Estado laico é incompatível com democracia
Isto não é uma defesa da teocracia e sim uma análise conceitual e o apontamento da falta de objetivos honestos e coerência do sistema de governo.
Para não criar problemas de compreensão vou definir os termos primeiramente.
Definição de democracia
Definição original:
Governo do povo (que se não for organizado vira anarquia). Todos podem participar e tem voz. Políticos são eleitos por sorteio como amostra estatística.
Definição tradicional na teoria:
Democracia representativa com políticos eleitos pelo povo.
As decisões devem estar de acordo com a maioria dos votantes.
Deve haver eleições periódicas e, para isso, deve haver liberdade de expressão, imprensa livre e preservação da liberdade e integridade física dos opositores, mesmo minoritário, para que eles votem nas próximas eleições.
Não há uma barreira dizendo a partir de que ponto algum grupo minoritário deve ser excluído. Não deixam crianças votar. Em geral, não discriminam por raça, religião e etnia; mas discriminam degenerados e presidiários. Depende da impopularidade do grupo minoritário ou marginalizado.
Definição pós-moderna:
Os vocábulos "democrático" e "direitos humanos" se tornaram sinônimo de "inclusão social". O objetivo passou a colocar todos os marginalizados e excluídos no mercado de trabalho, no funcionalismo público, nas artes e na política, mesmo que não tenham condições para isso ou criando ônus para o resto da população. Isso é feito de forma não democrática, sem apoio da maioria da população. A caridade (pobres, deficientes e imigrantes) é feita como populismo sem resolver o problema e sim criar parasitismo e fardo. Degenerados (bandidos, drogados e maníacos) fazem mal intencionalmente à sociedade, mas recebe benefícios e liberdade. Do woke, nem preciso falar. Então acaba valorizando a mediocridade e o lixo.
Definição de laicismo
Sem religião
Estado laico é aquele que toma as decisões como se não existisse religião. Em outras palavras, as decisões podem coincidir ou não com preceitos religiosos, que apenas não são usados como fonte.
Estado ateu
Há a definição na qual é um estado que exclui tudo que for religioso de tudo que for relacionado com o governo e a legislação. Muitas decisões são feitas somente para contrariar a religião, mesmo que não dependam da religião para existir (como o caso do aborto). Também deseja eliminar a religião como decoração de praças e repartição pública.
(...)
Estado laico é compatível com democracia?
Usando a definição tradicional de democracia; se a maior parte da população for a favor de uma decisão religiosa, como ensino religioso nas escolas ou financiamento público de igrejas, o estado laico está sendo violado, apesar de ser uma decisão democrática. Isso é fato.
Se o que importa é a liberdade, considerando que ela deva estar acima da democracia, então a pessoa tem o direito de não fazer e não pagar pelo que discorda. Nesse contexto, na construção de um monumento religioso ou catedral, o Estado libertário receberia a decisão democrática de usar um determinado espaço para a construção, mas a doação de recursos financeiros seria totalmente voluntária. Mas um Estado que colocaria a liberdade acima da democracia teria uma carga tributária baixa, mas isso não vemos na prática.
Edit:
Estou falando de quando o povo pode votar e escolher as políticas do governo. Obviamente não estou falando de casos onde o líder tira interpretação bíblica da bunda e aplica como política pública sem que o povo tenha direito de discordar.
Para não criar problemas de compreensão vou definir os termos primeiramente.
Definição de democracia
Definição original:
Governo do povo (que se não for organizado vira anarquia). Todos podem participar e tem voz. Políticos são eleitos por sorteio como amostra estatística.
Definição tradicional na teoria:
Democracia representativa com políticos eleitos pelo povo.
As decisões devem estar de acordo com a maioria dos votantes.
Deve haver eleições periódicas e, para isso, deve haver liberdade de expressão, imprensa livre e preservação da liberdade e integridade física dos opositores, mesmo minoritário, para que eles votem nas próximas eleições.
Não há uma barreira dizendo a partir de que ponto algum grupo minoritário deve ser excluído. Não deixam crianças votar. Em geral, não discriminam por raça, religião e etnia; mas discriminam degenerados e presidiários. Depende da impopularidade do grupo minoritário ou marginalizado.
