Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Frencisco Toucinho
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Mensagem por Frencisco Toucinho »

Os comunistas não devem muito aos nazistas em termos de destruição. Talvez os comunistas estejam em "vantagem" nesse aspecto.

Re: Citações

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

aronax escreveu:
Dom, 31 Maio 2020 - 15:53 pm
O fascismo não é de esquerda?????
“Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.”
- Benito Mussolini
Nacionalismo não é exclusivamente uma pauta de esquerda. Muito pelo contrário, boa parte dos direitistas, principalmente os reacionários, são nacionalistas.

Basicamente toda ditadura tem como pretexto o estado grande. O próprio regime militar brasileiro foi caracterizado por isso.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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JJ_JJ
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O novo velho continente e suas contradições: O fascismo ameaça a democracia na Europa


O que alimenta e une esses partidos é o ódio. Ó ódio aos estrangeiros, aos imigrantes, aos ciganos, aos negros, aos árabes e aos comunistas. Junte-se a isto o antissemitismo, o autoritarismo, a misoginia, a homofobia, a eurofobia e o total desprezo pela democracia. E está pronta a receita do atual nazifascismo. Ele está presente em quase todos os países da Europa


Por Celso Japiassu 18/08/2020 13:56


O conflito ideológico que sempre existiu e contrapõe os movimentos de esquerda aos da direita aprofunda-se, nos dias atuais. Uma extrema-direita agressiva e muitas vezes violenta emula na Europa o Klu-Klux-Kan americano ao lançar mão da prática da intimidação. O linchamento de negros, o fogo dos incêndios e a cruz em chamas tem sido a marca histórica do KKK, sigla pela qual se tornou lôbregamente conhecida aquela organização de supremacistas brancos, desde que surgiu no Tennessee, após a Guerra Civil, para reprimir os direitos dos ex-escravos recém libertados e a sua ascensão social. Foi a semente deletéria e tóxica do histórico racismo estadunidense que até hoje se faz presente.

Há poucos dias, no pacífico Portugal, um novo grupo de extrema direita, de rosto coberto ao estilo KKK, autodenominado “Nova Ordem de Avis - Resistência Nacional”, promoveu um desfile e concentrou-se diante da sede da SOS Racismo, organização que defende os direitos sociais de negros, ciganos e outras minorias geralmente desassistidas. Mamadou Ba, dirigente da entidade, afirmou que aquela "parada à Klu Klux Klan" foi um aviso que deve ser levado a sério. Nas últimas eleições legislativas, o partido neofascista Chega fez sua entrada na política portuguesa e conseguiu pela primeira vez eleger um representante ao Parlamento com 1,3% dos votos. Grupos de neonazistas têm ameaçado ativistas sociais e também políticos de esquerda, entre eles a brilhante e combativa deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua. Além das ameaças, exigem que eles abandonem a atividade política e deixem o território português.

Mariana Mortágua

No domingo 16 de agosto, a Frente Unitária Antifascista (FUA), promoveu no Porto e em Lisboa eventos de protesto contra aquelas ameaças. Uma faixa dizia “Fascismo nunca mais”, numa clara alusão aos anos do salazarismo dos quais o país libertou-se com a Revolução dos Cravos em 1974.

O jornalista Pedro Ivo Carvalho afirmou num artigo que o mito de que Portugal é uma ilha de resistência ao fenômeno da extrema-direita e dos seus ideários na Europa morreu.

Os antifas

Na Europa de hoje apenas três países não possuem representantes da extrema-direita em seus parlamentos: Malta, Irlanda e Luxemburgo. No resto do continente assiste-se a um constante crescimento dos partidos neofascistas. Eles, neofascistas ou neonazistas, deixaram de se exibir com as cabeças raspadas e a cruz gamada hitlerista tatuada nos braços. Vestem agora bem cortados ternos, cabelos penteados e com alguma elegância. É a aparência típica da direita tradicional com a qual procuram se confundir.


Da mesma forma como acontece no Brasil atual, o fascismo europeu ressuscitou a palavra antifa, contração de antifascista, para identificar e demonizar seus adversários que consideram seus inimigos. E colocam no mesmo patamar de ódio os antifas, os negros, os ciganos e os refugiados e imigrantes pobres.


O movimento antifascista – os Antifas (clique aqui) - tem sua origem na Alemanha da década dos anos 1930, liderado pelo Partido Comunista Alemão. Cresceu também nos Estados Unidos, no combate da esquerda aos movimentos pró-nazistas. Na Europa de hoje, os antifas combatem as mobilizações neonazistas e enfrentam os conflitos de rua. Agem contra as bandeiras dos movimentos de supremacia branca e suas manifestações e desfiles ao estilo do Reich de Adolf Hitler e do seu partido.

Os grupos antifas, que defendem e praticam a ação direta, não possuem organização formal e são bastante ativos nos Estados Unidos. Adotaram o lema “Nós vamos aonde eles vão” para as excursões que realizam com o objetivo de enfrentar as concentrações neonazistas que se espalham com cada vez maior frequência pelo país.

A ameaça em crescimento

A expansão da extrema direita na Europa mostra que o nazifascismo não foi um fenômeno típico do Século XX, quando triunfou na Itália, Alemanha, França, Espanha e Portugal e chegou muito perto do poder em outros países. As eleições europeias mais recentes apontam um forte crescimento dos partidos extremistas de direita. Algo que não acontecia desde os anos 1930. Em países como a França, a Inglaterra e a Dinamarca conseguiram chegar perto dos 30 por cento na preferência dos eleitores. Na França, a maior surpresa, pois a Frente Nacional avançou sobre o eleitorado da direita clássica e também da esquerda social liberal e ultrapassou todas as previsões, por mais pessimistas que tenham sido.


O que alimenta e une esses partidos é o ódio. Ó ódio aos estrangeiros, aos imigrantes, aos ciganos, aos negros, aos árabes e aos comunistas. Junte-se a isto o antissemitismo, o autoritarismo, a misoginia, a homofobia, a eurofobia e o total desprezo pela democracia. E está pronta a receita do nazifascismo. Ele está presente em quase todos os países da Europa e seus melhores representantes, entre outros, são o grego Aurora Dourada, o Jobbick, terceira maior força política da Hungria, Svoboda, da Ucrânia, FPÖ da Áustria, Vlaams Belang, da Bélgica, sem esquecer o Alternativa para a Alemanha (Alternative für Deutschland-AfD) e o francês Frente Nacional (Front Nationale), de Marine Le Pen.

Observadores e estudiosos que se ocupam da Europa não escondem os seus temores de que a crise anunciada do coronavírus venha a fortalecer os movimentos da extrema-direita europeia. Comparam com o clima que veio depois crise de 2008, quando o desemprego em massa e o aumento da imigração da África e do Oriente Médio, aliados às medidas de austeridade fiscal tomadas pelos governos, afetaram o padrão de vida das populações. Essa realidade provocou a insatisfação que ajudou a fortalecer as fileiras da direita e da extrema-direita. E poderá haver uma repetição.


https://www.cartamaior.com.br/?/Editori ... pa/4/48474

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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JJ_JJ
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EM QUE MEDIDA A RETÓRICA BOLSONARISTA PODE SER CONSIDERADA FASCISTA?


Em artigo, Murilo Cleto escreve que os liberais têm razão quando alegam que a esquerda passou a acusar todo mundo que discorda dela de fascista, mas esse atestado não faz com que o fascismo desapareça


Murilo Cleto*
25/10/2018 - 16:36 / Atualizado em 25/10/2018 - 16:37





Nos últimos anos, popularizou-se uma espécie de contra-ataque liberal a uma estratégia recorrente da esquerda brasileira. Ela, conscientemente ou não, consiste em classificar como “fascista” toda sorte de opositores que, sobretudo à direita, vai de Temer a Alckmin, passando por Samuel Pessôa e também Demétrio Magnoli.


Apesar de aparentemente eficiente no curto prazo, a estratégia acabou por esvaziar o sentido do termo. E não é por acaso que ela tem sido relacionada à célebre fábula do menino e o lobo. Segundo o conto, o menino, recém-encarregado de cuidar de um rebanho de ovelhas, resolveu gritar por socorro só para se divertir dos vizinhos que sabiam da iminência do ataque de um lobo e iam correndo para acudi-lo. Quando o lobo chegou mesmo, no entanto, ninguém mais deu a mínima para o menino, que teve de assistir, impotente, ao massacre dos pobres animais.

Com o acirramento da disputa eleitoral em 2018, bolsonaristas têm compartilhado sua visão sobre fascismo para descartar qualquer aproximação entre o conceito e o deputado presidenciável. As buscas por “fascismo” aumentaram dez vezes mais do que a média, desde que o Google passou a medi-las, em 2004, no domingo de 1º turno. Bolsonaro é um dos termos mais relacionados.

Mas, afinal, o que é o fascismo? E em que medida a retórica bolsonarista pode ser considerada fascista?

É verdadeira a alegação de que há muitas definições de fascismo – algumas amplas demais, como a de Foucault em Introdução a uma vida não-fascista, que mais serve como um manual para a vida cotidiana, e algumas específicas demais, como as que o trancafiam no museu – mas isso não significa que ele não possa ser conceituado. Pelo contrário: há inúmeros bons e equilibrados teóricos que ajudam a desvendar o que de fato esteve por trás da ascensão fascista na experiência histórica para identificá-la no presente.


De acordo com Michael Mann, por exemplo, “o fascismo é a tentativa de construção de um Estado-nação transcendente e expurgado por meio de paramilitarismo”. Para Robert Paxton, em Anatomia do fascismo, “é uma forma de comportamento político marcado por uma preocupação com o declínio, humilhação ou vitimização da comunidade e pelos cultos compensatórios de unidade, energia e pureza em que partidos de massas de nacionalistas militantes, trabalhando numa cooperação difícil mas efetiva com as elites tradicionais, abandonam as liberdades democráticas e buscam, através de uma violência redentora e, sem restrições éticas ou legais, a limpeza interna e a expansão externa”.

Em consonância com esses pressupostos, o historiador Eric Hobsbawm dividiu em três os movimentos que, à direita, derrubaram as democracias liberais no período entreguerras. O primeiro, dos reacionários anacrônicos, diz Hobsbawm, poderia proibir alguns partidos – sobretudo os comunistas –, mas não todos. “Não tinham qualquer programa ideológico particular, além do anticomunismo e dos preconceitos tradicionais de sua classe”, diz. São exemplos de líderes reacionários anacrônicos o almirante Horthy, na Hungria; o marechal Mannerheim, na Finlândia, o marechal Pilsudski, o rei Alexandre, na Iugoslávia; e o general Francisco Franco, na Espanha.

O segundo, dos estatistas orgânicos, era nostálgico da organização social fatalista da Idade Média e que serviria de espelho para rechaçar a ameaça do trabalhismo e do socialismo. Áustria, Portugal e em certa medida a Espanha vivenciaram experiências nesse sentido. Isso, claro, além das experiências clássicas de fascismo na Itália e na Alemanha. A grande diferença entre elas é o componente das multidões: Hitler e Mussolini, ao contrário de outros líderes proto ou mesmo fascistas, regozijavam-se com elas, que eram detestadas pelos reacionários tradicionais. Em todas essas experiências, a despeito de conflitos pontuais com o passar dos tempos, a Igreja atuou como potente fiadora.



Na prática, o que os movimentos fascistas representaram foi uma reação às transformações introduzidas pelo Iluminismo. A grande preocupação dos fascistas se deu com a preservação ou a recuperação dos valores tradicionais ameaçados pela emancipação liberal. Por exemplo, as mulheres fascistas deveriam ficar em casa e ter muitos filhos. E não por acaso os fascistas elegeram as artes modernistas, tidas como degeneradas, como grandes vilãs.

QUANDO DEVEMOS COMEÇAR A NOS ALARMAR?

Quem toda hora chama lagartixa de jacaré perde a credibilidade quando surge um crocodilo de verdade.
JAIR BOLSONARO, O PASSADO DO BRASIL ACIMA DE TUDO

"Talvez até se deseje mesmo, tanto nas ruas quanto nos grandes bancos dos milionários do Brasil, a ditadura medíocre e conservadora na qual sua eleição ameaça lançar o país para a duplicação do escândalo mundial moderno e contemporâneo sobre quem de fato somos" Foto: Agência O Globo

O RETORNO DE UM FANTASMA

Miguel de Unamuno, com barba, saindo da Universidade de Salamanca depois do enfrentamento com o general Millán-Astray, em 12 de outubro de 1936 Foto: EFE/EFEVISUAL


Apoiadores de Jair Bolsnaro em manifestação a seu favor na Avenida Paulista Foto: Nacho Doce / REUTERS


É a isso que Paxton se refere quando define o fascismo como “uma forma de comportamento político marcado por uma preocupação com o declínio, humilhação ou vitimização da comunidade”. E é justamente essa apropriação que o bolsonarismo faz para capitalizar em meio à crise. Que a história do “kit gay” tenha sobrevivido a tantos desmentidos e mesmo à determinação do TSE para que seja abolida da propaganda eleitoral, isso diz muito sobre o papel das pautas morais – mirando sempre para trás, nunca para frente – na construção do bolsonarismo enquanto alternativa política.

No episódio “Deus, antipetismo e Bolsonaro”, da série Eleitores, do BuzzFeed News Brasil, uma das entrevistadas diz que vota Bolsonaro “pela família, pela moralidade”, tal como o próprio candidato anuncia, e outra reforça: “Eu sou a favor da família. E o que eles querem, o PT quer implantar, eu não aceito. Não aceito mesmo”. A posição, bastante emblemática do eleitorado bolsonarista, ajuda a explicar a desvantagem abissal de Haddad nos núcleos evangélicos.


Há quem rejeite de antemão a classificação do bolsonarismo como fascista pelo simples fato de que Bolsonaro concorre, como qualquer outro democrata, em eleições livres. É verdade. Mas é verdade também, por outro lado, que com exceção do caso espanhol, o fascismo nunca chegou ao poder por meio de golpes de Estado. Embora tenha sido preso por tentar um golpe na Alemanha, Hitler e os nazistas disputaram normalmente as eleições e integraram o governo Hindenburg por insistência do próprio chanceler Franz von Papen. Na Itália, Mussolini foi premiado pela malfadada Marcha Para Roma com um convite do próprio rei Victor Emanuel III para o cargo de primeiro-ministro.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Denis Rosenfield, professor aposentado de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sustenta que Bolsonaro não é de extrema direita porque “respeita todas as regras eleitorais, prega a liberdade de expressão e defende a independência dos poderes”. Mas, primeiro, não foram poucas as ocasiões em que, mesmo recentemente, Bolsonaro questionou a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro e declarou não aceitar o resultado das urnas caso ele não seja favorável.


