República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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População da China cai pela primeira vez desde 1961
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64302467

Consequências da política de filho único, aumento no custo de vida e uma disparidade de gênero (tendo mais homens).
E teve o Covid também.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Tutu escreveu:
Ter, 24 Janeiro 2023 - 23:32 pm
População da China cai pela primeira vez desde 1961
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64302467

Consequências da política de filho único, aumento no custo de vida e uma disparidade de gênero (tendo mais homens).
E teve o Covid também.
O povo saiu da roça e foi para a cidade grande.
Percebeu que muito filho só atrapalha.
E também porque as mulheres passaram a ter estudo, emprego, carreira profissional.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

SchizoGuy
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Mensagem por SchizoGuy »

Em quem eu devo acreditar, na imprensa internacional ou em um youtuber que tem a cara de pau de usar uma camiseta com Mao e outros dos piores ditadores que a humanidade já produziu? Que dúvida cruel.
A BBC, por exemplo, fez (e continua fazendo) uma cobertura incrível sobre o caso dos uigures em campos de "reedução", trabalho forçado, na China. Mas eu já conheço a estratégia olavista de questionar o óbvio, vão falar em jornalismo imperialista e citar a imprensa estatal chinesa como a única fonte confiável.
Acreditar nesse tipo de coisa é nível terraplanismo de negação da realidade.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

SchizoGuy escreveu:
Qua, 01 Fevereiro 2023 - 12:42 pm
Em quem eu devo acreditar, na imprensa internacional ou em um youtuber que tem a cara de pau de usar uma camiseta com Mao e outros dos piores ditadores que a humanidade já produziu? Que dúvida cruel.
A BBC, por exemplo, fez (e continua fazendo) uma cobertura incrível sobre o caso dos uigures em campos de "reedução", trabalho forçado, na China. Mas eu já conheço a estratégia olavista de questionar o óbvio, vão falar em jornalismo imperialista e citar a imprensa estatal chinesa como a única fonte confiável.
Acreditar nesse tipo de coisa é nível terraplanismo de negação da realidade.
Temos foristas aqui no ClubeCeticismo que afirmam que China, Coreia do Norte, Cuba e outras bostas são democracias, praticamente paraísos na Terra.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Fernando Silva escreveu:
Qui, 02 Fevereiro 2023 - 08:45 am
Temos foristas aqui no ClubeCeticismo que afirmam que China, Coreia do Norte, Cuba e outras bostas são democracias, praticamente paraísos na Terra.
Mas também não é o inferno.
O que digo é que é melhor viver na metade leste da China do que ser classe média no Brasil, e é melhor viver em Cuba do que numa favela brasileira ou nos cafundós do sertão.
E não considero o Ocidente como democracia de verdade.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

SchizoGuy
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Mensagem por SchizoGuy »

Tutu escreveu:
Qui, 02 Fevereiro 2023 - 10:57 am
O que digo é que é melhor viver na metade leste da China do que ser classe média no Brasil, e é melhor viver em Cuba do que numa favela brasileira ou nos cafundós do sertão.
A primeira afirmação é um tanto estranha mas tem alguma pequena chance de ter sentido (em padrão de vida, não em liberdades civis), a segunda é completamente incabível.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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SchizoGuy escreveu:
Sáb, 04 Fevereiro 2023 - 02:00 am
A primeira afirmação é um tanto estranha mas tem alguma pequena chance de ter sentido (em padrão de vida, não em liberdades civis)
Qual falta de liberdade civil na região de etnia han? Apenas não poder falar mal do governo?
, a segunda é completamente incabível.
Ambos passam fome, mas favela tem falta de saneamento básico e tem bandidagem. E o sertão nordestino tem seca e falta de médicos. Problemas ausentes em Cuba.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Sáb, 04 Fevereiro 2023 - 11:41 am
Ambos passam fome, mas favela tem falta de saneamento básico e tem bandidagem. E o sertão nordestino tem seca e falta de médicos. Problemas ausentes em Cuba.
Pela milésima vez: enquanto as pessoas fugirem de Cuba e não para Cuba, não verei motivos para mudar de ideia.

"Argumento" esperado: "Ah, mas o bloqueio ... mimimi".

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva escreveu:
Dom, 05 Fevereiro 2023 - 09:40 am
Pela milésima vez: enquanto as pessoas fugirem de Cuba e não para Cuba, não verei motivos para mudar de ideia.

"Argumento" esperado: "Ah, mas o bloqueio ... mimimi".
Não falei que Cuba é boa. Só fiz uma comparação com lugares piores que existem dentro do Brasil, onde ninguém deseja morar.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O Japão investe pesadamente em armamentos e treinamento militar com os EUA diante da instabilidade na região e a ameaça da China e Coreia do Norte:
https://information.tv5monde.com/video/ ... me-le-pays

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O ditador chinês Xi Jinping foi reeleito pela terceira vez com 100% de quase 3 mil votos, zero contra, zero abstenções.

Isto depois de mudar a lei para permitir um terceiro mandato.

Duas possibilidades:

1. Esses 3 mil foram cuidadosamente selecionados entre os fanáticos
2. Esses 3 mil sabem das consequências desagradáveis de votar contra ou se abster.

Ah, sim, não havia outro candidato.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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A ideologia e a estratégia por trás dos laços entre China e Rússia

youtu.be/31U-wKokfZY
2. Visão ideológica

“... uma forma diferente de olhar para o mundo: uma forma que coloca mais ênfase no poder do Estado e em valores sociais conservadores”

Os dois governos também têm tendências autoritárias, são acusados de perseguir opositores e de censurar a liberdade de expressão, em oposição ao modelo de democracia ocidental.

A ideia defendida pelos dois países é que os valores de democracia e direitos humanos seriam, entre aspas, “imposições do Ocidente”.

O liberalismo político e, indiretamente, a democracia representativa são apresentados por ambas as nações não como valores universais, mas como construções do Ocidente instrumentalizadas para fins geopolíticos”
É muita arrogância falar que o próprio lado está certo e quem pensa diferente é errado. Vejo sentido no modelo chinês.

1) "ênfase no poder do Estado"
No Ocidente, o grande capital está acima do Estado e é capaz de influenciar políticos e a opinião pública.

