Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo
Enviado: Ter, 07 Julho 2020 - 10:17 am
Os comunistas não devem muito aos nazistas em termos de destruição. Talvez os comunistas estejam em "vantagem" nesse aspecto.
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Nacionalismo não é exclusivamente uma pauta de esquerda. Muito pelo contrário, boa parte dos direitistas, principalmente os reacionários, são nacionalistas.
O comunismo e o socialismo aceitam e promovem a divisão da sociedade em facções antagônicas para enfraquecê-la.Tutu escreveu: ↑Sex, 11 Setembro 2020 - 22:55 pmNão vejo sentido nesse papo de coletivismo é de esquerda e individualismo direita. Para mim é o contrário.
Direito a usar drogas e direito ao casamento gay são coisas individualistas. No lado coletivista, as diferenças individuais são pouco toleradas e tem nacionalismo e xenofobia. O uso dos símbolos do país ou "em nome de Deus" para criar uma união e pensamento uniforme é coletivismo.
Se for no campo psicológico perceberá que esquerdistas aceitam melhor quem é "diferente" de alguma forma. Claro que o identitarismo é um coletivismo, mas estou falando de coisas como feiura, voz estranha, roupa ruim e hobbies bizarros, pois o direitista terá uma predisposição menor em fazer amizade.
A China e a União Soviética são extremamente parecidas com os fascistas. Podemos pôr no mesmo pacote. Essa é a teoria da ferradura. O conservadorismo britânico e o esquerdismo brasileiro são muito mais próximos entre si do com a China e os soviéticos. A ditadura militar também faz parte do grupo da China e do fascismo.
Se a diferença entre esquerda e direita é o tamanho do estado, então os anarquistas são extrema-direita.
Isso é besteirol Bolso-olavista.
Comunismo tem nada a ver com a esquerda americana, a qual a brasileira copiou recentemente, do século 21. Embora o identitarismo exista exatamente para dividir e manipular categorias, esse identitarismo de politicamente correto surgiu só recentemente. Eles pegaram o conceito de consciência de classe do comunismo e perverteram para o identitarismo.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 12 Setembro 2020 - 09:58 amO comunismo e o socialismo aceitam e promovem a divisão da sociedade em facções antagônicas para enfraquecê-la.
A esquerda não apoia drogas. Existem aqueles mais sábios que descobriram que guerra às drogas não funciona e aqueles do individualismo que permitem drogas por causa de pensamentos como "meu corpo minhas regras" ou "não existe crime sem vítimas".Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 12 Setembro 2020 - 09:58 amÉ por isso que parecem apoiar drogas, homossexuais etc.
https://blogs.oglobo.globo.com/guga-cha ... cista.htmlTrump é supremacista?
Por Guga Chacra 01/10/2020
Em um momento deplorável, Trump demonstrou ser incapaz de condenar verbalmente supremacistas brancos quando questionado pelo moderador Chris Wallace, da Fox News. Sequer o republicano pode argumentar não ter entendido a pergunta. O jornalista responsável pela moderação insistiu e demandou claramente, mais de uma vez, uma resposta sobre se o presidente americano condenava os supremacistas brancos. Até mesmo senadores republicanos criticaram a postura do candidato de seu partido.
Pior do que não ter respondido que condenava, Trump ainda saudou os Proud Boys, uma organização supremacista branca. É algo inacreditável. Nas redes sociais, estes supremacistas brancos, com histórico de violência, celebraram como uma vitória a declaração do presidente dos EUA e ainda adotaram como logo a frase “stand back and stand by”, dita pelo republicano a Wallace, como seu novo lema.
Era um debate assistido por dezenas de milhões de pessoas nos EUA e centenas de milhões ao redor do mundo. O presidente americano simplesmente se solidarizava com supremacistas brancos diante de famílias, incluindo possivelmente crianças e adolescentes, muitas delas de minorias raciais. A falta de empatia do atual ocupante da Casa Branca chega a ser doentia.
Trump é racista. Quem conhece a história dele sabe dos múltiplos exemplos de racismo contra negros, além de preconceito contra latino-americanos, asiáticos e também muçulmanos — a não ser os ricos, como o ditador da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. Mas o que chamou a atenção foi o presidente ter ido além do racismo, ao celebrar supremacistas brancos, considerados uma das maiores ameaças aos EUA pelo FBI. Isto é, além de racista, Trump já começa a ser classificado como supremacista por muitos americanos.
O presidente não tem vergonha de associar seu nome a esta ideologia que já levou a atentados terroristas antissemitas, como em Pittsburgh, islamofóbicos na Nova Zelândia e Canadá, e racistas como em Charleston, na Carolina do Sul. Sem falar em Charlottesville, na Virgínia. Na época, Trump disse haver “pessoas boas” em meio a manifestantes supremacistas brancos que entoavam gritos contra judeus e negros.
A história do extremista alemão que fingiu ser um refugiado para cometer atentados
Investigações sobre Franco A., um promissor tenente do Exército, levaram as autoridades a um labirinto de redes extremistas infiltradas em todos os níveis dos serviços de segurança
Katrin Bennhold, do New York Times
29/12/2020 - 14:54 / Atualizado em 29/12/2020 - 22:41
OFFENBACH, Alemanha — No auge da crise migratória europeia, um homem de barba, moletom, alguns trocados no bolso e um celular antigo se apresentou em uma delegacia como refugiado sírio. Em inglês básico, disse que cruzou meio continente a pé e que perdeu seus documentos no caminho. Ele, que disse se chamar David Benjamin, foi fotografado, teve as digitais colhidas e, pelo ano seguinte, recebeu abrigo e se qualificou para receber benefícios mensais.
Benjamin, na realidade, era tenente do Exército alemão. Ele escureceu o rosto e as mãos com a maquiagem de sua mãe e pintou sua barba com esmalte. Ao invés de cruzar a Europa, caminhou apenas 10 minutos da casa onde cresceu até a delegacia em Offenbach, no lado ocidental da Alemanha.
O plano do homem, dizem os promotores, era parte de um complô de extrema direita para cometer assassinatos que seriam atribuídos a seu alter ego refugiado e desencadeariam uma agitação civil suficiente para derrubar a República Federal da Alemanha.
Franco A., como o nome do militar consta em documentos judiciais que seguem as leis de privacidade alemãs, nega as acusações, afirmando que buscava expor falhas no sistema de asilo. Sua elaborada vida dupla, no entanto, durou 16 meses e só chegou ao fim após a polícia capturá-lo tentando pegar uma arma que havia escondido em um banheiro do aeroporto de Viena.
— Foi um momento bem chocante — disse Aydan Ozoguz, parlamentar que atuava como comissário para refugiados e integração à época. — O sistema de asilo deveria identificar trapaceadores, sem dúvida. A história maior, no entanto, é: como uma pessoa dessas pode ser soldado na Alemanha?
Duas Alemanhas
A prisão de Franco A., em abril de 2017, assustou o país. Desde então, o caso foi esquecido, mas deve voltar aos holofotes quando o julgamento começar, no início do ano que vem. A Alemanha irá a julgamento junto, não apenas pela falha administrativa que permitiu que um militar que não fala árabe fingisse por tanto tempo ser refugiado, mas por sua complacência na luta contra o radicalismo da extrema direita.
O caso de Franco A. gerou uma ampla investigação que levou as autoridades alemãs a um labirinto de redes extremistas subterrâneas em todos os níveis dos serviços de segurança — ameaça que, reconheceram apenas neste ano, era muito mais extensa do que jamais imaginaram.
Um grupo, comandado por um ex-soldado e franco-atirador da polícia no Norte da Alemanha, acumulava armas, tinha listas de inimigos e encomendou sacos para cadáveres. Outro, liderado por um soldado das forças especiais de codinome Hannibal, pôs os holofotes sobre o KSK, a força de elite da Alemanha. Neste verão, depois que explosivos e objetos da SS foram encontrados na propriedade de um sargento, uma unidade inteira do KSK foi desmantelada.
