Evocatio
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Glossary of ancient Roman religion ---> Evocatio
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The "calling forth" or "summoning away" of a deity was an evocatio, from evoco, evocare, "summon." The ritual was conducted in a military setting either as a threat during a siege or as a result of surrender, and aimed at diverting the favor of a tutelary deity from the opposing city to the Roman side, customarily with a promise of a better-endowed cult or a more lavish temple.[194] As a tactic of psychological warfare, evocatio undermined the enemy's sense of security by threatening the sanctity of its city walls (see pomerium) and other forms of divine protection. In practice, evocatio was a way to mitigate otherwise sacrilegious looting of religious images from shrines.[195]
Recorded examples of evocations include the transferral of Juno Regina ("Juno the Queen", originally Etruscan Uni) from Veii in 396 BC;[196] the ritual performed by Scipio Aemilianus in 146 BC at the defeat of Carthage, involving Tanit (Juno Caelestis);[197] and the dedication of a temple to an unnamed, gender-indeterminate deity at Isaura Vetus in Asia Minor in 75 BC.[198] Some scholars think that Vortumnus (Etruscan Voltumna) was brought by evocation to Rome in 264 BC as a result of M. Fulvius Flaccus's defeat of the Volsinii.[199] In Roman myth, a similar concept motivates the transferral of the Palladium from Troy to Rome, where it served as one of the pignora imperii, sacred tokens of Roman sovereignty.[200] Compare invocatio, the "calling on" of a deity.
Formal evocations are known only during the Republic.[201] Other forms of religious assimilation appear from the time of Augustus, often in connection with the establishment of the Imperial cult in the provinces.[202]
Evocatio, "summons", was also a term of Roman law without evident reference to its magico-religious sense.[203]
Evocatio: como ritual da Roma Antiga “roubava” deuses de outras civilizações
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A mitologia romana é uma das mais ricas da história da humanidade. Seus deuses, rituais e crenças ocuparam quase toda Europa e Oriente Médio durante séculos e, após o período caracterizado pela religião politeísta, a sociedade romana assumiu o cristianismo, fundou a Igreja Católica e a espalhou pelo mundo.
O método, contudo, de constituição cultural da Roma Antiga era bem singular. Militares e sacerdotes, cada um a sua maneira, operavam rituais que tinham como objetivo roubar para Roma deuses das cidades contra as quais guerreavam. Este rito ficou conhecido como evocatio, ou, em alguns casos, devotio.
O que é o evocatio?
“Trata-se da prática, antes de uma batalha, de oferecer aos deuses do inimigo um templo em Roma para que esses deuses o abandonassem e ajudassem os romanos na guerra”, conta o professor de história antiga e arqueologia Fabio Augusto Morales, da PUC-Campinas.
Dessa forma, a cultura e a religião romana se enriqueciam com mitos e rituais característicos de outras civilizações. A principal delas foi a helênica, que compreende a região que entendemos como Grécia. De lá, importaram diversos deuses, casos de Zeus (que virou Júpiter), Poseidon (que virou Netuno) e Apolo (que continuou sendo Apolo), embora nem todos os casos tenham ocorrido pela via do evocatio.
O livro “The Matter of the Gods: Religion and the Roman Empire”, escrito por Clifford Ando, afirma que em três episódios certamente o método foi empregado: em 396 a.C., quando Roma incorporou a deusa Juno (na Grécia, Hera); em 241 a.C., a deusa Minerva (na Grécia, Atena); e em 146 a.C., uma nova versão de Juno, na conquista de Cartágo pelos romanos.
Como era o ritual?
Roma tinha uma cultura e religião muito baseada em rituais, ao contrário dos gregos, que focavam suas crenças nos mitos. Essa tradição ritualística era bastante presente nas batalhas enfrentadas pelo exército: para assegurar uma guerra justa, promoviam rituais em homenagem a seus deuses e também aos deuses adversários.
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Geralmente, antes de saírem para a guerra, os líderes militares e sacerdotes puxavam preces específicas para atrair a atenção dos deuses que regiam as cidades oponentes.
Oferecia-se sacrifícios como forma de convencê-los a deixarem o inimigo e receberem adoração ainda maior em Roma; assim, haveria caminho livre para dominar o território rival. Às vezes, o ritual era repetido no território em questão, para garantir a adesão dos deuses a suas preces.
Após a batalha ser vencida, a imagem do deus “convertido” era retirada e levada ao centro da república ou do império – os historiadores dizem que isso explica, em termos, a capacidade centralista de ambos sistemas romanos. Para evitar que seus deuses sofressem o mesmo destino, prendiam suas imagens com correntes e evitavam que seus nomes fossem ditos em vão, pois poderiam ser usados em preces adversárias.
Devotio: necessidade do sacrifício
No livro “History and Religion: Narrating a Religious Past”, a historiadora Gabriella Gustafsson afirma que o devotio é o ritual de sacrifício, enquanto o evocatio é o ato cultural da “adoção de deuses”.
Há três diferentes compreensões para o rito do devotio na Roma Antiga. A mais citada é o auto sacrifício do general Publius Decius Mus, que entregou a vida em troca de proteção para seu exército e povo, mais ou menos em 350 a.C. – tal prática ficou conhecida como devotio decis.
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Outra forma de devotio, chamada de hostium, também envolvia sacrifício de um líder militar com a intenção de atrair a força do deus adversário ou de fazer um “acordo” para destruir os votos do juramento sagrado do oponente.
Historiadores divergem sobre a origem e até sobre a existência de fato do devotio iberica. Segundo esta tese, habitantes da região ibérica, Espanha e Portugal, tinham uma tradição moral muito rígida e assumiu pactos de lealdade em tempos de guerra – resultando em auto sacrifícios.
Todos esses elementos, como a romantização do auto sacrifício em prol de seu povo, idolatria às imagens divinas, valorização dos rituais e, sobretudo, alta tolerância para absorver crenças de povos dominados foram determinantes para a conversão, no século 4, de Roma ao cristianismo.