Pesquisas eleitorais

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Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Eu estou evitando entrar no debate de cunho político, mas achei importante fazer algumas observações sobre as pesquisas eleitorais, tomando por base as que ocorreram ultimamente em comparação com eleições passadas.

Em 2018, muitas delas martelaram por muito tempo o bordão de que "Bolsonaro perde para todos".
Isso foi tão repetido que ficou na cabeça de todo mundo até hoje.

Com a aproximação da data da eleição, a movimentação nas ruas já estava bastante visível, e os institutos começaram a fazer ajustes.
É um fato que a maioria dos institutos, visto o histórico deles, sempre tendem a colocar na frente o(s) candidato(s) do lado esquerdo do espectro político.
Com a aproximação da data da eleição, eles passam a fazer ajustes, de forma a não errarem tanto nas previsões. E salvar um pouco do que sobra da reputação.

A esse fenômeno, tem-se dado o nome de "aterrissagem forçada na realidade", ou seja, eles começam a corrigir os números para espelhar melhor a realidade.
Em 2018, acabaram colocando Bolsonaro na frente de Haddad alguns dias antes da eleição.

Creio que o mesmo se verifica agora.

As pesquisas mais midiáticas têm sido encomendadas quase todas pela imprensa, que tem se mostrado francamente de oposição ao governo.
E os institutos que são divulgados são justamente aqueles que têm interesse que o presidente não se reeleja.

DataFolha é do grupo UOL, frontalmente inimiga do presidente.
BTG Pactual é de André Esteves e tem Nélson Jobim, ex-ministro de Inácio Silva e Dilma, no Conselho.
FSB mantinha contratos de mais de 300 milhões de reais nos governos do PT, segundo o Portal da Transparência.
IPEC é o antigo IBOPE, que errou tanto, perdeu a credibilidade e mudou de nome.
Felipe Nunes, da QUAEST, foi consultor das campanhas do PT no passado e também da campanha de Dilma ao Senado.
A ex-presidentA bebeu dessa fonte e sonhou se eleger ao Senado em 2018, o que todos sabemos que não aconteceu.
Vox Populi, que nem está mais no ar, tem delação de compra de resultado sobre si.

As pesquisas que dão vantagem a Bolsonaro não são divulgadas na imprensa tradicional.
Brasmarket e Sigma, por exemplo.
A Paraná Pesquisas já tem dado Bolsonaro na frente em alguns cenários/regiões/cidades.

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Abaixo, trechos de reportagens de 2018:


Bolsonaro perde de Haddad por 45% a 39% no 2º turno, diz Datafolha

Por João Pedroso de Campos Atualizado em 10 out 2018, 15h49 - Publicado em 28 set 2018, 21h27

Além do petista, candidato do PSL, líder das pesquisas, é derrotado por Ciro Gomes e Geraldo Alckmin na parte decisiva da eleição
Por João Pedroso de Campos Atualizado em 10 out 2018, 15h49 - Publicado em 28 set 2018, 21h27
Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), candidatos à Presidência da República Adriano Machado/Reuters - Nelson Almeida/AFP

A pesquisa Datafolha divulgada na noite desta sexta-feira, 28, testou cenários para o segundo turno da disputa pela Presidência da República, envolvendo os nomes dos quatro presidenciáveis mais bem colocados no levantamento para o primeiro turno: Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Gerado Alckmin (PSDB).

Líder nas intenções de voto na primeira parte da eleição, com 28% da preferência, Jair Bolsonaro perde para Haddad, Ciro e Alckmin nas simulações de segundo turno. No levantamento divulgado no último dia 20 de setembro, o capitão reformado do Exército empatava com todos os adversários e era derrotado apenas pelo candidato do PDT.


[...]


Datafolha: Bolsonaro perde todos os cenários de 2º turno; Ciro vence Haddad

Do UOL, em São Paulo
28/09/201821h24
Pesquisa 28-09
Eleições 2018

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ficou atrás em todas as simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha em pesquisa divulgada nesta sexta-feira (28).

No Datafolha anterior, divulgado no dia 20, Bolsonaro perdia apenas para Ciro Gomes (PDT) nas simulações de segundo turno e estava empatado numericamente ou tecnicamente com Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede).


[...]


DATAFOLHA, SEGUNDO TURNO: BOLSONARO PERDE EM TODOS OS CENÁRIOS

28.09.18 21:06

Jair Bolsonaro perde no segundo turno em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha nos quais o presidenciável do PSL aparece.

Veja:

1) Geraldo Alckmin 45% x Jair Bolsonaro 38%
2) Ciro Gomes 48% x Jair Bolsonaro 38%
3) Fernando Haddad 45% x Jair Bolsonaro 39%

Em outros cenários do instituto, Ciro bate Alckmin (42% x 36%) e Haddad (41% x 35%), enquanto Haddad e Alckmin empatam (39% para cada um).


[...]


Datafolha: Haddad segue em alta, Bolsonaro para e perde no segundo turno

Candidato do PT subiu 18 pontos em um mês, de 4% para 22%, e encosta no postulante do PSL, que estacionou em 28% e perde de todos os concorrentes se passar para o segundo turno
Por Redação RBA

Publicado 28/09/2018 - 21h57

Bolsonaro e seu vice Hamilton Mourão, convidado a se calar. Haddad e Manuela seguem tendência de alta

São Paulo – O candidato do PT à Presidência da República saiu de 4% na última pesquisa de agosto e chegou a 22%, segundo o Datafolha desta sexta-feira (28). Os 18 pontos de crescimento do substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa confirmam a tendência de transferência de votos a Fernando Haddad e sua curva ascendente, a nove dias do primeiro turno.

Jair Bolsonaro (PSL), no mesmo período, foi de 22% a 28% na preferência do eleitorado. Pode ter atingido seu teto, já que apresenta o mesmo indicador de uma semana atrás.


[...]


Pesquisa Datafolha: Lula, 39%; Bolsonaro, 19%; Marina, 8%; Alckmin, 6%; Ciro, 5%
Alvaro Dias tem 3% e Amoêdo, 2%. Meirelles, Boulos, Daciolo e Vera têm 1% cada. Demais candidatos não atingem 1%. Levantamento foi feito entre os dias 20 e 21 e ouviu 8.433 eleitores em 313 municípios.

Por G1
22/08/2018 02h11 Atualizado 26/11/2018

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) apontou os percentuais de intenção de voto para presidente da República em dois cenários com candidatos diferentes do PT – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro cenário e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no segundo.

Pesquisa DataFolha 2018 - Bolsonaro perde para todos.jpg
[...]


Outra pesquisa realizada em setembro, entre 26 e 28, indicou que o atual presidente estava perdendo nas intenções de voto no segundo turno para todos os candidatos. Além da vantagem dos demais candidatos em relação a Bolsonaro, Haddad estava à frente, com 45%, contra 39% do presidente.

Pesquisa DataFolha 2018 - Bolsonaro perde para todos 2.png
(clique na imagem para ampliar)

fonte

Re: Pesquisas eleitorais

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As demonstrações de apoio popular são um fato inegável.
Já são comuns as motociatas e aparição pública com o presidente cercado por multidões, visivelmente entusiasmadas.
Sempre são pessoas do povo, moradores, pequenos empreendedores, entregadores, pequenos comerciantes e trabalhadores.

O mesmo não se vê com o candidato do PT.

Pelo contrário.
Há vários vídeos em que ele é costumeiramente apupado com "Lula Ladrão, seu lugar é na prisão".
Ou então quando há pouca gente em demonstração de apoio, e que não sejam sindicalistas ou militantes "profissionais".

Na internet, nas redes sociais, a quantidade de seguidores é uma comparação covarde.
Os recordes de visualização nos Podcasts estão sendo superados a cada evento.
Bolsonaro já detém 25 milhões de visualizações em apenas 3 entrevistas. Duas dessas com critério de visualizações simultâneas, pouco acima de meio milhão.

O outro candidato se saiu muito mal no último debate e fala-se que vai evitar os próximos.
Ontem, Bolsonaro confirmou que participará de todos.

Fica difícil acreditar que isso tudo seja ilusão.
E, para não ficar ainda mais feio, eu acredito que ocorrerá uma "aterrissagem forçada na realidade" nas próximas rodadas de pesquisas.

Re: Pesquisas eleitorais

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O DataFolha trouxe o resultado do último debate, ocorrido na Band, baseado em APENAS 60 pessoas.


Debate Band - Enquetes da Extrema-Imprensa confirmam - Bolsonaro ganhou 5.jpg
Debate Band - Enquetes da Extrema-Imprensa - DataFolha usa 60 pessoas! - Simone Tebet foi a melhor.jpg
"Para dizer que a Tebet foi a melhor (hahaha) do debate e Bolsonaro o pior, o Datafolha fez uma "pesquisa" com 60 (!) pessoas. E ainda deu os percentuais: Tebet "venceu" com "43% dos votos", o que dá incríveis 26 pessoas.
É RIP JORNALISMO e RIP PESQUISA!"

As enquetes feitas entre milhares/milhões de pessoas mostram um quadro COMPLETAMENTE diferente desse resultado.


Debate Band - Enquetes da Extrema-Imprensa confirmam - Bolsonaro ganhou 2.jpg
Debate Band - Enquetes da Extrema-Imprensa confirmam - Bolsonaro ganhou 6.jpg
Debate Band - Enquetes da Extrema-Imprensa confirmam - Bolsonaro ganhou 1.jpg


Quem fez essas enquetes acima não foram páginas ou apoiadores bolsonaristas.
Foram Ricardo Noblat, UOL e Muka.
Só para lembrar.




