Feminismo e ideologia de gênero

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Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

A constituição de 1988 estabelece igualdade de direitos para os gêneros. As feministas se vangloriam de que a luta delas trouxe os direitos que elas conseguiram, como ter propriedade, poder trabalhar, poder divorciar, poder votar, e tratamento igual na lei. Não existe mais nenhum direito necessário para conquistar. Mas hoje temos duas ideologias maléficas:

Feminismo - Defesa de privilégios para mulheres e submissão e supressão do comportamento do homem. Quando um homem faz algo que não gostam, como interromper a fala dela igual ele faz com todo mundo, acusa de machismo. Em vez de criticar o comportamento cafajeste do homem, defendem mais promiscuidade feminina nem que precise matar gente para isso. A mulher que não concorda com essa ideologia é taxada como "mulher machista".

Ideologia de gênero - A crença de que gênero é construção social e que não tem diferença natural, tanto que a pessoa pode escolher mudar de gênero. Defendem masculinizar a mulher e afeminar o homem. Nessa lógica, querem homem como babá e mulher como militar. Querem igualdade no sentido literal e não no sentido de direito (uma mulher não é igual a um homem da mesma forma que um cão não é igual a um gato).

A lei já avançou e protege as mulheres mais do que os homens e pode piorar no futuro. O câncer de mama é levado mais a sério do que o de próstata, que mata na mesma proporção. Embora seja difícil prender alguém no país, um homem pode ser preso por não pagar pensão e a pensão é administrada pela mãe. Homem aposenta mais tarde e tem expectativa de vida menor.


O Nerdologia é um bom canal, mas cometeu um grande deslize. Neste vídeo o biólogo Átila não falou de biologia, hormônios e psicologia. Foi falar de "sexismo", mas esqueceu a especialidade dele (ciência) para falar disso. O que respondo para os pontos levantados são:

1. Violência doméstica (40% a 70% das mulheres assassinadas são pelo marido/parceiro)

O que tem a ver a cultura ou a tradição tem a ver com isso?

Sabe qual é o nome disso? Bandidagem (embora fossem "cidadão-de-bem" antes do crime). A maioria dos crimes de qualquer espécie são cometidos por homens e a maioria dos presidiários são sempre homens. Os homens são mais violentos. Inclusive existem estatísticas de que a metade de homicídios contra gays ocorre como violência doméstica do próprio parceiro*. Portanto a maioria das vítimas da violência doméstica são mulheres. Entretanto, existe uma minoria de casos em que a mulher é a bandida como ocorreu recentemente pela deputada Flor de Lis e há poucos anos pela esposa do dono da Yoki.

A causa da violência doméstica se chama egoísmo e também a necessidade do ser humano de dominar o outro. O homem costuma fazer isso pela força e a mulher pela chatura. Mas só falam de machismo e não vejo nenhuma mensagem educativa ensinando a virtude de diminuir o ego.

Existem críticas à Maria da Penha, mas agora tem mais. Se criaram "feminicídio", Flor de Lis pode ser punida da mesma forma como "masculicídio"? A lei não deveria evitar de fazer juízo de valor da vítima? Por que uma mulher (que muitas vezes pôs cornos na cabeça do assassino) tem a vida mais valorizada do que a de um pai de família morto em assalto de carro, um jornalista morto por queima de arquivo ou um policial morto por bandido? Não estou defendendo o fim da lei de feminicídio, defendo que qualquer tipo de homicídio tenha a pena aumentada também, porque esse é o crime mais hediondo que existe independente de gênero e "cor". Selecionar vítima já mostra algo errado na lei.


2. Baixa representação política
Acredito que a representatividade feminina na Escandinávia não seja natural e sim imposta por ideologia, ainda que não seja pela força da lei. Como comentei no outro tópico, existe a falta de interesse espontânea da mulher se candidatar e também a falta de habilidade de discursar para conquistar eleitores que muitas mulheres não tem.

Existe estatísticas que dizem que mulheres independentes fazem menos corrupção na política. Também fazem melhor gestão de empresas, mas cresce menos por arriscar menos*. Em posição de liderança, um homem se destaca muito melhor do que uma mulher. Isso é melhor ilustrado em situação de emergência, em que precisa tomar decisão imediata. O homem consegue manter a cabeça fria e agir mais rápido e com coragem. Embora a maioria dos homens talvez sejam mais medrosos até do que a mulher, aqueles líderes e protetores que surgem são homens.

No Brasil, as mulheres tem uma escolaridade melhor. No serviço público brasileiro existe uma proporção maior de mulheres e elas ocupam a maioria dos cargos de chefia que exigem meritocracia. Mas quando chega na parte do Q.I. (ou seja corrupção) temos uma predominância maior de homens. Já na área de empreendedorismo, a predominância é masculina. Psicologicamente as mulheres são melhores para executar trabalhos rotineiros e os homens tem mais coragem de empreender.

Ignorando as ideologias, é uma boa ideia que metade das vagas no congresso sejam de mulheres e mulher vote só em mulher e homem só em homem?


3. Salário menor e preferência por currículo de homem
O psicólogo Jordan Peterson explica bem o motivo das diferenças de gênero com base na ciência. As mulheres tem menos ambições e acabam tendo menos ainda ao se aproximar dos 30 anos e passam a desejar filhos. Elas se sentem assim espontaneamente e não por imposição do machismo.

Tem pesquisa comparando melhor o desempenho de homens e mulheres? Por que não deixa o livre mercado calcular? O livre mercado funciona melhor com informação e por isso precisa de ciência. Ideologia em vigor tem o mesmo impacto de lei atrapalhadora mesmo não sendo obrigatória.


4. Profissões de gênero
Por que não deixar para o livre mercado? A informação está dispersa e os anos de experiência das pessoas já sabem o que é melhor para cada gênero. Inclui também o desempenho de cada um na aprendizagem de uma profissão. Eu pessoalmente nunca contrataria uma mulher como segurança (se tivesse dinheiro) e nunca contrataria um homem como babá. A maioria das profissões tradicionais de gênero são consequências do que o livre mercado encontrou como melhor. O livre mercado também não quer mulher como pedreira e lixeira, ele é injusto?

O ser humano costuma rejeitar o diferente. Uma mulher pode ser rejeitada pelos colegas num ambiente dominado por homens, mas esquecem que um homem hétero seria rejeitado da mesma forma como enfermeiro ou no setor cosmético. A rejeição não deve ser tratada como "sexismo" e a empresa deveria seguir as mesmas normas para casos de funcionários gringos ou gays. É mais caro lidar com a aceitação do que usar o talento do funcionário "diferente"? Nesse ponto, a sociedade poderia ser educada para respeitar as diferenças, mas fazer campanha para homem ser enfermeiro e mulher ser engenheira já chega a ser estupidez.

Temos uma predominância de homens na engenharia. Na medicina tem uma tendência a ter mais mulheres. Possivelmente é uma profissão "naturalmente" feminina, mas por termos uma cultura em que é a profissão de boa remuneração e status e ter um processo seletivo que enfatiza o raciocínio lógico-aritmético (de exatas), o número de homens acaba sendo mais alto do que deveria.


5. Criar filhos e cuidar da casa
Ou a mulher faz isso ou não tem filho. É contra produtivo transferir essa responsabilidade para o homem, porque as mulheres tem uma capacidade melhor para distinguir mais cores, notar quando alguém está diferente (saúde de crianças), melhor empatia, etc.

Se isso é exploração, por que não reduzir o imposto de renda para mulher ou transferir parte da renda do marido para ela?

Uma casa de um homem só é mais suja do que uma casa de uma mulher só. Elas tem mais intolerância à sujeirinha, inclusive a pequeno fio de cabelo limpo no chão.


6. Ficção, filmes e joguinhos

Estão querendo ideologizar até bobagens como a ficção, filmes e joguinhos também. Isso é como fosse propaganda ideológica. É ridículo criticar uma obra que tira a mãe de combate para cuidar de filho e no futuro farão o mesmo. Criaram índice para medir a representação da mulher em filme e agora tem um regulamento para incluir raças não brancas e homossexuais em filmes. Desse jeito é melhor só assistir filmes antigos ou eles também eram ideológicos?

Não faz sentido criticar gostosas desenhadas por homens para um público masculino. Fã service existe desde a Gŕecia antiga. A personagem Lara Croft perdeu as curvas para atrair o público feminino ou por causa do politicamente correto?

Sempre existiu jogos e filmes para o público feminino. Se filmes são dominados por personagens masculinos, as novelas são por personagem feminina. Homens gostam de filme de ação e aventura e mulheres de romance e terror.

Sempre teve jogos masculinos e femininos. The sims é um jogo mais feminino enquanto estratégia e ação são mais masculinos. Tem exceções, mas a maioria é assim. Forçar a barra pondo homens sendo salvos por mulher com frequência se torna idiota.

Essa área deveria estar de acordo com o livre mercado na questão de conteúdo. Quem procura essas coisas quer relaxar e sair do mundo real, por isso não é lugar de proselitismo ideológico.


Lembrando de mais casos (não falado por Átila, mas comum nas feministas):

7. Assédio
Inventaram o termo "cultura do estupro" e que todo homem é um potencial estuprador. Na verdade nenhuma cultura humana tolera o estupro nem mesmo há 60 anos atrás.

A verdade é que a imensa maioria dos homens sempre teve medo de se aproximar de uma mulher por quem ele tem interesse. Com o feminismo, eles tem mais medo. A minoria de trogloditas que fazem abusos não representam os homens e portanto não é uma cultura. O medo das leis feministas já transformam muitos homens em MGTOW, porque podem ser caluniados ou vítimas de golpe da barriga.

Outra crítica é sobre hábito do homem olhar para mulher bonita ou ser mais gentil e bobo perto dela, chamando de machismo. É homem sendo homem. Mulher não se interessa por homem por causa da aparência e por isso dificilmente tomará iniciativa.

Banalização do estupro

youtu.be/IdCivh_P9aM

Quando chamam qualquer coisa de estupro ou assédio e também quando muitas golpistas tentam usar leis feministas para acusar algum homem, geralmente rico, de "estupro", a sociedade acaba ficando mais cética em relação às denúncias e acabam prejudicando os casos reais. É um desserviço do feminismo às mulheres.

Até criaram o lema ideológico "a vítima nunca tem culpa" e expandem de todas as maneiras falando que é transferência de culpa. A analogia que faço é andar exibindo iphone num lugar público neste país violento. Se for roubada, a vítima tem parte de culpa por ser burra. Se a polícia deste país não dá conta de assaltos e homicídios, magicamente não dará conta de estupros.


8. Briguinhas em relacionamento
Para elas: Quando o homem discorda da mulher, é misoginia. Se tem coisas feitas naturalmente por qualquer homem e coisas feitas naturalmente por qualquer mulher, só o homem é sexista.


youtu.be/KZ2JjQfsmUE

9. Padrões de beleza
Elas criticam o direito do homem preferir um tipo de mulher. O caso mais crítico é o homem rejeitar gordas e elas ainda arrumam um jeito de valorizar a obesidade, embora obesidade não seja saudável. Para o próprio bem, deveria incentivar que ela emagreça em vez de incentivar a permanecer na zona de conforto piorando a saúde.

Biologicamente, uma gorda não é atraente. Será que a feminista que diz isso aceita um homem submisso, medroso e desempregado?

Os padrões de beleza e comportamento que a sociedade ensina às pessoas estão fortemente ligados à atratividade natural para o sexo oposto.


10. Críticas ao cavalheirismo
Para elas uma mulher isso é ruim, porque impede que ela seja independente, mas acaba proibindo o homem de mostrar que se importa com ela. A relação se torna fria e cheia de restrições esdrúxulas.


11. Conversas cotidianas
Cobram mulheres de ter filho, mas isso é normal considerando que a gravidez fica mais difícil depois dos 34 anos. Cobram trabalho de homem também.


Críticas ao feminismo


youtu.be/el_zyhBuWzw


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Nos primórdios da humanidade, no estágio tribal, os homens saíam para caçar enquanto as mulheres cuidavam do lar e das crianças. A sociedade mudou muito desde então, mas a biologia humana continua a mesma pois não teve tempo suficiente para se adaptar. Durante a história, os homens faziam trabalhos mais perigosos, incluindo viagens, obras e mineração, além de ir para para guerra. As mulheres cuidavam de crianças e muitas morriam de parto por falta de conhecimento médico. O que observamos aqui é uma divisão de tarefas primeiramente. O machismo dependia da cultura das diferentes civilizações antigas, nas quais a mulher era vista como patrimônio.

O tão criticado islamismo melhorou o direito das mulheres na época do califado e elas tinham mais direitos do que a mulher da Europa feudal na mesma época. O caso do homem poder se casar com 4 mulheres foi motivado porque a população feminina era muito maior (tinha muito homem morrendo em guerra) e tinha pouco homem para tanta mulher. O pior do machismo chegou com o reacionarismo criado pelas perturbações que europeus e americanos fizeram lá por causa do petróleo.

Falar de "destruição da família" parece com discurso de extrema-direita, mas é exatamente a consequência do feminismo sendo levado a sério. Começa proibindo homem de demonstrar interesse, depois desencoraja casamento e filhos com leis feministas e dita as regras de como deve ser a relação, tornando o homem mais submisso (consequentemente menos respeitado pela a mulher) e não fazendo o que é mais eficiente. É uma guerra de gênero.

Faz parte da psicologia feminina ter um comportamento mais passivo e esperar um homem que tenha atitude. Se o homem não faz isso, ela o vê como frouxo.


Ciência refuta a ideologia de gênero

O Paradoxo da Igualdade (vídeo que toda feminista e feministo deveriam assistir)

youtu.be/tH0xfk9vqhU

Homem criado como mulher (a natureza não pode ser ocultada)

youtu.be/wPAXlLpAFSo



* Marcado para procurar fontes. Vi há alguns anos, mas não achei de novo.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Pedro Reis
Mensagens: 810
Registrado em: Ter, 24 Março 2020 - 11:28 am

Mensagem por Pedro Reis »

Puxa, tem coisa pra tutu aí...

Li o texto mas no momento não tenho tempo para ver os vídeos. Mas será que acrescentam muito ao texto?

Provavelmente não porque em um relance a gente já cataloga um punhado de clichês aos quais já estamos acostumados.

A primeira coisa que me chama atenção é que estes discursos se referem a um grande conjunto de distintas manifestações/aspirações como sendo "ideológicas" mas não se apercebe que o próprio discurso é em si mesmo essencialmente ideológico. Um discurso conservador construindo argumentos para defender a manutenção de uma determinada estrutura de sociedade. Um tipo de estrutura que está ruindo menos por ação de alguma ideologia do que pelas mudanças inexoráveis do mundo em que vivemos.

E estas mudanças são "naturais" no sentido de que não foram arquitetadas por nenhum plano insidioso, mas decorrem da própria evolução da sociedade, da forma como a tecnologia e as circunstâncias continuamente estão transformando a maneira de viver do ser humano.

Portanto, na minha opinião, esse tipo de discurso é muito mais ideológico, enviesado, do que as mudanças que pretende combater.

Olha, vou ser sincero, 80% disso aí não me pareceu mais do que elaboração do "menino veste azul e menina veste rosa" da ideologia Damares.

A ideia de que a biologia desempenha um papel fundamental, determinante, com maior peso que qualquer outro, na definição daquele conjunto de características que tradicionalmente (em uma determinada cultura) são atribuidos aos gêneros.

