Estado de Israel

Área destinada à discussão sobre Laicismo e Política e a imparcialidade do tratamento do Estado às pessoas.
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Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Fizeram uma versão da música Geraldo Vandré pra hebraico em protesto contra Benjamin Netanyahu:

Manifestantes em Israel cantam versão em hebraico de música contra a ditadura brasileira


youtu.be/V21xlXQsFyY

Re: Estado de Israel

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Fundamentalismo cega as pessoas.
Folhetos culpando LGBT+ pelo Holocausto são distribuídos em Israel

Folhetos de 26 páginas estão sendo distribuídos em Israel, e incluem uma lista de reclamações contra pessoas LGBTQ+

Por iG Queer | 24/08/2023


Folhetos culpando as pessoas LGBTQ+ pelo Holocausto e acusando a comunidade LGBTQ+ de desejar “supremacia política” apareceram em Rosh Haayin, uma cidade em Israel , na terça-feira (22).

Centenas de folhetos foram distribuídos em Haifa e Rosh Haayin e ainda não está claro quem os produz e distribui.
https://queer.ig.com.br/2023-08-24/folh ... srael.html

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Fico pensando se seria mais outra cortina de fumaça do Netanyahu, que seria provocado por ele pra desviar o foco das críticas que ele tava tendo e ganhar mais apoios.


CNN mostra vídeo de soldado israelense sendo capturado pelo Hamas | AGORA CNN


youtu.be/Ln2K_CPzsMw

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil:

Israel: Vida de palestinos tem valido muito menos do que a de israelenses, diz presidente da Fepal


youtu.be/dyaUDUGlPSQ

Re: Estado de Israel

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O esforço da esquerdalha para não chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome ...
O peso das palavras

A desculpa não oficial de que o governo brasileiro não cita o Hamas para não prestigiar grupos extremistas chega a ser ridícula

Por Merval Pereira 10/10/2023


A dificuldade que a esquerda tem, no mundo inteiro, não apenas no Brasil, de chamar as coisas pelo verdadeiro nome só faz reforçar um estereótipo de que a direita se aproveita. Tanto a direita quanto a esquerda, especialmente no Brasil, têm facilidade de acusar o contrário, com palavras duras e diretas que muitas vezes beiram a irresponsabilidade. Mas, quando alguma coisa acontece no seu arraial, ambos os grupos desconhecem o que os afeta e atacam o que consideram inimigo.

No momento, é inócuo lembrar os desmandos que o governo Netanyahu comete como consequência de acatar na sua coalizão partidos de extrema direita fundamentalmente contra um Estado Palestino. O fato que se sobrepõe aos demais é que o Hamas praticou atos terroristas brutais contra cidadãos israelenses, que devem ser repudiados por todos os governos democráticos do mundo. Não é preciso proteger terroristas para ser a favor de um Estado Palestino.

A tática de capturar civis como reféns para usá-los como escudos humanos ou moeda de troca já é por si uma aberração. Ameaçar matar um a um a cada ataque de Israel é um crime de guerra. Não citar o nome do Hamas em notas ou declarações oficiais é tentativa perversa politicamente de esconder os autores dos atentados, como se isso fosse possível.
https://oglobo.globo.com/blogs/merval-p ... vras.ghtml

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Spoiler:
Fernando Silva escreveu:
Ter, 10 Outubro 2023 - 09:32 am
O esforço da esquerdalha para não chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome ...
O peso das palavras

A desculpa não oficial de que o governo brasileiro não cita o Hamas para não prestigiar grupos extremistas chega a ser ridícula

Por Merval Pereira 10/10/2023


A dificuldade que a esquerda tem, no mundo inteiro, não apenas no Brasil, de chamar as coisas pelo verdadeiro nome só faz reforçar um estereótipo de que a direita se aproveita. Tanto a direita quanto a esquerda, especialmente no Brasil, têm facilidade de acusar o contrário, com palavras duras e diretas que muitas vezes beiram a irresponsabilidade. Mas, quando alguma coisa acontece no seu arraial, ambos os grupos desconhecem o que os afeta e atacam o que consideram inimigo.

No momento, é inócuo lembrar os desmandos que o governo Netanyahu comete como consequência de acatar na sua coalizão partidos de extrema direita fundamentalmente contra um Estado Palestino. O fato que se sobrepõe aos demais é que o Hamas praticou atos terroristas brutais contra cidadãos israelenses, que devem ser repudiados por todos os governos democráticos do mundo. Não é preciso proteger terroristas para ser a favor de um Estado Palestino.

A tática de capturar civis como reféns para usá-los como escudos humanos ou moeda de troca já é por si uma aberração. Ameaçar matar um a um a cada ataque de Israel é um crime de guerra. Não citar o nome do Hamas em notas ou declarações oficiais é tentativa perversa politicamente de esconder os autores dos atentados, como se isso fosse possível.
https://oglobo.globo.com/blogs/merval-p ... vras.ghtml
O sionismo autocrata de Netanyahu também é um terrorismo (de estado). Mas como é apoiado pelos EUA e por países democráticos (pelo menos com suas próprias populações, mesmo com histórico de tirania e imperialismo) e 'civilizados', passa essa impressão formal de que EUA e ocidentais são os bonzinhos defendendo Israel (o eterno 'oprimido' pelo antissemitismo)

Mais estranho é ver um bando de cristão defendendo Israel, sendo que se forem lá fazer proselitismo entre judeus, são hostilizados (até com agressão física):

Intolerância: judeus ultraortodoxos cospem em cristãos em Jerusalém

É apenas um exemplo do radicalismo religioso que está provocando graves divisões em Israel e alimenta uma crise política que não parece ter saída


https://veja.abril.com.br/coluna/mundia ... -jerusalem

Evangelização em Jerusalém


youtu.be/i6yEUEyXmWU

Persecution of Messianic Jews in Israel - Part 1 of 2


youtu.be/EII5Km3jN3U

Persecution of Messianic Jews in Israel - Part 2 of 2


youtu.be/4J7iqMO4EaQ

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Fernando Silva »

1/3 dos israelenses é de extrema direita e não aceita nenhum acordo com os palestinos.
Para eles, toda aquela terra é parte de Israel e, se os palestinos quiserem viver lá, tem que ser como cidadãos israelenses.
É este 1/3 que apoia Netanyahu (o Trump de lá).

Já os ortodoxos são fanáticos que sequer aceitam a criação do Estado de Israel e defendem que é preciso esperar pelo Messias.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Fernando Silva escreveu:
Qua, 11 Outubro 2023 - 08:47 am
1/3 dos israelenses é de extrema direita e não aceita nenhum acordo com os palestinos.
Para eles, toda aquela terra é parte de Israel e, se os palestinos quiserem viver lá, tem que ser como cidadãos israelenses.
É este 1/3 que apoia Netanyahu (o Trump de lá).

Já os ortodoxos são fanáticos que sequer aceitam a criação do Estado de Israel e defendem que é preciso esperar pelo Messias.
Depende. Tem ortodoxos que aceitam Israel como legítimo, tem os tal Neturei Karta que não aceitam Israel como legítimo.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Polêmica da Intercept sobre lobby sionista:
Os defensores do governo de Israel não querem que você saiba que ele tem um grande flanco aberto: o apoio dos Estados Unidos. E é por isso que, quando um jornalista disfarçado da Al Jazeera se infiltrou em organizações influentes do lobby israelense junto ao governo americano, acabou provocando um incidente diplomático internacional – e descobrindo casos de espionagem, difamação e até investidas do estado israelense contra universitários americanos.

Este é o primeiro de quatro episódios da série censurada por Israel, disponível pela primeira vez em português. Ele revela como representantes do governo israelense e de outros grupos pró-Israel nos EUA atuam para estrangular o movimento pró-Palestina Boicote, Desinvestimento e Sanções em um campus universitário da Califórnia.
A SÉRIE QUE ISRAEL CENSUROU: O LOBBY — EUA (Episódio 1)


youtu.be/ggYEw9WqXqw

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Fernando Silva »

Os palestinos foram expulsos em 1948, mas os judeus também.
E muitos palestinos ficaram e viraram cidadãos israelenses com todos os direitos, coisa que não acontece com os judeus nos países árabes.
Choque de identidades

Noção de Estado nacional era inexistente no Oriente Médio até a Primeira Guerra Mundial e fragmentou região multirreligiosa

Por Guga Chacra — Nova York 19/10/2023


[...]

No fim, os palestinos não aceitaram a partilha por avaliar ser injusta porque dava áreas de expressiva maioria árabe para Israel. O fato é que houve a guerra de 1948, que resultou na expulsão e saída da maioria dos palestinos do territórios israelenses — a maioria dos habitantes de Gaza descende de palestinos que viviam há gerações no que hoje é Israel. Paralelamente, nos ano seguintes, houve a expulsão ou saída de judeus de países como Síria, Egito, Iraque e Líbano. Segundo o escritor franco-libanês Amin Maalouf, que preside a Academia Francesa de Letras, estes dois acontecimentos são a tragédia do Levante, como é conhecida esta região.

https://oglobo.globo.com/blogs/guga-cha ... ades.ghtml?

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

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Fernando Silva escreveu:
Qui, 19 Outubro 2023 - 09:42 am
Os palestinos foram expulsos em 1948, mas os judeus também.
E muitos palestinos ficaram e viraram cidadãos israelenses com todos os direitos, coisa que não acontece com os judeus nos países árabes.
Choque de identidades

Noção de Estado nacional era inexistente no Oriente Médio até a Primeira Guerra Mundial e fragmentou região multirreligiosa

Por Guga Chacra — Nova York 19/10/2023


[...]

No fim, os palestinos não aceitaram a partilha por avaliar ser injusta porque dava áreas de expressiva maioria árabe para Israel. O fato é que houve a guerra de 1948, que resultou na expulsão e saída da maioria dos palestinos do territórios israelenses — a maioria dos habitantes de Gaza descende de palestinos que viviam há gerações no que hoje é Israel. Paralelamente, nos ano seguintes, houve a expulsão ou saída de judeus de países como Síria, Egito, Iraque e Líbano. Segundo o escritor franco-libanês Amin Maalouf, que preside a Academia Francesa de Letras, estes dois acontecimentos são a tragédia do Levante, como é conhecida esta região.

https://oglobo.globo.com/blogs/guga-cha ... ades.ghtml?
Havia judeus em países árabes sim e ainda há. Não necessariamente em todos países árabes; tem locais que podem haver mais hostilidades por causa de questões palestinas em que muitos árabes são simpáticos. Mas depois com questão da invasão de judeus na Palestina, muitos árabes tomando as dores do povo de mesma religião passaram a ter hostilidade a judeus - o que não é difícil de entender e é muito comum, mesmo em países ditos democráticos, como os EUA, por exemplo, onde teve um anti-germanismo por causa da Segunda Guerra, sem contar o anti-arabismo por questões como queda das Torres Gêmeas, russofobia, e agora ataques a pessoas de origem palestina nos EUA, como o caso do garoto que foi assassinado, entre outros que ainda acontecem.

