Direita, esquerda e centro

Área destinada à discussão sobre Laicismo e Política e a imparcialidade do tratamento do Estado às pessoas.
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Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Por que os POBRES estão VOTANDO na DIREITA | Pondé explica

youtu.be/gzPj-kzzeKY

As pessoas que eram representadas pela esquerda quando foi fundada estão votando na direita. A esquerda virou fenômeno de menina de classe média alta e de universidade pública que acha que o pronome de gênero neutro é a coisa mais importante. A direita agora representa o proletariado. Trump falou com as classes que sentiam problemas econômicos, como inflação.

A família é quem cuida da pessoa. Isso é mais frequente entre os pobres.
Para convencer uma mulher a ir para esquerda, a esquerda tem que convencer que o marido é opressor.
@marcosvarone9603
Pobre trabalhador está almejando sair da pobreza nunca vai ser esquerda porque a esquerda não quer que ele saia da pobreza

@GasolinaCaraComAmor
“Direita é associada à burrice”. Inteligente é quem votou na promessa de picanha e hoje não pode comprar gás a 150.

@humbertoviana4225
O grande problema do ser humano não esta em ser esquerda ou direita e sim nas atitudes e escolhas

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Tutu escreveu:
Ter, 04 Fevereiro 2025 - 16:41 pm
Por que os POBRES estão VOTANDO na DIREITA | Pondé explica

As pessoas que eram representadas pela esquerda quando foi fundada estão votando na direita. A esquerda virou fenômeno de menina de classe média alta e de universidade pública que acha que o pronome de gênero neutro é a coisa mais importante. A direita agora representa o proletariado. Trump falou com as classes que sentiam problemas econômicos, como inflação.
Erradíssimo.

Os pobres estão votando na direita porque acabou a mídia tradicional, a TV não controla mais as massas. A informação é descentralizada há alguns anos e isso também explica todo o movimento desesperado socialista de regular redes sociais. Acabou, a esquerda tradicional acabou, nem o Lula tá dando conta kkkk

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leo Kruger escreveu:
Qui, 06 Fevereiro 2025 - 15:58 pm
Tutu escreveu:
Ter, 04 Fevereiro 2025 - 16:41 pm
Por que os POBRES estão VOTANDO na DIREITA | Pondé explica

As pessoas que eram representadas pela esquerda quando foi fundada estão votando na direita. A esquerda virou fenômeno de menina de classe média alta e de universidade pública que acha que o pronome de gênero neutro é a coisa mais importante. A direita agora representa o proletariado. Trump falou com as classes que sentiam problemas econômicos, como inflação.
Erradíssimo.

Os pobres estão votando na direita porque acabou a mídia tradicional, a TV não controla mais as massas. A informação é descentralizada há alguns anos e isso também explica todo o movimento desesperado socialista de regular redes sociais. Acabou, a esquerda tradicional acabou, nem o Lula tá dando conta kkkk
FONTE: Vi no Whatsapp?

O que tem muito é desinformação descentralizada. Fact-check que é bom...
E a mídia tradicional não acabou! Que viagem foi essa? Pois ainda telejornais, jornais impressos, etc.
E a mídia 'tradicional' mesmo que tenha erros, tem um nome associado e pode ser identificado, já os da tal 'nova' mídia, muitas vezes nem se sabe que iniciou a notícia.
E desconheço repórter da nova mídia que faça jornalismo investigativo, se infiltrando em organizações, em vez de só reproduzir fake news de Whatsapp, etc.

Já não bastava o Arcanjo ter obsessão pelo Lula, tu veio com força nesse papo.

Pergunta: Tu é dos que pensam que quem não vota no Bozo logo é lulista?

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Agnoscetico escreveu:
Qui, 06 Fevereiro 2025 - 18:52 pm

FONTE: Vi no Whatsapp?

O que tem muito é desinformação descentralizada. Fact-check que é bom...
E a mídia tradicional não acabou! Que viagem foi essa? Pois ainda telejornais, jornais impressos, etc.
E a mídia 'tradicional' mesmo que tenha erros, tem um nome associado e pode ser identificado, já os da tal 'nova' mídia, muitas vezes nem se sabe que iniciou a notícia.
E desconheço repórter da nova mídia que faça jornalismo investigativo, se infiltrando em organizações, em vez de só reproduzir fake news de Whatsapp, etc.

Já não bastava o Arcanjo ter obsessão pelo Lula, tu veio com força nesse papo.

Pergunta: Tu é dos que pensam que quem não vota no Bozo logo é lulista?

Nunca disse que a mídia tradicional deixou de existir, mas sim que perdeu o monopólio da informação. Hoje um YouTuber tem mais alcance que um telejornal inteiro, se a TV ainda fosse tão relevante, por que jornais tradicionais estão falindo e tentando regular redes sociais? E outra... Guerra do Iraque? Justificada com fake news do New York Times. Censura de Hunter Biden antes das eleições dos EUA? A grande mídia abafou e só admitiu depois.

"Só a mídia tradicional faz jornalismo investigativo."

Hoje, vazamentos e investigações independentes vêm muito mais de insiders e jornalistas independentes. Twitter Files (censura governamental nos EUA) foi revelado por jornalistas independentes. Denúncias de corrupção nos governos brasileiro e americano começaram com vazamentos de fontes anônimas, não com repórteres da Globo ou CNN.. Se só a mídia tradicional faz jornalismo investigativo, por que tantas denúncias e vazamentos vêm de fontes independentes?

"Você acha que quem não vota no Bozo é lulista?"

Outro espantalho. Meu argumento não tem nada a ver com Lula ou Bolsonaro. O fato é que a esquerda tradicional perdeu conexão com a classe trabalhadora e agora vive de narrativas culturais em vez de pautas econômicas reais.
Isso está acontecendo no mundo inteiro, não só no Brasil.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leo Kruger escreveu:
Qui, 06 Fevereiro 2025 - 20:46 pm
Nunca disse que a mídia tradicional deixou de existir,
Então deveria formular melhor os que escreve, pois nessa parte dar a entender que a mídia tradicional ta extinta ou em vias de extinção pelo motivo do que tu alegou:
Os pobres estão votando na direita porque acabou a mídia tradicional,

Leo Kruger escreveu:
Qui, 06 Fevereiro 2025 - 20:46 pm
Hoje, vazamentos e investigações independentes vêm muito mais de insiders e jornalistas independentes. Twitter Files (censura governamental nos EUA) foi revelado por jornalistas independentes. Denúncias de corrupção nos governos brasileiro e americano começaram com vazamentos de fontes anônimas, não com repórteres da Globo ou CNN.. Se só a mídia tradicional faz jornalismo investigativo, por que tantas denúncias e vazamentos vêm de fontes independentes?
Sobre Twitter Files, tem tópico próprio:
Quem são essas fontes independentes?
De onde obtiveram as supostas provas?
Fizeram ou passaram por fact-check? Tem uns de direita que desconsideram fact-check quando discordam do viés deles.
Muitos desse dessa nova mídia são do tipo "uma câmera na mão e idéia na cabeça" mas não apresentam fontes, nem provas, só repassam fake news (notícias postiças, com alguma informação verdadeira distorcida e/ou incompleta misturada com falsa).
Leo Kruger escreveu:
Qui, 06 Fevereiro 2025 - 20:46 pm
"Você acha que quem não vota no Bozo é lulista?"

Outro espantalho. Meu argumento não tem nada a ver com Lula ou Bolsonaro. O fato é que a esquerda tradicional perdeu conexão com a classe trabalhadora e agora vive de narrativas culturais em vez de pautas econômicas reais.
Isso está acontecendo no mundo inteiro, não só no Brasil.
Bozo e Lula é só referência. Sei muito bem que há direita que não confia (mais) no Bolsonaro, assim como tem esquerda que pensa que Lula é um liberal usando a esquerda.
E o PCO, por exemplo, seria esquerda tradicional enão teria pautas wokes.
Além disso tem pretensas terceiras vias, como pessoal da Nova Resistência que tem pautas sociais e são anti-woke (inspirados no Eurasianismo de Dugin), que não se encaixam nessa dicotomia forçada Esquerda x Direita

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 00:24 am

Então deveria formular melhor os que escreve, pois nessa parte dar a entender que a mídia tradicional ta extinta ou em vias de extinção pelo motivo do que tu alegou:
Os pobres estão votando na direita porque acabou a mídia tradicional,
Interpretação básica falhou aqui... "Acabou" no contexto significa que a mídia tradicional perdeu o monopólio da narrativa, não que deixou de existir. O próprio fato de que estamos discutindo isso já prova que ela ainda existe. O problema da esquerda hoje é ignorar o impacto da internet e continuar agindo como se a Globo, CNN e Folha ainda tivessem a influência dos anos 90

Sobre Twitter Files, tem tópico próprio:
Quem são essas fontes independentes?
De onde obtiveram as supostas provas?
Fizeram ou passaram por fact-check? Tem uns de direita que desconsideram fact-check quando discordam do viés deles.
Muitos desse dessa nova mídia são do tipo "uma câmera na mão e idéia na cabeça" mas não apresentam fontes, nem provas, só repassam fake news (notícias postiças, com alguma informação verdadeira distorcida e/ou incompleta misturada com falsa).
Outro esquerdista que acha que fact-checking é critério absoluto kkkk não está acompanhando um dos maiores escândalos com fact checkers não? kkkk vc ignora que grande parte dessas agências (como Lupa, Aos Fatos e Snopes) são financiadas por grupos com interesses políticos como o DOGE está descobrindo. Fact-checkers erram, distorcem e ignoram dados que não favorecem suas narrativas. E quanto à pergunta "de onde vêm as provas?" é curioso como essa exigência seletiva nunca é feita quando a mídia tradicional solta denúncias baseadas em "fontes anônimas" kkk. Você cobra fontes quando não gosta do resultado, mas usa narrativas quando convêm ao seu viés...

Bozo e Lula é só referência. Sei muito bem que há direita que não confia (mais) no Bolsonaro, assim como tem esquerda que pensa que Lula é um liberal usando a esquerda.
E o PCO, por exemplo, seria esquerda tradicional enão teria pautas wokes.
Além disso tem pretensas terceiras vias, como pessoal da Nova Resistência que tem pautas sociais e são anti-woke (inspirados no Eurasianismo de Dugin), que não se encaixam nessa dicotomia forçada Esquerda x Direita
O PCO? Sério? Um partido nanico sem influência alguma é o seu argumento para refutar uma tendência global? Isso é como dizer "nem todo empresário é rico" para negar que a média deles é. O PCO não muda nada no jogo político. A polarização Lula vs. Bolsonaro existe porque a população média vota nesses blocos. Se "terceiras vias" fossem viáveis, Ciro Gomes teria ganhado a eleição. Mas não ganhou. E nem vai.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 19:11 pm
Interpretação básica falhou aqui... "Acabou" no contexto significa que a mídia tradicional perdeu o monopólio da narrativa, não que deixou de existir. O próprio fato de que estamos discutindo isso já prova que ela ainda existe. O problema da esquerda hoje é ignorar o impacto da internet e continuar agindo como se a Globo, CNN e Folha ainda tivessem a influência dos anos 90
Nem assim! Tem que tenha dito que a tv ia acabar com a rádio, mas não acabou; assimo como internet não acabou com ambas, mas INCORPOROU AS MÍDIAS TRADICIONAIS.
Esse papo de nova mídia melhor que mídia tradicional é chavão de reaça de internet.
Pouco importa se a mídia é por carta, sinal de fumaça, telégrafo, rádio, tv, internet, telepatia, o que importa é a veracidade da informação. O resto lero-lero.
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 19:11 pm
Outro esquerdista que acha que fact-checking é critério absoluto kkkk não está acompanhando um dos maiores escândalos com fact checkers não? kkkk vc ignora que grande parte dessas agências (como Lupa, Aos Fatos e Snopes) são financiadas por grupos com interesses políticos como o DOGE está descobrindo. Fact-checkers erram, distorcem e ignoram dados que não favorecem suas narrativas. E quanto à pergunta "de onde vêm as provas?" é curioso como essa exigência seletiva nunca é feita quando a mídia tradicional solta denúncias baseadas em "fontes anônimas" kkk. Você cobra fontes quando não gosta do resultado, mas usa narrativas quando convêm ao seu viés...
Esquerdista uma ova! Mas tu parece um pseudo-libertário, pseudo-minaqruista, pseudo-liberal ou coisa do tipo. Quem se diz a favor de libertarismo e defende ou passa pano pano pra estatistas como Trump, pros ESTADOS Unidos, ESTADO de Israel, etc, não passa de libertário de boteco ou de internet. A prática é o que vale não o que a pessoa diz ser.

Tem outros fact-cehck, como E-farsas, Boatos.org, etc. Mais sobre isso ta no tópico "Factcheck e catálogos de sites com conteúdos conspiracionistas".
Tem fact-checks ditos de direita, eles também seriam passivos de erros. E se factcheck é passível, mais ainda os tipos e tias do zap.
Tu fica com tua crença eu com minha descrença e desconfiança.
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 19:11 pm
O PCO? Sério? Um partido nanico sem influência alguma é o seu argumento para refutar uma tendência global? Isso é como dizer "nem todo empresário é rico" para negar que a média deles é. O PCO não muda nada no jogo político. A polarização Lula vs. Bolsonaro existe porque a população média vota nesses blocos. Se "terceiras vias" fossem viáveis, Ciro Gomes teria ganhado a eleição. Mas não ganhou. E nem vai.
Citei o PCO como um referência de esquerda dita tradicional, não me referi a popularidade nem tamanho dele.

O fato da população média não votar nessas terceiras opções não indica viabilidade ou não, pois nem sequer foi dado chance pra se verificar, se essas idéias de terceiras vias funcionariam (a curto ou longo prazo) ou não.