Uma falácia que fica ridícula e bastante óbvia (menos para evanjegues) se alguém diz que a Biologia faz o bebezinho querer sapatinhos azuis e a bebezinha sapatinhos rosa. Mas que (ainda) pode ser defendida com invocações à Ciência em alegações de que o homem tem mais propensão para ser pedreiro e matemático e a mulher para professora e babá.

A falácia já parte de uma confusão proposital entre sexo e gênero. Sexo é biológico e com exceção para os intersexuais é geneticamente determinado: XX vai ter ovários e XY testículos.

Mas gênero é um conjunto de atributos, valores, comportamentos, estéticas, expectativas, etc, associados a um determinado sexo.

Gênero é a forma como uma determinada cultura acha que devam ser os indivíduos de um determinado sexo.

E na verdade nós temos muito mais razões para acreditar que estes esteriótipos estão mais calcados na tradição do que razões para pensar que são determinados pela Biologia. A menos quando se examina superficialmente estas questões, mas se usarmos Ciência de verdade a coisa parece ser diferente.

Se este conjunto de valores, comportamentos, estéticas, etc..., fossem biologicamente determinados não deveríamos esperar variações significativas em diferentes culturas. Mas não é o que se observa se examinamos um espectro amplo de culturas.

Já existiram sociedades matriarcais. Também, nas estepes da Eurásia, mulheres de povos nômades eram cridas para viver como guerreiras e hoje no Curdistão muitas estão se destacando como excelentes soldadas na luta contra o Estado Islâmico. Eu cresci ouvindo que "futebol é pra homem" mas nos Estados Unidos naquela época as pessoas achavam que soccer era esporte pra menina. Também se você olhar para muitos povos indígenas do Brasil vai descobrir que pra eles vaidade é coisa de macho e mulherzinha não liga pra isso. Lá é o guerreiro que se enfeita todo, que se pinta, que usa plumas, colares, adereços... enquanto a índia passa a vida de cara lavada. Na Antiga Grécia o comportamento homossexual não conflitava com noções de masculidade. E também em Roma, lugar onde os centuriões usavam saias. Mais ou menos como hoje, na nossa sociedade, o comportamento homossexual da mulher já não é visto tanto como negação de outros atributos associados ao gênero feminino. Embora há apenas algumas décadas fosse!

Cultura, cultura, cultura!

Eu poderia me alongar em muitos mais exemplos, mas o caso aqui é que um olhar perspicaz percebe que o ser humano tem esta tendência de enxergar como determinado pela Natureza os padrões a que ele está acostumado. Se você vê sempre a mulher de rosa sua tendência é achar que a natureza da mulher é gostar de rosa. Algo bastante estranho para uma iraniana cuja biologia determina que ela nasceu para querer vestir só burca preta.

Esse equívoco é cometido sistematicamente ao longo da História. Basta perceber como seus argumentos são semelhantes, na forma, aos argumentos racistas vitorianos que se apoiavam em padrões normalmente observados para determinar o que seria ou não natural em uma determinada raça. Porém não há nada de científico nisso.

Da mesma forma, há cem anos, se garantia que a mulher não tinha aptidão natural para os esportes. Só porque ninguém nunca via mulher em competições esportivas.

Essa é uma discussão que precisa ser profunda para ultrapassar as muitas camadas de preconceito arraigado fazendo pensar que algum padrão específico de identidade de gênero é biologicamente determinado, mas você precisa saber que os estudos que mostram que identidade de gênero é mais um constructo social que qualquer outra coisa, são muito mais embasados do que as pessoas imaginam.

E estes estudos são sociológicos, antropológicos. Não ideológicos.

Você diz:
Tutu escreveu: Ideologia de gênero - A crença de que gênero é construção social e que não tem diferença natural, tanto que a pessoa pode escolher mudar de gênero.
É mais do que crença, há evidências. E uma delas você mesmo reconhece: a pessoa pode escolher mudar de gênero.

A pessoa escolhe e muda. Se houvesse uma barreira natural, biológica, essa escolha seria impossível.

Mas um homem pode escolher vestir roupas que sua cultura define como femininas, usar adereços tidos como femininos, usar o gestual que a sua cultura percebe como feminino, pode adquirir 100% de todos os atributos acreditados (naquela cultura!) como natos do gênero feminino e incompatíveis com o gênero masculino. O que por si só prova que não é nem nato nem incompatível.

Mas note que um travesti de Copacabana não seria percebido como um ser performando gênero feminino entre os aborígenes das selvas de Bornéu. Lá ele não estaria se vestindo como mulher, sentando como senta uma mulher, gesticulando como mulher, fazendo nada de mulher... Porque aquela cultura simplesmente reconhece um outro tipo identidade como sendo relativa ao gênero feminino.

Percebe a confusão? A pessoa pode escolher outra identidade de gênero mas não pode mudar de sexo!

No entanto é isso mesmo que ela quer: viver com uma outra identidade de gênero. Ela olha e sente que é legal essas coisa de "mulher". Ou então que são mais legais as coisas de "homem" e tem vontade de adotar para sua vida estas coisas mais legais.

E como estas coisas legais são mesmo padrões culturalmente estabelecidos, ela escolhe e realiza a escolha.

Aí quando você diz que "eles querem feminilizar o homem e masculinizar a mulher" não está percebendo que foi a cultura que masculinizou o homem e feminilizou a mulher em muitos aspectos. Foi a cultura e não a Biologia.

Este seu simplismo e reducionismo é um espantalho dos argumentos que sustentam que criar identidades de gênero é desnecessário e até socialmente maléfico. Que podemos simplesmente deixar cada um viver de acordo com sua própria personalidade e o mundo não
acaba por causa disso.

É estranho e muitos irão resistir à ideia apenas porque é estranha. Mas é estranha somente por ser incomum.

Da mesma forma como seria estranha há cem anos a ideia de um negro governando os Estados Unidos e muitos pensariam que o mundo estaria acabando quando acontecesse algo assim mas o fato é que o mundo não acaba e o Obama foi um presidente como qualquer outro.

Quando as pessoas se acostumam o estranho passa a ser que negros não possam se candidatar à presidência.

E que já tenha sido tão natural que ninguém estranhasse isso.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
Mensagens: 2128
Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
Li o texto mas no momento não tenho tempo para ver os vídeos. Mas será que acrescentam muito ao texto?
Os dois últimos vídeos são os mais importantes, principalmente o paradoxo da igudaldade.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
A primeira coisa que me chama atenção é que estes discursos se referem a um grande conjunto de distintas manifestações/aspirações como sendo "ideológicas" mas não se apercebe que o próprio discurso é em si mesmo essencialmente ideológico. Um discurso conservador construindo argumentos para defender a manutenção de uma determinada estrutura de sociedade.
Discordar de uma ideologia não é uma ideologia. Apenas avalio a ideologia e chego às próprias conclusões.

Eu era de esquerda no passado, mas o politicamente correto tem crescido como religião e me afastou da esquerda. Tanto que faço meus argumentos sem nunca ter visto material conservador, que sempre odiei. O crescimento do PSOL, um partido feminista e racista inverso, pode me empurrar para a direita nos próximos anos por questões de defesa.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
Portanto, na minha opinião, esse tipo de discurso é muito mais ideológico, enviesado, do que as mudanças que pretende combater.
A estrutura atual da sociedade em relação a gêneros não faz mal às mulheres enquanto a nova estrutura faz mal aos homens e pode prejudicar as próprias mulheres também.

O pior é que o discurso feminista desvia da causa do problema. Violência doméstica e estupro tem nada a ver com machismo ou cultura. Da mesma forma que a maioria das mulheres assassinadas morrem nas mãos de homens, os homens assassinados também morrem mais nas mãos de homens.

E também distorcem estatísticas por campanha ideológica:

youtu.be/pRVWRhDMuSM
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
Olha, vou ser sincero, 80% disso aí não me pareceu mais do que elaboração do "menino veste azul e menina veste rosa" da ideologia Damares.
Cor rosa ou azul é cultural e não tem relação com a biologia. Mas não vejo sentido em criticar a cultura de atribuir cores a gêneros. Cores e símbolos sempre foram usados para simbolizar coisas e por que não podem ser usados para gênero?
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
Uma falácia que fica ridícula e bastante óbvia (menos para evanjegues) se alguém diz que a Biologia faz o bebezinho querer sapatinhos azuis e a bebezinha sapatinhos rosa. Mas que (ainda) pode ser defendida com invocações à Ciência em alegações de que o homem tem mais propensão para ser pedreiro e matemático e a mulher para professora e babá.
A maioria das mulheres não tem vigor físico para ficar no sol carregando peso. A maioria dos homens não fazem bem o serviço de cuidar de bebê. O corpo masculino e feminino tem muitas diferenças, por que então não existiria diferenças psicológicas também?

E nenhuma feminista defende mulheres no serviço pesado.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
Já existiram sociedades matriarcais. Também, nas estepes da Eurásia, mulheres de povos nômades eram cridas para viver como guerreiras e hoje no Curdistão muitas estão se destacando como excelentes soldadas na luta contra o Estado Islâmico. Eu cresci ouvindo que "futebol é pra homem" mas nos Estados Unidos naquela época as pessoas achavam que soccer era esporte pra menina. Também se você olhar para muitos povos indígenas do Brasil vai descobrir que pra eles vaidade é coisa de macho e mulherzinha não liga pra isso. Lá é o guerreiro que se enfeita todo, que se pinta, que usa plumas, colares, adereços... enquanto a índia passa a vida de cara lavada. Na Antiga Grécia o comportamento homossexual não conflitava com noções de masculidade. E também em Roma, lugar onde os centuriões usavam saias. Mais ou menos como hoje, na nossa sociedade, o comportamento homossexual da mulher já não é visto tanto como negação de outros atributos associados ao gênero feminino. Embora há apenas algumas décadas fosse!
Aqui você focou muito mais nas diferenças visuais e nos padrões de vestimenta, que são coisas sem relação com a biologia.

As mulheres militares são minorias até mesmo no Curdistão e elas não estariam lá se fossem usar armas brancas. Historicamente, mulheres guerreiras sempre foram raras ou inexistentes. Por serem diferentes, chama atenção da mídia, mas não quer dizer que elas realmente sejam significantes lá.

Nas sociedades matriarcais, as mulheres líderes são sempre mais velhas do que a média e muitas situações ainda tem um forte papel do homem. As diferenças naturais de gênero ainda estão presentes. A mulher era dona do lar e da família enquanto o homem era um visitante. Uma mulher podia ser a autoridade que toma decisões, mas eram os homens que lideram massas verbalmente, mesmo seguindo as ordens da chefe. Que sociedade matriarcal você quer usar como estudo de caso?
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
Da mesma forma, há cem anos, se garantia que a mulher não tinha aptidão natural para os esportes. Só porque ninguém nunca via mulher em competições esportivas.
Elas tem uma modalidade separada por causa das diferenças.

Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
É mais do que crença, há evidências. E uma delas você mesmo reconhece: a pessoa pode escolher mudar de gênero.

A pessoa escolhe e muda. Se houvesse uma barreira natural, biológica, essa escolha seria impossível.

Percebe a confusão? A pessoa pode escolher outra identidade de gênero mas não pode mudar de sexo!
Eu não disse que o gênero pode ser mudado e eu não distinguo "gênero biológico" de "gênero socialmente "construído" ".

É a ideologia de gênero que diz isso. Um LGBT pode fazer cirurgia para remover o "objeto" masculino e fazer outras mudanças, mas ainda será um homem. Tem DNA XY, hormônios e fisiologia masculina e não tem útero e mamas que produzem leite.

Mas o assunto aqui são os héteros. O grande problema é que os defensores dessa ideologia querem que crianças não sejam tratadas de acordo com o gênero de nascença para que escolham um gênero quando crescer. A probabilidade da criança ser LGBT é baixa e proibir de criar uma criança como hétera é uma forma de dar mais importância aos LGBT do que a héteros.

Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 14:41 pm
E estes estudos são sociológicos, antropológicos. Não ideológicos.
...
Aí quando você diz que "eles querem feminilizar o homem e masculinizar a mulher" não está percebendo que foi a cultura que masculinizou o homem e feminilizou a mulher em muitos aspectos. Foi a cultura e não a Biologia.
É aqui que está o grande erro. A cultura é fortemente influenciada pela biologia e psicologia humana. Não nas roupas, mas nos papéis de gênero natural. Em muitas profissões, um processo seletivo de emprego que não considera gênero, ainda assim produziria diferenças na proporção de cada gênero natural. Até mesmo as prioridades pessoais de cada gênero natural é diferente, independente da cultura.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Tutu, você insiste em falar nas "aptidões naturais de cada gênero" mas sem dar nenhuma prova de que isto exista.

Ou, se existir, sobre quais seriam exatamente estas aptidões.

A sua inferência é basicamente do tipo: "eu observo que há mais homens militares que mulheres em todos as épocas e lugares, então ser guerreiro é uma aptidão natural do sexo masculino". Ou "a natureza determina que seja assim porque eu geralmente vejo assim".

Embora esse raciocínio pareça fazer sentido para a maioria das pessoas, não é muito científico e pode levar a grandes equívocos.

Porque não isola todos os outros possíveis fatores para garantir que a Biologia é o determinante nessa diferença de proporção.

Façamos uma pergunta básica: o patriarcado é condicionado pela biologia humana ou circunstancial?

Nós temos mais motivos pra pensar que seja circunstancial e você mesmo já descreveu como se deu o processo de construção das sociedades patriarcais.

A fêmea Sapiens (ou mulher sapiens como diria a Dilma) tem uma longa gestação de 9 meses e é um animal bípede. Portanto ela fica extremamente limitada durante a maior parte da gravidez. Especialmente se você considerar como viviam os humanos há 200 mil anos, 100 mil anos, 10 mil anos atrás...

Além disso a sua cria, também bípede, é totalmente dependente da mãe por um período muito mais longo que a maioria dos outros mamíferos. Acrescente a isso que não existia pílula e a fêmea passava a maior parte da sua vida adulta ou grávida ou amamentando.

Isto, há 100 mil anos, era realmente um condicionante biológico para que fossem atribuídos papéis sociais muito distintos e especializados a homens e mulheres. E os papéis masculinos eram os que favoreciam mais as chances de obter o poder.

Mas aí é que vem a confusão entre biológico e circunstancial porque nada disso prova que o homem é naturalmente mais agressivo, corajoso, ambicioso ou possui quaisquer outras características natas que determinem que ele sempre será melhor guerreiro ou melhor líder. Lembre-se que se Darwin estava certo em alguma coisa, caracteres adquiridos não são transmitidos. E se os homens geralmente são guerreiros e líderes há cem mil anos isto não os fez melhores líderes e guerreiros. Se os seus antepassados foram escravos pelos últimos 400 anos você não nasceu mais preparado para a escravidão por causa disso. Esse aprendizado não é transmitido geneticamente.

Então se as circunstâncias mudam antigos condicionantes biológicos deixam de existir. E só quando as limitações impostas pela gravidez e pela compleição física deixam de ser determinantes, é que nós podemos realmente saber se existiam outros determinantes além destes. Esta é que é uma forma científica de examinar a questão.

E o que a experiência têm demonstrado é que a medida que as diferenças biológicas médias reais entre os sexos deixam de ser relevantes, e também à medida em que vários condicionamentos culturais vão sendo derrubados, homens e mulheres se parecem cada vez mais e muitas coisas para as quais se pensava que as mulheres não teriam aptidão, elas estão fazendo e às vezes fazendo até em número maior do que os homens.

É engraçado porque você sugere que talvez as mulheres "tenham mais aptidão para a Medicina". Mas minha mãe, que é de outra época, não confiava em médica de jeito nenhum. Claro, quando minha mãe era mocinha eram poucas se formando em Medicina. Ela não tinha exemplos então achava que faltava aptidão natural na mulher pra ser boa médica.

