achava que brancos eram geralmente mais inteligente e capazes do que negros e pardos, no sentido intelectual, cultural, tecnológico e afetivo.
Difícil fazer os testes com neutralidade e sem polêmica. Considero os "japas" (a raça mongólica) as mais inteligentes apesar de ter o corpo mais fraco. (não tenho ascendência oriental ou indígena)
Pra mim, o fato de que os povos africanos subsaarianos ainda eram meras tribos, em relação aos europeus e asiáticos, me levou a achar que os negros eram, de alguma forma, inferiores (com exceção dos egípcios, etíopes, malis e os de descendência semita no norte africano), assim como os povos ameríndios que também achava ser essencialmente inferiores (com certas exceções como os maias, astecas e incas).
As condições geográficas que influenciaram isso. Depende do clima e da qualidade do solo para a agricultura.
O livro 'Armas, germes e aço' explica isso.
E esse é o ponto essencial da discussão! Talvez porque isso seja uma tendência da própria natureza humana, em você preferir se relacionar com pessoas que mais se aparentam em relação a ti mesmo. A natureza, o instinto humano, não está necessariamente alinhado aos valores artificias construídos em nossa civilização ocidental. E isso acaba sendo um problema. Você cria uma ética que pode não ser compatível à sua própria natureza, e isso resultar no conflito.
É da natureza humana preferir se relacionar com pessoas parecidas socialmente (estilo, gostos, locais, etc). A cor da pele em si é como a cor do cabelo. Se a sociedade tem mistura de raças em harmonia, o cérebro humano não enxergará a raça como diferença, igual faz com cor de cabelo. Assim é a sociedade que ensina que raça é uma diferença (hoje chamado de "diversidade"). Crianças não são racistas e nem enxergam o outro com rótulos como "branco" ou "negro", mas aprendem conflito social e racismo estrutural com a cultura da sociedade.
Ou as pessoas de diferentes raças vivem isoladas ou segregadas entre elas e apesar da criminalidade ser menor (por causa da maior homogeneidade populacional), o conflito racial ser potencialmente maior... Ou então em as pessoas de diferentes raças viverem unidas entre elas e apesar da criminalidade ser maior, o conflito racial ser potencialmente menor (por causa da maior heterogeneidade populacional).
Não é a raça em si que causa crimes. É só uma característica da estrutura. Crime é causado pela pobreza, desemprego, injustiça, corrupção, falta de oportunidade e falta de mobilidade social. Está arraigado na cultura e na forma como a sociedade está estruturada. Para falar de crime e pobreza, a primeira coisa que uma pessoa séria tem que fazer é esquecer a raça. O fator racial pode ter contribuído para o crime, mas isso foi há mais de 60 anos.
Ora bolas, os próprios antigos egípcios, da época dos faraós, eram negros e mesmo assim construíram uma das civilizações mais avançadas em sua época, senão a mais avançada!
Os antigos egípcios não eram negros. Eles eram parecidos com pessoas do oriente médio.
E porque ainda acredito que essas misturas de povos de continentes distintos costumam resultar em vários casos de complicação de saúde, má formação física ou deficiência metabólica.
Completamente errado. Quanto mais diferença, dentro da mesma espécie, mais saudável é a cria.
Além disso, existe muito mais diversidade genética dentro da África do que fora. Tudo veio de lá e grupos pequenos foram saindo aos poucos. Então é comum ter mais diferença entre dois negros do que entre um negro e um branco.
Pra mim, ainda, é preferível no máximo uma miscigenação entre povos de mesmo continente, por exemplo, entre povos africanos distintos, entre povos asiáticos distintos, entre povos ameríndios distintos ou entre povos europeus distintos, mas não entre povos de continentes distintos, porque isso bem, na minha humilde opinião, geralmente acaba gerando pessoas mais feias, porém não necessariamente menos inteligentes.
Índios são japas que ficaram morenos em zona tropical.
De fato eu até entendo que deveria ser criado uma espécie de ecumenismo brasileiro, em que as principais matrizes culturais e religiosas (as de origem europeia, africana e ameríndia) brasileiras deveriam formar algo em um sentido cultural mais unificado, de forma a homogeneizar mais a cultura brasileira e assim em reduzir os conflitos étnicos, culturais e regionais pelo país. Bem diferente do que achava em que era melhor a segregação étnica e cultural. E que esse ecumenismo é algo que deveria ser criado por um órgão de governo.
O problema é que matriz da cultura africana foi perdida por causa da separação e discriminação. Com isso os grupos que preservaram acabaram adotando diferenças. Não existe um candomblé unificado e sim várias ramificações. Em uma o orixá é um espírito que é incorporado pela pessoa, mas em outra o orixá é uma personalidade que habita a pessoa e então é despertada. As formas de fazer ritual variam também.
Voltando à questão política, não que eu defendesse o totalitarismo, mas achava que algo como uma intervenção militar radical era algo necessário para fazer uma devida faxina no congresso e fazer o Brasil se desenvolver melhor. Mas hoje vejo que isso não é mais tão necessário, já que parece que a própria população está despertando em relação ao que foi doutrinada ou condicionada a acreditar ser a solução. Hoje as pessoas se interessam mais por política do que futebol e isso é positivo, porque antes as pessoas eram mais manipuladas por políticos justamente porque eram mais alienadas. Ainda existem muitos alienados e isentões, mas pelo menos grande parte, ou a maior parte, já sabe o que é melhor ou pior quando se trata de escolher candidatos ou partidos. Então é só questão de tempo até que uma faxina seja feita de forma não interventora, mas democrática.
O fracasso de uma intervenção militar é que os militares tem nenhum plano ou objetivo para reformar o país. São homens comuns como a própria população. A simples ideia de fortalecer o federalismo e usar o parlamentarismo não passa na cabeça de quase ninguém e seria importante para a faxina, mas os interventores não fariam isso.