2) O Ocidente não é democrático.
O sistema ocidental é muito vulnerável ao capital estrangeiro, influenciando políticos e a opinião pública.
Usa o sistema de "democracia representativa", onde vota-se muito mais em pessoas do que em medidas. E o voto é para cargas no legislativo ou executivo, mas não há separação por área (representante na economia, direitos humanos, família, segurança, meio ambiente, assistência social, etc). Então é um para tudo e não permite a separação.
Os eleitores agem como torcida de futebol e não analisam os candidatos. E votam no partido (ou onda) de coração. Outros votam para manter um partido se a economia parece bem e para trocar se está mal. Os eleitores são fáceis de manipular e a eles são dados somente duas opções, como ocorre em caso de polarização ou bipartidarismo, que são a face da mesma moeda. Nem faz sentido quando o resultado da eleição tem uma diferença muito pequena no número de votos (assim eleição parece futebol).
Consegue eleger político odiado por mais da metade da população porque o outro é mais odiado ainda.
Se o povo votar pela própria ruína, devemos permitir só porque é democrático?
Nem as coisas que o povo, mesmo sem inteligência, aprovaria foi conquistado.
Nunca foi perguntado democraticamente sobre o salário de político.
Nunca foi perguntado na Europa se o povo concordava em passar dificuldade só para suspender a compra de gás russo. Isso afetou drasticamente a vida do povo e é um sacrifício análogo é forçar a participar de uma guerra.
Nunca foi perguntado se aceitam aumento nos impostos. Os países ditos democráticos, tem impostos altos. O aumento é sempre por meio de populismo e promessas de campanhas mentirosas.
É justo a maioria forçar uma minoria a fazer o que não quer só porque é mais democrático? (falo dos impostos)

3) "perseguir opositores e de censurar a liberdade de expressão"
Quando atacaram Brasília no início do ano, os opositores foram perseguidos de maneira desproporcional.
Lá não é permitido falar mal do governo, mas no Ocidente está cada vez mais comum a censura e prisão por violação da liberdade de expressão.
No tópico de liberdade de expressão tem vídeos falando das ameaças de vigiar a internet, cara preso por falar que existe só dois gêneros e outro por charge LGBT.

4) direitos humanos
A visão de direitos humanos no Ocidente está deturpada. É direitos humanos para os protegidos da cartilha woke e violação aos opositores.
Defende direitos humanos para violadores de direitos humanos (bandidos).
Muitos países tem ruas onde faixa de pedestre são arco-íris LGBT. O arco-íris substituiu a santa cruz cristã como símbolo religioso. Isso deixa de ser defesa de direitos humanos e passa a ser propaganda ideológica.

5) valores sociais conservadores
Um lado é a defesa da família e o outro é anti-natalista.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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Por que alguns governos veem TikTok como ameaça - e o que diz a rede social

youtu.be/QjER69aKupo
Tem medo do TikTok (espionado pelo PCC), mas não tem medo do Facebook/Instagram (espionado pelo pentágono).
Fizeram certo em proibir TikTok para funcionários, porque eles tem que trabalhar e não perder tempo com bobagem.

O governo chinês usa tela-telas nos celulares. Mas isso não significa que não exista coisas assim no Ocidente, como a CIA monitorando a internet e o escândalo de escutas ilegais que ocorreu no Reino Unido.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Sex, 24 Março 2023 - 19:08 pm
Por que alguns governos veem TikTok como ameaça - e o que diz a rede social

youtu.be/QjER69aKupo
Tem medo do TikTok (espionado pelo PCC), mas não tem medo do Facebook/Instagram (espionado pelo pentágono).
Fizeram certo em proibir TikTok para funcionários, porque eles tem que trabalhar e não perder tempo com bobagem.

O governo chinês usa tela-telas nos celulares. Mas isso não significa que não exista coisas assim no Ocidente, como a CIA monitorando a internet e o escândalo de escutas ilegais que ocorreu no Reino Unido.
"Céus e terras tremam! O TikTok dominará o mundo e destruirá a civilização ocidental!" (se já não dominou)
Ta cheio de bobagem divulgada lá, ainda que tenham algumas coisas que prestem. Mas daí ver TikTok como ameaça... E ninguém é obrigado a instalar.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Agnoscetico
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Menos um país apoiando Taiwan.

Honduras voltam as costas ao Taiwan e viram-se para a China
Com o corte de relações entre Tegucigalpa e Taipé restam apenas 13 países que mantêm laços diplomáticos com Taiwan

youtu.be/kMSb2RJZKZM

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Escravidão e exploração sexual de norte-coreanas na China

https://www.dw.com/pt-br/escravidão-e-e ... a-65198756
Ativistas pedem que Pequim proteja centenas de milhares de mulheres que fugiram para seu território. Muitas acabam sendo alvo de traficantes de pessoas e forçadas trabalhar como escravas sexuais.
Em torno de meio milhão de mulheres e meninas norte-coreanas, de até 12 anos, vivem clandestinamente na região de fronteira entre a Coreia do Norte e a China, segundo um relatório do escritório internacional de advocacia dos direitos humanos Global Rights Compliance. Os ativistas alertam que, após deixarem seu país de origem, elas correm grave risco de exploração.

Trabalhando em parceria com várias ONGs e organizações de direitos humanos para reunir provas e testemunhos de refugiados, a Global Rights Compliance encontrou mais de 4.340 casos documentados de tráfico feminino da Coreia do Norte para a China na última década, e pelo menos 80 registros de abusos dos direitos humanos.

Jornada arriscada
Sofia Evangelou, principal consultora legal da Global Rights Compliance para direitos humanos na Coreia do Norte, afirmou ser difícil ler muitos esses relatos. "Li alguns testemunhos e fiquei estarrecida e muito comovida com o que essas mulheres passaram."

"Muitas dizem que, mesmo depois de chegarem em segurança à Coreia do Sul, sofrem sentimentos de ansiedade, vergonha, e transtornos de estresse pós-traumático. Cada uma teve uma experiência diferente, e lida com ela à seu próprio modo, mas há um claro padrão de mulheres com danos físicos, emocionais e psicológicos em decorrência disso tudo."

O relatório afirma que as refugiadas não estão seguras mesmo após completarem a perigosa jornada até a fronteira altamente fortificada de seu país com a China, onde Pyongyang introduziu ordem de atirar para matar qualquer suspeito de tentar deixar o país.

Elas são forçadas a se esconderem depois de chegaram à assim chamada "Zona Vermelha" no leste da China, onde as autoridades locais caçam desertores, para enviá-los de volta à Coreia do Norte.

Os relatos sugerem que as que são apanhadas pela primeira vez acabam cumprindo pena numa das brutais prisões norte-coreanas. Para as reincidentes, a punição pode ser bem mais severa, podendo redundar em execução.

Os lockdowns impostos no lado chinês da fronteira para conter as transmissões de covid-19 tornaram a situação ainda mais arriscada. De modo geral, os desertores possuem pouco dinheiro, não têm acesso a alimentos e não conseguem continuar suas viagens até um terceiro país seguro.

Informações coletadas dos desertores por grupos como o Centro de Banco de Dados dos Direitos Humanos na Coreia do Norte e o Transitional Justice Working Group indicam que até 80% das mulheres e meninas norte-coreanas refugiadas caem nas mãos do tráfico humano e são vendidas para o comércio sexual. Segundo estimativas, este gera mais de 105 milhões de dólares (R$ 533 milhões) por ano para redes de crime organizado dos dois lados da fronteira.