E lembrando que DataFolha é aquele instituto que disse em 2018, antes da eleição, que Bolsonaro perdia para TODOS os candidatos.

Re: Pesquisas eleitorais

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O portal Antagonista trouxe hoje:
Intenção de votos em Bolsonaro pode estar subnotificada, diz especialista

30.08.22 18:49
De acordo com o cientista político Antônio Lavareda, os eleitores de menor renda e escolaridade que preferem Bolsonaro podem estar escondendo seu voto para evitar conflitos

As intenções de voto em Jair Bolsonaro podem estar subnotificadas em alguns segmentos da sociedade, principalmente entre os eleitores de menor renda e escolaridade, afirmou o cientista político Antônio Lavareda à CNN Brasil nesta terça-feira (30).

“Bolsonaro tem crescido regularmente nas últimas pesquisas, chamando atenção para a hipótese de subnotificação do voto em Bolsonaro em alguns segmentos, especialmente naqueles de menor renda e escolaridade. Esse fenômeno é conhecido como ‘espiral do silêncio’”, disse Lavareda.

Segundo o cientista político, por pertencerem a um grupo que tende a votar em Lula, pessoas com opiniões divergentes podem ocultar sua preferência política para evitar conflitos. “Quando algumas pessoas têm uma opinião que discrepa da opinião amplamente majoritária do seu grupo, elas escondem e ocultam essa preferência, para não entrar em conflito”, acrescentou Lavareda.

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por Gabarito »

Programa Morning Show de hoje de manhã, em que se fala dos conflitos de interesse entre os institutos de pesquisa:


youtu.be/m5hMwsu6OKQ


Programa Morning Show de segunda-feira:


youtu.be/ItmXnEcCFmY

Re: Pesquisas eleitorais

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O enorme interesse da velha imprensa com a volta dos governos do PT:
(e o motivo oculto de tanto ataque ao atual governo)

PFig - Extrema-Imprensa em Síndrome de Abstinência - Gráfico de faturamento dos governos do PT.jpg
#MídiaSuja - Gráfico - Quanto cada governo gastava com imprensa.jpg
(clique nas imagens para ampliar)

Re: Pesquisas eleitorais

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As redes sociais estão lotadas de vídeos e mais vídeos de apoio popular e enormes multidões por onde o presidente passa.
Até na saída dos Podcasts, as multidões se acotovelam para chegar perto e tirar selfie com Bolsonaro.

É difícil que toda essa maré de gente não tenha expressão estatística em contraponto com quase nada do outro candidato.
Em que todo evento é controlado, fechado e restrito a público previamente escolhido.

E, por isso, é bem provável que as próximas pesquisas comecem a "ajustar" seus números.
Caso não queiram mudar de nome de novo, como aconteceu com a trans-pesquisa IBOPE.
E com o finado Vox Populi.

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por Gabarito »

O que aconteceu em 2018, quando as pesquisas deram vitória de Bolsonaro, foi já perto da eleição e quando não dava mais para tapar o sol com a peneira (haja peneira!).
O fenômeno Bolsonaro já estava a olhos vistos e DataFolha teve que ceder à realidade.
Mas, como mostrado nas matérias postadas mais acima, em 28 de setembro, DataFolha repetiu o bordão "Bolsonaro perde em todos os cenários".

Repita uma mentira.
Repita de novo.
Repita.
Mais uma vez.
Diga comigo de novo.

Essa é a técnica. Martelar a mesma mentira.
Ela acaba entrando na cabeça dos mais desavisados.
E até dos avisados também.

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por Gabarito »

E eu nem trouxe o caso de João Dória, que estava lá no fim da fila e acabou vencendo a eleição.
E nem o de Wilson Witzel e nem o de Romeu Zema, "azarões" que puxaram o tapete das pesquisas.

Tem também os casos contrários, com vitória sempre à esquerda, claro, de Manuela D'Ávila, o de Dilma e o de Eduardo Suplicy.
Todos eles dados como eleitos, encomendando o terno/vestido da posse.

Em junho, as manchetes dos jornais mostravam Lula avaliando candidatos ao futuro ministério!
E tem os que se apresentam também para vaga no STF (Zanin já se ofereceu).
Isso sai nas manchetes. É quase dado como certo!

São inúmeros os casos.
Fraudes flagrantes, tentativas de impor uma realidade diferente da verdadeira.

Re: Pesquisas eleitorais

nuker
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Mensagem por nuker »

Eu já tinha falado sobre essas coisas, apenas não de forma tão específica. O grosso destas pesquisas eleitorais não são confiáveis, porque tem muita gente ligada a partidos de esquerda em tais instituições, inclusive os donos delas. É bem capaz de até ter gente ligada à Internacional Socialista em tais institutos. É o que eu estava falando... No começo das eleições, eles sempre colocam um candidato da esquerda como tendo preferência pela população, mas depois, normalmente só quando não dá mais para disfarçar, resolvem divulgar dados mais próximos da realidade, para não caírem em descrédito. Foi o que eu falei no outro tópico. Mas tem muita gente desavisada que acha que tudo isso é coisa de teoria da conspiração ou argumento de bolsonarista, quando na verdade é o que acontece mesmo. E eu também já tinha falado sobre o fato de estas pesquisas não estarem de acordo com a realidade e amplo apoio mostrados na internet. Aqueles que não estão ligados à esquerda (sindicalistas e a maioria dos servidores públicos), os que têm pouco ou nenhum acesso à internet, são convencidos por tais pesquisas porque acham que tudo o que há na internet é mentira e que a verdade só tem credibilidade através dos meios de comunicação convencionais. E são estas as pessoas que acabam caindo no conto do vigário.

Os próprios meios de comunicação fazem enquetes mostrando um resultado mas ao mesmo tempo conseguem publicar títulos de matérias dizendo o contrário da enquete.

Por isso que ainda prefiro dar mais credibilidade às enquetes, porque normalmente são elas as que mostram os dados mais próximos da realidade.

Por mim todos esses institutos de pesquisa deveriam ser criminalizados, proibidos no Brasil. Enganam o povo, incentivam voto útil e manipulam investidores.

E esse grupo UOL inteiro, por mim, deveria ser extinto.

Re: Pesquisas eleitorais

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gabarito escreveu:
Qua, 31 Agosto 2022 - 14:49 pm
Eu estou evitando entrar no debate de cunho político, mas achei importante fazer algumas observações sobre as pesquisas eleitorais, tomando por base as que ocorreram ultimamente em comparação com eleições passadas.

Em 2018, muitas delas martelaram por muito tempo o bordão de que "Bolsonaro perde para todos".
Isso foi tão repetido que ficou na cabeça de todo mundo até hoje.

Com a aproximação da data da eleição, a movimentação nas ruas já estava bastante visível, e os institutos começaram a fazer ajustes.
É um fato que a maioria dos institutos, visto o histórico deles, sempre tendem a colocar na frente o(s) candidato(s) do lado esquerdo do espectro político.
Com a aproximação da data da eleição, eles passam a fazer ajustes, de forma a não errarem tanto nas previsões. E salvar um pouco do que sobra da reputação.

A esse fenômeno, tem-se dado o nome de "aterrissagem forçada na realidade", ou seja, eles começam a corrigir os números para espelhar melhor a realidade.
Em 2018, acabaram colocando Bolsonaro na frente de Haddad alguns dias antes da eleição.
Isso não poderia ser mais falso. É uma fake news que foi tão difundida pela base Bolsonarista que acabou se tornando verdade para muitos de tanto ouví-la.

Já disse no outro tópico e repito aqui: a maioria das pesquisas eleitorais mostraram Bolsonaro na frente tanto no 1° quanto no 2° turno.
Gabarito escreveu:
Qua, 31 Agosto 2022 - 14:49 pm
As pesquisas mais midiáticas têm sido encomendadas quase todas pela imprensa, que tem se mostrado francamente de oposição ao governo.
E os institutos que são divulgados são justamente aqueles que têm interesse que o presidente não se reeleja.

DataFolha é do grupo UOL, frontalmente inimiga do presidente.
BTG Pactual é de André Esteves e tem Nélson Jobim, ex-ministro de Inácio Silva e Dilma, no Conselho.
FSB mantinha contratos de mais de 300 milhões de reais nos governos do PT, segundo o Portal da Transparência.
IPEC é o antigo IBOPE, que errou tanto, perdeu a credibilidade e mudou de nome.
Felipe Nunes, da QUAEST, foi consultor das campanhas do PT no passado e também da campanha de Dilma ao Senado.
A ex-presidentA bebeu dessa fonte e sonhou se eleger ao Senado em 2018, o que todos sabemos que não aconteceu.
Vox Populi, que nem está mais no ar, tem delação de compra de resultado sobre si.

As pesquisas que dão vantagem a Bolsonaro não são divulgadas na imprensa tradicional.
Brasmarket e Sigma, por exemplo.
A Paraná Pesquisas já tem dado Bolsonaro na frente em alguns cenários/regiões/cidades.
Falso novamente.

BTG Pactual tem como um dos fundadores o Paulo Guedes. O G é de Guedes, e o próprio só se afastou da direção do banco por ocasião das eleições de 2018.

As cidades que a Paraná Pesquisas aponta vantagem de Bolsonaro são as mesmas que as demais também apontam, que é basicamente a região sul. Entretanto, no cenário nacional, a Paraná Pesquisas também aponta vantagem de Lula.

