Volta e meia ancaps, libertários, liberais adoram falar sobre separatismo e coisas do tipo.
Há quem ache que isso só cria desintegração e é uma utopia. Um exemplo desse pensamento: Se os Estados Unidos fosse desintegrado onde cada estado fosse autônomo sem dever satisfação aos outros talvez muitas realizações (como ida ao espaço e tecnologias desenvolvidas a partir disso, que requer grande quantidade de recursos naturais, humanos, etc) nem teria acontecido. Além de outras questões como a idéia de uma nação poderosa.
E ainda tem a opinião de que nem sempre separatismo tem como objetivo a liberdade das pessoas. Um exemplo seria um grupo de xiitas que não aceitam viver sob maioria sunita e criar um estado islâmico xiita teocrático (algo parecido ao que aconteceu em alguns casos da "Primavera árabe").
A ilha das rosas é só um dos muitos ancapistões que já existiram
https://www.youtube.com/watch?v=90rWwsA1HDY
A verdadeira história da Ilha das Rosas, a micronação no meio do Adriático que atormentou Itália (e deu um filme)
https://observador.pt/especiais/a-verda ... u-um-filme
Trailer da Netflix sobre o filme citado no vídeo abaixo
https://www.youtube.com/watch?v=qS2NtbEoIc8
Principado da Pontinha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Principado_da_Pontinha
Principado de Sealand
https://pt.wikipedia.org/wiki/Principado_de_Sealand
A ilha das rosas é só um dos muitos ancapistões que já existiram
Spoiler:
Acho que nunca teve um tema tão sugerido por aqui
Esse é o visão libertária sua fonte de informações descentralizadas e distribuídas
Esse artigo foi sugerido por SSantos Alvez, Porquinho da Índia, Alexandre Pereira, R2M
e Zarathustra, escrito e narrado por Peter Turguniev
Depois de muitas recomendações, finalmente ontem consegui tirar umas horinhas para assistir
o filme mais comentado da netflix no meio libertário.
A ilha das rosas.
E achei ótimo.
Quem me recomendou, agradeço, quem não viu ainda, não deixe de ver.
Se não tem netflix, não tem problema, você certamente sabe como conseguir ver.
Só não deixe de ver, é muito legal.
O filme conta uma história real, que era muito conhecida dos moradores de Rimini, na
costa do mar adriático da itália, mas, de forma não surpreendente, não é ensinada
nos livros de história do resto do mundo.
O filme italiano é ótimo, eu tenho que confessar que não sou grande especialista em atuação,
mas fiquei comovido com ele.
A filmagem de várias cenas não pode ter ficado barata, foi uma produção muito bem
feita.
A história é real, mas, lógico, um tanto romanceada.
Os eventos mais importantes todos aconteceram mesmo.
A ilha foi construída.
Giorgio Rosa, que construiu a ilha, peitou o governo da itália, a ONU e o conselho europeu
quase reconheceram a ilha como um país independente.
Tinha selo, correios, telefone, virou um sucesso no verão de 1968.
E, no final, bem, não vou dar spoiler.
Vejam o filme.
A história de amor, o background dos personagens, bem, foi um pouco romanceada, mas ficou bem
legal.
No filme ele constroi a ilha devido ao amor não correspondido de Gabriella sua eterna
paixão.
Na vida real, eles já eram casados quando tudo aconteceu.
Mas esse toque de romantismo ficou bem no filme.
Essa história é mais comum do que parece.
Infelizmente, por motivos óbvios, os mecanismos hierárquicos de distribuição de informação,
televisão, jornais e escola, raramente noticiam esses feitos.
Mas acredite, tem muitos por aí.
Muita gente ao longo de toda a história, percebe que o estado é só uma enganação.
Pensa bem, se juntaram 500 corruptos em brasília em 1988 e rabiscaram um negócio chamado de
constituição, e é por isso que te cobram impostos, o que me impede de chamar 500 pé
de cana aqui no botequim perto de casa e a gente também vai rabiscar um monte de coisa
num caderninho e cobrar imposto de todo mundo também.
