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A abertura de R$ 94,4 bilhões no teto de gastos, fruto da manobra dos precatórios e do recálculo retroativo do teto, é muito maior do que a promessa de elevação de gastos sociais (R$ 47 bi). Para onde vai o resto?
É importante enfatizar q a ideia de q romper o Teto para “dar dinheiro para os pobres” é lorota. Colocar as emendas parlamentares sob o Teto e o Auxílio fora é matematicamente equivalente a colocar o Auxílio no Teto e emendas fora. Dinheiro é fungível e o resto é ficção contábil.
80 bilhões é menos de 5% dos gastos do governo (considerando os tributários). Se conseguisse um plano para cortar 5%, esse estresse podia ser evitado e o Auxílio Brasil poderia ser um programa com fontes permanentes.
Teve dinheiro para: -aumentar fundão -bonificação para militares -recorde de emendas -recorde de cartão corporativo -manutenção de privilégios na reforma adm. -manutenção de estatais deficitárias Não tem dinheiro para auxílio emergencial. Aí precisa estourar o teto.
Respondo por ele (e pelo pontes): ambos fazem bem o papel que o patrão espera deles: pau-mandado, (no inglês "yes men")
O patrão pede uma idiotice ou um absurdo qualquer dum assunto que ele não entende lhufas (praticamente qualquer assunto - inteligencia e cultura passam a anos-luz dali),
o pau mandado abaixa as orelhas, acatando sem reclamar e se vira para fazer
Re: Paulo Guedes: charlatão e bolsogado submisso
Enviado: Qua, 10 Novembro 2021 - 21:23 pm
por Huxley
O Ministro de Munchausen
Apesar das promessas para tornar o país uma liberal-democracia (até quinta-feira), o legado do ministro da Economia é a desmoralização de seu projeto
Por Alexandre Schwartsman 10 nov 2021 11h00 - Atualizado 1 dia atrás
Paulo Guedes, mesmo antes de assumir como ministro da Economia, acumulando poderes como virtualmente nenhum outro no período democrático, pretendia mudar a orientação econômica do país, tornando o que chamava de um modelo social-democrata num modelo “liberal-democrata”.
Propunha a transformação do “aparelho de Estado absolutista de Thomas Hobbes, moldado para investir na infraestrutura material, através de estatais e bancos públicos, no Estado de Jean-Jacques Rousseau, que possa atender às legítimas aspirações sociais de uma democracia emergente”.
Neste sentido, prometia “o marco institucional de um novo regime fiscal”, assim como “fast-track” para as privatizações, fim da estabilidade para o funcionalismo, tudo com o objetivo de redução do tamanho do setor público. Assim como uma reforma tributária, que uniria “PIS, COFINS, IPI e esperar[ia] o acoplamento dos estados e municípios.”
No que respeita à abertura da economia, afirmava que a junção dos antigos ministérios da Fazenda (supostamente favorável a ela) e da Indústria e Comércio (desfavorável) garantiria o avanço nesta frente. Em suas palavras: “estamos com a economia fechada há 40 anos e decidimos abrir. Nós sabemos o que queremos. E faremos o que nós queremos.”
Às vésperas de entrarmos no ano final do mandato presidencial, há pouco – se algo – para mostrar da agenda liberal-democrata do ministro.
A bola quicando na pequena área do acordo comercial com a União Europeia foi isolada na arquibancada da má gestão ambiental, para não falar da ambiguidade do próprio ministro “favorável” à abertura, mas que, na hora de reduzir tarifas de importação, refugou, afirmando que “não somos trouxas, pois vamos preservar nosso parque industrial produtivo”, na prática jogando para as calendas gregas quaisquer avanços em termos de maior integração comercial.
Não preciso, acredito, me alongar no capítulo de privatizações. Até agora, nada além de promessas e um projeto de lei de venda da Eletrobras no qual pululam jabutis de diferentes famílias, incluindo a exigência de contratação de térmicas a gás em estados onde não há reservas nem gasodutos que possam suprir estas usinas, à custa de R$ 20 bilhões/ano a serem pagos pelos consumidores, obviamente não ouvidos no processo.
