Eugenia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tópico sobre eugenia (ou eugenismo).
NOTA: Achei que não ia ser necessário, mas quando Tutu postou abaixo sobre uso distorcido de eugenia em casos onde seria mais uma questão estética e ideologias de raça do que de melhoria funcional do corpo, fica essa nota.
Inicio com um exemplo:


A assombrosa história da espanhola que planejou 'filha perfeita' e depois a matou
Aurora Rodríquez Carballeira era tida como intelectual brilhante; a filha, Hildegart, que tinha 18 anos quando morreu, uma jovem prodígio que despontava como e...
https://br.noticias.yahoo.com/assombros ... 32660.html
Editado pela última vez por Agnoscetico em Qua, 18 Maio 2022 - 22:12 pm, em um total de 2 vezes.

Re: Eugenia

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Eugenia significa genes bons: eu (bom) + genes (gene). É uma coisa boa quando o objetivo é melhorar o ser humano biologicamente favorecendo genes bons e eliminando os ruins. O problema está em definições corrompidas de "gene bom", que no passado era racismo e por isso hoje a ideia de eugenia é odiada, sem mesmo buscar uma definição correta de gene bom. Existem muitos genes defectivos que causam doenças ou deficiências, como câncer, diabetes, hemofilia, daltonismo, e por isso o deseja de eliminar os genes.

Homicídio não é a única forma de realizar eugenia. No passado fizeram muita esterilização compulsória, para evitar herdeiros com os genes indesejados. Mas hoje existem ideias para o futuro, que ainda são polêmicas, em que a fecundação é feita em laboratório antes de colocar no útero e o cientista edita o DNA do filho do casal para poder eliminar genes de doenças genéticas.

Existe também uma polêmica sobre o direito dos pais escolherem características cosméticas, como a cor de cabelo, pele e olhos do bebê. Isso não seria eugenia e sim uma forma de engenharia genética.


Preciso descobrir mais vídeos de eugenia no ponto de vista da biologia e não do que ocorreu na história no passado.

youtu.be/HelR0sMSWmc


Em outros tópicos, criticaram a eugenia porque há genes que tornam vulnerável contra uma doença, mas protege de outra. A eliminação do gene tornaria a raça humana mais vulnerável, porque há pessoas que conseguem sobreviver à doenças que matam a maioria da população. De forma mais complexa tem a personalidade. Disseram que gene de criminoso (principalmente os que são produzidos pela péssima estrutura social) pode ter relação com coragem e iniciativa, ou também com a habilidade de questionar, resistir e rebelar contra a opressão. Embora algumas correlações já foram comprovadas, a maioria ainda não é conhecida. Mas muitos criminosos tem uma personalidade territorial e de protetor dos membros do grupo.

Re: Eugenia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Genética é uma coisa complicada demais para alguém poder dizer "Vou mudar este gene para conseguir tal coisa".
Talvez consiga a tal coisa, mas vai bagunçar outras e é difícil prever as consequências a curto e a longo prazo.

Animais "de raça" costumam ser mais frágeis e vulneráveis a doenças que animais selvagens ou vira-latas.

Idem idem plantas selecionadas para produzir mais ou ter esta ou aquela característica.

Re: Eugenia

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Fernando Silva escreveu:
Qui, 19 Maio 2022 - 08:18 am
Genética é uma coisa complicada demais para alguém poder dizer "Vou mudar este gene para conseguir tal coisa".
Talvez consiga a tal coisa, mas vai bagunçar outras e é difícil prever as consequências a curto e a longo prazo.
Dizem que alimentos transgênicos são seguros nos dias de hoje para o consumo humano.
Idem idem plantas selecionadas para produzir mais ou ter esta ou aquela característica.
Aqui é seleção artificial sem tocar no genoma. Selecionaram tomates maiores sem saber dos genes envolvidos. Assim esses tomates tem menor valor nutritivo.
Animais "de raça" costumam ser mais frágeis e vulneráveis a doenças que animais selvagens ou vira-latas.
Esses cachorros são selecionados por motivos estéticos e nem se importam com a saúde. E é um mercado lucrativo porque esses cães são comercializados por valores acima de 1500 reais.
https://vegazeta.com.br/criacao-de-pugs ... a-holanda/