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 19:52 pm
Nem assim! Tem que tenha dito que a tv ia acabar com a rádio, mas não acabou; assimo como internet não acabou com ambas, mas INCORPOROU AS MÍDIAS TRADICIONAIS.
Esse papo de nova mídia melhor que mídia tradicional é chavão de reaça de internet.
Pouco importa se a mídia é por carta, sinal de fumaça, telégrafo, rádio, tv, internet, telepatia, o que importa é a veracidade da informação. O resto lero-lero.
Falácia da rotulagem. Te falta argumento daí tu apela pra "reaça de internet" para desqualificar o que foi dito. O ponto central não é "nova mídia X mídia tradicional" e sim quem controla a informação, esse é o mérito do assunto. O que mudou foi que antes a mídia tradicional ditava a narrativa sem contestação...e agora há competidores com influência real

Esquerdista uma ova! Mas tu parece um pseudo-libertário, pseudo-minaqruista, pseudo-liberal ou coisa do tipo. Quem se diz a favor de libertarismo e defende ou passa pano pano pra estatistas como Trump, pros ESTADOS Unidos, ESTADO de Israel, etc, não passa de libertário de boteco ou de internet. A prática é o que vale não o que a pessoa diz ser.
Ótimo, mas quem define "veracidade"? O problema é que a mídia tradicional erra tanto quanto a independente, mas só a segunda sofre ataques constantes de "desinformação". A questão não é o meio de transmissão, mas quem tem o monopólio de validar ou invalidar uma informação. Mídia tradicional também espalha fake news, ignora fatos inconvenientes e usa fontes anônimas sem provas. Quando a mídia independente faz isso... é desqualificada. Quando a mídia tradicional faz, é "jornalismo sério" :lol:

ps: chamou de reaça probabilidade de ser esquerdista it's over 8000
Tem outros fact-cehck, como E-farsas, Boatos.org, etc. Mais sobre isso ta no tópico "Factcheck e catálogos de sites com conteúdos conspiracionistas".
Tem fact-checks ditos de direita, eles também seriam passivos de erros. E se factcheck é passível, mais ainda os tipos e tias do zap.
Tu fica com tua crença eu com minha descrença e desconfiança.
E todos esses fact-checks operam sob critérios subjetivos, ignorando informações quando convém. Você quer validar quem valida os validadores? Quem audita o fact-checker quando ele distorce um dado ou omite algo relevante? Se fact-checkers erram e distorcem, então não podem ser usados como autoridade absoluta. O argumento de "mas existe fact-check" não prova nada.

ps: sistema de notas da comunidade é o melhor jeito de validar um fato, me refute.
Spoiler:
Imagem
Citei o PCO como um referência de esquerda dita tradicional, não me referi a popularidade nem tamanho dele.
Exemplo irrelevante. O PCO não tem impacto na política nacional, logo não refuta a tese de que a esquerda global abandonou pautas econômicas e migrou para a guerra cultural.

O fato da população média não votar nessas terceiras opções não indica viabilidade ou não, pois nem sequer foi dado chance pra se verificar, se essas idéias de terceiras vias funcionariam (a curto ou longo prazo) ou não.
Isso é pura ilusão política. As terceiras vias já foram testadas e falharam repetidamente.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
Falácia da rotulagem. Te falta argumento daí tu apela pra "reaça de internet" para desqualificar o que foi dito. O ponto central não é "nova mídia X mídia tradicional" e sim quem controla a informação, esse é o mérito do assunto. O que mudou foi que antes a mídia tradicional ditava a narrativa sem contestação...e agora há competidores com influência real
Rotulagem? Chamar qualquer um discorde desse senso-comum de "esquerdista", não é rotulagem?

"Sem contestação" ?
Não é por que antigamente não tinha meios de divulgação de contestação (mesmo que apenas baseado em achismo e antipatia) como a internet. Como saber no que a maioria da população contestava ou não se a internet quando veio era acessível apenas a classe média e alta?
É verdade que antes era mais complicado uma mídia independente (que seria um termo adequado, em vez de "nova mídia" versus "mídia tradicional") sendo que as plataformas que havia era mídia impressa (que até tinha mais facilidade pra ser produzido conteúdo contestador, ainda que com riscos, como teve "O Pasquim"), tv e rádio (que precisavam de concessões estatais; na época da ditadura ESTATAL militar de direita seria inviável uma tv e rádio que contestasse o estado), que não era economicamente viável pra alguém independente publicar coisas. A "VEJA" é uma mídia tradicional que pegava no pé da esquerda, tendo caras como Diogo Mainardi, entre outros, entre os integrantes.

E mesmo essa mídia independente (mas não imparcial) é passível de crítica, pois tem muito erro e fake news também, como tu mesmo apontou logo a seguir:
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
Ótimo, mas quem define "veracidade"?
Os fatos. E pra isso precisa de comprovação.
Só postar não quer dizer nada.
Exemplo: Quando a mídia tradicional ESTATAL israelense divulga coisas, onde há o questionamento da tal mídia independente (de direita)? E outras notícias como, por exemplo, a foto tal das crianças decapitadas Hamas foi reportada como fake e não mais se falou nisso. Onde ta as provas???
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
O problema é que a mídia tradicional erra tanto quanto a independente, mas só a segunda sofre ataques constantes de "desinformação".
MENTIRA! Cansei de ver desinformação postada por diretistas e ataques a tal mídia tradicional sendo chamada de "esquerdista" como acusação. Mas quando é, por exemplo, mídia tradicional ESTATAL israelense e Fox News, aí não se tem muitas críticas, execeto se mexer com os ídolos intocáveis (Bozo, Trump, etc).
Sem contar casos como o de Alex JOnes que espalhou fake news sobre PIzzagate, e outras como um caso de vítimas letais dum sequestro que ele acusou ter sido forjado,
"Juiz decide que Alex Jones não pode usar falência para evitar pagamento de R$ 5,5 bilhões às famílias de Sandy Hook"

Teórico da conspiração acusou vítimas de massacre de serem atores

https://www.cnnbrasil.com.br/internacio ... sandy-hook
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
A questão não é o meio de transmissão, mas quem tem o monopólio de validar ou invalidar uma informação. Mídia tradicional também espalha fake news, ignora fatos inconvenientes e usa fontes anônimas sem provas.
Descobriu o Brasil! Só que a mídia tradicional tem uma marca e empresa associada a eles, não como ocorre com muitos desses ditos 'nova mídia' que são aventureiros
Citei Fox news e mídia ESTATAL israelense como exemplos acima.
E não havia monopólio, pois havia mais de uma mídia não uma só - como Globo, Bandeirantes, SBT, etc.
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
ps: chamou de reaça probabilidade de ser esquerdista it's over 8000
Possibilidade não é certeza. Não pensou em outras possibilidades como centrista, isentão. Esse é um problema em ser binário. Já tu deu indícios maior de possibilidade de ser reaça ou um direitista genérico e assemelhado pelas postagens. Se visse postagens poderia constatar que tenho visões bem mistas sobre várias coisas.
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
E todos esses fact-checks operam sob critérios subjetivos, ignorando informações quando convém. Você quer validar quem valida os validadores? Quem audita o fact-checker quando ele distorce um dado ou omite algo relevante? Se fact-checkers erram e distorcem, então não podem ser usados como autoridade absoluta. O argumento de "mas existe fact-check" não prova nada.

ps: sistema de notas da comunidade é o melhor jeito de validar um fato, me refute.
Spoiler:
Imagem
Então que se use sistemas de notas da comunidade sem se desvencilhar dos fact-checkers.
E mesmo esses "sistemas de notas" ainda são passíveis de subjetividade, adulteração, parcialidade, omissão (quando tem informação que vai contra o próprio viés).
Assim como tu é enviesado; e postar a tal esquerdista Gleisi Hoffmann e não, por exemplo, Bolsonaro e Trump (que falou coisas como "imigrantes comem gatos"), é um exmplo que indica viés.
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
Exemplo irrelevante. O PCO não tem impacto na política nacional, logo não refuta a tese de que a esquerda global abandonou pautas econômicas e migrou para a guerra cultural.
Não invalidou o que eu disse, pois isso foi deixado claro:
Citei o PCO como um referência de esquerda dita tradicional, não me referi a popularidade nem tamanho dele.
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
Isso é pura ilusão política. As terceiras vias já foram testadas e falharam repetidamente.
Se ta dizendo que todas foram testadas eu devo acreditar sem ter verificação de cada caso, experiência, etc? Se algumas falhas são evidências da inviabilidade das coisas, então liberalismo e libertarismo falharam porque Macri falhou na Argentina?
De qualquer forma não sou adepto de terceira-via que mistura pauta trabalhista com anti-woke, e fazendo misturas desconexas de pautas. Só citei mais como exemplo de que essa dicotomia esquerda x direita é muito simplista.

Re: Direita, esquerda e centro

fenrir
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Mensagem por fenrir »

Na mente de certas pessoas, ao menos no que diz respeito a politica, só existe X e não-X.
Assim, se voce não apoia trump, bolsonaro então só pode ser lulista, esquerdista, ou o quer quer que os apoiadores daqueles demonizem.
Se apoio um politico e ele faz merda atras de merda, se se comporta de forma anti-etica, se se corrompe, para mim nao serve mais. Nao vou continuar a apoia-lo cegamente so porque ele esta no mesmo lado do grafico do espectro politico.
E se o tal politico faz algo errado, ha que se critica-lo. Se se abstem de fazer isso porque ele é quem voce apoia e ao mesmo tempo voce se esmera em criticar o "outro lado" isso e uma atitude bem hipocrita.
Mas para mudar de opiniao ha que ter um pouco de humildade pois descartar alguem que voce antes apoiava é reconhecer que errou.
E humildade, nesse mundo de gente obcecada por selfies e ostentacao é item em falta.

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 01:37 am
Rotulagem? Chamar qualquer um discorde desse senso-comum de "esquerdista", não é rotulagem?
A diferença crucial é que a esquerda vive de rotular qualquer discordância como reaça, fascista, antidemocrático, misógino,homofóbico, etc. A tática é sempre a mesma: desqualificar sem debater.
"Sem contestação" ?
Não é por que antigamente não tinha meios de divulgação de contestação (mesmo que apenas baseado em achismo e antipatia) como a internet. Como saber no que a maioria da população contestava ou não se a internet quando veio era acessível apenas a classe média e alta?
É verdade que antes era mais complicado uma mídia independente (que seria um termo adequado, em vez de "nova mídia" versus "mídia tradicional") sendo que as plataformas que havia era mídia impressa (que até tinha mais facilidade pra ser produzido conteúdo contestador, ainda que com riscos, como teve "O Pasquim"), tv e rádio (que precisavam de concessões estatais; na época da ditadura ESTATAL militar de direita seria inviável uma tv e rádio que contestasse o estado), que não era economicamente viável pra alguém independente publicar coisas. A "VEJA" é uma mídia tradicional que pegava no pé da esquerda, tendo caras como Diogo Mainardi, entre outros, entre os integrantes.
Seu argumento é basicamente: Não temos como saber se havia contestação porque a informação não circulava. O que só reforça o meu ponto: a mídia tradicional dominava a narrativa sem concorrência.

Os fatos. E pra isso precisa de comprovação.
Só postar não quer dizer nada.
Exemplo: Quando a mídia tradicional ESTATAL israelense divulga coisas, onde há o questionamento da tal mídia independente (de direita)? E outras notícias como, por exemplo, a foto tal das crianças decapitadas Hamas foi reportada como fake e não mais se falou nisso. Onde ta as provas???
O problema é que, para a mídia tradicional e seus aduladores, "fato" significa narrativa sancionada pelo establishment socialista. Se um fato favorece a sua visão de mundo, é indiscutível. Se não favorece, é "desinformação". Quer ver exemplos?

- qualquer um que sugerisse que o Covid-19 poderia ter vazado de um laboratório era chamado de conspiracionista, até chegar o relatório do congresso americano.
- qualquer um que fale que não há provas fundamentadas de tentativa de tomada de poder no dia 8 de janeiro é conspiracionista.
- em 2023 a taxa das blusinhas não ia taxar o consumidor, mas sim as empresas
- quando em 2015 a globo taxou os manifestantes de criminosos e depois voltou atrás, ta tudo bem

Exemplo quentinho: olha a narrativa do estabilishment socialista dizendo que o Nikolas fez fake news com o vídeo kkk

MENTIRA! Cansei de ver desinformação postada por diretistas e ataques a tal mídia tradicional sendo chamada de "esquerdista" como acusação. Mas quando é, por exemplo, mídia tradicional ESTATAL israelense e Fox News, aí não se tem muitas críticas, execeto se mexer com os ídolos intocáveis (Bozo, Trump, etc).
Sem contar casos como o de Alex JOnes que espalhou fake news sobre PIzzagate, e outras como um caso de vítimas letais dum sequestro que ele acusou ter sido forjado,


Parabéns, você acaba de refutar uma afirmação que eu nunca fiz. Eu disse que apenas a mídia independente sofre ataques constantes de desinformação? Não. Eu disse que a mídia tradicional erra tanto quanto a independente, mas só a segunda sofre ataques sistemáticos de censura e desmonetização, além de ameaças de prisão. Na verdade tem vários exilados nos EUA com medo de serem presos.

Descobriu o Brasil! Só que a mídia tradicional tem uma marca e empresa associada a eles, não como ocorre com muitos desses ditos 'nova mídia' que são aventureiros
Citei Fox news e mídia ESTATAL israelense como exemplos acima.
E não havia monopólio, pois havia mais de uma mídia não uma só - como Globo, Bandeirantes, SBT, etc.
Ah, então, se eu tiver um CNPJ, minhas fake news ficam mais respeitáveis? Interessante. Então quando a CNN insistiu que os protestos de 2020 eram "majoritariamente pacíficos" enquanto prédios ardiam ao fundo, isso foi jornalismo sério? Eu não vi nenhuma censura, desmonetização ou ameaça de prisão aos jornalistas :lol:

Então que se use sistemas de notas da comunidade sem se desvencilhar dos fact-checkers.
E mesmo esses "sistemas de notas" ainda são passíveis de subjetividade, adulteração, parcialidade, omissão (quando tem informação que vai contra o próprio viés).
Assim como tu é enviesado; e postar a tal esquerdista Gleisi Hoffmann e não, por exemplo, Bolsonaro e Trump (que falou coisas como "imigrantes comem gatos"), é um exmplo que indica viés.
Maravilhoso! Vamos combinar: toda vez que um fact-checker errar, ele perde credibilidade, certo? Ah, não? Opa, então você quer um sistema em que "checadores de fatos" podem errar impunemente, mas a mídia independente tem que ser impecável o tempo todo. Além disso, os próprios "fact-checkers" são frequentemente financiados por megacorporações, governos ou ONGs com interesses políticos. Mas sim, vamos fingir que eles são seres iluminados e neutros. Se eu acreditasse nisso, também acreditaria que o Banco Central imprime dinheiro só para fazer a gente feliz.

E você sabe como funciona o sistema de notas de comunidade? Parece que não.
Spoiler:
O sistema de notas da comunidade é um mecanismo de verificação colaborativa onde os próprios usuários avaliam a credibilidade de postagens e adicionam contexto. O modelo mais conhecido é o Community Notes do Twitter/X, onde diferentes usuários podem sugerir informações adicionais para esclarecer uma postagem. Se a nota for considerada útil por pessoas de diferentes perspectivas, ela é exibida junto ao post.

