Leis trabalhistas
- Titoff
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Viram que falta mão de obra para alguns trabalhos nos EUA e Canada?
Alguns negócios chegaram a fechar em alguns horários, ou oferecer um salario acima do mercado (do mercado de uns dois anos atrás ao menos) para poder continuar funcionando.
Há empresários que culpam auxilio do covid e assistencias governamentais semelhantes dizendo que "ninguem quer trabalhar por estar recebendo grana do governo." Mas não parece ser isso. Primeiro que negócios receberam até mais dinheiro que as pessoas como auxílio, e segundo que parece que foi depois que os auxílios pararam que ocorreu a maior parte dos pedidos de demissão, quebras de contrato, etc.
Parecem ser dois motivos principais: muitos trabalhadores se aposentaram mais cedo durante a pandemia, e mais jovens simplesmente não acham que determinados trabalhos valham mais a pena, mudando de area, voltando para a casa dos pais, ou, se casados, um ficando em casa. Nesse último exemplo, ganhando um salário baixo e tendo que arcar com custo de creche para os filhos, transporte, etc., não se justifica trabalhar em muitos casos. "Posso ficar sem os 200 dolares a mais no fim do mês e eu mesmo crio meus filhos," foi uma explicação que ouvi e li mais de uma vez.
Há também um grupo crescente de insatisfeitos com salários, custo de vida, tratamento e quantidade de horas indignas, e perda de direitos. A mentalidade nesse caso é "eu não ganho pra isso." Houve greves na john deere e na kellogs em que os trabalhadores saíram vitoriosos depois de uma forte guerra de braço com os patrões. Esses empregados vêem os CEOS e acionistas comemorando lucros recordes, salários milionários, comprando um iate para atracar do lado do iate maior, e escutam ser impossível terem um aumento por menor que seja, ou simplesmente contratar mais gente para aliviar os turnos.
A john deere tentou colocar o pessoal de escritório no chão de fábrica para substituir os grevistas. Eram, no papel, capazes de exercer essas funções pelo o que entendi, mas na primeira semana já apareceu ambulância na fábrica, e a galera de escritório começou a apoiar os grevistas.
A frito-lays enfrentou greve pois os trabalhadores não aguentavam mais o que eles chamavam de "turnos do suicidio" e/ou "turnos do divórcio." Chegavam a trabalhar meses a fio, sem dia de descanso, as vezes por 12h por dia. Totalmente bizarro que algo assim seja legal no EUA.
A kellogs chegou a tentar contratar pessoas para furar a greve, mas acabou recebendo uma enxurrada de curriculos falsos e ataques ao sistema por pessoas que se solidarizaram com os trabalhadores. Inclusive, o apoio a sindicatos nos EUA esta em 65%, algo que não se ve desde os anos de 1950.
É bom esses trabalhadores aproveitarem o momento para conseguirem melhores salarios, pensões e legislação, pois isso não vai durar para sempre.
Alguns negócios chegaram a fechar em alguns horários, ou oferecer um salario acima do mercado (do mercado de uns dois anos atrás ao menos) para poder continuar funcionando.
Há empresários que culpam auxilio do covid e assistencias governamentais semelhantes dizendo que "ninguem quer trabalhar por estar recebendo grana do governo." Mas não parece ser isso. Primeiro que negócios receberam até mais dinheiro que as pessoas como auxílio, e segundo que parece que foi depois que os auxílios pararam que ocorreu a maior parte dos pedidos de demissão, quebras de contrato, etc.
Parecem ser dois motivos principais: muitos trabalhadores se aposentaram mais cedo durante a pandemia, e mais jovens simplesmente não acham que determinados trabalhos valham mais a pena, mudando de area, voltando para a casa dos pais, ou, se casados, um ficando em casa. Nesse último exemplo, ganhando um salário baixo e tendo que arcar com custo de creche para os filhos, transporte, etc., não se justifica trabalhar em muitos casos. "Posso ficar sem os 200 dolares a mais no fim do mês e eu mesmo crio meus filhos," foi uma explicação que ouvi e li mais de uma vez.
Há também um grupo crescente de insatisfeitos com salários, custo de vida, tratamento e quantidade de horas indignas, e perda de direitos. A mentalidade nesse caso é "eu não ganho pra isso." Houve greves na john deere e na kellogs em que os trabalhadores saíram vitoriosos depois de uma forte guerra de braço com os patrões. Esses empregados vêem os CEOS e acionistas comemorando lucros recordes, salários milionários, comprando um iate para atracar do lado do iate maior, e escutam ser impossível terem um aumento por menor que seja, ou simplesmente contratar mais gente para aliviar os turnos.