Re: Eugenia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Qui, 19 Maio 2022 - 13:02 pm
Fernando Silva escreveu:
Qui, 19 Maio 2022 - 08:18 am
Genética é uma coisa complicada demais para alguém poder dizer "Vou mudar este gene para conseguir tal coisa".
Talvez consiga a tal coisa, mas vai bagunçar outras e é difícil prever as consequências a curto e a longo prazo.
Dizem que alimentos transgênicos são seguros nos dias de hoje para o consumo humano.
O problema aqui é que enfiaram na cabeça das pessoas que "transgênico" é coisa do Diabo, dos Illuminati, dos comunistas, dos nazistas etc.

Se o alimento foi testado e aprovado para consumo, o fato de ser transgênico não importa.

O que importa é se o transgênico vai produzir mais, se o alimento será mais nutritivo, se a plantação vai requerer menos pesticida e menos irrigação.

Não temos como alimentar 8 bilhões de pessoas com "orgânicos". Deixem esses "orgânicos", caros e feios, para uma elite que pode pagar.

Re: Eugenia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Linhas Cruzadas | Como serão as pessoas do futuro? | 19/05/2022


youtu.be/lebVUaFSldk

Re: Eugenia

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Tutu
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Agnoscetico escreveu:
Sex, 20 Maio 2022 - 12:15 pm
Linhas Cruzadas | Como serão as pessoas do futuro? | 19/05/2022
Comentando:

1. Sim. Conservador é mais burro, mas é mais honesto. Liberal é mais inteligente, mas é mais egoísta.

2. Sim. Eugenia no bom sentido, sem inventar bobagem racista como critério.

3. Produzir crianças em laboratório seria uma coisa bizarra e mudaria radicalmente a cultura humana. Para começar, uma empresa poderia produzir órfãos em série para criar como funcionários ou governo produzir soldados.

Já as pessoas físicas teriam que mudar a psicologia radicalmente e isso não é nada fácil. Uma mãe pode não amar um filho que não veio do útero dela. Para o homem, seria difícil desejar ter filho sem o intermédio de uma mulher. E o ser humano foi feito para viver em família. Crianças crescem melhor tendo pai e mãe, e adultos vivem melhor convivendo com uma companhia do sexo oposto. Esse novo tipo de reprodução faria a pessoa viver sozinha só com o filho. Sexo seria o principal esporte, mas a herança da psicologia humana ainda manteria vários tabus.

4. Freud e Marcuse perceberam que restrição sexual leva a mais guerras. Mas a conclusão do que realmente ocorre foi descoberta por Unwin. Cultura com restrição sexual deixa os homens com mais energia, e essa energia pode ser usada para o trabalho, empreendedorismo e assim fazer a sociedade progredir; mas governo ruim pode redirecionar a energia para a guerra. Também existe um estudo recente que mostra que preguiçosos gostam mais de sexo. Assim é a psicologia humana. Quando o ser humano está bem alimentado, tudo que ele faz tem relação inconsciente com reprodução, conforme Freud percebeu. Um homem que trabalha duro, se destaca e supera desafios ganha validação de mulheres, e ele gosta do desafio mesmo sem pensar nelas. Mas quando o sexo vem fácil, a motivação inconsciente para se esforçar é diminuída. Por isso, as religiões fazem bem para sociedade, por ser algo difícil de explicar com ciência, é explicado com fantasia. É a atuação do darwinismo cultural.

Falando nisso, acho que o Japão está numa situação de fracasso auto-assumido. Eles não se esforçam mais atualmente e nem tem sexo fácil, então a consequência é a falta de fertilidade. Eles esforçam muito dentro do modelo, mas isso não leva a inovação e empreendedorismo para se destacar. Além disso, a intolerância à falha não os deixam tentar outra vez.