Já os isentões não tem culpa. Com uma polarização e Bolsonaro e Lula no segundo turno, há motivo de sobra para ignorar a política. É caso perdido e sem solução.
Hoje não tenho mais aquele rancor que tinha há uns anos atrás de político ou partido, porque isso não tem mais sentido ou utilidade pra mim! Não que eu não discorde de político e partido, porém. Até porque a maior parte dos candidatos que temos e tivemos, deixam a desejar. A maioria não se passam de peças de tabuleiro, que estão dentro de um jogo que poucos compreendem e que é maligno em sua natureza. Não estou me referindo se é de esquerda ou direita, estou me referindo em relação ao sistema político brasileiro em si, em sentido mais amplo, em relação às tendências de corrupção e em relação às grandes máfias, organizações internacionais e aristocracias que estão por de trás de todo esse jogo que deixa a desejar pra mim.
O sistema não presta e não tem solução. Por isso o isentão acostuma e fica em paz.
Alguém aqui já vivenciou ou vivencia período de extremismo ideológico? Alguém aqui gostaria de compartilhar esse tipo de experiência, de ter tido crenças de viés extremo?
Sempre fui extremista.

Já pensei em ideologia, na fantasia, de apoiar revolução armada em Brasília semelhante a de Che Guevara para fazer uma limpeza no Brasil. Essa revolução seria para limpar o país, acabar com os privilégios da elite e dos exploradores, e se vigar dos países imperialistas do primeiro mundo. Se não tiver bomba atômica, começar cortando as relações comerciais.

Assim, tenho grande distinção entre "socialismo/comunismo" entre "esquerdismo". Houve uma época em que "esquerdismo" não tinha ânsia de destruir a moralidade e a família, não defendia bandido chamando de "direitos humanos" e não tinha ideologia de gênero. Na época odiava a religião, mas não sabia que ela é importante para a felicidade humana e para manter as regras morais que não são escritas. Hoje vejo a religião como um mal necessário.