Definição pós-moderna:
Os vocábulos "democrático" e "direitos humanos" se tornaram sinônimo de "inclusão social". O objetivo passou a colocar todos os marginalizados e excluídos no mercado de trabalho, no funcionalismo público, nas artes e na política, mesmo que não tenham condições para isso ou criando ônus para o resto da população. Isso é feito de forma não democrática, sem apoio da maioria da população. A caridade (pobres, deficientes e imigrantes) é feita como populismo sem resolver o problema e sim criar parasitismo e fardo. Degenerados (bandidos, drogados e maníacos) fazem mal intencionalmente à sociedade, mas recebe benefícios e liberdade. Do woke, nem preciso falar. Então acaba valorizando a mediocridade e o lixo.
Definição de laicismo
Sem religião
Estado laico é aquele que toma as decisões como se não existisse religião. Em outras palavras, as decisões podem coincidir ou não com preceitos religiosos, que apenas não são usados como fonte.
Estado ateu
Há a definição na qual é um estado que exclui tudo que for religioso de tudo que for relacionado com o governo e a legislação. Muitas decisões são feitas somente para contrariar a religião, mesmo que não dependam da religião para existir (como o caso do aborto). Também deseja eliminar a religião como decoração de praças e repartição pública.
(...)
Estado laico é compatível com democracia?
Usando a definição tradicional de democracia; se a maior parte da população for a favor de uma decisão religiosa, como ensino religioso nas escolas ou financiamento público de igrejas, o estado laico está sendo violado, apesar de ser uma decisão democrática. Isso é fato.
Se o que importa é a liberdade, considerando que ela deva estar acima da democracia, então a pessoa tem o direito de não fazer e não pagar pelo que discorda. Nesse contexto, na construção de um monumento religioso ou catedral, o Estado libertário receberia a decisão democrática de usar um determinado espaço para a construção, mas a doação de recursos financeiros seria totalmente voluntária. Mas um Estado que colocaria a liberdade acima da democracia teria uma carga tributária baixa, mas isso não vemos na prática.
Edit:
Estou falando de quando o povo pode votar e escolher as políticas do governo. Obviamente não estou falando de casos onde o líder tira interpretação bíblica da bunda e aplica como política pública sem que o povo tenha direito de discordar.
- Fernando Silva
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A maioria não tem automaticamente o direito de impor coisas à minoria.Tutu escreveu: ↑Qui, 01 Maio 2025 - 14:33 pmEstado laico é compatível com democracia?
Usando a definição tradicional de democracia; se a maior parte da população for a favor de uma decisão religiosa, como ensino religioso nas escolas ou financiamento público de igrejas, o estado laico está sendo violado, apesar de ser uma decisão democrática. Isso é fato.
Democracia não é o governo da maioria e sim o governo por pessoas eleitas pela maioria.
Alguns valores são anteriores e estão acima da democracia. Não podem ser atropelados por nenhuma maioria.
Na prática, nunca haverá uma única religião num país. Cada indivíduo tem a sua própria, mesmo que não perceba. Ele sempre vai achar que tal detalhe não é importante e não precisa ser seguido. Ele sempre terá sua própria interpretação para os dogmas e mandamentos.
Se o governo estiver nas mãos de um grupelho, os direitos de todos os religiosos estarão em risco. Vai virar teocracia.
Portanto é absurdo se ter ensino religioso nas escolas. Isto cabe às escolas particulares, se tanto. E é absurdo que alguém veja seus impostos serem usados em benefício de outra religião que não a sua. No máximo, as crianças devem aprender que existem milhares de religiões e estudar o básico sobre as principais. Sem que a escola tente convencê-las de que esta ou aquela é a verdadeira.
Mas, nesse caso, esses eleitos, não sendo falsários, colocam em prática o desejo da maioria.Fernando Silva escreveu: ↑Qui, 01 Maio 2025 - 17:01 pmDemocracia não é o governo da maioria e sim o governo por pessoas eleitas pela maioria.
Resta listar de forma clara quais são esses valores que estão acima da democracia. Podemos citar a liberdade, mas a liberdade tem inúmeros contextos (não só religioso). Mas em muitos contextos o governo não respeita a liberdade.A maioria não tem automaticamente o direito de impor coisas à minoria.
Alguns valores são anteriores e estão acima da democracia. Não podem ser atropelados por nenhuma maioria.
Mas pode haver casos em que 80% da população segue a religião. É uma maioria tão grande que a população geral vai querer políticas religiosas. Se uma sala de aula tem 40 alunos e somente 1 deles não é de família religiosa, por que a escola deve deixar de acatar o pedido dos pais de ensinar religião?Na prática, nunca haverá uma única religião num país.