Eu já vi reportagem sobre família judaica residindo num país islâmico no norte da África.

E pra lembrar tem um exemplo de judeu que foi muito conhecido nascido no Líbano, Edmond Safra.

E repetindo, ser árabe não é sinônimo de ser islâmico. Então nesse caso vai ter que excluir o Irã, a Turquia, Cazaquistão, etc, que são países predominantemente não-árabes (turcomanos, indo-iranianos, etc).


E tem que considerar que a população judaica é muito menor que a de árabes. Então não tem como esperar que tenha uma proporção mais ou menos equivalente a de etnias árabes.

Há registros de que haveria judeus no Irã, Azerbaijão, Egito, Síria (não sei como ta guerra agora), etc.

Editado pela última vez por Agnoscetico em Qui, 19 Outubro 2023 - 22:31 pm, em um total de 1 vez.

Re: Estado de Israel

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Originalmente era um território de maioria árabe. Era parte do império Otomano. Então os britânicos roubaram o território. Depois fizeram a burrada de fundar Israel em território hostil fazendo uma divisão bizarra e descontígua entre dois grupos que se odeiam. E aos poucos, Israel por ser mais rica está conquistando o resto do território.

Imagem

Re: Estado de Israel

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Qui, 19 Outubro 2023 - 20:45 pm
Originalmente era um território de maioria árabe. Era parte do império Otomano. Então os britânicos roubaram o território. Depois fizeram a burrada de fundar Israel em território hostil fazendo uma divisão bizarra e descontígua entre dois grupos que se odeiam. E aos poucos, Israel por ser mais rica está conquistando o resto do território.

Imagem
Os judeus sempre consideraram aquele território como sendo sua terra ancestral. Afinal, estão lá desde os tempos bíblicos.
Passaram quase 2 mil anos dizendo "Ano que vem, em Jerusalém".
Não aceitariam outro lugar.

Nota: não havia um "território palestino". Havia, no máximo, um território com muitos palestinos. Aquela terra pertencia ao Egito, Jordânia e outros.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Spoiler:
Fernando Silva escreveu:
Sex, 20 Outubro 2023 - 10:14 am
Tutu escreveu:
Qui, 19 Outubro 2023 - 20:45 pm
Originalmente era um território de maioria árabe. Era parte do império Otomano. Então os britânicos roubaram o território. Depois fizeram a burrada de fundar Israel em território hostil fazendo uma divisão bizarra e descontígua entre dois grupos que se odeiam. E aos poucos, Israel por ser mais rica está conquistando o resto do território.

Imagem
Os judeus sempre consideraram aquele território como sendo sua terra ancestral. Afinal, estão lá desde os tempos bíblicos.
Passaram quase 2 mil anos dizendo "Ano que vem, em Jerusalém".
Não aceitariam outro lugar.

Nota: não havia um "território palestino". Havia, no máximo, um território com muitos palestinos. Aquela terra pertencia ao Egito, Jordânia e outros.
Passaram quase 2 mil anos dizendo "Ano que vem, em Jerusalém".
Não aceitariam outro lugar.
Onde disseram isso?
Mas aceitaram viver em diáspora mesmo antes de muitos deles ter sido expulsos por romanos.


E ia ser necessário fazer um rastreamento genético bem apurado pra tentar determinar de forma mais aproximada possível quem teria parentes daquela naquela terra (se não judeus, ao menos de povos aparentados, como idumeus, samaritanos, etc) no período aproximado em que houve a diáspora.

Difícil saber quem seria judeu por genealogia e os que são por conversão. Tem a questão controversa de que teve gente do Cazar que teria se convertido ao judaísmo, mesmo carecendo de fontes. Mas muitos judeus tem mais genes de povos eslavos do que de povos antigos da região palestina.

Então só se autodenominar judeu e não provar continuidade genealógica dificulta muito. Sem contar que, como Pirulla disse num vídeo, mesmo que considerando que judeus em Israel sejam autênticos, a situação dos judeus em Israel seria a mesma a de alguém que saiu dum assento num lugar público (ônibus, etc) sem ter reservado e depois de um tempo que outra pessoa já sentou, vai exigir o lugar no assento de volta.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Sex, 20 Outubro 2023 - 22:13 pm
Mas aceitaram viver em diáspora mesmo antes de muitos deles ter sido expulsos por romanos.
Nunca aceitaram. Apenas se conformaram por não conseguir vencer em guerra. Só no século 19 surgiu o sionismo.
E ia ser necessário fazer um rastreamento genético bem apurado pra tentar determinar de forma mais aproximada possível quem teria parentes daquela naquela terra (se não judeus, ao menos de povos aparentados, como idumeus, samaritanos, etc) no período aproximado em que houve a diáspora.
Não precisa de genética. A cultura judaica, passada por tradições, já é o suficiente para definir quem é essa etnia.
mesmo que considerando que judeus em Israel sejam autênticos, a situação dos judeus em Israel seria a mesma a de alguém que saiu dum assento num lugar público (ônibus, etc) sem ter reservado e depois de um tempo que outra pessoa já sentou, vai exigir o lugar no assento de volta.
Toda história e origem de Israel está lá, principalmente em Jerusalém. Então é o lugar ideal para eles fundarem o Estado deles.

O cristianismo não precisa de Jerusalém, porque era uma região de população judia quando Jesus morreu. Eles não aceitaram Jesus.

Para o islamismo tem importância, mas não é a cidade mais importante do islã. O islamismo veio depois do judaísmo e alterou muito da história da Bíblia, dizendo que ela tinha sido corrompida pelas religiões antecessoras.


A construção de Israel foi feita de forma toda errada e bagunçada. O sionismo gerou a primeira organização terrorista da história, que se tornou o exército de Israel quando o país foi fundado. A migração de judeus ocorreu em massa e aos poucos foi substituindo a população islâmica de lá. Nos tempos modernos, os judeus são os invasores. Mas é o lugar ideal para construir o Estado deles. Onde mais eles poderia ser? O grande erro foi da ONU, por não ter feito uma divisão correta do território (é só ver o mapa) e por não ter migrado a população local para áreas onde pudessem ter soberania. Como é um país jovem, a ONU deveria ter mantido a tutela por mais anos e intervindo na guerra dos 6 dias, mas ela foi negligente.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Sex, 20 Outubro 2023 - 22:13 pm
Fernando Silva escreveu:
Sex, 20 Outubro 2023 - 10:14 am
Passaram quase 2 mil anos dizendo "Ano que vem, em Jerusalém".
Não aceitariam outro lugar.
Onde disseram isso?
Faz parte da tradição judaica que remonta à destruição do templo de Jerusalém pelo imperador Tito, no ano 70 d.C., terminar a festa da Páscoa com a oração “Leshana Habaa B’Yerushalayim” (no ano que vem, em Jerusalém). Essa oração expressa a velha aspiração judaica de regresso dos judeus espalhados pelo mundo à sua terra prometida, Eretz Israel.
https://ionline.sapo.pt/artigo/612035/n ... -jerusalem

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Sáb, 21 Outubro 2023 - 00:14 am
Nunca aceitaram. Apenas se conformaram por não conseguir vencer em guerra. Só no século 19 surgiu o sionismo.
Pode ser que muitos não aceitaram, apenas se conformaram. mas diáspora judaica já havia bem antes. Teve judeus que mesmo antes da expulsão pelos romanos (como na período do cativeiro babilônico), e que não queriam voltar mais (como caso de imigrante que vai pra outro país, que, mesmo vindo de outra cultura, criou raiz na terra estrangeira onde foi morar).

Tutu escreveu:
Sáb, 21 Outubro 2023 - 00:14 am
Não precisa de genética. A cultura judaica, passada por tradições, já é o suficiente para definir quem é essa etnia.
Se for assim, pode ter impostor se passando por alguém de certo povo pra ganhar benefícios. Imagina, por exemplo, alguém invente um Bolsa-indígena (ou qualquer outra etnia, cultura, etc), e pessoas que tem aparência de nativo-americano decida se passar por índio e consiga ser aceito como nativo-americano e ganhe privilégios.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Dom, 22 Outubro 2023 - 00:27 am
Se for assim, pode ter impostor se passando por alguém de certo povo pra ganhar benefícios. Imagina, por exemplo, alguém invente um Bolsa-indígena (ou qualquer outra etnia, cultura, etc), e pessoas que tem aparência de nativo-americano decida se passar por índio e consiga ser aceito como nativo-americano e ganhe privilégios.
Não é fácil se passar por judeu ou ameríndio, porque cada um tem uma comunidade.
Um judeu que nenhuma comunidade judaica reconhece é uma fraude.
Do mesmo modo, um índio sem uma aldeia também é fraude.

O grande problema é o governo inventar benefício de parasita para pessoas de etnia específica.
O que é aceitável é dar terras para a etnia se reconstruir. Nesse caso, o impostor terá que gostar da cultura da etnia e ser aceito nessa comunidade.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

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Tutu escreveu:
Dom, 22 Outubro 2023 - 10:21 am
Não é fácil se passar por judeu ou ameríndio, porque cada um tem uma comunidade.
Um judeu que nenhuma comunidade judaica reconhece é uma fraude.
Do mesmo modo, um índio sem uma aldeia também é fraude.

O grande problema é o governo inventar benefício de parasita para pessoas de etnia específica.
O que é aceitável é dar terras para a etnia se reconstruir. Nesse caso, o impostor terá que gostar da cultura da etnia e ser aceito nessa comunidade.
Tendo fenótipo parecido a de índio é mais fácil que se passar por judeu, que não tem um fenótipo padrão (tem os asquenazi, que seriam os mais brancos e sefarditas, que seriam os de traços físicos mais parecidos aos do padrão do Oriente Médio, mas ainda assim tem supostos judeus com fenótipos variados.
E considerando que o exemplo que citei sobre nativo-americanos não foi lá muito bom, pois hoje em dia já se tem mais recurso pra identificar fraudes desse tipo, já no passado, vai saber quantos não-judeus 'viraram' judeus por conversão e não por ancestralidade.