Re: Eugenia

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Tutu
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Edição genética em humanos: devemos fazer isso?

youtu.be/ZnNC9f3K5uI


Melhor não usar essa tecnologia de edição genética com a palavra "eugenia". Eugenia é um termo estigmatizado por causa do racismo dos antigos eugenistas. O desejo agora é eliminar genes de doenças geneticamente transmitida e há nada de errado nisso. O problema é usarem o estigma da palavra eugenia para fazer propaganda contra, e num mundo com antivax essa oposição funciona muito bem.

Re: Eugenia

nuker
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Mensagem por nuker »

Editar DNA de filhos em laboratório para depois implantar no útero seria uma forma aceitável de eugenia, assim como castrar pessoas com doenças hereditárias graves é outra solução, porém esta última teria maior resistência por parte da população. Para mim a "eugenia má" é quando envolve homicídio e esta não poderia ser em hipótese alguma aceita. Os pais até poderiam definir a aparência do filho, desde que fosse uma baseada no perfil da aparência do casal e claro isso acabaria custando mais caro, portanto no fim das contas só uma pequena elite acabaria fazendo isso, já que o preço só para remover doenças genéticas já seria demasiado elevado.

Sou contra fecundação artificial e barriga de aluguel para casais gays, eles que adotem um filho, caso contrário isso só faria aumentar desnecessariamente a população mundial, fora mais pessoas com genes gays. Sou totalmente a favor de uma espécie de eugenia para evitar nascimento de psicopatas ou sociopatas, desde que não houvesse assassinato. Com relação aos transgênicos, eu não vejo problemas em editar o DNA de por exemplo uma planta, desde que tal transgênico não seja uma causa de futuras doenças, principalmente metabólicas. Não adianta nada criar um alimento altamente resistente a pragas mas que acaba causando obesidade, diabetes ou câncer!

Se eu tivesse meu DNA editado em laboratório, certamente não seria um derrotado (um adulto de 35 anos que nunca namorou, trabalhou ou dirigiu), obeso, míope, solitário semi-autista esquisitoide e possivelmente teria uma aparência melhor. Se ao menos eu tivesse os genes da obesidade censurados, a minha vida poderia ter sido bem melhor para começar.

Editar DNA tem riscos, pois um gene pode ter relação com várias funções. Se você alterar esse gene, pode melhorar determinado problema, mas pode te tornar mais vulnerável a algo pior. Nosso DNA é uma malha complexa em que um único gene pode interferir em várias funções e um gene pode estar vinculado a outro, então teríamos que saber muito bem o que cada gene ou parte de cada gene faz e entender tais vínculos, para aí então podermos pensar em começar a fazer alterações em animais e depois em humanos.

Re: Eugenia

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Tutu
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nuker escreveu:
Seg, 08 Agosto 2022 - 23:44 pm
Os pais até poderiam definir a aparência do filho, desde que fosse uma baseada no perfil da aparência do casal
Não vejo com bons olhos o ato de controla a aparência. As tendências serão indicadas pela moda. Se alguns nomes de bebê são mais comuns em alguns anos, cor de olhos passariam a ser modo de ano.

O pessoal polêmico pode aborrecer com papagaiada de racismo. Mas se for proibir branquear, tem que proibir escurecer. Mas o ideal seria promover a cor adequada para a latitude (escuro na zona tropical, branco em clima frio).
Sou contra fecundação artificial e barriga de aluguel para casais gays, eles que adotem um filho, caso contrário isso só faria aumentar desnecessariamente a população mundial, fora mais pessoas com genes gays.
Na minha opinião, qualquer barriga de aluguel é violação de direitos humanos, porque a criança é tratada como mercadoria pela própria mãe.

No caso de filho gay, quando um casal tem um filho gay/lésbica, ele tem uma barrigada perdida porque não vai deixar descendentes. A solução para lésbicas é injetar gameta masculino sem o processo de sexo. Para gays, a coisa é mais complicada.