Portanto é absurdo se ter ensino religioso nas escolas. Isto cabe às escolas particulares, se tanto. E é absurdo que alguém veja seus impostos serem usados em benefício de outra religião que não a sua.
Esta questão está sofrendo com o viés anti-religioso. Mas casos com a escola ensinando coisas secundárias, como aula de violão ou aula de tailandês, usando dinheiro público ou tomando tempo do aluno, pode desagradar os pais.
Essa questão de detalhes é consequência de concentração de poder. Se um grupo religioso autocrático estiver governando, ele fará distorções na religião e interpretações criativas para fins de corrupção e controle. Mas se um grupo religioso for eleito num contexto verdadeiramente democrático, ele seguirá a opinião comum dos eleitores religiosos e "interpretações criativas" não seriam possíveis.Na prática, nunca haverá uma única religião num país. Cada indivíduo tem a sua própria, mesmo que não perceba. Ele sempre vai achar que tal detalhe não é importante e não precisa ser seguido. Ele sempre terá sua própria interpretação para os dogmas e mandamentos.
Se o governo estiver nas mãos de um grupelho, os direitos de todos os religiosos estarão em risco. Vai virar teocracia.
O que mais existe nas "democracias" modernas são impostos sendo usados para causas das quais as pessoas discordam.E é absurdo que alguém veja seus impostos serem usados em benefício de outra religião que não a sua.
O mínimo que o Estado tem que fazer para existir e manter a ordem é:
1. Segurança (contra bandido, problema ecológico, jurídica, soberania)
2. Infraestrutura (espaço público, vias, fios, canos, etc)
Mesmo nesses casos, em que mais de 90% da população concorda, haverá parasitas e ancaps discordando. Quando outras atribuições são dadas ao Estado, mais pessoas vão discordando e tendo liberdade violada. Mesmo assim, o sistema falho com demagogia e toma-lá-da-cá consegue fazer coisas das quais mais da metade da população discorda.
Se for definir o interesse de todos ou o bem comum, na última vez deu um bafafá.
- Fernando Silva
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Duas opções, pelo menos:
- Um país onde quase todos seguem a mesma religião (ou acham que é a mesma), mas as leis não dependem dessa religião
- Um país onde as leis se baseiam na religião.
O segundo caso é uma teocracia e quem não tem religião ou tem uma religião diferente será perseguido.
O primeiro caso pode até funcionar como estado laico, mas haverá sempre o risco de a crendice influenciar as leis. Por exemplo, proibindo o divórcio (no Brasil, foi uma luta até que ele fosse aprovado, nos anos 60, por causa da oposição da ICAR).
Ou pode influenciar o que escolas ensinam. Por exemplo, pode obrigar o ensino do criacionismo.
Ou pode dificultar a vida de quem mora junto sem casar, tirando, por exemplo, os direitos dos filhos por serem "bastardos".
Lembro que foi a bancada evangélica que mudou as leis, no Rio, para permitir que as igrejecas dos crentelhos não respeitassem a Lei do Silêncio. Ficaram livres para fazer barulho sem limite e a qualquer hora. E conseguiu que as igrejecas e os "pastores" pagassem cada vez menos impostos.
Se acabarem com o Estado laico, cada vez mais as crendices vão modificar as leis a seu favor. O que já está acontecendo vai ficar muito pior.
- Um país onde quase todos seguem a mesma religião (ou acham que é a mesma), mas as leis não dependem dessa religião
- Um país onde as leis se baseiam na religião.
O segundo caso é uma teocracia e quem não tem religião ou tem uma religião diferente será perseguido.
O primeiro caso pode até funcionar como estado laico, mas haverá sempre o risco de a crendice influenciar as leis. Por exemplo, proibindo o divórcio (no Brasil, foi uma luta até que ele fosse aprovado, nos anos 60, por causa da oposição da ICAR).
Ou pode influenciar o que escolas ensinam. Por exemplo, pode obrigar o ensino do criacionismo.
Ou pode dificultar a vida de quem mora junto sem casar, tirando, por exemplo, os direitos dos filhos por serem "bastardos".
Lembro que foi a bancada evangélica que mudou as leis, no Rio, para permitir que as igrejecas dos crentelhos não respeitassem a Lei do Silêncio. Ficaram livres para fazer barulho sem limite e a qualquer hora. E conseguiu que as igrejecas e os "pastores" pagassem cada vez menos impostos.