Tampouco parece digno de pouca preocupação o modo com que Bolsonaro se refere ao último regime ditatorial brasileiro, conhecido pela prisão, tortura, assassinato e ocultação de cadáveres de opositores, pela censura dos meios de comunicação e pela anulação ou destruição dos demais poderes da república. Hoje, sem o Estado na mão, multiplicam-se os casos de violência praticados por bolsonaristas – e que já incluem até assassinato – contra eleitores da esquerda e já se tornou expediente comum o assédio direcionado a jornalistas que publicam matérias na grande imprensa contra a reputação do capitão-candidato. Mesmo que não exista uma organização paramilitar como as que se vislumbram na Itália fascista, com os Camisas Negras, e a AS e a SS na Alemanha nazista, o culto à violência é uma constante na retórica bolsonarista e a ideia de armamento explora o íntimo do imaginário masculino.



No primeiro discurso após o 1º turno, Bolsonaro reafirmou seu compromisso “colocar um ponto final em todos os ativismos do Brasil”. Pouco depois, reforçou seu interesse em tipificar movimentos sociais como terroristas. Além de o próprio Jair Bolsonaro já ter declarado, há 20 anos, que fecharia o Congresso, seu vice, o general Mourão, declarou mais recentemente à GloboNews que cogitaria um “autogolpe” em hipótese de anarquia” e seu filho, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro, disse que para fechar o STF basta mandar um soldado e um cabo.


Há também aqueles que rejeitam ver Bolsonaro como um fascista porque o deputado historicamente estatista deu origem a um presidenciável de convicções ultraliberais, graças ao casamento – como ela gosta de referir – com Paulo Guedes. Mas esse pressuposto é também frágil. Primeiro porque essas convicções não são tão sólidas assim. Se fossem, Bolsonaro não as esconderia como tem feito. Até agora ninguém sabe o que essa agenda liberal de fato significaria. Bolsonaro está até agora dizendo que estuda privatizar algumas estatais, mas não diz quais e fica tudo por isso mesmo. Como não vai a debates e normalmente só aceita conversar com jornalistas simpáticos ou por meio de lives nas redes sociais, não precisa entregar muito também.


Mas isso também não importa muito, porque os liberais sempre foram grandes aliados de ocasião do fascismo porque viam nele a opção mais viável de aniquilação da ameaça comunista, que naquele período assombrava graças à Revolução Bolchevique na Rússia. Aconteceu na Itália. Aconteceu na Alemanha. Essa cooperação pode ser difícil, como ponderou Paxton, mas precisa existir. O fascismo só deixou o status de movimento para se tornar governo quando foi acolhido pelas elites política e econômica. Além do mais, embora antiliberal por natureza, o fascismo nunca foi anticapitalista, apesar da retórica. Siemens, Volkswagen, BMW e Hugo Boss são apenas alguns exemplos de empresas que se beneficiaram enormemente com a ascensão nazista na Alemanha.


Em sua coluna na Folha de S.Paulo, o filósofo Pablo Ortellado argumenta que Bolsonaro não é fascista porque não se vê no discurso do deputado o componente da xenofobia, tão comum entre fascistas. Mas não é preciso ir muito longe para recuperar tanto o posicionamento de Bolsonaro contra a lei de imigração no Brasil quanto a declaração de que os refugiados que estão chegando ao país são “a escória do mundo”. Para os que vêm da Venezuela, inclusive, Bolsonaro chega a propor um campo de refugiados. O objetivo é evidentemente evitar a distribuição desses imigrantes no território nacional, ainda que o volume deles não seja nem próximo de provocar qualquer boom demográfico. Se o bolsonarismo não é fundamentalmente racista, cabe lembrar que o fascismo italiano também não o era. Na Alemanha, aliás, o primeiro campo de concentração criado pelos nazistas, como bem frisou o historiador Bruno Frederico Müller numa aula virtual recente sobre o tema, o campo de Dachau, foi feito para prisioneiros políticos.


Além dos inimigos externos, os fascistas também são conhecidos pelo cultivo do ódio aos inimigos internos, estes muitas vezes mais importantes até do que os primeiros. Aqui no Brasil, esse inimigo passou a ser a esquerda, apontada como responsável tanto pelo processo de deterioração tanto do Estado e da economia como também e, sobretudo, dos costumes. Daí a ideia, amplamente disseminada, de “destruição da família”. É dessa vitimização que Paxton está falando. Ela é importante para fazer da esquerda mais do que uma adversária política, legítima e equivalente, mas um oponente a ser eliminado, como se a simples existência da esquerda colocasse em risco a existência das pessoas, como se diz, “de bem”.



“Vai haver uma limpeza como nunca houve antes nesse país. Vou varrer os vermelhos do Brasil. Ou vão embora ou vão para cadeia”, declarou Bolsonaro neste domingo pelo telão para uma multidão em seu favor na Avenida Paulista. E “eliminar” também é o verbo correto para descrever o que a retórica bolsonarista defende quanto aos criminosos, nela completamente à margem do que os valores iluministas garantiram, pelo menos em tese: presunção de inocência, inviolabilidade do corpo e defesa, por exemplo. Bolsonaro já defendeu a tortura em diversas ocasiões. Essa é a “limpeza interna, sem restrições éticas ou legais”, a que se refere Paxton e que Mann chama de “Estado-nação transcendente expurgado”.



Além da forte exploração de signos nacionais, o bolsonarismo também oferece um elemento que o aprofunda no fascismo se comparado com outras experiências na história. Enquanto o fascismo sempre rejeitou a intelectualidade, o professor Salazar em Portugal recusava se dobrar aos slogans de fácil memorização e, ainda, evitava aparições em público para cultos personalistas. Bolsonaro não por acaso virou “mito” no Brasil, uma espécie de super-homem capaz de, por meio única e exclusivamente dos atributos pessoais, resolver os conflitos – inexistentes, mas, segundo a retórica bolsonarista, plantados pela esquerda – no país, devolvendo-o para um passado ideal. Como confessou recentemente, a utopia bolsonarista é fazer com que o Brasil retorne ao que era há 40 ou 50 anos.


Como se não bastasse, o bolsonarismo também se fortalece como ideia de Estado-nação à medida que ameaça o espaço de minorias no país. Já era 2018 quando o então pré-candidato à presidência declarou que, se assumisse, índio não teria mais um centímetro de terra. As declarações sobre quilombolas também já repercutiram o suficiente. Ainda sobre as minorias, incluindo aí núcleos não necessariamente organizados, cabe lembrar uma das falas mais eloquentes de Bolsonaro: “Não existe essa historinha de estado laico, não. É Estado cristão! Vamos fazer o Brasil para as maiorias. As minorias têm que se curvar às maiorias. As minorias se adequem ou simplesmente desapareçam”.



Talvez não fosse necessário dizer, mas é evidente que entre os mais de 60 milhões de eleitores uma parcela muito pouco significativa dele deve partilhar de todos esses mesmos ideais. A grande maioria, aliás, parece não levar a sério a retórica antidemocrática. Tanto que costuma repetir, talvez com certa inocência, que, se não gostar, tira o novo presidente de lá como fez com Dilma.

E também não seria preciso dizer que nada garante que um governo Bolsonaro será, de fato, um governo autoritário e, mais ainda, fascista. Há quem legitimamente acredite que as instituições serão capazes de contê-lo. Por outro lado, os sinais de autoritarismo fascista são tantos que, como li por aí, se não o for os eleitores terão todo direito de acusá-lo de estelionato eleitoral.

* Murilo Cleto é historiador, especialista em história cultural e mestre em ciências humanas. Atua como palestrante freelancer do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e assessor pedagógico da editora Positivo.



https://epoca.globo.com/em-que-medida-r ... a-23184567

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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JJ_JJ
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Ódio, Mentiras e defesa do Nazismo. Por dentro dos grupos pró-Bolsonaro no WhatsApp


17/02/200


Vinicius Segalla – Entre os milhares de grupos de conversa de WhatsApp mantidos por simpatizantes e políticos de direita, em que se espalham notícias falsas e mensagens de ódio desde antes das Eleições de 2018, um novo perfil de fórum de debates tem surgido, de cunho ainda mais radical, assumidamente defensor de teorias e políticas nazi-fascistas.

Eu, Vinícius Segalla, jornalista, ao longo dos últimos seis meses, tenho participado de dezenas desses grupos. No início de agosto do ano passado, obtive convites para entrar em três grupos de discussão de WhatsApp. Eram eles: “Mito 2022”, “Apoiadores de Bolsonaro” e “Brasileiros Conservadores”. A partir daí, utilizando meu telefone celular pessoal e sem jamais esconder minha foto ou meu nome, passei a integrar cada vez mais grupos, sempre por meio de convites que surgiam dentro dos próprios grupos.

Assim, atualmente, pelo menos até a publicação desta reportagem, participo de 49 grupos de WhatsApp de direita. Entre eles, estão “Michelle Bolsonaro”, “Agora é 38“, “Viva Sergio Moro!“, “Militantes Bolsonaristas“, “Aliança Brasil 7“, “Ustra Vive 7“, e “Aliança Patriota“.

Algumas características de forma e conteúdo são comuns a todos os grupos de direita de que faço parte:

Apoio incondicional ao presidente Jair Bolsonaro e às políticas implementadas por seu governo

Intensa proliferação de notícias falsas e mensagens de ódio contra adversários políticos de Jair Bolsonaro e seu governo

Apoio incondicional à pessoa e às ideias do escritor Olavo de Carvalho

Proibição de divulgação de links e notícias produzidas por veículos de comunicação da imprensa tradicional brasileira, tratada genericamente como “Extrema-Imprensa”, “Mídia Esquerdopata” ou nomes semelhantes. Apenas são aceitos links e notícias produzidas por veículos alinhados ao governo Bolsonaro, como “Terça Livre”, Jornal da Cidade” ou “Presidentebolsonaro.com”.

Expulsão sumária daqueles que desrespeitam as regras acima

Circulam pelos grupos com frequência listas de nomes e números de telefones que já foram expulsos de um ou mais fórum de debates, identificados como “sabotadores, infiltrados da Esquerda e defensores da corrupção”. Também não se permite a defesa de ex-membros do governo ou ex-simpatizantes de Bolsonaro, como Alexandre Frota, Gustavo Bebiano, Joice Hasselmann e Nando Moura.


Interessante notar que o youtuber conservador Nando Moura ainda mantém centenas de milhares de seguidores em suas redes, mas foi definitivamente banido dos grupos de Whatsapp, o que evidencia o alinhamento completo desses grupos com o governo, e não simplesmente com o pensamento de direita ou conservador. De fato, são grupos bolsonaristas, e não de direita ou conservadores, como mostra a descrição abaixo, do grupo “Brasileiros Conservadores” apenas um exemplo entre todos de que participo.


Descrição do grupo deixa claro seu alinhamento inegociável com Jair Bolsonaro

São incentivadas e compartilhadas críticas e ataques a todos os órgãos de imprensa que publiquem qualquer reportagem considerada demeritória a Bolsonaro, seu governo e apoiadores. Tais veículos, não importando sua linha editorial, ganham apelidos que – via de regra – remetem ao comunismo ou ao pensamento de Esquerda. Assim, a Rede Globo se tornou Red (Vermelha) Globo, o Estadão virou Esquerdão, a Folha de S.Paulo foi batizada de Foice de S.Paulo, o site Antagonista passou a ser Antagobosta, o site de buscas Google se tornou Goolag. A rádio Jovem Pan é o veículo que mais recentemente caiu em desgraça dentro dos grupos.


Abaixo, alguns exemplos de críticas aos meios de comunicação tradicionais.


O termo “comuno-nazi-fascista” é utilizado com frequência para identificar aqueles que criticam Jair Bolsonaro ou seu governo. No caso acima, serve para criticar a Rádio Jovem Pan e o STF

Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rede Globo: alguns dos alvos favoritos dos ataques nos grupos bolsonaristas

Nem mesmo o site de extrema-direita “O Antagonista” passa livre da ira dos grupos bolsonaristas de WhatsApp
É de se destacar também a disseminação sistemática de notícias falsas. Todos os grupos reproduzem e compartilham notícias falsas diariamente. Via de regra, tratam sobre políticos e partido de esquerda, órgãos de imprensa, cortes do poder Judiciário e críticos do governo Bolsonaro.

São basicamente três as fontes de notícias falsas:

1 – Mensagens sem identificação do autor ou de autores desconhecidos. Este tipo de notícia falsa sequer tenta se passar por uma reportagem de um veículo de imprensa. São mensagens apócrifas ou de autoria de pessoas desconhecidas do público, que circulam de grupo em grupo, sempre tomadas como verdade por aqueles que as comentam.

A primeira imagem abaixo, que é uma reprodução de uma postagem de Instagran, que identifiquei circulando em 13 grupos, dá conta de que João de Deus e Roger Abdelmassih seriam libertados em virtude da revogação da antecipação de pena após a condenação em segunda instância. Em outra, há a notícia falsa de que o ministro do STF Gilmar Mendes foi quem ordenou a expulsão do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) de todas as redes sociais (o nome do grupo em que a imagem foi capturada é “Anti-Feminismo“).

No terceiro exemplo, uma auxiliar de serviços gerais de Porto Alegre é identificada falsamente como sendo vice-diretora do PT. Finalmente, no quarto exemplo, é utilizado um vídeo de Luiz Inácio Lula da Silva em que o ex-presidente faz um agradecimento a um funcionário do Instituto Lula de nome Marcola, mas que nos grupos de WhatsApp monitorados passou a ser identificado como sendo Marcola, chefe do PCC.




2 – Vídeos do Youtube. São links para vídeos de youtubers de direita ou para montagens em estilo de reportagem, com fotos e áudio de narradores ao fundo, com toda a sorte de mentiras.


O PSL, ex-partido de Jair Bolsonaro e atual sigla de seus filhos Flávio e Eduardo, também é alvo de notícias falsas

Em vídeo com notícia falsa que circulou nos grupos bolsonaristas, partidos de esquerda são acusados de recrutar crianças para uma guerra civil


Na fake news bolsonarista, Lula foi vaiado por membros do PT, que teriam aplaudido Bolsonaro

3 – Notícias falsas da “imprensa independente”. São links para sites que se dizem jornalísticos, mas que são, na realidade, a principal fonte das fakes news que circulam nos grupos. Identificar quem são os proprietários desses domínios e os reais produtores de seu conteúdo seria de grande valia para entender como se orquestra o sistema de disseminação de mentiras pelas redes da direita bolsonarista.