Hoje, como muito mais mulheres estão ingressando em cursos de Medicina do que homens, você já está cometendo o mesmo erro ao inverso e concluindo que aos homens é que falta essa aptidão natural.

Mas não faz sentido, sob nenhum aspecto, essa reserva de mercado artificial baseada em sexo. Especialmente sob o aspecto econômico.

Há muitas outras coisas aí das quais discordo e vou comentar mais tarde.

Por exemplo:

- de que a estrutura atual não faz mal às mulheres (na minha opinião não seria exatamente a estrutura que se quer mudar, mas determinadas mentalidades. )

- de que violência contra mulher não tem relação com machismo. (nos casos em que o agressor se vê como de posse da vítima, têm)

- essa história também de "gênero de nascença"... (sobre isso falei no post anterior. Sabemos que existe sexo de nascença, mas as identidades de gênero variam de cultura para cultura, de época pra época, então não podem ser de nascença)

E há também umas poucas coisas com as quais concordo:

- de que estatísticas podem ser manipuladas por interesses

- de que o mercado deve regular o quanto as pessoas ganham e não leis bem intencionadas

Mas aos poucos a gente vai clareando o ponto de vista de um e de outro, porque você juntou muito assunto em um post só.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Outra coisa: pelo finalzinho da sua mensagem, dá impressão que você ainda acredita nessa história de Kit Gay.

Eu espero que a esta altura do campeonato você já saiba que kit gay é fake news.

E ainda transparece uma confusão "damariana" entre papéis de gênero e sexualidade. TIpo se uma mulher fizer engenharia tem mais chance de virar sapatão, ou se te obrigarem a fazer um curso de cabeleireiro é provável que você comece a achar o Alexandre Frota assim um cara bonitão...

Suponho que você seja hétero. O que você acha? Se mudarem as suas roupas e te forçarem a aprender ballet, isso te faria mudar de time?

Cara, não pense como evanjegue até porque evanjegue não pensa.

O que algumas pessoas defendem não tem nada a ver com essa invenção de kit gay, mas apenas que não se deve impor papéis de gênero artificiais à crianças quando são pequenas. Não se deve, por exemplo, obrigatoriamente pintar o quarto do menino de azul e dar carrinho de presente pra ele.

Que ele escolha com o que quer brincar e como quer brincar. Apenas isso.

Mas a Damares "pensa" que se não der carrinho ele não vai gostar de meninas quando crescer.

Aí eu já não sei como é que a humanidade chegou até aqui sem se extinguir. Porque o carro só foi inventado no século 19 pelo Karls Benz e antes disso nenhum menino brincava de carrinho.

Não sei como fizeram para se reproduzir...

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
Tutu, você insiste em falar nas "aptidões naturais de cada gênero" mas sem dar nenhuma prova de que isto exista.
O vídeo o Paradoxo da igualdade menciona vários cientistas que mostraram as diferenças de gêneros.
Por outro lado, você não me mostrou provas de que não existem.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
Ou, se existir, sobre quais seriam exatamente estas aptidões.
Aptidão física é a diferença mais clara.

Homens saem melhor em raciocínio lógico, ação e movimento, liderança e atividades com mais risco.

Mulheres se saem melhor em empatia, cuidado com criança, notar diferenças e atividades rotineiras. Elas gostam de sentir emoções.

Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
Façamos uma pergunta básica: o patriarcado é condicionado pela biologia humana ou circunstancial?
Patriarcado não existe nos dias de hoje. É coisa das femimiministas.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
Mas aí é que vem a confusão entre biológico e circunstancial porque nada disso prova que o homem é naturalmente mais agressivo, corajoso, ambicioso ou possui quaisquer outras características natas que determinem que ele sempre será melhor guerreiro ou melhor líder. Lembre-se que se Darwin estava certo em alguma coisa, caracteres adquiridos não são transmitidos. E se os homens geralmente são guerreiros e líderes há cem mil anos isto não os fez melhores líderes e guerreiros. Se os seus antepassados foram escravos pelos últimos 400 anos você não nasceu mais preparado para a escravidão por causa disso. Esse aprendizado não é transmitido geneticamente.

Então se as circunstâncias mudam antigos condicionantes biológicos deixam de existir. E só quando as limitações impostas pela gravidez e pela compleição física deixam de ser determinantes, é que nós podemos realmente saber se existiam outros determinantes além destes. Esta é que é uma forma científica de examinar a questão.

E o que a experiência têm demonstrado é que a medida que as diferenças biológicas médias reais entre os sexos deixam de ser relevantes, e também à medida em que vários condicionamentos culturais vão sendo derrubados, homens e mulheres se parecem cada vez mais e muitas coisas para as quais se pensava que as mulheres não teriam aptidão, elas estão fazendo e às vezes fazendo até em número maior do que os homens.
A humanidade mudou muito nos últimos 5 mil anos, mas durante os 100 mil anos anteriores ela desenvolveu características genéticas que não podem ser readaptadas em 5 mil anos ou ainda em apenas 100 anos. E a sociedade atual nem tem também os seletores que desfazem as diferenças acumuladas nesses anos. O seletor só está sendo criado agora com essa ideologia.

O homem de 5 mil anos atrás, e a maioria dos de 200 anos atrás, tinham defender a família ou a aldeia deles. As mulheres estavam com crianças e eram protegidas. Por isso elas não desenvolveram habilidades agressivas e ambiciosas. Elas eram dependentes. Os homens fracos morriam com facilidade antes de ter cria ou falhando em proteger sua mulher e filhos. Assim não deixavam filhos.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
É engraçado porque você sugere que talvez as mulheres "tenham mais aptidão para a Medicina". Mas minha mãe, que é de outra época, não confiava em médica de jeito nenhum. Claro, quando minha mãe era mocinha eram poucas se formando em Medicina. Ela não tinha exemplos então achava que faltava aptidão natural na mulher pra ser boa médica.
Antigamente existia machismo. Só homem podia trabalhar e por isso só homem podia entrar na ciência. Com o fim do machismo, descobriram nichos em que as mulheres se saem melhor. As mulheres cresceram na medicina, mas o mesmo não ocorreu na engenharia. As duas áreas passaram pelas mesmas liberações.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
- de que violência contra mulher não tem relação com machismo.
É um problema individual e não culpa de uma "cultura". Cultura engloba a sociedade como um todo. Violência doméstica sempre existiu independente da cultura, assim como homicídio.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
(nos casos em que o agressor se vê como de posse da vítima, têm)
Já vi feminista criticar os possessivos em expressões como "minha mulher" dizendo que é posse, mas isso é tão ridículo quanto criticar "meu amigo" ou "minha avó".
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:38 pm
- essa história também de "gênero de nascença"... (sobre isso falei no post anterior. Sabemos que existe sexo de nascença, mas as identidades de gênero variam de cultura para cultura, de época pra época, então não podem ser de nascença)
"Gênero de nascença" é um termo que usei para me referir ao gênero biológico da pessoa.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:59 pm
E ainda transparece uma confusão "damariana" entre papéis de gênero e sexualidade. TIpo se uma mulher fizer engenharia tem mais chance de virar sapatão, ou se te obrigarem a fazer um curso de cabeleireiro é provável que você comece a achar o Alexandre Frota assim um cara bonitão...

Suponho que você seja hétero. O que você acha? Se mudarem as suas roupas e te forçarem a aprender ballet, isso te faria mudar de time?
Este é o ponto que causa mais confusão. É a inversão de causa e efeito.
O cabeleireiro e a engenharia não fazem alguém mudar de time. É simplesmente por já ser homem ou mulher que a pessoa decidiu escolher espontaneamente essas profissões.

Do mesmo modo, igrejas e a área artística não tornam a pessoa direitista ou esquerdista e sim a predisposição psicológica que as leva para esses lugares, sem ter força política ou ideológica empurrando.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:59 pm
Cara, não pense como evanjegue até porque evanjegue não pensa.
Não gosto de religião, mas também sugiro que não siga o politicamente correto, que também é uma religião no sentido de como as pessoas acreditam e agem.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 18:59 pm
O que algumas pessoas defendem não tem nada a ver com essa invenção de kit gay, mas apenas que não se deve impor papéis de gênero artificiais à crianças quando são pequenas. Não se deve, por exemplo, obrigatoriamente pintar o quarto do menino de azul e dar carrinho de presente pra ele.

Que ele escolha com o que quer brincar e como quer brincar. Apenas isso.
As crianças nos primeiros dias não sabem nem o que tem de disponível para brincar. São os pais que devem escolher e não é papel do governo escolher isso. As crianças nessa idade não tem nem senso crítico para refletir como escolher. A resposta dela pode ser diferente se o carrinho estiver parado ou andando. Não é simples.

Tratar menino como menino não é imposição. Desse jeito teria que vestir só roupas unissex neles e esperar até a adolescência para saber se ele é hétero ou não.

Se uma empresa de brinquedos descobri os tipos de brinquedos comprados por meninos e os comprados por meninas, ela deve evitar de fazer um marketing orientado a gênero? O próprio menino de 6 a 8 anos já perceberá que existe diferença entre meninos e meninas da mesma idade.

Toda sociedade humana tem papéis de gêneros definidos. Nas sociedades que não tem histórico de homofobia, os gays continuam tendo papel de homem normalmente e a única diferença é não procurar parceira e sim um parceiro como ele. Ele não chega a mudar o "gênero social" dele.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Tutu escreveu: O vídeo o Paradoxo da igualdade menciona vários cientistas que mostraram as diferenças de gêneros.
Por outro lado, você não me mostrou provas de que não existem.
Vou ver o vídeo. Mas ele pode ter mostrado diferença entre os sexos. Gênero é outra coisa.

Só que não precisa que nenhum cientista mostre que existe diferença entre os sexos. Isto é óbvio!

Eu jamais diria que não existem diferenças.

O que não existe é prova de que estas diferenças óbvias impliquem nestas outras diferenças inferidas.
Tutu escreveu: Aptidão física é a diferença mais clara.

Homens saem melhor em raciocínio lógico, ação e movimento, liderança e atividades com mais risco.

Mulheres se saem melhor em empatia, cuidado com criança, notar diferenças e atividades rotineiras. Elas gostam de sentir emoções.
Aptidão física pra quê? É preciso saber. As mulheres agora é que estão vencendo as provas de super resistência, você sabia?

https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2 ... ncia.shtml

Em relação a estes outros testes que você menciona, isso não prova que estas diferenças se devam à constituição biológica dos sexos. Só poderíamos afirmar isto se os homens e mulheres testados tivessem se desenvolvido em condições ambientais idênticas. O que inclui a cultura de uma sociedade também.

É como os testes de QI que nos EUA onde os afro-americanos, em média, obtém pior resultado que os caucasianos. Mas nenhum cientistas honesto poderia inferir disso que as raças negras são menos inteligentes.

Se as meninas não brincam com os mesmos brinquedos que os meninos desde pequenas, se não leem os mesmos livros, se não jogam os mesmos jogos, se não são criadas exatamente da mesma forma, não dá pra saber se as diferenças percebidas no raciocínio lógico e nas habilidades sociais são natas ou induzidas pelo ambiente.

O campeão Karpov costumava dizer que enfrentaria qualquer mulher do mundo dando um cavalo de vantagem. Mas apareceu a Judith Polgar e ele quase perdeu pra ela.

Veja bem: os homens, em uma média, ainda são bem melhores no xadrez. Mas se você observar ao longo das últimas décadas, vai constatar que as mulheres estão subindo de nível.

Isso não deveria estar acontecendo se as limitações fossem biológicas porque esse fator não mudou nos últimos 30 anos. Então podemos supor que mudanças culturais é que estejam relacionadas com esse novo patamar que as enxadristas femininas estão alcançando.

É por isso que esse tipo de inferência que alguns tentam fazer baseando-se em testes como este não tem validade científica.
Tutu escreveu: A humanidade mudou muito nos últimos 5 mil anos, mas durante os 100 mil anos anteriores ela desenvolveu características genéticas que não podem ser readaptadas em 5 mil anos ou ainda em apenas 100 anos. E a sociedade atual nem tem também os seletores que desfazem as diferenças acumuladas nesses anos. O seletor só está sendo criado agora com essa ideologia.

O homem de 5 mil anos atrás, e a maioria dos de 200 anos atrás, tinham defender a família ou a aldeia deles. As mulheres estavam com crianças e eram protegidas. Por isso elas não desenvolveram habilidades agressivas e ambiciosas. Elas eram dependentes. Os homens fracos morriam com facilidade antes de ter cria ou falhando em proteger sua mulher e filhos. Assim não deixavam filhos.
Isso é meio um wishful thinking inventando uma teoria da evolução que se encaixe na sua ideologia.

Como você pode dizer que homens menos dispostos a se arriscarem na guerra morriam com mais facilidade? Que teriam menor prole?

Você tem uma estatística dizendo se os soldados mais corajosos e com personalidade de liderança na 2 guerra, morriam com menos facilidade que os covardes? Porque pode ter sido exatamente o oposto.

Que tipo de jovem macho hoje tem menor expectativa de vida em uma favela do Rio de Janeiro? Provavelmente estes com um tipo de personalidade que você considera como mais caracteristicamente masculina.

E também é puro lamarckismo achar que as mulheres nascem mais dóceis porque há não sei quantos mil anos são criadas para serem dóceis, ou que nascem mais vaidosas porque há não sei quantos mil anos são criadas para serem vaidosas, e assim por diante...

Quem são os maiores expoentes no mundo da moda, da culinária e da decoração de interiores? A maioria homens e isso não teria explicação por este raciocínio lamarckista.
Tutu escreveu: Antigamente existia machismo. Só homem podia trabalhar e por isso só homem podia entrar na ciência. Com o fim do machismo, descobriram nichos em que as mulheres se saem melhor. As mulheres cresceram na medicina, mas o mesmo não ocorreu na engenharia. As duas áreas passaram pelas mesmas liberações.
Acho bacana você ter decretado o fim do machismo. Só falta avisar pro resto da sociedade.

Se não tivesse havido essa abertura muitos como você ainda estariam pensando que mulheres não teriam aptidão natural para a Medicina. Mas como as expectativas e estímulos ainda não são idênticos para ambos os sexos, você não pode dizer que existirem menos mulheres cursando engenharia tenha como causa alguma determinação genética.

Muito provavelmente a cultura de atriburir expectativas de gênero distintas para os dois sexos têm influência sobre isso.
Tutu escreveu: É [violência doméstica] um problema individual e não culpa de uma "cultura". Cultura engloba a sociedade como um todo. Violência doméstica sempre existiu independente da cultura, assim como homicídio.
Você tem que examinar a causa dessa violência. O marido agrediu a mulher para se defender? Matou porque queria receber o seguro de vida dela?

Em muitos casos não vai ter nada a ver com machismo. Mas se ele agride a mulher porque não aceita que ela trabalhe fora ou se mata em "legítima defesa da honra" estes são exemplos onde uma mentalidade machista foi a causa subjacente da violência.
Tutu escreveu: Já vi feminista criticar os possessivos em expressões como "minha mulher" dizendo que é posse, mas isso é tão ridículo quanto criticar "meu amigo" ou "minha avó".
Isso realmente é ridículo.
Tutu escreveu: Este é o ponto que causa mais confusão. É a inversão de causa e efeito.
O cabeleireiro e a engenharia não fazem alguém mudar de time. É simplesmente por já ser homem ou mulher que a pessoa decidiu escolher espontaneamente essas profissões.
Aí você já tá misturando até sexo com sexualidade. O cabelereiro é homem, XY, mas você tá insinuando que por ser homossexual ele deixou de ser homem e por isso pôde ter a tendência de escolher essa profissão.