Se acabarem com o Estado laico, cada vez mais as crendices vão modificar as leis a seu favor. O que já está acontecendo vai ficar muito pior.
- Fernando Silva
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Isto é asqueroso. E assustador.

É essa gentalha que está, cada vez mais, no controle do Estado:

É essa gentalha que está, cada vez mais, no controle do Estado:

O que os políticos evangélicos estão fazendo não é democrático nem aceito pela maioria.Se acabarem com o Estado laico, cada vez mais as crendices vão modificar as leis a seu favor. O que já está acontecendo vai ficar muito pior.
É apenas um lobismo como existe com as maiores indústrias que controlam o Estado.
Banqueiros, conglomerados de mídia e o agronegócio fazem muito mal ao país controlando a política, assim como o setor de igreja evangélica.
Isso é um problema generalizado no Brasil abrangendo todos os setores poderosos e não apenas igrejas.Lembro que foi a bancada evangélica que mudou as leis, no Rio, para permitir que as igrejecas dos crentelhos não respeitassem a Lei do Silêncio. Ficaram livres para fazer barulho sem limite e a qualquer hora. E conseguiu que as igrejecas e os "pastores" pagassem cada vez menos impostos.
Existe muita regulamentação no país, mas os "amigos do rei" tem exceção ou até perdão.
Existe muito imposto no geral, mas muitos setores com lobismo tem incentivos fiscais. O Brasil deixa de arrecada muito imposto por causa desses incentivos corruptos.
O que estou querendo dizer não é sobre leis se basearem na religião e sim sobre leis se basearem no que a população considera como certo, errado, desonesto, justo ou moral.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 03 Maio 2025 - 16:14 pmDuas opções, pelo menos:
- Um país onde quase todos seguem a mesma religião (ou acham que é a mesma), mas as leis não dependem dessa religião
- Um país onde as leis se baseiam na religião.
Se o povo é religioso, os princípios morais serão guiados pela religião.
Estou partindo de um contexto onde o país é democrático de verdade.
Esse é um contexto em que a própria ICAR tinha influência direta na política. Entidade não governamental com poder político não é coisa democrática.O primeiro caso pode até funcionar como estado laico, mas haverá sempre o risco de a crendice influenciar as leis. Por exemplo, proibindo o divórcio (no Brasil, foi uma luta até que ele fosse aprovado, nos anos 60, por causa da oposição da ICAR).
Ou pode influenciar o que escolas ensinam. Por exemplo, pode obrigar o ensino do criacionismo.
Ou pode dificultar a vida de quem mora junto sem casar, tirando, por exemplo, os direitos dos filhos por serem "bastardos".
Mas, se o povo votasse diretamente decidindo sobre esses pontos, o resultado seria diferente da decisão da igreja. E o resultado da votação, sendo bom ou ruim, seria democrático. O fato de ser democrático não é sinônimo de bom ou de ruim.
- Fernando Silva
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Já estão fazendo e farão muito pior se tiverem chance, portanto nada de ceder a essa gentalha.Tutu escreveu: ↑Sáb, 03 Maio 2025 - 17:35 pmO que os políticos evangélicos estão fazendo não é democrático nem aceito pela maioria.Se acabarem com o Estado laico, cada vez mais as crendices vão modificar as leis a seu favor. O que já está acontecendo vai ficar muito pior.
É apenas um lobismo como existe com as maiores indústrias que controlam o Estado.
O país precisa dos banqueiros, da mídia e do agronegócio. É só uma questão de garantir que trabalhem dentro da lei.
Mas não precisamos das igrejas.
Se o Estado não é laico, forçosamente uma crendice vai predominar sobre as outras e lhes tirar a liberdade mudando as leis.Tutu escreveu: ↑Sáb, 03 Maio 2025 - 17:35 pmO que estou querendo dizer não é sobre leis se basearem na religião e sim sobre leis se basearem no que a população considera como certo, errado, desonesto, justo ou moral.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 03 Maio 2025 - 16:14 pmDuas opções, pelo menos:
- Um país onde quase todos seguem a mesma religião (ou acham que é a mesma), mas as leis não dependem dessa religião
- Um país onde as leis se baseiam na religião.
Se o povo é religioso, os princípios morais serão guiados pela religião.
Estou partindo de um contexto onde o país é democrático de verdade.
E o povão crente vai aceitar tudo sem discutir achando que os "pastores" sabem o que Deus quer.
É por isso que é proibido fazer campanha política nas igrejas. É por isso que dizem que crente vota até em poste se o "pastor" mandar.