A história da vida dupla e a evolução de Franco A. — dos superiores que o viam como um soldado promissor ao que os promotores descrevem como um suposto terrorista — é em muitos aspectos a história das duas Alemanhas de hoje.
Uma nasceu da derrota na Segunda Guerra Mundial e foi criada por um consenso progressista que, durante décadas, rejeitou o nacionalismo e educou seus cidadãos. À medida que o tempo de guerra fica para trás, esta Alemanha dá lugar a uma nação mais instável e uma extrema direita há muito adormecida se opõe a uma sociedade diversificada. O consenso da Alemanha no pós-guerra oscila na balança.
Anti-imigração
Quando conheci Franco A., há mais de um ano em Berlim, ele parecia confiante, pois um tribunal de Frankfurt havia rejeitado processá-lo por terrorismo alegando falta de provas. Meses depois, contudo, a Suprema Corte restaurou a ação, após a Promotoria entrar com um recurso. Se condenado, ele enfrentará até 10 anos de prisão.
Mesmo com seu julgamento pendente, ele concordou em conceder entrevistas na casa onde cresceu e ainda mora. Em uma ocasião, nos guiou por uma escada até a porta de metal de seu porão, onde guardava munições e uma cópia do Mein Kampf (Minha Luta), livro de Adolf Hitler, antes de serem confiscados pela polícia.
Franco A. nega ser parte de uma conspiração terrorista, afirmando que se passou por refugiado para expor a decisão da chanceler Angela Merkel de permitir a entrada de mais de 1 milhão de solicitantes de asilo na Alemanha. O sistema, a seu ver, ficou tão sobrecarregado que qualquer um poderia entrar.
Mais do que qualquer coisa, Franco A. insistia em que estava na realidade defendendo a Constituição, e não violando-a. Ele nunca planejou fazer nada violento — e não o fez.
— Se eu quisesse, por que não teria feito? — disse ele.
Risco à ordem
Os procuradores não quiseram falar com a reportagem, mas suas acusações apontam para a arma carregada que Franco A. havia escondido no aeroporto de Viena, para um rifle que mantinha ilegalmente e para uma ida à garagem de um dos supostos alvos. Há ainda uma série de mensagens de voz e diários que ele manteve ao longo dos anos.
Neles, tece elogios a Hitler, questiona a expiação alemã da culpa pelo Holocausto, se deleita em teorias da conspiração, argumenta que a imigração destruiu a pureza étnica, saúda o presidente russo, Vladimir Putin, como um exemplo, e defende a destruição do Estado. Franco A., hoje com 31 anos, argumenta que estes são pensamentos privados e que não pode ser processado por eles.
As visões mais extremas são compartilhadas por neonazistas e populares nos círculos de extrema direita. Suas queixas básicas sobre imigração e identidade nacional, entretanto, tornaram-se cada vez mais difundidas hoje.
A desconfiança no governo, as mensagens de extrema direita e as teorias da conspiração adentraram não só os serviços de segurança, mas também frequentam o Parlamento alemão, onde a oposição é liderada pelo Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita.
Até este ano, as autoridades alemãs fecharam os olhos para o problema. Os superiores de Franco A., por exemplo, o promoveram mesmo depois que ele detalhou seus pontos de vista em uma tese de mestrado, se se tornou membro de redes extremistas com dezenas de soldados e policiais e falou publicamente pelo menos uma vez em um evento de extrema direita que estava no radar dos serviços de segurança.
Aeroporto de Viena
A gota d’água, no entanto, foi o incidente na Áustria, após um zelador achar a arma carregada com seis balas em um banheiro desativado no aeroporto de Viena. Produzida na França entre 1928 e 1944, a pistola era um dos modelos favoritos dos nazistas durante a ocupação da França. Para descobrir quem a havia escondido, a polícia criou uma armadilha eletrônica e, duas semanas depois, em 3 de fevereiro de 2017, deteve Franco A.
A história que contou à polícia austríaca era tão implausível que hesitou a recontá-la, mas acabou o fazendo: achou a arma em um arbusto, enquanto urinava. Em seguida, a guardou no bolso de seu casaco, lembrando apenas quando estava no aeroporto. Para não perder seu voo, decidiu escondê-la e, semanas depois, achou melhor entregá-la aos policiais.
— Eu me sinto tão ridículo contando isso — disse ele. — Eu sei que ninguém acredita.
Franco A. foi solto na mesma noite, mas os policiais confiscaram seu telefone e um pen drive que encontraram em sua mochila. Eles pegaram suas impressões digitais e as enviaram à polícia alemã para verificação. A informação que voltou semanas depois assustou os policiais.
Seu documento dizia que ele era um oficial alemão baseado na brigada franco-alemã em Illkirch, perto de Estrasburgo. Suas impressões digitais, contudo, pertenciam a um imigrante registrado perto de Munique. Isto alarmou os investigadores, que questionavam se a arma estava ali para que um ataque fosse realizado posteriormente.
Ele foi preso na noite de um baile anual organizado pelo Partido da Liberdade, legenda austríaca de extrema direita. Como o evento costuma atrair contramanifestantes, uma teoria é que Franco A. planejava atirar em alguém naquela noite fingindo ser um militante de esquerda.
Quando as autoridades alemãs assumiram a investigação, encontraram dois documentos em seu pen drive: o “Manual de Explosivos Mujahedeen” e “Resistência Total”, um guia da Guerra Fria para a guerrilha urbana. O celular os guiou para uma rede de grupos no Telegram com dezenas de militares, policiais e civis se preparando para o colapso da ordem social no que chamavam de “Dia D”.
Ele foi preso novamente em 26 de abril de 2017, durante um treinamento militar. Franco A. foi levado por dez policiais federais, enquanto outros 90 realizavam buscas simultâneas na Alemanha, na Áustria e na França. Foram confiscados mais mil cartuchos de munição, notas e diários que mostram um homem com visões radicais desde a adolescência.
Histórico radical
Franco A. se juntou ao Exército com 19 anos, em 2008, em meio à pior crise financeira desde 1929. Rapidamente, foi escolhido para ser um dos poucos cadetes alemães a cursar a prestigiosa academia militar Saint-Cyr, na França, fundada por Napoleão. Seus cinco anos no exterior incluíram semestres na Sciences Po, em Paris, e no King’s College, no Reino Unido, além de Sandhurst, uma das principais escolas de treinamento do Exército britânico.
Em 2013, formou-se mestre com um trabalho intitulado “Mudanças Políticas e a Estratégia da Subversão”. Em 169 páginas, Franco A. argumentou que a causa da queda de grandes civilizações sempre foi a imigração e a diluição da pureza racial provocada por minorias subversivas.
A Europa e o Ocidente seriam os próximos na linha se não se defendessem, disse ele, argumentando que sociedades com diversidade étnica são instáveis e nações que permitem a imigração cometem uma forma de “genocídio”. Em suas conclusões, afirma que o Antigo Testamento foi a base de toda subversão, um projeto para os judeus ganharem domínio global. Pode ser, ele escreveu, “a maior conspiração da História da humanidade”.
O comandante francês da academia militar ficou horrorizado e imediatamente reportou Franco A. a seus superiores alemães. À época, segundo a imprensa alemã, o comandante disse que se o homem fosse francês, teria sido removido do programa.
O Exército alemão contratou um historiador, Jörg Echternkamp, para avaliar a tese. Em apenas três dias, concluiu que havia um “apelo nacionalista radical, racista”, combinado com uma “insegurança diante da globalização”. Isto, ele afirmou, tornava o trabalho socialmente mais aceitável e, consequentemente, “perigoso”.