A ideia central é descentralizar a verificação de fatos, removendo o monopólio dos fact-checkers tradicionais, que muitas vezes operam com viés. Em vez de um pequeno grupo decidir o que é verdadeiro ou falso, a checagem é feita coletivamente, aumentando a transparência e reduzindo manipulações.
Se ta dizendo que todas foram testadas eu devo acreditar sem ter verificação de cada caso, experiência, etc? Se algumas falhas são evidências da inviabilidade das coisas, então liberalismo e libertarismo falharam porque Macri falhou na Argentina?
Não precisa testar todas, as vezes alguém ganha, o que eu falo é que desde a redemocratização ninguém ainda ganhou. E olha que faz tempo.

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

fenrir escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 05:24 am
Na mente de certas pessoas, ao menos no que diz respeito a politica, só existe X e não-X.
Assim, se voce não apoia trump, bolsonaro então só pode ser lulista, esquerdista, ou o quer quer que os apoiadores daqueles demonizem.
Se apoio um politico e ele faz merda atras de merda, se se comporta de forma anti-etica, se se corrompe, para mim nao serve mais. Nao vou continuar a apoia-lo cegamente so porque ele esta no mesmo lado do grafico do espectro politico.
E se o tal politico faz algo errado, ha que se critica-lo. Se se abstem de fazer isso porque ele é quem voce apoia e ao mesmo tempo voce se esmera em criticar o "outro lado" isso e uma atitude bem hipocrita.
Mas para mudar de opiniao ha que ter um pouco de humildade pois descartar alguem que voce antes apoiava é reconhecer que errou.
E humildade, nesse mundo de gente obcecada por selfies e ostentacao é item em falta.
A política se tornou binária. Nas eleições de 2022, o segundo turno só tinha Lula e Bolsonaro e ambos já se mostraram corruptos. Para onde correr?
Essa tragédia também ocorreu nas últimas eleições dos EUA.

Mesmo se fossem honestos, ainda teria o problema de projetos em bloco. A pessoa concorda com parte de um lado e parte de outro. Assim não tem como conciliar.
O exemplo é um lado promovendo aceleração das mudanças climáticas e o outro promovendo cultura woke. Como isso vai dar certo?

Devemos votar conforme a honestidade ou em projeto? Se eu sou de esquerda e o partido de esquerda me traiu, por que não posso votar em outro partido de esquerda?

Quem mudou foi a esquerda. Recentemente muitas pessoas acima de 40 anos que sempre foram da esquerdas tradicionalmente não se reconhecem mais como parte por causa da nova esquerda identitária. E muitos dos que seriam representados pelas classes identitárias votaram em Trump. Significa que não dá certo. Na direita tem crescido o grupo libertário.
Leo Kruger escreveu:
Sáb, 08 Fevereiro 2025 - 20:03 pm
Isso é pura ilusão política. As terceiras vias já foram testadas e falharam repetidamente.
O sistema foi desenhado para ser polarizado em dois ("Duverger's law"). A intenção é que pareça democrático, mas não seja de fato democrático, e que a opinião influenciável das massas de idiotas anule a dos inteligentes.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
A diferença crucial é que a esquerda vive de rotular qualquer discordância como reaça, fascista, antidemocrático, misógino,homofóbico, etc. A tática é sempre a mesma: desqualificar sem debater.
Esquerda e direita vivem de rotular; direita adora usar "esquerdopata", "Faz o L" (mesmo pra quem votou nele), etc. Tu mesmo é um exemplo. Já me rotulou e já rotulou outros. Se não concorda com os pontos principais da tua ideologia já tacha de "esquerdista". Tem a mente dicotômica.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
Seu argumento é basicamente: Não temos como saber se havia contestação porque a informação não circulava. O que só reforça o meu ponto: a mídia tradicional dominava a narrativa sem concorrência.
Tu deu a entender que não havia contestação porque as grandes mídias controlavam censurando.
Tinha sempre alguém que contestava informação mas era nos meios de conhecidos, grupos locais, e não tinha como divulgar isso na internet, porque NÃO HAVIA INTERNET (COMO ELA É HOJE). Ou seja, era por questão técnica / tecnológica e não por censura.
Mas mesmo nas grandes mídias (impressa e audiovisual) havia concorrentes entre elas na questão da informação. A VEJA e a Globo costumava detonar a esquerda muito antes do Lula subir ao poder.
Na época da ditadura militar direitista, jornais que criticavam o regime eram censurados e tinha que disfarçar o conteúdo pra despistar. Aquilo era censura de fato (tinha gente sumia, era torturada ou 'suicidada', como foi o caso do Vladimir Herzog entre outros) e não um bando de mimado mimizento que se dói porque o STF, etc, quis banir contas de quem publicasse coisas em defesa de manifestações desordeiros pra tentar legitimar golpes de estado; ou maconheiro chorão que fez xilique porque foi boicotado, por influência do Sleep Giants (que nem órgão público é), por ter apoiado criação de partido nazista.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
O problema é que, para a mídia tradicional e seus aduladores, "fato" significa narrativa sancionada pelo establishment socialista. Se um fato favorece a sua visão de mundo, é indiscutível. Se não favorece, é "desinformação". Quer ver exemplos?
E se quiser insistir nesse papo de 'MÍDIA TRADICIONAL', pode continuar, mas não perde teu tempo tentando fazer acreditar nas informações enviesadas que tu posta.
Ou prova o que posta ou vai ser questionado.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
- qualquer um que sugerisse que o Covid-19 poderia ter vazado de um laboratório era chamado de conspiracionista, até chegar o relatório do congresso americano.
Isso já foi comentado, se não me engano, num dos tópicos sobre Covid, onde o Arcanjo comentou essa mesma coisa.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
- qualquer um que fale que não há provas fundamentadas de tentativa de tomada de poder no dia 8 de janeiro é conspiracionista.
É tipo dizer que não haveria provas fundamentais de golpistas invasores do Capitólio que não aceitaram a derrota do Trump. E hoje usam a vitória dele como acusação de que as eleições foram fraudadas (e, mesmo lá não tendo urnas eletrônicas como no Brasil, usam mesmas desculpas).
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
- em 2023 a taxa das blusinhas não ia taxar o consumidor, mas sim as empresas
- quando em 2015 a globo taxou os manifestantes de criminosos e depois voltou atrás, ta tudo bem
Exemplo quentinho: olha a narrativa do estabilishment socialista dizendo que o Nikolas fez fake news com o vídeo kkk
Não acompanhei esses casos a fundo então não vou falar sobre eles. Talvez outros aqui tem mais conhecimento do assunto.
Lembro que o Huxley postou várias coisas sobre esse Nikolas Ferreira, inclusive com referências.
Pra mim esse Nikolas Ferreira é só mais um papgaio de pirata (assim como o tal traveco "Alguma coisa Hilton"), já até fez um debate contra Nando Moura que caiu em cima dele. Ele até pode ser alguém que faz cortina de fumaça pra algumas armações.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
Parabéns, você acaba de refutar uma afirmação que eu nunca fiz. Eu disse que apenas a mídia independente sofre ataques constantes de desinformação? Não. Eu disse que a mídia tradicional erra tanto quanto a independente, mas só a segunda sofre ataques sistemáticos de censura e desmonetização, além de ameaças de prisão. Na verdade tem vários exilados nos EUA com medo de serem presos.
MÍDIA 'INDEPENDENTE' = MÍDIA DIREITISTA

A Fox e a mídia estatal israelense sofrem ataques SISTEMÁTICOS mas não fazem ataques sistemáticos? Eu jà mencionei sobre a Veja, por exemplo, que sistematicamente detonava o Lula, etc. Vou ter que repetitivo?

Lembrando, novamente, que INDEPENDENTE ≠ IMPARCIAL.

Vários exilados nos EUA, Hahahaha, tipo quem, Allan dos Panos? Conta mais piada aí.
Se for assim, Jean Willys também seria um exilado porque teria dito que foi ameaçado de morte pelo Bozo.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
Ah, então, se eu tiver um CNPJ, minhas fake news ficam mais respeitáveis? Interessante. Então quando a CNN insistiu que os protestos de 2020 eram "majoritariamente pacíficos" enquanto prédios ardiam ao fundo, isso foi jornalismo sério? Eu não vi nenhuma censura, desmonetização ou ameaça de prisão aos jornalistas :lol:
Onde afirmei que fale news ficam mais respeitáveis ditas por mídias tradicionais? Eu já postei até sobre o caso da Escola Base, por exemplo. Mas faltou eu complementar: A questão é que ter uma empresa associada torna um alvo muito mais fácil (por muitas vezes ter um endereço mais fixo, ter nome do empresário) do que pessoas que muitas vezes nem são identificadas, que podem ta até em outros países, e caso repassem fake news / calúnia / injúria / difamação, são mais difíceis de localizar já que podem ser (des)informantes com (des)informações descentralizadas.

Uma empresa tradicional sediada num lugar (não como uma empresa virtual ou coisa do tipo) não teria como fugir com mesma facilidade que um sujeito metido a mídia independente, depois de aprontar, tipo um Allan dos Panos, por exemplo. Como, por exemplo, um prédio central de mídia de estação de rádio, tv (como a Globo, etc), impressa, saindo correndo pra outro país pro STF não pegar? Se o dono fugir vai deixar alguma coisa que pode ser aprendida pelas autoridades.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
Maravilhoso! Vamos combinar: toda vez que um fact-checker errar, ele perde credibilidade, certo? Ah, não? Opa, então você quer um sistema em que "checadores de fatos" podem errar impunemente, mas a mídia independente tem que ser impecável o tempo todo. Além disso, os próprios "fact-checkers" são frequentemente financiados por megacorporações, governos ou ONGs com interesses políticos. Mas sim, vamos fingir que eles são seres iluminados e neutros. Se eu acreditasse nisso, também acreditaria que o Banco Central imprime dinheiro só para fazer a gente feliz.
Credibilidade é pra quem crê. Tu crê na direita. Eu não creio em esquerda ou direita.
E caso uma desses fact-checks falhem não quer dizer que falhem tudo.
Mas ok, agora se tu não acesso prova direta (não foi testemunha, não coletou as evidências, etc) como saber se a informação que recebe é verdadeira? Só resta ser pirrônico / solipsista.
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
E você sabe como funciona o sistema de notas de comunidade? Parece que não.
Spoiler:
O sistema de notas da comunidade é um mecanismo de verificação colaborativa onde os próprios usuários avaliam a credibilidade de postagens e adicionam contexto. O modelo mais conhecido é o Community Notes do Twitter/X, onde diferentes usuários podem sugerir informações adicionais para esclarecer uma postagem. Se a nota for considerada útil por pessoas de diferentes perspectivas, ela é exibida junto ao post.

A ideia central é descentralizar a verificação de fatos, removendo o monopólio dos fact-checkers tradicionais, que muitas vezes operam com viés. Em vez de um pequeno grupo decidir o que é verdadeiro ou falso, a checagem é feita coletivamente, aumentando a transparência e reduzindo manipulações.
Há usuários com (des)informações (des)centralizadas também, e muitos da qual não se tem nem identificação - o que encorajaria as pessoas a ficarem mais a vontade em repassar desinformações, distorções, informações incompletas, etc; (o que ta relacionado ao que comentei sobre uma mídia associada a uma empresa).
Pior ainda se for descentralizada em que tiver discordâncias ou contradições - qual delas deveria ser tomada como verdade?

E devolvendo a pergunta: Caso essas notas da comunidade errar, vai perder credibilidade pra ti ou vai usar ceticismo seletivo?
Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 13:02 pm
Não precisa testar todas, as vezes alguém ganha, o que eu falo é que desde a redemocratização ninguém ainda ganhou. E olha que faz tempo.
Ora se não ganhou como saber se funciona não? Nem teve chance de ser testado. É na prática é que se verifica a viabilidade.

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 16:37 pm
Esquerda e direita vivem de rotular; direita adora usar "esquerdopata", "Faz o L" (mesmo pra quem votou nele), etc. Tu mesmo é um exemplo. Já me rotulou e já rotulou outros. Se não concorda com os pontos principais da tua ideologia já tacha de "esquerdista". Tem a mente dicotômica.
A diferença fundamental: quando a direita rotula, a esquerda continua falando. Quando a esquerda rotula, a direita perde o emprego, a conta bancária e a liberdade de expressão. Simples assim.
Tu deu a entender que não havia contestação porque as grandes mídias controlavam censurando.
Tinha sempre alguém que contestava informação mas era nos meios de conhecidos, grupos locais, e não tinha como divulgar isso na internet, porque NÃO HAVIA INTERNET (COMO ELA É HOJE). Ou seja, era por questão técnica / tecnológica e não por censura.
Não, e sim porque sempre operaram dentro de um alinhamento estatal e progressista. A internet rompeu essa hegemonia, permitindo o surgimento de jornalistas independentes e vazamentos sem filtro da grande mídia. E vai continuar rompendo, goste você ou não, e eu acho que você não gosta mesmo kk
Mas mesmo nas grandes mídias (impressa e audiovisual) havia concorrentes entre elas na questão da informação. A VEJA e a Globo costumava detonar a esquerda muito antes do Lula subir ao poder.


E daí? A Globo e a Veja atacavam o Lula porque era conveniente na época, mas nunca deixaram de ser braços do establishment. O que importa não é quem elas criticam, mas quem elas protegem. Hoje, o alinhamento mudou, mas a estratégia continua a mesma
Na época da ditadura militar direitista, jornais que criticavam o regime eram censurados e tinha que disfarçar o conteúdo pra despistar. Aquilo era censura de fato (tinha gente sumia, era torturada ou 'suicidada', como foi o caso do Vladimir Herzog entre outros) e não um bando de mimado mimizento que se dói porque o STF, etc, quis banir contas de quem publicasse coisas em defesa de manifestações desordeiros pra tentar legitimar golpes de estado; ou maconheiro chorão que fez xilique porque foi boicotado, por influência do Sleep Giants (que nem órgão público é), por ter apoiado criação de partido nazista.