A questão dos genes gays é complicada. O mesmo gene que define coisa ruim pode definir coisa boa. Dizem que gays tem QI e QE mais elevado e são mais férteis. Já percebi sapatão com senso lógico muito acima do de mulher de verdade.
Sou totalmente a favor de uma espécie de eugenia para evitar nascimento de psicopatas ou sociopatas, desde que não houvesse assassinato. Com relação aos transgênicos, eu não vejo problemas em editar o DNA de por exemplo uma planta, desde que tal transgênico não seja uma causa de futuras doenças, principalmente metabólicas. Não adianta nada criar um alimento altamente resistente a pragas mas que acaba causando obesidade, diabetes ou câncer!
Já se sabe das causas genéticas de alguns cânceres e diabetes.
Mas obesidade é mais complicado. Algumas pessoas tem problemas de metabolismo e ele não é genética. Mas o problema da maioria dos gordos é a alimentação e a falta de exercícios, e isso não pode ser resolvido com a genética. Seria mais preferível editar o genoma humano para não depender de exercício e não acumular gordura, mas é muito difícil.

Personalidade é algo muito mais complicado. Hormônios e condições de crescimento influenciam. Não há genes da psicopatia e existe muito bandido e político que não tem psicopatia. Uma característica ruim de comportamento pode estar interligada a uma característica boa, e remover não é a solução.

Dizem que há grandes músicos que sofrem de esquizofrenia e outros que consomem maconha. Se não fosse essas coisas, não existiria a música deles.
Editar DNA tem riscos, pois um gene pode ter relação com várias funções. Se você alterar esse gene, pode melhorar determinado problema, mas pode te tornar mais vulnerável a algo pior.
É como alimento transgênicos. Resultado após muitos estudos para confirmar que são seguros e sem efeitos colaterais.

Re: Eugenia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
Mas o ideal seria promover a cor adequada para a latitude (escuro na zona tropical, branco em clima frio).
Os esquimós deveriam ir pro clima tropical então?
Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
Na minha opinião, qualquer barriga de aluguel é violação de direitos humanos, porque a criança é tratada como mercadoria pela própria mãe.
Então qualquer caso onde se encaixa em violação de DH? Esses exemplos também?

O Marcus Valerio disse que era favorável a mulheres engravidarem pra receber benefícios sociais tipo bolsa-família e coisa do tipo. Isso seria usar filho como mercadoria.

E tem os casos de mulheres que engravidam de caras ricos e famosos pra ganhar grana de pensão.

Re: Eugenia

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 17:28 pm
Os esquimós deveriam ir pro clima tropical então?
Se for permitir escolher a cor de pele do filho, primeiro temos que lembrar da treta de racismo.
Mas se permitir assim mesmo, o critério de seleção de cor deveria ser a da latitude ideal.

Re: Eugenia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
A questão dos genes gays é complicada. O mesmo gene que define coisa ruim pode definir coisa boa. Dizem que gays tem QI e QE mais elevado e são mais férteis. Já percebi sapatão com senso lógico muito acima do de mulher de verdade.
Ao que parece, o mesmo gene que faz um homem nascer gay faz a mulher ser mais fértil.

Re: Eugenia

nuker
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Mensagem por nuker »

Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
Não vejo com bons olhos o ato de controla a aparência. As tendências serão indicadas pela moda. Se alguns nomes de bebê são mais comuns em alguns anos, cor de olhos passariam a ser modo de ano.
É que eu vejo isso como uma forma em evitar que nasçam pessoas feias (com aparência de rosto fora da proporção do que pode ser considerado um rosto belo). Aí não teríamos pessoas desenvolvendo complexos.
Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
O pessoal polêmico pode aborrecer com papagaiada de racismo. Mas se for proibir branquear, tem que proibir escurecer. Mas o ideal seria promover a cor adequada para a latitude (escuro na zona tropical, branco em clima frio).
A cor do filho teria que ser a média da cor dos pais. Isso resolveria esse problema de embranquecer ou escurecer. Por exemplo, se o casal tiver exatamente a mesma cor de pele, a cor será a mesma para o filho.
Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
No caso de filho gay, quando um casal tem um filho gay/lésbica, ele tem uma barrigada perdida porque não vai deixar descendentes. A solução para lésbicas é injetar gameta masculino sem o processo de sexo. Para gays, a coisa é mais complicada. A questão dos genes gays é complicada. O mesmo gene que define coisa ruim pode definir coisa boa. Dizem que gays tem QI e QE mais elevado e são mais férteis. Já percebi sapatão com senso lógico muito acima do de mulher de verdade.
Não necessariamente um casal gay terá um filho gay, já que para um filho ter determinado gene, os genes dos avós e antepassados também contam. Por exemplo, um casal pode ter olho castanho, mas algum antepassado de um dos pais ter tido alguém com olho azul e o filho acabar tendo olho azul ou verde (mais provavelmente verde), não castanho como os dos pais. Para mim o ideal é que casais gays possam adotar filhos mesmo ao invés de ficar produzindo biologicamente filhos em um tipo de família que pode não dar certo ao longo prazo, já que gays tendem a ser mais hedonistas e a maioria dos relacionamentos são de curto prazo. Aliás, para mim deveria haver uma lei em que para um casal gay poder adotar uma criança, ele tem que já ter durado pelo menos 3 anos e a situação financeira ser segura para incluir uma criança. E outra lei em que um gay só receberia a pensão do conjugue gay falecido caso o casal esteja cuidando de uma criança, e esta pensão iria entre 25% ou 50% do salário do conjugue falecido.
Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
Mas obesidade é mais complicado. Algumas pessoas tem problemas de metabolismo e ele não é genética. Mas o problema da maioria dos gordos é a alimentação e a falta de exercícios, e isso não pode ser resolvido com a genética. Seria mais preferível editar o genoma humano para não depender de exercício e não acumular gordura, mas é muito difícil.
Existem uns 5 ou 6 genes conhecidos que ou causam diretamente obesidade ou favorecem ela. Se tais genes fossem desativados, as pessoas já não teriam mais essa tendência genética e muita coisa poderia melhorar. Acho mais difícil com relação aos genes que envolvem a parte metabólica porque não sei se tais já foram catalogados. E mesmo que fossem, genes metabólicos se alterar um isso pode causar algum prejuízo em determinada outra função metabólica. Acho mais fácil simplesmente desativar os genes conhecidos por serem específicos à causa da obesidade. Ainda que a pessoas tenha problemas não relacionados a tais genes, isso já melhoraria o problema em pelo menos 50%. Sem a tendência genética basta apenas resolver a questão psicológica ou o problema fisiológico que esteja causando isso, sem a interferência da genética que comprometeria o tratamento.
Tutu escreveu:
Ter, 09 Agosto 2022 - 11:23 am
Personalidade é algo muito mais complicado. Hormônios e condições de crescimento influenciam. Não há genes da psicopatia e existe muito bandido e político que não tem psicopatia. Uma característica ruim de comportamento pode estar interligada a uma característica boa, e remover não é a solução.
Também acho, mas existem outras formas de contornar isso, como em tirar direitos políticos de pessoas diagnosticadas com comportamento sociopata ou psicopata (mas estas ainda poderiam votar e participar de plebiscitos), só não poderiam mais concorrer a cargos políticos ou serem filiadas a algum partido, sob risco de multa ou prisão.