Não há nenhuma justificativa ética, absolutamente nenhuma justificativa para um governo.
Todos eles são golpes para roubar o seu dinheiro via impostos e te enganar.
E isso sempre foi óbvio a todos.
Essa história de construir seu ancapistão particular sempre foi claro para qualquer
pessoa que pensa e tem 3 neurônios funcionais.
Tem casos mais antigos, logo após a ilha das flores, como Akhzivland em israel, criado
por um israelense de nascimento, Eli Avivi.
A micro-nação surgiu quando Eli Avivi ocupava a casa de um antigo pescador, para quem havia
trabalhado.
O governo de Israel havia cedido a área para um club med e como Eli Avivi se recusava a
sair, mandou tratores para demolir a casa dele.
Em protesto, Eli declarou independencia do estado.
Se recusando a sair do local.
O caso ganhou fama nos jornais da região e, tal como a ilha das rosas, virou um ponto
turístico.
No final, o próprio club med preferiu deixar o micro estado ali pelos propósitos turistico.
O micro estado exite até hoje e é uma república democrática constitucional, segundo o texto
de sua constituição que diz que "O presidente é democraticamente eleito com seu próprio
voto".
Esse tipo de democracia, eu aprovo.
Secessão individual é o caminho.
Tem casos mais recentes, como o Principado de Pontinha na ilha da madeira, em portugal.
Em Janeiro de 2007, Renato Barros, um professor de Educação Visual e proprietário desde
2000 do Forte de São José, moveu um processo internacional com vista à criação de um
principado no ilhéu da Pontinha.
Pontinha e o forte são josé, é um rochedo situado a 70 metros da costa da Ilha da Madeira.
A justificativa dele é que, quando a familia dele comprou a propriedade, em 1903, do rei
D.
Carlos, a escritura vende não apenas o terreno mas a propriedade completa e soberania da
ilha.
Pode-se argumentar que é só entendimento errado do que está escrito, mas ele conseguiu
fazer o caso andar na justiça portugesa, porque outras aquisições não incluiam tal
determinação.
Também um em pleno funcionamento, o principado de sealand, na costa da inglaterra.
Uma plataforma construida pelo prório governo inglês, usada na segunda grande guerra, depois
disso abandonada.
Foi invadida em 1965, portanto antes da ilha das rosas, principalmente por radio amadores
que dali poderiam colocar estações de radio pirata que podiam ser ouvidas até em londres.
Depois de vendas, doações e invasões, foi oficializada como um país por Roy Bates.
Uma ida de um diplomata alemão a ilha foi usada por Bates para indicar que ela havia
sido reconhecida pela alemanha como um país.
Em 1987 a inglaterra aumentou suas águas territoriais para 12 milhas, fazendo com que
a plataforma ficasse em águas territoriais inglêsas.
Bates então anunciou que expantiu também suas águas territoriais para 12 milhas e
a inglaterra agora está nas águas territoriais do principado de sealand.
Ainda hoje a situação da plataforma é disputada.
O filho do fundador, Michael Bates, fez a constituição da ilha, emitiu moeda, selos
e tudo o mais.
Tal como a ilha das rosas, recebe centenas de pedidos de cidadania o ano todo.
Existe um movimento para o site PirateBay mudar para lá, de forma a fugir de perseguições
estatais.
A ilha tem eletricidade e água.
Mas não muito mais além disso.
Repare como esses casos são fundamentalmente diferentes do anarquismo socialista, que também
tem alguns exemplos no mundo.
A principal diferença aqui é a propriedade privada.
Nesses casos reportados indicados, e na ilha das rosas, se trata de uma pessoa declarando
secessão individual da sua propriedade.
Tendo uma propriedade para chamar de sua e fora da jurisdição de países.