Nunca defendi dar esmola, como esse assistencialismo do PT, e regulamentações estatais. Comunismo é o direito de ter como trabalhar e ao próprio fruto do trabalho, enquanto esquerdismo é parasitismo e dependência do Estado. Como originalmente, eu enxergava o capitalismo ou burguesia como inimigos, hoje vejo que a esquerda é mais capitalista do que a direita. A esquerda está a favor da elite que lucra com inflação e que tem condições de seguir regulamentação que quebra o concorrente pequeno. Não esqueci a elite de direita também (petroquímicos, agronegócio, pentecostais) que é do tipo que não quer regulamentação só para fazer coisa errada (como agrotóxicos).

Como exemplos de ideias "extremistas", defendo:
* O Estado deve estar acima das grandes propriedades privadas. Monopólios privados, empresas gigantes e latifúndios devem ser divididos.
* Para o meio ambiente: política de filho único, proibir carro que não for tuktuk, proibir exportação de carne de mamífero, ...
* Preservar a cultura e identidade do povo, e assim evitar globalismo.
* Bandido perigoso deve ser usado como cobaia em experimento científico para o bem da sociedade.

Re: Meu período extremista

nuker
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Mensagem por nuker »

Índios são japas que ficaram morenos em zona tropical.
Porquê quase sempre me esqueço que os indígenas são o povo oriental só que bronzeado? De fato têm praticamente a mesma cara! Se bem que já faz vários milhares de anos que grupos de orientais migraram para as américas. Será que desde aquele tempo para cá, devido ao isolamento com os povos asiáticos, não ocorreu alguma alteração genética, que os diferenciassem dos orientais originais? Afinal o ambiente americano é diferente do ambiente asiático, tanto em relação ao clima quanto em relação sobretudo aos nutrientes disponíveis. A não ser se aquelas tribos teriam levado com elas... acho que não, porque na época eram nômades e a agricultura ainda não tinha sido inventada. É possível que a alimentação tenha de alguma forma mudado um pouco a genética do indígena em relação a do oriental, tenho certeza disso, apesar da mesma origem de ambos. De fato a alimentação tem grande influência na maneira como as etnias se diferenciam, não só o clima ou a incidência dos raios solares! Afinal o clima é um agente físico, enquanto o alimento é um agente químico.