E bloqueio de contas sem julgamento, censura prévia e perseguição política agora são ‘medidas necessárias para a democracia’? Interessante... Essa é a definição exata que qualquer ditador usaria para justificar sua tirania. O que me interessa não é sua opinião, mas o que a Constituição diz: e ela diz que censura prévia é crime.
E se quiser insistir nesse papo de 'MÍDIA TRADICIONAL', pode continuar, mas não perde teu tempo tentando fazer acreditar nas informações enviesadas que tu posta.
Ou prova o que posta ou vai ser questionado.
Quando a informação não agrada são "informações enviesadas". Pensei que você estaria lá no tópico do DOGE comentando sobre o escândalo do financiamento de jornalistas e fact-checkers, mas parece que não, né?
Isso já foi comentado, se não me engano, num dos tópicos sobre Covid, onde o Arcanjo comentou essa mesma coisa.
Não sei se foi comentado, o que me interessa é o argumento inicial que diz que "mídia tradicional promove narrativas e cancelamentos independente da verdade".
É tipo dizer que não haveria provas fundamentais de golpistas invasores do Capitólio que não aceitaram a derrota do Trump. E hoje usam a vitória dele como acusação de que as eleições foram fraudadas (e, mesmo lá não tendo urnas eletrônicas como no Brasil, usam mesmas desculpas).
Diferente do Capitólio onde havia supremacista branco e maioria armada no Brasil era um bando de velhas e ex-militares tirando selfie kkkk você tem prova que eles tavam lá tentando tomar o poder? Eles estavam armados? Eles recusaram cooperação com as autoridades locais? Que interessante

Não acompanhei esses casos a fundo então não vou falar sobre eles. Talvez outros aqui tem mais conhecimento do assunto.
Lembro que o Huxley postou várias coisas sobre esse Nikolas Ferreira, inclusive com referências.
Pra mim esse Nikolas Ferreira é só mais um papgaio de pirata (assim como o tal traveco "Alguma coisa Hilton"), já até fez um debate contra Nando Moura que caiu em cima dele. Ele até pode ser alguém que faz cortina de fumaça pra algumas armações.
Você só tá atacando a pessoa e não o fato. Ele não fez fake news, e mesmo assim a narrativa de fake news foi criada.

Vários exilados nos EUA, Hahahaha, tipo quem, Allan dos Panos? Conta mais piada aí.
Se for assim, Jean Willys também seria um exilado porque teria dito que foi ameaçado de morte pelo Bozo.
- Defende perseguição a liberdade de expressão
- Defende prender manifestantes do dia 8
- Critica Bolsonaro e Trump 100% do tempo
- Defende Palestina
- Defende mídia tradicional e fact-checkers
- Defende medidas autocráticas do Xandão

E você não pertence a uma bolha? :lol: rabo de porco, pata de porco, focinho de porco... adivinha o que é?
Credibilidade é pra quem crê. Tu crê na direita. Eu não creio em esquerda ou direita.
Eu não creio em político, eu sou libertário. Você é de esquerda pelos tópicos mencionados que defende acima.
E caso uma desses fact-checks falhem não quer dizer que falhem tudo.
Malabarismo. Então agora fact-checkers podem errar e continuar confiáveis, mas jornalistas independentes erram uma vez e são fake news para sempre? Interessante como sua régua só funciona em um lado
Mas ok, agora se tu não acesso prova direta (não foi testemunha, não coletou as evidências, etc) como saber se a informação que recebe é verdadeira? Só resta ser pirrônico / solipsista.
Ótimo argumento... para quem acha que o único conhecimento válido é o que viu pessoalmente. Pela sua lógica, você só pode acreditar na história se tiver uma máquina do tempo para testemunhar tudo. Mas quando se trata das narrativas que te agradam, aí as "fontes oficiais" já servem, né? E jornalistas são os únicos que podem acessar provas, então eles são infalíveis? Nunca mentem, nunca distorcem, nunca manipulam? Ah, entendi
Há usuários com (des)informações (des)centralizadas também, e muitos da qual não se tem nem identificação
Leia novamente a explicação de nota de comunidade, você ainda não entendeu.
E devolvendo a pergunta: Caso essas notas da comunidade errar, vai perder credibilidade pra ti ou vai usar ceticismo seletivo?
Aqui vai a diferença crucial que você convenientemente ignora: notas da comunidade erram? Sim, claro. A questão é que elas erram de forma descentralizada, corrigível e verificável por múltiplos usuários com perspectivas diferentes. Já os fact-checkers tradicionais erram de forma concentrada, sem transparência e com viés explícito.
Ora se não ganhou como saber se funciona não? Nem teve chance de ser testado. É na prática é que se verifica a viabilidade.
Quem você acredita ser terceira via que já passou por eleições?

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Manifestação nacional na Bélgica contra a viragem à direita do novo governo

https://pt.euronews.com/2025/02/13/na-b ... -a-direita
Pelo menos 60.000 pessoas manifestaram-se em Bruxelas contra a política de austeridade do novo governo belga.

youtu.be/M2R_TjYIF-c

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

A Lei de Duverger foi citada acima. E falando nela:

AIPAC
(American Israel Public Affairs Committee - Comitê Americano de Assuntos Públicos de Israel)

https://www.aipac.org

2,7 milhões de orgulhosos americanos pró-Israel trabalhando para fortalecer o apoio bipartidário ao relacionamento EUA-Israel.

https://pt.wikipedia.org/wiki/AIPAC

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Leo Kruger escreveu:
Ter, 11 Fevereiro 2025 - 21:52 pm
Aqui vai a diferença crucial que você convenientemente ignora: notas da comunidade erram? Sim, claro. A questão é que elas erram de forma descentralizada, corrigível e verificável por múltiplos usuários com perspectivas diferentes. Já os fact-checkers tradicionais erram de forma concentrada, sem transparência e com viés explícito.
Criei um tópico sobre o assunto.

Lá tem uma crítica a esse método, pegando uma repostagem do Twitter, criticando o que seria uma falha da eficiência de "Notas da comunidade" quando quem posta a desinformação é o próprio dono da plataforma, como no caso em que Musk teria feito ao comentar sobre eleições na Ucrânia:
Notas da comunidade x Fact-check

viewtopic.php?f=20&t=935

Re: Direita, esquerda e centro

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

gustavo maultasch
@ggmaultasch

Estado de coisas manicomial, ou: como saber se você sofreu lavagem cerebral

Às vezes tenho a sensação de que estamos num daqueles pesadelos de zumbis; todos os nossos amigos, colegas, conhecidos, estão com os olhos vermelhos, transformados em autômatos do além. E quando você finalmente vê um amigo de costas e acha que ele é um dos últimos não contaminados, ele se vira para você, com os olhos vermelhos, e começa a te perseguir como um androide da hegemonia sobrenatural.

Todos nós temos diversos amigos, colegas, conhecidos - pessoas que até ontem defendiam valores do senso comum (como a liberdade de expressão) - que sucumbiram ao estado de coisas manicomial e, de repente, passaram a apoiar o autoritarismo e a repressão. Parece que são androides, sempre repetindo o último update da narrativa do firmware da hegemonia progressista. Parece que são zumbis, que estão delirantes ou que sofreram uma profunda lavagem cerebral.

O problema é que, muito provavelmente, eles pensam o mesmo de nós. Eles acham que nós estamos radicalizados, que tornamo-nos simpáticos ao fascismo, que somos zumbis da extrema-direita, que estamos delirantes ou sofremos uma profunda lavagem cerebral.

Então como adjudicar? Como saber que são eles, e não eu, quem sofreu lavagem cerebral?

O que procuro fazer é manter em mente algumas heurísticas, alguns indicadores, alguns KBIs (Key Brainwashing Indicators), que eu uso para comparar minhas posições com a realidade. Essas métricas são como guarda-corpos (guard rails), que me ajudam a manter minhas ideias dentro de um espectro de sanidade. Com elas eu posso testar constantemente minhas posições e saber se meu cérebro sucumbiu, ou não, à armadilha de alguma narrativa.

Várias heurísticas podem ser utilizadas, mas para serem úteis e robustas (funcionais em diversos cenários), elas devem sempre ser:

a) descritas com simplicidade e facilmente verificáveis (sem necessidade de interpretações complexas); e

b) de baixo nível, ou seja, referindo-se a aspectos básicos da realidade. Isso é essencial, pois é precisamente nos níveis mais altos (estética, semiótica etc.) que a doutrinação e a manipulação ocorrem com maior frequência. Progressistas (e simpatizantes do "centro") frequentemente caem nessa armadilha, pois tendem a confiar em heurísticas sobre-interpretativas e estéticas. Eles olham para a gestalt (o jeitão) de políticos de direita e concluem: "ele parece hitler". E então acabam apoiando o lado que está realmente matando judeus, porque odeiam o (outro) lado que tem "um aspecto nazista".

Aqui estão algumas das minhas heurísticas, em ordem de importância:

1) Liberdade de Expressão. Se você apoia o lado que promove a censura, você está no caminho errado. Na história há poucos (se é que há algum) exemplos de líderes que foram decentes e, ao mesmo tempo, promoveram aumento da censura.

2) Autoridade Parental. O lado que promove a redução da autoridade dos pais está errado e provavelmente está tentando te doutrinar. A família é escudo contra a doutrinação e a lavagem cerebral (não à toa, seitas promovem o corte de laços familiares).

3) Proteção Infantil. O lado que promove a mutilação de crianças está errado. Em nome da inclusão e da tolerância (semiótica de alto nível), algumas pessoas acabam apoiando perversidades, como a mutilação de crianças (realidade concreta de baixo nível).

4) Locus da Compaixão em Casos de Assassinato/Terrorismo. O lado que demonstra compaixão maior pelo agressor do que pela vítima (por qualquer motivo) está errado.

A utilização dessas heurísticas costuma ser muito mais um exercício de avaliação de proporção, porque na política (como em outras áreas) estamos mais preocupados em escolher o menos ruim que em escolher o ideal.

Enquanto minha posição significar luta contra a censura, promoção da autoridade parental, proteção de crianças contra mutilações e punição do agressor e não da vítima, estou razoavelmente satisfeito com a distância que mantenho do estado de coisas manicomial.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Artigo muito 'lindo' e 'poético', mas bem enviesado (o que não chega ser surpresa):
b) de baixo nível, ou seja, referindo-se a aspectos básicos da realidade. Isso é essencial, pois é precisamente nos níveis mais altos (estética, semiótica etc.) que a doutrinação e a manipulação ocorrem com maior frequência. Progressistas (e simpatizantes do "centro") frequentemente caem nessa armadilha, pois tendem a confiar em heurísticas sobre-interpretativas e estéticas. Eles olham para a gestalt (o jeitão) de políticos de direita e concluem: "ele parece hitler". E então acabam apoiando o lado que está realmente matando judeus, porque odeiam o (outro) lado que tem "um aspecto nazista".
Direita (conservadira e reaça) e esquerda (comunista e woke) tem esses problemas. Mas por que a crítica se resume só contra a esquerda?
O argumento usado sobre esterótipos que esquerda atribuem a direitistas, poderia ser usado também no caso de estereótipo que direitistas atribuem a esquerdistas (e até a 'centro', que entrou no pacote citado no post acima). Os direitas olham pra aparência de barbudos de esquerda e concluem "Ele parece Stalin" ou um cara efeminado e dizer "Ele é da ditadura LGBTQ".
1) Liberdade de Expressão. Se você apoia o lado que promove a censura, você está no caminho errado. Na história há poucos (se é que há algum) exemplos de líderes que foram decentes e, ao mesmo tempo, promoveram aumento da censura.
Sim isso vale pra pessoas que defendem Pinochet, Ustra, "Não tem essa de estado laico não!", partido nazista, entre outras pautas da turma da "liberdade-de-expressão-irrestrita-até-aonde-aprovo", mas que muita gente vê nesses, representantes da 'liberdade de expressão'.

2) Autoridade Parental. O lado que promove a redução da autoridade dos pais está errado e provavelmente está tentando te doutrinar. A família é escudo contra a doutrinação e a lavagem cerebral (não à toa, seitas promovem o corte de laços familiares).
Isso já foge um pouco da questão política, ta mais pra costumes. Mas indo ao assunto:

Autoridade parental até que ponto? Qual limite da autoridade parental? É absoluta? Pais poderiam jogar filho pela janela caso desobedecesse sistematicamente?
Se um filho é ateu, mas ainda está sob dependência dos pais (por obrigação, pois afinal quem mandou procriar?), pais religiosos devem forçar ele ir pro templo ou ser da religião, mesmo sabendo que ele não acredita e não seguirá espontaneamente?

Se os pais forem comunistas mas o filho não, logo pais tem direito a impôr doutrinação comunista aos filhos?
3) Proteção Infantil. O lado que promove a mutilação de crianças está errado. Em nome da inclusão e da tolerância (semiótica de alto nível), algumas pessoas acabam apoiando perversidades, como a mutilação de crianças (realidade concreta de baixo nível).
Isso inclui judeus que praticam circuncisão? De certa forma é uma mutilação. E até inspirou mutilação de parte de genitálias femininas em países africanos.
4) Locus da Compaixão em Casos de Assassinato/Terrorismo. O lado que demonstra compaixão maior pelo agressor do que pela vítima (por qualquer motivo) está errado.
Como quem demonstra maior compaixão pelo governo de Israel que ataca palestinos de forma indiscriminada? Sendo que esse mesmo país teve forças militares formadas por guerrilheiros terroristas sionistas, como Irgun, etc.

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 11:44 am
Sim isso vale pra pessoas que defendem Pinochet, Ustra, "Não tem essa de estado laico não!", partido nazista, entre outras pautas da turma da "liberdade-de-expressão-irrestrita-até-aonde-aprovo", mas que muita gente vê nesses, representantes da 'liberdade de expressão'.
Libera tudo.
Que critério vai usar para determinar o que pode ou não pode?

Pinochet fez mais bem para a economia do Chile do que mal. Muito chileno o elogia. Só esquerda e a grande mídia que não gosta.
O Ustra de hoje se chama Xandão e tem fãs.
Ser contra o Estado laico é um direito. O Estado não vai deixar de ser laico por causa de quem é contra.
Partido nazista nem faz sentido no Brasil. Ademais, seria reprovado na hora do registro por irregularidades. Mas é mais caso de manicômio do que político.
Isso já foge um pouco da questão política, ta mais pra costumes. Mas indo ao assunto:

Autoridade parental até que ponto? Qual limite da autoridade parental? É absoluta? Pais poderiam jogar filho pela janela caso desobedecesse sistematicamente?
Se um filho é ateu, mas ainda está sob dependência dos pais (por obrigação, pois afinal quem mandou procriar?), pais religiosos devem forçar ele ir pro templo ou ser da religião, mesmo sabendo que ele não acredita e não seguirá espontaneamente?