E se a mulher gostar de mulher o raciocínio lógico (que você atribui ao sexo) já melhora e aí ela decide ser engenheira...

Ora, mas você não alegou que essa inferioridade nas habilidades matemáticas eram inatas na mulher? Então ela sentir tesão por outra mulher não poderia faze-la superar esta limitação e se tornar uma boa engenheira.

Cara, o que se pode dizer disso? É um monte de preconceito misturado.
Tutu escreveu: As crianças nos primeiros dias não sabem nem o que tem de disponível para brincar. São os pais que devem escolher e não é papel do governo escolher isso. As crianças nessa idade não tem nem senso crítico para refletir como escolher. A resposta dela pode ser diferente se o carrinho estiver parado ou andando. Não é simples.
Então... é isso mesmo. Os pais podem estar induzindo estas diferenças que depois vão aparecer nos testes como destes vídeos que você postou e que depois vão atribuir a diferenças inatas entre os sexos.

Entendeu?

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Só que não precisa que nenhum cientista mostre que existe diferença entre os sexos. Isto é óbvio!
Falo das diferenças psicológicas e de instinto, não só física.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Aptidão física pra quê? É preciso saber. As mulheres agora é que estão vencendo as provas de super resistência, você sabia?
Ótimo, já mostra outra diferença do gênero biológico.
Mas em termos de força e velocidade, ainda tem superioridade dos homens.
E existe um estudo (estou sem link) que mostra que a testosterona diminui a expectativa de vida dos homens.

Essa reportagem reforça ainda mais meu ponto de vista por apontar diferenças psicológicas, ou seja, o instinto natural que não depende da cultura.
É quando entra em jogo a psicologia, que leva em conta a atitude, o ego e a personalidade e talvez conte tanto quanto ou até mais que pernas e pulmões em provas extremas.

Alguns cientistas especulam que um instinto de preservação e organização pode dar a vantagem às mulheres.

“É saber quando vestir um casaco antes de suas mãos esfriarem tanto que você não conseguirá mais fechar o zíper”
Vou dar um exemplo de instinto: Nós temos medo de altura por instinto e não porque a cultura nos ensinou isso.
O que leva a crer que também não exista instinto específico de gênero?

Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Em relação a estes outros testes que você menciona, isso não prova que estas diferenças se devam à constituição biológica dos sexos. Só poderíamos afirmar isto se os homens e mulheres testados tivessem se desenvolvido em condições ambientais idênticas. O que inclui a cultura de uma sociedade também.

Se as meninas não brincam com os mesmos brinquedos que os meninos desde pequenas, se não leem os mesmos livros, se não jogam os mesmos jogos, se não são criadas exatamente da mesma forma, não dá pra saber se as diferenças percebidas no raciocínio lógico e nas habilidades sociais são natas ou induzidas pelo ambiente.
Existe alguma pesquisa que mostra as diferenças na fase adulta são causadas pela criação?

Na verdade, as próprias crianças tem preferências por brinquedos de acordo com gênero por causa do instinto. Se fizer uma inversão, a menina tende a largar o carrinho mais cedo e o menino tende a destruir a boneca.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Ou "a natureza determina que seja assim porque eu geralmente vejo assim".
Uma pequena pausa para lembrar que tive dois colegas que tinham computador na década de 80. Um é homem e hoje é engenheiro de software, a outra é mulher e hoje é farmacêutica. Ambos brincavam de jogos nos computadores desde a infância.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
O campeão Karpov costumava dizer que enfrentaria qualquer mulher do mundo dando um cavalo de vantagem. Mas apareceu a Judith Polgar e ele quase perdeu pra ela.

Veja bem: os homens, em uma média, ainda são bem melhores no xadrez. Mas se você observar ao longo das últimas décadas, vai constatar que as mulheres estão subindo de nível.
Ciências biológicas não é uma ciência exata, sempre terá pontos fora da curva. Para exemplificar: Não existe um limite bem definido quando cada parte do corpo termina de desenvolver e varia para cada indivíduo. O tempo em que cada indivíduo fica imunizado após melhorar de vírus também varia, como também a eficácia de vacinas não ser 100%.

O xadrez está dominado por homens campeões, mas pode surgir mulheres campeãs no futuro, mas elas não representariam nem 10% do todo.

Voltando ao exemplo de carrinho para crianças. Se sei que existe uma probabilidade baixa da menina aceitar o carrinho, por que deve dar um carrinho para ela?
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Como você pode dizer que homens menos dispostos a se arriscarem na guerra morriam com mais facilidade? Que teriam menor prole?

Você tem uma estatística dizendo se os soldados mais corajosos e com personalidade de liderança na 2 guerra, morriam com menos facilidade que os covardes? Porque pode ter sido exatamente o oposto.

Que tipo de jovem macho hoje tem menor expectativa de vida em uma favela do Rio de Janeiro? Provavelmente estes com um tipo de personalidade que você considera como mais caracteristicamente masculina.
Então entra no caso da aprovação da mulher. Uma mulher não aceitava filho de um homem covarde, porque ele tinha medo de defender de uma ameaça. E ainda hoje as mulheres não gostam de homem covarde e rejeitado pela sociedade.

Outra observação é que homens sempre morreram mais em toda história:

youtu.be/kYO-uP_bZ2A
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
que nascem mais vaidosas porque há não sei quantos mil anos são criadas para serem vaidosas, e assim por diante...
As mulheres sempre arrumaram jeitos para chamar atenção dos homens, mesmo que não reconheçam isso. A cultura pode reprimir isso, mas esse comportamento aparece quando estão livres.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Quem são os maiores expoentes no mundo da moda, da culinária e da decoração de interiores? A maioria homens e isso não teria explicação por este raciocínio lamarckista.
Tudo isso é comercial ou arte em vez de coisa cotidiana. No caso da culinária, para exemplificar, são pratos difíceis de fazer e que tem uma estética que chama atenção. Não é uma comida nutritiva e rápido de preparar que tenha utilidade cotidiana. Por outro lado, qual gênero é mais comum em curso de nutrição?
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Acho bacana você ter decretado o fim do machismo. Só falta avisar pro resto da sociedade.
Mas ele acabou. O que aconteceu foi que o feminismo redefiniu o conceito de machismo e qualquer coisa contra a ideologia é machismo.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Se não tivesse havido essa abertura muitos como você ainda estariam pensando que mulheres não teriam aptidão natural para a Medicina. Mas como as expectativas e estímulos ainda não são idênticos para ambos os sexos, você não pode dizer que existirem menos mulheres cursando engenharia tenha como causa alguma determinação genética.

Muito provavelmente a cultura de atriburir expectativas de gênero distintas para os dois sexos têm influência sobre isso.
A abertura foi a mesma em todas as áreas, não vejo restrições a elas na área de exatas.

Eu teria essa mentalidade ultrapassada por falta de pesquisas mostrando os resultados.

Se há 70 anos eu dissesse que mulher não serve para médica, você me responderia que a sociedade não as deixa estudar. Hoje no caso da engenharia, você está dizendo que a criação é o motivo do desinteresse delas na área e eu não vejo isso tendo impacto relevante na escolha delas.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Mas se ele agride a mulher porque não aceita que ela trabalhe fora
Isso não existe no século 21.
Além disso, hoje existe muito cara roubando a mulher com malandragem (sem violência). E tem mulher que explora o homem também.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
ou se mata em "legítima defesa da honra"
Isso é uma cultura e essa cultura foi criada por causa da psicologia nata masculina.

Para um homem, o chifre significa cuidar dos filhos dos outros e não transferir os genes. Os homens que aceitavam traição de boa não transmitiam o gene, por isso os homens ficam muito abalado com a traição. E por causa desse ressentimento surgiu a cultura de "honra".

A mulher costuma agredir homem adúltero também, mas acaba não deixando marcas.
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Aí você já tá misturando até sexo com sexualidade. O cabelereiro é homem, XY, mas você tá insinuando que por ser homossexual ele deixou de ser homem e por isso pôde ter a tendência de escolher essa profissão.

E se a mulher gostar de mulher o raciocínio lógico (que você atribui ao sexo) já melhora e aí ela decide ser engenheira...

Ora, mas você não alegou que essa inferioridade nas habilidades matemáticas eram inatas na mulher? Então ela sentir tesão por outra mulher não poderia faze-la superar esta limitação e se tornar uma boa engenheira.
Não. Se a mulher hétera gostar de engenharia e o homem hétero gostar de cabelo feminino, eles estão no grupo minoritário na profissão. Se tivessem a mesma psicologia, a distribuição seria 50%-50%.



Quando falei de LGBT, eu disse que não faria sentido esperar saber se o filho será homossexual.

Este trecho está complicado e não entendo o que você está falando e você não está me entendendo.

Para descomplicar, suponhamos que nasceu meu filho e minha filha. Qual cor, roupa e brinquedo devo dar para cada um primeiro?
A roupa e a cor serão de acordo com meu padrão estético. Como acho por causa da cultura que a menina fica melhor de rosa, qual seria o problema de dar rosa para ela? Eu pessoalmente não associo azul e nenhuma cor a homem, por isso penso em dar verde ou branco para ele.

E as roupas no meu padrão estético, acho melhor dar vestido para a menina e calça para o menino. Estou reproduzindo a "construção social", que até o momento não vejo mal nenhum em reproduzir isso.

Quando chegar a adolescência, se o filho for homossexual, ele então decidirá o que vestir ou se quer fazer cirurgia de mudança de sexo.

Até aqui falamos apenas do aspecto estético e isso não causa mal nenhum.

Sobre os brinquedos, a seguir...
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
Então... é isso mesmo. Os pais podem estar induzindo estas diferenças que depois vão aparecer nos testes como destes vídeos que você postou e que depois vão atribuir a diferenças inatas entre os sexos.
Os pais sempre fizeram isso. Se ele dá um computador ou carrinho para o filho homem, ele está de certa forma influenciando ou não as preferências e habilidades das crianças.

Se os pais tem muitos livros em casa, o filho pode tomar gosto por leitura. E existe também uma tendência maior das mulheres gostarem de leitura de ficção. Não sei de nenhuma construção social que ensine isso a elas.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Ter, 01 Dezembro 2020 - 01:31 am
Pedro Reis escreveu:
Seg, 30 Novembro 2020 - 22:22 pm
que nascem mais vaidosas porque há não sei quantos mil anos são criadas para serem vaidosas, e assim por diante...
As mulheres sempre arrumaram jeitos para chamar atenção dos homens, mesmo que não reconheçam isso. A cultura pode reprimir isso, mas esse comportamento aparece quando estão livres.
As fêmeas de muitos animais atraem os machos e então escolhem o mais apropriado. Aquele com os melhores genes, mais capacitado a protegê-la e alimentá-la enquanto ela tiver vulnerável procriando.
Já os machos não são tão seletivos e tentam espalhar seu DNA pelo maior número de fêmeas possível e pelo maior território possível.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Tutu escreveu: Falo das diferenças psicológicas e de instinto, não só física.
Tutu, você não está me entendendo porque eu devo estar falhando em me explicar.

Enquanto algumas diferenças nas características físicas são fáceis de aferir, diferenças psicológicas e de instinto são achismos.

Não estou dizendo que não possam existir, mas se existem não se sabe que diferenças são essas e quão diferentes elas são. E muito menos que peso estas diferenças possam ter na determinação das potencialidades de indivíduos de ambos os sexos. Você já listou as tais diferenças, eu sei, só que essa é apenas a sua opinião. Nada mais que isso. E pra ser honesto é uma opinião muito pouco embasada.

É simples de entender: homens não são criados da mesma forma que mulheres. Não recebem, desde que nascem, os mesmos estímulos, não estão sujeitos às mesmas expectativas culturais e não possuem como referência os mesmos modelos. Então não se pode dizer em que medida os padrões que você identifica são natos ou determinados pelo ambiente e pelas circuntâncias. E os padrões que você identifica hoje não seriam os mesmos que você identificaria há 50 anos, o que já é um bom motivo para se duvidar da imutabilidade destes padrões. Cientificamente, só poderíamos responder às questões acima se fosse possível isolar todos os outros fatores.

Por outro lado, para além dos achismos, sabemos algumas coisas:

- Que há bastante variação nestes padrões dependendo da época e da cultura.

- Que esse equívoco já foi cometido muitas vezes antes. Para muitas coisas que já se considerou que mulheres não seriam naturalmente capazes elas estão fazendo naturalmente hoje.

Você, por exemplo, diz que mulheres não poderão constituir nem 10% dos melhores jogadores de xadrez...

Mas é só sua opinião!

O que é fato é que esse tipo de coisa já foi dito aos montes e o futuro sempre mostrou que não passava de preconceito.

Já se disse coisas assim sobre negros, judeus, orientais, índios e, claro, mulheres. Já se disse muita bobagem desse tipo com base em supostas características inatas intelectuais, morais, psicológicas e de instintos também. Esse erro já foi cometido um número suficiente de vezes pra você poder suspeitar que tudo que está acreditando aí não é fato, é somente opinião.
Tutu escreveu: Ótimo, já mostra outra diferença do gênero biológico.
Mas em termos de força e velocidade, ainda tem superioridade dos homens.
E existe um estudo (estou sem link) que mostra que a testosterona diminui a expectativa de vida dos homens.

Essa reportagem reforça ainda mais meu ponto de vista por apontar diferenças psicológicas, ou seja, o instinto natural que não depende da cultura.
Existir diferença não significa que existam as diferenças que você afirma que existem.

E quais são estes instintos *naturais*? Só o que sei é que instindo deve ser por definição natural. Mas quais são os instintos do homem e da mulher, e em que medida determinam suas capacidades, seus comportamentos e suas escolhas? E como se afere isso? Como você aferiu?

Novamente você não pode pretender que os outros aceitem o seu achismo como fato.

Antes você disse que o instinto *natural* do homem o leva não aceitar que sua parceira tenha relações com outros homens. Até deu uma explicação evolutiva para este instinto: o homem corno estaria se dedicando pelos genes de outro homem em detrimento dos próprios genes.

Ok, talvez nossa trajetória evolutiva tenha impresso este instinto no dna dos machos humanos...

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Quer dizer, quase um terço dos homens brasileiros leva ou gostaria de levar (ou não se importaria de levar) a própria mulher para transar com outros caras desde que ele se divertisse também...

E aí?

O tal instinto não existe e o ciúmes é cultural? Um terço dos caras nasce sem instinto? Ou o instinto existe mas não tem o peso que você pensava que tinha?

É a realidade passando feito um trator por cima dos seus achismos.

Não estamos aqui falando de formigas ou abelhas. As coisas são bem mais complexas quando se trata de seres humanos.

Por mais que seja tentador para suas teses, não tem validade científica pegar 100 indivíduos do sexo masculino e 100 do sexo feminino, botar para resolver uns problemas de Matemática e depois concluir disso que o cérebro masculino é mais bem "projetado" para o raciocínio abstrato. É mais complicado que isso.

Os afro-descendentes americanos em média se saem pior em testes de QI. Aí os racistas dizem: "Tá vendo como preto é mais burro mesmo".