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Dom, 22 Outubro 2023 - 20:33 pm
Tendo fenótipo parecido a de índio é mais fácil que se passar por judeu, que não tem um fenótipo padrão (tem os asquenazi, que seriam os mais brancos e sefarditas, que seriam os de traços físicos mais parecidos aos do padrão do Oriente Médio, mas ainda assim tem supostos judeus com fenótipos variados.
E considerando que o exemplo que citei sobre nativo-americanos não foi lá muito bom, pois hoje em dia já se tem mais recurso pra identificar fraudes desse tipo, já no passado, vai saber quantos não-judeus 'viraram' judeus por conversão e não por ancestralidade.
Todo ameríndio hoje, ou vive em aldeia com o povo dele, ou se juntou ao Brasil principal (não tendo mais a cultura indígena).

A questão aqui não é a genética e sim étnica. Durante a história de um grupo étnico, costuma aparecer imigrantes que se juntam ao grupo e passam a viver com o grupo e a seguir a cultura dele. O imigrante deixa descendentes que passa a ser alguém nativo da etnia. Com o judaísmo não foi diferente. Se alguém casar com um judeu, ele acaba se convertendo, fazendo circuncisão e passando a viver dentro da cultura judaica.

Judaísmo não é algo que um doido pode decidir se converter, pesquisando a cultura na Internet e imitando tudo que eles fazem. Para ser judeu, tem que fazer parte de uma sociedade judia.

Israel permite todo judeu a se mudar para lá. Judeus convertidos também são aceitos. A investigação para saber se é judeu de fato é feita pelo governo. Se um falso judeu conseguir ser aceito, significa que os critérios do governo estão furados.

Re: Estado de Israel

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Spoiler:
Tutu escreveu:
Dom, 22 Outubro 2023 - 22:25 pm
Agnoscetico escreveu:
Dom, 22 Outubro 2023 - 20:33 pm
Tendo fenótipo parecido a de índio é mais fácil que se passar por judeu, que não tem um fenótipo padrão (tem os asquenazi, que seriam os mais brancos e sefarditas, que seriam os de traços físicos mais parecidos aos do padrão do Oriente Médio, mas ainda assim tem supostos judeus com fenótipos variados.
E considerando que o exemplo que citei sobre nativo-americanos não foi lá muito bom, pois hoje em dia já se tem mais recurso pra identificar fraudes desse tipo, já no passado, vai saber quantos não-judeus 'viraram' judeus por conversão e não por ancestralidade.
Todo ameríndio hoje, ou vive em aldeia com o povo dele, ou se juntou ao Brasil principal (não tendo mais a cultura indígena).

A questão aqui não é a genética e sim étnica. Durante a história de um grupo étnico, costuma aparecer imigrantes que se juntam ao grupo e passam a viver com o grupo e a seguir a cultura dele. O imigrante deixa descendentes que passa a ser alguém nativo da etnia. Com o judaísmo não foi diferente. Se alguém casar com um judeu, ele acaba se convertendo, fazendo circuncisão e passando a viver dentro da cultura judaica.

Judaísmo não é algo que um doido pode decidir se converter, pesquisando a cultura na Internet e imitando tudo que eles fazem. Para ser judeu, tem que fazer parte de uma sociedade judia.

Israel permite todo judeu a se mudar para lá. Judeus convertidos também são aceitos. A investigação para saber se é judeu de fato é feita pelo governo. Se um falso judeu conseguir ser aceito, significa que os critérios do governo estão furados.
Então, aqui a Lei que determina que critérios um judeu pode residir em Israel.
(OBS: A lei se aplica apenas aos judeus não israelenses, tornando a sua naturalização legalmente aceita a priori. A naturalização de não judeus é regulada por outras leis.).

Lei do retorno

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_do_retorno

A Lei do Retorno | Agência Judaica

https://archive.jewishagency.org/pt/lei-do-retorno/

Re: Estado de Israel

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EDITADO:


Postado no tópico "Guerra Israel vs Hamas":

https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... 586#p32586

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico escreveu:
Qui, 26 Outubro 2023 - 19:23 pm
EDITADO:


Postado no tópico "Guerra Israel vs Hamas":

https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... 586#p32586
Vi só o início, mas o tema do lobismo sionista é algo importante a ser discutido aqui e vai muito além da guerra.
Por envolver judeus, que são ricos, acaba inspirando teorias da conspiração.

O sionismo tem apoio sem sentido (só ideológico) dos evangélicos americanos e brasileiros. Políticos americanos são fortemente influenciados pelo lobismo. Os lobistas até fabricam protestos sionistas e também escândalos antissemitistas.
Embora alguns discordem, mas lobismo é sempre corrupção.

“The Lobby”: censurado por Israel
https://www.intercept.com.br/series/the ... -censurou/

Ou isso é verdade ou o Intercept está mentindo.

Re: Estado de Israel

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O The Intercept cobra do lobismo sionista, seja lá o que diabo isso significa. Não vejo cobrarem do lobismo pró-califado antiexistência de Israel do Hamas-Irã-outros países árabes. Até parece que ele é um grupo galinha morta em termos de influência. Aliás, a Al Jazeera, fonte de informação do The Intercept, é mídia estatal do Catar, que é um dos países que apoiam o terrorismo pró-califado e antiexistência de Israel. Muito lindo e imparcial atacar extremistas só de um dos lados.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Huxley escreveu:
Dom, 29 Outubro 2023 - 22:03 pm
O The Intercept cobra do lobismo sionista, seja lá o que diabo isso significa. Não vejo cobrarem do lobismo pró-califado antiexistência de Israel do Hamas-Irã-outros países árabes. Até parece que ele é um grupo galinha morta em termos de influência. Aliás, a Al Jazeera, fonte de informação do The Intercept, é mídia estatal do Catar, que é um dos países que apoiam o terrorismo pró-califado e antiexistência de Israel. Muito lindo e imparcial atacar extremistas só de um dos lados.
E as mídias pró-sionismo (que não são poucas e são as mainstream) também não seriam confiáveis, já que muita coisa pode ser forjada e omitida pra ser usada como propaganda.
Talvez nem nas agências de fact-check dê pra confiar. Como aqui ninguém ta presenciando nem verificando por si o que ta acontecendo. E o fato de a Intercept ter judeus já diminui o argumento de ser um mídia apenas com pessoas não-judias (que "não sente na pele" e não ta no "lugar de fala") mesmo que receba colaboração da Al-Jazeera (que tu citou informação deles como referência que era favorável a imagem de Israel).
Mas que algumas coisa mencionadas pelo Intercept daria pra conferir, como o Sleep Giants do sionismo nos EUA, o tal "Canary mission", que fica listando os que se opõe ao sionismo:

https://canarymission.org

Re: Estado de Israel

Huxley
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Agnoscetico escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:19 am
Huxley escreveu:
Dom, 29 Outubro 2023 - 22:03 pm
O The Intercept cobra do lobismo sionista, seja lá o que diabo isso significa. Não vejo cobrarem do lobismo pró-califado antiexistência de Israel do Hamas-Irã-outros países árabes. Até parece que ele é um grupo galinha morta em termos de influência. Aliás, a Al Jazeera, fonte de informação do The Intercept, é mídia estatal do Catar, que é um dos países que apoiam o terrorismo pró-califado e antiexistência de Israel. Muito lindo e imparcial atacar extremistas só de um dos lados.
E as mídias pró-sionismo (que não são poucas e são as mainstream) também não seriam confiáveis, já que muita coisa pode ser forjada e omitida pra ser usada como propaganda.
Talvez nem nas agências de fact-check dê pra confiar. Como aqui ninguém ta presenciando nem verificando por si o que ta acontecendo. E o fato de a Intercept ter judeus já diminui o argumento de ser um mídia apenas com pessoas não-judias (que "não sente na pele" e não ta no "lugar de fala") mesmo que receba colaboração da Al-Jazeera (que tu citou informação deles como referência que era favorável a imagem de Israel).
Mas que algumas coisa mencionadas pelo Intercept daria pra conferir, como o Sleep Giants do sionismo nos EUA, o tal "Canary mission", que fica listando os que se opõe ao sionismo:

https://canarymission.org
As mídias pró-sionismo são vigiadas pelo sistema de freios e contrapesos da democracia ocidental. Os Estados Unidos, o país fora de Israel com maior número de judeus e lobistas pró-sionismo, têm uma legislação de liberdade de expressão radical e têm leis de responsabilidade civil contra calúnias/acusações falsas (sobre o último caso, perguntem a Fox News ou ao Alex Jones). Já o Catar não passa de um califado que fornece abrigo para os líderes do Hamas. Não é exagero dizer que a mídia estatal deles é análoga ao jornal do Partido Comunista de Cuba. Não há espaço de poder midiático alternativo para contradizê-los ou desmenti-los no próprio país deles.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Spoiler:
Huxley escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:37 am
Agnoscetico escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:19 am
Huxley escreveu:
Dom, 29 Outubro 2023 - 22:03 pm
O The Intercept cobra do lobismo sionista, seja lá o que diabo isso significa. Não vejo cobrarem do lobismo pró-califado antiexistência de Israel do Hamas-Irã-outros países árabes. Até parece que ele é um grupo galinha morta em termos de influência. Aliás, a Al Jazeera, fonte de informação do The Intercept, é mídia estatal do Catar, que é um dos países que apoiam o terrorismo pró-califado e antiexistência de Israel. Muito lindo e imparcial atacar extremistas só de um dos lados.
E as mídias pró-sionismo (que não são poucas e são as mainstream) também não seriam confiáveis, já que muita coisa pode ser forjada e omitida pra ser usada como propaganda.
Talvez nem nas agências de fact-check dê pra confiar. Como aqui ninguém ta presenciando nem verificando por si o que ta acontecendo. E o fato de a Intercept ter judeus já diminui o argumento de ser um mídia apenas com pessoas não-judias (que "não sente na pele" e não ta no "lugar de fala") mesmo que receba colaboração da Al-Jazeera (que tu citou informação deles como referência que era favorável a imagem de Israel).
Mas que algumas coisa mencionadas pelo Intercept daria pra conferir, como o Sleep Giants do sionismo nos EUA, o tal "Canary mission", que fica listando os que se opõe ao sionismo:

https://canarymission.org
As mídias pró-sionismo são vigiadas pelo sistema de freios e contrapesos da democracia ocidental. Os Estados Unidos, o país fora de Israel com maior número de judeus e lobistas pró-sionismo, têm uma legislação de liberdade de expressão radical e têm leis de responsabilidade civil contra calúnias/acusações falsas (sobre o último caso, perguntem a Fox News ou ao Alex Jones). Já o Catar não passa de um califado que fornece abrigo para os líderes do Hamas. Não é exagero dizer que a mídia estatal deles é análoga ao jornal do Partido Comunista de Cuba. Não há espaço de poder midiático alternativo para contradizê-los ou desmenti-los no próprio país deles.
Off_topic:
Alex Jones foi condenado a pagar quase 1 bilhão.

