Política brasileira

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Huxley
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O ato institucional do STF

A decisão liminar de Gilmar Mendes, ministro decano do STF, é de gravidade comparável às dos atos institucionais da ditadura militar

Mario Sabino
04/12/2025 12:27, atualizado 04/12/2025 17:11

Por meio de um golpe branco, a democracia brasileira se tornou, ontem, uma autocracia. Nela, o único dos três Poderes composto por integrantes sem mandato popular, o Judiciário chefiado pelo STF, passou a estar acima dos outros dois, e de forma incontrastável.

Não é exagero retórico. A decisão liminar de Gilmar Mendes, no âmbito de uma ação movida por aliados políticos de ministros do Supremo, é de gravidade comparável às dos atos institucionais da ditadura militar.

Com uma canetada monocrática, o decano revogou o artigo 52 da Constituição, segundo o qual compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar os ministros do STF. Ele também extinguiu a lei, datada de 1950, que garante a qualquer cidadão brasileiro apresentar denúncia por crimes de responsabilidade dos ministros do tribunal. O povo se viu alijado de um direito.

De acordo com a decisão liminar de Gilmar Mendes, o que era competência do Senado agora passa a ser atribuição exclusiva da Procuradoria-Geral da República, hoje comandada pelo seu amigo e ex-sócio Paulo Gonet.

Caberá somente à PGR denunciar ministros do STF e, para que haja abertura de processo de impeachment, Gilmar Mendes determinou que será necessário o apoio de dois terços do Senado, não mais o de uma maioria simples. Os demais ministros devem chancelar a liminar a partir do dia 12 de dezembro, em plenário virtual, longe do escrutínio popular, portanto.

Só em uma república das bananas, juízes podem rasgar a Constituição e uma lei dessa forma para impor a sua vontade a 81 senadores eleitos.

Na sua primeira camada, a do casuísmo, a liminar serve para blindar os integrantes do STF contra a provável maioria de direita a ser eleita para o Senado, em 2026. Nas condições que existiam até ontem, não seria impossível para essa eventual maioria obter a cabeça de Alexandre de Moraes, prioridade do bolsonarismo até o momento frustrada pelos presidentes da Casa.

Na sua segunda camada, porém, a liminar de Gilmar Mendes vai muito além do casuísmo. Ela é a formalização da supremacia do STF sobre os outros poderes, aberração autoritária que vem sendo construída desde 2019 com a abertura, de ofício, do primeiro dos inquéritos sigilosos destinados a “salvar a democracia”.

O salvamento da democracia pelo tribunal é uma daquelas fantasias que jornalistas gostam de vender, mas ela não resiste ao teste da realidade de um Supremo que virou canhão solto no convés.

A liminar do decano sacramenta que um ministro do tribunal pode realmente fazer o que quiser, sem qualquer controle externo digno desse nome, ao arrepio da Constituição e das leis que regulamentam os direitos e deveres dos cidadãos.

Exemplo disso é que, se o Legislativo aprovar uma emenda constitucional para reverter a decisão de Gilmar Mendes, o STF irá declará-la inconstitucional, como já foram advertidos senadores e deputados.

Alguns jornalistas apontam que, no caso de um candidato da direita vencer a eleição presidencial do ano que vem, o próximo procurador-geral da República não será dócil como Paulo Gonet e poderá levar adiante uma denúncia contra um ministro do Supremo. Ou seja, o feitiço do STF se viraria contra o feiticeiro.

É uma ingenuidade. Primeiro, porque o tentáculos políticos dos ministros do Supremo hoje alcançam o órgão e a corporação que se conectam diretamente ao tribunal no seu dia a dia: PGR e PF. Ninguém mais as chefia sem a aprovação prévia de integrantes do tribunal, e a aprovação exige lealdade absoluta.

Depois, haverá sempre a possibilidade de o STF mudar outra vez a legislação sobre o impeachment de seus ministros para evitar novos sobressaltos. Não existem pudores, na atual composição, quanto ao uso da jurisprudência de ocasião e da discricionariedade para fazer valer os seus interesses e conveniências — basta verificar como o ministro Dias Toffoli se apropriou do processo contra Daniel Vorcaro, que fez ótimas amizades em Brasília, usando de simpatia e generosidade calculadas.

Estamos vivendo sob uma autocracia, apesar de aparências em contrário que funcionam como atenuante para a verdade dura. Alguns chamam de ditadura do Judiciário. Não importa o nome que se dê, a Nova República, com o seu sistema de freios e contrapesos, terminou oficialmente ontem com o ato institucional do STF. O que temos é simulacro.
Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mari ... nal-do-stf

Re: Política brasileira

Huxley
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Re: Política brasileira

Huxley
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acho engraçado que os artistas da globo e a turma do leblon ficaram indignados com a blindagem do congresso, promoveram passeatas, mas fingem demência com a blindagem do STF.

tem que ser muito otário pra achar que essa casta cultural defende democracia.
(lygia maria)

Fonte: https://x.com/lygia_maria/status/1996682138843074910

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Tutu
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Huxley escreveu:
Qui, 04 Dezembro 2025 - 19:15 pm
Com uma canetada monocrática, o decano revogou o artigo 52 da Constituição, segundo o qual compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar os ministros do STF. Ele também extinguiu a lei, datada de 1950, que garante a qualquer cidadão brasileiro apresentar denúncia por crimes de responsabilidade dos ministros do tribunal.

O salvamento da democracia pelo tribunal é uma daquelas fantasias que jornalistas gostam de vender, mas ela não resiste ao teste da realidade de um Supremo que virou canhão solto no convés.

A liminar do decano sacramenta que um ministro do tribunal pode realmente fazer o que quiser, sem qualquer controle externo digno desse nome, ao arrepio da Constituição e das leis que regulamentam os direitos e deveres dos cidadãos.