A john deere tentou colocar o pessoal de escritório no chão de fábrica para substituir os grevistas. Eram, no papel, capazes de exercer essas funções pelo o que entendi, mas na primeira semana já apareceu ambulância na fábrica, e a galera de escritório começou a apoiar os grevistas.
A frito-lays enfrentou greve pois os trabalhadores não aguentavam mais o que eles chamavam de "turnos do suicidio" e/ou "turnos do divórcio." Chegavam a trabalhar meses a fio, sem dia de descanso, as vezes por 12h por dia. Totalmente bizarro que algo assim seja legal no EUA.
A kellogs chegou a tentar contratar pessoas para furar a greve, mas acabou recebendo uma enxurrada de curriculos falsos e ataques ao sistema por pessoas que se solidarizaram com os trabalhadores. Inclusive, o apoio a sindicatos nos EUA esta em 65%, algo que não se ve desde os anos de 1950.
É bom esses trabalhadores aproveitarem o momento para conseguirem melhores salarios, pensões e legislação, pois isso não vai durar para sempre.
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Mesma verdade dos fatos de sempre. Empregos comuns, em que não é exigido nada de especial para a função que são para a maioria da população vão se tornar inviáveis com a outorga de direitos e maior remuneração artificiais, fazendo valer a lei natural de oferta e procura, na qual prevalece a lógica da contratação de trabalhadores onde os salários oferecidos são não só bem vindos mas implorados, casos históricos da China, Índia, e tantos outros países com imensas massas ociosas de gente precisando trabalhar.Titoff escreveu: ↑Seg, 17 17America/Sao_Paulo Janeiro 17America/Sao_Paulo 2022 - 05:15 amViram que falta mão de obra para alguns trabalhos nos EUA e Canada?
Alguns negócios chegaram a fechar em alguns horários, ou oferecer um salario acima do mercado (do mercado de uns dois anos atrás ao menos) para poder continuar funcionando.
Há empresários que culpam auxilio do covid e assistencias governamentais semelhantes dizendo que "ninguem quer trabalhar por estar recebendo grana do governo." Mas não parece ser isso. Primeiro que negócios receberam até mais dinheiro que as pessoas como auxílio, e segundo que parece que foi depois que os auxílios pararam que ocorreu a maior parte dos pedidos de demissão, quebras de contrato, etc.
Parecem ser dois motivos principais: muitos trabalhadores se aposentaram mais cedo durante a pandemia, e mais jovens simplesmente não acham que determinados trabalhos valham mais a pena, mudando de area, voltando para a casa dos pais, ou, se casados, um ficando em casa. Nesse último exemplo, ganhando um salário baixo e tendo que arcar com custo de creche para os filhos, transporte, etc., não se justifica trabalhar em muitos casos. "Posso ficar sem os 200 dolares a mais no fim do mês e eu mesmo crio meus filhos," foi uma explicação que ouvi e li mais de uma vez.
Há também um grupo crescente de insatisfeitos com salários, custo de vida, tratamento e quantidade de horas indignas, e perda de direitos. A mentalidade nesse caso é "eu não ganho pra isso." Houve greves na john deere e na kellogs em que os trabalhadores saíram vitoriosos depois de uma forte guerra de braço com os patrões. Esses empregados vêem os CEOS e acionistas comemorando lucros recordes, salários milionários, comprando um iate para atracar do lado do iate maior, e escutam ser impossível terem um aumento por menor que seja, ou simplesmente contratar mais gente para aliviar os turnos.
A john deere tentou colocar o pessoal de escritório no chão de fábrica para substituir os grevistas. Eram, no papel, capazes de exercer essas funções pelo o que entendi, mas na primeira semana já apareceu ambulância na fábrica, e a galera de escritório começou a apoiar os grevistas.
A frito-lays enfrentou greve pois os trabalhadores não aguentavam mais o que eles chamavam de "turnos do suicidio" e/ou "turnos do divórcio." Chegavam a trabalhar meses a fio, sem dia de descanso, as vezes por 12h por dia. Totalmente bizarro que algo assim seja legal no EUA.
A kellogs chegou a tentar contratar pessoas para furar a greve, mas acabou recebendo uma enxurrada de curriculos falsos e ataques ao sistema por pessoas que se solidarizaram com os trabalhadores. Inclusive, o apoio a sindicatos nos EUA esta em 65%, algo que não se ve desde os anos de 1950.