E os EUA tem liberdade de expressão até a página dois. Coisas como "Canary Mission" devem ta cuidando de manter essa 'liberdade de expressão' como liberdade de PRESSÃO.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Agnoscetico escreveu:
Seg, 06 Novembro 2023 - 00:22 am
Spoiler:
Huxley escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:37 am
Agnoscetico escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:19 am
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Dom, 29 Outubro 2023 - 22:03 pm
O The Intercept cobra do lobismo sionista, seja lá o que diabo isso significa. Não vejo cobrarem do lobismo pró-califado antiexistência de Israel do Hamas-Irã-outros países árabes. Até parece que ele é um grupo galinha morta em termos de influência. Aliás, a Al Jazeera, fonte de informação do The Intercept, é mídia estatal do Catar, que é um dos países que apoiam o terrorismo pró-califado e antiexistência de Israel. Muito lindo e imparcial atacar extremistas só de um dos lados.
E as mídias pró-sionismo (que não são poucas e são as mainstream) também não seriam confiáveis, já que muita coisa pode ser forjada e omitida pra ser usada como propaganda.
Talvez nem nas agências de fact-check dê pra confiar. Como aqui ninguém ta presenciando nem verificando por si o que ta acontecendo. E o fato de a Intercept ter judeus já diminui o argumento de ser um mídia apenas com pessoas não-judias (que "não sente na pele" e não ta no "lugar de fala") mesmo que receba colaboração da Al-Jazeera (que tu citou informação deles como referência que era favorável a imagem de Israel).
Mas que algumas coisa mencionadas pelo Intercept daria pra conferir, como o Sleep Giants do sionismo nos EUA, o tal "Canary mission", que fica listando os que se opõe ao sionismo:

https://canarymission.org
As mídias pró-sionismo são vigiadas pelo sistema de freios e contrapesos da democracia ocidental. Os Estados Unidos, o país fora de Israel com maior número de judeus e lobistas pró-sionismo, têm uma legislação de liberdade de expressão radical e têm leis de responsabilidade civil contra calúnias/acusações falsas (sobre o último caso, perguntem a Fox News ou ao Alex Jones). Já o Catar não passa de um califado que fornece abrigo para os líderes do Hamas. Não é exagero dizer que a mídia estatal deles é análoga ao jornal do Partido Comunista de Cuba. Não há espaço de poder midiático alternativo para contradizê-los ou desmenti-los no próprio país deles.
Off_topic:
Alex Jones foi condenado a pagar quase 1 bilhão.

E os EUA tem liberdade de expressão até a página dois. Coisas como "Canary Mission" devem ta cuidando de manter essa 'liberdade de expressão' como liberdade de PRESSÃO.
Debiloides podem fazer propaganda de grupo terrorista palestino dizendo que “responsabilizam inteiramente o regime israelense por toda a violência em curso"*, mas o grupo ideologicamente oposto não pode fazer campanha de boicote contra isso; é só o Sleeping Giants que pode usar esse recurso?

* https://www.terra.com.br/noticias/mundo ... edtmx.html

Comparar cultura de cancelamento com assassinato de jornalistas é dar uma mãozinha aos criminosos hediondos dos atentados a liberdade de expressão. Um coisa seria um jornalista não publicar sobre o Canary Mission com medo de sanção informal. Outra coisa muito diferente é ele não publicar nada (ou publicar algo) por medo de ser assassinado, como acontece nos países árabes islamofascistas (lembrar do caso do jornalista saudita esquartejado recentemente por falar mal do príncipe). Fonte confiável da Al Jazeera? Hahahahahaha...

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Huxley escreveu:
Seg, 06 Novembro 2023 - 01:02 am
Agnoscetico escreveu:
Seg, 06 Novembro 2023 - 00:22 am
Spoiler:
Huxley escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:37 am
Agnoscetico escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:19 am
Huxley escreveu:
Dom, 29 Outubro 2023 - 22:03 pm
O The Intercept cobra do lobismo sionista, seja lá o que diabo isso significa. Não vejo cobrarem do lobismo pró-califado antiexistência de Israel do Hamas-Irã-outros países árabes. Até parece que ele é um grupo galinha morta em termos de influência. Aliás, a Al Jazeera, fonte de informação do The Intercept, é mídia estatal do Catar, que é um dos países que apoiam o terrorismo pró-califado e antiexistência de Israel. Muito lindo e imparcial atacar extremistas só de um dos lados.
E as mídias pró-sionismo (que não são poucas e são as mainstream) também não seriam confiáveis, já que muita coisa pode ser forjada e omitida pra ser usada como propaganda.
Talvez nem nas agências de fact-check dê pra confiar. Como aqui ninguém ta presenciando nem verificando por si o que ta acontecendo. E o fato de a Intercept ter judeus já diminui o argumento de ser um mídia apenas com pessoas não-judias (que "não sente na pele" e não ta no "lugar de fala") mesmo que receba colaboração da Al-Jazeera (que tu citou informação deles como referência que era favorável a imagem de Israel).
Mas que algumas coisa mencionadas pelo Intercept daria pra conferir, como o Sleep Giants do sionismo nos EUA, o tal "Canary mission", que fica listando os que se opõe ao sionismo:

https://canarymission.org
As mídias pró-sionismo são vigiadas pelo sistema de freios e contrapesos da democracia ocidental. Os Estados Unidos, o país fora de Israel com maior número de judeus e lobistas pró-sionismo, têm uma legislação de liberdade de expressão radical e têm leis de responsabilidade civil contra calúnias/acusações falsas (sobre o último caso, perguntem a Fox News ou ao Alex Jones). Já o Catar não passa de um califado que fornece abrigo para os líderes do Hamas. Não é exagero dizer que a mídia estatal deles é análoga ao jornal do Partido Comunista de Cuba. Não há espaço de poder midiático alternativo para contradizê-los ou desmenti-los no próprio país deles.
Off_topic:
Alex Jones foi condenado a pagar quase 1 bilhão.

E os EUA tem liberdade de expressão até a página dois. Coisas como "Canary Mission" devem ta cuidando de manter essa 'liberdade de expressão' como liberdade de PRESSÃO.
Debiloides podem fazer propaganda de grupo terrorista palestino dizendo que “responsabilizam inteiramente o regime israelense por toda a violência em curso"*, mas o grupo ideologicamente oposto não pode fazer campanha de boicote contra isso; é só o Sleeping Giants que pode usar esse recurso?

* https://www.terra.com.br/noticias/mundo ... edtmx.html

Comparar cultura de cancelamento com assassinato de jornalistas é dar uma mãozinha aos criminosos hediondos dos atentados a liberdade de expressão. Um coisa seria um jornalista não publicar sobre o Canary Mission com medo de sanção informal. Outra coisa muito diferente é ele não publicar nada (ou publicar algo) por medo de ser assassinado, como acontece nos países árabes islamofascistas (lembrar do caso do jornalista saudita esquartejado recentemente por falar mal do príncipe). Fonte confiável da Al Jazeera? Hahahahahaha...
Isso aqui seria democracia e liberdade de expressão em Israel?


Esse canal aqui se chama "Islam Channel". Será que isso invalidaria o conteúdo do vídeo? Se fosse duma mídia pró-sionista teria mais credibilidade, seria mais verossímil por ser denominada mais 'democrática'?


Moment Israeli police attack anti-Zionist Jews in Jerusalem neighbourhood


youtu.be/Y0njOPNr8K0



E é bom lembrar que o estado de Israel se estabeleceu usando terrorismo:
Lehi

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lehi


Folke Bernadotte

https://pt.wikipedia.org/wiki/Folke_Bernadotte
Em 20 de junho de 1948, o conde foi escolhido por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU para ser o mediador entre as partes em conflito árabe-israelense de 1947-1948,[3] fazer cessar as hostilidades e supervisionar a aplicação da partição territorial da Palestina Mandatária. Foi o primeiro mediador oficial da história da organização. Todavia, pouco depois do início da missão, em setembro do mesmo ano, Bernadotte foi assassinado em Jerusalém, pelo grupo sionista Lehi. A decisão de matá-lo foi tomada por Natan Yellin-Mor, Yisrael Eldad e Yitzhak Shamir, que mais tarde tornar-se-ia primeiro-ministro de Israel.


"Há tendência de acusar de antisemitismo quem é antiossionista": entenda


youtu.be/PreV3ExjKzA

Re: Estado de Israel

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Mensagem por Agnoscetico »

Gaza, 3 nov (EFE/EPA).- (Imagens: Haitham Emad) Centenas de pessoas naturais de Gaza que estavam em Israel com autorização de trabalho estão sendo expulsas e enviadas para a Faixa, que está sitiada por ataques aéreos, terrestres e navais do Exército israelense desde o início da guerra com o grupo islâmico Hamas em 7 de outubro.
Em plena guerra com o Hamas, Israel expulsa centenas de trabalhadores de Gaza para Faixa


youtu.be/mA1Vdk8cAls

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Destacando um assunto, que já comentaram antes mas perdido num post maior com outros assuntos:

Tem muita gente que comenta (de forma repetitiva) em vários lugares que o povo hebreu seria o primeiro povo na Palestina, mesmo eles dizendo que se baseiam na bíblia. Sendo que a própria bíblia diz que já havia outros povos antes do personagem Abraão sequer ter chegado lá.
Palestina (região)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Palestina_(regi%C3%A3o)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Discuss%C ... gi%C3%A3o)

Filisteus

A região era chamada de Palastu pelos assírios. A palavra Palestina deriva do grego Filístia (Philistia), nome dado pelos autores da Grécia Antiga a esta região, devido ao facto de em parte dela (entre a actual cidade de Tel Aviv e Gaza) se terem fixado no século XII a.C. os filisteus.