Mas Franco A. não foi afastado do serviço ou denunciado à agência de contraespionagem militar da Alemanha. Quando voltou à Alemanha no final de 2014, foi como se nada tivesse acontecido. Seu superior em Dresden o descreveu como um soldado alemão modelo — "um cidadão uniformizado".
Redes de extrema direita
Durante nossas entrevistas, ele se apresentou como um pensador crítico e amante da paz que se tornou vítima de uma atmosfera política em que a dissonância era punida. Os documentos confiscados e conversas com investigadores retratam outro cenário.
Após voltar da França, ele se aproximou de soldados com pensamentos similares, como o homem de codinome Hannibal, que servia nas forças de elite. Hannibal apresentou Franco A. a uma rede nacional de bate-papo online com dezenas de soldados e policiais preocupados com a imigração e que se preparavam para o colapso da ordem social no país.
Franco A., por si só, começou a armazenar comida e outros equipamentos em seu porão e a comprar armas e munições ilegalmente, segundo os promotores. Isto coincidiu com a invasão russa da Ucrânia e com uma nova leva de atentados terroristas islâmicos na Europa.
Em agosto, Merkel recebeu centenas de milhares de refugiados vindos majoritariamente de países como Iraque, Síria e Afeganistão. A ameaça de uma guerra ou rebelião civil, disse Franco A., parecia real.
Foi neste ponto, afirmam os promotores, que ele começou a contemplar a violência. Para isso, no entanto, seria necessário um evento catalisador para atrair pessoas — razão que os investigadores citam como o início das buscas por possíveis alvos.
Disfarce de refugiado
Franco A. nega que isso seja verdade, mas no recesso de Natal de 2015, 10 dias após assumir seu primeiro posto na brigada franco-alemã perto de Estrasburgo, ele fingiu ser o refugiado David Benjamin. Com o tempo, criou todo um histórico familiar: fluente em francês devido ao seu treinamento militar na França, disse que era um cristão sírio de ascendência francesa. Afirmou que estudou em uma escola secundária francesa e, depois, trabalhou como vendedor de frutas em Tel al-Hassel, um vilarejo perto de Alepo.
— Tentei estar preparado o melhor que pude — lembra Franco A. — No final, não foi necessário.
Ele disse que sua história nunca foi questionada pelas autoridades alemãs, sobrecarregadas à época. Dois dias depois de aparecer na delegacia, ele se registrou como solicitante de asilo e foi levado de ônibus para uma série de abrigos temporários. Eventualmente, foi alocado em uma pequena residência em Baustarrig, um vilarejo na Bavária a 400 km de sua base militar.
Franco A. filmou vários vídeos de seus abrigos com a câmera de seu celular. Ele estava claramente desconfiado do quão necessitados os solicitantes de asilo eram. Muitos dos sírios, em particular, levavam confortáveis vidas de classe média antes da guerra destruir suas cidades. Para o alemão, no entanto, pareciam "mais turistas" que refugiados, com seus celulares modernos.
O sistema era excessivamente generoso e indulgente, ele afirmou. Mesmo quando recusou ofertas de emprego, continuou a receber sua ajuda mensal. Ele aparecia no abrigo talvez uma vez por mês e perdeu duas reuniões seguidas.
Em paralelo à vida de refugiado, sua reputação nos círculos de extrema direita crescia, participando de reuniões e debates. Em um deles, organizado por uma editora que nega a existência do Holocausto, foi convidado a falar. O tópico da noite era: “conservadores alemães — uma diáspora em seu próprio país”.
Enquanto isso, suas mensagens de voz ganhavam tons cada vez mais urgentes. Em janeiro de 2016, três semanas após se registrar como refugiado, disse que aqueles que se arriscavam a discordar sempre eram assassinados.
— Eu sei que vocês vão me matar — ele disse. — Eu vou matar vocês primeiro.
Alvos potenciais
Franco A. vivia sua vida dupla há quase sete meses quando, no verão de 2016, viajou para Berlim, dizem os promotores. Lá, tirou quatro fotos das placas de carros em um estacionamento privado, no prédio que abriga os escritórios da Fundação Amadeu Antonio, fundada por Anetta Kahane, uma proeminente advogada judia. Filha de sobreviventes do Holocausto, ela atrai a ira da extrema direita há décadas.
A julgar pelas notas que confiscaram, os promotores acreditam que Kahane, agora com 66 anos, era um dos vários alvos que Franco A. havia identificado por suas posições pró-refugiados. Outros incluíam o atual ministro do Exterior, Heiko Maas, que era ministro da Justiça na época, e Claudia Roth, uma deputada verde que era vice-presidente do Parlamento.
O nome de Kahane aparece pelo menos duas vezes nas notas, uma vez no final de uma lista com itens aparentemente mundanos, como "geladeira" e um lembrete para ligar para o banco onde seu alter ego refugiado tinha uma conta. Franco A. me mostrou e disse que se tratava de uma lista de tarefas comuns.
Em uma página, ele anotou o histórico de Kahane, sua idade e endereço profissional. Ele também desenhou um mapa detalhado da localização da garagem. No mesmo pedaço de papel, ele escreveu: “Estamos em um ponto em que ainda não podemos agir como queremos”.
Antes da viagem para Berlim e nos dias seguintes, dizem os promotores, Franco A. comprou um trilho de montagem para uma mira telescópica e peças de pistola. Ele também foi visto em um campo de tiro testando os acessórios.
Pouco depois, viajou para Paris, onde conheceu o chefe de um centro de estudos russo pró-Putin, com ligações com a extrema direita da França. Acredita-se que tenha comprado aí a arma francesa que mais tarde foi encontrada em Viena.
Para os promotores, é provável que Franco A. estivesse preparando um assassinato. Ele, no entanto, nega praticamente todas as acusações.
A Constituição
Há uma disposição na Constituição alemã, Artigo 20.4, que permite resistência. A medida foi concebida tendo em mente 1933, quando Hitler aboliu a democracia após ser eleito, e capacita os cidadãos a agirem quando o Estado de Direito estiver em risco.
Ela é popular entre radicais de extrema direita que tacham o governo Merkel de anticonstitucional. Franco A. se refere a ela frequentemente.
Na semana antes do Natal, fui vê-lo mais uma vez. Ele ficou chateado porque eu tinha transcrições de suas mensagens de voz. Eu o questionei sobre algumas das coisas que falou — como, por exemplo, que Hitler estava “acima de tudo”.
Ele disse que fez a afirmação de modo irônico e a reproduziu para mim. O tom é casual, de conversa, e duas vozes riem. Não está claro, no entanto, que tudo era uma piada.
Questionei-o também sobre uma outra gravação de janeiro de 2016, na qual diz que qualquer um que contribua para a destruição do Estado está fazendo algo bom e que as leis são nulas e vazias. Ele poderia afirmar isso e continuar a defender a Carta?
Houve um longo silêncio. Franco A. leu sua própria transcrição e folheou as anotações de seu advogado, mas não tinha uma resposta.
https://oglobo.globo.com/mundo/a-histor ... s-24816091?
Ótimo. Lugar de terrorista é na vala.Agnoscetico escreveu: ↑Qua, 03 Março 2021 - 23:13 pmNão sei em que tópico essa notícia se encaixaria, posto aqui:
Guerrilheiros dissidentes das Farc mortos em bombardeio
Não.
Isso tem a ver com ser estatista, não com ser esquerdista.
Antes da pandemia, eu tinha colegas bolsomínions e olavistas.
A economia do Brasil ainda é altamente estatizada. Muitas empresas privadas têm "relações carnais" com o Estado. É o tal de "capitalismo de compadrio".Tutu escreveu: ↑Dom, 07 Março 2021 - 20:31 pmAntes da pandemia, eu tinha colegas bolsomínions e olavistas.