Existem vários outros institutos, principalmente privados, como XP e Genial Investimentos, que também fazem pesquisas. Empresas de investimento em geral acompanham o panorama geral das eleições para conhecerem o retrato do mercado e poderem alinhar seu posicionamento estratégico. Naturalmente, a maioria das pesquisas tendem a apontar para o mesmo cenário. Um instituto fraudar a própria pesquisa é autossabotagem, já que ela será desmentida por todas as outra empresas que realizam pesquisas independentes.
Editado pela última vez por Cinzu em Qua, 31 Agosto 2022 - 20:13 pm, em um total de 1 vez.

Re: Pesquisas eleitorais

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

A verdade é que Bolsonaro está perdendo para Lula em todas as pesquisas sérias e a base Bolsonarista se recusa a enxergar isso. Para contornar a situação, se encostam em uma teoria da conspiração sem sentido para depois acusarem fraude das urnas quando Bolsonaro perder.

Re: Pesquisas eleitorais

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Gabarito escreveu:
Qua, 31 Agosto 2022 - 14:49 pm
BTG Pactual é de André Esteves e tem Nélson Jobim, ex-ministro de Inácio Silva e Dilma, no Conselho.
Desde quando Bolsonaro assumiu BPAC11 subiu 300% e o lucro do banco só tem aumentado.
https://www.bancodata.com.br/relatorio/btg-pactual
E nem o de Wilson Witzel e nem o de Romeu Zema, "azarões" que puxaram o tapete das pesquisas.
Esses casos são de pessoas que mudaram o voto na última hora. Muita gente decide é na última hora.

Em 2018, o bolsonarismo estava forte. Era só um candidato demonstrar apoio a Bolsonaro que ele ganhava votos e muitos deputados foram eleitos assim.
Romeu Zema, por exemplo, era irrelevante. Então no último debate na televisão ele manifestou apoio a Bolsonaro e saiu de 1% para 15% (segundo as pesquisas) e subiu muito mais no dia da votação quando o povo estava divulgando ele. Com Witzel é a mesma coisa e o eleitor dele nem sabe pronunciar o nome. O zap-zap teve papel importante para divulgar aliados do presidente.

Re: Pesquisas eleitorais

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gabarito escreveu:
Qua, 31 Agosto 2022 - 14:49 pm
Abaixo, trechos de reportagens de 2018:
Bolsonaro perde de Haddad por 45% a 39% no 2º turno, diz Datafolha
Por João Pedroso de Campos Atualizado em 10 out 2018, 15h49 - Publicado em 28 set 2018, 21h27
Outra pesquisa realizada em setembro, entre 26 e 28, indicou que o atual presidente estava perdendo nas intenções de voto no segundo turno para todos os candidatos. Além da vantagem dos demais candidatos em relação a Bolsonaro, Haddad estava à frente, com 45%, contra 39% do presidente.
Você citou 5 (CINCO) manchetes diferentes que tratam da mesma pesquisa! Datada de antes das eleições do 1° turno, fazendo "previsões" do 2° turno. E ainda por cima postou uma notícia da época em que o candidato do PT para 2018 ainda era o Lula, sequer era Haddad.

Que coisa feia, Gabarito! Justo você cometendo uma gafe dessas em um fórum "cético" :naughty: :liar:

Nenhuma pesquisa em momento algum indicou vantagem de Haddad sobre Bolsonaro no 1° turno. E após ocorrer o 1° turno, todas as pesquisas indicaram vantagem de Bolsonaro no 2° turno.


1° turno 2018:
Imagem
fonte: https://politica.estadao.com.br/eleicoe ... ente/ibope


2° turno 2018:
Datafolha para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 59%; Haddad, 41%
url=https://g1.globo.com/politica/eleicoes/ ... d-41.ghtml
Datafolha para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 56%; Haddad, 44%
Nos votos totais, Jair Bolsonaro, do PSL, tem 48%, e Haddad, 38%. Pesquisa ouviu 9.173 eleitores na quarta-feira (24) e na quinta-feira (25).
https://g1.globo.com/politica/eleicoes/ ... d-44.ghtml
Ibope para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 57%; Haddad, 43%
url=https://g1.globo.com/politica/eleicoes/ ... urno.ghtml

No 2° turno é ainda pior: as pesquisas FAVORECERAM BOLSONARO, pois o resultado das eleições foi Bolsonaro com 55%.
Pelo argumento Bolsonarista, podemos concluir então que Ibope e Datafolha são institutos tendenciosos de direita que prejudicaram o PT.


Gabarito escreveu:
Qua, 31 Agosto 2022 - 15:13 pm
Repita uma mentira.
Repita de novo.
Repita.
Mais uma vez.
Diga comigo de novo.

Essa é a técnica. Martelar a mesma mentira.
Ela acaba entrando na cabeça dos mais desavisados.
E até dos avisados também.
Acho que essa é a única verdade dita. Só esqueceu de mencionar quem são os repetidores de mentiras! :naughty: :liar:

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

O mundo dos testes empíricos é um lugar muito cruel com os teóricos da conspiração (sugiro a leitura especialmente atenta do parágrafo que está logo acima da Tabela 3 do artigo):

As pesquisas eleitorais erram mais em favor da esquerda?
Victor Araújo17 Ago 2022(atualizado 17 ago 2022 às 15h55)

(…)

Imagem
Fonte: https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/20 ... a-esquerda

Re: Pesquisas eleitorais

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

É basicamente a versão bolsonarista do PIG (lembram dessa?).

Muita coisa causando horror a toa, como essa pesquisa de 60 pessoas. Eles descrevem como foi feito e que não é representativo da população.

E tem falta de contexto também. Eu lembro que o imbecil do witzel foi eleito de ultima hora mesmo, quando se anunciou e se espalhou via whatsapp uma semana antes da eleição que ele era o candidato cristão de direita conservador honesto patriota bolsonarista. Foi de fato um fenomeno em certo sentido. Deu a merda que deu (zero surpresa), mas foi uma jogada de marketing muito boa para o momento.

Ademais, é inegável que bolsonaro atrai mais gente. A galera gosta, chora, pede uma foto e até benção. Aquela coisa de gente que cultua político por algum motivo. "O último homem bom."

Já o movimento anti-bolsonaro não fica mesmo fazendo essas papagaiadas para político, entendeu? Não quer dizer que não seja um grupo maior. É uma galera que vota no lula desanimada, mas, se chegar a tanto, vai lá e faz o dever cívico. É como aconteceu nos EUA: não foi o biden que venceu, foi o trump que perdeu.

Ainda falta um mes para esta bosta acabar. Vamos ver se o season finale tem reviravoltas.

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Atenção, senhores passageiros.
Já iniciamos a nossa previsível "aterrissagem forçada na realidade".
Em mais alguns dias, estaremos nos aproximando de terra firme e os números do candidato mais bem pontuado nas nossas pesquisas, "surpreendentemente", irão cair.
Nem precisa apertar os cintos.

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Bolsonaro ganha disparado entre os eleitores mais ricos. Segundo o Ipec, o placar é de 47% a 28% entre quem ganha mais de 5 salários mínimos:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62721442

Manisfestantes políticos de rua tem um perfil radicalmente distinto do eleitor representativo. Na época das manifestações anti-PT de 2015, 67% dos manifestantes paulistanos admitiam ter renda mensal familiar de mais de 5 salários mínimos. Porém, para a população em geral da cidade de São Paulo, 69% têm renda familiar de até cinco salários mínimos: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/ ... ifestantes

Usar amostras de manisfestante políticos como pesquisa eleitoral está no mesmo nível argumentativo de mostrar a população americana que joga basquete profissionalmente e dizer: “Ué, como assim a maioria da população estadunidense não é negra? Vejam as quadras de basquetes, tem pelo menos uns 80% de negros”.

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por Gabarito »

As pesquisas se tornaram irrelevantes para o eleitor

Por Luciano Trigo
01/09/2022 17:28
Gazeta do Povo

Há dois tipos de atividade cujo principal patrimônio é a credibilidade: o jornalismo e as pesquisas de opinião. Um jornal que perde a credibilidade não tem valor algum. Uma pesquisa na qual ninguém acredita, tampouco. Grandes jornais e importantes institutos de pesquisa que, sabe-se lá com que motivação, jogaram na lata de lixo seu principal patrimônio já estão condenados, mesmo que ainda não tenham se dado conta disso. São mortos sem sepultura.

Quando são sérios, institutos de pesquisa e grandes jornais prestam importantes serviços à sociedade, podendo até influenciar o voto do eleitor. Quando se transformam em instrumentos de uma agenda política, eles se tornam, em um primeiro momento, nocivos. Em seguida, tornam-se irrelevantes, já não influenciam o voto de mais ninguém. É claro que há muito de subjetivo nessa percepção, mas acredito que ela não seja só minha.

Como alguns grandes jornais, as pesquisas já passaram da fase de causar irritação. Hoje elas simplesmente não fazem a menor diferença: ninguém liga. Digo isso com tristeza, porque eu gostava muito de acompanhar as pesquisas em ano eleitoral – quando elas faziam algum sentido. Mas os erros em série, eleição após eleição, que chegaram ao ápice nas eleições para presidente em 2018 e para prefeito de 2020, me tornaram totalmente cético.

No artigo “O Ibope deve uma satisfação aos eleitores”, aliás, apontei uma quantidade absurda de previsões bizarras e vergonhosas do famoso instituto, muito além da margem de erro, que foram desmentidas de forma humilhante pelas urnas em 2020. Escrevi, na ocasião:
“Eleição após eleição, os principais institutos de pesquisa vêm passando vergonha no Brasil, e em 2020 não foi diferente. Na melhor das hipóteses, a metodologia que estão usando é frágil – e já deveria ter sido corrigida. Não vou especular sobre hipóteses piores, mas cabe a pergunta: será apenas uma coincidência que os erros favoreçam sempre os candidatos de esquerda? Torço para que seja coincidência, mas, convenhamos, para muita gente será difícil acreditar nisso.”
Você viu o Ibope pedir desculpas aos eleitores pela vergonha que passou? Nem eu.