Os filisteus não eram semitas bem como não mantêm relações com os atuais palestinos e sua provável origem é creto-miceniana, uma das mais conhecidas (embora recorrentemente mencionadas) vagas dos chamados "Povos do Mar" que se estabeleceram em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo, incluindo a área hoje conhecida como Faixa de Gaza. Segundo a tradição bíblica os filisteus seriam oriundos de Caftor, termo associado à ilha de Creta. Este povo é igualmente referido nos escritos do Antigo Egito com o nome de prst, por onde também passaram e foram repelidos.
A PALESTINA
Dados históricos para a compreensão da situação actual
e algumas reflexões
Comissão Justiça e Paz CNIR/FNIRF


https://www.triplov.com/hist_fil_cienci ... titio.html

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 07 Novembro 2023 - 23:37 pm
Huxley escreveu:
Seg, 06 Novembro 2023 - 01:02 am
Agnoscetico escreveu:
Seg, 06 Novembro 2023 - 00:22 am
Spoiler:
Huxley escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:37 am
Agnoscetico escreveu:
Dom, 05 Novembro 2023 - 01:19 am
Huxley escreveu:
Dom, 29 Outubro 2023 - 22:03 pm
O The Intercept cobra do lobismo sionista, seja lá o que diabo isso significa. Não vejo cobrarem do lobismo pró-califado antiexistência de Israel do Hamas-Irã-outros países árabes. Até parece que ele é um grupo galinha morta em termos de influência. Aliás, a Al Jazeera, fonte de informação do The Intercept, é mídia estatal do Catar, que é um dos países que apoiam o terrorismo pró-califado e antiexistência de Israel. Muito lindo e imparcial atacar extremistas só de um dos lados.
E as mídias pró-sionismo (que não são poucas e são as mainstream) também não seriam confiáveis, já que muita coisa pode ser forjada e omitida pra ser usada como propaganda.
Talvez nem nas agências de fact-check dê pra confiar. Como aqui ninguém ta presenciando nem verificando por si o que ta acontecendo. E o fato de a Intercept ter judeus já diminui o argumento de ser um mídia apenas com pessoas não-judias (que "não sente na pele" e não ta no "lugar de fala") mesmo que receba colaboração da Al-Jazeera (que tu citou informação deles como referência que era favorável a imagem de Israel).
Mas que algumas coisa mencionadas pelo Intercept daria pra conferir, como o Sleep Giants do sionismo nos EUA, o tal "Canary mission", que fica listando os que se opõe ao sionismo:

https://canarymission.org
As mídias pró-sionismo são vigiadas pelo sistema de freios e contrapesos da democracia ocidental. Os Estados Unidos, o país fora de Israel com maior número de judeus e lobistas pró-sionismo, têm uma legislação de liberdade de expressão radical e têm leis de responsabilidade civil contra calúnias/acusações falsas (sobre o último caso, perguntem a Fox News ou ao Alex Jones). Já o Catar não passa de um califado que fornece abrigo para os líderes do Hamas. Não é exagero dizer que a mídia estatal deles é análoga ao jornal do Partido Comunista de Cuba. Não há espaço de poder midiático alternativo para contradizê-los ou desmenti-los no próprio país deles.
Off_topic:
Alex Jones foi condenado a pagar quase 1 bilhão.

E os EUA tem liberdade de expressão até a página dois. Coisas como "Canary Mission" devem ta cuidando de manter essa 'liberdade de expressão' como liberdade de PRESSÃO.
Debiloides podem fazer propaganda de grupo terrorista palestino dizendo que “responsabilizam inteiramente o regime israelense por toda a violência em curso"*, mas o grupo ideologicamente oposto não pode fazer campanha de boicote contra isso; é só o Sleeping Giants que pode usar esse recurso?

* https://www.terra.com.br/noticias/mundo ... edtmx.html

Comparar cultura de cancelamento com assassinato de jornalistas é dar uma mãozinha aos criminosos hediondos dos atentados a liberdade de expressão. Um coisa seria um jornalista não publicar sobre o Canary Mission com medo de sanção informal. Outra coisa muito diferente é ele não publicar nada (ou publicar algo) por medo de ser assassinado, como acontece nos países árabes islamofascistas (lembrar do caso do jornalista saudita esquartejado recentemente por falar mal do príncipe). Fonte confiável da Al Jazeera? Hahahahahaha...
Isso aqui seria democracia e liberdade de expressão em Israel?


Esse canal aqui se chama "Islam Channel". Será que isso invalidaria o conteúdo do vídeo? Se fosse duma mídia pró-sionista teria mais credibilidade, seria mais verossímil por ser denominada mais 'democrática'?


Moment Israeli police attack anti-Zionist Jews in Jerusalem neighbourhood


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E é bom lembrar que o estado de Israel se estabeleceu usando terrorismo:
Lehi

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lehi


Folke Bernadotte

https://pt.wikipedia.org/wiki/Folke_Bernadotte
Em 20 de junho de 1948, o conde foi escolhido por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU para ser o mediador entre as partes em conflito árabe-israelense de 1947-1948,[3] fazer cessar as hostilidades e supervisionar a aplicação da partição territorial da Palestina Mandatária. Foi o primeiro mediador oficial da história da organização. Todavia, pouco depois do início da missão, em setembro do mesmo ano, Bernadotte foi assassinado em Jerusalém, pelo grupo sionista Lehi. A decisão de matá-lo foi tomada por Natan Yellin-Mor, Yisrael Eldad e Yitzhak Shamir, que mais tarde tornar-se-ia primeiro-ministro de Israel.


"Há tendência de acusar de antisemitismo quem é antiossionista": entenda


youtu.be/PreV3ExjKzA
Lá vem chery picking de novo. Você quer comparar a BOSTA TOTALITÁRIA do Catar com a ampla e descentralizada mídia independente de Israel e de outros países do Ocidente? Você consegue ler sobre os crimes de guerra do governo central ou forças armadas de Israel, Estados Unidos, Reino Unido, etc. no Ocidente, mas não consegue ler sobre os crimes de apoio ao terrorismo do governo do Catar através da Al Jazeera. Está tão difícil de entender isso?

O que é que essa bosta da mídia estatal do Catar tem a relatar de “supersecreto” que não dependa da frágil credibilidade dela?

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Só vi isso na UOL até agora. Não achei ainda mais notícias:

Tel Aviv, em Israel, fazem protesto contra primeiro-ministro Netanyahu

https://www.youtube.com/watch?v=CbldjZxcCQA

Re: Estado de Israel

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 02 Dezembro 2023 - 21:16 pm
Só vi isso na UOL até agora. Não achei ainda mais notícias:

Tel Aviv, em Israel, fazem protesto contra primeiro-ministro Netanyahu

https://www.youtube.com/watch?v=CbldjZxcCQA
Os israelenses (exceto os conservadores e ultradireitistas) já vêm protestando contra ele faz tempo.
Agora mesmo, com o fiasco dos serviços secretos, que já sabiam há 3 anos do ataque do Hamas e nada fizeram, só vai piorar.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

As origens do ódio da new-left radical e dos socialistas contra Israel:
Rodrigo da Silva
@rodrigodasilva
Por que a esquerda é anti-Israel?

A esquerda política definitivamente não gosta de Israel.

Mundo afora o fenômeno é o mesmo.

Nas últimas semanas, protestos em diferentes cidades foram organizados no Brasil com o apoio de partidos políticos de esquerda (como o PSOL e o PCdoB) e movimentos de esquerda (como o MST).

Mesmo os Estados Unidos, historicamente ligados a Israel, testemunham essa tendência.

Três dias após os atentados terroristas do Hamas, a organização Socialistas Democráticos da América (DSA) promoveu uma manifestação pró-Palestina em Nova York, onde os participantes gritavam “a resistência é justificada quando as pessoas estão ocupadas”, com direito à exibição do símbolo da suástica.

Na Espanha, uma manifestação anti-Israel organizada pelos partidos de esquerda Podemos e Sumar levou 10 mil pessoas às ruas de Madri.

Na Inglaterra, nos últimos dois finais de semana, protestos anti-Israel levaram 100 mil pessoas às ruas de Londres. As manifestações estão umbilicalmente ligadas ao Partido Trabalhista britânico (em 2019, 42% dos judeus britânicos disseram que “considerariam seriamente” deixar o país caso o líder trabalhista da época, Jeremy Corbyn, virasse primeiro-ministro).

Na Austrália, manifestações em Sydney não ecoaram apenas gritos de “Palestina Livre”, mas de “fodam-se os judeus”.

Protestos parecidos aconteceram em diferentes pedaços do mundo nas últimas semanas, de Joanesburgo a Toronto. Sempre com o protagonismo de movimentos e partidos políticos de esquerda.

Por quê?

O que conecta a esquerda a uma identidade anti-Israel é uma mistura de diferentes elementos.

Essa não é uma relação nova, fabricada nas redes sociais. Nem é tão óbvia quanto parece.

Em primeiro lugar, é preciso contexto histórico: a União Soviética desempenhou um papel fundamental no apoio à criação do Estado de Israel. Durante o debate sobre o Plano da ONU para a partilha da Palestina, em 1947, a União Soviética apoiou o sionismo nas Nações Unidas. Na verdade, Moscou se pronunciou a favor de um Estado Judeu muito antes dos Estados Unidos – antes de qualquer potência.

Um ano antes da criação do Estado de Israel, o então embaixador soviético na ONU, Andrei Gromyko, expressou forte apoio a Israel, destacando a conexão histórica do povo judeu com o território, reconhecendo as aspirações do povo judeu após o Holocausto e defendendo que o mundo tinha uma dívida com eles.

O protagonismo russo foi tamanho nessa direção que a União Soviética foi o primeiro país a reconhecer oficialmente Israel, dois dias após a sua declaração de independência, em maio de 1948.

Na Guerra Árabe-Israelense de 1948, Israel recebeu rifles, morteiros e até aviões de combate da Tchecoslováquia, com permissão e consentimento soviético. Essas armas desempenharam um papel indispensável para a vitória israelense.

Como escreveu o historiador Paul Johnson, Joseph Stalin está “entre os pais fundadores de Israel”.

Os próprios israelenses não negam isso. Como disse Abba Eban, o primeiro embaixador de Israel na ONU, sem o voto e as armas fornecidas pelo bloco soviético, “não poderíamos ter conseguido, nem diplomaticamente, nem militarmente”.

Por que os soviéticos escolheram o lado judeu? Por pragmatismo. Stalin via a criação de Israel como uma maneira de reduzir a influência britânica no Oriente Médio. Na propaganda soviética – veja a ironia – apoiar Israel era enfrentar o imperialismo ocidental no Oriente Médio.

Mas pelo mesmo pragmatismo, poucos anos depois, os soviéticos mudaram de lado – levando todo campo político junto, mais uma vez.

A relação entre a União Soviética e Israel se deteriorou no instante em que Israel expressou o desejo de migrar judeus soviéticos para Israel, atitude amplamente rejeitada pela União Soviética, lar de uma das maiores comunidades judaicas do mundo.

A partir desse episódio, a União Soviética passou a expressar apoio e oferecer treinamento militar, armamento e assistência financeira à causa palestina.

Após a criação do Estado de Israel, os judeus soviéticos enfrentaram forte oposição de Moscou para a emigração. Judeus que solicitavam permissão para emigrar para Israel muitas vezes encaravam discriminação, perda de emprego e perseguição (com direito, em alguns casos, à prisão). A maioria teve seus vistos de saída negados e passou a ser rotulada como refusenik. Eles também enfrentavam vigilância constante da KGB.