É bom esses trabalhadores aproveitarem o momento para conseguirem melhores salarios, pensões e legislação, pois isso não vai durar para sempre.
Editado pela última vez por O organoléptico em Seg, 17 17America/Sao_Paulo Janeiro 17America/Sao_Paulo 2022 - 11:17 am, em um total de 2 vezes.
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Qual é a dificuldade do desempregado dizer que não aceita mais que 12 horas? Lá o salário é calculado por hora. Se eu fosse empresário estaria abrindo 3 vagas de 8 horas em vez de 2 de 12. O custo seria muito próximo mesmo.A frito-lays enfrentou greve pois os trabalhadores não aguentavam mais o que eles chamavam de "turnos do suicidio" e/ou "turnos do divórcio." Chegavam a trabalhar meses a fio, sem dia de descanso, as vezes por 12h por dia. Totalmente bizarro que algo assim seja legal no EUA.
Pode ser que o problema seja que o indicador social de "distância do poder" seja muito alta que acaba tendo essa mentalidade.
Legislação é dispensável. (Só precisa adicionar segurança no trabalho, limite diário e licença maternidade paga pelo estado)É bom esses trabalhadores aproveitarem o momento para conseguirem melhores salarios, pensões e legislação, pois isso não vai durar para sempre.
Essas greves é o mercado se reajustando após a pandemia.
O governo deve só evitar bandidagem, violência e fraudes em contratos.
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Com a pandemia acabando com empregos, colocam a culpa do desemprego na reforma trabalhista.
De fato teve melhora no emprego, mas falam que houve "precarização", que certamente não é pior do que as condições de 25 anos atrás.
De fato teve melhora no emprego, mas falam que houve "precarização", que certamente não é pior do que as condições de 25 anos atrás.
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Bélgica adota o chamado "direito a desligar"
youtu.be/o6Dp_3CAYO4
Inflação na Bélgica gera debate sobre indexação automática de salários
youtu.be/_xzqEkjc_GM
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Inflação na Bélgica gera debate sobre indexação automática de salários
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Não sei como é a cultura trabalhista em outros países e acho a questão bizarra.Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 01 01America/Sao_Paulo Fevereiro 01America/Sao_Paulo 2022 - 17:41 pmBélgica adota o chamado "direito a desligar"
Na minha opinião, o default deveria ser não trabalhar fora do expediente.
Mas se um cargo precisar de tratar urgências, isso tem que estar escrito em contrato. A necessidade existe desde segurança reserva até administrador de redes. No caso de administrador de redes, empresas oferecem salário alto justamente para que a pessoa esteja sempre de prontidão. E não é 7 vezes por semana, porque eles colocam outro funcionário cobrindo outros dias.
Não acredito como um país desenvolvido consegue ter leis assim. Ser pobre e desempregado na Bélgica é muito diferente de ser o mesmo no Brasil.Inflação na Bélgica gera debate sobre indexação automática de salários
Consequências: desemprego ou ciclo vicioso piorando a inflação (criando hiper-inflação). É só o governo não aumentar a dívida e não imprimir dinheiro.
- Agnoscetico
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Talvez ficasse surpreso com leis trabalhistas como essa que tem na Europa. Muita gente que não vive lá, acha que lá é capitalismo liberal, que não tem nada similar a CLT, etc, mas quando se depara com notícias como essas já passa duvidar de muito estereótipo sobre a Europa.Tutu escreveu: ↑Ter, 01 01America/Sao_Paulo Fevereiro 01America/Sao_Paulo 2022 - 18:56 pmNão acredito como um país desenvolvido consegue ter leis assim. Ser pobre e desempregado na Bélgica é muito diferente de ser o mesmo no Brasil.
Consequências: desemprego ou ciclo vicioso piorando a inflação (criando hiper-inflação). É só o governo não aumentar a dívida e não imprimir dinheiro.
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Leis trabalhistas abusivas são uma coisa recente nos EUA e na Europa.Agnoscetico escreveu: ↑Qua, 02 02America/Sao_Paulo Fevereiro 02America/Sao_Paulo 2022 - 11:27 amTalvez ficasse surpreso com leis trabalhistas como essa que tem na Europa. Muita gente que não vive lá, acha que lá é capitalismo liberal, que não tem nada similar a CLT, etc, mas quando se depara com notícias como essas já passa duvidar de muito estereótipo sobre a Europa.