Se os pais forem comunistas mas o filho não, logo pais tem direito a impôr doutrinação comunista aos filhos?
Autoridade Parental é a melhor solução no momento. De qualquer forma será sempre melhor do que o Estado.
Sobre a violência, o princípio 3 fala de proteção infantil.

Sobre a doutrinação dos pais:
Primeiro o filho pode acabar discordando dos pais e isso costuma acontecer de forma natural, sem influência externa.
Se os pais estão formando criminosos, os pais já são criminosos e deveria ser presos por isso.

Em relação à religião, de certa forma é violação de direitos humanos ensinar religião a crianças. Mas o grande problema é que não é possível evitar preservando a liberdade. O ambiente externo deixa as crianças vulneráveis à doutrinação da mídia e à doutrinação feita pelo Estado, que são piores. A verdade é que a criança é um livro em branco e toda opinião dela terá que vir de alguma fonte.

Como ensinar ceticismo de verdade às crianças? O Estado definitivamente não faz isso e nem tem interesse.
Isso inclui judeus que praticam circuncisão? De certa forma é uma mutilação. E até inspirou mutilação de parte de genitálias femininas em países africanos.
Sim. E também brasileiros que furam a orelha de bebês mulheres para colocar brinco.
Como quem demonstra maior compaixão pelo governo de Israel que ataca palestinos de forma indiscriminada? Sendo que esse mesmo país teve forças militares formadas por guerrilheiros terroristas sionistas, como Irgun, etc.
Há um equívoco aqui. Está assumindo que este texto foi escrito por um direitista típico. O texto e os princípios defendidos nele são coisas a serem avaliados separadamente. Se realmente é verdade que autor defende compaixão para um agressor específico, o autor está com dissonância cognitiva. Entretanto, isso não invalida os princípios do texto.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Libera tudo.
Que critério vai usar para determinar o que pode ou não pode?
O critério de não dar liberdade pra quem quer tirar liberdade dops outros em relação a si próprio. Como, por exemplo, o Monark ter defendido o direito a se criar partido nazista, que é a favor de genocídio, etc.
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Pinochet fez mais bem para a economia do Chile do que mal. Muito chileno o elogia. Só esquerda e a grande mídia que não gosta.
Até Nando Moura no auge do seu bolsonarismo, antes dele largar o culto ao 'Mito', criticou Pinochet. Pinochet não seria unanimidade nem entra direita.
Queria saber em qual fonte se baseou pra que "SÓ esquerda e grande mídia"
Esse é um problema da liberdade de expressão, alguém dizer algo sem apresenytar fontes, provas, etc, usando um monte de falácias como "galope de Gish" pra que alguém tenha que rebater cada coisa aleatória empilhada numa argumentaçãp.
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
O Ustra de hoje se chama Xandão e tem fãs.
Outra besteira! Xandão é torturador e age numa ditadura? (Ditadura mesmo, e não mimimi de 'violação' liberdade de expressão pra apologia a golpe)
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Ser contra o Estado laico é um direito. O Estado não vai deixar de ser laico por causa de quem é contra.
Ser contra o estado laico é uma coisa. Mas um político candidato a presidente dizendo aquilo, como ameaça a essa mesma liberdade de expressão que tu diz defender, é uma contradição e contra o estado laico.
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Partido nazista nem faz sentido no Brasil. Ademais, seria reprovado na hora do registro por irregularidades. Mas é mais caso de manicômio do que político.
Muita coisa nem faz sentido no Brasil e nem em nenhum lugar do mundo, e, no entanto, se concretiza, por mais incrível que pareça.
Nunca se deve considerar impossível algo que pode ser concretizado, mesmo que a possibilidade seja rara.
Isso já foge um pouco da questão política, ta mais pra costumes. Mas indo ao assunto:

Autoridade parental até que ponto? Qual limite da autoridade parental? É absoluta? Pais poderiam jogar filho pela janela caso desobedecesse sistematicamente?
Se um filho é ateu, mas ainda está sob dependência dos pais (por obrigação, pois afinal quem mandou procriar?), pais religiosos devem forçar ele ir pro templo ou ser da religião, mesmo sabendo que ele não acredita e não seguirá espontaneamente?

Se os pais forem comunistas mas o filho não, logo pais tem direito a impôr doutrinação comunista aos filhos?
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Autoridade Parental é a melhor solução no momento. De qualquer forma será sempre melhor do que o Estado.
E onde eu afirmei ou neguei que autoridade parental é melhor ou pior? Perguntei até que ponto. Prestou atenção?
Se o estado não impôr limites e não tiver ninguém disposto a intervir, quem vai ser? Se pais se descontrolarem e passarem a agredir filhos ao ponto de causar danos graves ou matar, deve-se deixar acontecer?
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Sobre a doutrinação dos pais:
Primeiro o filho pode acabar discordando dos pais e isso costuma acontecer de forma natural, sem influência externa.
Se os pais estão formando criminosos, os pais já são criminosos e deveria ser presos por isso.
Em relação à religião, de certa forma é violação de direitos humanos ensinar religião a crianças. Mas o grande problema é que não é possível evitar preservando a liberdade. O ambiente externo deixa as crianças vulneráveis à doutrinação da mídia e à doutrinação feita pelo Estado, que são piores. A verdade é que a criança é um livro em branco e toda opinião dela terá que vir de alguma fonte.

Como ensinar ceticismo de verdade às crianças? O Estado definitivamente não faz isso e nem tem interesse.
Não falei de estado, tem meios de comunicação céticos pra isso. Mas se pais proíbem, filhos de conferir conteúdos discordantes da ideologia deles, a chance
E mesmo o estado pode ter céticos como membros. Há muita chance de céticos dentro do estado ser a favor de disseminar ceticismo, pois sabem que se deixar em mãos de religiosos e doutrinadores em geral, a máquina estatal pode ser usada pra doutrinação e a liberdade de questionar corre risco.
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Sim. E também brasileiros que furam a orelha de bebês mulheres para colocar brinco.
Então ta. Só que na Alemanha criaram lei proibindo circuncisão (judaica, islâmica, etc), mas, devido a pressão desses grupos, voltaram atrás.


Proibição da circuncisão une muçulmanos e judeus em protesto

https://g1.globo.com/globo-news/noticia ... udeus.html

Governo alemão reafirma legalidade da circuncisão religiosa

https://www.dw.com/pt-br/governo-alem%C ... a-16296932
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 12:43 pm
Há um equívoco aqui. Está assumindo que este texto foi escrito por um direitista típico. O texto e os princípios defendidos nele são coisas a serem avaliados separadamente. Se realmente é verdade que autor defende compaixão para um agressor específico, o autor está com dissonância cognitiva. Entretanto, isso não invalida os princípios do texto.
No texto, lá em cima, a crítica se direcionou a esquerdistas até centro, e omitiu direitistas. Se fosse uma crítica genérica sem direcionar a alinhamentos específicos, então, no mínimo, dá pra desconfiar do viés.

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Gabarito escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 11:16 am
Às vezes tenho a sensação de que estamos num daqueles pesadelos de zumbis; todos os nossos amigos, colegas, conhecidos, estão com os olhos vermelhos, transformados em autômatos do além. E quando você finalmente vê um amigo de costas e acha que ele é um dos últimos não contaminados, ele se vira para você, com os olhos vermelhos, e começa a te perseguir como um androide da hegemonia sobrenatural.

Todos nós temos diversos amigos, colegas, conhecidos - pessoas que até ontem defendiam valores do senso comum (como a liberdade de expressão) - que sucumbiram ao estado de coisas manicomial e, de repente, passaram a apoiar o autoritarismo e a repressão. Parece que são androides, sempre repetindo o último update da narrativa do firmware da hegemonia progressista. Parece que são zumbis, que estão delirantes ou que sofreram uma profunda lavagem cerebral.
Estou procurando paralelos na história antiga. Atualmente existem redes sociais, mas no passado não. Mas fizeram lavagem cerebral não coercitiva várias vezes pela história, incluindo do tipo religioso ou político. Imagino como conseguiram.
Como países europeus se tornaram nacionalistas no início do século 20? Como o cristianismo se espalhou tanto em Roma? Etc.

Agnoscetico escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 16:06 pm
O critério de não dar liberdade pra quem quer tirar liberdade dops outros em relação a si próprio. Como, por exemplo, o Monark ter defendido o direito a se criar partido nazista, que é a favor de genocídio, etc.
O genocida só consegue fazer isso se ele chegar ao poder. Enquanto ele não formar organizações terroristas ou golpistas, ele será só uma pessoa bostejando sem capacidade de destruir a liberdade alheia.

Monark não defendeu genocídio. Só defendeu o direito de defender o genocídio. É diferente. Mesmo assim, muita gente com a cabeça no lugar não gostou das palavras dele e pegou mal. Não precisou de ação do Estado para isso.
Esse é um problema da liberdade de expressão, alguém dizer algo sem apresenytar fontes, provas, etc, usando um monte de falácias como "galope de Gish" pra que alguém tenha que rebater cada coisa aleatória empilhada numa argumentaçãp.
O que mais existe na política e entre pessoas debatendo é fazer afirmação sem provas.

E o grande problema é que assuntos políticos e sociológicos são muito difíceis de ter provas. Na maioria das vezes nem tem estudos reais feitos. Entretanto, há situações que precisam tomar decisão e qualquer uma das alternativas não tem provas dizendo que é o melhor caminho.
Xandão é torturador e age numa ditadura?
Só ditador está acima da lei. Xandão já violou a lei que ele deveria obedecer muitas vezes, como censuras inconstitucionais.

Ademais, o que ele tem feito com alguns doidos da direita e com os manifestantes de Brasília é análogo ao que a ditadura militar fez com opositores.
E mesmo o estado pode ter céticos como membros. Há muita chance de céticos dentro do estado ser a favor de disseminar ceticismo, pois sabem que se deixar em mãos de religiosos e doutrinadores em geral, a máquina estatal pode ser usada pra doutrinação e a liberdade de questionar corre risco.
Se o Estado promover ceticismo, beleza.

O problema é que todo grupo que chega ao poder no Estado tem uma ideologia. É improvável que ele não queira impôr essa ideologia na cabeça da população. A maioria dos governantes comete certo nível de corrupção e burradas e questionar causa reprovação popular.
Então ta. Só que na Alemanha criaram lei proibindo circuncisão (judaica, islâmica, etc), mas, devido a pressão desses grupos, voltaram atrás.
O lobismo venceu.
No texto, lá em cima, a crítica se direcionou a esquerdistas até centro, e omitiu direitistas. Se fosse uma crítica genérica sem direcionar a alinhamentos específicos, então, no mínimo, dá pra desconfiar do viés.
Eu confundi os contextos.
Estou só querendo separar conceitos de posicionamento político.

A esquerda não comunista do século passado seguia esses 4 princípios. Hoje quem faz isso é a direita. A coisas pode ser diferente daqui a 50 anos.

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Gabarito escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 11:16 am
gustavo maultasch
@ggmaultasch

Estado de coisas manicomial, ou: como saber se você sofreu lavagem cerebral

Às vezes tenho a sensação de que estamos num daqueles pesadelos de zumbis; todos os nossos amigos, colegas, conhecidos, estão com os olhos vermelhos, transformados em autômatos do além. E quando você finalmente vê um amigo de costas e acha que ele é um dos últimos não contaminados, ele se vira para você, com os olhos vermelhos, e começa a te perseguir como um androide da hegemonia sobrenatural.

Todos nós temos diversos amigos, colegas, conhecidos - pessoas que até ontem defendiam valores do senso comum (como a liberdade de expressão) - que sucumbiram ao estado de coisas manicomial e, de repente, passaram a apoiar o autoritarismo e a repressão. Parece que são androides, sempre repetindo o último update da narrativa do firmware da hegemonia progressista. Parece que são zumbis, que estão delirantes ou que sofreram uma profunda lavagem cerebral.

O problema é que, muito provavelmente, eles pensam o mesmo de nós. Eles acham que nós estamos radicalizados, que tornamo-nos simpáticos ao fascismo, que somos zumbis da extrema-direita, que estamos delirantes ou sofremos uma profunda lavagem cerebral.

Então como adjudicar? Como saber que são eles, e não eu, quem sofreu lavagem cerebral?

O que procuro fazer é manter em mente algumas heurísticas, alguns indicadores, alguns KBIs (Key Brainwashing Indicators), que eu uso para comparar minhas posições com a realidade. Essas métricas são como guarda-corpos (guard rails), que me ajudam a manter minhas ideias dentro de um espectro de sanidade. Com elas eu posso testar constantemente minhas posições e saber se meu cérebro sucumbiu, ou não, à armadilha de alguma narrativa.

Várias heurísticas podem ser utilizadas, mas para serem úteis e robustas (funcionais em diversos cenários), elas devem sempre ser:

a) descritas com simplicidade e facilmente verificáveis (sem necessidade de interpretações complexas); e

b) de baixo nível, ou seja, referindo-se a aspectos básicos da realidade. Isso é essencial, pois é precisamente nos níveis mais altos (estética, semiótica etc.) que a doutrinação e a manipulação ocorrem com maior frequência. Progressistas (e simpatizantes do "centro") frequentemente caem nessa armadilha, pois tendem a confiar em heurísticas sobre-interpretativas e estéticas. Eles olham para a gestalt (o jeitão) de políticos de direita e concluem: "ele parece hitler". E então acabam apoiando o lado que está realmente matando judeus, porque odeiam o (outro) lado que tem "um aspecto nazista".

Aqui estão algumas das minhas heurísticas, em ordem de importância:

1) Liberdade de Expressão. Se você apoia o lado que promove a censura, você está no caminho errado. Na história há poucos (se é que há algum) exemplos de líderes que foram decentes e, ao mesmo tempo, promoveram aumento da censura.

2) Autoridade Parental. O lado que promove a redução da autoridade dos pais está errado e provavelmente está tentando te doutrinar. A família é escudo contra a doutrinação e a lavagem cerebral (não à toa, seitas promovem o corte de laços familiares).

3) Proteção Infantil. O lado que promove a mutilação de crianças está errado. Em nome da inclusão e da tolerância (semiótica de alto nível), algumas pessoas acabam apoiando perversidades, como a mutilação de crianças (realidade concreta de baixo nível).

4) Locus da Compaixão em Casos de Assassinato/Terrorismo. O lado que demonstra compaixão maior pelo agressor do que pela vítima (por qualquer motivo) está errado.

A utilização dessas heurísticas costuma ser muito mais um exercício de avaliação de proporção, porque na política (como em outras áreas) estamos mais preocupados em escolher o menos ruim que em escolher o ideal.