Para o Kremlin, permitir que um número tão grande de cidadãos deixasse o país era visto como um sinal de fraqueza e instabilidade. Além disso, muitos judeus soviéticos ocupavam posições em áreas sensíveis, como pesquisa científica, defesa e indústria. O Kremlin estava preocupado que esses indivíduos levassem conhecimentos e habilidades valiosas para o exterior.

Como num passe de mágica, a causa palestina passou a ser vista pelos líderes do bloco comunista como uma luta de libertação nacional contra o imperialismo (um imperialismo que havia sido sustentado diplomaticamente e militarmente pela própria União Soviética).

Os interesses russos, estritamente pragmáticos, locais, moldaram a concepção ideológica, moral, de todo um campo político no Ocidente – como em tantas outras questões.

Ainda hoje, dos 193 países membros da ONU, 28 não reconhecem Israel (15%). Desses, apenas 3 não têm maioria muçulmana – todas elas ditaduras de esquerda: Cuba, Venezuela e Coreia do Norte.

Embora nem todos os críticos de Israel sejam radicais de esquerda, as posições anti-Israel viraram uma espécie de marcador de identidade política para a chamada esquerda “anti-imperialista”.

A narrativa anti-Israel, ainda hoje, considera o país uma força “imperialista-colonialista” que ocupa a Palestina.

A rejeição a Israel é um fenômeno muito além do repúdio aos assentamentos israelenses na Cisjordânia ou à política bélica de Benjamin Netanyahu, tantas vezes condenada por diferentes campos políticos no Ocidente: a esquerda radical rejeita a legitimidade do Estado Judeu e o direito dos judeus à autodeterminação nacional. Para ela, um Estado Judeu nunca deveria ter sido estabelecido.

O grupo chama essa identidade de antissionismo: não apenas a oposição a diferentes características negativas da política (e do governo) israelense, mas a negação do direito de Israel existir sob qualquer pretexto naquele território.

É difícil medir a linha que divide o antissionismo do antissemitismo. Embora alguns estudos apontem que há uma correlação entre entrevistados que não reconhecem a legitimidade de Israel e aqueles que concordam com declarações e teorias conspiratórias antissemitas, diferentes organizações de direitos humanos entendem que uma coisa é diferente da outra.

Aqueles que acreditam que antissionismo é um traço de antissemitismo costumam reclamar que o Estado Judeu é julgado de forma mais severa que os demais. Mais do que isso: dizem que negar a relação milenar dos judeus com o território de Israel é negar a própria existência dos judeus na história.

E esse conflito ganhou novas camadas com as redes sociais.

Hoje, o movimento anti-Israel também é influenciado pelo identitarismo, que enxerga a história – independente do país de origem – através de um conceito de raça simplório e maniqueísta que deriva da experiência racial americana.

Para a esquerda ocidental, os israelenses são “brancos” e os palestinos são “pessoas de cor”. Nesse sentido, os judeus – vítimas do maior crime racial do século 20 – não podem ser vítimas de racismo, visto que são “brancos” e “privilegiados”; mas enquanto “brancos” e “privilegiados” são perfeitamente capazes de explorar “pessoas de cor”, “desprivilegiadas”.

Numa reviravolta, os judeus são agora acusados ​​dos mesmos crimes que eles próprios sofreram.

Em 34 anos, entre 1987 e 2021, 12 mil palestinos morreram no conflito Israel-Palestina, o equivalente a 0,2% do total de judeus mortos no Holocausto. No conflito Israel-Palestina, por diferentes motivos, a violência é indiscutivelmente uma desgraça maior para o povo palestino – mas uma desgraça consideravelmente distante da experiência nazista.

A oposição explícita a Israel, nos últimos dias, também virou, para muitas figuras, um apoio velado e cínico ao Hamas.

Desde 2007, o Hamas governa a Faixa de Gaza, onde criou um Estado de partido único que esmaga a oposição, proíbe as relações entre pessoas do mesmo sexo, reprime as mulheres e defende abertamente o assassinato dos judeus, rejeitando categoricamente a primazia dos direitos humanos. Mas as vítimas dessa teocracia não recebem qualquer solidariedade de manifestações políticas ocidentais organizadas por grupos que juram protegê-las.

Parece incoerente, mas é perfeitamente justificável. Não se engane com os discursos: se os russos (e os chineses) decidirem mudar de lado nessa disputa – por qualquer motivação mesquinha, cotidiana e pragmática – a esquerda radical irá junto, adaptando suas motivações à propaganda da ocasião.

Não será a primeira vez.
Fonte: https://twitter.com/rodrigodasilva/stat ... 6378823068

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Spoiler:
Huxley escreveu:
Seg, 04 Dezembro 2023 - 22:48 pm
As origens do ódio da new-left radical e dos socialistas contra Israel:
Rodrigo da Silva
@rodrigodasilva
Por que a esquerda é anti-Israel?

A esquerda política definitivamente não gosta de Israel.

Mundo afora o fenômeno é o mesmo.

Nas últimas semanas, protestos em diferentes cidades foram organizados no Brasil com o apoio de partidos políticos de esquerda (como o PSOL e o PCdoB) e movimentos de esquerda (como o MST).

Mesmo os Estados Unidos, historicamente ligados a Israel, testemunham essa tendência.

Três dias após os atentados terroristas do Hamas, a organização Socialistas Democráticos da América (DSA) promoveu uma manifestação pró-Palestina em Nova York, onde os participantes gritavam “a resistência é justificada quando as pessoas estão ocupadas”, com direito à exibição do símbolo da suástica.

Na Espanha, uma manifestação anti-Israel organizada pelos partidos de esquerda Podemos e Sumar levou 10 mil pessoas às ruas de Madri.

Na Inglaterra, nos últimos dois finais de semana, protestos anti-Israel levaram 100 mil pessoas às ruas de Londres. As manifestações estão umbilicalmente ligadas ao Partido Trabalhista britânico (em 2019, 42% dos judeus britânicos disseram que “considerariam seriamente” deixar o país caso o líder trabalhista da época, Jeremy Corbyn, virasse primeiro-ministro).

Na Austrália, manifestações em Sydney não ecoaram apenas gritos de “Palestina Livre”, mas de “fodam-se os judeus”.

Protestos parecidos aconteceram em diferentes pedaços do mundo nas últimas semanas, de Joanesburgo a Toronto. Sempre com o protagonismo de movimentos e partidos políticos de esquerda.

Por quê?

O que conecta a esquerda a uma identidade anti-Israel é uma mistura de diferentes elementos.

Essa não é uma relação nova, fabricada nas redes sociais. Nem é tão óbvia quanto parece.

Em primeiro lugar, é preciso contexto histórico: a União Soviética desempenhou um papel fundamental no apoio à criação do Estado de Israel. Durante o debate sobre o Plano da ONU para a partilha da Palestina, em 1947, a União Soviética apoiou o sionismo nas Nações Unidas. Na verdade, Moscou se pronunciou a favor de um Estado Judeu muito antes dos Estados Unidos – antes de qualquer potência.

Um ano antes da criação do Estado de Israel, o então embaixador soviético na ONU, Andrei Gromyko, expressou forte apoio a Israel, destacando a conexão histórica do povo judeu com o território, reconhecendo as aspirações do povo judeu após o Holocausto e defendendo que o mundo tinha uma dívida com eles.

O protagonismo russo foi tamanho nessa direção que a União Soviética foi o primeiro país a reconhecer oficialmente Israel, dois dias após a sua declaração de independência, em maio de 1948.

Na Guerra Árabe-Israelense de 1948, Israel recebeu rifles, morteiros e até aviões de combate da Tchecoslováquia, com permissão e consentimento soviético. Essas armas desempenharam um papel indispensável para a vitória israelense.

Como escreveu o historiador Paul Johnson, Joseph Stalin está “entre os pais fundadores de Israel”.

Os próprios israelenses não negam isso. Como disse Abba Eban, o primeiro embaixador de Israel na ONU, sem o voto e as armas fornecidas pelo bloco soviético, “não poderíamos ter conseguido, nem diplomaticamente, nem militarmente”.

Por que os soviéticos escolheram o lado judeu? Por pragmatismo. Stalin via a criação de Israel como uma maneira de reduzir a influência britânica no Oriente Médio. Na propaganda soviética – veja a ironia – apoiar Israel era enfrentar o imperialismo ocidental no Oriente Médio.

Mas pelo mesmo pragmatismo, poucos anos depois, os soviéticos mudaram de lado – levando todo campo político junto, mais uma vez.

A relação entre a União Soviética e Israel se deteriorou no instante em que Israel expressou o desejo de migrar judeus soviéticos para Israel, atitude amplamente rejeitada pela União Soviética, lar de uma das maiores comunidades judaicas do mundo.

A partir desse episódio, a União Soviética passou a expressar apoio e oferecer treinamento militar, armamento e assistência financeira à causa palestina.

Após a criação do Estado de Israel, os judeus soviéticos enfrentaram forte oposição de Moscou para a emigração. Judeus que solicitavam permissão para emigrar para Israel muitas vezes encaravam discriminação, perda de emprego e perseguição (com direito, em alguns casos, à prisão). A maioria teve seus vistos de saída negados e passou a ser rotulada como refusenik. Eles também enfrentavam vigilância constante da KGB.

Para o Kremlin, permitir que um número tão grande de cidadãos deixasse o país era visto como um sinal de fraqueza e instabilidade. Além disso, muitos judeus soviéticos ocupavam posições em áreas sensíveis, como pesquisa científica, defesa e indústria. O Kremlin estava preocupado que esses indivíduos levassem conhecimentos e habilidades valiosas para o exterior.

Como num passe de mágica, a causa palestina passou a ser vista pelos líderes do bloco comunista como uma luta de libertação nacional contra o imperialismo (um imperialismo que havia sido sustentado diplomaticamente e militarmente pela própria União Soviética).

Os interesses russos, estritamente pragmáticos, locais, moldaram a concepção ideológica, moral, de todo um campo político no Ocidente – como em tantas outras questões.

Ainda hoje, dos 193 países membros da ONU, 28 não reconhecem Israel (15%). Desses, apenas 3 não têm maioria muçulmana – todas elas ditaduras de esquerda: Cuba, Venezuela e Coreia do Norte.

Embora nem todos os críticos de Israel sejam radicais de esquerda, as posições anti-Israel viraram uma espécie de marcador de identidade política para a chamada esquerda “anti-imperialista”.

A narrativa anti-Israel, ainda hoje, considera o país uma força “imperialista-colonialista” que ocupa a Palestina.

A rejeição a Israel é um fenômeno muito além do repúdio aos assentamentos israelenses na Cisjordânia ou à política bélica de Benjamin Netanyahu, tantas vezes condenada por diferentes campos políticos no Ocidente: a esquerda radical rejeita a legitimidade do Estado Judeu e o direito dos judeus à autodeterminação nacional. Para ela, um Estado Judeu nunca deveria ter sido estabelecido.