Da mesma forma, a reforma administrativa é um sonho distante, desenvolvimento, diga-se, positivo, ainda que involuntário, pois especialistas apontam para distorções ainda maiores dos que as existentes em caso de aprovação da proposta nos moldes de hoje.
Quem tiver maior interesse pode busca a opinião de Ana Carla Abrão Costa, Armínio Fraga e Carlos Ari Sundfeld neste link; mas, de forma resumida, apenas reforça a ineficiência e cria vantagens ainda maiores para a casta militar, sem surpresa.
Da reforma tributária, resta apenas a saudade do que poderia ser. Mesmo muito mais modesto do que a versão proposta pelo Centro de Cidadania Fiscal, que promoveria enormes simplificação e eliminação de distorções tributárias, notadamente no que se refere ao ICMS, o projeto de unificação de PIS-Cofins e IPI foi descaradamente abandonado à própria sorte, órfão de pai, mãe, avós, tios, etc.
Já a disciplina fiscal foi devidamente sacrificada no altar do Centrão, como exemplificado pela PEC dos precatórios, também conhecida como PEC do calote, por nenhum outro motivo que não representar o calote nos credores na União para abrir espaço orçamentário (em conjunto com a gambiarra casuísta de alteração do indexador do teto de gastos) para um novo programa social que poderia ser perfeitamente financiado dentro das regras existentes, desde que o Executivo tivesse a coragem de resistir aos ataques do Centrão ao orçamento.
Não temos, portanto, nem abertura comercial, nem privatização, nem reforma administrativa, nem reforma tributária, nem disciplina fiscal. Temos uma mistura (infelizmente) bastante conhecida de incompetência e populismo, cujo resultado aparece em cada indicador negativo de atividade econômica, em cada ponto percentual a mais da taxa de inflação (portanto também da taxa de juros) e em cada revisão para baixo da perspectiva de crescimento.
A ironia final é que Paulo Guedes, suposto campeão do liberalismo, é o principal responsável pela desmoralização de um conjunto de ideias que nunca teve chance no país e, apenas por sua força e virtude, demorará ainda mais para tê-lo.
Guedes diz que, se Moro vencer, vai "fechar o Congresso"
Redação O Antagonista
10.12.21 17:29
Em almoço com empresários, o "Marcelo Queiroga da Economia" fez uma projeção sobre como seria a relação entre o ex-juiz e o Poder Legislativo
Não satisfeito em fazer prognósticos errados sobre a economia brasileira, Paulo Guedes (foto), o “Marcelo Queiroga da Economia”, decidiu dar pitacos sobre o que aconteceria se Sergio Moro assumisse a Presidência.
Segundo O Globo, Guedes afirmou, em almoço com empresários em São Paulo nesta sexta-feira (10), que o ex-juiz pode fechar o Congresso se for eleito.
“Se vocês acham que a gente vive um período de Guerra Fria entre governo e Congresso, aguardem. Se o Moro vencer a eleição, vai ser uma guerra nuclear. Ou eles botam o Moro para fora ou o Moro fecha o Congresso.”
Os dados do PIB revelam uma economia estagnada. E não apenas pelo impacto negativo da agropecuária, já que poucos setores cresceram, quase como em 2014-16. As perspectivas são de continuidade da estagnação.
Guedes diz que, se Moro vencer, vai "fechar o Congresso"
Redação O Antagonista
10.12.21 17:29
Em almoço com empresários, o "Marcelo Queiroga da Economia" fez uma projeção sobre como seria a relação entre o ex-juiz e o Poder Legislativo
Não satisfeito em fazer prognósticos errados sobre a economia brasileira, Paulo Guedes (foto), o “Marcelo Queiroga da Economia”, decidiu dar pitacos sobre o que aconteceria se Sergio Moro assumisse a Presidência.
Segundo O Globo, Guedes afirmou, em almoço com empresários em São Paulo nesta sexta-feira (10), que o ex-juiz pode fechar o Congresso se for eleito.
“Se vocês acham que a gente vive um período de Guerra Fria entre governo e Congresso, aguardem. Se o Moro vencer a eleição, vai ser uma guerra nuclear. Ou eles botam o Moro para fora ou o Moro fecha o Congresso.”