"Buraco negro" de informações
Dentro da "Zona Vermelha", segundo relatos, mulheres e meninas são frequentemente submetidas a estupros sistemáticos, escravidão sexual, casamentos forçados, gravidez indesejada, trabalhos forçados e tráfico sexual cibernético.

O relatório denuncia que esse tipo de tratamento acabou sendo normalizado na região, com as mulheres espancadas em público e vendidas até por umas poucas centenas de dólares.

"Fui vendida para um chinês que vive em Yanbiab", relatou uma delas em seu testemunho. "Vivemos juntos por um ano, mas não podíamos ter filhos, por isso ele me batia. Ele me chutava muito na cabeça."

Uma mulher que foi pega e enviada para uma prisão na Coreia do Norte viu uma colega que escondia a gravidez desmaiar quando trabalhava coletando pedras de um rio, e se afogar.

Quando os guardas perceberam que ela estava grávida, arrancaram as roupas de todas as outras detentas para verificar se também estariam escondendo uma gestação. Segundo os relatos colhidos pelos ativistas, passou-se a realizar abortos forçados na prisão.

Cena em aeroporto. Mulheres olham lançamento de foguete em televisor.Cena em aeroporto. Mulheres olham lançamento de foguete em televisor.


"Existe atualmente um buraco negro de informações em torno da 'Zona Vermelha' chinesa, o que significa que há mais mulheres e meninas norte-coreanas vitimadas pela indústria da escravidão do sexo", disse Evangelou.

"A situação atual deixa as meninas expostas à crua realidade de que, ou alcançam a liberdade, ou são vendidas para uma vida de abusos sexuais, mentais, escravidão, trabalhos forçados." A advogada denuncia uma "pandemia de silêncio internacional" em relação ao tema.

"A escravidão sexual de mulheres e meninas não vai acabar até que seja mobilizado um esforço internacional coordenado. A comunidade internacional não pode mais fazer vista grossa para as atrocidades cometidas contra mulheres e crianças em fuga por suas vidas, e, em demasiados casos, contra seus bebês ainda não nascidos."

Seul contra as violações do Norte
O governo da Coreia do Sul parece se interessar cada vez mais pelas violações dos direitos humanos na Coreia do Norte, e em responsabilizar os líderes em Pyongyang.

Segundo Park Jung-won, professor de direito internacional da Universidade de Dankook, o governo sul-coreano anterior, sob o presidente Moo Jae-in, teria optado pelo "silêncio sobre a situação dos abusos dos direitos humanos no Norte", mas as coisas estariam mudando na presidência de Yoon Suk-yeol.

"Houve uma mudança significativa na atitude do governo. A Coreia do Sul apoiou [em março] uma resolução da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte, pela primeira vez em cinco anos", afirma o professor. Ele destaca que Yoon nomeou um novo embaixador para essa finalidade.

"Isso é uma mudança total, e algo muito positivo para os direitos humanos no Norte", comenta Park. "Tenho esperanças de que este governo continuará a impelir essa tema, levantando questões na ONU e em outros fóruns internacionais, a fim de aumentar a pressão sobre Pyongyang."

Essa pressão de Seul deverá "permitir que a comunidade internacional adote ações mais concretas para reagir a esses terríveis abusos de direitos humanos no Norte e nessa perigosíssima zona de fronteira."

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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O ESQUEMA Chines para DOMINAR o Mercado Automotivo

youtu.be/hszGEguCzAc

Desenvolvimento tecnológico da indústria.
Existe também a espionagem industrial. (Eu por mim, preferiria proibir segredo industrial no mundo todo e tornar o conhecimento sempre compartilhado)

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Ter, 25 Abril 2023 - 14:37 pm
Existe também a espionagem industrial. (Eu por mim, preferiria proibir segredo industrial no mundo todo e tornar o conhecimento sempre compartilhado)
Daí não haveria segredos industriais porque ninguém investiria milhões em pesquisa e desenvolvimento para que outros se aproveitassem de graça.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Para ganhar subsídios, as montadoras produzem milhares de carros que já sabem que não serão vendidos e depois jogam fora.
Cemitério de carros elétricos: milhares de veículos são abandonados na China

Alessandro Di Lorenzo 21/07/2023

Imagem
Imagens mostram carros elétricos, alguns em ótimas condições, deixados em grandes depósitos a céu aberto na China

A China se tornou uma potência mundial na fabricação e vendas de veículos elétricos. No entanto, o aumento expressivo nessa produção causou um efeito negativo e visível em vários locais do país: a criação de verdadeiros cemitérios de
carros elétricos abandonados.

Carros elétricos novos e abandonados

Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram milhares de carros, alguns em ótimas condições, deixados em grandes depósitos a céu aberto.
Segundo relatos, são modelos recentes de fabricação chinesa, caso do Geely Kandi K10 EV, o Neta V e o BYD.
As fotos mostram que a maioria dos carros é na cor branca e alguns até têm plástico cobrindo os assentos, indicado uma baixíssima quilometragem ou até mesmo que esses veículos nunca sequer tiveram um dono.

Vídeo mostra centenas de milhares de veículos abandonados:

youtu.be/1SEfwoqKRU8
Crédito: serpentza/YouTube

Como explicar a criação desses “cemitérios elétricos”?

Uma das teorias de especialistas é que os cemitérios de carros elétricos chineses tenham sido criados a partir de um esquema de vendas infladas.
Quanto maior a produção, mais carros são contados nos relatórios enviados pelas empresas ao governo da China para recebimento de subsídios.
Pequim adota uma série de incentivos para diversos setores, em especial na área de tecnologia.
Muitas dessas falsas vendas, acredita-se, são feitas para as próprias montadoras.
O resultado é que esses carros nunca chegam às lojas, uma vez que a demanda por elétricos não é tão alta no país.
Por isso, acabam sendo transportados para os depósitos registrados nas imagens.

Impactos ambientais

A situação também gera um alerta sobre a questão ambiental.
Carros elétricos são mais sustentáveis e não prejudicam o meio ambiente como os movidos por combustíveis fósseis.
No entanto, a degradação desses produtos na natureza causa um impacto no planeta.
Além disso, esses veículos possuem baterias que são muito prejudiciais à natureza quando expostas ao ar livre.
Até agora, nenhuma fabricante de veículos ou autoridade do governo chinês se manifestou sobre o assunto.

Com informações de InsideEVs.
https://insideevs.com/news/672926/china ... byd-geely/
https://olhardigital.com.br/2023/07/21/ ... -na-china/

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Há notícias que é melhor o povo não ficar sabendo ...
China 'esconde' cada vez mais dados sobre sua economia do resto do mundo

Governo suspendeu divulgação de números sobre taxa de desemprego juvenil, reservas cambiais, venda de terrenos e mortes por Covid

Por Bloomberg — Pequim 18/08/2023


A decisão abrupta da China de suspender a divulgação de dados sobre sua crescente taxa de desemprego juvenil nesta semana foi o mais recente sinal de que a gigante asiática está restringindo cada vez mais informações confidenciais — especialmente quando não favorecem a frágil economia do país.