O grupo chama essa identidade de antissionismo: não apenas a oposição a diferentes características negativas da política (e do governo) israelense, mas a negação do direito de Israel existir sob qualquer pretexto naquele território.

É difícil medir a linha que divide o antissionismo do antissemitismo. Embora alguns estudos apontem que há uma correlação entre entrevistados que não reconhecem a legitimidade de Israel e aqueles que concordam com declarações e teorias conspiratórias antissemitas, diferentes organizações de direitos humanos entendem que uma coisa é diferente da outra.

Aqueles que acreditam que antissionismo é um traço de antissemitismo costumam reclamar que o Estado Judeu é julgado de forma mais severa que os demais. Mais do que isso: dizem que negar a relação milenar dos judeus com o território de Israel é negar a própria existência dos judeus na história.

E esse conflito ganhou novas camadas com as redes sociais.

Hoje, o movimento anti-Israel também é influenciado pelo identitarismo, que enxerga a história – independente do país de origem – através de um conceito de raça simplório e maniqueísta que deriva da experiência racial americana.

Para a esquerda ocidental, os israelenses são “brancos” e os palestinos são “pessoas de cor”. Nesse sentido, os judeus – vítimas do maior crime racial do século 20 – não podem ser vítimas de racismo, visto que são “brancos” e “privilegiados”; mas enquanto “brancos” e “privilegiados” são perfeitamente capazes de explorar “pessoas de cor”, “desprivilegiadas”.

Numa reviravolta, os judeus são agora acusados ​​dos mesmos crimes que eles próprios sofreram.

Em 34 anos, entre 1987 e 2021, 12 mil palestinos morreram no conflito Israel-Palestina, o equivalente a 0,2% do total de judeus mortos no Holocausto. No conflito Israel-Palestina, por diferentes motivos, a violência é indiscutivelmente uma desgraça maior para o povo palestino – mas uma desgraça consideravelmente distante da experiência nazista.

A oposição explícita a Israel, nos últimos dias, também virou, para muitas figuras, um apoio velado e cínico ao Hamas.

Desde 2007, o Hamas governa a Faixa de Gaza, onde criou um Estado de partido único que esmaga a oposição, proíbe as relações entre pessoas do mesmo sexo, reprime as mulheres e defende abertamente o assassinato dos judeus, rejeitando categoricamente a primazia dos direitos humanos. Mas as vítimas dessa teocracia não recebem qualquer solidariedade de manifestações políticas ocidentais organizadas por grupos que juram protegê-las.

Parece incoerente, mas é perfeitamente justificável. Não se engane com os discursos: se os russos (e os chineses) decidirem mudar de lado nessa disputa – por qualquer motivação mesquinha, cotidiana e pragmática – a esquerda radical irá junto, adaptando suas motivações à propaganda da ocasião.

Não será a primeira vez.
Fonte: https://twitter.com/rodrigodasilva/stat ... 6378823068
Tem muita gente de direita anti-Israel, mesmo que por outros motivos. Apenas como um exemplo tem o caso do tal Conde, que discorda de uma certa parte direita QUE idolatra de Israel.
Então por que pegar só no pé dos esquerda, como se fosse um maniqueísmo simplista esquerda x direita? Eu não sou nem de esquerda nem direita e não apoio Israel.
E não sei qual benefício brasileiro tem em, defender uma potência militar e econômica que se baseia no vitimismo eterno do Holocausto e dos pogroms pra ganhar apoio público na base da apelação emocional.

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Antigamente, antes da ideologia woke, a esquerda era a favor do oprimido e a direita do opressor. Eram contra a exploração por coronelismo ou senhor feudal, eram contra a exploração pelo capitalismo, eram contra ditadores (Nos países do leste europeu, os opositores do regime eram a esquerda de lá e os comunistas eram a direita de lá), eram contra colonialistas, imperialistas e neoliberalismo. Muitos desses posicionamentos permanecem ainda nos dias de hoje quando o assunto é conflitos internacionais e geopolíticos. O inimigo é países ricos e imperialistas. Por isso, quando o assunto é geopolítica a esquerda não-globalista tem razão.


Antecipando respostas:
Uma coisa é o direito natural do território e o longo tempo que passou (usucapião) desde a ocupação. Outra coisa foi a sujeira do método de ocupação, rejeitado pela população local, teve uso de forças armadas e expulsão de gente, além de contar com aliados de piores índoles (anglo-americanos). Foi o método que foi opressor. Se fosse um método limpo, construiriam cidades em outros países para abrigar os árabes expulsos.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 05 Dezembro 2023 - 17:05 pm

Tem muita gente de direita anti-Israel, mesmo que por outros motivos. Apenas como um exemplo tem o caso do tal Conde, que discorda de uma certa parte direita QUE idolatra de Israel.
Então por que pegar só no pé dos esquerda, como se fosse um maniqueísmo simplista esquerda x direita? Eu não sou nem de esquerda nem direita e não apoio Israel.
E não sei qual benefício brasileiro tem em, defender uma potência militar e econômica que se baseia no vitimismo eterno do Holocausto e dos pogroms pra ganhar apoio público na base da apelação emocional.
Uma pessoa deve defender uma coisa que acha justo pela justiça em si e não por causa de “benefício brasileiro” ou qualquer outro tipo de benefício nacionalista. Ética não tem nacionalidade. Defender uma entidade só pode se for a Palestina, agora se for Israel não pode, né? Isso é a lógica de ver tudo como geopolítica, como se o mundo estivesse polarizado em dois grandes jogadores e não uma coleção de pessoas com interesses diversos.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Antigamente, antes da ideologia woke, a esquerda era a favor do oprimido e a direita do opressor. Eram contra a exploração por coronelismo ou senhor feudal, eram contra a exploração pelo capitalismo, eram contra ditadores (Nos países do leste europeu, os opositores do regime eram a esquerda de lá e os comunistas eram a direita de lá), eram contra colonialistas, imperialistas e neoliberalismo. Muitos desses posicionamentos permanecem ainda nos dias de hoje quando o assunto é conflitos internacionais e geopolíticos. O inimigo é países ricos e imperialistas. Por isso, quando o assunto é geopolítica a esquerda não-globalista tem razão.
A “esquerda não globalista”, que hipocritamente se diz anti-imperialista, idolatra um regime de um país que eles classificam como “rico” e que é imperialista há muito tempo. No século XX e XXI, isso incluiu atuação militar na Finlândia, Hungria, Tchecolosváquia, Afeganistão, Irã, Polônia, Chechênia, Geórgia, Crimeia, Ucrânia, China, Coreia, Japão e Vietnã. “Somente”.
Huxley escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 21:32 pm
Mais uma fake news - ou melhor, fake history - do ídolo dos idiotas úteis:

https://actualidad.rt.com/actualidad/47 ... arte-mundo
Na arenga dessa terça feira, em que defendeu Trump, dizendo que o meliante é perseguido por Biden, o “historiador” Putin nos informou que a Rússia nunca foi colonizadora.
👇precisamos desenhar?

Imagem
(Caio Blinder)

Fonte: https://twitter.com/caioblinder/status/ ... 0260159528
Editado pela última vez por Huxley em Ter, 05 Dezembro 2023 - 21:42 pm, em um total de 1 vez.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Antecipando respostas:
Uma coisa é o direito natural do território e o longo tempo que passou (usucapião) desde a ocupação. Outra coisa foi a sujeira do método de ocupação, rejeitado pela população local, teve uso de forças armadas e expulsão de gente, além de contar com aliados de piores índoles (anglo-americanos). Foi o método que foi opressor. Se fosse um método limpo, construiriam cidades em outros países para abrigar os árabes expulsos.
Quantas vezes eu vou ter que repetir que os judeus compraram propriedades privadas, e não terrenos estatais? Não existe terreno público em propriedade privada, mesmo que essa última seja grande. Por exemplo, a maior fazenda do Brasil (Fazenda Roncador) não é terreno do governo.

E judeus não expulsaram palestinos nativos de suas residências palestinas, assim como imigrantes italianos não expulsaram brasileiros nativos de suas residências brasileiras nos século 19 e 20. A ideia de que os palestinos foram expulsos de suas propriedades privadas é falsa.

Judeus sempre viveram ali nos últimos milhares de anos, ainda que de forma desigual ao longo do tempo. Também aconteceu um movimento migratório que se intensificou a partir da segunda metade do século XIX e atingiu o ápice na época do auge do pogrom antijudeu. Em 1947, a proporção de palestinos para judeus lá já era inferior a proporção de 2 para 1. No ano em que ocorreu o esboço do plano da partilha da ONU, já não havia mais como não tentar criar uma separação geográfica para lidar com os conflitos entre as duas etnias. E o plano da ONU tinha certa razoabilidade.

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Huxley escreveu:
Ter, 05 Dezembro 2023 - 20:45 pm
Uma pessoa deve defender uma coisa que acha justo pela justiça em si e não por causa de “benefício brasileiro” ou qualquer outro tipo de benefício nacionalista. Ética não tem nacionalidade.
Esse mesmo argumento pode ser usado por pró-palestinos.
Huxley escreveu:
Ter, 05 Dezembro 2023 - 20:45 pm
Defender uma entidade só pode se for a Palestina, agora se for Israel não pode, né? Isso é a lógica de ver tudo como geopolítica, como se o mundo estivesse polarizado em dois grandes jogadores e não uma coleção de pessoas com interesses diversos.
Onde afirmei isso? E, até onde sei, Israel tem maior parte daquela região com população menor que a de palestinos. E tem os casos de colonos israelenses com expansionismo em terras palestinas. Esperar que não tem reação só sendo alienado.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

(Nos países do leste europeu, os opositores do regime eram a esquerda de lá e os comunistas eram a direita de lá)
Para os padrões da esquerda não new-left de hoje como PCO e Nova Resistência, o caminho do movimento original popular da revolução russa era não socialista, o que certamente os desagradam:
Huxley escreveu:
Dom, 26 Novembro 2023 - 18:06 pm
"Destruindo os MAIORES Mitos da Revolução Russa":


youtu.be/zgXxNbOuUIg

Re: Estado de Israel

Huxley
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Esse mesmo argumento pode ser usado por pró-palestinos.
Não existe “pró-palestino” independentemente do contexto e das circunstâncias. A questão não pode ser resumida a Israel versus Palestina. Hamas também é palestino, vamos ser pró-palestinos nesta circunstância só porque o grupo é palestino?