Exemplo disso é que, se o Legislativo aprovar uma emenda constitucional para reverter a decisão de Gilmar Mendes, o STF irá declará-la inconstitucional, como já foram advertidos senadores e deputados.
Imagino o que ocorreria caso o congresso resolva se rebelar ao STF e desejar seguir a lei. O policial federal que prenderia o deputado ou juiz do congresso estaria no meio de um impasse e não saberia a quem obedecer.
Mas um cenário de congresso forte contra abusos do STF só seria possível se esquerda e direita estiverem unidas nesse conflito e isso só coincide quando o próprio povo, o que inclui a PF, também concordem com o congresso.
Na sua primeira camada, a do casuísmo, a liminar serve para blindar os integrantes do STF contra a provável maioria de direita a ser eleita para o Senado, em 2026. Nas condições que existiam até ontem, não seria impossível para essa eventual maioria obter a cabeça de Alexandre de Moraes, prioridade do bolsonarismo até o momento frustrada pelos presidentes da Casa.
Não conheço o direito brasileiro, mas é extremamente difícil eleger 2 terços do congresso como sendo da direita ou da esquerda. Parece que os partidos mudam radicalmente quando a janela de Overton avança para que eles não se tornem irrelevantes.

Mas essa vulnerabilidade existe e é um bug da constituição.
A forma de proteger o STF num cenário hipotético desses seria corrigir esse problema na constituição e só um congresso honesto é capaz de fazer isso. Uma ideia seria dissolver o congresso e refazer as eleições caso um número grande de juízes sofram impeachment ou convocar referendos para confirmar os impeachment.

Re: Política brasileira

Huxley
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Dias antes de impor sigilo máximo ao processo que corre no STF envolvendo o Banco Master, o ministro Dias Toffoli viajou ao Peru para assistir à final da Libertadores junto com o advogado de um dos diretores do banco. A informação foi dada pelo jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo e confirmada por
@ValdoCruz
.

➡️ Assista à #GloboNews: http://glo.bo/2Mxn1fC
(GloboNews)

Fonte: https://x.com/GloboNews/status/1997733775933927925
outra coincidência linda é o STF ter abolido a possibilidade de impeachment de seus ministros pouco antes da imprensa divulgar a viagem de toffoli com o advogado do banco master

tudo coincidência, claro. imagino que a decisão ter sido em caráter liminar, em súbita urgência após tantas décadas, não tenha nada a ver com isso
(fried)

Fonte: https://x.com/FriedHardt/status/1997660244105625674

a defesa do ministro é que "o caso ainda não havia chegado em seu gabinete"

como se a crítica não fosse justamente a relação pessoal com a parte FORA DOS AUTOS

o ministro viaja de jatinho particular com o advogado, mas não tinha como saber oq esse advogado protocolou ou ia protocolar, pois eles já disseram q não conversam sobre processo nessa linda amizade que trata apenas de assuntos amenos, um acordo entre cavalheiros de não citar o trabalho no meio de uma bebedeira

-e esse calor hein ministro
-pois é dr., quente né
-daqui a pouco vou até tirar o paletó hehehe
-sim sim hehehe
-....

enfim, essa é a relação, apenas isso.
(fried)

Fonte: https://x.com/FriedHardt/status/1997793209666437561

Re: Política brasileira

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Tutu
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A esquerda e a direita do Rio de Janeiro e de São Paulo são uma desgraça para o país.

Direita paulistana:
Gente chata de nariz empinado, com complexo de vira-lata, que defende o neoliberalismo e entreguismo. Idolatram os Estragos Unidos. Querem privatizar tudo achando que isso resolve alguma coisa. Liberalismo para rico e frases como "o pobre tem toda liberdade para abrir uma empresa estável ou estudar medicina", dizendo que pobreza é preguiça. Essa gente dá nojo.

Esquerda paulistana:
Popular entre jovens de apartamento, que não passam dificuldade e demoram a ter emprego. Usam ideologia globalista vinda do exterior achando que explica alguma coisa no Brasil. É representada pelo PSOL, partido extremista que defende tudo que não presta: ideologia woke, DEI, arco-íris, racismo inverso, cultura do assédio sexual, direito dos manos, aborto e liberdade para se drogar e formar cracolândia.

Direita carioca:
Máfia envolvida com diversas organizações criminosas, incluindo Comando Vermelho, milícias e igrejas pentecostal. Ganha dinheiro com o negócio lucrativo de drogas e por isso não quer legalizar para abrir o mercado. Pastor faz propaganda

Esquerda carioca:
A sede do partido do cabelo colorido é no RJ, então tem tudo o que foi falado acima sobre o PSOL. Podemos adicionar que eles romantizam a favela como "cultura". Por isso, defende a aberração conhecida como "funk". Como a esquerda tem controle da cultura, promovem conteúdo emburrecedor. Também são aliados do crime organizado por defender bandido solto e a manutenção das favela. Se "favela venceu", os prejudicados são os próprios favelados.

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Huxley
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O STF é um trem descarrilado
Os defensores de causas perdidas têm a minha solidariedade. Afinal de contas, sou um deles. Estou falando de Edson Fachin, presidente do STF

Mario Sabino
08/12/2025 11:55, atualizado 09/12/2025 10:47


Os defensores de causas perdidas têm a minha solidariedade. Afinal de contas, sou um deles. Estou falando do ministro Edson Fachin, presidente do STF.

Li na coluna do colega Igor Gadelha que Fachin propôs que se elaborasse um código de conduta para os ministros da corte — e que, ao fazê-lo, irritou alguns colegas.

Ao contrário dos juízes das demais instâncias, os ministros do STF não se submetem à Lei Orgânica da Magistratura ou ao Conselho Nacional de Justiça. A nada que não seja a própria consciência no seu dia a dia repleto do que deveriam ser questões éticas.