Sendo o alimento agente químico, esse certamente teria maior participação em uma mudança epigenética do que a temperatura e a radiação.
O problema é que matriz da cultura africana foi perdida por causa da separação e discriminação. Com isso os grupos que preservaram acabaram adotando diferenças. Não existe um candomblé unificado e sim várias ramificações. Em uma o orixá é um espírito que é incorporado pela pessoa, mas em outra o orixá é uma personalidade que habita a pessoa e então é despertada. As formas de fazer ritual variam também.
Ainda acho que há salvação. Poderia pegar estas ramificações e formar algo mais baseado no que há em comum entre elas, até chegar à origem e então formar um candomblé brasileiro unificado. E daí fazer uma síntese do que poderia haver em comum entre o candomblé e o xamanismo indígena, e então por fim fazer uma síntese desta síntese com o cristianismo. No fim das contas, iria terminar em algo similar à Umbanda. Se bem que se não me engano a Umbanda também me parece incorporar elementos da cultura indígena brasileira, então se esse for o caso, parte do trabalho já estaria feito. A ideia desse ecumenismo proposto não é nem formar uma nova religião, o que seria bem complicado (e que apenas geraria maior controle social) e sim um estado de transcendência e de síntese da identidade religiosa brasileira, tendo como principais elementos candomblé, xamanismo e cristianismo. A minha proposta aqui é a criação de uma identidade brasileira unificada, como forma em proteger a própria identidade brasileira de sabotadores estrangeiros.
O fracasso de uma intervenção militar é que os militares tem nenhum plano ou objetivo para reformar o país. São homens comuns como a própria população. A simples ideia de fortalecer o federalismo e usar o parlamentarismo não passa na cabeça de quase ninguém e seria importante para a faxina, mas os interventores não fariam isso.
De fato o militar é assim porque governar um país não é a função dele, e sim em proteger a nação. O único militar até hoje do qual pra mim ao menos tinha algum projeto foi o Enéas. Por isso que ainda prefiro a democracia a uma intervenção militar, pois por mais que os militares afastem os maus elementos da política, ainda assim eles mesmos vão acabar fazendo besteira e até poder deixar o Brasil mais uma vez em período de inflação, como aconteceu. A inflação é um dos problemas de longo prazo em termos militares ufanistas governando. O problema do militar é que ele tende a ser muito nacionalista, tanto que só a partir de Collor é que o Brasil se abriu para o resto do mundo, antes era muito difícil comprar produtos estrangeiros no Brasil, até onde sei. Além disso o militar também tende a ser muito estatista e por isso também tende a inchar o estado, como fazem os governos esquerdistas. Por isso prefiro, como você disse, o federalismo. De fato vou ainda mais longe, prefiro o municipalismo e a participação do povo nos processos legislativos, através de plebiscitos não obrigatórios.
O maior problema são os machos sendo afeminados, infantilizados e feministos.
A questão é o que torna muitos homens afeminados. Seriam hormônios, como o estrogênio na soja? Me lembro que houve uma época que tomava muito um tal de Ades (leite de soja) e na época lembro-me de ter passado por um período de tormento emocional. Depois que parei, o meu estado de humor começou a melhorar. Lembro-me de que na época sofria muito de carência e me sentia rejeitado. Na verdade eu mesmo tenho um lado feminino mas do qual não me orgulho muito e tenho até certa vergonha em falar sobre isso, mas que seja. Não sou homossexual ou bissexual, mas no sentido de não ter aquela ousadia e destemor típico do macho alfa.
As condições geográficas que influenciaram isso. Depende do clima e da qualidade do solo para a agricultura.
Então, foi isso o que acabei notando com o tempo, que o problema era ambiental, e não genético.
O sistema não presta e não tem solução. Por isso o isentão acostuma e fica em paz.
O sistema não presta porque desde a antiguidade foi feito para sustentar parasitas que vivem às custas daqueles que os sustentam através de impostos!
Sempre fui extremista.