Voltemos a 2018. Um gráfico reproduzido pela Wikipédia mostra a evolução das médias das cinco principais pesquisas para o segundo turno entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. Em maio/junho de 2018, essas pesquisas chegaram a afirmar que Haddad teria 45% dos votos, contra 20% de Bolsonaro. Só em agosto/setembro o quadro começou a mudar.

Mesmo assim, ainda em 28 de setembro daquele ano o Datafolha apostava (“apostar” é o verbo adequado) na vitória de Haddad (45% x 39%). Segundo o Datafolha, Bolsonaro perderia até para Alckmin e Ciro Gomes. Só ganharia de Marina Silva, e ainda assim por muito pouco:
LTrigo - As pesquisas se tornaram irrelevantes para o eleitor (2018 - Haddad vence 2º turno).jpg
Ora, dá para acreditar que entre 28 de setembro de 2018 e o dia do segundo turno, exatamente um mês depois, milhões de eleitores mudaram de ideia e deixaram de votar em Haddad para votar em Bolsonaro? Isso é fazer pouco da inteligência do leitor/eleitor. Já em maio/junho o antipetismo que levaria Bolsonaro à presidência era um fator consolidado no humor do eleitorado.

O resultado final da eleição: Bolsonaro recebeu 55,13% dos votos, Haddad 44,87% – uma diferença de mais de 10 milhões de votos.

Muitos eleitores detestam Bolsonaro e gostariam de não votar nele, mas votarão assim mesmo, simplesmente porque consideram que a alternativa é pior

Também é muito difícil acreditar que um volume significativo (na casa dos milhões) de eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018 passe a votar em Lula em 2022. Pode até acontecer de forma residual, mas mesmo os eleitores de Bolsonaro mais decepcionados tendem a não votar no PT de jeito nenhum, mesmo que não votem em Bolsonaro novamente. Vou além: muitos eleitores detestam Bolsonaro e gostariam de não votar nele, mas votarão assim mesmo, simplesmente porque consideram que a alternativa é pior.

Em 2022, o comportamento das pesquisas está se mostrando semelhante ao de 2018. Em maio/junho passados os principais institutos cravavam uma vantagem gigantesca para o candidato do PT, chegando a afirmar que ele venceria no primeiro turno. Alguém realmente acreditou nisso? Parece mais se tratar de um caso de wishful thinking, ou da tentativa de se criar um fato consumado. Se foi isso, não colou.

Estou longe de achar que a eleição está decidida, acredito que será apertada, até porque os dois principais candidatos contam com uma base enorme de eleitores incondicionais. Mas, neste momento, parece claro que o vento sopra a favor da reeleição de Bolsonaro.

Há dois fatores a considerar: a recuperação veloz da economia, com o aumento da projeção de crescimento do PIB e queda dos índices de inflação e desemprego; e o fraco desempenho de Lula no debate, quando a imagem de fragilidade que o candidato passou foi talvez mais impactante para o eleitor indeciso que sua dificuldade objetiva de responder às perguntas sobre corrupção.

Ciro Gomes, por sua vez, parece estar crescendo – e tirando votos do PT. Muitos eleitores simpáticos à esquerda podem estar pensando também na "maldição do vice", tema que abordei neste artigo, e talvez estejam cogitando dar uma oportunidade ao político do Ceará.

É claro que muita coisa ainda pode – e vai acontecer. O Sete de Setembro, inclusive.

Já ia dar o ponto final neste artigo quando li que foi divulgada mais uma pesquisa, contratada pelo Banco Modal e realizada pelo Instituto Futura Inteligência. Pela primeira vez esse instituto mostra Bolsonaro à frente de Lula: 40,1% x 36,9%. Os eleitores de Bolsonaro vão festejar, os eleitores de Lula vão desqualificar a pesquisa.

O mesmo instituto dava Lula na frente em julho, o que sugere alguma isenção, mas isso apenas reforça a tese deste artigo. A minha conclusão é a seguinte: daqui para frente cada pesquisa vai dizer uma coisa, e haverá pesquisas para todos os gostos. Ou seja: elas não servem mesmo mais para nada.

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Tinha que ser do Gazeta do Povo, um panfleto bolsonarista, tal como a Jovem Pan e o Terça Livre.

Como assim milhões de eleitores não podem mudar de intenção em um mês? O que não faltam são experimentos psicológicos que mostram que as pessoas mudam de comportamento estimulados pelas coisas mais triviais; o campo da psicologia do marketing e da influência social está careca de saber disso.

Mudanças substanciais nas intenções de voto ao longo do tempo foi apresentado como argumento indestrutível que corrobora a falta de credibilidade dos institutos de opinião. Que piada!

Re: Pesquisas eleitorais

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

]Empiricus/Paraná Pesquisas: Bolsonaro tem 60,6% dos válidos; Haddad, 39,4%...

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/eleicoes/em ... addad-394/)
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Pesquisa de 26 de outubro de 2018, dias antes das eleições do 2° turno.

Bolsonaristas adoram citar uma pesquisa de meses atrás, mas se esquecem completamente das pesquisas de DIAS atrás que mostraram Bolsonaro inflado.

É aquela velha história... Se a pesquisa não mostra o que eu quero, é porque foi fraudada.

Re: Pesquisas eleitorais

nuker
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Mensagem por nuker »

Então agora eu entendi... As pesquisas eleitorais, no início, sempre tendem a favorecer mais candidatos que favoreçam os donos dos próprios institutos e depois de um tempo, quando não conseguem convencer (quando a realidade mostra o contrário do que é indicado nas pesquisas), estas pesquisas começam a mostrar dados cada vez mais reais, até próximo ao dia da eleição, para não acabarem caindo em descrédito e poderem, numa próxima eleição, tentarem convencer novamente os eleitores de sua própria tendenciosidade. Já entendi como funciona o jogo. Mas ainda acho isso ridículo e deveria ser proibido. E tem até juízes envolvidos nisso, como um que a pedido do PT proibiu a divulgação do resultado do Datafolha na Bahia. Ou seja, existe toda uma máfia envolvida em tais institutos.

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Em contexto de habitual volatilidade de intenções de voto ao longo do tempo, o argumento “Mudaram os resultados na retal final da campanha eleitoral porque viram que não conseguiriam tapar o sol com a peneira” é uma balela infalseável. Senão, vejamos…

Se a mudança levou ao acerto, seria porque “viram que não conseguiriam tapar o sol com a peneira e ajustaram os resultados das pesquisas para não passarem vexame”.

Se a mudança levou ao erro, seria porque “os institutos erram demais e não têm credibilidade”.

Ou seja, em contexto de habitual volatilidade de intenções de voto ao longo do tempo, aquele que alega manipulação ou fraude sempre estaria certo, independentemente da congruência ou divergência do resultado da pesquisa eleitoral em relação ao resultado das urnas.

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Pesquisa mentirosa - Bolsonaro 22% em 5 de setembro de 2018.png

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Aterrissagem das pesquisas no Chile já pode ser verificada.
Analisada aqui uma decolagem da rejeição.
Em maio, 48% rejeitariam a nova Constituição.

Constituinte chilena perde apoio popular, aponta pesquisa
48% rejeitariam e 35% aprovariam a nova Carta Magna

Marco Miguel
16/05/2022 11:00,atualizado 16/05/2022 11:16

Os ventos que sopraram a favor dos progressistas no Chile começam a mudar de lado. Após sucessivas vitórias que culminaram com a eleição presidencial de Gabriel Boric, pesquisa do Instituto Cadem aponta que a maioria dos chilenos reprovaria a nova Constituição, ainda em debate, que passará por um plebiscito em 4 de setembro deste ano.

Hoje 48% rejeitariam e 35% aprovariam a nova Carta Magna. Cenário completamente distinto de janeiro, quando 56% dariam um basta às leis do ex-ditador Augusto Pinochet e votariam por mudanças. 55% dos entrevistados que rechaçam a Constituição dizem desconfiar dos membros da Convenção Constitucional. 40% afirmam discordar das propostas aprovadas até o momento.

Há algumas possíveis razões para essa má percepção. O mau humor com o início da administração Boric, que estacionou em uma desaprovação de mais de 50% um mês após sua posse. A falta de comunicação das propostas constituintes, que até o momento passou mais tempo definindo sua formação, paridade e funcionamento do que efetivamente partindo para o debate público.

E quando os temas mais polêmicos surgem, o descontentamento brota à esquerda e à direita. Foi aprovada a desmilitarização dos carabineiros, a polícia chilena. O Senado será extinto e substituído por uma “Câmara das Regiões”, um órgão responsável pela formação das leis em acordo regional.

A partir de hoje (16), começa a funcionar “Comissão de Harmonização”, que tem a missão de avaliar questões jurídicas e a coerência do texto. Os trabalhos seguem até junho.

Mesmo com os resultados desanimadores, há um consenso na classe política que o país deve mudar parte de suas leis, respaldado pelos 78% que apoiaram a criação de uma Constituinte em plebiscito.

Caso a nova carta seja rejeitada, o Congresso poderia absorver e votar algumas das principais propostas e realizar uma reforma constitucional. Outra possibilidade é formar uma comissão constituinte com os atuais senadores e deputados. Em ambos os casos, as revoltas de 2019 sofreriam uma grande derrota.