Ok, mas inverta os papéis: bote os pretos no lugar dos brancos e os brancos no lugar dos pretos e daqui há 30 anos a gente repete os testes na próxima geração. Então iremos realmente saber.
Tutu escreveu: Vou dar um exemplo de instinto: Nós temos medo de altura por instinto e não porque a cultura nos ensinou isso.
O que leva a crer que também não exista instinto específico de gênero?
Provavelmente nós temos medo de altura porque é fácil perceber que nossa vida está em risco. E aí talvez o INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA nos leve a querer evitar situações óbvias de risco. Mas pessoas geralmente também têm medo de velocidade e não faz sentido pensar que este seja um instinto primevo porque o Homem só foi conhecer a experiência da velocidade muito tempo depois da Revolução Industrial.

Me parece que você não tem uma noção muito clara do que seja instinto.

São impulsos, comportamentos ou "conhecimentos" inatos, não aprendidos e não adquiridos pelo instrumento das próprias faculdades cognitivas. Instinto talvez ajude o bebê a sugar pela 1a vez o seio materno mas o bebê não tem medo de altura.

Então talvez, em vez de instinto, você devesse me perguntar porque eu acho que homens e mulheres não possuem estruturas psicológicas, emocionais e cognitivas fundamentalmente diferentes.

ACHO porque pertencemos à mesma espécie, temos o mesmo cérebro e, principalmente, porque tudo leva a crer que o peso da nossa racionalidade, da forma como somos criados, das influências do meio, da sociedade e dos valores culturais são muito maiores que possíveis pequenas diferenças inatas entre os sexos. ACHO porque a experiência acumulada têm corroborado este achismo.

Porque se o comportamento e as emoções humanas fossem tão simples como as de uma abelha e ao mesmo tempo o instinto do homem de rejeição à cornitude existir como você acredita, as casas de swing mundo afora não estariam lotadas como estão.

Mas esta nem é a questão aqui...

O negócio é que você começou afirmando que o feminismo e a ideologia de gênero querem "masculinizar a mulher e feminilizar o homem". Estariam pretendendo que "o homem seja babá e a mulher engenheira".

Se (e eu digo se...) existisse mesmo esta fantasia chamada "ideologia de gênero" pretendendo que homens possam trabalhar de babá e mulheres possam se formar em engenharia (algo já super comum), não haveria nada de errado nisso. Nada de maléfico.

Muito pelo contrário: o maléfico é um preconceito arraigado irracional que dificulte que algum homem que por acaso possa ser excelente para cuidar de crianças exerça esta função. Reservando artificialmente mercado para alguma mulher sem inclinação pra tal. Alguma mulher que, por acaso, poderia ser uma grande engenheira.

Então essa besteira de reservar profissões em função de papéis de gênero, entre outras coisas, é alocação menos eficiente dos recursos humanos.

E se você acha mesmo que exista um "instinto" que faça a mulher ser melhor babá que engenheira, então não há porque temer a fantasmagórica ideologia de gênero porque o mercado vai acabar selecionando os melhores profissionais para cada função.

Só que os conservadores, no fundo, parece que não acreditam muito nestas tais "diferenças inatas". Porque têm medo do feminismo.

Não há porque ter medo pois se a mulher não tem mesmo capacidade de liderança nenhuma Margareth Tatcher, nenhuma Angela Merkel, vai conseguir ser líder de país nenhum.

É uma contradição, sr. Tutu. Parece querer que se levante um movimento reacionário anti-feminista para impedir que mulheres sejam estimuladas à ocuparem funções para as quais não teriam inclinação nata. Os tais "instintos".

Mas é desnecessário: se faltarem realmente estes atributos inatos, nenhum estímulo fará com que mulheres tenham mesmo ocupação significativa nestas funções.

Não adianta estimular os baixinhos a jogarem basquete porque isso não vai fazer a NBA ser dominada por jogadores baixinhos no futuro.

Logo, por trás dessa retórica conservadora, o que parece haver mesmo é misoginia e medo.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Muitos pontos apresentados sobre Feminismo (ou femismo, que seria a luta pela supremacia da mulher sobre o homem) e Ideologia de gênero no início do tópico tem base, mas muitos conservadores e reaças usam isso pra corroborar a ideologia deles. Não é algo tipo "Não sou contra quem que fazer cirurgia de extração de orgãos genitais mas XY não virará XX apenas fazendo isso", que seria o mais sensato, é mais tipo "A ciência prova que não se pode mudar de sexo; parem de ideologia de gênero pra corromper nossas crianças com Marxismo cultural".

Um exemplo é Ana Paula Henkel, que se manifestou contra entrada de jogador trans no vôlei feminino, usando o argumento . Mas dá pra se saber que ela fez isso por ser reaça. Reaças e esquerdas usam argumento científico quando convém, em outros casos eles costumam ignorar e até desmerecer ciência e crer nas ideologias.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Pedro Reis
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Registrado em: Ter, 24 Março 2020 - 11:28 am

Mensagem por Pedro Reis »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 13:14 pm
Muitos pontos apresentados sobre Feminismo (ou femismo, que seria a luta pela supremacia da mulher sobre o homem) e Ideologia de gênero no início do tópico tem base, mas muitos conservadores e reaças usam isso pra corroborar a ideologia deles. Não é algo tipo "Não sou contra quem que fazer cirurgia de extração de orgãos genitais mas XY não virará XX apenas fazendo isso", que seria o mais sensato, é mais tipo "A ciência prova que não se pode mudar de sexo; parem de ideologia de gênero pra corromper nossas crianças com Marxismo cultural".

Um exemplo é Ana Paula Henkel, que se manifestou contra entrada de jogador trans no vôlei feminino, usando o argumento . Mas dá pra se saber que ela fez isso por ser reaça. Reaças e esquerdas usam argumento científico quando convém, em outros casos eles costumam ignorar e até desmerecer ciência e crer nas ideologias.
O mundo precisa saber: ideologia de gênero não existe.

Estas duas palavras juntas nem conseguem construir um significado.

"Ideologia de gênero" é o nome de uma teoria da conspiração que atribui a diferentes iniciativas de ativismo, como o dos LGBT e feminismoS, além de um conjunto de políticas públicas e iniciativas de organismos internacionais como a UNESCO, uma orquestração centralizada em interesses esquerdistas visando a destruir a família e solapar as bases da sociedade.

A primeira quase menção que se tem notícia à ideologia de gênero é daquele Papa nazista em 1997, quando ainda era cardeal e publicou um artigo alertando para os perigos da "perspectiva de gênero". O documento deve ter sido uma reação às conferẽncias do Cairo e de Pequim, promovidas pela UNESCO e que tinham como objetivo discutir políticas de acesso universal à saúde reprodutiva, combater a violência contra a mulher e a desigualdade de gênero.

Em 2010 o termo já aparece nos livros do advogado Jorge Scala.

As origens dessa termo e dessa teoria da conspiração foram traçadas em um artigo publicado na revista científica Sociedade e Estado, da UnB. Trabalho de Richard Miskolci e Maximiliano Campana.

No ano seguinte, 2011, o STF estendeu o direito à união estável à casais homoafetivos e o MEC propôs adotar uma cartilha nas escolas para educar contra a homofobia. Isso acendeu o sinal de alerta entre os conservadores e a bancada evangélica que reagiu investindo ainda mais no discurso sobre os perigos da ideologia de gênero.

Essa cartilha foi apelidade de "kit gay" quanto então um sujeito chamado JAIR MESSIAS BOLSONARO mandou imprimir 50 mil cópia de um panfleto que dizia: "Querem, na escola, transformar seu filho de 6 a 8 anos em HOMOSSEXUAL. Com o falso discurso de combater a homofobia o MEC incentiva a homossexualidade nas escolas públicas... e torna nossos filhos presas fáceis para pedófilos"

A cartilha nem nunca chegou a ser impressa mas mesmo assim passou a ser composta - na propaganda falsa - por livros que nunca estiveram em escolas públicas.

Entre estes, o deputado Bolsonaro passou a exibir o livro francês "Aparelho sexual e cia, um guia para crianças descoladas", de Helene Bruller.

Este livro, na verdade, foi adquirido pelo Ministério da Cultura (não foi o MEC) e apenas 28 cópias foram para bibliotecas públicas. Nunca para bibliotecas escolares. Mas este livro passou a ser apontado como a cartilha gay difundida pelo complô comunista internacional para a fomentação do gaysismo nas escolas e foi este livro que o Bolsonaro exibiu no Jornal Nacional dizendo ser a cartilha gay.

Era uma mentira estapafúrdia mas cumpriu o seu objetivo de difundir a paranoia contra a ideologia de gênero. Portanto passaram a inventar mentiras ainda mais estapafúrdias chegando a disseminar nas redes sociais a história de que o governo estaria distruibuindo mamadeiras com formato fálico nas creches do país.

Ou seja, ideologia de gênero é um monte de mentiras, de fake news, somadas a paranoia e propaganda ideológica desonesta dos setores conservadores. Mas não existe, ao que se saiba, nenhum movimento organizado para alterar a sexualidade das pessoas.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

De acordo com o estudo de Donald Brown, Human Universals, toda sociedade tem diferenciação de gênero. A construção social de gênero é sempre de acordo com o sexo biológico. Um homem biológico vestido de mulher continuará sendo visto como homem, apesar da cultura considerá-lo gay, e uma mulher biológica em cargo de chefia sempre será vista como mulher.

Primeiro vamos falar da parte visual. Se destruírem o uso de rosa e vestido para mulheres, outros padrões culturais de diferenciar a estética do homem biológico e mulher biológica surgirão. Seria necessário uma lei ou um forte tabu cultural para proibir diferenciar roupas masculinas e femininas e na parte de comportamente seria necessária uma fiscalização contínua e totalitária para proibir isso. As pessoas sempre terão opiniões diferentes para cada sexo biológico.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Não estou dizendo que não possam existir, mas se existem não se sabe que diferenças são essas e quão diferentes elas são. E muito menos que peso estas diferenças possam ter na determinação das potencialidades de indivíduos de ambos os sexos. Você já listou as tais diferenças, eu sei, só que essa é apenas a sua opinião. Nada mais que isso. E pra ser honesto é uma opinião muito pouco embasada.

É simples de entender: homens não são criados da mesma forma que mulheres. Não recebem, desde que nascem, os mesmos estímulos, não estão sujeitos às mesmas expectativas culturais e não possuem como referência os mesmos modelos. Então não se pode dizer em que medida os padrões que você identifica são natos ou determinados pelo ambiente e pelas circuntâncias.
Dentro do mesmo sexo biológico, irmãos recebem os mesmos estímulos e mesmo assim acabam se tornando muito diferentes ao se tornarem adultos. Muitas vezes, as preferências já se manifestam logo na infância.

Na política por exemplo, para conseguir eleitores, é importante que tenha oratória (o talento de atrair atenção). Muitos homens não tem oratória e a proporção de mulheres com oratória é menor ainda, apesar delas serem mais tagarelas. É comum que irmãos sejam diferentes nesse aspecto, apesar dos mesmos estímulos.

O que quero demonstrar é que os estímulos na infância não são determinantes para as aptidões futuras, como também quero demonstrar que não existe hoje impedimentos para uma criança demonstrar interesses que antigamente eram reprimidos. Em famílias que tem um casal de filhos não vemos com tanta frequência a menina demonstrando interesse nos brinquedos do irmão e vice-versa.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Já se disse coisas assim sobre negros, judeus, orientais, índios e, claro, mulheres. Já se disse muita bobagem desse tipo com base em supostas características inatas intelectuais, morais, psicológicas e de instintos também. Esse erro já foi cometido um número suficiente de vezes pra você poder suspeitar que tudo que está acreditando aí não é fato, é somente opinião.
Naquela época, as barreiras para negros, índios e mulheres eram fortes e até com força de lei. Hoje essas barreiras desapareceram.
Hoje existem barreiras só para negros por causa das condições econômicas, mas esse tipo de barreira não existe para mulheres.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Existir diferença não significa que existam as diferenças que você afirma que existem.

E quais são estes instintos *naturais*? Só o que sei é que instindo deve ser por definição natural. Mas quais são os instintos do homem e da mulher, e em que medida determinam suas capacidades, seus comportamentos e suas escolhas? E como se afere isso? Como você aferiu?
Não iremos a lugar nenhum sem fontes. Hoje a pesquisa científica está travada por causa do politicamente correto, da mesma forma que o estudo de maconha e cogumelo ficou travado por causa da ilegalidade.

Podemos pegar então a classificação psicológica de Myers-Briggs para ver diferenças. Vemos diferenças na distribuição de tipos de acordo com o gênero. Os tipos -NT- são os mais comuns na engenharia, mas a proporção de homens desse tipo é maior do que a de mulheres. Existem também diferenças de sexo no Big Five. Esses modelos psicológicos ajudam a descobrir as melhores aptidões para uma profissão.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Antes você disse que o instinto *natural* do homem o leva não aceitar que sua parceira tenha relações com outros homens. Até deu uma explicação evolutiva para este instinto: o homem corno estaria se dedicando pelos genes de outro homem em detrimento dos próprios genes.

Ok, talvez nossa trajetória evolutiva tenha impresso este instinto no dna dos machos humanos...

Mas...

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Quer dizer, quase um terço dos homens brasileiros leva ou gostaria de levar (ou não se importaria de levar) a própria mulher para transar com outros caras desde que ele se divertisse também...

E aí?

O tal instinto não existe e o ciúmes é cultural? Um terço dos caras nasce sem instinto? Ou o instinto existe mas não tem o peso que você pensava que tinha?
Mas e a tolerância à traição oculta? Nessa situação, o homem está ciente do que está acontecendo e não tem o sentimento de estar sendo enganado e desperdiçando energia. O gatilho do ressentimento de traição não é o fato de outro homem estar usando a mulher dele na frente dele e sim de descobrir que a mulher em quem ele investiu está escondendo algo muito importante.

Em sociedades onde não existia monogamia, o homem não era obrigado a cuidar de crianças específicas. Era uma responsabilidade coletiva.


youtu.be/IVHW4wx6R9A

Em termos de monogamia, o ser humano é um meio termo entre chimpanzés e pássaros. As sociedades sem monogamia são todas tribais e a p*taria acabou atrapalhando o crescimento e expansão delas, como J. D. Unwin diz num estudo.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Os afro-descendentes americanos em média se saem pior em testes de QI. Aí os racistas dizem: "Tá vendo como preto é mais burro mesmo".

Ok, mas inverta os papéis: bote os pretos no lugar dos brancos e os brancos no lugar dos pretos e daqui há 30 anos a gente repete os testes na próxima geração. Então iremos realmente saber.
O QI tem tanto uma influência genética quanto socio-econômica. Nos testes de QI os asiáticos tem os melhores resultados. Mesmo países mais atrasados como a Mongólia teve desempenho comparável com a Europa.

Existem estudos que mostram que o QI médio dos homens é 3 pontos acima das mulheres. Além disso os mais gênios e os mais burros são sempre homens. Isso ajuda explicar o motivo de que a maioria dos acadêmicos são homens.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Provavelmente nós temos medo de altura porque é fácil perceber que nossa vida está em risco. E aí talvez o INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA nos leve a querer evitar situações óbvias de risco. Mas pessoas geralmente também têm medo de velocidade e não faz sentido pensar que este seja um instinto primevo porque o Homem só foi conhecer a experiência da velocidade muito tempo depois da Revolução Industrial.

Me parece que você não tem uma noção muito clara do que seja instinto.

São impulsos, comportamentos ou "conhecimentos" inatos, não aprendidos e não adquiridos pelo instrumento das próprias faculdades cognitivas. Instinto talvez ajude o bebê a sugar pela 1a vez o seio materno mas o bebê não tem medo de altura.
As mulheres tem um instinto materno que os homens não tem. Elas sabem melhor a hora de amamentar, a hora de pôr o bebê para dormir e sabem ver melhor se estão doentes. São coisas que os homens nunca tiveram na história evolutiva.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Então talvez, em vez de instinto, você devesse me perguntar porque eu acho que homens e mulheres não possuem estruturas psicológicas, emocionais e cognitivas fundamentalmente diferentes.