Como eu disse, também já fui, mas hoje vejo isso como algo perigoso, não tanto do ponto de vista individual, mas do ponto de vista do coletivo. Em uma sociedade de extremistas certamente haverá muito mais violência por causa de motivos políticos e ideológicos do que uma formada por pessoas mais moderadas em seus posicionamentos. Por exemplo, se o Brasil só tivesse partidos extremistas, tenho certeza que muito mais gente inocente acabaria morrendo só por causa de fanatismo ideológico. Extremismo ideológico é a principal causa de formação de grupos de ativistas violentos, como antifa, skinheads, etc. E essa gente toda é perigosa. De fato eu nunca realmente cheguei a ser um verdadeiro extremista, na verdade só cheguei perto disso. Se realmente fosse extremista, na época certamente teria feito apologia a coisas como fascismo e nazismo, por exemplo. Na verdade quando participava de uma comunidade que nem mais existe, que era uma sobre assuntos de conspiração, cheguei a postar certas coisas das quais não faria mais novamente, e eram até bem mais polêmicas do que tudo o que já postei por aqui. Naquela época eu estava mesmo com muito ódio, da política, da vida, da sociedade, etc. Estava precisando de antidepressivo e não tinha percebido isso.
Já pensei em ideologia, na fantasia, de apoiar revolução armada em Brasília semelhante a de Che Guevara para fazer uma limpeza no Brasil. Essa revolução seria para limpar o país, acabar com os privilégios da elite e dos exploradores, e se vigar dos países imperialistas do primeiro mundo. Se não tiver bomba atômica, começar cortando as relações comerciais.
Já cheguei a pensar em algo assim também, mas apenas em um viés diferente, através dos militares. O problema é que os militares brasileiros apoiam o tal do positivismo, que transformou o estado brasileiro, durante o período militar, em uma espécie de tecnocracia, um governo desumano que formou um estado inchado, não muito diferente do que fez o PT. O problema é essa tendência de centralizar o poder nas mãos do Estado, ao invés de permitir uma sociedade civil mais livre e liberta das amarras de certos aristocratas que se beneficiam através do poder do Estado. A maçonaria poderia ser um exemplo disso, e a vejo como tal exemplo. Posso não saber quase nada sobre a mesma, mas algo me diz que ela tem sim grande participação nisso tudo, nesse sistema que nos escraviza. Se nem a esquerda e nem os militares podem fazer isso, acho que a solução poderia estar com os libertários. Problema é que dificilmente os libertários formariam algum partido grande e influente, e nem mesmo o NOVO é de fato libertário. Me refiro a pessoas como o Peter do Visão Libertária como políticos. O movimento libertário ainda é pequeno porque a maioria ainda prefere o Estado como seu salvador, e enquanto isso continuar, o Estado continuará explorando a maioria.
Assim, tenho grande distinção entre "socialismo/comunismo" entre "esquerdismo". Houve uma época em que "esquerdismo" não tinha ânsia de destruir a moralidade e a família, não defendia bandido chamando de "direitos humanos" e não tinha ideologia de gênero. Na época odiava a religião, mas não sabia que ela é importante para a felicidade humana e para manter as regras morais que não são escritas. Hoje vejo a religião como um mal necessário. Nunca defendi dar esmola, como esse assistencialismo do PT, e regulamentações estatais. Comunismo é o direito de ter como trabalhar e ao próprio fruto do trabalho, enquanto esquerdismo é parasitismo e dependência do Estado. Como originalmente, eu enxergava o capitalismo ou burguesia como inimigos, hoje vejo que a esquerda é mais capitalista do que a direita. A esquerda está a favor da elite que lucra com inflação e que tem condições de seguir regulamentação que quebra o concorrente pequeno. Não esqueci a elite de direita também (petroquímicos, agronegócio, pentecostais) que é do tipo que não quer regulamentação só para fazer coisa errada (como agrotóxicos).
Cara, se comunismo é mesmo isso o que você disse, então neste caso teria que ser a favor, principalmente para aqueles que preferem viver de sua subsistência. O meu problema com o "comunismo" é a maneira como tal costuma ser definido, como um governo totalitário socialista, isso que é algo do qual sou fortemente contra, como é praticamente o caso da China, Coréia do Norte, Cuba, Venezuela, Nicarágua, etc. É o "comunismo" modelo desses países que sou contra, pois é bem aquele tipo de regime que só beneficia quem está no poder e explora todo o resto, o que de fato vai contra o que você mesmo disse ter definido o comunismo. Na verdade eu não acho que o socialismo deve ser proibido no Brasil, apenas restrito a comunidades privadas, e não algo relacionado a partido político ou governo. Restrito a comunidades que ainda poderiam ter um papel social em tirar aqueles mendigos da extrema pobreza e dar uma oportunidade a eles em terem um lar e trabalho, com direito a um salário dividido entre eles, em relação ao que eles produzirem para vender, o que ainda por cima poderia ajudar a enriquecer o mercado alimentício interno brasileiro e isso gerar comida barata que poderia ajudar a reduzir ainda mais a fome no país. Mas não, os esquerdistas preferem o parasitismo. Fazer o quê?