O salário mínimo foi introduzido nos EUA em 2007, na Alemanha em 2015, na Irlanda em 2000, na Reino Unido em 1999. Os países nórdicos não tem salário mínimo ainda. A situação trabalhista tem piorado principalmente na questão de gênero e pode piorar mais ainda com ações afirmativas.
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Aqui é leis trabalhistas no geral, não foi mencionado sobre questões de gênero. Se for pra falar disso, tem tópico adequado.
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É uma interseção. Tem leis trabalhistas que consideram questão de gênero real e mental.Agnoscetico escreveu: ↑Qua, 02 02America/Sao_Paulo Fevereiro 02America/Sao_Paulo 2022 - 13:58 pmAqui é leis trabalhistas no geral, não foi mencionado sobre questões de gênero. Se for pra falar disso, tem tópico adequado.
Muitas propostas trabalhistas em andamento: cotas para mulheres e LGBT na direção da empresa, cotas em curso, homem (pai casado) tirando licença à maternidade longa, igualdade salarial obrigatória definida pelo estado, etc.
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O Japão está reduzindo a jornada de trabalho, que sempre foi uma das maiores do mundo. Lá estavam tendo karoshi.
Eles estão também com problema de fertilidade.
youtu.be/3idqzwauKrE
O sistema de educação japonês é péssimo. O que considero bom é eles limparem a escola, o que ensina disciplina, respeito, a não sujar e respeito ao coletivo.
Mas o sistema é focado só em vestibular. Passam muito tempo com decoreba. Eles não aprendem habilidades habilidades de criatividade, pesquisa, análise e senso crítico.
http://jhu.sites.tru.ca/files/2019/03/J ... oblems.pdf
Não tem tópico sobre o Japão, mas isso aparece nos vídeos de economia e nos do canal Scapella. O Japão parou de ter crescimento econômico porque os alunos não aprendem a ter criatividade. Eles buscam um emprego estável e confortável, mas ninguém quer empreender e inovar para tomar riscos por causa de uma visão ou ideia. Isso tem impactos na economia.
(..)
Enquanto isso no ocidente...
1,7 milhões de membros na comunidade.
Se tivessem a necessidade de trabalhar, não estariam reclamando de trabalho. Nem precisa de leis trabalhistas.
Quem tem necessidade trabalha e procura a melhor opção de emprego que toma conhecimento.
Eles estão também com problema de fertilidade.
youtu.be/3idqzwauKrE
O sistema de educação japonês é péssimo. O que considero bom é eles limparem a escola, o que ensina disciplina, respeito, a não sujar e respeito ao coletivo.
Mas o sistema é focado só em vestibular. Passam muito tempo com decoreba. Eles não aprendem habilidades habilidades de criatividade, pesquisa, análise e senso crítico.
http://jhu.sites.tru.ca/files/2019/03/J ... oblems.pdf
Não tem tópico sobre o Japão, mas isso aparece nos vídeos de economia e nos do canal Scapella. O Japão parou de ter crescimento econômico porque os alunos não aprendem a ter criatividade. Eles buscam um emprego estável e confortável, mas ninguém quer empreender e inovar para tomar riscos por causa de uma visão ou ideia. Isso tem impactos na economia.
(..)
Enquanto isso no ocidente...
https://www.reddit.com/r/antiwork/wiki/ ... _questionsAgnoscetico escreveu: ↑Ter, 08 08America/Sao_Paulo Fevereiro 08America/Sao_Paulo 2022 - 21:46 pmEntenda a TRETA do /r/AntiWork!
1,7 milhões de membros na comunidade.
Numa sociedade onde moleques bancados pelos pais tem tudo na mão, é o único lugar onde esse tipo de pensamento existe.You guys are just lazy, right?
Some of us are lazy, sure. What's wrong with that?
Se tivessem a necessidade de trabalhar, não estariam reclamando de trabalho. Nem precisa de leis trabalhistas.
Quem tem necessidade trabalha e procura a melhor opção de emprego que toma conhecimento.
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- Fernando Silva
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Isto é reivindicação de país rico, não de uma anarquia miserável, sem governo, onde a corrupção é a norma e as gangues dominam.Agnoscetico escreveu: ↑Qui, 10 10America/Sao_Paulo Fevereiro 10America/Sao_Paulo 2022 - 23:02 pmHaitianos protestam por aumento do salário mínimo pelo segundo dia seguido
- Fernando Silva
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O capitalismo não fracassou. Quem fracassou foi o Brasil e outros países.
https://oglobo.globo.com/economia/que-t ... s-25389406Que tipo de país e economia queremos?