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por Gabarito »

Em agosto, divulgaram que 49% dos entrevistados votariam pela “rejeição”, mas projetaram que isso tenderiam a 54%:

Pesquisa sobre plebiscito chileno mostra que 54% rejeitariam nova constituição

Ao estimar prováveis ​​eleitores de plebiscito sobre nova Constituição, pesquisa projeta que 54% se inclinariam para a “rejeição” e apenas 46% para a “aprovação”.

CNN
21/08/2022 às 17:50

Foi divulgada neste sábado (20), 15 dias antes do plebiscito sobre a Constituição do Chile, uma nova edição da pesquisa do Painel Cidadão — a última antes da consulta de 4 de setembro.

De acordo com a pesquisa, quando questionados “com as informações que você tem hoje, no plebiscito da nova Constituição, você votaria…”, 49% dos entrevistados indicaram que votariam “rejeição”. Enquanto isso, 39% garantiram que escolheriam “aprovação”. Além disso, 12% declararam que “não sabem/não votarão”.

Ao realizar estimativa com o número provável de ​​eleitores para o plebiscito, a pesquisa projetou que 54% se inclinaram para a “rejeição” e apenas 46% para a “aprovação”, estreitando a diferença entre as duas opções para 8 pontos.

[...]

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por Gabarito »

Resultado final: 62% rejeitaram a nova Constituição.

Terra firme.
Pouso na realidade realizado com sucesso.

Imagem



(Nesse caso, o pouso foi da aprovação, no que o viés das pesquisas apostava)

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Resumo:
A média das pesquisas principais e mais proeminentes na imprensa tradicional indica sempre um resultado favorável para o lado esquerdo do espectro político.
À medida que se aproxima a eleição, a correção é gradualmente feita para se aproximar da realidade.
Não vê isso quem não quer ver. Prefere tapar os olhos. Ou usar uma peneira.
A desculpinha vai ser sempre volatilidade e "retrato de um momento".

Tudo bem. Nada contra.
Imagem

Prefiro o ceticismo.

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Seria bom deixar claro:
Não é que eu não acredite nas pesquisas.
As pesquisas são um ramo da estatística que se dedica à análise e interpretação de dados.
Têm métodos de organização, resumo, apresentação e interpretação dos dados.
A estatística é um ramo da Ciência perfeitamente respeitado e também base para muito da tecnologia que nos cerca nos dias de hoje.

Ocorre que temos observado um comportamento suspeito no resultado das principais empresas que fazem as pesquisas eleitorais.
E o tópico foi criado com o objetivo de observar melhor isso.

Re: Pesquisas eleitorais

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Então você espera uma brusca virada de mesa agora? Pois a menos de um mês das eleições, que eu saiba, todas as pesquisas desde a redemocratização acertaram quem levaria a faixa. Seria a primeira vez que isso não aconteceria.

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

O que eu tento mostrar é o ajuste.
Não me refiro a resultado final, mas a um ajuste que sempre ocorre numa mesma direção.
Começa com uma grande diferença e ela vai diminuindo. E sempre num mesmo movimento, sempre começando com um candidato/pauta de esquerda na frente.

Começaram dizendo que Lula ganharia no 1º turno.
Pesquisas posteriores já mostram Lula abaixo dos 50%.
Outras que vieram depois já dá uma margem menor de diferença com o 2º lugar.
E, na semana anterior à eleição, o meu palpite é que eles estarão tecnicamente empatados.

É isso o que eu chamo a atenção: a correção sempre de um mesmo lado.

Eu não sei quem vai ganhar. Mas sei que há um movimento que se repete. E é o que eu descrevi acima.

Re: Pesquisas eleitorais

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Não fui atrás do histórico de todas as pesquisas de todas as corridas presidenciais desde 1989, mas a pesquisei rápido sobre os pleitos de 2010 e 2014.

Datafolha chegou a dar aecio na frente para o 2o turno de 2014:
https://veja.abril.com.br/politica/data ... turno/amp/

O mesmo datafolha mostrou serra bem a frente de dilma em 2010:
https://politica.estadao.com.br/noticia ... -28,539619

Então não é sempre.

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Titoff escreveu:
Seg, 05 Setembro 2022 - 13:06 pm

Então não é sempre.
Pode ser.
Uma ou outra pesquisa pode não estar nessa regra.
Mas não é comum.

Re: Pesquisas eleitorais

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

ATENÇÃO: aos que não são Bolsominions ou não possuem qualquer nível de fanatismo político, aconselho não perderem tempo com essa longa e desnecessária postagem e irem direto aos spoilers
Gabarito escreveu:
Seg, 05 Setembro 2022 - 10:05 am
Imagem
Mais uma mentira descabida e perversa que somente um ignorante fanático predisposto a manipulação devido a seu baixo intelecto e incapacidade de pesquisar informações acreditaria.

Bolsonaro foi eleito presidente em 28 de outubro de 2018. Não é preciso muita instrução para encontrar essa informação, e muito menos para fazer a conta que de 5 de setembro para 28 de outubro não resulta em "menos de um mês".

Mas, considerando que qualquer ser humano está sujeito a lapsos e falhas, vamos dar uma segunda chance à publicação e supor que o post estava na realidade se referindo ao resultado do 1° turno das eleições, que ocorreu em 7 de outubro de 2018.

Neste caso, temos: 07/10/2018 - 05/09/2018 = 32 dias.

Segundo algumas pesquisas que fiz, encontrei a seguinte definição para mês:
Mês é o tempo aproximado necessário à Lua para efetuar uma volta ao redor da Terra. Em anos normais, um mês tem em média 30 dias e 10 horas (730 h), e, em um ano bissexto, um mês tem em média 30 dias e 12 horas (732 h). Um mês corresponde a 1/12 de um ano.
Considerando que tal informação tem como fonte de origem a wikipedia, peço gentilmente que me corrijam caso eu esteja enganado, mas pela pesquisa que fiz, 32 dias ainda não se enquadraria em "menos de um mês".

Ainda assim, levando em conta o fato de que o Brasil tem um dos piores desempenhos em matemática do Pisa (fonte: https://blog.educacross.com.br/matemati ... pisa-2018/) darei uma terceira chance ao autor da publicação e farei a suposição de que o mesmo apenas errou a operação matemática básica, ao invés de ter sido intelectualmente desonesto.

Com isso, analisemos os fatos:

A pesquisa citada de 05 de setembro de 2018 mostra Bolsonaro com 22% das intenções de voto em pesquisa realizada entre os dias 1 e 3 de setembro. Outra informação a ser destacada, mas que por algum motivo a publicação omitiu, é que nessa mesma pesquisa o candidato do PT, Fernando Haddad, aparece com 6% das intenções de voto.
Após mais de um mês, tanto Bolsonaro quanto o candidato do PT cresceram e finalizaram o 1° turno com 46% e 29%, respectivamente. Isso denota um crescimento de 2,09x para Bolsonaro nesse período e de 4,83x para Haddad nesse mesmo período.

Portanto, a pesquisa mencionada pelo cidadão anônimo da publicação é na realidade só mais um exemplo de pesquisa que na verdade FAVORECEU BOLSONARO, pois o apresentou MUITO a frente do candidato do PT.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Naturalmente, quem não é fanático e possui o mínimo nível de ceticismo não se contentará com a resposta acima. Para estes, reservo-me à explicação alternativa b:
Spoiler:
É bem sabido que no último mês das eleições de 2018, tanto Bolsonaro quanto Haddad cresceram substancialmente nas intenções de voto para Presidente. Bolsonaro mais que triplicou seu número de seguidores em poucas semanas, especialmente após o episódio da "facada", que causou repercussão e comoção nacional. Quanto à Haddad, é de esperar, visto que saiu do quase anonimato para principal candidato do PT após impugnação da candidatura de Lula.

Re: Pesquisas eleitorais

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Titoff escreveu:
Seg, 05 Setembro 2022 - 13:06 pm
Não fui atrás do histórico de todas as pesquisas de todas as corridas presidenciais desde 1989, mas a pesquisei rápido sobre os pleitos de 2010 e 2014.

Datafolha chegou a dar aecio na frente para o 2o turno de 2014:
https://veja.abril.com.br/politica/data ... turno/amp/

O mesmo datafolha mostrou serra bem a frente de dilma em 2010:
https://politica.estadao.com.br/noticia ... -28,539619

Então não é sempre.
Aplicando a lógica Bolsonarista, a única conclusão que podemos assumir a partir das informações acima são mais exemplos de como as pesquisas favorecem candidatos de direita. Assim como as pesquisas de 2018 favoreceram Bolsonaro, conforme já mostrei acima, as pesquisas de 2014 e 2010 também desfavoreceram o principal candidato da esquerda.

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Gabarito escreveu:
Seg, 05 Setembro 2022 - 13:36 pm
Titoff escreveu:
Seg, 05 Setembro 2022 - 13:06 pm

Então não é sempre.
Pode ser.
Uma ou outra pesquisa pode não estar nessa regra.
Mas não é comum.
Huxley escreveu:
Qua, 31 Agosto 2022 - 21:38 pm
O mundo dos testes empíricos é um lugar muito cruel com os teóricos da conspiração (sugiro a leitura especialmente atenta do parágrafo que está logo acima da Tabela 3 do artigo):

As pesquisas eleitorais erram mais em favor da esquerda?
Victor Araújo17 Ago 2022(atualizado 17 ago 2022 às 15h55)

(…)

Imagem
Fonte: https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/20 ... a-esquerda

Re: Pesquisas eleitorais

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Huxley escreveu:
Dom, 04 Setembro 2022 - 00:58 am
Tinha que ser do Gazeta do Povo, um panfleto bolsonarista, tal como a Jovem Pan e o Terça Livre.
E se assim realmente fosse você poderia usar um argumento real para refutar o texto ao invés de ter que recorrer a uma falacia de ataque pessoal simplesmente rotulando a fonte como isso ou aquilo.
Huxley escreveu:
Dom, 04 Setembro 2022 - 00:58 am
Como assim milhões de eleitores não podem mudar de intenção em um mês? O que não faltam são experimentos psicológicos que mostram que as pessoas mudam de comportamento estimulados pelas coisas mais triviais; o campo da psicologia do marketing e da influência social está careca de saber disso.