Deveriam ser, mas não são, porque parece faltar consciência do que seja ético a boa parte dos ministros, pelo menos dentro dos parâmetros do vulgo, e imagino que tal foi a constatação que levou Fachin a propor um código de conduta.

É mais uma causa perdida para ele desde que se tornou presidente do STF, naquela cerimônia de posse de uma sobriedade franciscana, muito em contraste com a do seu antecessor e claro manifesto de intenções.

Fachin queria que o Supremo voltasse aos trilhos depois de anos de descarrilamento. Ou seja, que houvesse autocontenção tanto no seu papel institucional, para não usurpar atribuições dos outros Poderes, como nas atitudes dos ministros do tribunal, para evitar conflitos de interesses.

De uma semana para cá, no entanto, aconteceu tanta coisa em sentido contrário ao pretendido pelo presidente do STF, que até parece que foi de propósito para mostrar que não vem que não tem, Fachin.

Comecemos pelo ministro Dias Toffoli. Ele impôs sigilo completo, máximo, absoluto, ao processo do Banco Master, do “banqueiro” Daniel Vorcaro, e determinou que todas as investigações sobre a lambança devem passar sob o seu crivo.

A imprensa lembrou que Daniel Vorcaro, nos tempos das vacas obesas, proporcionou regabofes a ministros do STF, em Nova York e Londres, a pretexto de “discutir o Brasil”.

Os jornalistas também não poderiam deixar de apontar que a mulher de Alexandre de Moraes é advogada do Banco Master. Entre os documentos recolhidos no Banco Master pela PF, está o contrato de honorários de Viviane Barci de Moraes.

Não bastasse Toffoli ter imposto sigilo ao processo do Banco Master, que tem a mulher do colega como advogada, e determinado que nenhuma ponta pode ser investigada sem a sua supervisão, soube-se neste fim de semana, por intermédio do jornalista Lauro Jardim, que Dias Toffoli foi assistir à final da Libertadores, de Palmeiras contra Flamengo, em Lima, levado por um empresário amigo no jato particular do sujeito (que conheço, simpaticíssimo).

“Com os dois, batendo uma bola no mesmo voo, estava Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de justiça do governo Lula. Arruda Botelho também é torcedor do Verdão. Mas não só. É advogado de Luiz Antonio Bull, que vem a ser — olha só que coincidência — diretor de Compliance do Master e preso na mesma operação da PF que mandou Vorcaro ao cárcere”, informou o jornalista.

Eu ainda estava espantado com o fato de o Banco Master ter diretor de Compliance, e veio mais um negócio lindo: “foi justamente atendendo a um recurso de Arruda Botelho que Toffoli decidiu também dar acesso a todos os elementos da prova já documentados da PF que eram do interesse do Bull”, escreveu Lauro Jardim.

Passemos, agora, ao decano Gilmar Mendes. O ministro neo-divorciado não deu uma banana, mas um cacho delas para a autocontenção tão sonhada por Fachin ao abolir, com a pena do absolutismo e a tinta do autoritarismo, o direto constitucional de qualquer cidadão brasileiro pedir o impeachment de um ministro do STF. Para blindar si próprio e os companheiros, Gilmar também deu um peteleco nos senadores ao editar o ato institucional que sacramenta a hegemonia do Supremo sobre os demais Poderes.

Em justificativa à canetada do decano, o ministro Flávio Dino disse que existem, no Senado, 81 pedidos de impeachment de ministros do Supremo. “Isso nunca aconteceu em nenhum país do planeta Terra”, acrescentou o eterno indignado, conhecido por falar apenas pelos autos. Pode-se argumentar, contudo, que o STF é mesmo de outro mundo.

Por fim, que é sempre por enquanto, não nos iludamos, tem-se Alexandre de Moraes, o mais novo “herói” do Financial Times. Abro parêntese. Fico feliz que o jornal inglês considere “herói” o senhor que censurou a revista que criei e que me obrigou a depor na PF por ter publicado reportagem verdadeira sobre Dias Toffoli, torcedor do Porco. Fecho parêntese.

Alexandre de Moraes, eu ia dizendo, não pretende encerrar o inquérito das fake news tão cedo ou tão tarde, publica a jornalista Carolina Brígido. Com quase 7 anos, ele seguirá aberto “para combater eventuais novos ataques à corte, proteger as instituições e a democracia”.

Veio para ficar a invenção do inquérito preventivo, aberto de ofício, sem objeto definido e sem data para terminar, em casamento perfeito com a do juiz que é vítima, investigador, acusador e julgador em um único processo. A democracia é à la brasileira.

Moderação institucional, código de conduta: coitado do Fachin, o STF é um trem descarrilado.
Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mari ... scarrilado

Re: Política brasileira

Huxley
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Daniel Vorcaro e a pergunta de R$ 129 milhões
Qual causa justificaria o Banco Master, de Daniel Vorcaro, pagar R$ 129 milhões ao escritório da mulher de Alexandre de Moraes?

Mario Sabino
09/12/2025 11:49, atualizado 09/12/2025 15:02


Em outros tempos, seria manchete a notícia de que o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes, tinha um contrato com o banco Master, de Daniel Vorcaro, no valor de R$ 129 milhões.

Vou repetir por extenso: cento e vinte e nove milhões de reais. Ao câmbio de hoje, equivalem a vinte e três milhões e quinhentos e oitenta e três mil dólares.

De acordo com a jornalista Malu Gaspar, o contrato, encontrado no celular de Vorcaro em formato digital, previa que essa fortuna seria paga ao longo de 36 meses, em prestações mensais de R$ 3,6 milhões a partir do início de 2024.