Eles amam Pinochet, a ditadura militar brasileira e Francisco Franco.
Para eles "estado grande", estatais e SUS é socialismo/comunismo, mas ignoram que a ditadura militar brasileira foi quando teve o tamanho máximo do estado na história do Brasil. Culpam o estado na economia por tudo de ruim que ocorre.
Declaram que odeiam ditadura. Eles amam os EUA e apoiam as intervenções americanas. Consideram os EUA dos republicanos como modelo, inclusive a fissura por armas. Esquecem que os EUA era uma ditadura para negros até década de 1950.
https://www.infomoney.com.br/politica/c ... -do-mundo/Esse é mais um episódio numa longa batalha para tirar o Brasil da incomoda situação de ser uma das economia mais isoladas do planeta. Comerciando apenas 25% do seu PIB, o Brasil foi nesta última década a segunda economia mais fechada do mundo – atrás apenas do Sudão do Sul, segundo dados do Banco Mundial. Nos últimos 25 anos, não houve qualquer avanço significativo nessa esfera de política comercial.
https://oglobo.globo.com/epoca/numero-d ... s-25258395Número de células neonazistas no Brasil cresce cerca de 60% em dois anos
Pesquisadores alertam para o perigo da banalização do discurso de ódio no país e temem que a disseminação de desinformação impulsione ainda mais esse crescimento
Eduardo Graça e Janaína Figueiredo 30/10/2021
Coleção nazista é encontrada em casa de suspeito de pedofilia Foto: Paolla Serra / Paolla Serra
Em 22 de agosto, uma prece virtual organizada pela Associação Religiosa Israelita do Rio (ARI) em homenagem a Dora Fraifeld, ex-diretora da escola Eliezer que morrera uma semana antes, foi invadida por um grupo neonazista. Imagens de Hitler, de suásticas e de soldados alemães foram reproduzidas nas telas, além da defesa da morte de judeus. A violência, que foi repudiada pelo Observatório Judaico de Direitos Humanos no Brasil (OJDHB), não se trata de fato isolado.
Pesquisadores e historiadores que acompanham a evolução do neonazismo no Brasil ouvidos pelo GLOBO alertam para o perigo da banalização do discurso de ódio no país e temem que a disseminação de desinformação nas redes sociais, ao lado da polarização política, que pode aumentar na campanha presidencial, impulsionem ainda mais o crescimento de grupos e células neonazistas.
Espécie de caçadora de neonazistas brasileiros, a antropóloga Adriana Dias estima que atualmente existam 530 células (formadas por pessoas que estão no mesmo município). Em 2019, a especialista detectara 334, o que indica um aumento de 58%. Há duas décadas, quando a antropóloga começou a vasculhar sites e blogs e não se tinha ainda a dimensão que tomariam as redes sociais e a deep web (onde os neonazistas atuam com total impunidade), o número não passava de dez. A pesquisa feita na Unicamp é permanente, e no momento em que a entrevista foi feita, a acadêmica e sua equipe tinham em mãos 200 perfis de usuários neonazistas, que podem pertencer a novas células ou a alguma detectada anteriormente.
— Em 2002, meus dados já me indicavam que em 2020 o Brasil teria um governo de extrema direita. À época, me chamavam de louca. A realidade foi confirmando minha pesquisa, e isso é assustador — afirma Adriana.
[...]
O aumento vertiginoso de militantes que aderem ao pensamento, discurso e estética neonazista, somado a outros que se declaram fascistas, integralistas ou promovem algum tipo de regime autoritário, levou especialistas de várias universidades a criarem o Observatório da Extrema Direita no Brasil. Seu coordenador é Odilón Caldeirão, professor de História Contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e autor do livro “O fascismo em camisas verdes”. Ele aponta que o neonazismo brasileiro surgiu com força a partir da transição democrática e não tem uma única faceta.
[...]
Michel Gherman, coordenador do núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ, define características presentes, segundo ele, em todo neonazista brasileiro.
— O nazismo tem uma característica fundamental: o ressentimento. A ideia mobilizadora de que eu poderia ser melhor não fosse o outro, que pode ser o negro, o judeu, o gay, a mulher. São pessoas que atuam nas redes sociais e nelas se sentem fortalecidas.
Aqui mesmo temos (ou tínhamos até bem pouco tempo) o emprego de ascensorista. O trabalho é só apertar botão. Empregos "inúteis" ainda são melhores do que uma massa de desempregados faminta revirando o lixo pra comer.Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 13 Novembro 2021 - 15:54 pm
Contra o desemprego é um "ótimo" regime:
https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... 181#p19181
Tirar dos próprio bolso de políticos aí é outra história, né? Ciro Gomes, por exemplo, querVitor Moura escreveu: ↑Dom, 14 Novembro 2021 - 18:31 pmTirar de uns para dar aos outros é justamente o papel de distribuir riqueza que cabe ao Estado que busca diminuir a desigualdade (ou você é contra a reforma agrária?), se isso custa aos cofres públicos mas auxilia a diminuir a desigualdade então está sendo um dinheiro bem gasto, pois se reverterá em menores taxas de violência, por exemplo.
Nenhum problema pra mim. Não só políticos como juízes também. Mas taxar grandes fortunas, imposto progressivo, reforma agrária, tudo isso é essencial.Agnoscetico escreveu: ↑Dom, 14 Novembro 2021 - 21:21 pmTirar dos próprio bolso de políticos aí é outra história, né? Ciro Gomes, por exemplo, querVitor Moura escreveu: ↑Dom, 14 Novembro 2021 - 18:31 pmTirar de uns para dar aos outros é justamente o papel de distribuir riqueza que cabe ao Estado que busca diminuir a desigualdade (ou você é contra a reforma agrária?), se isso custa aos cofres públicos mas auxilia a diminuir a desigualdade então está sendo um dinheiro bem gasto, pois se reverterá em menores taxas de violência, por exemplo.
Você acha que a Vera Loyola partiu do nada? O pai dela já era dono de motéis e outros ramos:Agnoscetico escreveu: ↑Dom, 14 Novembro 2021 - 21:21 pm
Tem muitas pessoas que enriqueceram por mérito, como Vera Loyola, David Portes (conhecido como "David Camelot", ou David camelô), etc, que já ajudam muita gente gerando empregos, e não dá pôr esses num mesmo pacote que ricos ociosos como Chiquinho Scarpa (herdeou mas não empreende nada), Ciro Gomes, Bolsonaro, Lula, etc, e toda classe política que enriquece com verba pública sem sequer ter empreendido algo por si sem pegar dos outros.
Onde eu postei que basta querer e tudo acontece? Isso é papo de coach "quântico" ou gente que acredite em poder transcendental da mente. Mas se David Portes conseguiu outros também poderiam, afinal o Brasil não é um sistema de castas onde é proibido mobilidade social.Vitor Moura escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 07:22 amO David Portes de fato parece que veio do nada pelas biografias que vi. Isso porém é a exceção que serve para alimentar a ideologia perversa de que "qq um pode enriquecer, basta querer" e aí não investir em nenhuma política de distribuição de renda, não fazer nada pelos mais vulneráveis.
O Brasil não proibiu mobilidade social, mas colocou uma tela que impede a passagem da grande maioria do lado mais pobre para o mais rico. Pouquíssimos acham uma abertura nessa tela, e os que passam são usados como prova para os demais de que o fracasso na vida delas se deve à própria pessoa que não se esforçou o suficiente, e não ao sistema que ela encontrou ao nascer.Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 12:57 pmOnde eu postei que basta querer e tudo acontece? Isso é papo de coach "quântico" ou gente que acredite em poder transcendental da mente. Mas se David Portes conseguiu outros também poderiam, afinal o Brasil não é um sistema de castas onde é proibido mobilidade social.