A taxa de desemprego na faixa etária de 16 a 24 anos se enquadrou nessa categoria, depois de atingir um recorde de 21,3% em junho. Ter cerca de 20% dos jovens desempregados é uma estatística preocupante para um Partido Comunista obcecado em manter a estabilidade social.

Enquanto a economia da China enfrenta uma série de ameaças à sua meta de expansão econômica para 2023, uma gama mais ampla de dados agora é considerada inadequada para consumo público. A batalha ideológica do presidente Xi Jinping com os Estados Unidos também motivou Pequim a proteger dados que, na visão da China, poderiam beneficiar o governo Biden.

Embora muitos desses dados na China desapareçam silenciosamente, a decisão de não divulgar a taxa de desemprego foi anunciada em uma coletiva de imprensa. O Escritório Nacional de Estatísticas tem um histórico de suspender divulgações que não sejam favoráveis à economia do país, mas geralmente não comunica esse tipo de decisão publicamente.

Desemprego juvenil

No mês passado, o governo indicou que a taxa de desemprego de julho entre jovens provavelmente aumentaria, estabelecendo outro recorde. Então, na terça-feira, autoridades anunciaram que os dados não seriam mais publicados ao citar a necessidade de revisar o método de avaliação.

Calcular a taxa real de emprego é uma tarefa complexa e é plausível que o governo tenha decidido que, devido à natureza mutável da economia e dos padrões de trabalho, seu modelo atual não reflete a realidade com precisão.

No entanto, o momento da mudança levanta algumas questões, visto que a projeção era de que a taxa superasse outro recorde. Autoridades indicaram que podem retomar a publicação dos dados nos próximos meses.

Vendas de terrenos

Os números que mostram a quantidade de terrenos comprados por incorporadoras e os preços pagos já não constam nos relatórios mensais. A série de dados remonta a 1998. A mudança vem na esteira de uma queda de mais de 50% no volume de terrenos vendidos para construção no ano passado.

Esse declínio indicou que a crise imobiliária é pior do que a informada pelo governo. A receita de governos locais com a venda de terrenos no ano passado caiu apenas 23%, segundo dados oficiais.

Reservas cambiais

Outro dado curioso é o valor que o governo possui em ativos cambiais oficiais, que se mantêm notavelmente estáveis desde 2017. Isso apesar de a China ter um superávit comercial cada vez maior durante esse período, o que deveria ter levado a um aumento das reservas.

Brad Setser, ex-funcionário do Tesouro dos EUA, sugere que metade das reservas reais está escondida. Muitas das reservas do país não aparecem nos livros oficiais do Banco Popular da China, porque estão armazenadas em “reservas ocultas”, entre os ativos de entidades como bancos comerciais estatais e de desenvolvimento, disse.

Apesar do crescente superávit comercial e em conta corrente, a moeda também tem se mantido estável, em um sinal de que parte desse dinheiro provavelmente tem sido usado para intervenções nos mercados de câmbio.

Mortes por Covid

As cremações em uma das províncias mais populosas da China aumentaram 72,7% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre, segundo noticiado em julho pelo portal de notícias financeiras chinês Caixin, que citou dados oficiais divulgados pela província de Zhejiang.

Esse dado deu uma rara visão da escala de mortalidade após o governo relaxar de repente as restrições ao coronavírus em dezembro. E então os dados desapareceram. O comunicado oficial foi posteriormente removido da internet e o Caixin excluiu seu relatório sobre esses dados.

Não se sabe quantas pessoas realmente morreram de Covid durante a onda iniciada no fim do ano passado, quando o país desistiu de sua tentativa de eliminar todos os casos. O governo informou que houve quase 60 mil mortes relacionadas à Covid nas primeiras cinco semanas desse surto.
https://oglobo.globo.com/economia/notic ... undo.ghtml

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Arcanjo Lúcifer
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Mensagem por Arcanjo Lúcifer »

Como era mesmo a eterna discussão sobre dados fornecidos por governos comunistas se eram confiaveis ou não? Os caras inflam números da economia, vendem abaixo do preço de custo para arrebentar a concorrência no exterior, constroem cidades inteiras que nunca foram ocupadas para inflar dados de crescimento, compram propriedades no exterior para criar monopólio sobre setores inteiros e aparece gente citando dados sobre IDH e vacinas como se fossem confiáveis.

A China vai causar uma crise mundial em pouco tempo e muita gente que fechou fábricas no país de origem para aproveitar trabalho escravo vai levar no XX quando expropriarem tudo.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Os pequenos empreendedores estão falindo, mas o governo só publica boas notícias.
Endividada, chinesa que ascendeu junto com país perdeu restaurantes e voltou à pobreza

Liderança de Xi Jinping 'sufocou' o espírito empreendedor chinês ao promover um maior controle estatal sobre a economia

Por Li Yuan Em The New York Times — Pequim 30/08/2023


Há dois anos, enquanto caminhava pelo corredor de um hospital algemada para fazer o teste de Covid-19, Sun Junli se sentiu envergonhada e derrotada. Aos 45 anos, ela percorreu um longo caminho. A pobre menina de um vilarejo no Noroeste da China se tornou uma empresária de sucesso. Então ela foi "esmagada". Em 2018, os bancos estatais pararam abruptamente de financiar seu negócio, uma cadeia de cafés e restaurantes, e a pandemia destruiu o seu fluxo de caixa. Em maio de 2021, Sun havia perdido seus restaurantes e estava cumprindo 16 dias de detenção por dever a seus funcionários cerca de US$ 28 mil (R$ 135 mil) em salários.

Semanas após a sua libertação, um tribunal confiscou o seu apartamento de dois quartos em Xianyang, na província de Shaanxi, e o seu Toyota Camry porque ela estava inadimplente, e a pôs numa lista negra nacional. Agora, ela não pode mais reservar um quarto de hotel ou uma passagem de avião, nem fazer um empréstimo.

— Estou cercada por pessoas como eu — disse ela, contando com dezenas de amigos em apuros, empreendedores em áreas como moda, energia e fabricação de móveis. — Todos viemos do nada e trabalhamos duro para criar riqueza. Todos nós perdemos tudo e estamos profundamente endividados. Somos todos ruins no que fazemos? Estamos todos errados?

Há alguns anos, Sun era a epítome de como os proprietários de pequenas empresas, através do trabalho árduo, do "instinto assassino" e da sorte, tornaram-se a espinha dorsal da economia.

Agora, ela ilustra algo muito diferente: como a China, sob a liderança de Xi Jinping, sufocou o espírito empreendedor ao promover um maior controle estatal sobre a economia. O governo de Xi retirou ajuda quando os donos de negócios mais precisavam, puniu-os por seus riscos e falhas e tornou praticamente impossível para eles recomeçarem.
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Fernando Silva
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"Democracia" chinesa controla até as roupas que os cidadãos podem usar.
China propõe detenção para 'roupas contra espírito chinês'; críticos reagem: 'Ainda podemos zombar do Irã e Afeganistão?'