A bolada não foi embolsada integralmente, uma vez que o Banco Master entrou em liquidação. “Tudo indica, porém, que o escritório foi regiamente pago enquanto possível, porque nas mensagens com a equipe Vorcaro deixava claro que os desembolsos para Viviane eram prioridade para o Master e não podiam deixar de ser feitos em hipótese alguma”, diz a jornalista.

Por que era uma prioridade pagar o escritório da mulher do ministro Alexandre de Moraes?

Qual causa justificaria honorários de R$ 129 milhões a uma advogada que está longe de ser um peso-pesado da advocacia paulista? No contrato, não há escopo definido.

Por que Dias Toffoli decretou sigilo máximo sobre o processo envolvendo o Banco Master e o seu controlador, mantendo o caso sob as suas asas no STF, embora Daniel Vorcaro não tenha foro especial?

Também é de se perguntar por que a prisão preventiva de Daniel Vorcaro foi revogada pela mesma desembargadora que havia negado o pedido de soltura, tão logo se soube que os advogados criminais do “banqueiro” haviam recorrido ao STF e que o processo foi distribuído para Dias Toffoli.

Por que a notícia sobre os honorários da mulher de Alexandre de Moraes não é manchete?

Não teremos respostas, infelizmente, porque é arriscado até fazer perguntas na vibrante democracia brasileira.
Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mari ... 29-milhoes

Re: Política brasileira

Huxley
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Um país em que ministro da Suprema Corte legisla para pressionar o Congresso, e depois entra em “acordo” com ele para rever sua própria decisão em troca de medidas legislativas convenientes, já não tem separação de Poderes.

Só chantagens e escambos entre eles.
(Felipe Moura Brasil)

Fonte: https://x.com/FMouraBrasil/status/1998811603937145070

Gilmar atendeu ao Senado e suspendeu da liminar sobre impeachment o trecho que restringia ao PGR (hoje seu ex-sócio) a atribuição de denunciar ministro do STF.

Ele tirou o bode da sala, mas manteve a exigência de 2/3 da Casa, não mais maioria simples, para avançar o processo.

Seu candidato favorito ao Supremo, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é autor de um projeto de lei que altera a Lei do Impeachment, de 1950. A Advocacia do Senado pediu que o STF aguardasse o Congresso concluir a apreciação. Gilmar topou aguardar o serviço do aliado.

Saiba mais:
- https://youtu.be/5zrtR5MtJ3A.
(Felipe Moura Brasil)

Fonte: https://x.com/FMouraBrasil/status/1998834993011859630

➡️ Ação contra Paulinho da Força no STF volta a andar após 2 anos parada

Depudtado responde a um processo no STF sobre esquema de captação ilícita de clientela para ajuizamento de ações trabalhistas

https://www.metropoles.com/brasil/acao- ... nos-parada
(Metrópoles)

Fonte: https://x.com/Metropoles/status/1998822670016610502

Existência dessa ação é mais um motivo para Paulinho da Força buscar agradar ministros do STF. Blindagem deles contra impeachment foi decidida por Gilmar em ADPF do Solidariedade, presidido por Paulinho. E ele é o relator que fez anistia virar dosimetria, como quiseram ministros.
(Felipe Moura Brasil comentando o tuíte logo acima)

Fonte: https://x.com/FMouraBrasil/status/1998844727458967802

Re: Política brasileira

Huxley
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Impeachment: STF usa direito do cidadão como moeda de troca

Decano do STF cassa o direito de qualquer cidadão pedir impeachment e o devolve após a garantia de que o direito será limitado

Mario Sabino
11/12/2025 09:18, atualizado 11/12/2025 09:19

Entre o vendaval em São Paulo e o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para que ele saia da prisão a fim de ser operado outra vez, o STF deu a sua nota diária.

Gilmar Mendes suspendeu um trecho da sua liminar sobre a lei do impeachment, aquela que ganhou cabelos brancos da noite para o dia. O trecho suspenso foi o que conferia exclusivamente ao procurador-geral da República — hoje amigo do decano, amanhã também, e assim por diante até o final dos tempos — a atribuição de denunciar ministros do STF para que sejam defenestrados.

Não se trata de dádiva. Houve negociações entre Gilmar e senadores, nunca políticas, sempre institucionais, para que ele voltasse atrás na decisão de cassar completamente o direito dos cidadãos de pedir o impeachment das excelências.

O decano espera, agora, que o Legislativo faça a sua parte e torne as coisas bem mais difíceis para os brasileiros comuns, como você e eu, certamente imaturos, inconscientes e, portanto, irresponsáveis que somos em relação à árdua missão institucional dos integrantes do STF.

Na nova decisão, muito elogiosa ao elevado espírito público de quem engavetou no Senado as dezenas de pedidos contra os integrantes do tribunal, Gilmar faz jus à sua conhecida humildade e se atribui um mérito:

A decisão que deferiu a medida cautelar, com fundamento na proteção das garantias constitucionais dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, teve repercussão imediata na tramitação do PL 1.388/2023, que passou a tramitar com prioridade e celeridade. Tal encaminhamento evidencia a atenção e a sensibilidade do Parlamento às balizas emanadas desta Suprema Corte, refletindo um compromisso com a estabilidade institucional e com a correta interpretação do ordenamento jurídico.

Interessante notar que os termos originais do projeto foram, em linhas gerais, ajustados para incorporar parcela significativa das orientações contidas na medida cautelar. Esse aprimoramento legislativo não se limita a atender formalmente às determinações do Supremo Tribunal Federal, mas configura ato de elevado espírito público, voltado à preservação da integridade do Poder Judiciário e à proteção da harmonia entre os poderes.

Ao ler os parágrafos, ocorreu-me que seria interessante notar também que, além da novidade do sequestro de candidatura presidencial para libertar pai da cadeia, abordada ontem aqui, temos agora, sem sombra de pudores inúteis, a captura da Constituição para atingir objetivos corporativos.