Enquanto minha posição significar luta contra a censura, promoção da autoridade parental, proteção de crianças contra mutilações e punição do agressor e não da vítima, estou razoavelmente satisfeito com a distância que mantenho do estado de coisas manicomial.
Um dos melhores textos que li nos últimos dias. Isso mostra como o Efeito da Ilusão da Verdade é real. Não importa quão absurda seja a afirmação ou ideia, se ela for dita consistentemente por algum período as pessoas tendem a acreditar. Olha o absurdo de insegurança jurídica que estamos vivendo e há pessoas que defendem este absurdo, caem em narrativas.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 16:48 pm
O genocida só consegue fazer isso se ele chegar ao poder. Enquanto ele não formar organizações terroristas ou golpistas, ele será só uma pessoa bostejando sem capacidade de destruir a liberdade alheia.
Pra ele chegar ao pode basta ganhar popularidade inflamando uma população, usando insatisfação popular e pondo culpa em certos grupos. Usando fake news, etc.
No caso de Hitler, esse subiu ao poder sem dar golpe; só deu golpe depois de aparelhar o estado.
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 16:48 pm
Monark não defendeu genocídio. Só defendeu o direito de defender o genocídio. É diferente. Mesmo assim, muita gente com a cabeça no lugar não gostou das palavras dele e pegou mal. Não precisou de ação do Estado para isso.
Seria como dizer que "Monark não defendeu o estupro, só o direito de defender o estupro" (que é exatamente uma violação da liberdade da vítima; coisas que nazistas querem).
Defender direito a oficializar PARTIDO POLÍTICO nazista não é como se fosse um grupo clandestino de skinheads mas como se fosse defender esses skinheads a serem oficializados, inclusive mantidos com impostos de grupos que esses destestam: não-caucasianos, homossexuais, etc. Seria muita cara de pau ter um partido desses sustentado por pessoas que esses querem exterminar.
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 16:48 pm
O que mais existe na política e entre pessoas debatendo é fazer afirmação sem provas.

E o grande problema é que assuntos políticos e sociológicos são muito difíceis de ter provas. Na maioria das vezes nem tem estudos reais feitos. Entretanto, há situações que precisam tomar decisão e qualquer uma das alternativas não tem provas dizendo que é o melhor caminho.
E, dependendo da gravidade, se tiver calúnia e difamação, deve ser punida como determinada em lei.
Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 16:48 pm
Só ditador está acima da lei. Xandão já violou a lei que ele deveria obedecer muitas vezes, como censuras inconstitucionais.

Ademais, o que ele tem feito com alguns doidos da direita e com os manifestantes de Brasília é análogo ao que a ditadura militar fez com opositores.
Esse assunto do Moraes já foi discutido várias vezes em outro tópico. Se quer perder tempo querendo postar besteirada, fica aí! Já deu até problema em outro tópico por causa disso.

E se esses doidos invadem, depredam, bloqueiam estradas (impedindo pessoas que precisavam fazer cirurgia de urgência, etc) aí deixou de ser de ser "liberdade de fala" (que é tradução fiel ao original "free speech" em vez de "liberdade de expressão", que pode ser mal interpretado como liberdade de fazer o que der vontade, como liberdade de agredir, tumultuar, etc, contra propriedades públicas e privadas) pra ser atos criminosos. E quem defende isso faz apologia ao crime (seja aqui no fórum ou fora dele).

Tutu escreveu:
Ter, 11 Março 2025 - 16:48 pm
O problema é que todo grupo que chega ao poder no Estado tem uma ideologia. É improvável que ele não queira impôr essa ideologia na cabeça da população. A maioria dos governantes comete certo nível de corrupção e burradas e questionar causa reprovação popular.
E isso vale pra esquerda, direita, centro, etc.
É claro que tem maçãs podres e exageros no movimentos sociais, por exemplo, mas só surgiu grupos como os do movimento negro por causa do racismo, os de LGBT, por causa da homofobia. Se não tivesse tido as situações de discriminação e essas fossem integradas sem problemas nem teria surgido nem teria sentido ter esses movimentos. E, é exatamente porque tem um imbecis do lado opositor que fazem ameaças e provocações que causa como reação o extremismo do outro lado.

Re: Direita, esquerda e centro

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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 12 Março 2025 - 14:18 pm
Pra ele chegar ao pode basta ganhar popularidade inflamando uma população, usando insatisfação popular e pondo culpa em certos grupos. Usando fake news, etc.
No caso de Hitler, esse subiu ao poder sem dar golpe; só deu golpe depois de aparelhar o estado.
Primeiro, ele precisa de um número grande de apoiadores para ter alguma chance. Ter menos de 20% da população, não poderão fazer nada dentro da legalidade.

Segundo, o que deu a vitória a Hitler foi um defeito do sistema político que ainda existe hoje. A esquerda estava apoiando o comunismo, então o centro resolveu apoiar Hitler apenas como oposição ao comunismo. Se o método de votação favorecesse mais centristas e as decisões fossem mais fragmentadas em vez de partidos com blocos de ideias predefinidas, o problema não teria ocorrido.
Se não tivesse tido as situações de discriminação e essas fossem integradas sem problemas nem teria surgido nem teria sentido ter esses movimentos. E, é exatamente porque tem um imbecis do lado opositor que fazem ameaças e provocações que causa como reação o extremismo do outro lado.
Algumas discriminações são necessárias para o bem da sociedade: imigrantes, drogados, pedófilos, parasitas sociais, etc. A partir do momento que uma categoria causa problemas, as pessoas tem o direito de reclamar e exigir soluções.

Re: Direita, esquerda e centro

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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Qua, 12 Março 2025 - 15:47 pm
Algumas discriminações são necessárias para o bem da sociedade: imigrantes, drogados, pedófilos, parasitas sociais, etc. A partir do momento que uma categoria causa problemas, as pessoas tem o direito de reclamar e exigir soluções.
Pode se fazer de desentendido, mas me referi a grupos de pessoas com características involuntárias (não-caucasianos, etc) e com atrações de foro privado (LGBT, etc) e não a pessoas com condutas criminosas (drogados - apesar de - apesar disso ser controverso, pois tem quem defenda direita a usar drogas -, pedófilos, etc).

Quanto a discriminação a imigrantes, os habitantes das Américas, África e Oceania não tiveram essa opção de discriminar e expulsar imigrantes, ocorreu o contrário. Já foi falado disso várias vezes mas faz o jogo de fazer de desmemoriado.

Re: Direita, esquerda e centro

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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 12 Março 2025 - 18:00 pm
Quanto a discriminação a imigrantes, os habitantes das Américas, África e Oceania não tiveram essa opção de discriminar e expulsar imigrantes, ocorreu o contrário. Já foi falado disso várias vezes mas faz o jogo de fazer de desmemoriado.
Estava pensando no ponto de vista de melhor política para esses países e acabei esquecendo a ética. Enquanto França, Portugal, Inglaterra, EUA e Canadá merecem receber hordas de imigrantes, Polônia e Dinamarca nunca fizeram colonialismo em outro continente. E o povo pobre brasileiro não tem culpa para merecer imigrantes venezuelanos.

Re: Direita, esquerda e centro

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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Qua, 12 Março 2025 - 19:29 pm
Agnoscetico escreveu:
Qua, 12 Março 2025 - 18:00 pm
Quanto a discriminação a imigrantes, os habitantes das Américas, África e Oceania não tiveram essa opção de discriminar e expulsar imigrantes, ocorreu o contrário. Já foi falado disso várias vezes mas faz o jogo de fazer de desmemoriado.
Estava pensando no ponto de vista de melhor política para esses países e acabei esquecendo a ética. Enquanto França, Portugal, Inglaterra, EUA e Canadá merecem receber hordas de imigrantes, Polônia e Dinamarca nunca fizeram colonialismo em outro continente. E o povo pobre brasileiro não tem culpa para merecer imigrantes venezuelanos.
OBS: Na verdade teve outros estados europeus que colonizaram e que teve até casos de escravidão - como, por exemplo, a Dinamarca, Polônia, Lituânia, etc -, mas que não chegaram a ter tempo, tamanho e intensidade que colonização como a inglesa, francesa, holandesa, espanhola, portuguesa. Algumas colonizações não parecem ter chegado a ter opressão como a de europeus ocidentais, como domínio russo no Alasca e no norte da Califórnia.
Colonização dinamarquesa da América

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza% ... %C3%A9rica
Índias Ocidentais

Exploradores (principalmente noruegueses), cientistas, comerciantes (principalmente dinamarqueses) e colonos da Dinamarca-Noruega tomaram posse das Índias Ocidentais Dinamarquesas (atuais Ilhas Virgens dos Estados Unidos) no final do século XVII e início do século XVIII.

A Dinamarca fundou colônias em São Tomás em 1665 e São João em 1683 (embora o controle do último foi disputado com a Grã-Bretanha até 1718), e comprou St. Croix da França em 1733. Durante o século XVIII, as Ilhas Virgens no Mar do Caribe foram divididas em duas unidades territoriais, uma britânica e outra dinamarquesa. As ilhas dano-norueguesas eram administradas pela Companhia Dinamarquesa das Índias Ocidentais e Guiné até 1755, quando o rei dano-norueguês as comprou.

A cana-de-açúcar, produzida pelo trabalho escravo, impulsionou a economia das ilhas durante o século XVIII e o início do século XIX. Um comércio triangular existia com fabricantes dinamarqueses comprando escravos africanos que por sua vez eram comercializados para o açúcar das Índias Ocidentais destinado à Dinamarca. Embora o comércio de escravos tenha sido abolido em 1803, a escravidão em si não foi abolida até 1848, depois que vários escravos em massa escaparam para as ilhas britânicas livres e houve um subsequente protesto de escravos. As Ilhas Virgens dinamarquesas também foram usadas como base para piratas. Os colonos britânicos e holandeses se tornaram os maiores grupos não-escravos nas ilhas. Suas línguas predominaram, tanto que o governo dinamarquês, em 1839, declarou que as crianças escravas deveriam frequentar a escola na língua inglesa. A colônia atingiu sua maior população nos anos 1840-50, após o que uma desaceleração econômica aumentou a emigração e a população caiu, uma tendência que continuou até depois da compra das ilhas pelos Estados Unidos. As Índias Ocidentais dinamarquesas tinham 34.000 habitantes em 1880.

Em 1868, os ilhéus votaram para vender a colônia para os Estados Unidos, mas sua oferta foi rejeitada. Em 1902, a Dinamarca rejeitou uma oferta de compra estadunidense. Em 1917, os Estados Unidos compraram as ilhas, que estavam em declínio econômico desde a abolição da escravatura.
Índias Ocidentais Dinamarquesas

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndi ... amarquesas
As Índias Ocidentais Dinamarquesas[1][2] (em dinamarquês: Dansk Vestindien), ou Antilhas Dinamarquesas, foram uma antiga colônia dinamarquesa localizada no Caribe, compostas pelas ilhas de São Tomás (83 km2), São João (49 km2) e Santa Cruz (220 km2). Jomfruøerne (Ilhas Virgens) era o nome geográfico em dinamarquês para as ilhas. Em 1917 os Estados Unidos compraram essas ilhas que atualmente constituem as Ilhas Virgens Americanas.[3]

(...)

A intenção da colonização dinamarquesa nas Índias Ocidentais era explorar o lucrativo comércio triangular, envolvendo a exportação de armas de fogo e outros bens manufaturados para a África em troca de escravos que eram então transportados para o Caribe para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar. A fase final desse comércio era a exportação de cargas de açúcar e rum para a Dinamarca. A economia das Índias Ocidentais Dinamarquesas era dependente da escravidão. Depois de uma rebelião, a escravidão foi oficialmente abolida em 1848, levando ao colapso econômico perto das plantações.[3]

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Falando de coletivismo x liberdade:
Leo Kruger escreveu:
Seg, 17 Março 2025 - 13:38 pm
O conceito de "coletivismo" é vago e depende muito do contexto e do sentido aplicado.
Exemplo: Seguradoras só funcionam com base no coletivismo. Entra no conceito de risco coletivo que é diluído.
Identitarismo, por outro lado, é uma forma de manipulação coletiva de massas.
Coletivismo é uma ideologia política e social que coloca os interesses do grupo acima das do indivíduo. O modelo de seguradoras, por outro lado, não tem nada a ver com coletivismo ideológico. Seguradoras existem porque indivíduos voluntariamente participam do sistema, já o coletivismo ideológico não dá escolha ao indivíduo...
Os interesses da sociedade como um todo não deveria sempre estar acima dos interesses de pessoas individuais?

O coletivismo confucionista, presente em Japão, China e Coreia, faz parte da cultura deles e faz bem para a sociedade.



Falando de política, o coletivismo da esquerda ocidental não coloca os interesses da sociedade acima dos individuais.

Primeiro, eles criam grupos identitários arbitrariamente tentando unir por uma ou duas características em comum, e tenta colocar os supostos interesses deles acima do de outros grupos.

Segundo, os interesses dos grupos grupos são definidos pela própria classe política, influenciadores e elites, e não pelos membros do próprio grupo. Além disso, eles incluem até pautas sem relação com o grupo em questão.

Terceiro, a prestação de serviço pelo Estado em vez da iniciativa privada não significa interesse coletivo. Essa é somente a forma de acesso ao serviço.

Exemplo é o "movimento negro", contam histórias em comum e faz promessas. Depois propõem política de cotas, que muitos negros discordam, e ainda defendem legislação trabalhista global mais rígida. Acusam e discriminam o negro que discorda de "capitão do mato" ou fascista.

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Tutu escreveu:
Seg, 17 Março 2025 - 14:09 pm

Os interesses da sociedade como um todo não deveria sempre estar acima dos interesses de pessoas individuais?
Aqui está o problema: quem decide quais são os “interesses da sociedade”?

Em regimes coletivistas, não é a sociedade que decide, é o governo. Se alguém discorda dessa definição de “bem comum”, essa pessoa tem sua individualidade suprimida pelo grupo dominante. O problema do coletivismo não é o conceito em si, mas o fato de que ele precisa ser imposto para funcionar. Quando se impõe um “bem comum” forçado, não há espaço para dissidência e erro de cálculo pode levar a desastres humanitários igual aconteceu com todos regismes coletivistas.
O coletivismo confucionista, presente em Japão, China e Coreia, faz parte da cultura deles e faz bem para a sociedade.
Porque não é imposição, é um traço cultural voluntário. O que existe no Japão, China e Coreia não é o mesmo tipo de coletivismo estatal coercitivo. A realidade é que o verdadeiro progresso vem do equilíbrio entre cooperação voluntária e liberdade individual, não de imposições forçadas em nome do “bem coletivo”.