Debate sobre mudança na lei ocorre em meio a episódios de repressão policial e preconceito social contra vestimentas associadas à cultura japonesa e ao orgulho LGBTQIA+

Por Li Yuan Em The New York Times — Pequim 11/09/2023


Na década de 1980, os chineses podiam arrumar confusão por causa do jeito de se vestir. Calças boca de sino ou jeans eram consideradas “trajes bizarros”. Alguns prédios do governo barravam homens com cabelo comprido e mulheres maquiadas ou usando joias. Um patrulhamento feito por escolas e fábricas passava a tesoura em calças de bainha larga ou cabelos mais longos.

Tudo isso ocorreu no começo da era de reformas e abertura da China. O Partido Comunista estava perdendo o controle estrito sobre a sociedade, e a população estava pressionando os limites de autoexpressão e individualismo. A batalha a respeito da altura dos saltos das mulheres e do comprimento dos cabelos masculinos simbolizava esse embate.

Agora, o governo chinês está propondo mudanças em uma lei que podem resultar em prisão e multas por “usar roupas ou ostentar símbolos em público que sejam prejudiciais ao espírito do povo chinês ou firam os sentimentos do povo chinês”. O que seria considerado uma ofensa não é especificado.

O plano está sendo amplamente criticado, com especialistas em direito, jornalistas e empresários manifestando preocupação ao longo da semana passada. Todos argumentam que, se a medida entrar em vigor, pode dar poder às autoridades de policiar qualquer coisa que não aprovem. Isso poderia ser um grande retrocesso na relação da população com o governo.

"Na História da China, épocas em que a vestimenta e o corte de cabelo ganharam muita atenção correspondem a ‘momentos ruins da História’”, afirmou Zhang Sanfeng na plataforma WeChat, completando “a introdução das emendas não vem do nada. É uma resposta a sentimentos estranhos que emergem na nossa sociedade”. A publicação circulou amplamente antes de ser vetada pela censura.

Estado de vigilância

Sob o comando do presidente chinês, Xi Jinping, o governo tem uma fixação com controle — como as pessoas pensam, o que dizem online e, agora, o que vestem. A China construiu um estado de vigilância com tecnologias modernas, censurando os meios de comunicação e as redes sociais, proibindo até a exibição de tatuagens e homens usando brincos nas telas dos celulares e TVs. A camisa de força ideológica está se aproximando da esfera privada. As escolhas de roupas de cada um estão cada vez mais sujeitas ao escrutínio da polícia ou de pedestres excessivamente zelosos.

Em julho, um senhor repreendeu uma jovem em um ônibus, quando ela ia a uma exposição de Cosplay, onde muitas pessoas se vestem como personagens de filmes, livros, séries de TV ou videogames. Ele reclamou porque a moça estava usando uma vestimenta que poderia ser considerada de estilo japonês. Um segurança de um shopping, no mês passado, expulsou um homem que estava vestido de samurai. E no ano passado, a polícia da cidade de Suzhou, no leste do país, deteve temporariamente uma mulher por usar um kimono. Todos episódios ligados ao sentimento anti-japonês estimulado pelo governo chinês. Mas os confrontos vão além.

No mês passado, em Pequim, seguranças que reprimiam expressões de orgulho LGBTQIA+ impediram pessoas vestidas com roupas com a temática do arco-íris de entrar em um concerto da cantora taiwanesa Zhang Huimei, mais conhecida como A-Mei. Também em agosto, pessoas apresentaram reclamações sobre um concerto da cantora taiwanesa Jolin Tsai porque os fãs da artista exibiram luzes com as cores do arco-íris e alguns homens estavam vestidos com o que foi descrito como roupas femininas “extravagantes”. Na semana passada, a polícia repreendeu um homem que estava fazendo uma live vestido com uma minissaia.

— Um homem usando uma minissaia em público, você acha que é energia positiva — gritaram os policiais.

'Polícia da moralidade'

Se as emendas propostas, que estão abertas para consulta pública até 30 de setembro, forem aprovadas pelo legislativo, incidentes como esse podem resultar em multas de até US$680 e até 15 dias de custódia policial. A lei pode elevar a china a se classificar entre os países mais conservadores do mundo.

“A polícia da moralidade está prestes a ser lançada”, um advogado chamado Guo Hui escreveu no Weibo. "Ainda podemos zombar do Irã e Afeganistão?" Internautas postaram fotos de mulheres iranianas e afegãs usando minisaia e outras roupas ocidentais nos anos 1970, antes de seus países serem dominados por regimes autocráticos religiosos.

Muitos estão preocupados com o fato da proposta não especificar o que constituiria uma ofensa. A linguagem que usa [roupas ou símbolos que sejam “prejudiciais ao espírito do povo chinês ou firam os sentimentos do povo chinês”] segue expressões empregadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e por meios de comunicação oficiais para expressar descontentamento em relação a países e povos ocidentais. Ninguém sabe exatamente o que significam. Sem uma definição clara, o emprego da lei vai depender de interpretação individual de autoridades.
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/ ... stao.ghtml

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Agnoscetico
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Fernando Silva escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 09:12 am
"Democracia" chinesa controla até as roupas que os cidadãos podem usar.
China propõe detenção para 'roupas contra espírito chinês'; críticos reagem: 'Ainda podemos zombar do Irã e Afeganistão?'

Debate sobre mudança na lei ocorre em meio a episódios de repressão policial e preconceito social contra vestimentas associadas à cultura japonesa e ao orgulho LGBTQIA+

Por Li Yuan Em The New York Times — Pequim 11/09/2023


Na década de 1980, os chineses podiam arrumar confusão por causa do jeito de se vestir. Calças boca de sino ou jeans eram consideradas “trajes bizarros”. Alguns prédios do governo barravam homens com cabelo comprido e mulheres maquiadas ou usando joias. Um patrulhamento feito por escolas e fábricas passava a tesoura em calças de bainha larga ou cabelos mais longos.

Tudo isso ocorreu no começo da era de reformas e abertura da China. O Partido Comunista estava perdendo o controle estrito sobre a sociedade, e a população estava pressionando os limites de autoexpressão e individualismo. A batalha a respeito da altura dos saltos das mulheres e do comprimento dos cabelos masculinos simbolizava esse embate.

Agora, o governo chinês está propondo mudanças em uma lei que podem resultar em prisão e multas por “usar roupas ou ostentar símbolos em público que sejam prejudiciais ao espírito do povo chinês ou firam os sentimentos do povo chinês”. O que seria considerado uma ofensa não é especificado.