Vou vestir branco para ser mais claro: o decano cassou o direito constitucional de qualquer cidadão pedir impeachment, usou-o como moeda de troca e o devolveu depois de obter a garantia de que ele será limitado. Que belo país, o Brasil.
Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mari ... a-de-troca

Re: Política brasileira

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Togas voadores

Abusos motivaram Facchin a propor um código de condutas, sob forte reação dos amantes da boca-livre. eles se acham acima de todos nós

Nelson Motta 12/12/2025


Não há outra conclusão possível: eles se acham acima de todos nós, não devem satisfação a ninguém, se consideram supremos merecedores de todos os privilégios. No caso, ministros do Supremo Tribunal Federal, especialmente Dias Toffoli, e por outros motivos, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

Gilmar e Alexandre ao menos são professores de Direito, Dias Toffoli sequer passou em concurso para juiz, e se tornou supremo pela suprema vontade de Lula de premiar não um grande jurista de notório saber jurídico, mas um advogado do PT, disposto a fazer a vontade do chefe e subir na vida.

Mas Lula acabou sendo uma grande vítima da covardia e carência de caráter do nomeado, quando os ventos mudaram, e ele negou a Lula, preso, autorização para acompanhar o enterro de seu neto. Lula nunca o perdoou, ninguém perdoaria, e ele se desdobra em tentar limpar sua barra com o chefe. É difícil que esse ânimo não interfira em suas decisões, com a imparcialidade que exige a função.

Depois, com uma decisão monocrática, absoluta, suprema, acabou com todo o trabalho da PF na Lava-Jato que havia revelado uma massa colossal de provas sobre a corrupção endêmica no governo, com culpados confessos pagando multas bilionárias. Claro, os abusos dos falsos moralistas Sergio Moro e Deltan Dallagnol deram oportunidade para, por motivos fúteis, tecnicismos, Toffoli anular tudo e ponto final. Ele só não disse o que fazer com os empresários que confessaram seus crimes e pagaram R$ 6 bilhões em multas. O Brasil sendo Brasil, é possível que, com alguma manobra jurídica nas mãos de um juiz compreensivo, recebam tudo de volta com juros. Hoje ninguém lembra disso, só a biografia do ministro.

Com uma canetada e um poder que nenhum dos poderes da República tem, puxou para si e parou todas as investigações, perícias, depoimentos, sobre a quebra do Banco Master, que lesou milhares de pessoas e instituições.

Ele, mas não só ele, adora viagens internacionais para fóruns que poderiam ser realizados em qualquer lugar do Brasil, em resorts turísticos fabulosos, onde encontram advogados, clientes, políticos, em torno de boa mesa e palestras chatas. Mas Londres e Lisboa são as favoritas das togas turísticas. Eles têm o maior salário da República para viajar quando quiserem, às próprias custas. Mas quem resiste a uma boca-livre no Brasil?

O mais irritante é que eles sempre se acham acima de qualquer suspeita, com arrogância máxima.

Toffoli, singelamente, diz que não há conflito de interesses porque não conversou sobre o caso com os dois advogados que, por mero acaso, o acompanharam no “voo da vitória” palmeirense para Lima no jatinho de um empresário, nem no voo da derrota, do Palmeiras e de Toffoli.

São abusos de poder como esse que motivaram o ministro Edson Facchin a propor um código de conduta para os magistrados, sob forte reação dos viajantes e amantes da boca-livre, que dizem que esses luxos não interferem em suas decisões nem na credibilidade da Justiça. Quem acredita nisso?
https://oglobo.globo.com/cultura/nelson ... ores.ghtml

Re: Política brasileira

Huxley
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Re: Política brasileira

Huxley
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Mensagem por Huxley »

STF: Fachin e os moleques de recados da imprensa

O STF tem moleques de recados na imprensa. Quer dizer, alguns ministros do STF os têm, aqueles lá que se acham acima do bem e do mal

Mario Sabino

16/12/2025 11:00, atualizado 16/12/2025 18:54

O STF tem moleques de recados na imprensa. Quer dizer, alguns ministros do STF os têm, aqueles lá que se acham acima do bem e do mal.

O recado mais recente vem sendo endereçado ao presidente da corte, Edson Fachin. Aqueles ministros lá mandaram os seus moleques de recado na imprensa dizer que o código de conduta que ele está elaborando, baseado na experiência alemã, não vai contar com a aprovação da maioria dos integrantes do tribunal e que, portanto, é bom Fachin deixar de história.

Para torpedear a iniciativa muito bem-vinda por todos os que, de fato, prezam a instituição, aqueles ministros lá justificam que esta não é uma boa hora, porque o código de conduta pode fragilizar a imagem do tribunal, expondo conflitos entre os ministros no momento em que é preciso mostrar coesão após a reação ao 8 de janeiro e a condenação de Jair Bolsonaro.

Francamente, é falta de pudor tentar fazer crer que uma ação saneadora levada a cabo internamente poderia enfraquecer o STF. É justamente o contrário: mostraria que o tribunal está consciente das barbaridades éticas cometidas por alguns ministros e que é forte o suficiente para enquadrá-los por meio de um mecanismo de autocontrole.

Como escrevi aqui, o STF é um trem descarrilado que tem de voltar urgentemente ao trilhos dos quais nunca deveria ter saído.

Há seis anos, desde a abertura do inquérito das fake news, o tribunal atropela a Constituição que deveria defender, e ministros seus, aproveitando-se do status autoconferido de paladinos da democracia, sentem-se cada vez mais livres para buscar e defender interesses pessoais, de amigos ou de amigos dos amigos.

O caso do Banco Master é o mais escandaloso nesse sentido. Há exatamente uma semana, por exemplo, publicou-se a notícia espantosa de que o escritório de advocacia da mulher de Alexandre de Moraes firmou um contrato de R$ 129 milhões com o banco, cujo escopo levanta uma miríade de indagações.