Mudanças substanciais nas intenções de voto ao longo do tempo foi apresentado como argumento indestrutível que corrobora a falta de credibilidade dos institutos de opinião. Que piada!
Me mostre onde estão essas milhões de pessoas que são tão indiferentes assim que pra elas tanto faz votar no PT ou no Bolsonaro.
Eu não conheço.

Concordo que milhões de indecisos ou pessoas pensando em votar nulo ou em branco, possam decidir votar no PT para evitar o Bolsonaro, ou votar no Bolsonaro para evitar o PT.
Posso acreditar que milhões que votariam no Ciro ou no candidato no Novo, também decidam mudar de voto pelo risco do Bolsonaro ou do Lula conseguir se eleger no primeiro turno.

Mas é sim impossível que milhões que pretendiam votar no Lula até ontem agora decidam votar no Bolsonaro, ou vice e versa, como se não existisse uma polarização entre quem repudia o PT e quem repudia o Bolsonaro.

Acho mais fácil acreditar em milhões se convertendo na "cura gay" do que acreditar em milhões de eleitores do Lula na ultima hora decidindo votar no Bolsonaro.
Não precisa ser nenhum gênio para saber que isso não faz o menor sentido.
O homem prefere parecer ao invés de realmente ser. :oops:

Re: Pesquisas eleitorais

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Será que é hoje o golpe?

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

NadaSei escreveu:
Qua, 07 Setembro 2022 - 01:39 am
Huxley escreveu:
Dom, 04 Setembro 2022 - 00:58 am
Tinha que ser do Gazeta do Povo, um panfleto bolsonarista, tal como a Jovem Pan e o Terça Livre.
E se assim realmente fosse você poderia usar um argumento real para refutar o texto ao invés de ter que recorrer a uma falacia de ataque pessoal simplesmente rotulando a fonte como isso ou aquilo.
Huxley escreveu:
Dom, 04 Setembro 2022 - 00:58 am
Como assim milhões de eleitores não podem mudar de intenção em um mês? O que não faltam são experimentos psicológicos que mostram que as pessoas mudam de comportamento estimulados pelas coisas mais triviais; o campo da psicologia do marketing e da influência social está careca de saber disso.

Mudanças substanciais nas intenções de voto ao longo do tempo foi apresentado como argumento indestrutível que corrobora a falta de credibilidade dos institutos de opinião. Que piada!
Me mostre onde estão essas milhões de pessoas que são tão indiferentes assim que pra elas tanto faz votar no PT ou no Bolsonaro.
Eu não conheço.

Concordo que milhões de indecisos ou pessoas pensando em votar nulo ou em branco, possam decidir votar no PT para evitar o Bolsonaro, ou votar no Bolsonaro para evitar o PT.
Posso acreditar que milhões que votariam no Ciro ou no candidato no Novo, também decidam mudar de voto pelo risco do Bolsonaro ou do Lula conseguir se eleger no primeiro turno.

Mas é sim impossível que milhões que pretendiam votar no Lula até ontem agora decidam votar no Bolsonaro, ou vice e versa, como se não existisse uma polarização entre quem repudia o PT e quem repudia o Bolsonaro.

Acho mais fácil acreditar em milhões se convertendo na "cura gay" do que acreditar em milhões de eleitores do Lula na ultima hora decidindo votar no Bolsonaro.
Não precisa ser nenhum gênio para saber que isso não faz o menor sentido.
Pesquisas de opinião mostram que o Brasil é um dos países em que o eleitorado mais repudia ou desconfia da classe política. Então, para quem repudia OU desconfia extremamente de Haddad E Bolsonaro, certamente deveria ser, NO MÍNIMO, mais ou menos indiferente votar em um ou em outro. Sendo assim, é perfeitamente concebível, a mudança em 1 mês, de acreditar que a escolha de Haddad seria um pouco menos ruim que a escolha de Bolsonaro para acreditar que a escolha de Bolsonaro seria um pouco menos ruim que a escolha de Haddad. Quando se está próximo do muro, nenhuma distância grande é percorrida na travessia entre os lados.

Ademais, a possibilidade de mudança em massa de intenção de voto ao longo dos meses foi negada exclusivamente com argumento da incredulidade pessoal. A experiência do mundo real "não se importa" se o que ela mostra não faz sentido para o Luciano Trigo e suas intuições sobre o que acredita ser verdadeiro. Se fosse verdade que a congruência entre os resultados de pesquisa de opinião e resultados do comportamento político fosse completamente aleatória, os institutos de pesquisas não acertariam 4/5 das vezes dentro da margem de erro, como mostrou o artigo do Victor Araújo neste tópico. Agora, compare isso com as pessoas que dizem que os eleitores não mudam de crença ou comportamento político para o que os negacionistas das pesquisas eleitorais considerariam radicalmente diferente. Elas até agora não mostraram observações/previsões que corroborem a hipótese de que as pessoas não mudam de crença ou comportamento político em questão de meses. Isso é assim porque argumento da incredulidade pessoal não conta como argumento empírico.

Re: Pesquisas eleitorais

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Huxley escreveu:
Qua, 07 Setembro 2022 - 12:53 pm

Pesquisas de opinião mostram que o Brasil é um dos países em que o eleitorado mais repudia ou desconfia da classe política. Então, para quem repudia OU desconfia extremamente de Haddad E Bolsonaro, certamente deveria ser, NO MÍNIMO, mais ou menos indiferente votar em um ou em outro. Sendo assim, é perfeitamente concebível, a mudança em 1 mês, de acreditar que a escolha de Haddad seria um pouco menos ruim que a escolha de Bolsonaro para acreditar que a escolha de Bolsonaro seria um pouco menos ruim que a escolha de Haddad. Quando se está próximo do muro, nenhuma distância grande é percorrida na travessia entre os lados.
E é ai que eu discordo de você, pois eu não conheço esse eleitorado indiferente a ambos e para quem tanto faz trocar um pelo outro na ultima hora.
Eu conheço no maximo o pessoal da terceira via que tem repulsa a ambos e que acha ambos tão ruins que prefere votar nulo e lavar as mãos, deixando qualquer um dos dois se eleger.

Mas o cara que pretende votar no Lula e pode trocar pelo Bolsonaro, esse eleitor eu nunca vi.
Huxley escreveu:
Qua, 07 Setembro 2022 - 12:53 pm
Ademais, a possibilidade de mudança em massa de intenção de voto ao longo dos meses foi negada exclusivamente com argumento da incredulidade pessoal. A experiência do mundo real "não se importa" se o que ela mostra não faz sentido para o Luciano Trigo e suas intuições sobre o que acredita ser verdadeiro. Se fosse verdade que a congruência entre os resultados de pesquisa de opinião e resultados do comportamento político fosse completamente aleatória, os institutos de pesquisas não acertariam 4/5 das vezes dentro da margem de erro, como mostrou o artigo do Victor Araújo neste tópico. Agora, compare isso com as pessoas que dizem que os eleitores não mudam de crença ou comportamento político para o que os negacionistas das pesquisas eleitorais considerariam radicalmente diferente. Elas até agora não mostraram observações/previsões que corroborem a hipótese de que as pessoas não mudam de crença ou comportamento político em questão de meses. Isso é assim porque argumento da incredulidade pessoal não conta como argumento empírico.
Essa "analise" desse Victor Araújo já se mostra enviesada logo na classificação da "esquerda" como sendo composta basicamente pelos partidos de EXTREMA esquerda, colocando na lista quase que só os comunistas e socialistas como PSTU e PT, mas classificando como "outros" partidos de centro esquerda progressista e moderada como PSDB e MDB.

Eu prefiro ficar com os fatos de que institutos como o IBOPE já estiveram metidos em esquemas de corrupção que afetam sua credibilidade:
https://bncamazonas.com.br/poder/pesqui ... na-da-jbs/

Esse fato por si fala mais alto do que a analise de quem acha que esquerda se resume a extrema esquerda socialista/comunista e coloca a esquerda progressista como "outros".
A classificação dele do que seria "esquerda" é o ponto mais evidente de falha na metodologia de analise usada por ele.
O homem prefere parecer ao invés de realmente ser. :oops:

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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NadaSei escreveu:
Qua, 07 Setembro 2022 - 16:16 pm
Huxley escreveu:
Qua, 07 Setembro 2022 - 12:53 pm

Pesquisas de opinião mostram que o Brasil é um dos países em que o eleitorado mais repudia ou desconfia da classe política. Então, para quem repudia OU desconfia extremamente de Haddad E Bolsonaro, certamente deveria ser, NO MÍNIMO, mais ou menos indiferente votar em um ou em outro. Sendo assim, é perfeitamente concebível, a mudança em 1 mês, de acreditar que a escolha de Haddad seria um pouco menos ruim que a escolha de Bolsonaro para acreditar que a escolha de Bolsonaro seria um pouco menos ruim que a escolha de Haddad. Quando se está próximo do muro, nenhuma distância grande é percorrida na travessia entre os lados.
E é ai que eu discordo de você, pois eu não conheço esse eleitorado indiferente a ambos e para quem tanto faz trocar um pelo outro na ultima hora.
Eu conheço no maximo o pessoal da terceira via que tem repulsa a ambos e que acha ambos tão ruins que prefere votar nulo e lavar as mãos, deixando qualquer um dos dois se eleger.