Re: Eugenia

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Qua, 10 Agosto 2022 - 15:39 pm
A cor do filho teria que ser a média da cor dos pais. Isso resolveria esse problema de embranquecer ou escurecer. Por exemplo, se o casal tiver exatamente a mesma cor de pele, a cor será a mesma para o filho.
A forma natural já basta. No natural, o filho não será mais escuro do que o genitor mais escuro nem mais claro do que o genitor mais claro.
Para mim o ideal é que casais gays possam adotar filhos mesmo ao invés de ficar produzindo biologicamente filhos em um tipo de família que pode não dar certo ao longo prazo, já que gays tendem a ser mais hedonistas e a maioria dos relacionamentos são de curto prazo. Aliás, para mim deveria haver uma lei em que para um casal gay poder adotar uma criança, ele tem que já ter durado pelo menos 3 anos e a situação financeira ser segura para incluir uma criança. E outra lei em que um gay só receberia a pensão do conjugue gay falecido caso o casal esteja cuidando de uma criança, e esta pensão iria entre 25% ou 50% do salário do conjugue falecido.
A melhor solução é cadastrar para adoção solo. O filho será vinculado apenas a um responsável legal. Então se tiver divórcio, ele continuará sendo adotado pelo mesmo.

Pensão por morte de gay é uma coisa sem pé nem cabeça e jamais devemos usar dinheiro público para isso. Nunca nem vi homem receber pensão por morte da mulher.
Existem uns 5 ou 6 genes conhecidos que ou causam diretamente obesidade ou favorecem ela. Se tais genes fossem desativados, as pessoas já não teriam mais essa tendência genética e muita coisa poderia melhorar. Acho mais difícil com relação aos genes que envolvem a parte metabólica porque não sei se tais já foram catalogados. E mesmo que fossem, genes metabólicos se alterar um isso pode causar algum prejuízo em determinada outra função metabólica. Acho mais fácil simplesmente desativar os genes conhecidos por serem específicos à causa da obesidade. Ainda que a pessoas tenha problemas não relacionados a tais genes, isso já melhoraria o problema em pelo menos 50%. Sem a tendência genética basta apenas resolver a questão psicológica ou o problema fisiológico que esteja causando isso, sem a interferência da genética que comprometeria o tratamento.
A obesidade teve vantagem no passado. Era comum o homem caçador/coletor ficar muito tempo sem achar comida, então a gordura acumulada ajudava muito na sobrevivência. O gordo era uma pessoa com organismo eficiente por consumir menos energia que os outros. Por isso, não podemos simplesmente jogar esses genes fora. Isso é só um exemplo das consequências de brincar de transgênico sem saber o que está fazendo. Se fosse somente o gene da gula ou o gene do vício, seria bom eliminar por não representar nenhuma vantagem, mas o sistema é muito mais complexo e pouco conhecido.

Genes ruins geralmente são recessivos. Se fossem dominantes, a seleção natural os teria eliminado.


(...)

Se conseguissem eliminar todos os genes ruins, o tabu do incesto seria questionado porque filhos frutos de incesto não seriam deficientes. O que fazer?

Re: Eugenia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

E ainda tem o problema de enfermidades congênitas, mesmo que geneticamente alguém seja perfeito.
E tem problemas ambientais como, por exemplo, a miopia, que pode se desenvolver e aumentar se se passar muito tempo vendo smartphone, etc, sem pausa pra descansar a visão olhando pra longe, mesmo que não tenha gene com propensão a miopia.

Re: Eugenia

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

A INEVITABILIDADE DA "NEO" EUGENIA

youtu.be/qSy3RIEFItM

Qualquer genitor vai querer que o filho não nasça com os genes de doenças herdados dos pais.
Esperamos a evolução do CRISPR.

Re: Eugenia

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 03 Outubro 2023 - 18:32 pm
Relatório parlamentar revelou que mais de 24 mil pessoas, principalmente mulheres, foram submetidas a operações de esterilização como parte de política de eugenia promovida pelo governo entre 1948 e 1996. Ouça áudio de reportagem de Ángel Bermúdez, da BBC News Mundo.
A política do Japão que submeteu milhares de pessoas a esterilização forçada, incluindo crianças


youtu.be/yu6b7sIv09E
O artigo fala como se o projeto fosse uma coisa terrível, mas não há nenhuma morte.
Não tem nada de bom nos genes que desejam eliminar:
A lei incluía uma lista de doenças então consideradas hereditárias e que tornavam o paciente candidato à esterilização, como esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva, "desejo sexual acentuadamente anormal", "inclinação criminosa acentuada", albinismo, distrofia muscular, epilepsia , surdez, hemofilia e daltonismo, entre outros.