Elas, ao que parece, ficarão sem resposta, e não apenas porque a imprensa, cheia de moleques de recado, mostra pouco interesse em investigar. Tão inacreditável quanto a quantia multimilionária é o silêncio sepulcral do ministro sobre o assunto, como se ele não tivesse satisfação a dar à sociedade.

É por causa desse tipo de situação que Luiz Edson Fachin vê a necessidade da adoção de um código de conduta. Só quem tem conduta discutível tem motivo para ser contra.
Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mari ... a-imprensa

Re: Política brasileira

Huxley
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A @malugaspar, do Globo, segue investigando o contrato de R$ 129 milhões (!) da esposa de Moraes com o Banco Master.

Segundo documento apresentado pela colunista — supostamente extraído do celular do dono do banco —, o contrato previa a atuação do escritório em processos judiciais, autarquias e até mesmo no Congresso Nacional.

No entanto, até agora, entre os milhares de processos judiciais do Master, Malu Gaspar conseguiu confirmar a atuação do escritório apenas em um caso de difamação.

Também não há registros de atuação no Cade nem no Banco Central.

O contrato previa uma remuneração mensal de R$ 3,6 milhões (!). O escritório ainda não se pronunciou; portanto, não se sabe exatamente quanto foi efetivamente pago, nem quais serviços foram prestados.

As investigações sobre o Master foram transferidas para o ministro Toffoli, que baixou sigilo e ainda ordenou que TODOS os documentos sobre o caso fiquem no seu gabinete.

Imagem
(Leandro Ruschel)

Fonte: https://x.com/leandroruschel/status/2001348178285634027

Re: Política brasileira

Huxley
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Esse é o discurso mais ESCANDALOSO que eu já vi no Senado.

O senador Alessandro Vieira EXPÔS totalmente o ministro Alexandre de Moraes.

Vieira disse que Moraes ajudou a construir o texto da Dosimetria, fez um acordo com governo e oposição e ainda ligou para senadores para tentar aprovar o texto. Se isso não é atividade político-partidária, nada mais é.

Vocês têm noção disso?

Se o Alcolumbre não fosse um presidente do Senado completamente OMISSO e CONIVENTE, um processo de impeachment já estaria aberto.

E vamos ser claros: Esse é o mesmo ministro do STF que fica falando publicamente contra a dosimetria(o que também já é um absurdo).

Então, esqueçam aquele papelzinho de xerife da democracia que ele faz durante as sessões do STF. Para as câmeras ele é contra a dosimetria, mas, nos bastidores, ele ajuda até a ELABORAR O TEXTO dessa dosimetria.

Eis o juiz herói de vocês.
Eis o paladino da democracia de vocês.

Obrigado, Alessandro Vieira.
(Enio Viterbo)

Fonte: https://x.com/EnioViterbo/status/2001761289601962417

Senador Alessandro Vieira citou nominalmente o ministro Alexandre de Moraes como parte integrante do acordo para votar o PL da Dosimetria hoje.

(vídeo)
(Eixo Político)

Fonte: https://x.com/eixopolitico/status/2001441068869460263

Re: Política brasileira

Huxley
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Alguém já descobriu o que a esposa e os filhos de Moraes fizeram para o Banco Master em troca do contrato que garantiu sua empresa o pagamento de R$ 129 milhões?

Ou simplesmente aceitamos que Xandão é um rei tão benevolente que ele e sua família merecem essa fortuna colossal?

Imagem
(Glenn Greenwald)

Fonte: https://x.com/ggreenwald/status/2001668181081968812

Re: Política brasileira

Huxley
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Leiam mais um ótimo artigo do Mario Sabino para o site Metrópoles 👇

Alexandre é Deus e também seu profeta
Por Mário Sabino

“Que democracia é essa ecoa aquela outra pergunta de que país é esse, e a resposta para ambas é simples no determinismo: somos um país tropical, uma democracia tropical, o nosso clima apodrece tudo rapidamente, quando não faz que as coisas já nasçam meio estragadas.

O acordão para o PL da Dosimetria é só mais um capítulo da nossa história pervertida, não o pior de todos, devo dizer, e causa espanto apenas em quem não conhece o Brasil ou reluta a aceitar a realidade nacional que o algoz dos bolsonaristas possa ter participado da jabuticaba para aliviar a cana de gente que condenou a penas francamente ridículas de tão longas.

O único dado original nisso tudo é que nunca houve homem tão poderoso na história da República como Alexandre de Moraes, à exceção do ditador Getúlio Vargas e dos generais-presidentes do regime militar.

Nem Gilmar Mendes chega a ter tanto poder, embora não se deva brincar com ele de jeito nenhum.

O decano do STF sempre esteve mais para eminência parda, apesar do seu comportamento não raro esfuziante; Alexandre de Moraes, por sua vez, apresenta-se aos brasileiros como o portador infalível de verdades indiscutíveis. Ele é o Verbo encarnado da democracia e da justiça.

Os imperadores romanos se acreditavam deuses, e aassistimos a fenômeno semelhante no Brasil. A crença de ser portador de uma missão divina — e, portanto, dotado de natureza divina — é a única explicação para que Alexandre de Moraes não veja problema em ser vítima, investigador, acusador e juiz em um mesmo processo.