Por que diz que os integrantes do MST são picaretas?Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 12:57 pmSobre a reforma agrária também sou a favor, tem muito latifundiário desperdiçando terra e monopolizando sem ter merecido, apenas herdou terras, etc, mas sou contra um bando de picaretas do MST serem o porta-voz, agentes, etc, que encabeçam isso e depois se envolvem em política.
Especifique quem faz isso. Evidências? Senão vai ser só um tipo de conspiracionismo do tipo "O sistema é contra o povo progredir!". Só pegar depoimentos isolados (ou não-tão-isolados mas generalizantes) de gente que não gosta de pobre e coisa do tipo não vale.O Brasil não proibiu mobilidade social, mas colocou uma tela que impede a passagem da grande maioria do lado mais pobre para o mais rico. Pouquíssimos acham uma abertura nessa tela, e os que passam são usados como prova para os demais de que o fracasso na vida delas se deve à própria pessoa que não se esforçou o suficiente, e não ao sistema que ela encontrou ao nascer.
- Poder 360, mídia imparcial, hein? Soi desconfiado de mídias enviesadas como Poder 360, Brasil 247, DCM, e coisa do tipo, asim também as mídias conservadoras (a "nova mídia"). Se fosse algoVenceram prêmio da OIT: https://www.poder360.com.br/brasil/mst- ... -trabalho/
Doaram milhares de toneladas de alimento:
https://www.brasildefato.com.br/2021/07 ... a-pandemia
O Brasil tem um índice muito baixo de mobilidade social. A educação é precária, muitos não tem casa própria, não tem dinheiro nem conhecimento para empreender, há muita violência, as leis trabalhistas são abusivas, a economia é fechada. E isso tem nada a ver com racismo.Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 15:14 pmEspecifique quem faz isso. Evidências? Senão vai ser só um tipo de conspiracionismo do tipo "O sistema é contra o povo progredir!". Só pegar depoimentos isolados (ou não-tão-isolados mas generalizantes) de gente que não gosta de pobre e coisa do tipo não vale.
De onde veio o dinheiro para fazer essas doações?Vitor Moura escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 13:21 pmDoaram milhares de toneladas de alimento:
https://www.brasildefato.com.br/2021/07 ... a-pandemia
https://youtu.be/YINTTVjBrY4
Nem eu disse isso. Mas está longe de ser um grupo terrorista como a direita teima em fazer parecer.Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 15:14 pm
Apelo a caridade não é evidência de que só tem santinho no MST;
A reportagem do Globo cita a operação Castra que prendeu líderes políticos do MST. Só que prenderam sem provas e todos foram libertados:Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 15:14 pm
- Líderes do MST se aproveitavam de poder para cometer crimes, diz polícia
http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/n ... licia.html
- Crimes do MST seguem impunes ano após ano
https://exame.com/revista-exame/crimes- ... o-apos-ano
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/u ... o-pais.htmAté o momento, não há registro de depredação nem atrito com a polícia.
Vem do que é produzido nos assentamentos e acampamentos.Tutu escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 16:22 pmDe onde veio o dinheiro para fazer essas doações?Vitor Moura escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 13:21 pmDoaram milhares de toneladas de alimento:
https://www.brasildefato.com.br/2021/07 ... a-pandemia
Se trabalham, nem deveriam mais ser chamados de "trabalhadores sem terra".
O PT assentou 771 mil famílias e distribuiu 51 milhões de hectares de terras - área equivalente às somas dos estados do Ceará e Mato Grosso do Sul. O partido responde por 56% de todas as terras disponibilizadas para reforma agrária na história do Brasil.
Sim, eu esqueci de mencionar educação é um fator que impede ascensão social num mundo onde requisitos de qualificação profissional são cada vez mais exigentes.O Brasil tem um índice muito baixo de mobilidade social. A educação é precária, muitos não tem casa própria, não tem dinheiro nem conhecimento para empreender, há muita violência, as leis trabalhistas são abusivas, a economia é fechada.
Não lembro que parte foi mencionado sobre racismo no contexto dos comentários mais recentes. Fiquei na dúvida agora.E isso tem nada a ver com racismo.
Saiba a diferença entre mérito e meritocracia?
Desde quando criticam as cotas, fazendo de tudo para acabar com elas, especialmente as raciais (como Fernando Holiday e Mamãe Falei). Quando berraram contra o Bolsa Família, chamando de Bolsa Esmola, dizendo que famílias faziam filhos para receber o auxílio (e estudos mostraram que a taxa de natalidade caiu ao invés de subir).Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pm
Mas, desde quando defensores de meritocracia impedem, de fato, a mobilidade social?
Com certeza tem:Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pmSobre o MST e similares, tem vários exemplos de "reforma agrária bem-sucedidas" em nome do progresso e bláblánlá.
Isso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pmEsse foi uma manifestação pacífica e democrática do MLST (dissidentes do MST) em 2006 quando o PT tava no poder:
Invasão do MLST - 06 de junho de 2006
youtu.be/TltGw46NPBQ
Sério? Achei que o sonho de todo mundo era ser integrante do MST pra poder sentir a adrenalina subir com o risco de levar bala dos ruralistas ou da polícia...Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pmParece que ficar no MST não é uma experiência tão boa assim, pois ela foi pra outra realidade e deve ter feito comparação qual das duas vidas seria melhor.
Sou contra raciais também! Não ache que só direitistas e brancos são!Desde quando criticam as cotas, fazendo de tudo para acabar com elas, especialmente as raciais (como Fernando Holiday e Mamãe Falei). Quando berraram contra o Bolsa Família, chamando de Bolsa Esmola, dizendo que famílias faziam filhos para receber o auxílio (e estudos mostraram que a taxa de natalidade caiu ao invés de subir).
Massacre esse que na época fez o povo ter empatia (como costuma ter com os "mártires", até o Bozo que levou facada virpu um, mas aí depois a coisa mudou mais), mas com o tempo quando o MST fazia pilhagem, destruindo propriedades que faziam melhorias genéticas (como melhores seleções de rebanhos), etc, entre outros atos fez a população passar a indiferença e até antipatia.Isso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:
https://www.brasildefato.com.br/2020/04 ... o-esquecer
Sempre tem os que gostam de adrenalina assim, vai saber quantos desses não tem lá.Sério? Achei que o sonho de todo mundo era ser integrante do MST pra poder sentir a adrenalina subir com o risco de levar bala dos ruralistas ou da polícia...
Deixa eu te contar um segredinho: você é de direita.Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 amSou contra raciais também! Não ache que só direitistas e brancos são!
E daí? Você não sabe a pressão enorme que é feita nos cursos (em especial de medicina) para expulsar qualquer candidato negro? Muitos não aguentam o ambiente hostil, não só dos outros alunos brancos quanto dos professores:Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 am
Eu ia escrever talvez um texto relativamente grande, mas tinha um vídeo do Pirulla que explicava isso um pouco.
Não tem sentido dar cota racial no Brasil pois pra entrar numa universidade a cor da pele não era critério como nos EUA.
Quando eu saí do curso, eu saí muito também por conta da fala de um professor em uma disciplina prática no terceiro ou quarto semestre. Era minha primeira prática e eu fui atender um paciente e chamei ele [o professor] para ir comigo. Era uma punção e eu nunca tinha feito uma punção em alguém que não fosse no laboratório. Ele disse: “Ah! Se você não sabe ir sozinha, você deveria estar, no máximo, em um curso técnico”. Aquilo, naquele momento, me arrasou e eu não consegui mais fazer o procedimento. Eu acreditava que os professores eram para estimular, para apoiar, e ele desfez toda minha segurança, aí eu fui embora (Estudante de Enfermagem ).