Guedes matou o orçamento e saiu de férias. Orçamento é produto d escolhas. O de 2022, composto em meio a uma pandemia, dedica-se radicalmente a dois projetos patrimonialistas: o eleitoral e o corporativista.
@andreazzaeditor
baita análise!Rosto com monóculo
@FelipeSalto
@reztirps
Comentário-resumo sobre o artigaço de Carlos Andreazza sobre a cheerleader do Bolsonaro do Ministério da Economia - Paulo Guedes.
Re: Paulo Guedes: charlatão e bolsogado submisso
Enviado: Dom, 02 Janeiro 2022 - 14:00 pm
por Gigaview
Re: Paulo Guedes: charlatão e bolsogado submisso
Enviado: Sáb, 08 Janeiro 2022 - 22:09 pm
por Huxley
Sobre a política econômica setorial de BolsoGuedes... Para os empresários amigos do rei, privilégios parasíticos sociais e econômicos. Já para o restante...
#ANÁLISE: 'Corte na verba da Economia e de outros órgãos importantes é exemplo de um orçamento voltado para a eleição. E Guedes dizia que o problema dele era Rodrigo Maia...' - @andreazzaeditor
Lembrando que foi o Ministério da Economia que autorizou ministros militares a acumularem salários e receberem acima do teto constitucional. Portaria contou com a assinatura do Guedes.
“Inflação acelera a 1,62% em março, maior variação para o mês desde 1994
Em 12 meses, o índice acumula alta de 11,30%; mercado esperava aumento de 1,30% no mês e de 10,98% no acumulado em 12 meses; Transportes e Alimentação foram os maiores impactos do mês”: https://www.cnnbrasil.com.br/business/i ... esde-1994/
1/2. O desemprego melhorou, mas sobretudo pelo mercado informal. O rendimento real ainda cai à razão de 8-8,5%, na esteira da inflação alta (sobretudo a de alimentos). Os juros mais elevados já alçam o custo médio da dívida pública a algo como 9,5% no acumulado em 12 meses. +
Respira aliviada a eterna indústria nascente brasileira!!!
No aguardo do próximo programa que vai ter cara, cheiro, rabo, aspecto de, andar como mas NÃO será igual vimos em Dilma I para ajudar esse setor que infelizmente é o Benjamin Button daqui
Uma sugestão de correção no título da matéria acima… O verbo congruente com a intenção declarada de Bolsonaro é “sobretaxará”: “Bolsonaro nega que sobretaxará… ”. Quando ele diz “a saída deve ser a fiscalização”, deve-se salientar que fiscalizar é justamente tentar garantir a taxação de todas as compras provindas de importação.
Clara Nunes cantaria que, para subir, o ministro desceu. Desceu mais. Guedes como agente interventor numa companhia de capital aberto.
@andreazzaeditor
texto irretocável
@elena_tebet22
@rvitoria
@TonyVolpon
@Seneguini
@aramis_1980
“Descobrimos que uma regra fiscal colocada na Constituição, que supostamente seria quase inviolável, pode ser violada ao sabor do governante de plantão a um prazo muito curto. Para todos os fins, é como se não houvesse restrição fiscal”
(…)
O governo Bolsonaro/Guedes, desesperado, já não acha tão suicida o conjunto de medidas que chamava, em fevereiro de 2022, de PEC Kamikaze. A incompetência da galera é circular. Mas o ministro da Economia resiste, né? Fiscalista!
(…)
Respira aliviada a eterna indústria nascente brasileira!!!
No aguardo do próximo programa que vai ter cara, cheiro, rabo, aspecto de, andar como mas NÃO será igual vimos em Dilma I para ajudar esse setor que infelizmente é o Benjamin Button daqui
Uma sugestão de correção no título da matéria acima… O verbo congruente com a intenção declarada de Bolsonaro é “sobretaxará”: “Bolsonaro nega que sobretaxará… ”. Quando ele diz “a saída deve ser a fiscalização”, deve-se salientar que fiscalizar é justamente tentar garantir a taxação de todas as compras provindas de importação.
Guedes foi um desastre completo. Faz vista grossa para o Orçamento secreto, deu calote nos precatórios, driblou o teto de gastos e suspendeu auxílio emergencial na 2ª onda da pandemia.
Do outro lado, quem formulou e implementou o Plano Real.