É preciso ter em mente que, hoje, os países que não estão preparados para a competição não vão a lugar algum
Fabio Giambiagi 11/02/2022
[...]
E, nesse sentido, entendo que o melhor seria que o vencedor tenha uma definição clara pelos princípios enunciados por Schumpeter, o teórico mais profundo da natureza do capitalismo. Como enfatizado pelo seu biógrafo Thomas McCraw no prefácio do magnífico “O profeta da inovação”, “nos mil anos que antecederam o século XVIII, as rendas pessoais na Europa Ocidental duplicavam a cada período de 630 anos.
Após a disseminação do moderno capitalismo, contudo, começaram a duplicar a cada período de 50 ou 60 anos. Dobravam a cada 40 anos nos EUA e a cada 25 no Japão, que começou mais tarde e pôde se beneficiar dos exemplos europeu e americano” (Editora Record, páginas 10/11).
Com esse desempenho, o fato de que muitos continuem repetindo alegremente que o capitalismo fracassou só pode ser motivo de perplexidade. Essa interpretação dos fatos e a realidade são duas paralelas que não se encontram sequer no infinito.
Citemos o original e não mais o seu biógrafo. Schumpeter, no seu livro seminal “Capitalismo, socialismo e democracia”, assim se manifesta: “O capitalismo é, por natureza, uma forma ou método de transformação econômica e não só não é, como não pode ser estacionário... O impulso fundamental que põe e mantém em movimento a máquina capitalista é dado pelos novos bens de consumo, os novos métodos de produção ou transporte, os novos mercados e as novas formas de organização industrial criadas pela empresa capitalista ... Esse processo de destruição criativa é o fato essencial do capitalismo” (Editora Unesp, páginas 119/120).
Os países que mais progrediram no mundo nos últimos 250 anos foram aqueles onde essas regras da competição capitalista foram respeitadas. E isso, por incrível que soe semanticamente, dado o partido que comanda o país, aplica-se também à China pós-1970.
Capitalismo é a causa do êxito dos Estados Unidos, da Coreia do Sul, da Alemanha, do Japão e dos países da Escandinávia.
Isso não pode nem deve ser compreendido com ausência do Estado. As sociedades que deveríamos perseguir como modelo são aquelas que souberam estabelecer um justo balanço entre o vetor econômico, por assim dizer, “darwinista”, desse processo de seleção inerente ao funcionamento do sistema; e os vetores social e político que definem regras de convivência entre grupos sociais no pacto civilizatório, cuja gradação depende de cada sociedade e do tempo histórico, que determina o que é aceitável e o que não é.
O importante é que o (e)leitor perceba que, hoje, países que não estão preparados para a competição não vão a lugar algum. E digo aqui “competição” no sentido amplo da palavra: entre indivíduos, entre pessoas e entre empresas. Na área de serviços, tirando São Paulo (um outro país) e áreas do Sul, o contraste entre nossa realidade e a constatada por qualquer um que conheça minimamente os EUA, a Europa ou a Ásia, é gritante.
Peça-se qualquer coisa no Rio e se terá um compêndio de como um funcionário não deve se relacionar com o cliente. Quem fizer um pedido análogo em Berlim, em Xangai ou em Seul — ou em Santiago do Chile! — será atendido muito mais prontamente e melhor. No mundo de hoje, o Brasil está fora do jogo.
Por que, nos últimos anos, no enfrentamento entre os vencedores da Champion e os brasileiros — ou argentinos — no mundial de clubes, os europeus têm dado um baile? Qualquer torcedor entende que um jogador brasileiro da elite do Brasileirão se tornará um jogador melhor se for jogar na Europa, no Inter, no Liverpool ou no Real Madrid. O nome do sucesso é “competição”. Não deveria ser difícil traduzir as vantagens dessa lógica para a economia — e enfrentar nossos vícios cartoriais.