ACHO porque pertencemos à mesma espécie, temos o mesmo cérebro e, principalmente, porque tudo leva a crer que o peso da nossa racionalidade, da forma como somos criados, das influências do meio, da sociedade e dos valores culturais são muito maiores que possíveis pequenas diferenças inatas entre os sexos. ACHO porque a experiência acumulada têm corroborado este achismo.
Existem diferenças no cérebro e diferenças inatas gritantes até mesmo entre indivíduos de mesmo sexo biológico e região geográfica, mesmo vivendo no mesmo ambiente.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
E se você acha mesmo que exista um "instinto" que faça a mulher ser melhor babá que engenheira, então não há porque temer a fantasmagórica ideologia de gênero porque o mercado vai acabar selecionando os melhores profissionais para cada função.
Na primeira mensagem você diz que a construção social de gênero é independente do sexo biológico e agora diz que a ideologia de gênero é fantasmagórica? Querer destruir a construção social de gênero é ideologia de gênero.

O que temo é que façam coisas como transformar as mulheres em militantes de forma que afete as relações pessoais e também uma a criações de leis que interfiram na vida familiar, igual na Suécia onde obrigam os homens a tirar 3 meses de licença a maternidade.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Não há porque ter medo pois se a mulher não tem mesmo capacidade de liderança nenhuma Margareth Tatcher, nenhuma Angela Merkel, vai conseguir ser líder de país nenhum.
Não significa que a maioria das mulheres são como elas.

Outra coisa interessante é que as grandes líderes são sempre acima de 40 anos. Tem um estudo (não reencontrei o link) que fala da importância das matriarcas para o desenvolvimento humano de acordo com a seleção natural.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Parece querer que se levante um movimento reacionário anti-feminista para impedir que mulheres sejam estimuladas à ocuparem funções para as quais não teriam inclinação nata.
Estamos no momento discutindo ideologia de gênero, não de feminismo.

O desejo de um movimento reacionário anti-feminista é para evitar opressão feminista pelo estado: falsa acusação de estupro ou violência doméstica, golpe da barriga, chamar qualquer coisa de assédio, leis dizendo o que cada sexo deve fazer em casa, aborto, privilégios para mulheres, leis colocando obrigações de salário e representatividade na direção de empresas e guerra de gênero. É isso que assusta.

Não critico mulheres presidentas e engenheiras. O problema é endeusar as poucas e criar cotas para aumentar o número.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Mas é desnecessário: se faltarem realmente estes atributos inatos, nenhum estímulo fará com que mulheres tenham mesmo ocupação significativa nestas funções.

Não adianta estimular os baixinhos a jogarem basquete porque isso não vai fazer a NBA ser dominada por jogadores baixinhos no futuro.
O racismo estrutural não impediu que afro-americanos dominassem no esporte. O continente africano não tem campeões porque a pobreza não permitiu o desenvolvimento dos esportes.

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 08:56 am
Logo, por trás dessa retórica conservadora, o que parece haver mesmo é misoginia e medo.
Sabe o que é misoginia? Se soubesse não estaria usando esta palavra.
Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 13:14 pm
Não é algo tipo "Não sou contra quem que fazer cirurgia de extração de orgãos genitais mas XY não virará XX apenas fazendo isso", que seria o mais sensato, é mais tipo "A ciência prova que não se pode mudar de sexo; parem de ideologia de gênero pra corromper nossas crianças com Marxismo cultural".
Falo até de útero, que é muito mais profundo. Existem inumeráveis diferenças.
Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 13:14 pm
Um exemplo é Ana Paula Henkel, que se manifestou contra entrada de jogador trans no vôlei feminino, usando o argumento . Mas dá pra se saber que ela fez isso por ser reaça. Reaças e esquerdas usam argumento científico quando convém, em outros casos eles costumam ignorar e até desmerecer ciência e crer nas ideologias.
Colocar jogador trans no vôlei acaba com o sentido de dividir em duas categorias. O trans é tecnicamente um homem.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Na parte "Um exemplo é Ana Paula Henkel, que se manifestou contra entrada de jogador trans no vôlei feminino, usando o argumento ." faltou completar com "... científico pra justificar o próprio viés".

Sobre "Ideologia de gênero": Ela pode existir! O que não existe é comprovação do objeto da crença dessa ideologia: No caso a de que gênero biológico é construção social.
Assim como tem ideologia religiosa, que concebe universo como produto e domínio de algo transcendental/sobrenatural. Só falta a prova.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Uma coisa é a teoria da conspiração olavo-bolsonarista, outra coisa é a ideologia esquerdista de querer abolir a "construção social de gênero" e negar o máximo de diferenças possíveis entre os "sexos biológicos".


EDIT: Encontrei algo que o Pedro tem razão. A distinção de sexo e gênero existe na antropologia, apesar de ser inútil na vida cotidiana.

Em 1955, o psicólogo John Money (o mesmo que fez experiências com David Reimer) introduziu a distinção entre sexo biológico e gênero como construção. Várias culturas tem outros gêneros visto como não sendo homem ou mulher que tem funções específicas na sociedade, como xamã por exemplo. Eles nascem como homem ou mulher e adotam esse gêneros, ou por serem homossexuais ou por autoritarismo cultural da sociedade (de certa forma uma violação de direitos humanos).

Na nossa sociedade moderna, enxergamos como gênero socialmente construído apenas homens, mulheres e os LGBTs. Primeiro, nós não sabemos distinguir héteros de homossexuais se não tiver alguma roupa ou comportamento que entregue o "gênero". Segundo, o termo LGBTQIX a cada dia tem ganhado uma letrinha a mais para incluir um novo "gênero". Já inventaram mais de 100 gêneros alternativos, entretanto esses gêneros não são conhecidos pela grande maioria da população e o que importa no final acaba sendo o sexo biológico e, no caso de relacionamento, a orientação sexual.

Certo, essa bobagem cultural não me interessa. Meu propósito aqui é discutir as diferenças entre os sexos biológicos entre os héteros, e criticar o feminismo e a mentalidade de querer destruir os dois gêneros sociais tradicionais.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Em termos de monogamia, o ser humano é um meio termo entre chimpanzés e pássaros. As sociedades sem monogamia são todas tribais e a p*taria acabou atrapalhando o crescimento e expansão delas.

(...)

Uma coisa é a teoria da conspiração olavo-bolsonarista, outra coisa é a ideologia esquerdista de querer abolir a "construção social de gênero" e negar o máximo de diferenças possíveis entre os "sexos biológicos".

(...)

Certo, essa bobagem cultural não me interessa. Meu propósito aqui é discutir as diferenças entre os sexos biológicos entre os héteros, e criticar o feminismo e a mentalidade de querer destruir os dois gêneros sociais tradicionais.
Sociedades sem monogamia são todas tribais? As islâmicas, só pra citar um exemplo, ficaram só no tribalismo? Idade de ouro islâmica poderia ser usada pra refutar isso. Mesmo a sociedade judaica quando deixou de ser tribalista, ainda tinha concubinato.

O resto das afirmações podem ter um fundo científico, mas tem muita interpretação enviesada como se fosse fato imutável.
Exemplo: Há mulheres que tem repulsa pelo bebê; outras que ficam sem jeito com maternidade, ainda que possam ter algum instinto materno. Ainda há questão das mutações, devido as mudanças de hábitos da sociedade, casais com menos filhos, mulheres querendo ter mais tempo pra se dedicar a si em vez de ter filhos, etc. os seres vivos não são estáticos que não possam mudar de hábitos e instintos, se não fosse assim ainda teríamos hábitos de homens da caverna.

(...)

Criticar o feminismo mesmo na parte sobre direitos iguais ?
Que seriam gêneros sociais "tradicionais"? Isso é biológico? Que determinaria isso? Homem não poder usar saia e mulher não poder gostar de agir de forma mais rude ("masculina")?

A única discutível pra mim é a construção de gênero, seja dos das esquerdas que pensem gênero ser construção social seja dos reaças/conservas que acham que homem e mulher sempre tiveram mesmos comportamentos desde surgimento do Homo Sapiens.

(...)

Sobre hábitos, como vestimentas entre outros a definição do que seria certamente masculino ou feminino não é tão precisa:

Entre Tuaregues ocorre inverso do resto do mundo islâmico: Homens usam véu e mulheres não.
Como se vê, há exceções pra essa regra de definição absoluta de comportamentos entre sexos.

Fico pensando como esses hábitos conservadores tradicionalistas abaixo seriam vistos pela sociedade conservadora tradicionalista no Brasil:

https://archive.is/fWGwW

7 países em que os homens usam vestidos e saias e isso não surpreende ninguém


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E outros tipos de tradicionalismo não-cristão não-ocidental, em muitos casos, com papéis definidos pra homens e mulheres:

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Esses aqui usam roupas de gênero indefinido:

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Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 20:50 pm
Sociedades sem monogamia são todas tribais? As islâmicas, só pra citar um exemplo, ficaram só no tribalismo? Idade de ouro islâmica poderia ser usada pra refutar isso. Mesmo a sociedade judaica quando deixou de ser tribalista, ainda tinha concubinato.
Falo do tipo em que não tem uma construção forte de família, na qual não se sabe quem é o pai de um bebê. Em outras palavras falo de "culturas promíscuas". Na sociedade islâmica, só o homem podia ter múltiplas esposas e o pai das crianças é conhecido. Em muitas sociedades tribais isso não acontece. É como toda a aldeia fosse uma grande família e cuidar das crianças é responsabilidade de todos e não dos pais genéticos.
Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 20:50 pm
Exemplo: Há mulheres que tem repulsa pelo bebê; outras que ficam sem jeito com maternidade, ainda que possam ter algum instinto materno. Ainda há questão das mutações, devido as mudanças de hábitos da sociedade, casais com menos filhos, mulheres querendo ter mais tempo pra se dedicar a si em vez de ter filhos, etc. os seres vivos não são estáticos que não possam mudar de hábitos e instintos, se não fosse assim ainda teríamos hábitos de homens da caverna.
Como falei, ciências biológicas não são exatas. As mudanças genéticas não ocorrem tão rápido em 100 anos se não tiver uma seleção natural forte, que não ocorreu.
Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 20:50 pm
Criticar o feminismo mesmo na parte sobre direitos iguais ?
Onde o feminismo moderno quer direitos iguais?
Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 20:50 pm
Que seriam gêneros sociais "tradicionais"? Isso é biológico? Que determinaria isso? Homem não poder usar saia e mulher não poder gostar de agir de forma mais rude ("masculina")?

A única discutível pra mim é a construção de gênero, seja dos das esquerdas que pensem gênero ser construção social seja dos reaças/conservas que acham que homem e mulher sempre tiveram mesmos comportamentos desde surgimento do Homo Sapiens.
Chamei de "gêneros sociais tradicionais" o homem e a mulher héteros como conhecemos. É determinado pela biologia.

A "construção social de gênero" a que eles se referem é que, dentro de nossa cultura, saia é coisa de mulher. E podem existir outros gêneros socialmente construídos, dependendo da cultura, de acordo com a antropologia. Mas as esquerdas querem incluir até a biologia e psicologia como construção social de gênero e também proibir que construções de gênero existam.
Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 20:50 pm
Sobre hábitos, como vestimentas entre outros a definição do que seria certamente masculino ou feminino não é tão precisa:
Em nenhum momento relacionei biologia com roupas como saia. Eu só disse que na nossa cultura de hoje saia é coisa de mulher e que não vejo sentido os defensores da ideologia de gênero querer destruir as construções sociais que associam roupas a cada gênero em nossa cultura. E duvido que outros padrões, como saia só para homem, não surja espontaneamente mesmo depois de destruir padrões construídos para cada sexo biológico.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Mas se você quer criticar a "ideologia de gênero" você tem que entender o que as pessoas que são criticadas estão dizendo e o que elas querem dizer quando falam em gênero.

Que é mais ou menos a definição desse psicólogo.

Os estudiosos das questões de gênero (estudiosos, não ideólogos) se referem a gênero como sendo um conjunto de valores, padrões, estéticas, etc, que são associados a um determinado grupo populacional. Padrões que geralmente distinguem os sexos biológicos.

Grupos de estudo de gênero existem hoje na maioria das universidades do mundo. No Brasil uma das referências é o Grupo de Estudos de Gênero Pagu, da Unicamp.

E o que são estes estudos?

Apenas buscam entender melhor as relações das identidades de gênero nas culturas e sociedades.

Uma coisa interessante e também irônica sobre isso é que a principal acusação dos detratores da imaginária "ideologia de gênero" é a de pretender alterar a sexualidade e/ou identidade de gênero dos indivíduos. Mas, ao contrário, a maioria dos estudiosos de gênero acredita justamente no oposto: não é possível alterar a sexualidade de ninguém por meio de políticas públicas, campanhas ou "tratamentos" psicológicos. E o mesmo acreditam em relação às identidades de gênero. Se um homem identifica sua auto-imagem com o gênero feminino (gênero, não sexo) não adianta terapia, campanha, reza em igreja, sessão de descarrego, nada... O mesmo para uma mulher transgênera.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Falo do tipo em que não tem uma construção forte de família, na qual não se sabe quem é o pai de um bebê. Em outras palavras falo de "culturas promíscuas".

Mas há casos de famílias não promíscuas com cultura monogâmicas paupérrimas, como a do interior do nordeste, etc. Muitas vezes há algum desenvolvimento mas através dos que trazem de fora.
Isso tem mais haver com educação (especialmente as tecnológicas) do que ter "família monogâmica / mono-patriarcal poligâmica não-promíscua".
Há casos de crianças que saiam de orfanatos que conseguem se estabelecer bem na sociedade. O orfanato é como pai/mãe coletivo. Ainda que muitos orfanatos sofram com problemas econômicos.


Onde o feminismo moderno quer direitos iguais?

Confundindo (novamente ?) Feminismo com Femismo?


https://ask.fm/wolfedler/answers/145128252957


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Existe diferença entre feminismo e igualdade de gênero? Vinícius Valentim Vidoto

Ernesto von Rückert
mais de 1 ano atrás

Não. O verdadeiro feminismo é justamente, a consideração de que os gêneros (expressão social dos sexos) sejam totalmente equivalentes. O "femismo" é que é a concepção de que o gênero feminino deva ser privilegiado em algum aspecto (como ter menos tempo para se aposentar). O feminismo é a mesma coisa que o masculinismo, enquanto o machismo é o oposto do femismo, isto é, considera que o gênero masculino deva ter algum privilégio (como não fazer os encargos domésticos).

https://ask.fm/wolfedler/answers/138615954461


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O que é machismo e feminismo? Mauro Fuchs

Ernesto von Rückert
mais de 1 ano atrás

Machismo é a concepção de que homens devam ter privilégios de comportamento social em relação a mulheres, ou seja, que há o que só homens possam fazer e mulheres não, do mesmo modo que haja o que seja só para mulheres fazerem e homens não. Femismo é o mesmo tipo de concepção invertida, ou seja, com a concessão de privilégios às mulheres. Feminismo (não confundir com femismo) é a concepção de que homens e mulheres devam ser considerados em pé de igualdade para todas as concepções sociais, isto é, deveres, direitos, oportunidades e responsabilidades. É o mesmo que masculinismo. Em verdade essas posturas deveriam ser chamadas de neutralismo sexual ou neutralismo de gênero. O feminismo, assim considerado, é a única postura eticamente aceitável a respeito do assunto. Infelizmente muitas pessoas confundem o feminismo com o femismo e consideram que o feminismo pretenda conceder algum privilégio às mulheres, o que, absolutamente, não é verdade. Sou um feminista convicto e radical. Acho um absurdo que mulheres possam se aposentar com menos tempo de serviço do que homens. Que haja alguma ocupação vedada a mulheres, como soldado de infantaria ou sacerdotes católicos (capelães do exército, mesmo não católicos, não podem ser mulheres). Aliás uma das instituições mais machistas é a Igreja Católica (Deus me livre de ser católico).