Tal tarefa, porém, dependeria de ordens judiciais dentro e fora do Brasil, já que a maioria é registrada em outros países, e as informações que se pode obter por meio de páginas públicas sobre seus proprietários não são capazes de mostrar a real identidade de seus donos. Veja, abaixo, alguns exemplos.


Em uma das centenas de notícias falsas publicadas pelo site presidentebolsonaro.com, Luciano Huck teria convidado Lula para ir ao programa “Caldeirão do Huck”

Em outro caso emblemático, o site presidentebolsonaro.com publicou a notícia falsa de que uma filha do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel teria acusado Lula de ter sido o mandante do assassinato de seu pai. (https://presidentebolsonaro.com/video-f ... o-seu-pai/). Na verdade, nenhuma filha de Celso Daniel jamais disse algo sequer parecido com isso. Para criar a fake news, o site faz uso de um vídeo de 2018, em que uma senadora do PSDB (Mara Gabrilli) faz críticas a Lula, mas não afirma ser ele o mandante da morte do ex-prefeito.

A publicação inverídica circulou amplamente nos grupos de Whatsapp, levando a mais uma onda de ódio contra o ex-presidente.




O pitoresco site “Templário de Maria” é outra das fontes de fake news dos grupos bolsonaristas

A Defesa do Nazi-Fascismo

Todo o conteúdo desta reportagem faz parte de um levantamento jornalístico que venho fazendo há seis meses. Minha ideia não era publicar essas informações agora. Meu objetivo era reunir mais fatos de relevância jornalística a respeito de tais grupos antes da publicação, já que deverei ser expulso de todos eles assim que esta reportagem for divulgada.

Fato é que os grupos que acompanho vêm sendo já utilizados com fins eleitorais para o pleito municipal deste ano. Era minha intenção mostrar como essa rede de fóruns de direita estaria novamente a serviço dos candidatos da direita, fazendo uso de campanhas de ataques orquestrados e muitas notícias falsas.

O que me fez mudar de ideia começou a ocorrer há cerca de um mês e ultrapassa a esfera eleitoral, ocupando o campo sob tutela do Direito Penal. É que, há 30 dias, de grupo em grupo, de convite em convite, acabei por me deparar com uma rede de grupos de WhatsApp assumidamente defensora do Nazismo. São grupos onde se afirma que o Holocausto jamais existiu.

São grupos onde se ofendem pessoas por serem negras ou judias. São grupos onde se defende abertamente a figura de Adolf Hitler e o Nacional Socialismo alemão. São grupos pelo meio dos quais são marcados encontros e reuniões que se dizem apoiadoras do nazi-fascismo.

A Lei penal 7.716/89 descreve, em seu artigo 20:

“Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena – Reclusão de um a três anos e multa.

§1º – Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa.

Assim, diante do cometimento de crimes ao vivo e sob o meu olhar, achei melhor tornar tudo público o quanto antes. O DCM compartilha do meu entendimento.

Sem mais delongas, seguem as imagens abaixo. Estou à disposição das autoridades policiais para auxiliar em toda e qualquer investigação.


https://controversia.com.br/2020/02/17/ ... -whatsapp/

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Tutu
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Não vejo sentido nesse papo de coletivismo é de esquerda e individualismo direita. Para mim é o contrário.
Direito a usar drogas e direito ao casamento gay são coisas individualistas. No lado coletivista, as diferenças individuais são pouco toleradas e tem nacionalismo e xenofobia. O uso dos símbolos do país ou "em nome de Deus" para criar uma união e pensamento uniforme é coletivismo.

Se for no campo psicológico perceberá que esquerdistas aceitam melhor quem é "diferente" de alguma forma. Claro que o identitarismo é um coletivismo, mas estou falando de coisas como feiura, voz estranha, roupa ruim e hobbies bizarros, pois o direitista terá uma predisposição menor em fazer amizade.


A China e a União Soviética são extremamente parecidas com os fascistas. Podemos pôr no mesmo pacote. Essa é a teoria da ferradura. O conservadorismo britânico e o esquerdismo brasileiro são muito mais próximos entre si do com a China e os soviéticos. A ditadura militar também faz parte do grupo da China e do fascismo.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Sex, 11 Setembro 2020 - 22:55 pm
Não vejo sentido nesse papo de coletivismo é de esquerda e individualismo direita. Para mim é o contrário.
Direito a usar drogas e direito ao casamento gay são coisas individualistas. No lado coletivista, as diferenças individuais são pouco toleradas e tem nacionalismo e xenofobia. O uso dos símbolos do país ou "em nome de Deus" para criar uma união e pensamento uniforme é coletivismo.

Se for no campo psicológico perceberá que esquerdistas aceitam melhor quem é "diferente" de alguma forma. Claro que o identitarismo é um coletivismo, mas estou falando de coisas como feiura, voz estranha, roupa ruim e hobbies bizarros, pois o direitista terá uma predisposição menor em fazer amizade.

A China e a União Soviética são extremamente parecidas com os fascistas. Podemos pôr no mesmo pacote. Essa é a teoria da ferradura. O conservadorismo britânico e o esquerdismo brasileiro são muito mais próximos entre si do com a China e os soviéticos. A ditadura militar também faz parte do grupo da China e do fascismo.
O comunismo e o socialismo aceitam e promovem a divisão da sociedade em facções antagônicas para enfraquecê-la.
É por isso que parecem apoiar drogas, homossexuais etc.
Acontece que, quando assumem o poder, passam a combater tudo isso e se tornam extremamente moralistas e coletivistas.

Re: Imagens Políticas e Sociais

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Tenho dificuldades de entender o conceito de "comunismo" na cabeça dos bolsomínions, mas usando as próprias definições deles, concluo que o maior comunista do Brasil se chama Jair Bolsonaro.
  • O nazismo praticava eugenia. Bozo queria fazer uma seleção natural usando o coronavírus.
  • O PT aparelhou a máquina pública para roubar, comprar votos com bolsa família e imprimir dinheiro. Bozo e sua família sempre mamou nas tetas do estado, briga com as instituições democráticas, aparelha o estado para ajudar a turma BBB e proteger seus filhos vagabundos. Agora tem nota de 200.
  • Maduro briga com a imprensa, usa fake news e teoria da conspiração de inimigo imaginário e aparelhou o supremo tribunal. Bozo só não censura a imprensa e não aparelha o supremo porque ainda é ilegal, mas fez um gado odiar a imprensa. Maduro diz "imperialistas" ou "americanos", Bozo diz "comunistas" e "petistas". Maduro diz que empresários escondem comida no supermercado, Bozo diz que ongs colocam fogo na Amazônia.
  • O Partido Comunista da China odeia a diversidade de pensamento e cultura. Separatismo é crime, minorias étnicas e regionais são obrigadas a se adequar às regras de Pequim e não podem ter identidade cultural. Bozo faz o mesmo com povos indígenas. O discurso "odeio o termo povos indígenas, só é povo brasileiro" de considerar um país gigantesco e tão diverso como homogêneo é o mesmo coletivismo praticado na China.
aronax escreveu:
Dom, 31 Maio 2020 - 15:53 pm
“Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.”
- Benito Mussolini
Se a diferença entre esquerda e direita é o tamanho do estado, então os anarquistas são extrema-direita.
aronax escreveu:
Seg, 01 Junho 2020 - 14:45 pm
Imagem
Isso é besteirol Bolso-olavista.

Nessa lista só o nazismo é assassino porque a própria ideologia inclui holocausto e guerra. A ideologia comunista é contra coisas como holodomur e o imperialismo. O imperialismo soviético é apenas o antigo império russo com roupa nova e continua ainda hoje. A ideologia comunista respeita as diferenças culturais, mas desde Mao até hoje, a diversidade cultural na China nunca foi respeitada.

Fascismo, Comunismo e Capitalismo são apenas ideologias e não são assassinas. O que são assassinos são as ditaduras criadas para implementar essas ideologias à força.

As guerras mundiais, o colonialismo e o imperialismo são culpa do capitalismo? Não. A causa de tudo isso é a mesma de qualquer guerra e invasão. Por toda história, o ser humano sempre brigou por poder (dominação) e recursos naturais e humanos (territórios) independente de sistema sociopolítico-econômico. Povos indígenas e gregos antigos fizeram o mesmo. Guerras religiosas tem esses motivos por trás e a religião é só pretexto para unir as massas. A única coisa que o capitalismo fez foi quantificar todos os recursos em dinheiro.

Mandarim não era a língua mais falada do mundo, o governo apenas considerou as trocentas línguas locais como dialetos de mandarim e que o "certo" é dialeto de Pequim. O sistema de escrita por ideogramas oculta as diferenças. Ainda hoje é comum ter legendas na TV para ajudar chineses com dificuldade para ouvir mandarim.
Fernando Silva escreveu:
Sáb, 12 Setembro 2020 - 09:58 am
O comunismo e o socialismo aceitam e promovem a divisão da sociedade em facções antagônicas para enfraquecê-la.
Comunismo tem nada a ver com a esquerda americana, a qual a brasileira copiou recentemente, do século 21. Embora o identitarismo exista exatamente para dividir e manipular categorias, esse identitarismo de politicamente correto surgiu só recentemente. Eles pegaram o conceito de consciência de classe do comunismo e perverteram para o identitarismo.

Entretanto, o uso de técnicas de juntar categorias, inventar inimigos imaginários e usar ideologias é algo usado como ferramenta de manipulação por toda história desde o surgimento do homo sapiens. A direita usa o pretexto de cristianismo para juntar categorias.
Fernando Silva escreveu:
Sáb, 12 Setembro 2020 - 09:58 am
É por isso que parecem apoiar drogas, homossexuais etc.
A esquerda não apoia drogas. Existem aqueles mais sábios que descobriram que guerra às drogas não funciona e aqueles do individualismo que permitem drogas por causa de pensamentos como "meu corpo minhas regras" ou "não existe crime sem vítimas".

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Trump é supremacista?

Por Guga Chacra 01/10/2020

Em um momento deplorável, Trump demonstrou ser incapaz de condenar verbalmente supremacistas brancos quando questionado pelo moderador Chris Wallace, da Fox News. Sequer o republicano pode argumentar não ter entendido a pergunta. O jornalista responsável pela moderação insistiu e demandou claramente, mais de uma vez, uma resposta sobre se o presidente americano condenava os supremacistas brancos. Até mesmo senadores republicanos criticaram a postura do candidato de seu partido.

Pior do que não ter respondido que condenava, Trump ainda saudou os Proud Boys, uma organização supremacista branca. É algo inacreditável. Nas redes sociais, estes supremacistas brancos, com histórico de violência, celebraram como uma vitória a declaração do presidente dos EUA e ainda adotaram como logo a frase “stand back and stand by”, dita pelo republicano a Wallace, como seu novo lema.

Era um debate assistido por dezenas de milhões de pessoas nos EUA e centenas de milhões ao redor do mundo. O presidente americano simplesmente se solidarizava com supremacistas brancos diante de famílias, incluindo possivelmente crianças e adolescentes, muitas delas de minorias raciais. A falta de empatia do atual ocupante da Casa Branca chega a ser doentia.

Trump é racista. Quem conhece a história dele sabe dos múltiplos exemplos de racismo contra negros, além de preconceito contra latino-americanos, asiáticos e também muçulmanos — a não ser os ricos, como o ditador da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. Mas o que chamou a atenção foi o presidente ter ido além do racismo, ao celebrar supremacistas brancos, considerados uma das maiores ameaças aos EUA pelo FBI. Isto é, além de racista, Trump já começa a ser classificado como supremacista por muitos americanos.

O presidente não tem vergonha de associar seu nome a esta ideologia que já levou a atentados terroristas antissemitas, como em Pittsburgh, islamofóbicos na Nova Zelândia e Canadá, e racistas como em Charleston, na Carolina do Sul. Sem falar em Charlottesville, na Virgínia. Na época, Trump disse haver “pessoas boas” em meio a manifestantes supremacistas brancos que entoavam gritos contra judeus e negros.
https://blogs.oglobo.globo.com/guga-cha ... cista.html

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Assustador. E tais movimentos crescem se se espalham nas forças armadas alemãs e americanas.

A história do extremista alemão que fingiu ser um refugiado para cometer atentados


Investigações sobre Franco A., um promissor tenente do Exército, levaram as autoridades a um labirinto de redes extremistas infiltradas em todos os níveis dos serviços de segurança


Katrin Bennhold, do New York Times
29/12/2020 - 14:54 / Atualizado em 29/12/2020 - 22:41

OFFENBACH, Alemanha — No auge da crise migratória europeia, um homem de barba, moletom, alguns trocados no bolso e um celular antigo se apresentou em uma delegacia como refugiado sírio. Em inglês básico, disse que cruzou meio continente a pé e que perdeu seus documentos no caminho. Ele, que disse se chamar David Benjamin, foi fotografado, teve as digitais colhidas e, pelo ano seguinte, recebeu abrigo e se qualificou para receber benefícios mensais.

Benjamin, na realidade, era tenente do Exército alemão. Ele escureceu o rosto e as mãos com a maquiagem de sua mãe e pintou sua barba com esmalte. Ao invés de cruzar a Europa, caminhou apenas 10 minutos da casa onde cresceu até a delegacia em Offenbach, no lado ocidental da Alemanha.

O plano do homem, dizem os promotores, era parte de um complô de extrema direita para cometer assassinatos que seriam atribuídos a seu alter ego refugiado e desencadeariam uma agitação civil suficiente para derrubar a República Federal da Alemanha.

Franco A., como o nome do militar consta em documentos judiciais que seguem as leis de privacidade alemãs, nega as acusações, afirmando que buscava expor falhas no sistema de asilo. Sua elaborada vida dupla, no entanto, durou 16 meses e só chegou ao fim após a polícia capturá-lo tentando pegar uma arma que havia escondido em um banheiro do aeroporto de Viena.

— Foi um momento bem chocante — disse Aydan Ozoguz, parlamentar que atuava como comissário para refugiados e integração à época. — O sistema de asilo deveria identificar trapaceadores, sem dúvida. A história maior, no entanto, é: como uma pessoa dessas pode ser soldado na Alemanha?