Mas o cara que pretende votar no Lula e pode trocar pelo Bolsonaro, esse eleitor eu nunca vi.
Huxley escreveu:
Qua, 07 Setembro 2022 - 12:53 pm
Ademais, a possibilidade de mudança em massa de intenção de voto ao longo dos meses foi negada exclusivamente com argumento da incredulidade pessoal. A experiência do mundo real "não se importa" se o que ela mostra não faz sentido para o Luciano Trigo e suas intuições sobre o que acredita ser verdadeiro. Se fosse verdade que a congruência entre os resultados de pesquisa de opinião e resultados do comportamento político fosse completamente aleatória, os institutos de pesquisas não acertariam 4/5 das vezes dentro da margem de erro, como mostrou o artigo do Victor Araújo neste tópico. Agora, compare isso com as pessoas que dizem que os eleitores não mudam de crença ou comportamento político para o que os negacionistas das pesquisas eleitorais considerariam radicalmente diferente. Elas até agora não mostraram observações/previsões que corroborem a hipótese de que as pessoas não mudam de crença ou comportamento político em questão de meses. Isso é assim porque argumento da incredulidade pessoal não conta como argumento empírico.
Essa "analise" desse Victor Araújo já se mostra enviesada logo na classificação da "esquerda" como sendo composta basicamente pelos partidos de EXTREMA esquerda, colocando na lista quase que só os comunistas e socialistas como PSTU e PT, mas classificando como "outros" partidos de centro esquerda progressista e moderada como PSDB e MDB.

Eu prefiro ficar com os fatos de que institutos como o IBOPE já estiveram metidos em esquemas de corrupção que afetam sua credibilidade:
https://bncamazonas.com.br/poder/pesqui ... na-da-jbs/

Esse fato por si fala mais alto do que a analise de quem acha que esquerda se resume a extrema esquerda socialista/comunista e coloca a esquerda progressista como "outros".
A classificação dele do que seria "esquerda" é o ponto mais evidente de falha na metodologia de analise usada por ele.
Não vejo trocar um pelo outro de última hora o que aconteceu na disputa Bolsonaro versus Haddad em 2018. Da pequena vantagem petista no fim de setembro até o segundo turno da eleição vencida por Bolsonaro se passou mais de um mês. Coisa muito mais impressionante já aconteceu na história das eleições brasileiras. Em 1994 nas eleições para governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB) quase perdeu a eleição ainda no primeiro turno para Hélio Costa (PP) - o placar foi 48,3% a 27,2% -, mas no segundo turno venceu por 58,6% a 41,3%. Isso sem falar na vitória de Fleury Filho sobre Maluf em São Paulo em 1990, que foi semelhante a esse caso mineiro. A ideia de que a disputa de antagonistas na política não podem ter alteração radical no placar dos votos é desmentida pela experiência registrada no comportamento político registrado nas urnas, que tem primazia sobre as evidências anedóticas e as intuições idiossincráticas sobre o que acreditamos que irá acontecer.

Por fim, a questão da classificação de esquerda não afeta o fato de que o Ibope e o DataFolha acertaram cerca de 4/5 das vezes dentro da margem de erro de 2002 a 2018, isso considerando todos os partidos. Ademais, ainda dentro desse contexto, o site jornalístico político Jota montou um compilado com as previsões de 4 institutos brasileiros de pesquisa eleitoral e constatou isso:

Imagem
As pesquisas realizadas divergem, em média, nove pontos percentuais do resultado real das eleições quando feitas até oitenta dias antes da eleições. A partir disso, a diferença cai para valores próximos de cinco pontos percentuais, nos últimos dias.
Fonte: https://www.jota.info/eleicoes/institut ... s-30012018

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Apenas números, sem análise ou juízo de valor.
Isso vai ficando ainda mais divertido.
Imagem
‘Consórcio’ de pesquisas já diverge em São Paulo

09/09/2022 0:00 | Atualizado 08/09/2022 20:52
Cláudio Humberto

Em apenas dois dias, Ipec (ex-Ibope) e Quaest deram resultados tão distintos no Estado de SP que geraram desconfiança no meio dos pesquiseiros.

Afinado em resultados sempre muito generosos com candidaturas do PT, uma confirmando a outra, o chamado “consórcio de institutos de pesquisas” começa a dar sinais de falta de consenso. Em apenas dois dias, Ipec (ex-Ibope) e Quaest apresentaram resultados tão distintos em pesquisas de intenção de voto para presidente, no Estado de São Paulo, que viraram motivo de desconfiança no meio dos pesquiseiros.

Dois dias os separam
Enquanto na terça (6), o Ipec divulgava Lula na liderança, com 44% a 28%, na quinta (8), o Quaest cravou Bolsonaro na frente: 37% a 36%.

Muito esquisito
Curiosamente, ambas juram “índice de confiança de 95%”. O Ipec ouviu 1.504 eleitores em São Paulo, enquanto o Quaest entrevistou 2 mil.

Atenção aos detalhes
Aos que alimentam suspeitas de pesquisas supostamente anabolizadas, especialistas recomendam ler as “letras miúdas” da amostragem.

Credibilidade
Três semanas antes, o Paraná Pesquisas, que não faz parte do tal “consórcio”, apontou Bolsonaro na liderança em São Paulo: 40,3 a 35,5%.

Re: Pesquisas eleitorais

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Cada um com sua pesquisa

Claudio Dantas
09.09.22 17:00

Pesquisas de intenção de voto para presidente no estado de São Paulo, divulgadas nos últimos três dias, mostram divergências significativas

As pesquisas de intenção de voto para presidente no estado de São Paulo, divulgadas nos últimos três dias, mostram divergências significativas. O Ipec, por exemplo, deu Lula com 44% e Jair Bolsonaro com 28%, uma diferença de 16 pontos percentuais.

A Quaest, por sua vez, mostrou um empate técnico entre o atual presidente (37%) e o petista (36%). Já o Instituto Paraná trouxe Bolsonaro bem à frente, com 39% das intenções de voto, enquanto Lula teria 33%.

Pelo menos, cada eleitor pode escolher a pesquisa que mais lhe agrade.

É ou não é uma zona?
Até o Antagonista está vendo isso.

O Rei está nu e o dragão está na garagem.

Re: Pesquisas eleitorais

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gabarito escreveu:
Sex, 09 Setembro 2022 - 09:29 am
Apenas números, sem análise ou juízo de valor.
Isso vai ficando ainda mais divertido.
Imagem
‘Consórcio’ de pesquisas já diverge em São Paulo

09/09/2022 0:00 | Atualizado 08/09/2022 20:52
Cláudio Humberto

Em apenas dois dias, Ipec (ex-Ibope) e Quaest deram resultados tão distintos no Estado de SP que geraram desconfiança no meio dos pesquiseiros.

Afinado em resultados sempre muito generosos com candidaturas do PT, uma confirmando a outra, o chamado “consórcio de institutos de pesquisas” começa a dar sinais de falta de consenso. Em apenas dois dias, Ipec (ex-Ibope) e Quaest apresentaram resultados tão distintos em pesquisas de intenção de voto para presidente, no Estado de São Paulo, que viraram motivo de desconfiança no meio dos pesquiseiros.

Dois dias os separam
Enquanto na terça (6), o Ipec divulgava Lula na liderança, com 44% a 28%, na quinta (8), o Quaest cravou Bolsonaro na frente: 37% a 36%.

Muito esquisito
Curiosamente, ambas juram “índice de confiança de 95%”. O Ipec ouviu 1.504 eleitores em São Paulo, enquanto o Quaest entrevistou 2 mil.

Atenção aos detalhes
Aos que alimentam suspeitas de pesquisas supostamente anabolizadas, especialistas recomendam ler as “letras miúdas” da amostragem.

Credibilidade
Três semanas antes, o Paraná Pesquisas, que não faz parte do tal “consórcio”, apontou Bolsonaro na liderança em São Paulo: 40,3 a 35,5%.
Acho que esse é o primeiro argumento válido que você trouxe desde que começou esse delírio conspiratório.

Mostrar pesquisas de diferentes institutos que divergem, de fato tem razoabilidade (ao contrário da euforia em ficar compartilhando evidências anedóticas achando que isso quer dizer alguma coisa). Estas diferenças entre pesquisas no estado de São Paulo valem a pena serem investigadas na tentativa de entender o motivo dessas variações, correto? Afinal, é isso que o método científico recomenda.

Para isso, eu sugeriria aumentar o campo das evidências e fazer um comparativo com mais pesquisas na mesma região durante o mesmo período. Só então, quem sabe poderíamos encontrar correlações.

Entretanto, vale destacar que apesar desta divergência da pesquisa Quaest no estado de São Paulo, no âmbito nacional o resultado continua muito próximo dos demais institutos - Pesquisa Quaest para presidente: Lula tem 44%; e Bolsonaro, 34%.

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Cinzu escreveu:
Sex, 09 Setembro 2022 - 21:06 pm
Gabarito escreveu:
Sex, 09 Setembro 2022 - 09:29 am
Apenas números, sem análise ou juízo de valor.
Isso vai ficando ainda mais divertido.
Imagem
‘Consórcio’ de pesquisas já diverge em São Paulo

09/09/2022 0:00 | Atualizado 08/09/2022 20:52
Cláudio Humberto

Em apenas dois dias, Ipec (ex-Ibope) e Quaest deram resultados tão distintos no Estado de SP que geraram desconfiança no meio dos pesquiseiros.