Em nenhum momento relacionei biologia com roupas como saia. Eu só disse que na nossa cultura de hoje saia é coisa de mulher e que não vejo sentido os defensores da ideologia de gênero querer destruir as construções sociais que associam roupas a cada gênero em nossa cultura.

Citei vestimenta como um exemplo, poderia ser outras coisas como brincos (até uns 50 anos ou menos era visto como coisa de mulher, mesmo tendo sido usado por piratas, índios de ambos os sexos, etc)
"Nossa cultura de hoje"? O kilt e as outras saias mostradas são usadas ainda hoje. Pode não ser o mais comum.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Pedro Reis escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 23:32 pm
Uma coisa interessante e também irônica sobre isso é que a principal acusação dos detratores da imaginária "ideologia de gênero" é a de pretender alterar a sexualidade e/ou identidade de gênero dos indivíduos. Mas, ao contrário, a maioria dos estudiosos de gênero acredita justamente no oposto: não é possível alterar a sexualidade de ninguém por meio de políticas públicas, campanhas ou "tratamentos" psicológicos.
E quanto à mentalidade de destruir as construções sociais tradicionais de gênero, como dar rosa intencionalmente para menino e proibir a menina de usar vestido?

Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 23:56 pm
Mas há casos de famílias não promíscuas com cultura monogâmicas paupérrimas, como a do interior do nordeste, etc. Muitas vezes há algum desenvolvimento mas através dos que trazem de fora.
Isso tem mais haver com educação (especialmente as tecnológicas) do que ter "família monogâmica / mono-patriarcal poligâmica não-promíscua".
Há casos de crianças que saiam de orfanatos que conseguem se estabelecer bem na sociedade. O orfanato é como pai/mãe coletivo. Ainda que muitos orfanatos sofram com problemas econômicos.
Falo de culturas humanas. De acordo com o livro mencionado, uma menor promiscuidade não garante o progresso de uma civilização, mas historicamente foi um prerrequisito para uma civilização evoluir. A análise foi feita com culturas pré-industriais.


Indo aos achismos: Esse estudo pode estar defasado porque ele é de antes da criação da pílula, mas tem gente que acredita que nossa sociedade entrará em declínio por causa da nova cultura e a geração mimimi é um sinal disso.
Agnoscetico escreveu:
Qua, 02 Dezembro 2020 - 23:56 pm
Confundindo (novamente ?) Feminismo com Femismo?
Igual respondi lá. "femina" é fêmea em latim. Como uma ideologia que tem um dos gêneros no nome pode representar igualdade?
Outra coisa, não consegui achar a palavra "femismo" fora do contexto feminista para poder admitir que ela realmente existe. Sabe como é femismo em inglês?


Mas tudo bem, para os propósitos aqui vou aceitar os termos. O grande problema é que toda "feminista" é na verdade "femista".
O que existem são problemas específicos de cada gênero e discordo que sejam por causa da "cultura machista", como estupro e violência doméstica.

Para vocês que são "feministas de verdade", o que vocês acham que deve mudar para que exista 50% de mulheres no congresso, 50% de mulheres engenheiras e dar salário justo a mulheres? As soluções ditas "feministas" que vi são todas "femistas".

Não. O verdadeiro feminismo é justamente, a consideração de que os gêneros (expressão social dos sexos) sejam totalmente equivalentes. O "femismo" é que é a concepção de que o gênero feminino deva ser privilegiado em algum aspecto (como ter menos tempo para se aposentar). O feminismo é a mesma coisa que o masculinismo, enquanto o machismo é o oposto do femismo, isto é, considera que o gênero masculino deva ter algum privilégio (como não fazer os encargos domésticos).
Ao contrário de femismo, consegui achar fontes em inglês de "masculinismo", que é masculinism. Não conhecia essa palavra, mas até onde vi, essa ideologia se declara como "busca de igualdade", assim como o feminismo se declara, mas no ponto de vista masculino. Entretanto, assim como o feminismo moderno é na verdade femismo, o masculinismo é na verdade anti-feminismo.

* Site masculinista

enquanto o machismo é o oposto do femismo, isto é, considera que o gênero masculino deva ter algum privilégio (como não fazer os encargos domésticos).
...
Sou um feminista convicto e radical. Acho um absurdo que mulheres possam se aposentar com menos tempo de serviço do que homens. Que haja alguma ocupação vedada a mulheres, como soldado de infantaria ou sacerdotes católicos (capelães do exército, mesmo não católicos, não podem ser mulheres).
Esse cara está de brincadeira. :lol:
Não acho certo por mulheres na infantaria. Além disso, em casos de guerra, é mais adequado que mais mulheres sobrevivam do que homens para poder recompor a população.

E também existem explicações para a mulher cuidar de encargos domésticos. O moralismo moderno quer que o homem e a mulher alternem nos encargos, mas ignorando as diferenças inatas, qual é o problema de somente o homem ter os encargos domésticos?

Até aí não estou vendo desigualdade de direitos. Estou vendo apenas papel de gênero como uma forma de atribuir as responsabilidades. O que é responsabilidade de todos é na verdade responsabilidade de ninguém. Não existe cultura onde não exista papel de gênero. Direitos é uma coisa, papel de gênero é outra.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu: Igual respondi lá. "femina" é fêmea em latim. Como uma ideologia que tem um dos gêneros no nome pode representar igualdade?
Outra coisa, não consegui achar a palavra "femismo" fora do contexto feminista para poder admitir que ela realmente existe. Sabe como é femismo em inglês?

https://www.significados.com.br/femismo

https://dicionario.priberam.org/femismo

Pelo que vi se escreve da mesma forma que em poruguês. mas poderia ser "extremist feminism" ou algo do tipo, podendo não ter uma tradução homógrafa - como, por exemplo, ocorre qom palavra liberal em português não seria o mesmo que em inglês, que teria mais sentido como "progressista" em português.

https://en.wiktionary.org/wiki/femismo

Tutu escreveu: Para vocês que são "feministas de verdade", o que vocês acham que deve mudar para que exista 50% de mulheres no congresso, 50% de mulheres engenheiras e dar salário justo a mulheres? As soluções ditas "feministas" que vi são todas "femistas".
Não sou um feminista ou femista, só postei as diferenças que foram dadas entre os conceitos.

Tutu escreveu: Entretanto, assim como o feminismo moderno é na verdade femismo
Tu que ta dizendo.

Tutu escreveu: Esse cara está de brincadeira. :lol:
Não acho certo por mulheres na infantaria.
Vai dizer pra ele. Peguei o post inteiro e ele citou exemplos.
Agora muito(a)s feministas poderiam citar exemplos como Amazonas citadas por gregos (sem citar as amazonas de outros povos; o estado do Amazonas recebeu esse ), Mulan, Joana Darc, Maria Quitéria, mulheres no exército de Israel, etc:

(ainda que eu saiba que em questão de força física a natureza "privilegiou" homens):


- Mulheres curdas (olha os comentários, até reaça machão elogiando)


youtu.be/BU3HDANUBWs

- Curdistão: Mulheres na linha da frente contra o Estado Islâmico
8 de abr. de 2016


youtu.be/pWSDPIN1xTQ

- Soldadas curdas são temidas pelo Estado Islâmico
8 de fev. de 2019


youtu.be/BU3HDANUBWs


Tutu escreveu: mais adequado que mais mulheres sobrevivam do que homens para poder recompor a população.
Numa sociedade cada vez com menos procriação esse argumento perde parte do apelo, ainda que tenha algum sentido. Mas se esse for um argumento pra que mulher seja "Recatada e do lar" ou coisa do tipo, não dá.

Tutu escreveu: E também existem explicações para a mulher cuidar de encargos domésticos. O moralismo moderno quer que o homem e a mulher alternem nos encargos, mas ignorando as diferenças inatas, qual é o problema de somente o homem ter os encargos domésticos?
Quais explicações? Se for as biológicas, lembra que não é exatas, certo? Diferenças inatas? Eu até posso achar que haja essas difenças bio-psicológicas inatas, mas tirando as diefenças fisiológicas na parte comportamental não é uma regra absoluta - nem toda mulher tem paciência pra ser mãe, nem é mulherzinha romântica, etc; há mulheres violentas, que goste de combate, etc.

E com processo evolutivo comportamental das mulheres de hoje, esse inato pode mudar (ainda que seja de forma sutil e não tão rápida). Acha que mulheres vão agir como era desde eras mais primitivas?

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Sex, 04 Dezembro 2020 - 02:42 am
Pelo que vi se escreve da mesma forma que em poruguês. mas poderia ser "extremist feminism" ou algo do tipo, podendo não ter uma tradução homógrafa - como, por exemplo, ocorre qom palavra liberal em português não seria o mesmo que em inglês, que teria mais sentido como "progressista" em português.

https://en.wiktionary.org/wiki/femismo
Acho que o certo é feminazi.
Femismo em inglês terminando em -o mostra que é uma palavra importada e a maior parte da população não conhece.
Agnoscetico escreveu:
Sex, 04 Dezembro 2020 - 02:42 am
Agora muito(a)s feministas poderiam citar exemplos como Amazonas citadas por gregos (sem citar as amazonas de outros povos; o estado do Amazonas recebeu esse ), Mulan, Joana Darc, Maria Quitéria, mulheres no exército de Israel, etc:
As amazonas gregas e Mulan são lendas.
Já as curdas e israelitas surgiram só em tempos modernos onde há armas de fogo, mas mesmo assim são minoria nesses exércitos e mitificadas pelas mídias.
Joana Darc era liderança, ela não lutava diretamente na infantaria.
Agnoscetico escreveu:
Sex, 04 Dezembro 2020 - 02:42 am
Quais explicações? Se for as biológicas, lembra que não é exatas, certo? Diferenças inatas? Eu até posso achar que haja essas difenças bio-psicológicas inatas, mas tirando as diefenças fisiológicas na parte comportamental não é uma regra absoluta - nem toda mulher tem paciência pra ser mãe, nem é mulherzinha romântica, etc; há mulheres violentas, que goste de combate, etc.
Na Suécia deram a opção para o casal escolher o homem para tirar licença à maternidade e cuidar do lar. Isso atenderia as exceções. Entretanto, eles perceberam que a grande maioria dos casais estavam escolhendo a mulher para cuidar do lar, então mudaram a lei para obrigar o homem a tirar 25% ou 33% desse período.

Este link tem algumas explicações falando das mulheres no lar. A maioria estatística das mulheres é assim.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu: As amazonas gregas e Mulan são lendas.
Nem tudo que é citado em fontes mitológicos é necessariamente desprovido de verdade histórica.

Além dos mais ainda que não houvesse comprovação histórica sobre amazonas da Antiguidade e Mulan, ainda sobrou um monte de exemplos que citei.
Tutu escreveu: Já as curdas e israelitas surgiram só em tempos modernos onde há armas de fogo, mas mesmo assim são minoria nesses exércitos e mitificadas pelas mídias.
Se são mitificadas pela mídia não desprova que elas existem (Rebati acima).


Tutu escreveu: Joana Darc era liderança, ela não lutava diretamente na infantaria.
Citei alguns exemplos de tempos mais antigos. E há outros exmplos onde mulheres entram em batalha na ausência de homens disponíveis, e, há mesmo até em sociedades onde haja homens disponíveis pra batalhar.
Ainda citei amazonas indígenas, de tempos não tão antigos mas ainda em sociedades primitivas.

Então o argumento onde mulheres tem que ficar mais reservadas pra servir como procriadoras e coisas do tipo não é suficiente pra rebater o fato de que haja elas entrando em batalha, etc.

Não questiono a questão de força física entre homens e mulheres. Eu questiono essa visão estática de que mulheres se comportam de acordo com um estereótipo atribuído a biologia, como se a biologia e comportamento fossem imutáveis.

Por acaso achei um vídeo recente sobre o tema (ele fala sobre outros temas também, mas maior parte é sobre questão de gênero), que talvez entra em concordância com algumas coisas que tu falou e em outras não:



youtu.be/lcs52dpH0Tc

Leis feministas, masculismo e mgtow

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

A bolha conspiracionista e paranoica da vez é mgtow. É um grupo de homens que tem medo de se relacionar com mulher e serem socialmente ou legalmente lesados por causa disso. Mas muitas leis de fato já estão fazendo isso. Vejamos os casos:

Em vez mgtow, quero buscar o comportamento do minúsculo grupo masculista.


1. Pensão por separação
Se estiver morando junto, não importa se casou ou não. Se a mulher não tem renda própria, ela pode exigir uma pensão do homem para ela.

Se for separação total de bens, ainda é possível ela conseguir arrancar algum bem do cara com o argumento dela "ter dado apoio ao trabalho dele".


2. Pensão por filhos
A lei favorece a mulher e sacaneia com o homem. Se existir briga sobre quem deve ficar com a guarda da criança, o resultado é que a mulher vença ou que a criança perca (guarda compartilhada é terrível para a criança).

Para piorar, o homem é obrigado a pagar pensão alimentícia. O valor da pensão é definido pelo juiz, é proporcional à renda do homem e é entregue à mulher. O custo de uma criança é o mesmo independente da renda do pai, mas quando o homem é obrigado a pagar caro, existe uma motivação para o golpe da barriga. Muitas vezes, a mulher não é golpista, mas quer lesar o cara por causa dos ressentimentos da separação. Acordo é difícil porque o valor da pensão pode ser revisado. O prazo de pensão pode ser estendido mesmo que o filho tenha condições de trabalhar.

A lei de pensão é muito injusta, porque o homem perde a guarda do filho e o filho distante só se torna um prejuízo financeiro. Para piorar, o cara é preso se não pagar e colocado junto de bandido de verdade pelo mesmo estado ineficiente incapaz de prender bandido perigoso. Causa revolta contra a mulher e acaba com a motivação do homem de crescer profissionalmente também.

É difícil a possibilidade de dividir os filhos entre os dois sem que haja pensão. Uma diferença na renda já é motivo para pagar pensão do outro filho.

Para completar, quando o aborto for legalizado, o homem não tem o direito (nem em termos de igualdade de gênero) de decidir se quer ser pai, que, em outras palavras, significa não assumir a paternidade mesmo com o filho sobrevivendo. Na lei, a mulher escolherá se aborta ou não. Se escolher não abortar, o homem sem voz deverá pagar pensão, mesmo que ela tenha a opção de abortar caso o homem decida não assumir a paternidade.


3. Falsa acusação de estupro
Esse caso é extremamente perigoso para um homem. Mesmo que ele seja inocente, ele sofre pré-julgamento condenatório pela sociedade, tem sua reputação destruída e considera a absolvição como impunidade. Ele é demitido do trabalho, é xingado nas ruas, tem o portão da casa pichado e o carro arranhado e em casos de aglomeração pode até ser linchado.


4. Estupro culposo
A própria pessoa é responsável por estar bêbada. Porém, sexo com mulher bêbada é considerado "estupro", mas se for o homem que estiver bêbado, não é, mesmo que isso cause separação dele com a verdadeira esposa dele ou que seja golpe da barriga.