Duas Alemanhas
A prisão de Franco A., em abril de 2017, assustou o país. Desde então, o caso foi esquecido, mas deve voltar aos holofotes quando o julgamento começar, no início do ano que vem. A Alemanha irá a julgamento junto, não apenas pela falha administrativa que permitiu que um militar que não fala árabe fingisse por tanto tempo ser refugiado, mas por sua complacência na luta contra o radicalismo da extrema direita.

O caso de Franco A. gerou uma ampla investigação que levou as autoridades alemãs a um labirinto de redes extremistas subterrâneas em todos os níveis dos serviços de segurança — ameaça que, reconheceram apenas neste ano, era muito mais extensa do que jamais imaginaram.

Um grupo, comandado por um ex-soldado e franco-atirador da polícia no Norte da Alemanha, acumulava armas, tinha listas de inimigos e encomendou sacos para cadáveres. Outro, liderado por um soldado das forças especiais de codinome Hannibal, pôs os holofotes sobre o KSK, a força de elite da Alemanha. Neste verão, depois que explosivos e objetos da SS foram encontrados na propriedade de um sargento, uma unidade inteira do KSK foi desmantelada.

A história da vida dupla e a evolução de Franco A. — dos superiores que o viam como um soldado promissor ao que os promotores descrevem como um suposto terrorista — é em muitos aspectos a história das duas Alemanhas de hoje.

Uma nasceu da derrota na Segunda Guerra Mundial e foi criada por um consenso progressista que, durante décadas, rejeitou o nacionalismo e educou seus cidadãos. À medida que o tempo de guerra fica para trás, esta Alemanha dá lugar a uma nação mais instável e uma extrema direita há muito adormecida se opõe a uma sociedade diversificada. O consenso da Alemanha no pós-guerra oscila na balança.

Anti-imigração
Quando conheci Franco A., há mais de um ano em Berlim, ele parecia confiante, pois um tribunal de Frankfurt havia rejeitado processá-lo por terrorismo alegando falta de provas. Meses depois, contudo, a Suprema Corte restaurou a ação, após a Promotoria entrar com um recurso. Se condenado, ele enfrentará até 10 anos de prisão.

Mesmo com seu julgamento pendente, ele concordou em conceder entrevistas na casa onde cresceu e ainda mora. Em uma ocasião, nos guiou por uma escada até a porta de metal de seu porão, onde guardava munições e uma cópia do Mein Kampf (Minha Luta), livro de Adolf Hitler, antes de serem confiscados pela polícia.

Franco A. nega ser parte de uma conspiração terrorista, afirmando que se passou por refugiado para expor a decisão da chanceler Angela Merkel de permitir a entrada de mais de 1 milhão de solicitantes de asilo na Alemanha. O sistema, a seu ver, ficou tão sobrecarregado que qualquer um poderia entrar.

Mais do que qualquer coisa, Franco A. insistia em que estava na realidade defendendo a Constituição, e não violando-a. Ele nunca planejou fazer nada violento — e não o fez.

— Se eu quisesse, por que não teria feito? — disse ele.

Risco à ordem
Os procuradores não quiseram falar com a reportagem, mas suas acusações apontam para a arma carregada que Franco A. havia escondido no aeroporto de Viena, para um rifle que mantinha ilegalmente e para uma ida à garagem de um dos supostos alvos. Há ainda uma série de mensagens de voz e diários que ele manteve ao longo dos anos.

Neles, tece elogios a Hitler, questiona a expiação alemã da culpa pelo Holocausto, se deleita em teorias da conspiração, argumenta que a imigração destruiu a pureza étnica, saúda o presidente russo, Vladimir Putin, como um exemplo, e defende a destruição do Estado. Franco A., hoje com 31 anos, argumenta que estes são pensamentos privados e que não pode ser processado por eles.

As visões mais extremas são compartilhadas por neonazistas e populares nos círculos de extrema direita. Suas queixas básicas sobre imigração e identidade nacional, entretanto, tornaram-se cada vez mais difundidas hoje.

A desconfiança no governo, as mensagens de extrema direita e as teorias da conspiração adentraram não só os serviços de segurança, mas também frequentam o Parlamento alemão, onde a oposição é liderada pelo Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita.

Até este ano, as autoridades alemãs fecharam os olhos para o problema. Os superiores de Franco A., por exemplo, o promoveram mesmo depois que ele detalhou seus pontos de vista em uma tese de mestrado, se se tornou membro de redes extremistas com dezenas de soldados e policiais e falou publicamente pelo menos uma vez em um evento de extrema direita que estava no radar dos serviços de segurança.

Aeroporto de Viena
A gota d’água, no entanto, foi o incidente na Áustria, após um zelador achar a arma carregada com seis balas em um banheiro desativado no aeroporto de Viena. Produzida na França entre 1928 e 1944, a pistola era um dos modelos favoritos dos nazistas durante a ocupação da França. Para descobrir quem a havia escondido, a polícia criou uma armadilha eletrônica e, duas semanas depois, em 3 de fevereiro de 2017, deteve Franco A.

A história que contou à polícia austríaca era tão implausível que hesitou a recontá-la, mas acabou o fazendo: achou a arma em um arbusto, enquanto urinava. Em seguida, a guardou no bolso de seu casaco, lembrando apenas quando estava no aeroporto. Para não perder seu voo, decidiu escondê-la e, semanas depois, achou melhor entregá-la aos policiais.

— Eu me sinto tão ridículo contando isso — disse ele. — Eu sei que ninguém acredita.

Franco A. foi solto na mesma noite, mas os policiais confiscaram seu telefone e um pen drive que encontraram em sua mochila. Eles pegaram suas impressões digitais e as enviaram à polícia alemã para verificação. A informação que voltou semanas depois assustou os policiais.

Seu documento dizia que ele era um oficial alemão baseado na brigada franco-alemã em Illkirch, perto de Estrasburgo. Suas impressões digitais, contudo, pertenciam a um imigrante registrado perto de Munique. Isto alarmou os investigadores, que questionavam se a arma estava ali para que um ataque fosse realizado posteriormente.

Ele foi preso na noite de um baile anual organizado pelo Partido da Liberdade, legenda austríaca de extrema direita. Como o evento costuma atrair contramanifestantes, uma teoria é que Franco A. planejava atirar em alguém naquela noite fingindo ser um militante de esquerda.

Quando as autoridades alemãs assumiram a investigação, encontraram dois documentos em seu pen drive: o “Manual de Explosivos Mujahedeen” e “Resistência Total”, um guia da Guerra Fria para a guerrilha urbana. O celular os guiou para uma rede de grupos no Telegram com dezenas de militares, policiais e civis se preparando para o colapso da ordem social no que chamavam de “Dia D”.

Ele foi preso novamente em 26 de abril de 2017, durante um treinamento militar. Franco A. foi levado por dez policiais federais, enquanto outros 90 realizavam buscas simultâneas na Alemanha, na Áustria e na França. Foram confiscados mais mil cartuchos de munição, notas e diários que mostram um homem com visões radicais desde a adolescência.

Histórico radical
Franco A. se juntou ao Exército com 19 anos, em 2008, em meio à pior crise financeira desde 1929. Rapidamente, foi escolhido para ser um dos poucos cadetes alemães a cursar a prestigiosa academia militar Saint-Cyr, na França, fundada por Napoleão. Seus cinco anos no exterior incluíram semestres na Sciences Po, em Paris, e no King’s College, no Reino Unido, além de Sandhurst, uma das principais escolas de treinamento do Exército britânico.

Em 2013, formou-se mestre com um trabalho intitulado “Mudanças Políticas e a Estratégia da Subversão”. Em 169 páginas, Franco A. argumentou que a causa da queda de grandes civilizações sempre foi a imigração e a diluição da pureza racial provocada por minorias subversivas.

A Europa e o Ocidente seriam os próximos na linha se não se defendessem, disse ele, argumentando que sociedades com diversidade étnica são instáveis e nações que permitem a imigração cometem uma forma de “genocídio”. Em suas conclusões, afirma que o Antigo Testamento foi a base de toda subversão, um projeto para os judeus ganharem domínio global. Pode ser, ele escreveu, “a maior conspiração da História da humanidade”.

O comandante francês da academia militar ficou horrorizado e imediatamente reportou Franco A. a seus superiores alemães. À época, segundo a imprensa alemã, o comandante disse que se o homem fosse francês, teria sido removido do programa.

O Exército alemão contratou um historiador, Jörg Echternkamp, para avaliar a tese. Em apenas três dias, concluiu que havia um “apelo nacionalista radical, racista”, combinado com uma “insegurança diante da globalização”. Isto, ele afirmou, tornava o trabalho socialmente mais aceitável e, consequentemente, “perigoso”.

Mas Franco A. não foi afastado do serviço ou denunciado à agência de contraespionagem militar da Alemanha. Quando voltou à Alemanha no final de 2014, foi como se nada tivesse acontecido. Seu superior em Dresden o descreveu como um soldado alemão modelo — "um cidadão uniformizado".

Redes de extrema direita
Durante nossas entrevistas, ele se apresentou como um pensador crítico e amante da paz que se tornou vítima de uma atmosfera política em que a dissonância era punida. Os documentos confiscados e conversas com investigadores retratam outro cenário.

Após voltar da França, ele se aproximou de soldados com pensamentos similares, como o homem de codinome Hannibal, que servia nas forças de elite. Hannibal apresentou Franco A. a uma rede nacional de bate-papo online com dezenas de soldados e policiais preocupados com a imigração e que se preparavam para o colapso da ordem social no país.

Franco A., por si só, começou a armazenar comida e outros equipamentos em seu porão e a comprar armas e munições ilegalmente, segundo os promotores. Isto coincidiu com a invasão russa da Ucrânia e com uma nova leva de atentados terroristas islâmicos na Europa.

Em agosto, Merkel recebeu centenas de milhares de refugiados vindos majoritariamente de países como Iraque, Síria e Afeganistão. A ameaça de uma guerra ou rebelião civil, disse Franco A., parecia real.

Foi neste ponto, afirmam os promotores, que ele começou a contemplar a violência. Para isso, no entanto, seria necessário um evento catalisador para atrair pessoas — razão que os investigadores citam como o início das buscas por possíveis alvos.

Disfarce de refugiado
Franco A. nega que isso seja verdade, mas no recesso de Natal de 2015, 10 dias após assumir seu primeiro posto na brigada franco-alemã perto de Estrasburgo, ele fingiu ser o refugiado David Benjamin. Com o tempo, criou todo um histórico familiar: fluente em francês devido ao seu treinamento militar na França, disse que era um cristão sírio de ascendência francesa. Afirmou que estudou em uma escola secundária francesa e, depois, trabalhou como vendedor de frutas em Tel al-Hassel, um vilarejo perto de Alepo.

— Tentei estar preparado o melhor que pude — lembra Franco A. — No final, não foi necessário.

Ele disse que sua história nunca foi questionada pelas autoridades alemãs, sobrecarregadas à época. Dois dias depois de aparecer na delegacia, ele se registrou como solicitante de asilo e foi levado de ônibus para uma série de abrigos temporários. Eventualmente, foi alocado em uma pequena residência em Baustarrig, um vilarejo na Bavária a 400 km de sua base militar.

Franco A. filmou vários vídeos de seus abrigos com a câmera de seu celular. Ele estava claramente desconfiado do quão necessitados os solicitantes de asilo eram. Muitos dos sírios, em particular, levavam confortáveis vidas de classe média antes da guerra destruir suas cidades. Para o alemão, no entanto, pareciam "mais turistas" que refugiados, com seus celulares modernos.

O sistema era excessivamente generoso e indulgente, ele afirmou. Mesmo quando recusou ofertas de emprego, continuou a receber sua ajuda mensal. Ele aparecia no abrigo talvez uma vez por mês e perdeu duas reuniões seguidas.

Em paralelo à vida de refugiado, sua reputação nos círculos de extrema direita crescia, participando de reuniões e debates. Em um deles, organizado por uma editora que nega a existência do Holocausto, foi convidado a falar. O tópico da noite era: “conservadores alemães — uma diáspora em seu próprio país”.

Enquanto isso, suas mensagens de voz ganhavam tons cada vez mais urgentes. Em janeiro de 2016, três semanas após se registrar como refugiado, disse que aqueles que se arriscavam a discordar sempre eram assassinados.

— Eu sei que vocês vão me matar — ele disse. — Eu vou matar vocês primeiro.

Alvos potenciais
Franco A. vivia sua vida dupla há quase sete meses quando, no verão de 2016, viajou para Berlim, dizem os promotores. Lá, tirou quatro fotos das placas de carros em um estacionamento privado, no prédio que abriga os escritórios da Fundação Amadeu Antonio, fundada por Anetta Kahane, uma proeminente advogada judia. Filha de sobreviventes do Holocausto, ela atrai a ira da extrema direita há décadas.

A julgar pelas notas que confiscaram, os promotores acreditam que Kahane, agora com 66 anos, era um dos vários alvos que Franco A. havia identificado por suas posições pró-refugiados. Outros incluíam o atual ministro do Exterior, Heiko Maas, que era ministro da Justiça na época, e Claudia Roth, uma deputada verde que era vice-presidente do Parlamento.

O nome de Kahane aparece pelo menos duas vezes nas notas, uma vez no final de uma lista com itens aparentemente mundanos, como "geladeira" e um lembrete para ligar para o banco onde seu alter ego refugiado tinha uma conta. Franco A. me mostrou e disse que se tratava de uma lista de tarefas comuns.

Em uma página, ele anotou o histórico de Kahane, sua idade e endereço profissional. Ele também desenhou um mapa detalhado da localização da garagem. No mesmo pedaço de papel, ele escreveu: “Estamos em um ponto em que ainda não podemos agir como queremos”.

Antes da viagem para Berlim e nos dias seguintes, dizem os promotores, Franco A. comprou um trilho de montagem para uma mira telescópica e peças de pistola. Ele também foi visto em um campo de tiro testando os acessórios.

Pouco depois, viajou para Paris, onde conheceu o chefe de um centro de estudos russo pró-Putin, com ligações com a extrema direita da França. Acredita-se que tenha comprado aí a arma francesa que mais tarde foi encontrada em Viena.

Para os promotores, é provável que Franco A. estivesse preparando um assassinato. Ele, no entanto, nega praticamente todas as acusações.

A Constituição
Há uma disposição na Constituição alemã, Artigo 20.4, que permite resistência. A medida foi concebida tendo em mente 1933, quando Hitler aboliu a democracia após ser eleito, e capacita os cidadãos a agirem quando o Estado de Direito estiver em risco.