Note que é nesses exemplos que os estados ficam mais sem resposta a questão da legitimidade.
Porque experiências socialistas anarquicas, como comunas, kibutz e outros sempre acabam
tendo uma estrutura de comando.
Mesmo que a decisão seja conforme uma assembleia ou reunião.
Você pode ser obrigado a obedecer uma ordem não jusnatural, no final, obedecer ao governo.
Anarquismo socialista é só um tipo diferente de governo.
Anarquismo de verdade é anarcocapitalismo, como esses exemplos.
Chega a ser curioso o discurso da amada de giorgio rosa, uma advogada especializada em
direito internacional, explicando a distinção entre juspositivismo e jusnaturalismo.
Exato.
A justificativa de legitimidade juspositivista não resiste ao menor questionamento.
Só faz sentido se você nunca parou para pensar sobre isso.
O que diabos legitima rodrigo maia e seus comparsas, ou os 11 magníficos do stf, a
parir ordens para você?
Que porcaria é essa?
Toda a legitimidade deles é tirada de um monte de rabisco em papel, ok.
Mas a legitimidade desse monte de rabisco em papel é tirada de pozinho de fada.
Eu nunca assinei constituição alguma.
Não concordei com contrato social nenhum.
Lei jusnatural é a norma.
Juspositivismo, lei escrita, é enganação que só pega idiota com preguiça de pensar.
Algumas das partes mais engraçadas do filme "a ilha das rosas" são o premier italiano
tentando justificar porque o estado dele é legítimo e a ilha das rosas não.
Bom, o drama do filme é conhecido de qualquer libertário.
A clara exposição de como o estado é uma idiotice completa que só conseguem te impor
porque você não para 2 segundos para pensar no absurdo que é obedecer a ordens paridas
por colegas do rodrigo maia.
Que porcaria é essa que permite um idiota como ele parir leis?
Isso não faz sentido algum.
Mas o pai do personagem principal, o pai de Giorgio Rosa, Ulisse Rosa, faz um papel crucial.
O papel do público que acredita no estado.
Briga com o filho, dizendo que é um absurdo ele achar que pode criar um pais do nada.
Afinal, a itália é um país de verdade, e o país dele é só uma brincadeira.
Como muito estatista vai te falar.
E aqui vou pedir licença para dar espoiler, porque é spolier muito legal.
Então, se você não viu o filme ainda, dá um pause, vai lá ver o filme, depois continue.
Poisé.
O pai do Giorgio Rosa, Ulisse Rosa aparece poucas vezes no filme.
Foi difícil até achar o nome dele.
É um personagem secundário quase.
A não ser que você preste atenção.
Porque, no final, ele é a essência do estado, muito mais que os políticos e religiosos
que tentam pateticamente justificar porque a italia é um estado legítimo e a ilha das
rosas não seria.
Muito mais que o giovani rosa e a garota que ele ama.
Porque o pai dele genuinamente acredita no estado.
É aquele cara que faz a transição mais difícil de todas.
Que ama o filho, lógico, logo no início mostra que vive tirando o garoto de confusão.
Mas acha aquela ideia dele de um estado novo sem leis uma besteira sem sentido.
Ele quer leis, ele quer limites.
Infelizmente é assim que muita gente pensa.
Tomar decisões, decidir riscos, é algo complicado.
A grande maioria das pessoas prefere que alguém tome essas decisões dificeis por ela.
Não é a toa que tem tanta gente seguindo regras absolutamente idiotas e sem nenhum
sentido lógico nessa pandemia.
Porque, numa situação como vivemos, não existem opções livres de risco.
Tomar vacina tem risco.
Não tomar também tem risco.
Muita gente prefere, nessa situação, ter uma autoridade que mande ela fazer algo.
Seja algo lógico ou não.
Prefere isso a tomar sua própria decisão.
Pior, vai criticar você por não obedecer a "autoridade" que ela decidiu escolher de
forma aleatória.