E é por isso que a bancada evangélica está tentando acabar com essa proibição.
Agora está falando de um problema estrutural do sistema e das regras.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 04 Maio 2025 - 09:31 amSe o Estado não é laico, forçosamente uma crendice vai predominar sobre as outras e lhes tirar a liberdade mudando as leis.
E o povão crente vai aceitar tudo sem discutir achando que os "pastores" sabem o que Deus quer.
É por isso que é proibido fazer campanha política nas igrejas. É por isso que dizem que crente vota até em poste se o "pastor" mandar.
E é por isso que a bancada evangélica está tentando acabar com essa proibição.
Não só a igreja mas também qualquer instituição pode induzir o povo votar em um poste, ladrão ou em alguém que vai tirar a liberdade mudando as leis.
Influenciador digital tem o mesmo poder que pastores e pode formar tanto esquerdistas, quanto direitistas ferrenhos do tipo que vota no candidato só por indicação do "mito" deles.
Sindicatos indicam políticos e defendem privilégios em detrimento da população geral.
A grande mídia colaborou para formação da religião woke, que cria privilégios e tira liberdade.
Existem inúmeros artistas, cantores e até bloco de carnaval que fazem propaganda política também.
Há também casos como o das lojas Havan, que fez homenagem a Bolsonaro com funcionários.
E os autores de livros de direito tem cada vez mais defendendo alinhamento esquerdista/globalista.
Existem ONGs que tem o poder do dinheiro para influenciar a opinião pública. Existem também doações para partidos políticos vinda de bilionários. Muito desse dinheiro vem de países ricos do Ocidente.
Tudo isso mostra que a igreja e os pastores são apenas um dos males no meio de tanta coisa ruim. Silenciar seletivamente só as religiões não fará o país melhor e ajuda os adversários políticos da igreja, que também são corruptos, podendo piorar as coisas por desequilibrar o poder.
O lobismo deles é justamente para que eles não trabalhem dentro da lei ou complique a entrada de concorrentes.O país precisa dos banqueiros, da mídia e do agronegócio. É só uma questão de garantir que trabalhem dentro da lei.
Mas não precisamos das igrejas.
- Fernando Silva
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Mais um passo na transformação do Brasil numa teocracia crentelha:
https://www.cartacapital.com.br/politic ... e-janeiro/Alerj aprova projeto para nomear Jesus Cristo como guardião do Rio de Janeiro
A proposta da deputada Tia Ju (Republicanos) determina que o Executivo realize solenidades anuais
Por CartaCapital 06.05.2025
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira 6, em primeira votação, um projeto de lei que nomeia Jesus Cristo como guardião do estado. A matéria ainda precisa passar por uma segunda rodada na Casa.
Autora do projeto, a deputada estadual Tia Ju (Republicanos) alega ser “incontestável que o estado do Rio de Janeiro precisa muito ser guardado por aquele que se dispôs a entregar a própria vida para nos salvar”.
Na justificativa, ela também menciona que, segundo dados do Censo de 2010, os cristãos representavam 86,8% da população brasileira — 64,6% de católicos e 22,2% de evangélicos.
A proposta determina que o Executivo realize solenidades e preste honras anuais a Jesus.
Jucelia Oliveira Freitas, a Tia Ju, é pedagoga e pós-graduada em Direito da Infância e da Juventude pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Estado do Rio. Ela está em seu terceiro mandato na Alerj.
A diferença entre um ladrao e um fanatico é que o prineiro ja se contenta com o dinheiro alheio. O segundo nao, ele pega o dinheiro como faz o primeiro, mas depois pisa, esmaga e massacra seu antagonista. Mas esse nem mesmo é humano, ou é a encarnação de todo mal. Assim fica justificado esmaga-lo como se faz com insetos ou pragas, certo?
Numa cleptocracia ha ladrões, mas uma teocracia oferece de bom-grado e braços abertos abrigo a fanaticos, gente que nega a seus antagonistas o direito a vida e a propria humanidade.
Ver isso sendo defendido aqui mostra que, como em todos os lugares, o CC tambem esta decaindo.
Que mundo de merda construimos, que mundo de merda.
Numa cleptocracia ha ladrões, mas uma teocracia oferece de bom-grado e braços abertos abrigo a fanaticos, gente que nega a seus antagonistas o direito a vida e a propria humanidade.
Ver isso sendo defendido aqui mostra que, como em todos os lugares, o CC tambem esta decaindo.