O plano está sendo amplamente criticado, com especialistas em direito, jornalistas e empresários manifestando preocupação ao longo da semana passada. Todos argumentam que, se a medida entrar em vigor, pode dar poder às autoridades de policiar qualquer coisa que não aprovem. Isso poderia ser um grande retrocesso na relação da população com o governo.

"Na História da China, épocas em que a vestimenta e o corte de cabelo ganharam muita atenção correspondem a ‘momentos ruins da História’”, afirmou Zhang Sanfeng na plataforma WeChat, completando “a introdução das emendas não vem do nada. É uma resposta a sentimentos estranhos que emergem na nossa sociedade”. A publicação circulou amplamente antes de ser vetada pela censura.

Estado de vigilância

Sob o comando do presidente chinês, Xi Jinping, o governo tem uma fixação com controle — como as pessoas pensam, o que dizem online e, agora, o que vestem. A China construiu um estado de vigilância com tecnologias modernas, censurando os meios de comunicação e as redes sociais, proibindo até a exibição de tatuagens e homens usando brincos nas telas dos celulares e TVs. A camisa de força ideológica está se aproximando da esfera privada. As escolhas de roupas de cada um estão cada vez mais sujeitas ao escrutínio da polícia ou de pedestres excessivamente zelosos.

Em julho, um senhor repreendeu uma jovem em um ônibus, quando ela ia a uma exposição de Cosplay, onde muitas pessoas se vestem como personagens de filmes, livros, séries de TV ou videogames. Ele reclamou porque a moça estava usando uma vestimenta que poderia ser considerada de estilo japonês. Um segurança de um shopping, no mês passado, expulsou um homem que estava vestido de samurai. E no ano passado, a polícia da cidade de Suzhou, no leste do país, deteve temporariamente uma mulher por usar um kimono. Todos episódios ligados ao sentimento anti-japonês estimulado pelo governo chinês. Mas os confrontos vão além.

No mês passado, em Pequim, seguranças que reprimiam expressões de orgulho LGBTQIA+ impediram pessoas vestidas com roupas com a temática do arco-íris de entrar em um concerto da cantora taiwanesa Zhang Huimei, mais conhecida como A-Mei. Também em agosto, pessoas apresentaram reclamações sobre um concerto da cantora taiwanesa Jolin Tsai porque os fãs da artista exibiram luzes com as cores do arco-íris e alguns homens estavam vestidos com o que foi descrito como roupas femininas “extravagantes”. Na semana passada, a polícia repreendeu um homem que estava fazendo uma live vestido com uma minissaia.

— Um homem usando uma minissaia em público, você acha que é energia positiva — gritaram os policiais.

'Polícia da moralidade'

Se as emendas propostas, que estão abertas para consulta pública até 30 de setembro, forem aprovadas pelo legislativo, incidentes como esse podem resultar em multas de até US$680 e até 15 dias de custódia policial. A lei pode elevar a china a se classificar entre os países mais conservadores do mundo.

“A polícia da moralidade está prestes a ser lançada”, um advogado chamado Guo Hui escreveu no Weibo. "Ainda podemos zombar do Irã e Afeganistão?" Internautas postaram fotos de mulheres iranianas e afegãs usando minisaia e outras roupas ocidentais nos anos 1970, antes de seus países serem dominados por regimes autocráticos religiosos.

Muitos estão preocupados com o fato da proposta não especificar o que constituiria uma ofensa. A linguagem que usa [roupas ou símbolos que sejam “prejudiciais ao espírito do povo chinês ou firam os sentimentos do povo chinês”] segue expressões empregadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e por meios de comunicação oficiais para expressar descontentamento em relação a países e povos ocidentais. Ninguém sabe exatamente o que significam. Sem uma definição clara, o emprego da lei vai depender de interpretação individual de autoridades.
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Sobre a repulsa ao LGBTQ na China, é uma tendência da esquerda anti-woke, que no Brasil tem representantes pelo Avante, Novas Resistência, e afins, que acham que pautas LGBTQ é coisa de liberal norte-americana que não deve ser adotada por não ter relação com a causa operária do comunismo / socialismo (o canal "Marcus Valério XR", da qual posto de vez em quando uns vídeos controversos dele, é dessa linha). Ele mencionou sobre Baizuo na China:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Baizuo

Baizuo (白左, báizuǒ, literalmente "esquerda de branco") é um neologismo depreciativo chinês usado para referir-se às elites ocidentais que se autodeclaram de esquerda. Refere-se às facções de esquerda que, nas guerras culturais da política ocidental, apoiam incondicional e acriticamente o multiculturalismo, o politicamente correto e a chamada "discriminação positiva".[1]

É relacionado ao termo shèngmǔ (圣母, literalmente "santa mãe"), uma referência sarcástica à mãe dos antigos imperadores chineses, e ao próprio imperador quando este tomava decisões políticas à base de emoções. Refere-se também a demonstrações hipócritas de abnegação e empatia.[2]

O termo "baizuo" foi, aparente e inicialmente, usado em um artigo publicado em 2010 na Rede Renren, sob o título O falso moralismo da esquerda dos brancos ocidentais e os cientistas da pátria chinesa. Nenhum uso posterior do termo é conhecido até 2013, com uso isolado apenas durante 2013–2015.[3] No artigo, eram chamados de "baizuos" todos os que defendiam as políticas públicas do Partido Democrata dos Estados Unidos em relação às "minorias", como conceder ações afirmativas a afro-americanos e latinos, mas não aos asiáticos.[3]

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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Por que Não é Mais Possível a China Ultrapassar a Economia dos EUA?

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Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Cada vez mais chineses tentam entrar nos EUA. Este ano, com o fim das restrições da pandemia, passou de 22 mil imigrantes, 13 vezes mais que em 2022.
Conforme as instruções que circulam nas redes sociais, desembarcam no Equador e vão andando até a fronteira dos EUA, misturados aos sulamericanos.
Eles dizem que o governo está tomando suas terras e, se eles resistem, mandam soldados ou gangues atacá-los.
Também fogem da falta de liberdade e da repressão violenta da ditadura.

Quando a polícia de fronteira americana chega, eles mostram os pulsos juntos, sinalizando "Me prende!"

Fonte (com video): https://information.tv5monde.com/intern ... ne-2673949

Reportagem em português:
Aumenta número de chineses que atravessam a selva do Panamá para chegar aos EUA

Arlaine Castro 01 de novembro, 2023

Imagem
Os migrantes chineses que utilizam esta rota voam para o Equador e depois seguem para norte, até à fronteira entre os EUA e o México. Foto: US Border Patrol.

Os Estados Unidos estão vendo um grande aumento no número de imigrantes chineses que chegam através de uma rota relativamente nova e perigosa através da selva de Darién Gap, no Panamá, graças em parte a publicações nas redes sociais e a vídeos que fornecem orientação passo a passo.