É esse o socialismo que eu defendo hoje, e não mais aquela utopia do esquerdista concretizada através de um estado inchado e interventor.

A religião pode ter seus defeitos, mas é ela que ajuda pessoas em vários casos, assim como é através dela que novas amizades são criadas e vidas são transformadas.
Bandido perigoso deve ser usado como cobaia em experimento científico para o bem da sociedade.
Pra mim isso só deveria ser feito como castigo para bandidos perigosos que forem mau comportados nos presídios, se a solitária não for suficiente.

Re: Meu período extremista

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Sex, 14 Outubro 2022 - 20:59 pm
O problema é que matriz da cultura africana foi perdida por causa da separação e discriminação. Com isso os grupos que preservaram acabaram adotando diferenças. Não existe um candomblé unificado e sim várias ramificações. Em uma o orixá é um espírito que é incorporado pela pessoa, mas em outra o orixá é uma personalidade que habita a pessoa e então é despertada. As formas de fazer ritual variam também.
Não existe uma "matriz da cultura africana". Cada etnia que veio para o Brasil (e há muitas diferentes, com características físicas e línguas diferentes, numa variedade maior que a do resto do mundo) trouxe sua própria cultura, língua e religião.

A cultura da Bahia, por exemplo, se baseia nas tribos da Nigéria e fala iorubá, enquanto no Rio predominam os angolanos e o quimbundo.

Já em Cuba (e em pontos isolados do Nordeste) temos o vudu, que, apesar de pontos em comum com o candomblé, é uma religião diferente.

Sem falar nos malês, que eram islamitas.

Re: Meu período extremista

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Tutu
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Por isso prefiro, como você disse, o federalismo. De fato vou ainda mais longe, prefiro o municipalismo e a participação do povo nos processos legislativos, através de plebiscitos não obrigatórios.
Algo semelhante à Suíça.
A questão é o que torna muitos homens afeminados. Seriam hormônios, como o estrogênio na soja? Me lembro que houve uma época que tomava muito um tal de Ades (leite de soja) e na época lembro-me de ter passado por um período de tormento emocional. Depois que parei, o meu estado de humor começou a melhorar. Lembro-me de que na época sofria muito de carência e me sentia rejeitado. Na verdade eu mesmo tenho um lado feminino mas do qual não me orgulho muito e tenho até certa vergonha em falar sobre isso, mas que seja. Não sou homossexual ou bissexual, mas no sentido de não ter aquela ousadia e destemor típico do macho alfa.
Não é questão de hormônio. É questão cultural. Além do feminismo querer "desconstruir" o masculino, há também problemas da modernidade, que são crianças mimadas, sem responsabilidade e sem condições de enfrentar adversidades.

Tópico sobre isso: É sobre de trabalho/coragem versus idiota do tiktok (Ignore a questão de guerra).
https://clubeceticismo.com.br/viewtopic.php?f=19&t=200
Como eu disse, também já fui, mas hoje vejo isso como algo perigoso, não tanto do ponto de vista individual, mas do ponto de vista do coletivo. Em uma sociedade de extremistas certamente haverá muito mais violência por causa de motivos políticos e ideológicos do que uma formada por pessoas mais moderadas em seus posicionamentos.
O termo extremista pode ser vago.
Teoria e prática são coisas diferentes. Uma pessoa pode defender o regime cubano, mas nunca machucar ninguém.
Violência e proposta de coisa radical também são coisas diferentes. Cortar impostos de 33% para 20% é uma atitude radical e drástica, mas não é violenta/terrorista.
O problema é que os militares brasileiros apoiam o tal do positivismo, que transformou o estado brasileiro, durante o período militar, em uma espécie de tecnocracia, um governo desumano que formou um estado inchado, não muito diferente do que fez o PT. O problema é essa tendência de centralizar o poder nas mãos do Estado, ao invés de permitir uma sociedade civil mais livre e liberta das amarras de certos aristocratas que se beneficiam através do poder do Estado. A maçonaria poderia ser um exemplo disso, e a vejo como tal exemplo.
O Brasil foi construído com instituições extrativistas. Por isso são os mesmos que estão no poder e controlando os políticos.

O vídeo fala dos grupos secretos. O erro é dizer que Sarney é o cabeça, mas ele é só uma parte. O ser humano gosta de pôr rosto nos inimigos, mas não é uma pessoa raiz.
Por que o Brasil NUNCA cresce? 🇧🇷📉

youtu.be/wsqjwAKwbkw


Maçonaria é só um grupo de amigos. Inventam teoria da conspiração demais sobre eles.

Re: Meu período extremista

nuker
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A meu ver a causa do problema são os oligarcas que controlam a economia desse país e que influenciam os políticos, e alguns oligarcas são políticos também, como o Sarney. Isso começou desde que esse país se tornou república.