Ela é popular entre radicais de extrema direita que tacham o governo Merkel de anticonstitucional. Franco A. se refere a ela frequentemente.

Na semana antes do Natal, fui vê-lo mais uma vez. Ele ficou chateado porque eu tinha transcrições de suas mensagens de voz. Eu o questionei sobre algumas das coisas que falou — como, por exemplo, que Hitler estava “acima de tudo”.

Ele disse que fez a afirmação de modo irônico e a reproduziu para mim. O tom é casual, de conversa, e duas vozes riem. Não está claro, no entanto, que tudo era uma piada.

Questionei-o também sobre uma outra gravação de janeiro de 2016, na qual diz que qualquer um que contribua para a destruição do Estado está fazendo algo bom e que as leis são nulas e vazias. Ele poderia afirmar isso e continuar a defender a Carta?

Houve um longo silêncio. Franco A. leu sua própria transcrição e folheou as anotações de seu advogado, mas não tinha uma resposta.

https://oglobo.globo.com/mundo/a-histor ... s-24816091?

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Não sei em que tópico essa notícia se encaixaria, posto aqui:


Guerrilheiros dissidentes das Farc mortos em bombardeio


youtu.be/TUviJZd4RO0

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 03 Março 2021 - 23:13 pm
Não sei em que tópico essa notícia se encaixaria, posto aqui:

Guerrilheiros dissidentes das Farc mortos em bombardeio
Ótimo. Lugar de terrorista é na vala.

Fascismo, Nazismo e Socialismo

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criso
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Mensagem por criso »

aronax escreveu:
Dom, 31 Maio 2020 - 15:53 pm
O fascismo não é de esquerda?????
Não.

aronax escreveu:
Dom, 31 Maio 2020 - 15:53 pm
“Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.” - Benito Mussolini
Isso tem a ver com ser estatista, não com ser esquerdista.

Vários socialistas, ao longo da história, foram anti-estatistas.

Bakunin e Proudhon, entre os primeiros socialistas, eram absolutamente contra o Estado.

Kropotkin e Chomsky também são socialistas e libertários, anti-autoritários e anti-estatistas.

Até Marx e Engels - que falavam que o proletariado devia tomar o Estado -,
só viam isso como meio para derrubar a burguesia. e nunca fim em si!
Até pra eles, o Estado era comitê de negócios da burguesia e deveria ser EXTINTO.
O objetivo último do comunismo marxista é o Fim do Estado.

O que acontece é que os espertalhões ancaps fazem um malabarismo
para associar na cabeça das pessoas que "Estado = Socialismo":

youtu.be/rgiC8YfytDw

Direitos trabalhistas? Socialismo!
Intervenção na economia? Socialismo!
Impressão de moeda? Socialismo!
Keynesianismo? Socialismo!
Centrismo? Socialismo!

Tudo que não é ancap = Socialismo!
e Socialismo = Marxismo!
e Marxismo = Ditadura!
e Ditadura = Miséria, Fome, Escravidão!!!
Etc. etc. etc.

Assim bradam os imbecis.

E todas as ditaduras implantadas pelos EUA mundo afora?
E todas as ditaduras capitalistas, burguesas, militares?

Flerte com o comunismo, diz conselheiro da Petrobras sobre Bolsonaro...
"É o primeiro flerte dele de mostrar que ele é comunista, assim como o PT..."
- Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/re ... sonaro.htm

Desse modo, colocam absolutamente tudo à esquerda de si como "socialismo".
E, como transformaram a definição de "socialismo" na definição de "estatismo",
pensam poder chamar de socialista até Mussolini, Hitler, etc etc.

Segundo esses caras, Pinochet era socialista? O regime militar brasileiro era socialista?
Vargas era socialista? Na cabeça deles, sim.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

criso escreveu:
Qui, 04 Março 2021 - 16:50 pm
Segundo esses caras, Pinochet era socialista? O regime militar brasileiro era socialista?
Vargas era socialista? Na cabeça deles, sim.
Antes da pandemia, eu tinha colegas bolsomínions e olavistas.
Eles amam Pinochet, a ditadura militar brasileira e Francisco Franco.
Para eles "estado grande", estatais e SUS é socialismo/comunismo, mas ignoram que a ditadura militar brasileira foi quando teve o tamanho máximo do estado na história do Brasil. Culpam o estado na economia por tudo de ruim que ocorre.

Declaram que odeiam ditadura. Eles amam os EUA e apoiam as intervenções americanas. Consideram os EUA dos republicanos como modelo, inclusive a fissura por armas. Esquecem que os EUA era uma ditadura para negros até década de 1950.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Dom, 07 Março 2021 - 20:31 pm
criso escreveu:
Qui, 04 Março 2021 - 16:50 pm
Segundo esses caras, Pinochet era socialista? O regime militar brasileiro era socialista?
Vargas era socialista? Na cabeça deles, sim.
Antes da pandemia, eu tinha colegas bolsomínions e olavistas.
Eles amam Pinochet, a ditadura militar brasileira e Francisco Franco.
Para eles "estado grande", estatais e SUS é socialismo/comunismo, mas ignoram que a ditadura militar brasileira foi quando teve o tamanho máximo do estado na história do Brasil. Culpam o estado na economia por tudo de ruim que ocorre.

Declaram que odeiam ditadura. Eles amam os EUA e apoiam as intervenções americanas. Consideram os EUA dos republicanos como modelo, inclusive a fissura por armas. Esquecem que os EUA era uma ditadura para negros até década de 1950.
A economia do Brasil ainda é altamente estatizada. Muitas empresas privadas têm "relações carnais" com o Estado. É o tal de "capitalismo de compadrio".

Na época dos militares, nossa economia era mais fechada que a da então comunista Albânia.
Na verdade, ainda é bastante fechada, o que é vantagem no sentido de independência, mas atrasa a entrada de novas tecnologias e empresas.
Esse é mais um episódio numa longa batalha para tirar o Brasil da incomoda situação de ser uma das economia mais isoladas do planeta. Comerciando apenas 25% do seu PIB, o Brasil foi nesta última década a segunda economia mais fechada do mundo – atrás apenas do Sudão do Sul, segundo dados do Banco Mundial. Nos últimos 25 anos, não houve qualquer avanço significativo nessa esfera de política comercial.
https://www.infomoney.com.br/politica/c ... -do-mundo/

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Número de células neonazistas no Brasil cresce cerca de 60% em dois anos

Pesquisadores alertam para o perigo da banalização do discurso de ódio no país e temem que a disseminação de desinformação impulsione ainda mais esse crescimento

Eduardo Graça e Janaína Figueiredo 30/10/2021


Imagem
Coleção nazista é encontrada em casa de suspeito de pedofilia Foto: Paolla Serra / Paolla Serra

Em 22 de agosto, uma prece virtual organizada pela Associação Religiosa Israelita do Rio (ARI) em homenagem a Dora Fraifeld, ex-diretora da escola Eliezer que morrera uma semana antes, foi invadida por um grupo neonazista. Imagens de Hitler, de suásticas e de soldados alemães foram reproduzidas nas telas, além da defesa da morte de judeus. A violência, que foi repudiada pelo Observatório Judaico de Direitos Humanos no Brasil (OJDHB), não se trata de fato isolado.

Pesquisadores e historiadores que acompanham a evolução do neonazismo no Brasil ouvidos pelo GLOBO alertam para o perigo da banalização do discurso de ódio no país e temem que a disseminação de desinformação nas redes sociais, ao lado da polarização política, que pode aumentar na campanha presidencial, impulsionem ainda mais o crescimento de grupos e células neonazistas.

Espécie de caçadora de neonazistas brasileiros, a antropóloga Adriana Dias estima que atualmente existam 530 células (formadas por pessoas que estão no mesmo município). Em 2019, a especialista detectara 334, o que indica um aumento de 58%. Há duas décadas, quando a antropóloga começou a vasculhar sites e blogs e não se tinha ainda a dimensão que tomariam as redes sociais e a deep web (onde os neonazistas atuam com total impunidade), o número não passava de dez. A pesquisa feita na Unicamp é permanente, e no momento em que a entrevista foi feita, a acadêmica e sua equipe tinham em mãos 200 perfis de usuários neonazistas, que podem pertencer a novas células ou a alguma detectada anteriormente.

— Em 2002, meus dados já me indicavam que em 2020 o Brasil teria um governo de extrema direita. À época, me chamavam de louca. A realidade foi confirmando minha pesquisa, e isso é assustador — afirma Adriana.

[...]

O aumento vertiginoso de militantes que aderem ao pensamento, discurso e estética neonazista, somado a outros que se declaram fascistas, integralistas ou promovem algum tipo de regime autoritário, levou especialistas de várias universidades a criarem o Observatório da Extrema Direita no Brasil. Seu coordenador é Odilón Caldeirão, professor de História Contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e autor do livro “O fascismo em camisas verdes”. Ele aponta que o neonazismo brasileiro surgiu com força a partir da transição democrática e não tem uma única faceta.

[...]

Michel Gherman, coordenador do núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ, define características presentes, segundo ele, em todo neonazista brasileiro.

— O nazismo tem uma característica fundamental: o ressentimento. A ideia mobilizadora de que eu poderia ser melhor não fosse o outro, que pode ser o negro, o judeu, o gay, a mulher. São pessoas que atuam nas redes sociais e nelas se sentem fortalecidas.
https://oglobo.globo.com/epoca/numero-d ... s-25258395

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Spoiler:
Vitor Moura escreveu:
Sáb, 13 Novembro 2021 - 15:03 pm
nuker escreveu:
Sáb, 13 Novembro 2021 - 14:09 pm
Independente de nazismo ser de esquerda ou direita, a questão é que é tão ruim quanto certos regimes socialistas autoritários que temos hoje, como a Coréia do Norte.
Quem disse que a Coreia do Norte é ruim? Sugestão de leitura: "A Revolução Coreana" do professor Visentini. É um livro acadêmico. E você encontra gratuito na internet.

Até norte-americanos que foram lá ficaram encantados:

https://outline.com/pCYjZJ

Contra o desemprego é um "ótimo" regime:

https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... 181#p19181

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 13 Novembro 2021 - 15:54 pm

Contra o desemprego é um "ótimo" regime:

https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... 181#p19181
Aqui mesmo temos (ou tínhamos até bem pouco tempo) o emprego de ascensorista. O trabalho é só apertar botão. Empregos "inúteis" ainda são melhores do que uma massa de desempregados faminta revirando o lixo pra comer.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Vitor Moura escreveu:
Dom, 14 Novembro 2021 - 18:31 pm
Tirar de uns para dar aos outros é justamente o papel de distribuir riqueza que cabe ao Estado que busca diminuir a desigualdade (ou você é contra a reforma agrária?), se isso custa aos cofres públicos mas auxilia a diminuir a desigualdade então está sendo um dinheiro bem gasto, pois se reverterá em menores taxas de violência, por exemplo.
Tirar dos próprio bolso de políticos aí é outra história, né? Ciro Gomes, por exemplo, quer

Tem muitas pessoas que enriqueceram por mérito, como Vera Loyola, David Portes (conhecido como "David Camelot", ou David camelô), etc, que já ajudam muita gente gerando empregos, e não dá pôr esses num mesmo pacote que ricos ociosos como Chiquinho Scarpa (herdeou mas não empreende nada), Ciro Gomes, Bolsonaro, Lula, etc, e toda classe política que enriquece com verba pública sem sequer ter empreendido algo por si sem pegar dos outros.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Agnoscetico escreveu:
Dom, 14 Novembro 2021 - 21:21 pm
Vitor Moura escreveu:
Dom, 14 Novembro 2021 - 18:31 pm
Tirar de uns para dar aos outros é justamente o papel de distribuir riqueza que cabe ao Estado que busca diminuir a desigualdade (ou você é contra a reforma agrária?), se isso custa aos cofres públicos mas auxilia a diminuir a desigualdade então está sendo um dinheiro bem gasto, pois se reverterá em menores taxas de violência, por exemplo.
Tirar dos próprio bolso de políticos aí é outra história, né? Ciro Gomes, por exemplo, quer
Nenhum problema pra mim. Não só políticos como juízes também. Mas taxar grandes fortunas, imposto progressivo, reforma agrária, tudo isso é essencial.
Agnoscetico escreveu:
Dom, 14 Novembro 2021 - 21:21 pm

Tem muitas pessoas que enriqueceram por mérito, como Vera Loyola, David Portes (conhecido como "David Camelot", ou David camelô), etc, que já ajudam muita gente gerando empregos, e não dá pôr esses num mesmo pacote que ricos ociosos como Chiquinho Scarpa (herdeou mas não empreende nada), Ciro Gomes, Bolsonaro, Lula, etc, e toda classe política que enriquece com verba pública sem sequer ter empreendido algo por si sem pegar dos outros.
Você acha que a Vera Loyola partiu do nada? O pai dela já era dono de motéis e outros ramos:

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotid ... 109816.htm

O David Portes de fato parece que veio do nada pelas biografias que vi. Isso porém é a exceção que serve para alimentar a ideologia perversa de que "qq um pode enriquecer, basta querer" e aí não investir em nenhuma política de distribuição de renda, não fazer nada pelos mais vulneráveis.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Vitor Moura escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 07:22 am
O David Portes de fato parece que veio do nada pelas biografias que vi. Isso porém é a exceção que serve para alimentar a ideologia perversa de que "qq um pode enriquecer, basta querer" e aí não investir em nenhuma política de distribuição de renda, não fazer nada pelos mais vulneráveis.
Onde eu postei que basta querer e tudo acontece? Isso é papo de coach "quântico" ou gente que acredite em poder transcendental da mente. Mas se David Portes conseguiu outros também poderiam, afinal o Brasil não é um sistema de castas onde é proibido mobilidade social.