Mesmo que não exista um pingo de evidência ou lógica na decisão das ditas "autoridades".
Ok, muito libertário acha lindo no filme, quando o giovani peita os policiais com o
carro sem placa, quando ele decide criar uma ilha do nada no meio do mar, porque foram
as leis idiotas do estado que fizeram ele perder a amada, quando ele e seus amigos peitam
os navios de guerra do governo italiano.
Mas eu tenho que confessar que achei mais bacana de tudo quando o pai dele fala para
ele não desistir.
Para quem não lembra, em determinado momento do filme, o governo italiano oferece um monte
de dinheiro, duas licenças para resorts para ele abrir mão da ilha.
Ele seria rico por gerações.
Nesse mesmo momento, provavelmetne de forma ligada, o estado consegue que o pai dele seja
demitido da fábrica que trabalhava a 35 anos.
As reservas do pai dele quanto a ilha ele já tinha falado antes.
Giovani então parece pronto a jogar a toalha.
Fala para o pai que ele vai deixar para lá, o pai tem razão, uma hora a gente tem que
dizer sim.
Mas é justamente nesse ponto que o pai do giovani percebe o que está acontecendo.
Percebe o desespero do governo italiano que está sendo humilhado por um garoto.
Retaliação violenta de estado contra indivíduo é sempre demonstração de fraqueza do estado.
E o pai fala para ele seguir em frente.
Foda-se vida, foda-se dinheiro, importante é só a liberdade.
Vida, dinheiro, sem liberdade não valem nada.
Liberdade, mesmo sem vida e sem dinheiro, vale o futuro inteiro, para as próximas gerações.
No final do filme, como é padrão, o estado chega a única justificativa real de legitimidade
que tem: a força.
Foi assim na ilha das flores, foi assim no Principado de Portinha, foi assim na república
de cospaia, seja onde for.
Única legitimidade do estado é o uso de força bruta.
O uso de violência.
O estado italiano manda o andrea doria, um de seus maiores navios de guerra para torpedear
a ilha das flores.
Uma tristeza.
Felizmente uma força que o estado é cada vez menos capaz de fazer.
Sim, se você montar uma ilha no meio do mar, provavelmente ainda vai sofrer a mesma retaliação.
Mas, a cada momento, o território é menos importante, a informação e a tecnologia
é mais importante.
Essa força estatal está fadada a se tornar totalmente inefetiva.
Mas, mesmo que não se torne, mesmo que se lute pela liberdade e sejamos alvejados pela
brutalidade estatal, isso não importa.
Morrer todos nós vamos um dia.
Existem poucas formas mais dignas de morrer do
que lutando contra a opressão estatal cega.
Esse é o visão libertária sua fonte de informações descentralizadas e distribuídas
Esse artigo foi sugerido por SSantos Alvez, Porquinho da Índia, Alexandre Pereira, R2M
e Zarathustra, escrito e narrado por Peter Turguniev
Depois de muitas recomendações, finalmente ontem consegui tirar umas horinhas para assistir
o filme mais comentado da netflix no meio libertário.
A ilha das rosas.
E achei ótimo.
Quem me recomendou, agradeço, quem não viu ainda, não deixe de ver.
Se não tem netflix, não tem problema, você certamente sabe como conseguir ver.
Só não deixe de ver, é muito legal.
O filme conta uma história real, que era muito conhecida dos moradores de Rimini, na
costa do mar adriático da itália, mas, de forma não surpreendente, não é ensinada
nos livros de história do resto do mundo.
O filme italiano é ótimo, eu tenho que confessar que não sou grande especialista em atuação,
mas fiquei comovido com ele.
A filmagem de várias cenas não pode ter ficado barata, foi uma produção muito bem
feita.
A história é real, mas, lógico, um tanto romanceada.
Os eventos mais importantes todos aconteceram mesmo.
A ilha foi construída.