Parece-nos que alguns docentes, como forma de reagir à presença de determinadas categorias sociais ou raciais na universidade, ou ainda na busca por abortar questões que, segundo seus critérios acadêmicos, são menores ou desnecessárias, criam táticas de discriminação objetivamente destinadas a favorecer a mortalidade acadêmica desses estudantes dentro do sistema. É importante salientar, entretanto, que tais táticas nem sempre são diretas, óbvias ou notáveis a um olhar menos cuidadoso, pois elas ocorrem de modo a fazer parecer que o estudante é que “se diminui”, “se discrimina” e “não consegue conviver” com aqueles que, por “mérito”, galgaram tal posição. Por outro lado, a existência de alguns grupos de pesquisa ou mesmo a presença de professores negros e ativistas têm dado a esses estudantes um novo significado e suporte em sua permanência na universidade.
Ao se empoderar e construir uma identidade racial, muitos começam a reelaborar os símbolos étnicos da sua negritude. Uma dessas mudanças passa pelo cabelo: ao assumir seus cabelos crespos ou trançados, alguns são questionados sobre a profissão que escolheram, numa tentativa (in)explícita de dizer que a estética negra não combina com o perfil do curso: “Algumas pessoas já me perguntaram assim: ‘Você vai ser médica com esse cabelo?’ ou ‘Como você acha que as pessoas vão te olhar?’ [referindo-se às tranças]. Tem ainda: ‘Esse cabelo se encaixa dentro da sua profissão?’ Por considerar até sujo, né? Eu fico, assim, ‘Meu Deus!’...” (Estudante de Medicina); “Quando eu uso trança, as pessoas me perguntam assim: ‘E como é que lava?’. Eu respondo: ‘Com água!’” (Estudante de Enfermagem).
Fonte: CURSO DE BRANCO: UMA ABORDAGEM SOBRE O ACESSO E A PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES DE ORIGEM POPULAR NOS CURSOS DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB)A pesquisa qualitativa nos autoriza a dizer que estão mais visíveis as tensões sociais e raciais dentro da universidade, não porque antes essas tensões não existissem, mas porque o número de estudantes negros e/ou pobres que ingressavam no ensino superior era muito pequeno. Hoje em maior número, esses jovens ameaçam um espaço que foi hegemonicamente branco e elitizado. Nesse contexto, a academia ainda não consegue se repensar, de forma que a sua imagem ainda não contempla a de um negro ou de uma negra. A presença de graduandos pretos, pobres e, em sua maioria, sem tradição universitária tem sido alvo de conflitos, pois, para a elite que sempre ocupou estes espaços, os “cotistas” têm entrado pelas “janelas” e causado a queda da qualidade do curso, a despeito de todas as pesquisas mostrarem que o desempenho entre cotistas e não cotistas tem sido igual para ambos os grupos, quando não superior para o primeiro. Não nos esqueçamos de que, há menos de uma década, o diretor de uma escola de medicina declarou ao jornal Folha de São Paulo de 30 de abril de 2008 que as baixas notas dos alunos no ENADE se devia ao baixo Quociente de Inteligência (QI) dos baianos, que segundo ele “só tocam berimbau porque este possui uma única corda” (A TARDE, 2008). O Diretor foi além e culpou o sistema de reserva de vagas pelo mau desempenho já que, segundo ele: “a prova foi feita com alunos do 1º e do último semestre. Pode estar havendo uma contaminação das cotas e influência da transformação curricular nesse resultado” (A TARDE, 2008). Porém, em todo canto, em todos os campi, têm havido reações, e o que observamos é que os estudantes ingressantes por cotas raciais tem buscado construir estratégias e articulações que lhes permita a permanência simbólica, muitas vezes jogando com as identidades que são mudadas ou (re)construídas na tentativa de se encontrar ou criar novos grupos com os quais se vivencie o pertencimento.
Completamente falso:Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 amEnta naquela questão de Bolsa-família teve várias irregularidades, muita gente recebeu bolsa-família ficou dependente e depois que acabou a torneira "voltou" a zona de pobreza da qual nunca teve tão longe assim e ainda teve mais filhos (não tendo condição de criar os que já tinha).
levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que dos 1,15 milhão de contemplados na primeira leva do Bolsa Família, em outubro de 2003, 795 mil - ou 69% do total - conseguiram deixar o programa.
https://outline.com/RyhyBUApesar do argumento persistente de que o Bolsa Família incentivaria as mulheres a terem mais filhos, a fecundidade das mulheres de baixa renda diminuiu de 5,5 filhos em 1991, para 4,6 filhos em 2000 e 3,3 filhos em 2010,
Destruir propriedades que faziam melhorias genéticas está longe de ser exclusivo do MST:Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 amMassacre esse que na época fez o povo ter empatia (como costuma ter com os "mártires", até o Bozo que levou facada virpu um, mas aí depois a coisa mudou mais), mas com o tempo quando o MST fazia pilhagem, destruindo propriedades que faziam melhorias genéticas (como melhores seleções de rebanhos), etc, entre outros atos fez a população passar a indiferença e até antipatia.
Ah sim, a vida capitalista de quem tem dinheiro, que ela obteve após posar nua, porque a vida capitalista de quem é pobre ninguém quer.Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 amSempre tem os que gostam de adrenalina assim, vai saber quantos desses não tem lá.
Além disso me referi ao fato de que a vida comunista de MST comparada a vida capitalista atual da Débora Rodrigues, que ela desconhecia, deve ter feito ele mudar de opinião (apesar de eu não gostar do Bozo).
Quando FHC criou a Bolsa Escola e outros auxílios, Lula disse que eram esmolas eleitoreiras e que o brasileiro não se deixaria enganar.Vitor Moura escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 22:57 pmDesde quando criticam as cotas, fazendo de tudo para acabar com elas, especialmente as raciais (como Fernando Holiday e Mamãe Falei). Quando berraram contra o Bolsa Família, chamando de Bolsa Esmola, dizendo que famílias faziam filhos para receber o auxílio (e estudos mostraram que a taxa de natalidade caiu ao invés de subir).
A esquerdalha tenta nos convencer de que a polícia foi a um acampamento pacífico e massacrou os coitadinhos que só queriam terra para trabalhar.Vitor Moura escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 22:57 pmIsso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:
https://www.brasildefato.com.br/2020/04
Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 09:03 amQuando FHC criou a Bolsa Escola e outros auxílios, Lula disse que eram esmolas eleitoreiras e que o brasileiro não se deixaria enganar.
Mal foi eleito, unificou essas bolsas em uma única, a Bolsa Família, como se fosse ideia dele.
Por falta de humildade e excesso de desonestidade, além de não saberem que posição adotar, os tucanos reivindicam a paternidade do Bolsa Família, ao mesmo tempo em criticam o programa, chegando ao ponto de chamá-lo de “Bolsa Esmola” num editorial do partido publicado em 2004. A verdade é bem diferente. O Bolsa Família já nasceu com vocação de política de Estado e com o compromisso de romper o clientelismo e promover direitos humanos, especialmente o direito humano à alimentação adequada. Confira as oito principais diferenças entre o Bolsa Família do PT e o Bolsa Escola do PSDB.
1. VALORES: o benefício pago pelo Bolsa Escola era de R$ 15 (equivalente a R$ 37 reais em 2015) por filho, com limitação a três filhos (R$ 45) por família. Em 2015, o benefício médio recebido por família cadastrada no Bolsa Família é de R$ 170.
2. UNIVERSALIZAÇÃO: enquanto o Bolsa Escola beneficiou um segmento muito pequeno da população que se encontrava na extrema pobreza, o Bolsa Família universalizou o direito de acesso a uma renda mínima familiar que garanta o direito à alimentação em todos os municípios brasileiros.