Falando de política, o coletivismo da esquerda ocidental não coloca os interesses da sociedade acima dos individuais.

Primeiro, eles criam grupos identitários arbitrariamente tentando unir por uma ou duas características em comum, e tenta colocar os supostos interesses deles acima do de outros grupos.

Segundo, os interesses dos grupos grupos são definidos pela própria classe política, influenciadores e elites, e não pelos membros do próprio grupo. Além disso, eles incluem até pautas sem relação com o grupo em questão.

Terceiro, a prestação de serviço pelo estado em vez da iniciativa privada não significa interesse coletivo. Essa é somente a forma de acesso ao serviço.

Exemplo é o "movimento negro", contam histórias em comum e faz promessas. Depois propõem política de cotas, que muitos negros discordam, e ainda defendem legislação trabalhista global mais rígida. Acusam e discriminam o negro que discorda de "capitão do mato" ou fascista.
Aqui você identificou um sintoma real, mas errou no diagnóstico da doença.

O problema não é apenas o coletivismo da esquerda ocidental, é a própria lógica da coletivização forçada como ferramenta política. Criar grupos identitários e tratá-los como monólitos é um método clássico de manipulação social, onde a classe política usa rótulos para dividir e governar. Mas isso não acontece só na esquerda. Governos e elites sempre usaram essa tática para manter controle, tanto no coletivismo de esquerda quanto no nacionalismo forçado da direita estatista.

O truque é simples: pega-se uma identidade, infla-se uma narrativa de opressão e vende-se uma solução estatal como única saída.

Seu terceiro ponto: “A prestação de serviço pelo Estado em vez da iniciativa privada não significa interesse coletivo.”

Aqui você acertou em cheio! Mas esse argumento destrói não só a esquerda identitária, mas qualquer sistema coletivista.

O estado nunca serve ao coletivo, ele serve à classe política que controlam o sistema. O que é vendido como “bem comum” sempre acaba beneficiando uma parte d governo, e não a população. O problema não é só o coletivismo da esquerda ocidental, mas sim qualquer sistema que defina "interesses coletivos" sem permitir dissidência.

A única solução verdadeira é um sistema que respeite a individualidade e a descentralização das decisões.

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Leo Kruger escreveu:
Seg, 17 Março 2025 - 15:04 pm
Aqui está o problema: quem decide quais são os “interesses da sociedade”?
Falaram disso aqui.

Considero como sendo coisas universais para todos os humanos, que são as necessidades biológicas: Alimentação, moradia, tratamento de saúde, segurança.

Re: Direita, esquerda e centro

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Leo Kruger
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Mensagem por Leo Kruger »

Tutu escreveu:
Seg, 17 Março 2025 - 15:54 pm
Leo Kruger escreveu:
Seg, 17 Março 2025 - 15:04 pm
Aqui está o problema: quem decide quais são os “interesses da sociedade”?
Falaram disso aqui.

Considero como sendo coisas universais para todos os humanos, que são as necessidades biológicas: Alimentação, moradia, tratamento de saúde, segurança.
A ideia de que o governo pode garantir alimentação, moradia, saúde e segurança para todos parece nobre, mas tem um problema: recursos são escassos e o estado os aloca da pior forma possível. Olhe o governo agora, recorde de arrecadação e pessoas passando fome com níveis inflacionários altos.

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Leo Kruger escreveu:
Seg, 17 Março 2025 - 16:42 pm
A ideia de que o governo pode garantir alimentação, moradia, saúde e segurança para todos parece nobre, mas tem um problema: recursos são escassos e o estado os aloca da pior forma possível. Olhe o governo agora, recorde de arrecadação e pessoas passando fome com níveis inflacionários altos.
Sim. É interesse de todos ter acesso à alimentação, moradia e saúde independente da forma. Por emprego é viável, mas por assistência estatal é inviável.

O que o Estado pode fazer é auxiliar para um ambiente econômico em que o povo tenha emprego para comprar essas coisas e combater coisas que atrapalham como especulação e neocolonialismo.

Na pandemia, a moeda se desvalorizou e o preço de alimentos subiu porque era mais rentável exportar. Nessa situação, o interesse coletivo tem que prevalecer sobre os particulares. Então o Estado tem que proibir ou sobretaxar exportação de alimentos para priorizar a população do país.

Outro problema é o preço de aluguel subindo por causa do excesso de turismo ou excesso de imigração. O interesse do povo local é ter moradias sem preço inflado, então o Estado tem que barrar o pessoal de fora. E também sobretaxar especulador que compra imóvel na planta para não morar mas sim só para vender mais caro no futuro.

Re: Direita, esquerda e centro

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Não sei como essas pessoas não se cansaram antes de pensar que política partidária e viés ideológico sem planejamento de desenvolvimento só serve pra atrito com propósito de provocação.

GREGÓRIO DUVIVIER CANSOU...

@aldionilima1918
há 4 horas (editado)
Eu entendo Duvivier,estou cansada também, e olha que não sou famosa ,cansei de tentar explicar tudo para os pobres "ricos" da família

@Diego_Curcino
há 3 horas
Antes o problema fosse apenas os pobres "ricos " da família. Não são.. Acredite..
Mesmo eentre a esquerda, tem muita gente mesquinha, contraditória e egoísta.. Daí quando vc vê que eesse problema existe até dentro do seu eespectro, isso te desanima mais ainda... cansa 3x mais..


@eassimo
há 2 horas
Talvez você devesse tentar ver nas pessoas aquilo que elas tem de parecido contigo, e não aquilo que é diferente. Pois deve ser cansativo mesmo observar as pessoas como inimigas e não como gente como a gente. Venderam pra gente uma luta contra o ódio, mas a única coisa que fizeram foi ensinar a gente a odiar também. Não sei quanto a vc, mas eu cansei de odiar. Assisto cada vez menos vídeos sobre política, e vou inclusive aproveitar a deixa para me afastar desse canal tmb. Não sou Dom Quixote pra ficar perseguindo moinhos, vou viver a vida.


@julianacamposvictor3755
há 2 horas
Já venho fazendo isso. São raros os canais que assisto. Às vezes o yt indica eu dou uma olhada. E, já fico revoltada.
Qdo vejo esquerdistas fazendo política contra o governo Lula. Fico mais desanimada. Esses se a ditadura se instalar vão morar em outro país e a gente fica sofrendo as consequências...e exemplo: um tal de Jones Manoel.
Certamente será candidato a deputado.​ @eassimo


@eassimo
há 1 hora
Cara colega, se vc começou a se afastar de política, conforme vc mesma disse que já vem fazendo, deixe pra lá termos como "esquerdistas" e "ditadura", e nomes como "Jones Manoel" e "Lula". É minha única recomendação acerca do assunto, de coração sincero. Existem mais de 10 mil espécies de pássaros, vc sabia? Eu aprendi isso recentemente, juntamente com o fato que pássaros são descendentes de dinossauros. Achei um assunto fantástico.


@aldionilima1918
há 1 hora
@eassimo você não compreendeu o meu cansaço, não olho as pessoas como inimigas, e acho que o que nos diverge deve nos aproximar não o contrário, mas tudo isso cansa e muito. Opiniões contrárias podem se agregar.


@BrunoFreitasdePaivaBen-H-gl6ds
há 1 hora
Entendo, a extrema militância da lacração cansa
Imagino como é ficar numa bolha q é uma fábrica de narrativas e viver num universo paralelo do mundo do feminismo encantado


@ruthlopes1561
há 1 hora
@BrunoFreitasdePaivaBen-H-gl6ds Não existe o feminismo encantado, de onde o sr tirou isso?


@BrunoFreitasdePaivaBen-H-gl6ds
há 57 minutos
VIVA O FEMINISMO À LA DAMARES ALVES! ♀️
VIVA AS CONSERVADIAS! 💜
VIVA MANGINARO! 🇧🇷


@BrunoFreitasdePaivaBen-H-gl6ds
há 30 minutos
@ruthlopes1561 já apareceu a primeira se dizendo vítima do "patriarcado opressor" em pleno Estado ginocêntrico

@linoguedes1
há 4 horas
Depois de uma crise de ansiedade e pânico alguns anos atrás, há algum tempo não entro mais em polêmica. Percebi que nada adianta ficar postando polêmicas, comentando. O mundo vai continuar girando do mesmo jeito. Leio e acompanho algumas notícias para não ficar alienado. O estudo da filosofia estoica me trouxe um outro olhar sobre mim, sobre as pessoas e sobre o mundo. Deixo agora para os mais jovens os embates.

@irr3346
há 2 horas
Pois o que você faz aqui? Esse canal é todo baseado em polêmica 😅


@eassimo
há 1 hora
Meu querido, era melhor não ter comentado nada, pois hoje em dia afirmar que não se envolve em polêmica é polêmico por si só, já que é esperado por todo mundo que vc defenda um lado da trincheira. Vc pode ter feito seu comentário para ser validado, e tudo bem, a nossa vida é tão solitária hoje em dia que realizar comentários na internet virou uma forma de socializar. Mas acho que vc quis compartilhar algo que também cheguei a mesma conclusão, a de que discutir política na internet é um jogo curioso: a única forma de ganhar é não jogar.
... Mas os pobres pé-rapado não tem outra escolha:

@ednamuniz1943
há 4 horas
O Gregório pode se dá ao luxo de cansar. A gente é que não pode. Somos gratos por quem luta conosco e gostaríamos de não ter que lutar por tudo também. Entendo que tanto absurdo acaba desgastando mesmo.


@marcosmaia2636
há 4 horas
Henry, pedir que o Bolsonaro seja preso não é discurso de ódio. É um mal necessário reagir contra essa gente. Eles não podem continuar nadando de braçada. Ficar quieto não vai ressuscitar os mortos da COVID. Os corruptos das Americanas continuam a gastar o dinheiro que roubaram … a lista é infinita.


@martimvcs
há 3 horas
"estamos em um momento mais tranquilo".... Greg me fala em qual realidade paralela vc está pq quero ir pra aí imediatamente 🎉


@fernandovieira6778
há 4 horas
Amigão, se você não considera que os fatos do Genocida não estar mais no poder e mais, agora tornando-se um réu, melhoraram muito o ambiente, você é muito pessimista! Isto não significa dizer que o perigo passou. Devemos permanecer atentos !! Abs


@PedroAugusto-zd7lg
há 3 horas
A gente não precisa mais brigar com o presidente pra tomar vacina nem corre risco de morrer só de sair de casa. Podemos simplesmente cuidar das nossas vidas. O que já é um ganho enorme!!



@Nilda-qj2cc
há 3 horas
Descansa mesmo, toma um fôlego. Por que não vai faltar motivo pra voltar e combater de novo. Não vejo dias claros, mas nuvens negras que se tornem breu por muito tempo.E.todos teremos que entrar na guerra pra tentar sobreviver. Perco as esperanças a cada dia, embora não queira desistir 🤔🤔🤔

youtu.be/h33RQy6N214

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Janela de Overton X Declive Escorregadio

youtu.be/dlBNOmfqrKM

A sociedade muda devagar. Mudanças bruscas só ocorrem com grande desastre, como pandemia, catástrofe ambiental e guerra.

O declive escorregadio deixa de ser uma falácia quando a janela de Overton se move. Para algo extremo se tornar discutível, etapas intermediárias precisa ser consideradas aceitáveis. A única forma da sociedade se proteger é criando tabus para atuarem como barreira, mas temos vistos casos de tabus sendo desafiados e derrubados.

Re: Direita, esquerda e centro

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Tutu escreveu:
Sex, 25 Abril 2025 - 16:31 pm
Janela de Overton X Declive Escorregadio

youtu.be/dlBNOmfqrKM

A sociedade muda devagar. Mudanças bruscas ocorrem com grande desastre, como pandemia, catástrofe ambiental e guerra.
Falso! Veja o caso da Revolução Gloriosa de 1688-1689 e da Revolução da World Wide Web (década de 1990 em diante).

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Sex, 25 Abril 2025 - 23:12 pm
Falso! Veja o caso da Revolução Gloriosa de 1688-1689 e da Revolução da World Wide Web (década de 1990 em diante).
A Revolução Gloriosa teve conflitos armados, como a batalha de Reading. E não foi uma mudança brusca, porque as transformações principais, como o fortalecimento do parlamento, já estavam ocorrendo desde 40 anos antes. Jaime II foi deposto por querer reverter as transformações, sendo católico e mais absolutista. O parlamento já estava acostumado com o poder e não aceitou perder.

O curioso é que nos dias atuais pararam de haver revoluções no mundo. Parece que as elites aprenderam a controlar a população, ou o sistema capitalista não quer perder dinheiro com coisas destruídas, ou homem se tornou mais fraco.

E a "Revolução da World Wide Web" foi um gatilho de grande impacto também, assim como desastre ambiental ou guerra.

Re: Direita, esquerda e centro

Huxley
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Mensagem por Huxley »

A Revolução Gloriosa teve conflitos armados, como a batalha de Reading.
Chamar a Batalha de Reading de “grande desastre” é uma piada. Se compararmos essas batalhas da Revolução Gloriosa com as guerras civis inglesas do século XVII (1642–1651), o nível de violência em 1688 foi muito mais contido — sem uma guerra civil prolongada, sem massacres em larga escala, e com grande parte da elite e do exército mudando de lado sem resistência feroz. Dois meses depois do desembarque de Guilherme de Orange nas Ilhas Britânicas, as tropas de Jaime se dispersaram e ele fugiu para a França. E essa "rusga" teve uma relação custo-benefício enorme para a Inglaterra.