Sobre a reforma agrária também sou a favor, tem muito latifundiário desperdiçando terra e monopolizando sem ter merecido, apenas herdou terras, etc, mas sou contra um bando de picaretas do MST serem o porta-voz, agentes, etc, que encabeçam isso e depois se envolvem em política.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Mensagem por Vitor Moura »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 12:57 pm
Onde eu postei que basta querer e tudo acontece? Isso é papo de coach "quântico" ou gente que acredite em poder transcendental da mente. Mas se David Portes conseguiu outros também poderiam, afinal o Brasil não é um sistema de castas onde é proibido mobilidade social.
O Brasil não proibiu mobilidade social, mas colocou uma tela que impede a passagem da grande maioria do lado mais pobre para o mais rico. Pouquíssimos acham uma abertura nessa tela, e os que passam são usados como prova para os demais de que o fracasso na vida delas se deve à própria pessoa que não se esforçou o suficiente, e não ao sistema que ela encontrou ao nascer.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 12:57 pm
Sobre a reforma agrária também sou a favor, tem muito latifundiário desperdiçando terra e monopolizando sem ter merecido, apenas herdou terras, etc, mas sou contra um bando de picaretas do MST serem o porta-voz, agentes, etc, que encabeçam isso e depois se envolvem em política.
Por que diz que os integrantes do MST são picaretas?

Venceram prêmio da OIT: https://www.poder360.com.br/brasil/mst- ... -trabalho/

Doaram milhares de toneladas de alimento:
https://www.brasildefato.com.br/2021/07 ... a-pandemia

E várias outras coisas:
https://youtu.be/kSyOcbMAzko

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

O Brasil não proibiu mobilidade social, mas colocou uma tela que impede a passagem da grande maioria do lado mais pobre para o mais rico. Pouquíssimos acham uma abertura nessa tela, e os que passam são usados como prova para os demais de que o fracasso na vida delas se deve à própria pessoa que não se esforçou o suficiente, e não ao sistema que ela encontrou ao nascer.
Especifique quem faz isso. Evidências? Senão vai ser só um tipo de conspiracionismo do tipo "O sistema é contra o povo progredir!". Só pegar depoimentos isolados (ou não-tão-isolados mas generalizantes) de gente que não gosta de pobre e coisa do tipo não vale.
E o resto é propaganda de coach do tipo "Vc vai vencer na vida..." na qual eu já disse que não sou adepto. OBS: Existe coach entre esquerdistas também como o caso do Leandro Karnal, que faz muitas palestras motivacionais.
Venceram prêmio da OIT: https://www.poder360.com.br/brasil/mst- ... -trabalho/

Doaram milhares de toneladas de alimento:
https://www.brasildefato.com.br/2021/07 ... a-pandemia
- Poder 360, mídia imparcial, hein? Soi desconfiado de mídias enviesadas como Poder 360, Brasil 247, DCM, e coisa do tipo, asim também as mídias conservadoras (a "nova mídia"). Se fosse algo

- Tá cheio de gente que faz caridade pra pagar de bonzinhos mas também faz atrocidades. Apelo a caridade não é evidência de que só tem santinho no MST; na história da humanidade há vários caos onde caridade anda lado a lado com atrocidades e crimes, por grupos religiosos (cristãos, islâmicos, etc), sociais, etc. Pra cada notícia favorável ao MST há também as desfavoráveis. Tu deve ser de esquerda, pelo posts que tu dá a entender, então um aviso: Sou desconfiado de enviesados (na verdade como cético, tendo a ficar desconfiado até mesmo do que posam de imparciais), mesmo que post algo que a princípio pareça ser imparcial.

- Líderes do MST se aproveitavam de poder para cometer crimes, diz polícia

http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/n ... licia.html

- Crimes do MST seguem impunes ano após ano

https://exame.com/revista-exame/crimes- ... o-apos-ano

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 15:14 pm
Especifique quem faz isso. Evidências? Senão vai ser só um tipo de conspiracionismo do tipo "O sistema é contra o povo progredir!". Só pegar depoimentos isolados (ou não-tão-isolados mas generalizantes) de gente que não gosta de pobre e coisa do tipo não vale.
O Brasil tem um índice muito baixo de mobilidade social. A educação é precária, muitos não tem casa própria, não tem dinheiro nem conhecimento para empreender, há muita violência, as leis trabalhistas são abusivas, a economia é fechada. E isso tem nada a ver com racismo.
https://exame.com/economia/brasil-e-um- ... ng-global/
Vitor Moura escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 13:21 pm
Doaram milhares de toneladas de alimento:
https://www.brasildefato.com.br/2021/07 ... a-pandemia
De onde veio o dinheiro para fazer essas doações?
Se trabalham, nem deveriam mais ser chamados de "trabalhadores sem terra".

O MST existe há anos, desde quando perderam suas terras. Não deveriam aceitar gente que veio da cidade ou abrigar filhos dos membros antigos.
O tempo passou e nada foi feito em relação à reforma agrária. Então acabou sendo um órgão de corrupção de partidos como PT.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 15:14 pm
Especifique quem faz isso. Evidências?
https://youtu.be/YINTTVjBrY4
Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 15:14 pm

Apelo a caridade não é evidência de que só tem santinho no MST;
Nem eu disse isso. Mas está longe de ser um grupo terrorista como a direita teima em fazer parecer.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 15:14 pm

- Líderes do MST se aproveitavam de poder para cometer crimes, diz polícia

http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/n ... licia.html

- Crimes do MST seguem impunes ano após ano

https://exame.com/revista-exame/crimes- ... o-apos-ano
A reportagem do Globo cita a operação Castra que prendeu líderes políticos do MST. Só que prenderam sem provas e todos foram libertados:

https://www.brasildefato.com.br/2017/05 ... -no-parana

A reportagem da Exame é desmentida pela do UOL:
Até o momento, não há registro de depredação nem atrito com a polícia.
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/u ... o-pais.htm

Aliás, a matéria da Exame não traz prova de nada. Nem sequer uma foto da suposta depredação. Parece que ouviram só um lado e acreditaram no que disseram sem averiguar.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Tutu escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 16:22 pm
Vitor Moura escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 13:21 pm
Doaram milhares de toneladas de alimento:
https://www.brasildefato.com.br/2021/07 ... a-pandemia
De onde veio o dinheiro para fazer essas doações?
Se trabalham, nem deveriam mais ser chamados de "trabalhadores sem terra".
Vem do que é produzido nos assentamentos e acampamentos.

https://mst.org.br/2020/09/09/desde-o-i ... alimentos/
Tutu escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 16:22 pm
O tempo passou e nada foi feito em relação à reforma agrária. Então acabou sendo um órgão de corrupção de partidos como PT.
O PT assentou 771 mil famílias e distribuiu 51 milhões de hectares de terras - área equivalente às somas dos estados do Ceará e Mato Grosso do Sul. O partido responde por 56% de todas as terras disponibilizadas para reforma agrária na história do Brasil.

http://www.obrasildamudanca.net.br/agri ... milhoes-de

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

________ Tutu
O Brasil tem um índice muito baixo de mobilidade social. A educação é precária, muitos não tem casa própria, não tem dinheiro nem conhecimento para empreender, há muita violência, as leis trabalhistas são abusivas, a economia é fechada.
Sim, eu esqueci de mencionar educação é um fator que impede ascensão social num mundo onde requisitos de qualificação profissional são cada vez mais exigentes.
E isso tem nada a ver com racismo.
Não lembro que parte foi mencionado sobre racismo no contexto dos comentários mais recentes. Fiquei na dúvida agora.


______ Vitor Moura

Saiba a diferença entre mérito e meritocracia?


youtu.be/Tqe4lWoVj4c



Mas, desde quando defensores de meritocracia impedem, de fato, a mobilidade social? Quem dera meritocracia realmente existisse de forma absoluta, não haveria profissionais, políticos incompetentes e corruptos. Se até pra quem tem competência há o risco de erros, imagina os que não tem.
Imagina ser operado por um médico que se formou apenas porque arranjou um esquema pra entrar na faculdade de medicina mas comete um erro crasso; imagina um político incompetente e/ou corrupto mas que tem carisma entre os pobres, mas faz medidas que desencadeie crise econômica e social crônica. Tem tantos exemplos em que profissionais sem mérito podem causar prejuízos.


(...)

Sobre o MST e similares, tem vários exemplos de "reforma agrária bem-sucedidas" em nome do progresso e bláblánlá. No discurso, pois na prática:

Esse foi uma manifestação pacífica e democrática do MLST (dissidentes do MST) em 2006 quando o PT tava no poder:

Invasão do MLST - 06 de junho de 2006



youtu.be/TltGw46NPBQ



Movimento de Libertação dos Sem Terra

https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento ... _Sem_Terra

MST destrói 15 anos de pesquisa em biotecnologia


youtu.be/mnMaEU1xBYQ

Débora Rodrigues, ex-membro do MST e ex-mulher do José Rainha, teria descambado de MST pra apoiadora de Bolsonaro. Parece que ficar no MST não é uma experiência tão boa assim, pois ela foi pra outra realidade e deve ter feito comparação qual das duas vidas seria melhor.

De sem-terra a bolsonarista, Débora Rodrigues defende ricos: 'Não é pecado'

https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ ... -no-pt.htm

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pm

Mas, desde quando defensores de meritocracia impedem, de fato, a mobilidade social?
Desde quando criticam as cotas, fazendo de tudo para acabar com elas, especialmente as raciais (como Fernando Holiday e Mamãe Falei). Quando berraram contra o Bolsa Família, chamando de Bolsa Esmola, dizendo que famílias faziam filhos para receber o auxílio (e estudos mostraram que a taxa de natalidade caiu ao invés de subir).
Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pm
Sobre o MST e similares, tem vários exemplos de "reforma agrária bem-sucedidas" em nome do progresso e bláblánlá.
Com certeza tem:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39775504
Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pm
Esse foi uma manifestação pacífica e democrática do MLST (dissidentes do MST) em 2006 quando o PT tava no poder:

Invasão do MLST - 06 de junho de 2006



youtu.be/TltGw46NPBQ
Isso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:

https://www.brasildefato.com.br/2020/04 ... o-esquecer
Agnoscetico escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 19:23 pm
Parece que ficar no MST não é uma experiência tão boa assim, pois ela foi pra outra realidade e deve ter feito comparação qual das duas vidas seria melhor.
Sério? Achei que o sonho de todo mundo era ser integrante do MST pra poder sentir a adrenalina subir com o risco de levar bala dos ruralistas ou da polícia... :roll:

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Desde quando criticam as cotas, fazendo de tudo para acabar com elas, especialmente as raciais (como Fernando Holiday e Mamãe Falei). Quando berraram contra o Bolsa Família, chamando de Bolsa Esmola, dizendo que famílias faziam filhos para receber o auxílio (e estudos mostraram que a taxa de natalidade caiu ao invés de subir).
Sou contra raciais também! Não ache que só direitistas e brancos são!
Eu ia escrever talvez um texto relativamente grande, mas tinha um vídeo do Pirulla que explicava isso um pouco.
Não tem sentido dar cota racial no Brasil pois pra entrar numa universidade a cor da pele não era critério como nos EUA. Enta naquela questão de

Bolsa-família teve várias irregularidades, muita gente recebeu bolsa-família ficou dependente e depois que acabou a torneira "voltou" a zona de pobreza da qual nunca teve tão longe assim e ainda teve mais filhos (não tendo condição de criar os que já tinha).

Isso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:

https://www.brasildefato.com.br/2020/04 ... o-esquecer
Massacre esse que na época fez o povo ter empatia (como costuma ter com os "mártires", até o Bozo que levou facada virpu um, mas aí depois a coisa mudou mais), mas com o tempo quando o MST fazia pilhagem, destruindo propriedades que faziam melhorias genéticas (como melhores seleções de rebanhos), etc, entre outros atos fez a população passar a indiferença e até antipatia.
Sério? Achei que o sonho de todo mundo era ser integrante do MST pra poder sentir a adrenalina subir com o risco de levar bala dos ruralistas ou da polícia... :roll:
Sempre tem os que gostam de adrenalina assim, vai saber quantos desses não tem lá.
Além disso me referi ao fato de que a vida comunista de MST comparada a vida capitalista atual da Débora Rodrigues, que ela desconhecia, deve ter feito ele mudar de opinião (apesar de eu não gostar do Bozo).

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 am
Sou contra raciais também! Não ache que só direitistas e brancos são!
Deixa eu te contar um segredinho: você é de direita.
Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 am