Re: Estado de Israel

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Off_topic:
Huxley escreveu:
Ter, 05 Dezembro 2023 - 21:52 pm
(Nos países do leste europeu, os opositores do regime eram a esquerda de lá e os comunistas eram a direita de lá)
Para os padrões da esquerda não new-left de hoje como PCO e Nova Resistência, o caminho do movimento original popular da revolução russa era não socialista, o que certamente os desagradam:
Huxley escreveu:
Dom, 26 Novembro 2023 - 18:06 pm
"Destruindo os MAIORES Mitos da Revolução Russa":


youtu.be/zgXxNbOuUIg
Tópico errado?

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Onde afirmei isso? E, até onde sei, Israel tem maior parte daquela região com população menor que a de palestinos. E tem os casos de colonos israelenses com expansionismo em terras palestinas. Esperar que não tem reação só sendo alienado.
Os judeus eram minoria do território de Israel-Palestina na época da fundação do Estado de Israel e daí? A menor parte do território útil também ficou para os judeus na proposta da partilha de Israel-Palestina da ONU de 1947. Segundo a ONU, os territórios sugeridos de Israel e Palestina foram baseados na demografia da região, mais especificamente nas concentrações de cada povo em cada região. A menor parte do território útil ficou com os judeus porque deserto inabitável não entra na conta de “território útil”. E adivinha quem não aceitou o esboço do acordo.

Havia acordo de paz aceito por palestinos/árabes antes do início da instalação dos assentamentos ilegais da Cisjordânia por volta de 1970? Resposta: NÃO! Então, falar de assentamentos na Cisjordânia como motivo de desacordo é só parte de uma história para lá de incompleta. Ademais, o Hamas não faz diferenciação entre os assentamentos da Cisjordânia e os assentamentos de Tel Aviv. Na visão deles, todo o território de Israel no Oriente Médio seria ilegítimo.

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Huxley escreveu:
Ter, 05 Dezembro 2023 - 21:12 pm
Quantas vezes eu vou ter que repetir que os judeus compraram propriedades privadas, e não terrenos estatais?

E judeus não expulsaram palestinos nativos de suas residências palestinas
Provocaram a guerra árabe-israelense de 1948 e executaram o Plano Dalet. Assumiram o controle do Estado na região.
Judeus sempre viveram ali nos últimos milhares de anos, ainda que de forma desigual ao longo do tempo. Também aconteceu um movimento migratório que se intensificou a partir da segunda metade do século XIX e atingiu o ápice na época do auge do pogrom antijudeu.
Antes de 1933, os judeus não eram nem 10% da população da Palestina conforme o censo que mostrei no outro tópico. Havia muito mais judeus na Europa do que na região da Palestina. O movimento migratório mostra claramente a intenção de colonizar.
Quantas vezes eu vou ter que repetir que os judeus compraram propriedades privadas, e não terrenos estatais?

E judeus não expulsaram palestinos nativos de suas residências palestinas
Pergunta mais importante:
O que os árabes fizeram com o dinheiro dos imóveis vendidos? Onde eles foram morar? Por que não mudaram de país? Por que ainda há tantos árabes morando lá?
Se venderam voluntariamente sem ser enganados e nem agiram por ingenuidade, eles só topariam o negócio se for para morar em lugar melhor.
(Se tiver contato do Professor HOC, essa é uma boa pergunta para enviar para ele pesquisar e responder.)

Re: Estado de Israel

Huxley
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Verdade. Mas esses países hoje não estão destruídos por causa da Rússia e a Rússia nem é rica. O imperialismo euro-americano é muito pior e deixou muitos países miseráveis e continua com exploração econômica. Os russos nunca fizeram mal ao Brasil.
Então num confronto entre Rússia e Ocidente, prefiro o lado russo.
A Rússia pós-revolução bolchevique não destruiu os países influenciados com sua influência? Que piada. Veja a tragédia que foi o socialismo em repúblicas soviéticas não russas e repúblicas socialistas não URSS seja em número de milhões de mortos de opositores, Holodomor, escravidão em gulags, servidão do Pacto de Varsóvia, gigantesca fome coletiva do Grande Salto adiante, genocídio no Camboja, empobrecimento relativo de Cuba, Angola, Moçambique, Alemanha Oriental, etc.
Provocaram a guerra árabe-israelense de 1948 e executaram o Plano Dalet. Assumiram o controle do Estado na região.


Os judeus aceitaram o esboço do acordo do plano de partilha da ONU em 1947. Os partidos árabes, não. Quem iniciou a guerra de 1948 foram os estados árabes. Acabou a guerra de 1948 e mais uma vez não deixaram os palestinos chegarem a um acordo com o Estado de Israel. Tanto que o Egito invadiu e ocupou a Faixa de Gaza e a Jordânia invadiu e ocupou a Cisjordânia.
Antes de 1933, os judeus não eram nem 10% da população da Palestina conforme o censo que mostrei no outro tópico. Havia muito mais judeus na Europa do que na região da Palestina. O movimento migratório mostra claramente a intenção de colonizar.


Segundo os dados que você mesmo pôs, os judeus representavam 14% da população de Israel-Palestina em 1914 (na época do Império Otomano) e 32% em 1947. Em 1933, a população judia só representava 1,7% da população europeia.

Pergunta mais importante:
O que os árabes fizeram com o dinheiro dos imóveis vendidos? Onde eles foram morar? Por que não mudaram de país? Por que ainda há tantos árabes morando lá?
Se venderam voluntariamente sem ser enganados e nem agiram por ingenuidade, eles só topariam o negócio se for para morar em lugar melhor.
(Se tiver contato do Professor HOC, essa é uma boa pergunta para enviar para ele pesquisar e responder.)
Grandes proprietários de terras e/ou investidores podem ter sua própria casa antes e depois de vender qualquer ativo imobiliário. Eles não precisam abandonar sua própria residência para fazer isso. Aliás, eles nem precisam construir nada, se o comprador se dispuser a executar suas próprias construções habitacionais.

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Qua, 06 Dezembro 2023 - 01:52 am
Os judeus aceitaram o esboço do acordo do plano de partilha da ONU em 1947. Os partidos árabes, não. Quem iniciou a guerra de 1948 foram os estados árabes.
Se os árabes não aceitaram o acordo e mesmo assim Israel já foi invadindo, então foi um processo violento e sem consenso.
Como os árabes eram os donos do território naquele momento, eles tinham o direito de não admitir a criação de Israel.

Se o território tem que ser dos judeus por causa do passado e a única forma de ocupar fosse com invasão, então os árabes palestinos teriam que ter indenizados e migrados para outro lugar.


Lembrei de um argumento antigo contra o Hamas. O argumento é que como Israel já está bem estabelecida e já passou muito tempo (cerca de 80 anos) desde a criação, não se deve mais dissolver Israel. Porém, esse mesmo argumento poderia ter sido usado em 1947: como já se passaram mais de 1000 anos desde a expulsão dos judeus, já é tarde demais para devolver o território a eles, porque já tem gente de outra etnia lá.
Segundo os dados que você mesmo pôs, os judeus representavam 14% da população de Israel-Palestina em 1914 (na época do Império Otomano) e 32% em 1947. Em 1933, a população judia só representava 1,7% da população europeia.
Era menos de 10% em 1930 na Palestina.

Re: Estado de Israel

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Se os árabes não aceitaram o acordo e mesmo assim Israel já foi invadindo, então foi um processo violento e sem consenso.
Inicialmente, o Estado de Israel invadiu nada. Simplesmente declarou independência levando em conta as fronteiras propostas pela ONU em 1947. Quem declarou guerra foram os estados árabes. As mudanças de fronteiras vieram depois da agressão árabe e da guerra de 1948.
Como os árabes eram os donos do território naquele momento, eles tinham o direito de não admitir a criação de Israel.


Os árabes não eram donos daquele território pouco antes da fundação do Estado de Israel. O único estado-nação existente ali era o Reino Unido, já que a região era Protetorado Britânico. O Reino Unido terminou seu mandato em 1948 e concordou com a arbitragem da ONU na decisão da divisão do território para depois de seu mandato.
Se o território tem que ser dos judeus por causa do passado e a única forma de ocupar fosse com invasão, então os árabes palestinos teriam que ter indenizados e migrados para outro lugar.


Lembrei de um argumento antigo contra o Hamas. O argumento é que como Israel já está bem estabelecida e já passou muito tempo (cerca de 80 anos) desde a criação, não se deve mais dissolver Israel. Porém, esse mesmo argumento poderia ter sido usado em 1947: como já se passaram mais de 1000 anos desde a expulsão dos judeus, já é tarde demais para devolver o território a eles, porque já tem gente de outra etnia lá.
Não é uma questão de devolução de território. A região de Israel-Palestina tinha população composta por 32% de judeus quando o Estado de Israel foi fundado. E esses judeus não chegaram lá roubando território de alguém. Eles ou seus ascendentes próximos ou distantes compraram propriedades privadas lá. Ademais, não existia estado-nação algum no local em que fundaram o Estado de Israel, já que o Reino Unido abandonou oficialmente o território em 1948.

Re: Estado de Israel

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Qua, 06 Dezembro 2023 - 21:25 pm
Simplesmente declarou independência levando em conta as fronteiras propostas pela ONU em 1947.

Fronteiras que foram rejeitadas pelos árabes. Declarou independência no território alheio. A divisão da ONU é bizarra e cheia de pedaços não contíguos.
Os árabes não eram donos daquele território pouco antes da fundação do Estado de Israel. O único estado-nação existente ali era o Reino Unido, já que a região era Protetorado Britânico. O Reino Unido terminou seu mandato em 1948 e concordou com a arbitragem da ONU na decisão da divisão do território para depois de seu mandato.
Desconsiderando o direito dos judeus, os verdadeiros donos do território eram os árabes. Então eles passaram séculos sob domínio otomano, que também são islâmicos. Os britânicos, que é o império mais detestável de toda história, tomaram o território dos otomanos. Os britânicos não passam de bandidos que ocuparam território alheio.
Não é uma questão de devolução de território. A região de Israel-Palestina tinha população composta por 32% de judeus quando o Estado de Israel foi fundado. E esses judeus não chegaram lá roubando território de alguém. Eles ou seus ascendentes próximos ou distantes compraram propriedades privadas lá. Ademais, não existia estado-nação algum no local em que fundaram o Estado de Israel, já que o Reino Unido abandonou oficialmente o território em 1948.
32% não é maioria. Grande parte do fluxo de imigração ocorreu nos 3 décadas anteriores, principalmente durante o domínio britânico, que era quando o povo local tinha controle nenhum sobre o governo e nem podia proibir as imigrações. A invasão e colonização começou durante esse período migratório.

Não existia estado-nação no local, mas existia uma etnia local. O direito do povo local foi violado em favor do interesse do povo imigrante.
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