Giorgio Rosa, que construiu a ilha, peitou o governo da itália, a ONU e o conselho europeu
quase reconheceram a ilha como um país independente.
Tinha selo, correios, telefone, virou um sucesso no verão de 1968.
E, no final, bem, não vou dar spoiler.
Vejam o filme.
A história de amor, o background dos personagens, bem, foi um pouco romanceada, mas ficou bem
legal.
No filme ele constroi a ilha devido ao amor não correspondido de Gabriella sua eterna
paixão.
Na vida real, eles já eram casados quando tudo aconteceu.
Mas esse toque de romantismo ficou bem no filme.
Essa história é mais comum do que parece.
Infelizmente, por motivos óbvios, os mecanismos hierárquicos de distribuição de informação,
televisão, jornais e escola, raramente noticiam esses feitos.
Mas acredite, tem muitos por aí.
Muita gente ao longo de toda a história, percebe que o estado é só uma enganação.
Pensa bem, se juntaram 500 corruptos em brasília em 1988 e rabiscaram um negócio chamado de
constituição, e é por isso que te cobram impostos, o que me impede de chamar 500 pé
de cana aqui no botequim perto de casa e a gente também vai rabiscar um monte de coisa
num caderninho e cobrar imposto de todo mundo também.
Não há nenhuma justificativa ética, absolutamente nenhuma justificativa para um governo.
Todos eles são golpes para roubar o seu dinheiro via impostos e te enganar.
E isso sempre foi óbvio a todos.
Essa história de construir seu ancapistão particular sempre foi claro para qualquer
pessoa que pensa e tem 3 neurônios funcionais.
Tem casos mais antigos, logo após a ilha das flores, como Akhzivland em israel, criado
por um israelense de nascimento, Eli Avivi.
A micro-nação surgiu quando Eli Avivi ocupava a casa de um antigo pescador, para quem havia
trabalhado.
O governo de Israel havia cedido a área para um club med e como Eli Avivi se recusava a
sair, mandou tratores para demolir a casa dele.
Em protesto, Eli declarou independencia do estado.
Se recusando a sair do local.
O caso ganhou fama nos jornais da região e, tal como a ilha das rosas, virou um ponto
turístico.
No final, o próprio club med preferiu deixar o micro estado ali pelos propósitos turistico.
O micro estado exite até hoje e é uma república democrática constitucional, segundo o texto
de sua constituição que diz que "O presidente é democraticamente eleito com seu próprio
voto".
Esse tipo de democracia, eu aprovo.
Secessão individual é o caminho.
Tem casos mais recentes, como o Principado de Pontinha na ilha da madeira, em portugal.
Em Janeiro de 2007, Renato Barros, um professor de Educação Visual e proprietário desde
2000 do Forte de São José, moveu um processo internacional com vista à criação de um
principado no ilhéu da Pontinha.
Pontinha e o forte são josé, é um rochedo situado a 70 metros da costa da Ilha da Madeira.
A justificativa dele é que, quando a familia dele comprou a propriedade, em 1903, do rei
D.
Carlos, a escritura vende não apenas o terreno mas a propriedade completa e soberania da
ilha.
Pode-se argumentar que é só entendimento errado do que está escrito, mas ele conseguiu
fazer o caso andar na justiça portugesa, porque outras aquisições não incluiam tal
determinação.
Também um em pleno funcionamento, o principado de sealand, na costa da inglaterra.
Uma plataforma construida pelo prório governo inglês, usada na segunda grande guerra, depois
disso abandonada.
Foi invadida em 1965, portanto antes da ilha das rosas, principalmente por radio amadores
que dali poderiam colocar estações de radio pirata que podiam ser ouvidas até em londres.
Depois de vendas, doações e invasões, foi oficializada como um país por Roy Bates.
Uma ida de um diplomata alemão a ilha foi usada por Bates para indicar que ela havia
sido reconhecida pela alemanha como um país.