Que mundo de merda construimos, que mundo de merda.
A "teocracia" brasileira não é democrática.
Se tivesse a opção do povo escolher democraticamente entre isenção de imposto para comida ou igreja, o que o povo escolheria? Se o povo votasse livremente em isentar igreja, esse povo mereceria se ferrar.
Se tivesse a opção do povo escolher democraticamente entre isenção de imposto para comida ou igreja, o que o povo escolheria? Se o povo votasse livremente em isentar igreja, esse povo mereceria se ferrar.
- Fernando Silva
- Conselheiro
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Nem tudo é para ser votado. Nem tudo é para ser decidido pela maioria.
O povo elege seus representantes porque, supostamente, eles têm melhores condições de fazer a coisa certa, têm mais conhecimentos.
Se tudo for votado, não é mais democracia, é democratismo.
Eu, por exemplo, reconheço que não tenho a menor capacidade para definir a taxa SELIC ou o valor do salário mínimo.
Quanto mais vejo as coisas, a conclusão a que chego é que o sistema libertário é o mais livre e justo. Todas as outras formas envolvem fazer o governo impor a opinião de um grupo sobre toda população, gerando conflito. O modelo libertário impõe a opinião de ninguém. Só segue a opinião dos libertários, mas essa opinião não é uma imposição por não exigir nenhuma obrigação ou proibição.
Embora não seja uma boa estratégia para o desenvolvimento (apesar de ser melhor do que o Brasil tem adotado desde 1988), seria o mais adequado, principalmente nos dias de hoje. Naturalmente, o conceito é cheio de ponta soltas, já que muitos libertários de hoje tem tendências ancaps e chegam a negligenciar o meio ambiente (cuja destruição prejudica a saúde e propriedade privada alheia), corporocracia (neofeudalismo) ou neocolonialismo.
Além disso, a grande maioria dos candidatos nem entendem do assunto.
E a mencionada Selic não é decidida por especialistas e sim pela vontade política dos poderosos.
Acho difícil o povo fazer pior do que os políticos eleitos.
Colocar o povo para votar tudo é inviável logisticamente, mas se fosse possível e colocassem o povo para decidir assuntos como salário mínimo e SELIC, nos primeiros anos o povo faria besteira, mas aprenderia e corrigiria os erros com o passar do tempo.
Desviando muito do assunto, o sistema seria melhor se fosse dividido para ter um governante para cada área. Teria um representante economista eleito só para assuntos econômicos, um policial para segurança pública, um advogado para legislação, um biólogo para meio ambiente, etc. E assuntos críticos, como carga tributária, controlados por referendo.
Embora não seja uma boa estratégia para o desenvolvimento (apesar de ser melhor do que o Brasil tem adotado desde 1988), seria o mais adequado, principalmente nos dias de hoje. Naturalmente, o conceito é cheio de ponta soltas, já que muitos libertários de hoje tem tendências ancaps e chegam a negligenciar o meio ambiente (cuja destruição prejudica a saúde e propriedade privada alheia), corporocracia (neofeudalismo) ou neocolonialismo.
O povo brasileiro não sabe nem eleger deputados e chefe do executivo.Fernando Silva escreveu: ↑Qui, 08 Maio 2025 - 12:58 pmNem tudo é para ser votado. Nem tudo é para ser decidido pela maioria.
O povo elege seus representantes porque, supostamente, eles têm melhores condições de fazer a coisa certa, têm mais conhecimentos.
Se tudo for votado, não é mais democracia, é democratismo.
Eu, por exemplo, reconheço que não tenho a menor capacidade para definir a taxa SELIC ou o valor do salário mínimo.
Além disso, a grande maioria dos candidatos nem entendem do assunto.
E a mencionada Selic não é decidida por especialistas e sim pela vontade política dos poderosos.
Acho difícil o povo fazer pior do que os políticos eleitos.
Colocar o povo para votar tudo é inviável logisticamente, mas se fosse possível e colocassem o povo para decidir assuntos como salário mínimo e SELIC, nos primeiros anos o povo faria besteira, mas aprenderia e corrigiria os erros com o passar do tempo.
Desviando muito do assunto, o sistema seria melhor se fosse dividido para ter um governante para cada área. Teria um representante economista eleito só para assuntos econômicos, um policial para segurança pública, um advogado para legislação, um biólogo para meio ambiente, etc. E assuntos críticos, como carga tributária, controlados por referendo.