Re: Meu período extremista

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Tutu
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nuker escreveu:
Ter, 18 Outubro 2022 - 02:13 am
A meu ver a causa do problema são os oligarcas que controlam a economia desse país e que influenciam os políticos, e alguns oligarcas são políticos também, como o Sarney.
Verdade.
Isso começou desde que esse país se tornou república.
Começou desde quando foi colonizado. Foi quando começou a elite de latifundiários, a escravidão e economia colonial (que ainda persiste hoje). O próprio processo de independência foi feito pela elite.

Re: Meu período extremista

nuker
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Foi quando começou a elite de latifundiários e a escravidão. O próprio processo de independência foi feito pela elite.
Sim. Mas me referi à república porque foi a partir dela que os oligarcas realmente começaram a governar e mandar no país, que antes era feito pela família imperial. Eis um dos motivos que gostaria que o Brasil voltasse a ser monarquia, para que essas oligarquias interfiram menos na política, para que o Brasil não mais fique à mercê dos interesses de tais oligarquias (famílias de burgueses ricos).

Re: Meu período extremista

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

nuker escreveu:
Qua, 19 Outubro 2022 - 13:30 pm
Foi quando começou a elite de latifundiários e a escravidão. O próprio processo de independência foi feito pela elite.
Sim. Mas me referi à república porque foi a partir dela que os oligarcas realmente começaram a governar e mandar no país, que antes era feito pela família imperial. Eis um dos motivos que gostaria que o Brasil voltasse a ser monarquia, para que essas oligarquias interfiram menos na política, para que o Brasil não mais fique à mercê dos interesses de tais oligarquias (famílias de burgueses ricos).
Quem quer que chegue ao poder vai se corromper.
Na dúvida, fico com quem gera riquezas e não com quem vende ideologias inviáveis.

Re: Meu período extremista

nuker
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Na dúvida, fico com quem gera riquezas e não com quem vende ideologias inviáveis.
Há muito tempo atrás eu discordaria, mas hoje considero o que gera riqueza sempre o menos pior.

Uma pergunta, só por curiosidade... Quem é pior? Aquele que faz a guerra ou aquele que financia a guerra?

Re: Meu período extremista

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

nuker escreveu:
Qui, 20 Outubro 2022 - 20:11 pm
Na dúvida, fico com quem gera riquezas e não com quem vende ideologias inviáveis.
Há muito tempo atrás eu discordaria, mas hoje considero o que gera riqueza sempre o menos pior.

Uma pergunta, só por curiosidade... Quem é pior? Aquele que faz a guerra ou aquele que financia a guerra?
Depende do que motivou a guerra, quem está envolvido etc.

Se uma guerra é justa, financiar os combatentes é uma forma de participar.

Re: Meu período extremista

nuker
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Me refiro a conflitos como Rússia x Ucrânia, conflitos no Oriente Médio (quem financia os grupos de radicais islâmicos), quem financiou as duas guerras mundiais, quem financiou a guerra napoleônica, etc. Principalmente quando o financiador financia não só um, mas os dois lados da guerra e sai ganhando com isso.

Re: Meu período extremista

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Qui, 20 Outubro 2022 - 20:11 pm
Uma pergunta, só por curiosidade... Quem é pior? Aquele que faz a guerra ou aquele que financia a guerra?
Quem financia é pior. Os que estão em guerra estão num problema crônico e muitas vezes fazem armistício. Quem financia arruma recursos para que possam continuar a guerra e fomenta a instabilidade local. Quem financia tem muitos interesses com o resultado da guerra.
Me refiro a conflitos como Rússia x Ucrânia, conflitos no Oriente Médio (quem financia os grupos de radicais islâmicos), quem financiou as duas guerras mundiais, quem financiou a guerra napoleônica, etc.
No oriente médio, existe o interesse estrangeiro em petróleo. Se não fosse isso, os conflitos seriam ignorados, como ocorre na África.
No caso da Ucrânia, existe o interesses tanto da plutocracia russa quanto da plutocracia ocidental. A Rússia quer mais território e o Ocidente quer aumentar a influência geopolítica e enfraquecer a Rússia. Ucrânia devastada será um ótimo lugar para investidores lucrar com a reconstrução.
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