Por ter natureza divina, Alexandre de Moraes é ubíquo nos processos e na política, como se vê agora, no caso do PL da Dosimetria. Ele condenou bolsonaristas; ele legisla para diminuir a pena de quem condenou, deixando aberta a possibilidade de beneficiar o ex-presidente do qual foi carrasco implacável; e ele manifesta publicamente oposição ao projeto de lei que ajudou a escrever. Pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

Obviamente, como Verbo Encarnado, o ministro não se sente obrigado a dar explicações sobre nada, muito menos sobre o incrível sucesso do escritório de advocacia da sua mulher. Alexandre é Deus e também o seu profeta.”

https://www.metropoles.com/colunas/mari ... eu-profeta
(João Luiz Mauad)

Fonte: https://x.com/mauad_joao/status/2002056641013858314

Re: Política brasileira

Huxley
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Re: Política brasileira

Huxley
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mais um dia se passou e toffoli continua responsável pelo processo do banco master

mas fiquem tranquilos

o ministro está investigando com todo rigor..... o banco central, por ter prejudicado o cliente de seu amigo

Imagem
(fried)

Fonte: https://x.com/FriedHardt/status/2002160441485664450

Re: Política brasileira

Huxley
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Mensagem por Huxley »


O patrimônio pessoal da mulher de Alexandre de Moraes passou de 24 milhões de reais, em 2023, para 79,7 milhões de reais, em 2024, segundo Lauro Jardim.
(Mario Sabino)

Fonte: https://x.com/mariosabinof/status/2002708622179004880

mais um dia em que moraes e a esposa não dão uma migalha de informação sobre quais "serviços jurídicos" foram prestados em troca de 129 milhões

especialmente quando o pagamento era expressamente tido como "prioridade" em uma empresa em pleno processo de liquidação

eu entendo. fica difícil justificar algo quando não tem um mísero processo em nome da doutora, uma mera reunião registrada pra tratar de qualquer assunto em nome do cliente... NADA

mais fácil fingir de louco e só deixar o tempo passar
(fried)

Fonte: https://x.com/FriedHardt/status/2002406973212340482

Re: Política brasileira

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Se não há registro de atuação de Viviane Barci junto ao BC, mas era o min. Moraes que intercedia diretamente com Galípolo por Vorcaro, os 129 milhões eram para pagar o serviço de quem?

O que já era extremamente grave se tornou insustentável.

Imagem

Imagem

Apurações de @malugaspar e @RafaMoraesMoura.
(Transparência Internacional - Brasil)

Fonte: https://x.com/TI_InterBr/status/2003200076068573624

a esposa fecha contrato de milhões, em que o banco pedia prioridade para o pagamento da esposa mesmo estando em liquidação

a esposa não faz UMA reunião para tratar do cliente. não advoga em NENHUM processo

mas o marido, ministro do supremo, trata pessoalmente do assunto

é surreal que essa gente esteja no controle do país inteiro, não só do judiciário. É essa gente que se arvora salvador da democracia, defensor da legalidade e do processo penal em casos de juizes que fazem conluio com as partes

o brasil, só começando do zero
(fried)

Fonte: https://x.com/FriedHardt/status/2003130836963508719


Caiu a máscara do paladino da democracia.

"Alexandre de Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo menos quatro vezes para fazer pressão em favor do Banco Master. Ao menos três dos contatos foram por telefone, mas pelo menos uma vez Moraes se encontrou presencialmente com Galípolo para conversar sobre os problemas do banco de Daniel Vorcaro."

"Pediu, ainda, que o BC aprovasse o negócio com o BRB, que tinha sido anunciado em março, mas estava pendente de autorização da autarquia."

1- A família do ministro Alexandre de Moraes tinha um contrato de advocacia com o Banco Master de mais de R$ 100 MILHÕES de reais.

2- Enquanto esse contrato estava vigente, o ministro Alexandre de Moraes chama o presidente do BANCO CENTRAL para conversar sobre o Banco Master e pedir que o BC aprovasse um negócio do Master com o Banco de Brasília.

Qual é a competência de um juiz do STF para chamar o PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL e "pedir" que o BC aprove um NEGÓCIO envolvendo um banco que a FAMÍLIA dele advoga?

Se isso não configura "proceder de modo incompatível com a honra dignidade e decôro de suas funções" constante no artigo 39 da lei de impeachment, nada mais configura.

Imagem
(Enio Viterbo)

Fonte: https://x.com/EnioViterbo/status/2003119609021391218

- Banco paga fortuna a esposa de ministro da Suprema Corte para ser defendido junto ao Banco Central;

- BC não recebe petição do escritório dela;

- mas o ministro telefona 3 vezes ao presidente do BC e encontra 1 vez para pressionar em favor do banco.

Foi contratação indireta?

Claro que se trata apenas de uma questão jurídica, aqui proposta em tese.

Imagine se isso aconteceria em qualquer país onde “a democracia venceu”…

Nesse tipo de país, não existe ganância em tribunal superior.

Só autoridades zelosas pelo Estado Democrático de Di… reito.
(Felipe Moura Brasil)

Fonte: https://x.com/FMouraBrasil/status/2003111860628000800

Re: Política brasileira

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Oposição pede impeachment de Moraes após denúncias envolvendo o caso Banco Master
https://www.gazetadopovo.com.br/republi ... co-master/

Um STF com ministros indicados por políticos e mandato vitalício nunca prestará.
Se o congresso votasse com honestidade, ocorreria impeachment porque corrupção é algo reprovada por todos em qualquer lugar no espectro político.
Mas o congresso vota de acordo interesses políticos, independente do ministro ser bandido.
Assim, nunca conseguirá o número de votos suficientes para fazer o impeachment de Xandão.

Re: Política brasileira

Huxley
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Mensagem por Huxley »


A pressão de Moraes em favor do Master não é grave. É gravíssima

Se essa história de Moraes vier a morrer sem consequência drástica, a democracia brasileira assinará o seu próprio atestado de óbito

Mario Sabino
23/12/2025 11:21, atualizado 23/12/2025 14:32

Depois de quatro décadas de profissão, aprendi a reconhecer situações graves. A história do ministro Alexandre de Moraes com o Banco Master não é grave. É gravíssima.

Gravíssima a ponto de ser escandalosa. Reiteradamente, o ministro procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para pressionar em favor da venda do Banco Master para o BRB, de acordo com a jornalista Malu Gaspar.