3. POLÍTICA DE ESTADO: seguindo a tradição histórica do assistencialismo nas políticas sociais do Brasil, o Bolsa Escola era regulamentado por uma legislação bastante frágil e exposta ao governante da ocasião. Já a legislação do Bolsa Família é constituída por um forte arcabouço jurídico que protege o programa e lhe garante um caráter de política de Estado e não apenas de ação de governo. O Bolsa Escola, aliás, foi implantado pelo governo FHC apenas em setembro de 2001, a 13 meses das eleições.
4. TRANSPARÊNCIA: todos os dados referentes ao Bolsa Família – inclusive os valores pagos e os nomes de todos os cadastrados no programa – estão disponíveis para qualquer pessoa na Internet. Os dados do Bolsa Escola só eram conhecidos pelo governo federal.
5. INTEGRAÇÃO: o Bolsa Escola existia completamente isolado de outras ações do governo tucano, que tinha uma colcha de retalhos na área social, com vários cadastros e conflito de dados. Já o Bolsa Família é aplicado de forma integrada a inúmeros outros programas, desde o Luz para Todos até o Minha Casa, Minha Vida, passando pelo Pronatec e por ações de Saúde e Educação. Além de aperfeiçoar a gestão, a integração permite enxergar melhor os gargalos e desafios a serem superados. O Cadastro Único é um elemento dessa dimensão e contribui para diminuir o fisiologismo e a corrupção no programa.
6. DIREITO HUMANO: a fragmentação da política social do PSDB no governo se deveu, entre outros fatores, à prevalência da concepção meramente assistencialista do pensamento tucano e à ausência da abordagem dos direitos humanos em relação às ações e programas. No caso do Bolsa Família, o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação está vinculado à promoção do direito à educação e do direito à saúde, entre outros.
7. CONTROLE SOCIAL: além do trabalho de órgãos como a Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público e outros, o Bolsa Família conta com a fiscalização do comitê gestor local, que é composto por representantes da sociedade civil e do poder público e é condição obrigatória para o município receber os recursos do programa.
8. EFETIVIDADE: jamais foram produzidos estudos consistentes avaliando a contribuição do Bolsa Escola e dos outros programas sociais da era FHC para o combate à pobreza. No caso do Bolsa Família, desde 2003 já foram produzidos centenas de trabalhos acadêmicos em instituições brasileiras e do exterior. Além disso, organismos como ONU, PNUD, OIT, Unicef, Banco Mundial, FMI, BID, entre outros, já produziram estudos e relatórios analisando todos os aspectos e mensurando os resultados do Bolsa Família tanto na área social quanto na econômica. Nenhum programa social do mundo é tão estudado quanto o Bolsa Família.
Vitor Moura escreveu: ↑Seg, 15 Novembro 2021 - 22:57 pmIsso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:
https://www.brasildefato.com.br/2020/04
Difícil levar a sério quem tenta criminalizar movimentos sociais, e pior, chama de terroristas pessoas que bloquearam uma estrada. Um.monte de caminheiro é terrorista entao.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 09:03 amA esquerdalha tenta nos convencer de que a polícia foi a um acampamento pacífico e massacrou os coitadinhos que só queriam terra para trabalhar.
O que realmente aconteceu é que um bando de terroristas bloqueou uma estrada. A polícia chegou lá, foi atacada por uma multidão armada de foices, enxadas etc. e se defendeu atirando nela.
O erro, este sim, foi mandar policiais urbanos, despreparados, em vez da polícia anti-motim.
Citar um site de esquerda não funciona.
Deixa eu te contar um segredinho: Tua opinião é irrelavente em querer me definir da acordo com tua mente fechada de esquerdista que classifica pessoas em pacotes ideológicos.Deixa eu te contar um segredinho: você é de direita.
Evidências anedóticas e depoimentos? Tem alguma lei proibindo negros de se tornarem médicos?E daí? Você não sabe a pressão enorme que é feita nos cursos (em especial de medicina) para expulsar qualquer candidato negro? Muitos não aguentam o ambiente hostil, não só dos outros alunos brancos quanto dos professores:
Mas teve participação! Se for assim, fazer obras de caridade não seria exclusividade da esquerda, há cristãos conservadores que também fazem, por exemplo, logo as atrocidades que a direita conservadora fez vão apagar as boas? As coisas ruins não são apagadas pelas boas e vice-versa.Destruir propriedades que faziam melhorias genéticas está longe de ser exclusivo do MST:
https://www.redebrasilatual.com.br/mund ... santo-517/
https://terradedireitos.org.br/noticias ... ropa/18898
Pois é, até ganhar dinheiro posando nua deve ter sido mais benéfico no caso dela do que ser membro dum grupo de esquerda rural. O comunismo não devia ta pagando as contas dela.Ah sim, a vida capitalista de quem tem dinheiro, que ela obteve após posar nua, porque a vida capitalista de quem é pobre ninguém quer.
Exatamente o que alguém da direita diria.Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pm
Deixa eu te contar um segredinho: Tua opinião é irrelavente em querer me definir da acordo com tua mente fechada de esquerdista que classifica pessoas em pacotes ideológicos.
As condições socioeconômicas impedem.Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pmEvidências anedóticas e depoimentos? Tem alguma lei proibindo negros de se tornarem médicos?
Na época havia um celeuma muito grande sobre transgênicos e as dúvidas eram enormes. Ainda hoje há dúvidas:Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pmMas teve participação! Se for assim, fazer obras de caridade não seria exclusividade da esquerda, há cristãos conservadores que também fazem, por exemplo, logo as atrocidades que a direita conservadora fez vão apagar as boas? As coisas ruins não são apagadas pelas boas e vice-versa.
Claro que pagava. Você acha que ela chegou gostosa para fazer as fotos nua como? Subnutrida?Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pmPois é, até ganhar dinheiro posando nua deve ter sido mais benéfico no caso dela do que ser membro dum grupo de esquerda rural. O comunismo não devia ta pagando as contas dela.
Cubanistão é aquele único país latino americano que produziu vacina contra covid e reduziu drasticamente o número de mortos? Enquanto isso o povo:
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia ... orio.ghtmlEpisódios neonazistas e antissemitas em escolas saltam 514,3% em um ano no Brasil, diz observatório
Entre 2019 e 2022, o aumento foi ainda superior, de 760%; documento foi apresentado neste sábado no ‘Ato internacional em homenagem à vida’
Por Bernardo Yoneshigue — Rio de Janeiro 30/04/2023
Em paredes da escola é possível ver referências ao nazismo e a Hittler
Um novo relatório do Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil (ODJHB) mostra que os episódios de neonazismo e antissemitismo em ambientes escolares cresceram 760% no Brasil nos últimos três anos. O documento foi apresentado neste sábado no Ato internacional em homenagem à vida, no Memorial da Resistência, em São Paulo.
O aumento dos casos observados em escolas chama a atenção por ter sido mais que o dobro do crescimento quando considerados todos os atos do tipo no país, que saltaram 375% no mesmo período. Chamado “Relatório de eventos antissemitas e correlatos no Brasil”, o documento faz uma análise dos eventos ocorridos entre 01/01/2019 e 31/12/2022.
No geral, considerando todos os espaços, foram identificados 24 atos em 2019, e 35, em 2020. No ano seguinte, o número subiu para 67 episódios, e chegou a 114 em 2022 – aumento de 70,15% em apenas um ano. Já quando analisados somente aqueles nas escolas, foram 5 no primeiro ano do monitoramento, 3, em 2020, e 7, no ano seguinte. Em 2022, porém, foram 43 registros – um salto de 514,3%.
“No comparativo anual, os eventos antissemitas e neonazistas em 2022 representam quase metade dos casos do período (47,50%, 114 de 240). Com relação ao ambiente escolar, o aumento é ainda mais expressivo (74,14%, 43 de 58)”, destaca o relatório.