Em 1987 a inglaterra aumentou suas águas territoriais para 12 milhas, fazendo com que
a plataforma ficasse em águas territoriais inglêsas.
Bates então anunciou que expantiu também suas águas territoriais para 12 milhas e
a inglaterra agora está nas águas territoriais do principado de sealand.
Ainda hoje a situação da plataforma é disputada.
O filho do fundador, Michael Bates, fez a constituição da ilha, emitiu moeda, selos
e tudo o mais.
Tal como a ilha das rosas, recebe centenas de pedidos de cidadania o ano todo.
Existe um movimento para o site PirateBay mudar para lá, de forma a fugir de perseguições
estatais.
A ilha tem eletricidade e água.
Mas não muito mais além disso.
Repare como esses casos são fundamentalmente diferentes do anarquismo socialista, que também
tem alguns exemplos no mundo.
A principal diferença aqui é a propriedade privada.
Nesses casos reportados indicados, e na ilha das rosas, se trata de uma pessoa declarando
secessão individual da sua propriedade.
Tendo uma propriedade para chamar de sua e fora da jurisdição de países.
Note que é nesses exemplos que os estados ficam mais sem resposta a questão da legitimidade.
Porque experiências socialistas anarquicas, como comunas, kibutz e outros sempre acabam
tendo uma estrutura de comando.
Mesmo que a decisão seja conforme uma assembleia ou reunião.
Você pode ser obrigado a obedecer uma ordem não jusnatural, no final, obedecer ao governo.
Anarquismo socialista é só um tipo diferente de governo.
Anarquismo de verdade é anarcocapitalismo, como esses exemplos.
Chega a ser curioso o discurso da amada de giorgio rosa, uma advogada especializada em
direito internacional, explicando a distinção entre juspositivismo e jusnaturalismo.
Exato.
A justificativa de legitimidade juspositivista não resiste ao menor questionamento.
Só faz sentido se você nunca parou para pensar sobre isso.
O que diabos legitima rodrigo maia e seus comparsas, ou os 11 magníficos do stf, a
parir ordens para você?
Que porcaria é essa?
Toda a legitimidade deles é tirada de um monte de rabisco em papel, ok.
Mas a legitimidade desse monte de rabisco em papel é tirada de pozinho de fada.
Eu nunca assinei constituição alguma.
Não concordei com contrato social nenhum.
Lei jusnatural é a norma.
Juspositivismo, lei escrita, é enganação que só pega idiota com preguiça de pensar.
Algumas das partes mais engraçadas do filme "a ilha das rosas" são o premier italiano
tentando justificar porque o estado dele é legítimo e a ilha das rosas não.
Bom, o drama do filme é conhecido de qualquer libertário.
A clara exposição de como o estado é uma idiotice completa que só conseguem te impor
porque você não para 2 segundos para pensar no absurdo que é obedecer a ordens paridas
por colegas do rodrigo maia.
Que porcaria é essa que permite um idiota como ele parir leis?
Isso não faz sentido algum.
Mas o pai do personagem principal, o pai de Giorgio Rosa, Ulisse Rosa, faz um papel crucial.
O papel do público que acredita no estado.
Briga com o filho, dizendo que é um absurdo ele achar que pode criar um pais do nada.
Afinal, a itália é um país de verdade, e o país dele é só uma brincadeira.
Como muito estatista vai te falar.
E aqui vou pedir licença para dar espoiler, porque é spolier muito legal.
Então, se você não viu o filme ainda, dá um pause, vai lá ver o filme, depois continue.
Poisé.
O pai do Giorgio Rosa, Ulisse Rosa aparece poucas vezes no filme.
Foi difícil até achar o nome dele.
É um personagem secundário quase.
A não ser que você preste atenção.
Porque, no final, ele é a essência do estado, muito mais que os políticos e religiosos
que tentam pateticamente justificar porque a italia é um estado legítimo e a ilha das
rosas não seria.