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Agnoscetico escreveu: ↑Sex, 11 11America/Sao_Paulo Fevereiro 11America/Sao_Paulo 2022 - 14:46 pmProfessores em greve protestam nas ruas de Bruxelas
youtu.be/bJbI7yIBBTw
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Semana de trabalho de 4 dias já é realidade em muitos países – e funciona
youtu.be/yTQL6IGL__U
Quem nunca pensou que deveria trabalhar menos e ter mais tempo livre? Uma solução: encurtar a semana para 4 dias úteis. O esquema já é implementado por muitas empresas mundo afora. A promessa é de mais satisfação pessoal para os funcionários e aumento na produtividade. No melhor dos casos, com o mesmo salário. Mas o modelo de rotina que parece uma tendência global tem vantagens e desvantagens.
youtu.be/yTQL6IGL__U
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A partir do momento em que as máquinas fazem o trabalho do homem, jornadas de trabalho menores se tornam cada vez mais necessárias.Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 11 11America/Sao_Paulo Abril 11America/Sao_Paulo 2022 - 22:33 pmSemana de trabalho de 4 dias já é realidade em muitos países – e funciona
A minha dúvida é se a pessoa usará o tempo livre para buscar outra atividade econômica para ter renda complementar. Além disso, muita gente trabalha a mais para fugir do tédio.
- Agnoscetico
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Não é especificamente sobre lei, mas tem questão do trabalho no estilo de vida de muitos países asiáticos:
O que é a 'vingança da hora de dormir' dos jovens que trabalham demais na China
youtu.be/h9fN7U45mqU
O que é a 'vingança da hora de dormir' dos jovens que trabalham demais na China
Trabalhando cerca de 12 horas por dia, seis dias por semana, jovens acabam tendo tempo de lazer apenas tarde da noite – mas, para isso, sacrificam horas preciosas de sono.
youtu.be/h9fN7U45mqU
- Agnoscetico
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https://br.yahoo.com/finance/news/diret ... 16130.htmlTim Cook vem exigindo a presença de seus funcionários no escritório pelo menos três dias na semana
- Fernando Silva
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Muito cruel ...Agnoscetico escreveu: ↑Sex, 13 13America/Sao_Paulo Maio 13America/Sao_Paulo 2022 - 23:16 pmhttps://br.yahoo.com/finance/news/diret ... 16130.htmlTim Cook vem exigindo a presença de seus funcionários no escritório pelo menos três dias na semana
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Leis trabalhistas e impostos quebrando o Uber e os empregos. Uber e Ifood funcionam de forma que o prestador contrata a empresa do aplicativo e não oposto, e eles escolhem o próprio horário.
E no Brasil tem o problema da gasolina, assalto a motoristas e carros caros.
youtu.be/yOF0ycbXEZY
Nunca usei táxi na vida sem emergência; mas Uber eu usava com alguma frequência e me fez dispensar ter o próprio carro. Será uma regressão. Se quebrar, espero que os concorrentes sobrevivam.
E no Brasil tem o problema da gasolina, assalto a motoristas e carros caros.
youtu.be/yOF0ycbXEZY
Nunca usei táxi na vida sem emergência; mas Uber eu usava com alguma frequência e me fez dispensar ter o próprio carro. Será uma regressão. Se quebrar, espero que os concorrentes sobrevivam.
O que pode ser feito é um novo contrato, que diz se é remoto, presencial ou híbrido. Se era totalmente presencial e se tornou remoto por emergência, o contrato volta a ser totalmente presencial. Os trabalhadores terão que se unir (sindicato) para pressionar um novo contrato, ou pedir demissão e ir para uma empresa com trabalho remoto, que agora são mais comuns.Agnoscetico escreveu: ↑Sex, 13 13America/Sao_Paulo Maio 13America/Sao_Paulo 2022 - 23:16 pmhttps://br.yahoo.com/finance/news/diret ... 16130.htmlTim Cook vem exigindo a presença de seus funcionários no escritório pelo menos três dias na semana
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Spoiler:
O subemprego do Uber e do iFood é um problema, mas não é culpa do "capitalismo"
https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... ber#p22168
- Fernando Silva
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Hoje em dia, tudo é culpa do "capitalismo"...Agnoscetico escreveu: ↑Qua, 18 18America/Sao_Paulo Maio 18America/Sao_Paulo 2022 - 16:30 pmUm tópico mais específico sobre a questão do Uber e Ifood:Spoiler:
O subemprego do Uber e do iFood é um problema, mas não é culpa do "capitalismo"
https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... ber#p22168
Parece até que, antes dele, era um paraíso.
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Essa moda de falar mal especificamente de Uber e Ifood é uma hipocrisia e possivelmente lobismo. Até parece que porteiro noturno, segurança, caminhoneiro, gari, faxineiro, trabalhador de mina, pedreiro, carteiro, capinador, trabalhador de roça e muitos outros têm condições de trabalho melhores.