Foram, pelo menos, quatro contatos: três telefônicos e um presencial. Moraes convocou Galípolo para conversar sobre o tema que não lhe deveria dizer respeito. Na reunião, o ministro afirmou que gostava de Daniel Vorcaro e repetiu o argumento do “banqueiro” de que o Master incomodava por estar ocupando espaço dos grandes bancos.

Já seria suficientemente grave um ministro do STF pressionar o presidente do BC em favor de qualquer banco. Mas o Master não é qualquer banco. É cliente do escritório de advocacia da mulher de Moraes.

A recapitulação é forçosa porque esclarecedora.

A doutora Viviane Barci de Moraes é um fenômeno da advocacia nacional. No início de 2024, ela assinou um contrato fabuloso com o Banco Master, no valor de cerca de R$ 130 milhões de reais, a ser pago em mensalidades de R$ 3,6 milhões.

Honorários dessa magnitude são inéditos para escopo bastante genérico: acompanhar o que fosse do interesse do cliente em todas as instâncias de poder em Brasília, inclusive no BC.

Apesar do valor do contrato, não há notícia de que as instituições citadas no documento tenham recebido pedidos de reunião ou petições da parte do escritório da doutora Barci de Moraes, como publicou Malu Gaspar. Até prova em contrário, o dinheiro embolsado foi ganho sem maior esforço.

Estranhamente, a ausência de trabalho não incomodava Daniel Vorcaro. Pelo contrário, ele priorizava os pagamentos mensais à advogada que contratou a peso de muito ouro. Para se ter ideia da dimensão do pote no final do arco-íris, o patrimônio pessoal da doutora pulou de R$ 24 milhões, em 2023, para R$ 79,7 milhões, em 2024, graças aos dividendos proporcionados pelo Barco Master, segundo o jornalista Lauro Jardim.

Agora se sabe, porém, que durante a vigência do contrato, com as mensalidades caindo pontualmente na conta do escritório da doutora Barci de Moraes, o ministro Alexandre pressionou o presidente do BC em favor do cliente da sua mulher.

Nem a advogada milionária, nem o ministro do STF se dignaram até o momento a explicar a invulgar ligação contratual dela com Daniel Vorcaro e a deferência especialíssima que Moraes demonstrou ter pelo “banqueiro”.

A única manifestação pública foi uma nota divulgada hoje pelo ministro, que não explica nada, apenas sai pela tangente. A nota diz que ele se reuniu com o presidente do Banco Central e outros dirigentes de bancos para tratar da Lei Magnitsky, da qual Moraes deixou de ser alvo há poucos dias. Nenhuma palavra sobre o Master.

O máximo que se tem é um advérbio: o ministro teria tratado “exclusivamente” sobre as consequências da lei americana com os seus interlocutores. A nota do BC, por sua vez, não traz o advérbio ao confirmar que o banco manteve reuniões com o ministro para discutir os efeitos da Magnitsky. Os telefonemas citados por Malu Gaspar foram ignorados por ambos os lados.

Compreende-se a dificuldade do casal Moraes: é mesmo difícil encontrar explicação a respeito do que já veio à tona, afora aquela que se encontra no campo do inadmissível.

A doutora Viviane Barci de Moraes vai dizer o quê? Que o marido Alexandre não sabia do contrato espetacular firmado com o Banco Master?

O ministro será capaz de afirmar que, ao pressionar o presidente do Banco Central, ignorava que estava servindo aos interesses de um cliente que vinha pagando uma fortuna à sua mulher?

Não há justificativa que possa cancelar a gravidade da conduta de Alexandre de Moraes. Todo mundo está consciente disso, principalmente os seus pares no STF. Se a história vier a morrer sem consequência drástica, a democracia brasileira assinará o seu próprio atestado de óbito.
Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mari ... gravissima

Re: Política brasileira

Huxley
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Mensagem por Huxley »


O jornalismo profissional mainstream de Pindorama parece ter finalmente acordado de um sono profundo. Bem vindos de volta à realidade. Menos sabujice e conversinhas de zap com autoridades, mais investigações.

A matéria é de Ricardo Corrêa, no Estadão 👇

“Apesar de tanto o gabinete de Moraes quanto o Banco Central terem confirmado o encontro entre o presidente da autarquia e o ministro do STF, a reunião entre os dois não consta na agenda oficial nem de Gabriel Galípolo nem dos demais integrantes da diretoria do banco. (…)

Ao não tratar das datas da reunião, as notas também deixam em aberto a questão da falta de coincidência das supostas datas dos encontros com a sanção da Lei Magnitsky. O relato da jornalista Malu Gaspar é o de que Moraes teria feito três ligações para saber do andamento da operação da venda do Master pelo BRB e, em julho, pediu que o presidente do Banco Central fosse ao seu encontro. Ocorre que o anúncio do governo americano de que Alexandre de Moraes estava enquadrado na Lei se deu apenas no dia 30 de julho de 2025. Naquele dia, Galípolo participou, pela manhã e à tarde, da primeira e da segunda sessões da reunião do Copom na sede do Banco Central. No dia seguinte, o dia 31, sua agenda apontou despachos internos pela manhã e uma reunião com o presidente do Coaf, Ricardo Andrade Saadi, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues.”

Imagem
(João Luiz Mauad)

Fonte: https://x.com/mauad_joao/status/2003636324180394133

🚨URGENTE - Malu Gaspar desmente Alexandre de Moraes e diz que ele está falando de uma reunião diferente da que ela está denunciando

“Nós estamos falando de outra reunião! Não é a reunião que o ministro Alexandre de Moraes está se referindo!”
(SPACE LIBERDADE)

Fonte: https://x.com/NewsLiberdade/status/2003576929795121193

Re: Política brasileira

Huxley
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