O povo chinês foi a quarta maior nacionalidade, depois dos venezuelanos, equatorianos e haitianos, que cruzaram o Darién Gap durante os primeiros nove meses deste ano, segundo as autoridades de imigração panamenhas. Os imigrantes chineses que utilizam esta rota voam para o Equador e depois seguem para norte, até à fronteira entre os EUA e o México.

Os imigrantes chineses entrevistados pela Associated Press disseram que procuram escapar de um clima político cada vez mais repressivo e de perspectivas econômicas sombrias.

https://youtu.be/PZh2CJYVN04?t=69

Quantos migrantes chineses passam pelo Darién Gap?

O número mensal de imigrantes chineses que atravessam o Darién tem aumentado gradualmente, de 913 em Janeiro para 2.588 em Setembro. Durante os primeiros nove meses deste ano, as autoridades de imigração panamenhas registaram 15.567 cidadãos chineses que atravessaram o Darién. Em comparação, 2.005 chineses caminharam pela selva em 2022, e apenas 376 no total de 2010 a 2021.

Na fronteira entre os EUA e o México, a Patrulha da Fronteira efectuou 22.187 detenções de chineses por cruzarem ilegalmente a fronteira do México entre Janeiro e Setembro, quase 13 vezes o mesmo período de 2022. As detenções atingiram o pico de 4.010 em Setembro, um aumento de 70% em relação a Agosto. A grande maioria eram adultos solteiros.

O aumento ocorre à medida que mais pessoas estão deixando a China. As Nações Unidas projectaram que a China perderá 310 mil pessoas através da emigração este ano, em comparação com 120 mil em 2012.

A rota é viável para imigrantes chineses porque eles podem voar para o Equador sem visto. De Quito, eles se juntam aos latino-americanos para viajar pelo outrora impenetrável Darién e por vários países da América Central antes de chegar à fronteira com os EUA. A jornada é bastante conhecida e tem seu próprio nome em chinês: ande na linha, ou “zouxian”.

https://www.gazetanews.com/imigracao/20 ... s-eua.html

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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China quer mandar as mulheres de volta para a cozinha

Solução do Partido Comunista para a crise demográfica do país e a desaceleração da economia é empurrar as mulheres de volta aos papéis tradicionais

Por Alexandra Stevenson em The New York Times — Pequim 02/11/2023


[...]

O que foi notável foi como as autoridades minimizaram a igualdade de gênero. Em vez disso, concentraram-se em usar a reunião para fazer avançar o objetivo de Xi para as mulheres chinesas: casar e ter filhos. No passado, as autoridades abordaram o papel que as mulheres desempenham em casa, bem como na força de trabalho. Mas no discurso deste ano, Xi não fez qualquer menção às mulheres no trabalho.

Mudança histórica: população da China diminui pela primeira vez em mais de 60 anos

O partido precisa desesperadamente que as mulheres tenham mais filhos. A China foi empurrada para uma crise demográfica à medida que a sua taxa de natalidade despencou, fazendo com que a sua população diminuísse pela primeira vez desde a década de 1960. As autoridades estão lutando para desfazer o que os especialistas consideram ser uma tendência irreversível, tentando uma iniciativa após outra, como doações em dinheiro e benefícios fiscais para incentivar mais nascimentos.

Confrontado com uma crise demográfica, uma economia em desaceleração e o que vê como uma ascensão teimosa do feminismo, o partido optou por empurrar as mulheres de volta para casa, apelando-lhes para criarem os jovens e cuidarem dos idosos. O trabalho, nas palavras de Xi, é essencial para “o caminho da China para a modernização”.

Mas para alguns, a sua visão parece mais uma regressão preocupante.

— As mulheres na China têm ficado alarmadas com a tendência e têm reagido ao longo dos anos — disse Yaqiu Wang, diretor de pesquisa para Hong Kong, China e Taiwan da Freedom House, uma organização sem fins lucrativos com sede em Washington. — Muitas mulheres na China estão empoderadas e unidas na sua luta contra a dupla repressão na China: o governo autoritário e a sociedade patriarcal.

Feminismo é visto como desafio ao PC

O partido não conseguiu responder a muitas preocupações, encarando algumas questões levantadas pelas mulheres como um desafio direto à sua liderança. Explosões de discussão sobre assédio sexual, violência de gênero e discriminação são silenciadas nas redes sociais. O apoio às vítimas é muitas vezes extinto. Feministas e ativistas declarados foram presos, e um movimento #MeToo que floresceu brevemente em 2018 foi empurrado para a clandestinidade.

[...]

Jovens nas cidades rejeitam papel tradicional

Enviar as mulheres de volta para casa e para fora da força de trabalho também é conveniente numa altura em que a China enfrenta o seu maior desafio econômico em quatro décadas e o governo está sob pressão para melhorar um sistema de segurança social que está gravemente subdesenvolvido e incapaz de apoiar um país que envelhece rapidamente.

— As mulheres sempre foram vistas como um instrumento do Estado, de uma forma ou de outra — disse Minglu Chen, professora da Universidade de Sydney que estuda gênero e política na China. — Mas agora temos de pensar na economia política da China. É benéfico para o partido enfatizar o retorno das mulheres para casa, onde podem cuidar das crianças e dos idosos.

No entanto, a tendência de menos casamentos e nascimentos vem sendo desenvolvida há anos, e Xi está conduzindo as mulheres para um papel que há muito rejeitam. Muitas mulheres jovens e instruídas nas maiores cidades da China apreciam a sua independência financeira e são cautelosas em relação ao casamento devido à pressão sobre elas para terem filhos e desistirem de tudo.

Os jovens adultos expressaram ambivalência em relação a casar e estabelecer-se, e preocupam-se com o futuro à medida que a economia cai e o desemprego sobe. A China também está entre os países mais caros do mundo para criar um filho.

Apesar de todos os apelos de Xi às mulheres para que assumam a causa de ter filhos, é pouco provável que os esforços do partido aumentem a taxa de natalidade o suficiente para reverter o declínio populacional do país. Isto é, a menos que ele esteja disposto a recorrer a medidas mais punitivas para prejudicar ou marginalizar as mulheres que optam por não ter filhos.
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Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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Milhares de prédios que nunca foram habitados são demolidos na China, supostamente por problemas estruturais ou falta de licença para construir.

youtu.be/mty9irt890o

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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China Village walking, Xindian Village by the Yachi River, Qingzhen, Guizhou

youtu.be/0i9xdHMfmxc

Uma amostra do interior da China. É igual a um bairro típico do Brasil. Tem mini-favelas, mas não é um inferno.

Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Fernando Silva
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O fim do milagre chinês?

Ao fim de 2023, número de imigrantes chineses detidos na fronteira dos EUA era quase 600% maior do que no mesmo período do ano anterior, algo inimaginável há alguns anos

Carlos Góes 23/03/2024


Talvez você tenha lido alguma notícia sobre a crise migratória na fronteira dos Estados Unidos com o México. Mas eu duvido que o leitor consiga adivinhar a nacionalidade que teve mais crescimento no número de detenções migratórias: os chineses.