Eu ia escrever talvez um texto relativamente grande, mas tinha um vídeo do Pirulla que explicava isso um pouco.
Não tem sentido dar cota racial no Brasil pois pra entrar numa universidade a cor da pele não era critério como nos EUA.
E daí? Você não sabe a pressão enorme que é feita nos cursos (em especial de medicina) para expulsar qualquer candidato negro? Muitos não aguentam o ambiente hostil, não só dos outros alunos brancos quanto dos professores:
Quando eu saí do curso, eu saí muito também por conta da fala de um professor em uma disciplina prática no terceiro ou quarto semestre. Era minha primeira prática e eu fui atender um paciente e chamei ele [o professor] para ir comigo. Era uma punção e eu nunca tinha feito uma punção em alguém que não fosse no laboratório. Ele disse: “Ah! Se você não sabe ir sozinha, você deveria estar, no máximo, em um curso técnico”. Aquilo, naquele momento, me arrasou e eu não consegui mais fazer o procedimento. Eu acreditava que os professores eram para estimular, para apoiar, e ele desfez toda minha segurança, aí eu fui embora (Estudante de Enfermagem ).
Parece-nos que alguns docentes, como forma de reagir à presença de determinadas categorias sociais ou raciais na universidade, ou ainda na busca por abortar questões que, segundo seus critérios acadêmicos, são menores ou desnecessárias, criam táticas de discriminação objetivamente destinadas a favorecer a mortalidade acadêmica desses estudantes dentro do sistema. É importante salientar, entretanto, que tais táticas nem sempre são diretas, óbvias ou notáveis a um olhar menos cuidadoso, pois elas ocorrem de modo a fazer parecer que o estudante é que “se diminui”, “se discrimina” e “não consegue conviver” com aqueles que, por “mérito”, galgaram tal posição. Por outro lado, a existência de alguns grupos de pesquisa ou mesmo a presença de professores negros e ativistas têm dado a esses estudantes um novo significado e suporte em sua permanência na universidade.
Ao se empoderar e construir uma identidade racial, muitos começam a reelaborar os símbolos étnicos da sua negritude. Uma dessas mudanças passa pelo cabelo: ao assumir seus cabelos crespos ou trançados, alguns são questionados sobre a profissão que escolheram, numa tentativa (in)explícita de dizer que a estética negra não combina com o perfil do curso: “Algumas pessoas já me perguntaram assim: ‘Você vai ser médica com esse cabelo?’ ou ‘Como você acha que as pessoas vão te olhar?’ [referindo-se às tranças]. Tem ainda: ‘Esse cabelo se encaixa dentro da sua profissão?’ Por considerar até sujo, né? Eu fico, assim, ‘Meu Deus!’...” (Estudante de Medicina); “Quando eu uso trança, as pessoas me perguntam assim: ‘E como é que lava?’. Eu respondo: ‘Com água!’” (Estudante de Enfermagem).
A pesquisa qualitativa nos autoriza a dizer que estão mais visíveis as tensões sociais e raciais dentro da universidade, não porque antes essas tensões não existissem, mas porque o número de estudantes negros e/ou pobres que ingressavam no ensino superior era muito pequeno. Hoje em maior número, esses jovens ameaçam um espaço que foi hegemonicamente branco e elitizado. Nesse contexto, a academia ainda não consegue se repensar, de forma que a sua imagem ainda não contempla a de um negro ou de uma negra. A presença de graduandos pretos, pobres e, em sua maioria, sem tradição universitária tem sido alvo de conflitos, pois, para a elite que sempre ocupou estes espaços, os “cotistas” têm entrado pelas “janelas” e causado a queda da qualidade do curso, a despeito de todas as pesquisas mostrarem que o desempenho entre cotistas e não cotistas tem sido igual para ambos os grupos, quando não superior para o primeiro. Não nos esqueçamos de que, há menos de uma década, o diretor de uma escola de medicina declarou ao jornal Folha de São Paulo de 30 de abril de 2008 que as baixas notas dos alunos no ENADE se devia ao baixo Quociente de Inteligência (QI) dos baianos, que segundo ele “só tocam berimbau porque este possui uma única corda” (A TARDE, 2008). O Diretor foi além e culpou o sistema de reserva de vagas pelo mau desempenho já que, segundo ele: “a prova foi feita com alunos do 1º e do último semestre. Pode estar havendo uma contaminação das cotas e influência da transformação curricular nesse resultado” (A TARDE, 2008). Porém, em todo canto, em todos os campi, têm havido reações, e o que observamos é que os estudantes ingressantes por cotas raciais tem buscado construir estratégias e articulações que lhes permita a permanência simbólica, muitas vezes jogando com as identidades que são mudadas ou (re)construídas na tentativa de se encontrar ou criar novos grupos com os quais se vivencie o pertencimento.
Fonte: CURSO DE BRANCO: UMA ABORDAGEM SOBRE O ACESSO E A PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES DE ORIGEM POPULAR NOS CURSOS DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB)
Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 am
Enta naquela questão de Bolsa-família teve várias irregularidades, muita gente recebeu bolsa-família ficou dependente e depois que acabou a torneira "voltou" a zona de pobreza da qual nunca teve tão longe assim e ainda teve mais filhos (não tendo condição de criar os que já tinha).
Completamente falso:
levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que dos 1,15 milhão de contemplados na primeira leva do Bolsa Família, em outubro de 2003, 795 mil - ou 69% do total - conseguiram deixar o programa.
Apesar do argumento persistente de que o Bolsa Família incentivaria as mulheres a terem mais filhos, a fecundidade das mulheres de baixa renda diminuiu de 5,5 filhos em 1991, para 4,6 filhos em 2000 e 3,3 filhos em 2010,
https://outline.com/RyhyBU
Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 am
Massacre esse que na época fez o povo ter empatia (como costuma ter com os "mártires", até o Bozo que levou facada virpu um, mas aí depois a coisa mudou mais), mas com o tempo quando o MST fazia pilhagem, destruindo propriedades que faziam melhorias genéticas (como melhores seleções de rebanhos), etc, entre outros atos fez a população passar a indiferença e até antipatia.
Destruir propriedades que faziam melhorias genéticas está longe de ser exclusivo do MST:

https://www.redebrasilatual.com.br/mund ... santo-517/

https://terradedireitos.org.br/noticias ... ropa/18898
Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 00:33 am
Sempre tem os que gostam de adrenalina assim, vai saber quantos desses não tem lá.
Além disso me referi ao fato de que a vida comunista de MST comparada a vida capitalista atual da Débora Rodrigues, que ela desconhecia, deve ter feito ele mudar de opinião (apesar de eu não gostar do Bozo).
Ah sim, a vida capitalista de quem tem dinheiro, que ela obteve após posar nua, porque a vida capitalista de quem é pobre ninguém quer.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
Conselheiro
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Mensagem por Fernando Silva »

Vitor Moura escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 22:57 pm
Desde quando criticam as cotas, fazendo de tudo para acabar com elas, especialmente as raciais (como Fernando Holiday e Mamãe Falei). Quando berraram contra o Bolsa Família, chamando de Bolsa Esmola, dizendo que famílias faziam filhos para receber o auxílio (e estudos mostraram que a taxa de natalidade caiu ao invés de subir).
Quando FHC criou a Bolsa Escola e outros auxílios, Lula disse que eram esmolas eleitoreiras e que o brasileiro não se deixaria enganar.

Mal foi eleito, unificou essas bolsas em uma única, a Bolsa Família, como se fosse ideia dele.
Vitor Moura escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 22:57 pm
Isso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:

https://www.brasildefato.com.br/2020/04
A esquerdalha tenta nos convencer de que a polícia foi a um acampamento pacífico e massacrou os coitadinhos que só queriam terra para trabalhar.

O que realmente aconteceu é que um bando de terroristas bloqueou uma estrada. A polícia chegou lá, foi atacada por uma multidão armada de foices, enxadas etc. e se defendeu atirando nela.

O erro, este sim, foi mandar policiais urbanos, despreparados, em vez da polícia anti-motim.

Citar um site de esquerda não funciona.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
Mensagens: 446
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Mensagem por Vitor Moura »

Fernando Silva escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 09:03 am
Quando FHC criou a Bolsa Escola e outros auxílios, Lula disse que eram esmolas eleitoreiras e que o brasileiro não se deixaria enganar.

Mal foi eleito, unificou essas bolsas em uma única, a Bolsa Família, como se fosse ideia dele.
Por falta de humildade e excesso de desonestidade, além de não saberem que posição adotar, os tucanos reivindicam a paternidade do Bolsa Família, ao mesmo tempo em criticam o programa, chegando ao ponto de chamá-lo de “Bolsa Esmola” num editorial do partido publicado em 2004. A verdade é bem diferente. O Bolsa Família já nasceu com vocação de política de Estado e com o compromisso de romper o clientelismo e promover direitos humanos, especialmente o direito humano à alimentação adequada. Confira as oito principais diferenças entre o Bolsa Família do PT e o Bolsa Escola do PSDB.

1. VALORES: o benefício pago pelo Bolsa Escola era de R$ 15 (equivalente a R$ 37 reais em 2015) por filho, com limitação a três filhos (R$ 45) por família. Em 2015, o benefício médio recebido por família cadastrada no Bolsa Família é de R$ 170.

2. UNIVERSALIZAÇÃO: enquanto o Bolsa Escola beneficiou um segmento muito pequeno da população que se encontrava na extrema pobreza, o Bolsa Família universalizou o direito de acesso a uma renda mínima familiar que garanta o direito à alimentação em todos os municípios brasileiros.

3. POLÍTICA DE ESTADO: seguindo a tradição histórica do assistencialismo nas políticas sociais do Brasil, o Bolsa Escola era regulamentado por uma legislação bastante frágil e exposta ao governante da ocasião. Já a legislação do Bolsa Família é constituída por um forte arcabouço jurídico que protege o programa e lhe garante um caráter de política de Estado e não apenas de ação de governo. O Bolsa Escola, aliás, foi implantado pelo governo FHC apenas em setembro de 2001, a 13 meses das eleições.

4. TRANSPARÊNCIA: todos os dados referentes ao Bolsa Família – inclusive os valores pagos e os nomes de todos os cadastrados no programa – estão disponíveis para qualquer pessoa na Internet. Os dados do Bolsa Escola só eram conhecidos pelo governo federal.

5. INTEGRAÇÃO: o Bolsa Escola existia completamente isolado de outras ações do governo tucano, que tinha uma colcha de retalhos na área social, com vários cadastros e conflito de dados. Já o Bolsa Família é aplicado de forma integrada a inúmeros outros programas, desde o Luz para Todos até o Minha Casa, Minha Vida, passando pelo Pronatec e por ações de Saúde e Educação. Além de aperfeiçoar a gestão, a integração permite enxergar melhor os gargalos e desafios a serem superados. O Cadastro Único é um elemento dessa dimensão e contribui para diminuir o fisiologismo e a corrupção no programa.

6. DIREITO HUMANO: a fragmentação da política social do PSDB no governo se deveu, entre outros fatores, à prevalência da concepção meramente assistencialista do pensamento tucano e à ausência da abordagem dos direitos humanos em relação às ações e programas. No caso do Bolsa Família, o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação está vinculado à promoção do direito à educação e do direito à saúde, entre outros.

7. CONTROLE SOCIAL: além do trabalho de órgãos como a Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público e outros, o Bolsa Família conta com a fiscalização do comitê gestor local, que é composto por representantes da sociedade civil e do poder público e é condição obrigatória para o município receber os recursos do programa.

8. EFETIVIDADE: jamais foram produzidos estudos consistentes avaliando a contribuição do Bolsa Escola e dos outros programas sociais da era FHC para o combate à pobreza. No caso do Bolsa Família, desde 2003 já foram produzidos centenas de trabalhos acadêmicos em instituições brasileiras e do exterior. Além disso, organismos como ONU, PNUD, OIT, Unicef, Banco Mundial, FMI, BID, entre outros, já produziram estudos e relatórios analisando todos os aspectos e mensurando os resultados do Bolsa Família tanto na área social quanto na econômica. Nenhum programa social do mundo é tão estudado quanto o Bolsa Família.
Vitor Moura escreveu:
Seg, 15 Novembro 2021 - 22:57 pm
Isso daí não é nada perto do que foi o massacre de Eldorado o Carajás:

https://www.brasildefato.com.br/2020/04
Fernando Silva escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 09:03 am
A esquerdalha tenta nos convencer de que a polícia foi a um acampamento pacífico e massacrou os coitadinhos que só queriam terra para trabalhar.

O que realmente aconteceu é que um bando de terroristas bloqueou uma estrada. A polícia chegou lá, foi atacada por uma multidão armada de foices, enxadas etc. e se defendeu atirando nela.

O erro, este sim, foi mandar policiais urbanos, despreparados, em vez da polícia anti-motim.

Citar um site de esquerda não funciona.
Difícil levar a sério quem tenta criminalizar movimentos sociais, e pior, chama de terroristas pessoas que bloquearam uma estrada. Um.monte de caminheiro é terrorista entao.

https://brasil.elpais.com/brasil/2021-0 ... onaro.html

Do Ministério Público do Pará:

https://www2.mppa.mp.br/noticias/caso-q ... 5-anos.htm

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Deixa eu te contar um segredinho: você é de direita.
Deixa eu te contar um segredinho: Tua opinião é irrelavente em querer me definir da acordo com tua mente fechada de esquerdista que classifica pessoas em pacotes ideológicos.
E daí? Você não sabe a pressão enorme que é feita nos cursos (em especial de medicina) para expulsar qualquer candidato negro? Muitos não aguentam o ambiente hostil, não só dos outros alunos brancos quanto dos professores:
Evidências anedóticas e depoimentos? Tem alguma lei proibindo negros de se tornarem médicos?
Destruir propriedades que faziam melhorias genéticas está longe de ser exclusivo do MST:

https://www.redebrasilatual.com.br/mund ... santo-517/

https://terradedireitos.org.br/noticias ... ropa/18898
Mas teve participação! Se for assim, fazer obras de caridade não seria exclusividade da esquerda, há cristãos conservadores que também fazem, por exemplo, logo as atrocidades que a direita conservadora fez vão apagar as boas? As coisas ruins não são apagadas pelas boas e vice-versa.
Ah sim, a vida capitalista de quem tem dinheiro, que ela obteve após posar nua, porque a vida capitalista de quem é pobre ninguém quer.
Pois é, até ganhar dinheiro posando nua deve ter sido mais benéfico no caso dela do que ser membro dum grupo de esquerda rural. O comunismo não devia ta pagando as contas dela.

Enquanto isso noa maravilhoso Cubanistão:



youtu.be/9E2OTpBlXtM




youtu.be/Xj2mZ0ZUv6A




youtu.be/SKfv7yI4u-k

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pm

Deixa eu te contar um segredinho: Tua opinião é irrelavente em querer me definir da acordo com tua mente fechada de esquerdista que classifica pessoas em pacotes ideológicos.
Exatamente o que alguém da direita diria.
Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pm
Evidências anedóticas e depoimentos? Tem alguma lei proibindo negros de se tornarem médicos?
As condições socioeconômicas impedem.
Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pm
Mas teve participação! Se for assim, fazer obras de caridade não seria exclusividade da esquerda, há cristãos conservadores que também fazem, por exemplo, logo as atrocidades que a direita conservadora fez vão apagar as boas? As coisas ruins não são apagadas pelas boas e vice-versa.
Na época havia um celeuma muito grande sobre transgênicos e as dúvidas eram enormes. Ainda hoje há dúvidas:

https://www.anais.ueg.br/index.php/jaue ... /view/7264

Fato é que foi uma ação que não mais se repetiu.
Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pm
Pois é, até ganhar dinheiro posando nua deve ter sido mais benéfico no caso dela do que ser membro dum grupo de esquerda rural. O comunismo não devia ta pagando as contas dela.
Claro que pagava. Você acha que ela chegou gostosa para fazer as fotos nua como? Subnutrida?

Agnoscetico escreveu:
Ter, 16 Novembro 2021 - 17:43 pm
Enquanto isso noa maravilhoso Cubanistão:
Cubanistão é aquele único país latino americano que produziu vacina contra covid e reduziu drasticamente o número de mortos? Enquanto isso o povo:

https://fb.watch/9kOkRKKTpx/

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

"Vovó nazista" é enviada de volta a prisão aos 93 anos

https://br.noticias.yahoo.com/vovo-nazi ... 40212.html

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Glossário político: O que é ser fascista?

youtu.be/ejz6tgfeGF8

Características de Fascismo e como são aplicados pela esquerda ou direita:
*Um líder forte
(Ambos. Tanto Lula e Bolsonaro)

*Contexto de crise socioeconômica
(Ambos estão na crise)

*Apoio das elites capitalistas
(Ambos. Antigamente, a direita defendia os ricos, mas hoje a situação tem se invertido. Mas aparente está meio a meio, dependendo somente do setor. A mídia e os bancos estão com a esquerda e o agronegócio com a direita.)