Re: Eugenia

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Agenda moralmente nojenta, pseudocientífica e neonazista.

Não é porque uma pessoa tem um traço problemático que a causa daquele traço é resultado de uma mutação genética deletéria identificável ou mesmo de algumas poucas mutações deletérias identificáveis. A maioria desses traços são influenciados por muitos genes; a maioria dos quais individualmente tem efeito pequeno; ademais, efeitos aditivos, de dominância e epistáticos estão sempre presentes. Traços multidimensionais normalmente não tem uma origem genética identificável, se é o caso que tem alguma - algumas diferenças biológicas humanas são ambientais ou quase exclusivamente ambientais (a expressão dos genes é grandemente influenciada pelo ambiente e a relação gene-ambiente é interativa, não aditiva). Dada a complexidade/multidimensionalidade dos traços humanos, ao contrário do que acontece em animais domesticados para um propósito *específico*, nós, humanos, nunca saberíamos de antemão o que selecionar.

Esse caso japonês de esterilização forçada noticiado pela BBC News é resultado de uma patifaria de nível de agenda neonazista. Trata-se de uma ideologia vagabunda de “cientista” ou engenheiro social que não vale nem o sal que come.

Re: Eugenia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Huxley escreveu:
Qua, 04 Outubro 2023 - 01:15 am
Agenda moralmente nojenta, pseudocientífica e neonazista.

Não é porque uma pessoa tem um traço problemático que a causa daquele traço é resultado de uma mutação genética deletéria identificável ou mesmo de algumas poucas mutações deletérias identificáveis. A maioria desses traços são influenciados por muitos genes; a maioria dos quais individualmente tem efeito pequeno; ademais, efeitos aditivos, de dominância e epistáticos estão sempre presentes. Traços multidimensionais normalmente não tem uma origem genética identificável, se é o caso que tem alguma - algumas diferenças biológicas humanas são ambientais ou quase exclusivamente ambientais (a expressão dos genes é grandemente influenciada pelo ambiente e a relação gene-ambiente é interativa, não aditiva). Dada a complexidade/multidimensionalidade dos traços humanos, ao contrário do que acontece em animais domesticados para um propósito *específico*, nós, humanos, nunca saberíamos de antemão o que selecionar.

Esse caso japonês de esterilização forçada noticiado pela BBC News é resultado de uma patifaria de nível de agenda neonazista. Trata-se de uma ideologia vagabunda de “cientista” ou engenheiro social que não vale nem o sal que come.
A Suécia também esterilizou em torno de 63 mil pessoas, de 1935 a 1975, para que não tivessem filhos por serem deficientes, epiléticas ou com problemas sociais .

https://www.publico.pt/2005/12/22/cienc ... do-1242623

Algumas pessoas, apesar de suas deficiências - ou até por causa delas - são muito inteligentes e beneficiam a todos. Deveríamos eliminar Stephen Hawking? E sabe-se lá quantos grandes cientistas, músicos, artistas, escritores etc. tinham alguma deficiência?

Re: Eugenia

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Huxley escreveu:
Qua, 04 Outubro 2023 - 01:15 am
Não é porque uma pessoa tem um traço problemático que a causa daquele traço é resultado de uma mutação genética deletéria identificável ou mesmo de algumas poucas mutações deletérias identificáveis. A maioria desses traços são influenciados por muitos genes; a maioria dos quais individualmente tem efeito pequeno; ademais, efeitos aditivos, de dominância e epistáticos estão sempre presentes. Traços multidimensionais normalmente não tem uma origem genética identificável, se é o caso que tem alguma - algumas diferenças biológicas humanas são ambientais ou quase exclusivamente ambientais (a expressão dos genes é grandemente influenciada pelo ambiente e a relação gene-ambiente é interativa, não aditiva). Dada a complexidade/multidimensionalidade dos traços humanos, ao contrário do que acontece em animais domesticados para um propósito *específico*, nós, humanos, nunca saberíamos de antemão o que selecionar.
Grande parte dos problemas não são genéticos. Eles cometeram o erro de esterilizar pessoas com doenças que não são genéticas.
Mas existem muitos problemas que são determinados por genes defeituosos específicos e que não trazem nenhuma vantagem como contrapartida. Genes de hemofilia, daltonismo e diabetes são exemplos disso.