Muito mais que o giovani rosa e a garota que ele ama.
Porque o pai dele genuinamente acredita no estado.
É aquele cara que faz a transição mais difícil de todas.
Que ama o filho, lógico, logo no início mostra que vive tirando o garoto de confusão.
Mas acha aquela ideia dele de um estado novo sem leis uma besteira sem sentido.
Ele quer leis, ele quer limites.
Infelizmente é assim que muita gente pensa.
Tomar decisões, decidir riscos, é algo complicado.
A grande maioria das pessoas prefere que alguém tome essas decisões dificeis por ela.
Não é a toa que tem tanta gente seguindo regras absolutamente idiotas e sem nenhum
sentido lógico nessa pandemia.
Porque, numa situação como vivemos, não existem opções livres de risco.
Tomar vacina tem risco.
Não tomar também tem risco.
Muita gente prefere, nessa situação, ter uma autoridade que mande ela fazer algo.
Seja algo lógico ou não.
Prefere isso a tomar sua própria decisão.
Pior, vai criticar você por não obedecer a "autoridade" que ela decidiu escolher de
forma aleatória.
Mesmo que não exista um pingo de evidência ou lógica na decisão das ditas "autoridades".
Ok, muito libertário acha lindo no filme, quando o giovani peita os policiais com o
carro sem placa, quando ele decide criar uma ilha do nada no meio do mar, porque foram
as leis idiotas do estado que fizeram ele perder a amada, quando ele e seus amigos peitam
os navios de guerra do governo italiano.
Mas eu tenho que confessar que achei mais bacana de tudo quando o pai dele fala para
ele não desistir.
Para quem não lembra, em determinado momento do filme, o governo italiano oferece um monte
de dinheiro, duas licenças para resorts para ele abrir mão da ilha.
Ele seria rico por gerações.
Nesse mesmo momento, provavelmetne de forma ligada, o estado consegue que o pai dele seja
demitido da fábrica que trabalhava a 35 anos.
As reservas do pai dele quanto a ilha ele já tinha falado antes.
Giovani então parece pronto a jogar a toalha.
Fala para o pai que ele vai deixar para lá, o pai tem razão, uma hora a gente tem que
dizer sim.
Mas é justamente nesse ponto que o pai do giovani percebe o que está acontecendo.
Percebe o desespero do governo italiano que está sendo humilhado por um garoto.
Retaliação violenta de estado contra indivíduo é sempre demonstração de fraqueza do estado.
E o pai fala para ele seguir em frente.
Foda-se vida, foda-se dinheiro, importante é só a liberdade.
Vida, dinheiro, sem liberdade não valem nada.
Liberdade, mesmo sem vida e sem dinheiro, vale o futuro inteiro, para as próximas gerações.
No final do filme, como é padrão, o estado chega a única justificativa real de legitimidade
que tem: a força.
Foi assim na ilha das flores, foi assim no Principado de Portinha, foi assim na república
de cospaia, seja onde for.
Única legitimidade do estado é o uso de força bruta.
O uso de violência.
O estado italiano manda o andrea doria, um de seus maiores navios de guerra para torpedear
a ilha das flores.
Uma tristeza.
Felizmente uma força que o estado é cada vez menos capaz de fazer.
Sim, se você montar uma ilha no meio do mar, provavelmente ainda vai sofrer a mesma retaliação.
Mas, a cada momento, o território é menos importante, a informação e a tecnologia
é mais importante.
Essa força estatal está fadada a se tornar totalmente inefetiva.
Mas, mesmo que não se torne, mesmo que se lute pela liberdade e sejamos alvejados pela
brutalidade estatal, isso não importa.
Morrer todos nós vamos um dia.
Existem poucas formas mais dignas de morrer do
que lutando contra a opressão estatal cega.
youtu.be/90rWwsA1HDY
Deputado do Texas quer uma votação de secessão - A importância do direito de secessão
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