Ademais, mudando de assunto, existiu a Reunificação das Alemanhas depois da Queda do Muro de Berlim, um processo de mudança brusca na perspectiva da Alemanha Oriental, que sequer teve conflito armado. Qual é a desculpa então para dizer que “mudanças bruscas só ocorrem com grande desastre ou guerra”?
E não foi uma mudança brusca, porque as transformações principais, como o fortalecimento do parlamento, já estavam ocorrendo desde 40 anos antes. Jaime II foi deposto por querer reverter as transformações, sendo católico e mais absolutista. O parlamento já estava acostumado com o poder e não aceitou perder.
O que está acima não é uma descrição precisa da história inglesa. A limitação do poder do monarca inglês pelo Parlamento não antecede a Revolução Gloriosa em apenas 40 anos. Aconteceu muito antes disso. Porém, mesmo tal limitação sendo parte de um sistema antigo, ela não foi capaz de produzir instituições inclusivas e nem de decretar o fim do Absolutismo, como a Revolução Gloriosa fez. Como consta no capítulo 7 do livro Por Que as Nações Fracassam de Daron Acemoglu e James Robinson:
Os conflitos em torno das instituições políticas prosseguiram, e o poder da monarquia se veria ainda mais limitado pelo primeiro Parlamento eleito, em 1265. Apesar de composto pelas elites, o Parlamento inglês desenvolveu duas peculiaridades. Primeiro, representava não só as elites mais próximas e aliadas ao rei, mas também um amplo leque de interesses, inclusive a pequena aristocracia, cujos integrantes se dedicavam a ofícios distintos, como o comércio e a indústria, e, mais tarde, os “fidalgos”, uma nova classe de proprietários rurais comerciantes que ascenderam socialmente. Assim, o Parlamento veio conferir poder a uma seção bastante ampla da sociedade, sobretudo pelos padrões da época. Em segundo lugar, e em grande parte em decorrência dessa primeira característica, diversos membros do Parlamento opunham-se veementemente às tentativas da Coroa de aumentar seu poder, e se constituiriam no esteio dos adversários da monarquia na Guerra Civil inglesa e, em seguida, na Revolução Gloriosa. (...)

Sob a liderança de Oliver Cromwell, os parlamentaristas – conhecidos como Cabeças Redondas, pelo estilo de corte de cabelo que adotavam – derrotaram os realistas, conhecidos como Cavaleiros. Carlos foi levado a julgamento e executado em 1649. Sua derrota e a abolição da monarquia, entretanto, não produziram instituições inclusivas; pelo contrário, a monarquia foi substituída pela ditadura de Oliver Cromwell. Após a morte deste, a monarquia foi restaurada em 1660 – voltando a aferrar-se a muitos dos privilégios que lhe haviam sido arrancados em 1649. O filho de Carlos, Carlos II, retomou então o velho projeto de instauração do absolutismo na Inglaterra. Suas tentativas seriam apenas intensificadas por seu irmão, Jaime II, (...)

Após a vitória na Revolução Gloriosa, o Parlamento e Guilherme negociaram uma nova Constituição. (...)

Sob diversos aspectos, a Declaração, intitulada Carta de Direitos (Bill of Rights) após ser convertida em lei, era vaga; o mais crucial, porém, era o fato de que efetivamente estabelecia certos princípios constitucionais centrais. Determinava a sucessão ao trono e de um modo que divergia significativamente dos princípios hereditários em vigor até então. Se o Parlamento pudera uma vez destituir um monarca e substituí-lo por outro mais do seu agrado, por que não fazê-lo novamente? A Declaração de Direitos asseverava também que o monarca não poderia suspender ou promulgar leis e reiterava a ilegalidade dos impostos que não gozassem de aprovação parlamentar. Ademais, determinava que não poderia haver Exército permanente na Inglaterra sem consentimento parlamentar. (...)

Mesmo sem regras ou legislação específicas, Guilherme abdicou de muitas das práticas dos monarcas anteriores. Parou de interferir em decisões legais e abriu mão de “direitos” régios até então, como a apropriação vitalícia da receita alfandegária. Em seu conjunto, essas mudanças nas instituições políticas representaram o triunfo do Parlamento sobre o trono e, portanto, o fim do absolutismo na Inglaterra (...)
E a "Revolução da World Wide Web" foi um gatilho de grande impacto também, assim como desastre ambiental ou guerra.
A Revolução da World Wide Web não teve como gatilho principal um grande desastre. Ela ser uma variável determinante e impactante não implica conexão causal com qualquer grande desastre.

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 16:04 pm
Ademais, mudando de assunto, existiu a Reunificação das Alemanhas depois da Queda do Muro de Berlim, um processo de mudança brusca na perspectiva da Alemanha Oriental, que sequer teve conflito armado. Qual é a desculpa então para dizer que “mudanças bruscas só ocorrem com grande desastre ou guerra”?
A grande tragédia foi a crise econômica no leste europeu bem como a decadência da União Soviética. A situação estava precária, com tudo sucateado e lojas com filas enormes.
O que está acima não é uma descrição precisa da história inglesa. A limitação do poder do monarca inglês pelo Parlamento não antecede a Revolução Gloriosa em apenas 40 anos. Aconteceu muito antes disso. Porém, mesmo tal limitação sendo parte de um sistema antigo, ela não foi capaz de produzir instituições inclusivas e nem de decretar o fim do Absolutismo, como a Revolução Gloriosa fez. Como consta no capítulo 7 do livro Por Que as Nações Fracassam de Daron Acemoglu e James Robinson:
A revolução gloriosa jamais ocorreria se não tivesse tido a revolução de 1651. Aprenderam a desafiar o rei e ganharam mais poder. Tanto Carlos II quanto Oliver Cromwell não tinha mais poder do que Carlos I. O parlamento estava mais forte do que antes da revolução. A carta de direitos foi mais uma formalização.

Depois da revolução, o novo rei não deixou sucessor. E o sucessor escolhido foi um alemão que não sabia falar inglês, que ficou sendo decorativo. Foram 50 anos com rei que não sabia falar inglês e isso fortaleceu a figura do primeiro-ministro. Sem esses fatores, não há garantias de que a carta de direitos não seria rasgada.

Conclusão: Não foi algo brusco.

Re: Direita, esquerda e centro

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Tutu escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 18:33 pm
A grande tragédia foi a crise econômica no leste europeu bem como a decadência da União Soviética. A situação estava precária, com tudo sucateado e lojas com filas enormes.
A verdadeira grande tragédia foi o socialismo marxista-leninista enviar a Alemanha Oriental do Primeiro Mundo para o subdesenvolvimento, e não a Alemanha Ocidental ajudar a Alemanha Oriental voltar a ser uma região desenvolvida.

E diversos países do lado leste da Cortina de Ferro entraram no grupo dos países desenvolvidos depois de se livrarem da influência soviética. São eles: Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia, República Tcheca e Eslováquia. A dissolução da URSS foi uma benção para esses países no médio e longo prazo, a despeito da crise terrível no curto prazo macroeconômico.
Tutu escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 18:33 pm
A revolução gloriosa jamais ocorreria se não tivesse tido a revolução de 1651. Aprenderam a desafiar o rei e ganharam mais poder.


Dizer que a Revolução Gloriosa jamais ocorreria sem a Guerra Civil Inglesa (1642-1651) é especulação vazia. A história nem sempre caminha, ela também dá saltos. Ademais, o período dos eventos da Guerra Civil Inglesa não foi o único em que o rei inglês foi desafiado até então. A história inglesa é repleta de conflitos entre a monarquia e seus súditos e o resultado nem sempre foi o reforço do poder dos seus detentores até então.
Tutu escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 18:33 pm
Tanto Carlos II quanto Oliver Cromwell não tinha mais poder do que Carlos I.
Isso não tem respaldo na historiografia. Eu pedi ao Grok para consultá-la:
"Tanto Carlos II quanto Oliver Cromwell não tinha mais poder do que Carlos I."
Detalhe: Essa afirmação é imprecisa. Carlos I tentou governar de forma absolutista, enfrentando resistência que levou à sua execução. Oliver Cromwell, como Lord Protector (1653-1658), deteve poderes significativos, incluindo dissolver o Parlamento e governar por decreto, o que sugere que ele teve mais poder centralizado que Carlos I em certos aspectos. Já Carlos II, após a Restauração em 1660, governou com mais cautela, respeitando o Parlamento, mas ainda enfrentou limitações. Agrupar ambos como "não tendo mais poder que Carlos I" é enganoso, especialmente para Cromwell, cuja autoridade foi mais ditatorial.

Conclusão: Falsa/Imprecisa, especialmente no caso de Cromwell.

Fontes: Revolução Puritana: contexto e importância - PrePara Enem, conhecimento histórico geral.
Citando a minha fonte bibliográfica já mencionada:
Durante o reinado de Carlos II, estivera em vigor uma Lei Trienal que estipulava que o Parlamento fosse convocado, no mínimo, uma vez a cada três anos. Entretanto, Carlos a tinha ignorado por completo sem que nada acontecesse, pois não havia como impor seu cumprimento.

Fonte: Acemoglu e Robinson, Por Que as Nações Fracassam, Editora Campus.
Tutu escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 18:33 pm

O parlamento estava mais forte do que antes da revolução. A carta de direitos foi mais uma formalização.
Como mostram as citações anteriores, as mudanças de pouco depois da Guerra Civil Inglesa (1642-1651) na direção de instituições inclusivas foram pífias. Por outro lado, o poder do parlamento pós-revolução gloriosa levou a mudanças radicais nas atitudes do rei em comparação aos monarcas antecessores, como demonstrado nos comportamentos mencionados de Guilherme de Orange que Acemoglu e Robinson citaram em Por Que as Nações Fracassam.
Tutu escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 18:33 pm
Depois da revolução, o novo rei não deixou sucessor.
Quanto a essa, o Grok não teve dificuldade de desmentir:
"Depois da Revolução Gloriosa, o novo rei não deixou sucessor."
Detalhe: Essa afirmação é imprecisa. Após a Revolução Gloriosa, Guilherme III e Maria II governaram juntos; após a morte de Maria em 1694, Guilherme governou sozinho até 1702, sem deixar filhos. No entanto, havia uma sucessora planejada: Ana, irmã de Maria, tornou-se rainha em 1702. Além disso, o Ato de Sucessão de 1701 garantiu que, após Ana (que também não teve filhos), o trono passaria para a linhagem protestante de Sofia de Hanôver, levando à ascensão de Jorge I em 1714. Dizer que "não deixou sucessor" é enganoso, pois a sucessão estava assegurada.

Conclusão: Falsa/Imprecisa, pois houve sucessores claros.

Fontes: Revolução Gloriosa: causas e consequências - Sua Pesquisa, conhecimento histórico geral.
Tutu escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 18:33 pm

E o sucessor escolhido foi um alemão que não sabia falar inglês, que ficou sendo decorativo. Foram 50 anos com rei que não sabia falar inglês e isso fortaleceu a figura do primeiro-ministro


Chamar o Rei Jorge I de “decorativo” é exagero sem evidência. Consultando a historiografia pelo Grok:
"E o sucessor escolhido foi um alemão que não sabia falar inglês, que ficou sendo decorativo."
Detalhe: Essa afirmação é parcialmente correta, mas contém uma imprecisão. Jorge I, que assumiu em 1714, era alemão e falava pouco inglês, dependendo de ministros como Robert Walpole, o que ajudou a fortalecer o papel do primeiro-ministro. No entanto, descrevê-lo como "decorativo" é um exagero; ele ainda exercia poderes reais, como sancionar leis, embora sua influência fosse limitada pela língua e pela distância cultural. Fontes como Revolução Gloriosa: causas e consequências - Sua Pesquisa não o descrevem como meramente decorativo, mas reconhecem sua dependência de ministros.

Conclusão: Parcialmente correta, mas imprecisa na descrição como "decorativo".
Tutu escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 18:33 pm

Sem esses fatores, não há garantias de que a carta de direitos não seria rasgada. Conclusão: Não foi algo brusco.
Os tais “fatores” foram amplamente distorcidos ou exagerados para minimizar a taxa de mudança brusca induzida pela Revolução Gloriosa.
Editado pela última vez por Huxley em Sáb, 26 Abril 2025 - 22:26 pm, em um total de 1 vez.

Re: Direita, esquerda e centro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Sáb, 26 Abril 2025 - 21:46 pm
Conclusão: Falsa/Imprecisa, especialmente no caso de Cromwell.
Oliver Cromwell estava alinhado com o parlamento. Apesar do poder absoluto, não havia divergência entre eles. Para o parlamento foi bom.

O próprio Grok disse que Carlos II teve mais cuidado. A mera existência da Lei Trienal, mesmo que não cumprida, é sinal de mudança gradual. A Carta de Direitos tinha o risco de ter o mesmo destino.

E as regras de sucessão ao trono foram planejadas pelo parlamento.

Guilherme III era holandês e virou rei casando com a filha do rei anterior. Ganhou apoio do parlamento para ganhar o trono.
ele ainda exercia poderes reais, como sancionar leis
Sancionar significa apenas dar joinha. O primeiro primeiro-ministro do RU surgiu durante o reinado de Jorge I. Começou como sendo o cara responsável por levar os papéis das decisões do parlamento para sua majestade sancionar. O rei naquela situação não tinha muita objeção.

Re: Direita, esquerda e centro

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Oliver Cromwell estava alinhado com o parlamento. Apesar do poder absoluto, não havia divergência entre eles. Para o parlamento foi bom.
O que está acima é uma falsificação clara da história. Cromwell confrontou, dissolveu e governou em diversos momentos contra o parlamento.
O próprio Grok disse que Carlos II teve mais cuidado.
Observação trivial. Em monarquias absolutistas com histórico de contestações impactantes, os monarcas absolutistas variam em linha-durice. Ser menos linha-dura do que Oliver Cromwell não fez de Carlos II um seguidor da monarquia parlamentarista constitucional.
A mera existência da Lei Trienal, mesmo que não cumprida, é sinal de mudança gradual.
A diferença entre lei “letra morta” e lei inexistente é tão pequena que chega a ser risível.
A Carta de Direitos tinha o risco de ter o mesmo destino.
Um risco que não virou fato de sinistro. Em matéria de monarquia parlamentarista constitucional, como escreveram Acemoglu e Robinson, Guilherme de Orange excedeu as expectativas da lei escrita, o que foi o inverso do caso de Carlos II.
Sancionar significa apenas dar joinha. O primeiro primeiro-ministro do RU surgiu durante o reinado de Jorge I. Começou como sendo o cara responsável por levar os papéis das decisões do parlamento para sua majestade sancionar. O rei naquela situação não tinha muita objeção.
Além de sancionar leis, Jorge I ainda nomeava e demitia ministros (com limites políticos) e influenciava questões internacionais. Que problema tem no poder dele ter sido tão limitado? Numa monarquia parlamentarista (como o Reino Unido), é desejável que o poder real de governo do chefe de governo (o primeiro-ministro) seja muito maior do que o do chefe de Estado (o rei ou a rainha). O ponto é que mesmo tendo esse poder tão limitado, ele não foi o primeiro atuar como monarca parlamentarista constitucional no Reino Unido após a Revolução Gloriosa. Basta ver o caso de Guilherme de Orange.
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