Eu tenho 3 doenças genéticos e não gostaria de passar esses genes defeituosos para meus filhos e netos. Por isso, dou todo a tecnologias como CRISPR.

Re: Eugenia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

OBS: Na internet tem muitos sites de dicionário e enciclopédia que tem Eugenia e Eugenismo como iguais, mas -ismo dá a entender que é uma idéia, sistema de idéias, teoria, etc. Então Eugenia (hoje em dia) seria prática de melhoria genética e não uma teoria sobre superioridade biológica racial e coisa assim.

Re: Eugenia

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Grande parte dos problemas não são genéticos. Eles cometeram o erro de esterilizar pessoas com doenças que não são genéticas.
Mas existem muitos problemas que são determinados por genes defeituosos específicos e que não trazem nenhuma vantagem como contrapartida. Genes de hemofilia, daltonismo e diabetes são exemplos disso.
Mesmo quando não há um caso de uma doença com herança poligênica complexa (coisa que diabetes, por exemplo, é), não existe uma sentença condenatória automática de aparição de doença mesmo que ela for causada por um único gene. Isso porque a maioria das mutações deletérias estudadas são causadas por genes recessivos. Vejamos o caso de um hemofílico que quer produzir descendente. Se a futura mãe do filho dele não portar qualquer gene defeituoso para a hemofilia (ou seja, não for portadora), o risco de seu descendente ser afetado pela doença via genética é extremamente baixo, praticamente chegando a zero. Existe um exame chamado teste molecular para mulheres que desejam engravidar e têm parentes com hemofilia. Esse teste identifica se a mulher é portadora do gene defeituoso (fonte: Bing Chat).

Também não é verdade que o eugenismo via seleção artificial seria capaz de eliminar as doenças causadas por mutações genéticas. Por exemplo, 30% dos casos de hemofilia não tem histórico familiar, sendo novos na família.

Por fim, há várias gradações nas diversas doenças desse tipo. A própria hemofilia tem isso, com a versão leve chegando a até 40% da quantidade normal do fator de coagulação. No caso de um daltônico leve, o mesmo pode levar uma vida quase normal.

Todas essas observações conspiram contra a viabilidade ética de leis de seleção artificial que acreditam ter legitimidade de estabelecer esterilização compulsória dos candidatos a pais ou mães. Se uma provável ou possível vida sofrida dos futuros filhos fosse pretexto para cassar os direitos reprodutivos dos casais, então, no Sudão do Sul, a legislação deveria cassar os direitos reprodutivos de quase todos os casais do país.

Por isso, dou todo a tecnologias como CRISPR.
Ainda não podemos dar por certo que a CRISPR venha a ser usada amplamente para tratar doenças humanas e nem que já há garantia que sejam seguras:

https://twitter.com/NaturePortfolio/sta ... 2475000832

Ademais, a transmissão hereditária das alterações introduzidas pela CRISPR ainda é um campo em estudo, pois envolve alterações nas células germinativas (tratamentos de CRISPR geralmente são realizados em células adultas). Os experimentos em embriões humanos usando CRISPR foram principalmente para fins de pesquisa e não para produzir bebês geneticamente modificados (fonte: Bing Chat).

Re: Eugenia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Huxley escreveu:
Sex, 06 Outubro 2023 - 00:35 am
Também não é verdade que o eugenismo via seleção artificial seria capaz de eliminar as doenças causadas por mutações genéticas. Por exemplo, 30% dos casos de hemofilia não tem histórico familiar, sendo novos na família.
Pois é. Mutações acontecem o tempo todo, mesmo com pessoas perfeitamente saudáveis.
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