Afinado em resultados sempre muito generosos com candidaturas do PT, uma confirmando a outra, o chamado “consórcio de institutos de pesquisas” começa a dar sinais de falta de consenso. Em apenas dois dias, Ipec (ex-Ibope) e Quaest apresentaram resultados tão distintos em pesquisas de intenção de voto para presidente, no Estado de São Paulo, que viraram motivo de desconfiança no meio dos pesquiseiros.

Dois dias os separam
Enquanto na terça (6), o Ipec divulgava Lula na liderança, com 44% a 28%, na quinta (8), o Quaest cravou Bolsonaro na frente: 37% a 36%.

Muito esquisito
Curiosamente, ambas juram “índice de confiança de 95%”. O Ipec ouviu 1.504 eleitores em São Paulo, enquanto o Quaest entrevistou 2 mil.

Atenção aos detalhes
Aos que alimentam suspeitas de pesquisas supostamente anabolizadas, especialistas recomendam ler as “letras miúdas” da amostragem.

Credibilidade
Três semanas antes, o Paraná Pesquisas, que não faz parte do tal “consórcio”, apontou Bolsonaro na liderança em São Paulo: 40,3 a 35,5%.
Acho que esse é o primeiro argumento válido que você trouxe desde que começou esse delírio conspiratório.

Mostrar pesquisas de diferentes institutos que divergem, de fato tem razoabilidade (ao contrário da euforia em ficar compartilhando evidências anedóticas achando que isso quer dizer alguma coisa). Estas diferenças entre pesquisas no estado de São Paulo valem a pena serem investigadas na tentativa de entender o motivo dessas variações, correto? Afinal, é isso que o método científico recomenda.

Para isso, eu sugeriria aumentar o campo das evidências e fazer um comparativo com mais pesquisas na mesma região durante o mesmo período. Só então, quem sabe poderíamos encontrar correlações.

Entretanto, vale destacar que apesar desta divergência da pesquisa Quaest no estado de São Paulo, no âmbito nacional o resultado continua muito próximo dos demais institutos - Pesquisa Quaest para presidente: Lula tem 44%; e Bolsonaro, 34%.
Adivinhe uma importante causa da divergência:

1/Pesquisas eleitorais apresentam resultados diferentes por vários motivos. Pode ser metodologia (entrevistas domiciliares ou nas ruas, por telefone com atendente ou com robô, por internet...), mas nesta campanha a maior diferença está na falta de um Censo

2/Como o Ministério da Economia decidiu cancelar o censo do ano passado, as empresas de pesquisa usam dados estimados para compor a amostra do eleitorado. Um exemplo é o segmento evangélico, que em alguns sondagens são 27% do eleitorado e noutras 35%.

3/O caso mais estarrecedor é da quantidade de eleitores que vivem com menos de 2 salários mínimos. Sim, este é um país que não sabe ao certo quantos pobres existem

4/ Cada empresa de pesquisa usa um critério para estimar os mais pobres e, como sabe-se que Lula tem uma vantagem neste grupo, a decisão termina influenciando o resultado final. Compare os dados:

Imagem
(Thomas Traumann)

Fonte: https://twitter.com/traumann/status/156 ... fvjsIrAAAA

Re: Pesquisas eleitorais

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Gabarito escreveu:
Sex, 09 Setembro 2022 - 17:50 pm
Cada um com sua pesquisa

Claudio Dantas
09.09.22 17:00

Pesquisas de intenção de voto para presidente no estado de São Paulo, divulgadas nos últimos três dias, mostram divergências significativas

As pesquisas de intenção de voto para presidente no estado de São Paulo, divulgadas nos últimos três dias, mostram divergências significativas. O Ipec, por exemplo, deu Lula com 44% e Jair Bolsonaro com 28%, uma diferença de 16 pontos percentuais.

A Quaest, por sua vez, mostrou um empate técnico entre o atual presidente (37%) e o petista (36%). Já o Instituto Paraná trouxe Bolsonaro bem à frente, com 39% das intenções de voto, enquanto Lula teria 33%.

Pelo menos, cada eleitor pode escolher a pesquisa que mais lhe agrade.

É ou não é uma zona?
Até o Antagonista está vendo isso.

O Rei está nu e o dragão está na garagem.
"Dragão invisível na garagem" é chamar amostra de manifestantes políticos de rua como "evidência física" de previsor de resultados de urna, como foi feito no post linkado acima. Como já disse Renan Santos: "Não existe regra de 3 entre rua e urna. FHC não juntava 20 pessoas na rua e cravou duas vitórias em primeiro turno". Se você tivesse algum agregado de pesquisas de número de manisfestantes como previsor de resultados nas urnas provavelmente já teria mostrado. Mas parece que esse dragão invisível continua na garagem.

Muita gente parece não saber que alguns institutos de pesquisa apontam liderança de Bolsonaro na pesquisa eleitoral NACIONAL. Vá na Wikipédia para tirar a dúvida. Desde julho já tem um que faz isso e, a partir de agosto, mais de um.

Apesar disso, cabe salientar que não é porque uma pesquisa de instituto sai na mídia que o mesmo tenha credibilidade. O que determina a credibilidade de um instituto é seu histórico de acertos de previsões, não o holofote da mídia. Ipec e DataFolha acertaram o resultado das suas pesquisas cerca de 80% das vezes dentro da margem de erro de 2002 a 2018, como mostrou o artigo de Victor Araújo já publicado neste tópico. Aguardo que publiquem resultados semelhantes ou melhores de outros institutos, inclusive o “DataRua”.

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por NadaSei »

Huxley escreveu:
Qua, 07 Setembro 2022 - 21:30 pm

Não vejo trocar um pelo outro de última hora o que aconteceu na disputa Bolsonaro versus Haddad em 2018. Da pequena vantagem petista no fim de setembro até o segundo turno da eleição vencida por Bolsonaro se passou mais de um mês. Coisa muito mais impressionante já aconteceu na história das eleições brasileiras. Em 1994 nas eleições para governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB) quase perdeu a eleição ainda no primeiro turno para Hélio Costa (PP) - o placar foi 48,3% a 27,2% -, mas no segundo turno venceu por 58,6% a 41,3%. Isso sem falar na vitória de Fleury Filho sobre Maluf em São Paulo em 1990, que foi semelhante a esse caso mineiro. A ideia de que a disputa de antagonistas na política não podem ter alteração radical no placar dos votos é desmentida pela experiência registrada no comportamento político registrado nas urnas, que tem primazia sobre as evidências anedóticas e as intuições idiossincráticas sobre o que acreditamos que irá acontecer.

Por fim, a questão da classificação de esquerda não afeta o fato de que o Ibope e o DataFolha acertaram cerca de 4/5 das vezes dentro da margem de erro de 2002 a 2018, isso considerando todos os partidos. Ademais, ainda dentro desse contexto, o site jornalístico político Jota montou um compilado com as previsões de 4 institutos brasileiros de pesquisa eleitoral e constatou isso:

Imagem
As pesquisas realizadas divergem, em média, nove pontos percentuais do resultado real das eleições quando feitas até oitenta dias antes da eleições. A partir disso, a diferença cai para valores próximos de cinco pontos percentuais, nos últimos dias.
Fonte: https://www.jota.info/eleicoes/institut ... s-30012018
Eu não acho que resultados de primeiro e segundo turno sejam exatamente uma boa comparação, já que a virada pode se dar em função da mudança de votos de quem votou nos outros candidatos e não nos dois antagonistas.
Mas beleza quem quer acreditar nessas pesquisas com seus históricos de erros pode acreditar, mas a resposta real saberemos agora mesmo no primeiro turno.

Independente da sua opinião ou da minha na confiabilidade desses institutos de pesquisa, teremos um resultado de primeiro turno e se o Lula tiver mais votos do que o Bolsonaro ainda no primeiro turno dai eu revejo minha opinião sobre essas pesquisas e dou credito a elas.

A pergunta é: Quem hoje acredita nas pesquisas vai deixar de acreditar se já no primeiro turno o Bolsonaro tiver mais votos do que o Lula ou vão usar a desculpa do "retrato do momento"?

A minha resposta já está dada. Eu acredito na realidade do que veremos nas urnas no PRIMEIRO TURNO e se elas derem preferencia para o Lula eu aceito que estou errado em relação as pesquisas.
O homem prefere parecer ao invés de realmente ser. :oops:

Re: Pesquisas eleitorais

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Se as pesquisas não são confiáveis, seus resultados estarão errados mesmo que, por acaso, coincidam com o resultado das urnas.

A menos que acertem repetidamente. Neste caso, podemos dar-lhes um voto de confiança, embora o certo mesmo fosse analisar seus métodos e critérios de amostragem. E a honestidade de seus pesquisadores.

Re: Pesquisas eleitorais

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Mensagem por NadaSei »

Fernando Silva escreveu:
Ter, 13 Setembro 2022 - 13:03 pm
Se as pesquisas não são confiáveis, seus resultados estarão errados mesmo que, por acaso, coincidam com o resultado das urnas.

A menos que acertem repetidamente. Neste caso, podemos dar-lhes um voto de confiança, embora o certo mesmo fosse analisar seus métodos e critérios de amostragem. E a honestidade de seus pesquisadores.
Eu concordo, mas se o resultado das urnas no primeiro turno colocarem o Lula na frente isso no mínimo desmentiria parte das razões pelas quais eu suspeito dessas pesquisas.
Isso não provaria nada sobre as pesquisas em si, mas provaria algo sobre as minhas suspeitas contra elas.
O homem prefere parecer ao invés de realmente ser. :oops:
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