*Militarismo
(Só Bolsonaro)

*Racismo
(Quem faz distinção de raça é a esquerda. Há muitas décadas, o racismo não está na política.)

*Pragmatismo
(Nenhum)

*Anti-intelectualismo
(Ambos)

*Controle da sociedade
(A direita era mais controladora no passado, mas nos dias de hoje quem faz esse controle é a esquerda com o politicamente correto. A esquerda também tem sido muito regulamentadora.)

*Paixões mobilizadoras
*Propaganda
*Mentira
*Medo generalizado
(Ambos nos quatro casos)

*Religião [tradicional]
(A direita é que defende a religião tradicional. Mas a recente ideologia woke funciona exatamente igual a uma religião.)

*Anti-comunismo
(Só a direita. Historicamente tem teoria da conspiração, mas o que a direita não quer é somente que os que os que estão melhor não paguem pelo fracasso dos piores, porque eles não tem culpa.)

*Nacionalismo
(Nenhum. A direita brasileira é historicamente entreguista e neocolonialista. A esquerda era mais nacionalista, mas desde o governo Lula, ela tem aderido cada vez mais a agendas globalistas.)


Avanço do fascismo:
*Limpeza étnica
(Só Bolsonaro e só contra aldeias indígenas. Isso é uma coisa política e de elite, porque o cidadão de bem da direita não é a favor de genocídio.)

*Expansão internacional violenta
(Nenhum)

*Desrespeito às leis e à ética
(Ambos)

*Rejeição a liberdades democráticas
(Está vago. Vemos que a esquerda é mais democrática em termo do processo, mas é a que mais rejeita as liberdades democráticas, porque são os que mais censuram quem pensa diferente. Em outra definição de democracia, fazer os 50%+1 impôr a vontade em coisas separáveis (como impostos) não é democrático.)


Assim vemos que um não é diferente do outro.

Re: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Episódios neonazistas e antissemitas em escolas saltam 514,3% em um ano no Brasil, diz observatório

Entre 2019 e 2022, o aumento foi ainda superior, de 760%; documento foi apresentado neste sábado no ‘Ato internacional em homenagem à vida’

Por Bernardo Yoneshigue — Rio de Janeiro 30/04/2023


Imagem
Em paredes da escola é possível ver referências ao nazismo e a Hittler

Um novo relatório do Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil (ODJHB) mostra que os episódios de neonazismo e antissemitismo em ambientes escolares cresceram 760% no Brasil nos últimos três anos. O documento foi apresentado neste sábado no Ato internacional em homenagem à vida, no Memorial da Resistência, em São Paulo.

O aumento dos casos observados em escolas chama a atenção por ter sido mais que o dobro do crescimento quando considerados todos os atos do tipo no país, que saltaram 375% no mesmo período. Chamado “Relatório de eventos antissemitas e correlatos no Brasil”, o documento faz uma análise dos eventos ocorridos entre 01/01/2019 e 31/12/2022.

No geral, considerando todos os espaços, foram identificados 24 atos em 2019, e 35, em 2020. No ano seguinte, o número subiu para 67 episódios, e chegou a 114 em 2022 – aumento de 70,15% em apenas um ano. Já quando analisados somente aqueles nas escolas, foram 5 no primeiro ano do monitoramento, 3, em 2020, e 7, no ano seguinte. Em 2022, porém, foram 43 registros – um salto de 514,3%.

“No comparativo anual, os eventos antissemitas e neonazistas em 2022 representam quase metade dos casos do período (47,50%, 114 de 240). Com relação ao ambiente escolar, o aumento é ainda mais expressivo (74,14%, 43 de 58)”, destaca o relatório.

Eventos neonazistas e antissemitas no Brasil
2019 2020 2021 2022 Total
Antissemitismo 12 14 18 25 69
Neonazismo 12 21 49 89 171
Total 24 35 67 114 240


Eventos neonazistas e antissemitas em escolas no Brasil
2019 2020 2021 2022 Total
Antissemitismo 1 2 2 6 11
Neonazismo 4 1 5 37 47
Total 5 3 7 43 58

Fonte: Observatório Judaico de Direitos Humanos no Brasil

No documento, os autores chamam atenção ainda para o crescimento de células neonazistas no Brasil como um “sinal de alerta”. Em outubro de 2021, eles citam que 530 haviam sido identificadas. Em novembro do ano passado, foram 1.117, um crescimento de 110,8%. “Além da ampliação da área geográfica de atuação (de 249 cidades para 298), atingindo 22 estados e o Distrito Federal”.

Em relação às escolas, os membros do ODJHB escrevem que vários episódios recentes de ataques “têm relação com grupos neonazistas razoavelmente organizados, independentemente de terem resultado em mortos ou feridos. Em geral, foram perpetrados por pessoas que tinham algum contato com esses grupos neonazistas, cuja existência foi revelada pelas investigações policiais”.

Fonte de atos neonazistas

Em relação aos episódios antissemitas e neonazistas no geral durante os três anos, os responsáveis pelo relatório também mapearam a fonte dos atos. Dividido entre “extremistas + bolsonaristas”; “cargos públicos”; “mídia”; “presidente + governo” e “outros”, os autores identificaram que a maioria (43%) ao longo dos três anos foi provocado por “extremistas + bolsonaristas”, seguido por “outros” (25%). O então presidente, Jair Bolsonaro, junto a membros de seu governo, foi associado a 8% das ocorrências.

“A associação entre a distribuição temporal dos eventos estudados no relatório e as circunstâncias da ação política de Jair Bolsonaro e seus interesses na disputa eleitoral, reforça a tese de que as manifestações e ataques de cunho neonazistas ocorridas nesse período não foram acontecimentos isolados. Considerando a tendência global de aumento do neofascismo, a face nacional do seu crescimento está ligada a uma extrema direita institucionalizada, que esteve no poder nos últimos quatro anos”, escreveram.

No relatório, o observatório citou ainda o aumento de outros atos de ódio, que podem indiretamente estar ligados ao neonazismo e o antissemitismo. “O fato de quase todos os eventos de caráter neonazista serem também racistas, homofóbicos, xenofóbicos, antissemitas, etc., faz com que a separação entre, por exemplo, eventos neonazistas e eventos antissemitas nem sempre seja possível nestes casos”.

“É o que se verifica, por exemplo, nos vários atos neonazistas em diferentes unidades da Universidade Federal de Santa Catarina (Joinville e Florianópolis), em outubro de 2022, nos quais as ofensas e ameaças, muitas ilustradas com suásticas, foram dirigidas não apenas a judeus, mas também à população LGBTQIA+, feministas, negros, gordos e amarelos. Ainda assim, nosso foco permanece sendo o antissemitismo e o neonazismo”, afirmam os responsáveis, e complementam:

“Sabe-se que nem todo racista é necessariamente nazista, embora seja impossível haver um nazista que não seja racista (ou homofóbico, ou xenófobo, ou misógino, etc.)”.
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia ... orio.ghtml

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Marcus Valerio dando uma viajada pseudo-filosófica, sobre vitalismo e antivitalismo, e num momento do vídeo ( 6:30 ) ele fala que o fascismo seria vitalista (pró-vida e com estética da beleza, blabla) e que a neoesquerda seria antivitalista (pró-morte).
Mesmo ele comentando o fascismo e nazismo como excesso de antivitalismo, será que ele esqueceu o antivitalismo do fascismo foi responsável por genocídios, extermínios de pessoas que não eram esteticamente e etnicamente consideradas belas? Ele podia ter dissociado defesa da vida de fascismo.


Eros X Thanatos - Vídeo 562


youtu.be/q6Q_WJgrhf8

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Agnoscetico escreveu:
Sex, 07 Julho 2023 - 12:29 pm
Marcus Valerio dando uma viajada pseudo-filosófica, sobre vitalismo e antivitalismo, e num momento do vídeo ( 6:30 ) ele fala que o fascismo seria vitalista (pró-vida e com estética da beleza, blabla) e que a neoesquerda seria antivitalista (pró-morte).
Mesmo ele comentando o fascismo e nazismo como excesso de antivitalismo, será que ele esqueceu o antivitalismo do fascismo foi responsável por genocídios, extermínios de pessoas que não eram esteticamente e etnicamente consideradas belas? Ele podia ter dissociado defesa da vida de fascismo.


Eros X Thanatos - Vídeo 562


youtu.be/q6Q_WJgrhf8
Toda doutrina política deve ser avaliada por seus resultados, não por suas intenções. Intenções vitalistas não geram automaticamente resultados vitalistas. A incapacidade de separar os conceitos de "intenção" e "resultado" acaba gerando as desculpas esfarrapadas do "isso não é a doutrina política X de verdade".

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Johnny
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Mensagem por Johnny »

[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Johnny escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am
[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Simples: não teria sido divulgado.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 am
Johnny escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am
[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Simples: não teria sido divulgado.
Esse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Johnny
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Mensagem por Johnny »

Huxley escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 am
Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 am
Johnny escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am
[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Simples: não teria sido divulgado.
Esse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.
Não redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Johnny escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 12:12 pm
Huxley escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 am
Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 am
Johnny escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am
[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Simples: não teria sido divulgado.
Esse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.
Não redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.
Errado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Johnny
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Huxley escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 20:33 pm
Johnny escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 12:12 pm
Huxley escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 10:45 am
Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 10:03 am
Johnny escreveu:
Sex, 21 Julho 2023 - 08:20 am
[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Simples: não teria sido divulgado.
Esse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.
Não redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.
Errado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.
Só por que você quer e pelo que você acha que sabe do que ocorre lá.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Johnny escreveu:
Sáb, 22 Julho 2023 - 13:06 pm
Huxley escreveu:
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[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Simples: não teria sido divulgado.
Esse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.
Não redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.
Errado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.
Só por que você quer e pelo que você acha que sabe do que ocorre lá.
Se você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Huxley
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Fernando Silva escreveu:
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[Modo Huxley On]Imaginem se fosse em Cuba ou Venezuela[Modo Huxley Off]

https://noticias.uol.com.br/internacion ... em-rio.htm
Simples: não teria sido divulgado.
Esse é o paradoxo da transparência. Quanto mais livre e transparente for o país, o mesmo é percebido mais realisticamente como imperfeito por causa de sua própria transparência. Esse argumento é simétrico: o exato oposto ocorre em países opacos e não livres, como Cuba e Venezuela.
Não redime o fato de haver absurdos, mesmo que por mais que tentem dizer que há liberdade nesses países, muita coisa não é mostrada. Claro que essas mesmas coisas que são mostradas em filmes só vistas como ficção. Mas fazer o quê, cada um crê no que acha que lhe é conveniente e ainda, nunca é colocado em foruns como este aqui.
Errado. Redime sim. O fato de ser um estado-nação muito mais livre e transparente permite que o sistema administrativo tenha um mecanismo de autocorreção muito melhor do que os países não livres e opacos. A proteção aos direitos de liberdade de seus cidadãos evoluiu ao longo das décadas muito mais no primeiro do que nos segundos.
Só por que você quer e pelo que você acha que sabe do que ocorre lá.
Se você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.
Alguém pode criticar os Estados Unidos no Clube Ceticismo usando vídeos de youtuber residente de lá e matéria do UOL que reproduziu informações do Houston Chronicle, CNN International e The Guardian justamente porque a transparência e a legislação da liberdade de expressão de lá deixaram isso acontecer. Por outro lado, dizer “Eu sei de coisas secretas nefastas dos Estados Unidos daqui do Brasil” é uma contradição. Se são secretas, então como você sabe disso? Ou você sabe de nada ou sabe o que todas as pessoas que veem mídia podem saber.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Johnny
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Mensagem por Johnny »

Fernando Silva escreveu:
Sáb, 22 Julho 2023 - 16:02 pm
Se você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.
Só que os baba ovo de "mundo livre" (mundo pelo qual não se sabe o que acontece, mas é livre....) NUNCA se posicionam sobre estes pois sua FÉ não permite. Somando o fato que essa mesma fé não atrai ibope para os jornais, então para que veicular isso, já que podem ainda correr o risco de sofrerem algum tipo de retaliação internacional, pois estes países "livres" fazem mito disso.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

Huxley
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Registrado em: Sáb, 07 Março 2020 - 20:48 pm

Mensagem por Huxley »

Johnny escreveu:
Sáb, 22 Julho 2023 - 22:51 pm
Fernando Silva escreveu:
Sáb, 22 Julho 2023 - 16:02 pm
Se você não sabe o que acontece no mundo livre, muito menos nas ditaduras.
Só que os baba ovo de "mundo livre" (mundo pelo qual não se sabe o que acontece, mas é livre....) NUNCA se posicionam sobre estes pois sua FÉ não permite. Somando o fato que essa mesma fé não atrai ibope para os jornais, então para que veicular isso, já que podem ainda correr o risco de sofrerem algum tipo de retaliação internacional, pois estes países "livres" fazem mito disso.
Voltou a repetir a abobrinha que já refutei. Repetindo. Dizer “Eu sei de coisas secretas nefastas dos Estados Unidos daqui do Brasil” é uma contradição. Se são secretas, então como você sabe disso? Ou você sabe de nada ou sabe o que todas as pessoas que veem mídia podem saber.

Não adianta dizer que a grande mídia americana ou de qualquer outro país livre não mostra isso. Se os dados da realidade representativa existem e estão acessíveis a todos que veem mídia (dados do censo americano, dados de sites da Anistia Internacional, Transparência Internacional, ONU, Our World in Data, etc.), pouco importa se a grande mídia americana ou de qualquer outro país livre não faça alarde.

Então, aguardo evidências de que o chamado “mundo livre” é atualmente um lugar tão autoritário quanto as pocilgas que o mundo livre diz que não são livres: Rússia, China, Cuba, Venezuela, etc.

Re: Totalitarismo: Fascismo, Nazismo e Socialismo

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Huxley escreveu:
Sáb, 22 Julho 2023 - 23:28 pm
Voltou a repetir a abobrinha que já refutei. Repetindo. Dizer “Eu sei de coisas secretas nefastas dos Estados Unidos daqui do Brasil” é uma contradição. Se são secretas, então como você sabe disso? Ou você sabe de nada ou sabe o que todas as pessoas que veem mídia podem saber.
Simples: a pessoa sabe porque viu no Facebook. Ou num zap que a Dona Lurdes mandou.

Como todo mundo reconhece, boatos de rede social têm muito mais credibilidade que notícias investigadas por agências profissionais que enviam repórteres aos locais.
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