Eventos neonazistas e antissemitas no Brasil
2019 2020 2021 2022 Total
Antissemitismo 12 14 18 25 69
Neonazismo 12 21 49 89 171
Total 24 35 67 114 240
Eventos neonazistas e antissemitas em escolas no Brasil
2019 2020 2021 2022 Total
Antissemitismo 1 2 2 6 11
Neonazismo 4 1 5 37 47
Total 5 3 7 43 58
Fonte: Observatório Judaico de Direitos Humanos no Brasil
No documento, os autores chamam atenção ainda para o crescimento de células neonazistas no Brasil como um “sinal de alerta”. Em outubro de 2021, eles citam que 530 haviam sido identificadas. Em novembro do ano passado, foram 1.117, um crescimento de 110,8%. “Além da ampliação da área geográfica de atuação (de 249 cidades para 298), atingindo 22 estados e o Distrito Federal”.
Em relação às escolas, os membros do ODJHB escrevem que vários episódios recentes de ataques “têm relação com grupos neonazistas razoavelmente organizados, independentemente de terem resultado em mortos ou feridos. Em geral, foram perpetrados por pessoas que tinham algum contato com esses grupos neonazistas, cuja existência foi revelada pelas investigações policiais”.
Fonte de atos neonazistas
Em relação aos episódios antissemitas e neonazistas no geral durante os três anos, os responsáveis pelo relatório também mapearam a fonte dos atos. Dividido entre “extremistas + bolsonaristas”; “cargos públicos”; “mídia”; “presidente + governo” e “outros”, os autores identificaram que a maioria (43%) ao longo dos três anos foi provocado por “extremistas + bolsonaristas”, seguido por “outros” (25%). O então presidente, Jair Bolsonaro, junto a membros de seu governo, foi associado a 8% das ocorrências.
“A associação entre a distribuição temporal dos eventos estudados no relatório e as circunstâncias da ação política de Jair Bolsonaro e seus interesses na disputa eleitoral, reforça a tese de que as manifestações e ataques de cunho neonazistas ocorridas nesse período não foram acontecimentos isolados. Considerando a tendência global de aumento do neofascismo, a face nacional do seu crescimento está ligada a uma extrema direita institucionalizada, que esteve no poder nos últimos quatro anos”, escreveram.
No relatório, o observatório citou ainda o aumento de outros atos de ódio, que podem indiretamente estar ligados ao neonazismo e o antissemitismo. “O fato de quase todos os eventos de caráter neonazista serem também racistas, homofóbicos, xenofóbicos, antissemitas, etc., faz com que a separação entre, por exemplo, eventos neonazistas e eventos antissemitas nem sempre seja possível nestes casos”.
“É o que se verifica, por exemplo, nos vários atos neonazistas em diferentes unidades da Universidade Federal de Santa Catarina (Joinville e Florianópolis), em outubro de 2022, nos quais as ofensas e ameaças, muitas ilustradas com suásticas, foram dirigidas não apenas a judeus, mas também à população LGBTQIA+, feministas, negros, gordos e amarelos. Ainda assim, nosso foco permanece sendo o antissemitismo e o neonazismo”, afirmam os responsáveis, e complementam:
“Sabe-se que nem todo racista é necessariamente nazista, embora seja impossível haver um nazista que não seja racista (ou homofóbico, ou xenófobo, ou misógino, etc.)”.
Toda doutrina política deve ser avaliada por seus resultados, não por suas intenções. Intenções vitalistas não geram automaticamente resultados vitalistas. A incapacidade de separar os conceitos de "intenção" e "resultado" acaba gerando as desculpas esfarrapadas do "isso não é a doutrina política X de verdade".Agnoscetico escreveu: ↑Sex, 07 Julho 2023 - 12:29 pmMarcus Valerio dando uma viajada pseudo-filosófica, sobre vitalismo e antivitalismo, e num momento do vídeo ( 6:30 ) ele fala que o fascismo seria vitalista (pró-vida e com estética da beleza, blabla) e que a neoesquerda seria antivitalista (pró-morte).
Mesmo ele comentando o fascismo e nazismo como excesso de antivitalismo, será que ele esqueceu o antivitalismo do fascismo foi responsável por genocídios, extermínios de pessoas que não eram esteticamente e etnicamente consideradas belas? Ele podia ter dissociado defesa da vida de fascismo.
Eros X Thanatos - Vídeo 562
youtu.be/q6Q_WJgrhf8
Simples: não teria sido divulgado.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]
https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Esse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 amSimples: não teria sido divulgado.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]
https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Não redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 amEsse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 amSimples: não teria sido divulgado.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]
https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Errado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 12:12 pmNão redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 amEsse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 amSimples: não teria sido divulgado.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]
https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Só por que você quer e pelo que você acha que sabe do que ocorre lá.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 20:33 pmErrado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 12:12 pmNão redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 amEsse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 amSimples: não teria sido divulgado.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]
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Se você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.Johnny escreveu: ↑Sáb, 22 Julho 2023 - 13:06 pmSó por que você quer e pelo que você acha que sabe do que ocorre lá.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 20:33 pmErrado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 12:12 pmNão redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 amEsse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 amSimples: não teria sido divulgado.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]
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Alguém pode criticar os Estados Unidos no Clube Ceticismo usando vídeos de youtuber residente de lá e matéria do UOL que reproduziu informações do Houston Chronicle, CNN International e The Guardian justamente porque a transparência e a legislação da liberdade de expressão de lá deixaram isso acontecer. Por outro lado, dizer “Eu sei de coisas secretas nefastas dos Estados Unidos daqui do Brasil” é uma contradição. Se são secretas, então como você sabe disso? Ou você sabe de nada ou sabe o que todas as pessoas que veem mídia podem saber.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 22 Julho 2023 - 16:02 pmSe você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.Johnny escreveu: ↑Sáb, 22 Julho 2023 - 13:06 pmSó por que você quer e pelo que você acha que sabe do que ocorre lá.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 20:33 pmErrado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 12:12 pmNão redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.Huxley escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 amEsse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 amSimples: não teria sido divulgado.Johnny escreveu: ↑Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]
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Só que os baba ovo de "mundo livre" (mundo pelo qual não se sabe o que acontece, mas é livre....) NUNCA se posicionam sobre estes pois sua FÉ não permite. Somando o fato que essa mesma fé não atrai ibope para os jornais, então para que veicular isso, já que podem ainda correr o risco de sofrerem algum tipo de retaliação internacional, pois estes países "livres" fazem mito disso.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 22 Julho 2023 - 16:02 pmSe você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.
Voltou a repetir a abobrinha que já refutei. Repetindo. Dizer “Eu sei de coisas secretas nefastas dos Estados Unidos daqui do Brasil” é uma contradição. Se são secretas, então como você sabe disso? Ou você sabe de nada ou sabe o que todas as pessoas que veem mídia podem saber.Johnny escreveu: ↑Sáb, 22 Julho 2023 - 22:51 pmSó que os baba ovo de "mundo livre" (mundo pelo qual não se sabe o que acontece, mas é livre....) NUNCA se posicionam sobre estes pois sua FÉ não permite. Somando o fato que essa mesma fé não atrai ibope para os jornais, então para que veicular isso, já que podem ainda correr o risco de sofrerem algum tipo de retaliação internacional, pois estes países "livres" fazem mito disso.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 22 Julho 2023 - 16:02 pmSe você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.
Simples: a pessoa sabe porque viu no Facebook. Ou num zap que a Dona Lurdes mandou.Huxley escreveu: ↑Sáb, 22 Julho 2023 - 23:28 pmVoltou a repetir a abobrinha que já refutei. Repetindo. Dizer “Eu sei de coisas secretas nefastas dos Estados Unidos daqui do Brasil” é uma contradição. Se são secretas, então como você sabe disso? Ou você sabe de nada ou sabe o que todas as pessoas que veem mídia podem saber.