Ao fim de 2023, o número de imigrantes chineses detidos na fronteira era quase 600% maior do que no mesmo período do ano anterior. Mas como há um crescimento percentual tão forte no número de pessoas que estão saindo de um país que está a 11 mil quilômetros para imigrar por terra? Eu, que moro nesta fronteira, também me fiz essa pergunta.

Quase todos eles, ao cruzar, pedem asilo político — e vão ter seu caso julgado pelas autoridades migratórias. Mas os chineses, vindo de uma ditadura, têm uma probabilidade muito maior de sucesso em seus casos. Em 2021, 17% dos pedidos de asilo de mexicanos foram aceitos. Entre os salvadorenhos, o percentual sobe para 28%. Entre chineses a taxa foi de 81%.

A probabilidade de sucesso torna a arriscada viagem um pouco mais atrativa. Para muitos deles, ela começa no Equador (país que não exige visto para chineses) e segue por terra cruzando Colômbia, América Central, até a fronteira Norte do México.

Existem fatores políticos e tecnológicos que podem ajudar a explicar esse incremento no fluxo.

Há um aumento na repressão política. Políticas recentes incluem interferências sem precedentes em universidades, prisão de advogados de defesa e repressão a protestos em províncias como Hong Kong. Ao mesmo tempo, à medida que as tensões entre EUA e China têm aumentado nos últimos anos, o acesso a vistos de turismo para chineses tem se tornado mais limitado.

Na esfera tecnológica, a conhecida censura do governo hoje tem implementação mais difícil. Com o uso de softwares de redirecionamento de rede, muitos chineses têm acesso à mídia social ocidental. Entre aqueles que chegaram nos Estados Unidos, muitos relataram ter aprendido sobre o trajeto da viagem no Instagram e no TikTok (ou seus equivalentes chineses).

Igualmente importante, há muitos fatores econômicos que ajudam a explicar esse tipo de fluxo migratório. Durante décadas, nos acostumamos a ver a economia chinesa crescendo a 10%. Mas a partir da década passada, a trajetória começou a arrefecer, com taxas rondando os 6%. Recentemente, o crescimento chegou a ficar abaixo dos 3% e o FMI prevê que nos próximos anos deve ficar entre 3-4%.

Como consequência, as projeções futuras de quando a economia chinesa ultrapassará a americana têm sido revisadas para o futuro. Por exemplo, em 2021 o FMI previa que a economia chinesa seria, no ano passado, 76% do tamanho da economia americana. Na verdade, com o crescimento mais baixo, ela chegou em 2023 com 65% da economia americana.

A previsão mais recente é que nem mesmo em 2028 vá se alcançar os 72% citados anteriormente. Alguns institutos privados já preveem que a economia chinesa nunca vá alcançar o tamanho da economia americana!

Em parte, a explicação é demográfica. A população americana continua expandindo, por causa do fluxo constante de imigrantes. Já a população chinesa tem envelhecido e estagnado em tamanho, muito em função da política de filho único ali existente.

Mas também há uma desaceleração no crescimento da produtividade do trabalho na China.

Isso não deveria ser uma surpresa tão grande. Um dos mais influentes economistas do século passado, Robert Solow, ganhou o Nobel principalmente por uma teoria do crescimento que previa que países mais pobres (com menos capital acumulado) tenderiam a crescer mais rápido do que aqueles com muito capital.

O Brasil também passou por seu milagre do crescimento. Hoje a China tem uma renda per capita próxima ao brasileiro. A dúvida que fica é se, como nós, eles também vão cair na “armadilha da renda média” — quando um país sai da pobreza e em seguida para de crescer. Num país em que tem taxas de poupança muito altas, infraestrutura bem melhor que a nossa e excesso de estoque de imóveis, é difícil pensar em avenidas tradicionais para estimular o crescimento.

E isso se reflete do outro lado do mundo. Muitos dos jovens chineses que cruzaram a fronteira falaram a repórteres que saíram da China porque hoje está muito mais difícil encontrar emprego. Para eles, chegou ao fim o milagre chinês. A pergunta mais importante é: e para os chineses, muito mais numerosos, que ficaram em casa? O que o futuro reserva?
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Re: República Popular da China - A China vai dominar o mundo?

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Tutu
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O Verdadeiro Motivo Por Trás dos Altos Investimentos da China no Nordeste...

youtu.be/_eRS2Wxz-QA

O brasileiro nasceu para ser manipulado. Basta escolher o carrasco: americanos, chineses ou elite/políticos brasileiros.
Eu confio muito mais na China do que nos EUA e em políticos e bilionários brasileiros.

Como os BRICS Planejam Exterminar a Hegemonia Americana em 2024?

youtu.be/2utmG56rJl0

A moeda do Brics parece impossível hoje, mas começando a trabalhar agora, aos poucos irá crescer e se tornar relevante no futuro.
É sacanagem privilegiar um país usando a moeda dele. Moeda internacional seria o mais justo.
@antoniofortunatodasilvajun9900
Isso tem que ser ponderado, primeiro que Quem deveria fazer esses investimentos deveria ser o Estado Brasileiro, isso só demonstra que o Brasil nunca vai deixar de ser um País subdesenvolvido e capacho dos EUA e china, por trás de tudo isso qual o interesse da China até porque isso não é de graça, será que irão colocar o Brasil na sinuca de bico pra mais tarde essa dívida não ser paga e exigirem domínio do território ou instalação de base militar, é triste a gente ter tentáculos para crescimento (Petrobrás, cetec, Embraer, vale, e outros e continuarmos a ser um País sem rumo, vale lembrar que meados da década de 70 o PIB da china era igual o PIB do Brasil, hoje PIB deles está na casa dos 20 trilhões aproximadamente 10x maior que o nosso, tristeza por esse País.

@chicolofi
A derrocada dos Estados Unidos da condição de Império fará um grande bem à geopolítica mundial.
Os EUA estiveram direta ou indiretamente envolvidos em TODAS as guerras que ocorreram no mundo nos últimos 80 anos.
A política externa deles se resume em uma palavra: terror.
Tornando-se multipolar, o mundo será melhor e mais pacífico.

@fabiolemos2920
Tem que derrubar esse dólar mesmo, a maioria dos países fica refém do EUA
@ESTACAOUBER
E DERRUBAR O SISTEMA SWIFT TAMBÉM

@lucasagricola1028
Torço muito para o BRICS se fortaleça no curto/médio/longo prazo, pois aí Além de diminuir a força do dólar (enfraquecendo os EUA), volta a valorizar nossa moeda, isso sendo um benefício gigantesco para a população dos paises do bloco!! Sem falar, que daqui a pouco, poder ter reserva numa terceira moeda forte sem ser dolar/euro, estrategicamente muito mais interessante para nós brasileiros!!!
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