Esse tipo de promiscuidade é muito comum em baladas e nessas festas doidas. Muitas pessoas aproveitam a bebedeira para ter sexo e muitas se arrependem no dia seguinte da besteira. Mas com essa nova lei (ou reinterpretação de lei) feminista, se um cara for rico, a mulher pode acusá-lo de "estupro" culposo para arrancar algo dele. E claro, mesmo não querendo dinheiro, ela pode fazer isso motivada somente por ideologia femimimista.


5. Punição desproporcional por assédio
Qualquer coisa boba que for considerada assédio, indo de cantada de rua a mão boba na bunda, é tratada como estupro. A pena é completamente desproporcional. O próprio ato de ser conduzido até uma delegacia já é um grande constrangimento para o homem, mas ter dias na prisão e sofrer demissão por causa de notícias em redes sociais são consequências muito desproporcionais ao delito.


6. Maria da Penha
Se a mulher fizer uma denúncia falsa de violência doméstica, o homem é afastado do próprio lar antes de ser condenado, mesmo sendo inocente.

Ser tirado do lar sem condenação é um tipo de punição. E se me faz questionar a ilegalidade tortura. É ilegal a polícia torturar uma pessoa detida para forçá-la confessar o crime ou entregar os comparsas, porque, se o torturado for inocente, ela estará sendo punido por um crime que não cometeu. Expulsar do lar por denúncia falsa também é punir por um crime que não cometeu.


7. Relacionamento abusivo
Não sei como isso é tratado na lei, mas pesa a favor da mulher nos processos. Relacionamento abusivo é apenas briguinha boba de casal que deixa a mulher chateada, independente do homem também ficar chateado ou mais ainda. É tratado como uma forma de violência não verbal. Todos os comportamentos de um "relacionamento abusivo", ironicamente, são feitos com mais frequência pelas mulheres, mas só o caso do homem é considerado.

Práticas de relacionamento abusivo: ciúme, convencê-la de que ela está errada, fazer chantagem emocional, chorar, controlar a roupa (mulher não gosta quando o homem está mal vestido), recusar ir a uma festa de amigo/família dela, não gostar de algum(a) amigo(a) dela, etc.

Homens são manipuladores na base da porrada, mas mulheres são manipuladoras na base do constrangimento verbal (relacionamento abusivo).


8. Feminicídio
Recentemente surgiu um termo bizarro chamado "feminicídio", que é enfatizado pelos jornais, que antes usavam "homicídio" ou "assassinato". Isso significa que a pena do assassino é ampliada se a vítima for esposa ou namorada dele. Foi bom aumentar a pena do assassino, mas o problema é que não aumentou a pena dos demais assassinos, que tiveram uma motivação muito mais injustificável.

O que essa lei faz é uma espécie de juízo de valor da vítima, como o fato dela ser mulher do assassino a fizesse ser mais importante do que um homem inocente morto pela violência urbana. Mas também existem casos de mulheres que mataram o marido, como a esposa do presidente da Yoki e a deputada Flordelis, e eles não tem esse mesmo tratamento legal.

Se for para fazer juízo de valor, precisamos de estatísticas que falam sobre a motivação do crime. Na maioria das vezes, a mulher é realmente uma vítima inocente? Ela é uma vagabunda que corneou o marido? Ela estava tentando aplicar golpe da barriga ou roubar bens deles? Ela fazia tortura psicológica e chantagem emocional nele? Como falei muito de punição desproporcional, é lógico que não estou dizendo que ela merecia morrer; estou questionando é a necessidade de existir essa lei que faz juízo de valor da vítima.

Se lembrarmos o caso do goleiro Bruno, a mulher queria dar golpe da barriga e tenho forte impressão de que ele não a teria matado se ele mesmo pudesse escolher o valor pensão. E casos relatados em jornais são frequentemente incompletos. Lembro de uma vez que mostraram um cara entrando na loja de uma mulher e atirando nela dando a impressão que ele é bandidão malvado. Mas conversando com um policial que acompanhou o caso, ele disse que o cara tinha tirado ela da pobreza, deu a loja a ela e acabou recebendo cornos e ela ainda estava perseguindo-o querendo mais bens na separação.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Conheci um cara que se separou da mulher porque ela o traía com a rua toda.
Ela botou advogado para conseguir pensão.
Ele arranjou um advogado para se defender, mas a ex-mulher deu para o advogado dele.
Ele desistiu e sumiu para escapar dos oficiais de justiça. E sumiu de novo, algum tempo depois que eu o conheci, porque tinham descoberto seu paradeiro.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Tutu escreveu:
Dom, 25 Abril 2021 - 16:09 pm
6. Maria da Penha
Esqueci de falar do seguinte.

Os hematomas seriam suficientes para provar que a violência foi terrível. Mas mulheres como Nájila e Ferrer são capazes de bater nelas mesmas para acusar a vítima. Sim, é mais fácil ser atropelado na calçada por um veículo desgovernado do que um cara normal (não rico) ser vítima desse golpe, mas não quer dizer probabilidade nula. Dizem que homens presos por violência contra mulher são assassinados na prisão pelos próprios presidiários. Os carcereiros sabem dessa ilegalidade e fazem vista grossa. Essa condenação é equivalente a pena de morte. Se existe o medo da pena de morte por causa do risco de matar inocente, uma condenação dessas tem que ser feita com muita cautela. Rico pode pagar indenização à vítima em vez de prisão, mas e pobre?


Qualquer homem pode ser vítima da lei Maria da Penha, inclusive eu que nunca bati num ser humano depois que passei dos 13 anos (nunca bati em menina). Briga de casal é muito comum, e muitas vezes a mulher pode infernizar o cara. Ele sabe da lei e tenta abandonar a discussão, então a mulher o segue pela casa e continua gritando no ouvido dele. Então ele perde a paciência (inclusive a lógica) e dá apenas um soco nela. A vida dele acaba.

Tem muito homem troglodita que não para de bater depois que começa. A lei tem que distinguir soco isolado de espancamento.
Além disso, o primeiro soco é o primeiro passo para uma rotina de porrada, por isso precisa de ter uma advertência proporcional ao delito no início e ter a pena piorando a cada reincidência.

Existe muita mulher forte, mas embora a pancada da maioria das mulheres não machuque, a unha pode causar sangramento. Se ela unhar o cara e machucar, em teoria ela pode ser punida na Maria da Penha por analogia, mas isso vai depender do juiz. Se o juiz for feministo, é mais fácil o cara ser punido porque a unha dela quebrou num ataque que ela mesma fez.
Fernando Silva escreveu:
Seg, 26 Abril 2021 - 07:58 am
Conheci um cara que se separou da mulher porque ela o traía com a rua toda.
Ela botou advogado para conseguir pensão.
Ele arranjou um advogado para se defender, mas a ex-mulher deu para o advogado dele.
Ele desistiu e sumiu para escapar dos oficiais de justiça. E sumiu de novo, algum tempo depois que eu o conheci, porque tinham descoberto seu paradeiro.
Acho que ele deveria procurar uma advogada para defendê-lo. Existem mulheres especializadas em defender homem vítima jurídica de mulher.

Se ela tem dinheiro para contratar advogado (em teoria, pois ela não pode dizer como está pagando o dela) e já tem mais de 5 anos, significa que ela não precisa mais de pensão para se reposicionar no mercado de trabalho. Existe um prazo na pensão da mulher (5 anos?). É mais difícil que ela consiga se encontrar a sós com o juiz, porque eles são inacessíveiss, mas se ela for muito mais esperta, é difícil.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

As vezes de locais de onde menos se espera vem aplicações de leis que favorecem mulheres em caso de legítima defesa:


Libertada mulher que assassinou marido na Turquia
Justiça considerou que Melek Ipek agiu, afinal, em legítima defesa

youtu.be/Lb8nEnZiAug

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Tentando deixar as coisas mais justas, eu faria as seguintes mudanças na lei.


1. Pensão por separação:
* Exigir ter casado no papel em vez de só morar junto sem casar por pelo menos 3 anos.
* Não é dada em caso de adultério.
* Limite máximo de um salário mínimo e não pode passar.
* Duração máxima de 1 ano.
* Deve ser suspendida se a mulher morar com namorado novo.


2. Pensão por filhos
(Vou usar o termo "pessoa" porque mulher pode pagar pensão se ela não quiser a guarda do filho, embora seja raro)
* Limite de 30% do salário mínimo independente da renda da pessoa. O que quiser dar a mais é voluntariamente.
* Após os 18 anos, a obrigatoriedade acaba.
* Congelar bens no banco em vez de prisão no caso de não pagar.
* Isentar se a pessoa realmente estiver desempregada em vez de exigir pagamento retroativo.
* Possibilidade de dar a pensão com mercadorias em vez de dinheiro: cesta básica, livros, telefone, mensalidade de curso ou escola, plano de saúde, etc.
* Em caso de adultério ou violência doméstica, a vítima tem prioridade ao pedir a guarda do filho.
* Possibilitar que os filhos sejam divididos entre os dois. Nesse caso não tem pensão se o número for par, e a pensão é só para um se for ímpar.

A lei de pensão existe por causa de cafajestes que faziam o filho e sumiam no mundo, mas acabou sendo ferramenta de golpe da barriga. Mudanças devem ser feitas para cumprir apenas o verdadeiro objetivo.


3. Falsa acusação de estupro
Não acho que o problema seja a lei, mas sim a destruição da reputação do homem. Talvez a solução, no caso do cara ser inocente, seria aplicar uma pena severa na mulher e até destruir a reputação dela de forma que isso limpe a reputação do homem.


4. Estupro culposo
A lei não deveria cobrir caso de burrice dos outros. Se bebeu e fez besteira, a responsabilidade é por ter bebido.
Estupro culposo é tão absurdo quanto dizer que um motorista bêbado é vítima.


5. Punição por importunação sexual
Uma noite na prisão é o suficiente. Em caso de reincidência, aumentar a duração para mais dias ou semanas progressivamente.

Apesar de 95% dos casos serem mimimi, se não existisse essa lei, mulheres avantajadas receberiam mão boba frequentemente.


6. Maria da Penha - Caso de afastamento preventivo do lar para investigação
* O estado deve disponibilizar uma quitinete para abrigar qualquer um dos dois que sair de casa durante o processo. Se for difícil para o homem sair por causa do emprego dele, então é a mulher que sai.
* Colocar tornozeleira no cara em vez de prender.
* Ao concluir o processo, o agressor ou a mentirosa deverá indenizar o estado (quitinete tem custo), além da pena já existente.


8. Feminicídio
Qualquer homicídio doloso deve ser considerado crime da categoria hediondo, porque homicídio doloso é o pior crime possível. Pior é só chacina e genocídio, que são multiplicação de homicídios.

Agnoscetico escreveu:
Ter, 27 Abril 2021 - 17:26 pm
As vezes de locais de onde menos se espera vem aplicações de leis que favorecem mulheres em caso de legítima defesa:
Não é lei que favorece mulher sobre homem e sim lei que favorece o ser humano. Apesar do presidente maluco religioso, a Turquia é um estado laico.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Qui, 29 Abril 2021 - 10:41 am
Apesar do presidente maluco religioso, a Turquia é um estado laico.
Turquia estado laico? Há controvérsias.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

Fulano
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Mensagem por Fulano »

No caso da prisão por falta do pagamento de pensão, o cara fica junto com outros que também não pagaram a pensão. Não fica junto dos criminosos.

Se não me engano, se a mulher acusar falsamente um cara de estuprá-la, ela responderá por denunciação caluniosa. Ele poderá pedir indenização a ela.

Importunação sexual é crime com pena de até 5 anos. Sem chance essa coisa que você falou de passar um dia na cadeia.

Sem chance essa história de quitinete por causa da saída de casa devido a medida protetiva. A maioria das cidades não tem nem onde abrigar a mulher quando ela precisa sair por causa do companheiro violento, sendo que, nesse caso, ela resolve sair de casa para evitar novas agressões e não porque saiu a medida protetiva. E quando saí a medida, o cara que se vira pra achar onde ficar. Tanto para o homem e para a mulher, eles ficam em casa de amigos ou familiares na maioria das vezes.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

Fulano
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Mensagem por Fulano »

Muito do que o Tutu escreveu é que faz que os MGTOWs não queiram se relacionar com mulheres.

De vez em quando vejo alguma coisa sobre os movimentos masculinistas. Parece que todos são MGTOWs e não tem interesse em se relacionar com mulheres e/ou terem filhos. Alguns falam até sobre no futuro ter robôs sexuais para satisfazê-los. Alguns, no máximo, procuram prostitutas para se relacionarem. Falam que é mais econômico porque é só pagar e pronto, não tem que levar pra sair, xavecar, perder tempo etc. e ainda, provavelmente, não conseguiria transar com a mulher.

Pelo que vejo, generalizando mesmo, as mulheres são sacanas e nenhuma presta. Muitos se tornam masculinistas por causa de alguma desilusão que teve com alguma mulher.

Essas generalizações sobre as mulheres é na mesma proporção que vejo feministas fazerem com os homens:

- todo homem é estuprador em potencial: assim como todo ser humano é criminoso em potencial e a mulher também é uma estupradora em potencial

- "mas nem todo homem": geralmente eu vejo isso em comentários no Facebook em que alguma mulher afirma que todo homem é [insira a depreciação aqui] e outra mulheres a acompanham. Aí aparece um homem e diz que nem todo homem é [insira a depreciação aqui] e elas debocham dizendo que era esperado que o macho apareceria para falar aquilo

- "tinha que ser homem": quando algum homem faz alguma cagada ou algo depreciativo; é a variação de "tinha que ser mulher"

Tem outras coisas que dizem que é do "macho escroto", do "homem hétero branco".

Se pesquisar na internet verá que criaram termos relacionados com pílulas (red pill / blue pill / black pill) para se referir como o homem encara a realizada sobre as mulheres.

Os caras do masculinismo tem como uma espécie de guru um indivíduo conhecido como Nessahan Alita. Eles citam as obras dele como o guia definitivo para entender as mulheres.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Mas vocês conhecem alguém assim pessoalmente? Digo MGTOWs, incels, feminazis, etc.

Eu só vejo isso pela internet. Para falar a verdade, eu só tenho um conhecido que já mencionou 'lugar de fala' de forma séria.

Re: Leis feministas, masculismo e mgtow

Fulano
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Mensagem por Fulano »

Titoff escreveu:
Qui, 20 Maio 2021 - 16:04 pm
Mas vocês conhecem alguém assim pessoalmente? Digo MGTOWs, incels, feminazis, etc.

Eu só vejo isso pela internet. Para falar a verdade, eu só tenho um conhecido que já mencionou 'lugar de fala' de forma séria.
Também não conheço. E são pouquíssimas pessoas que conheço que tem conhecimento sobre essas ideologias.

O que pode acontecer é que alguns o são, mas não demonstram.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

País de "primeiro mundo" é outro nível. "Chupem nutellas mimimis esquerdopatas":

Hungria proíbe "promoção" da homossexualidade


youtu.be/HC8rw7uGAHY

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Re: Feminismo e ideologia de gênero

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Huxley escreveu:
Seg, 21 Junho 2021 - 22:13 pm

youtu.be/MvSs-xrOnvw

youtu.be/qD4HoXKG8l0

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Pedro Reis escreveu:
Dom, 04 Julho 2021 - 22:16 pm
E como é que elas te obrigam? Não querendo fazer sexo com um cara que acha que lugar de mulher é na cozinha?
Movendo de outro tópico:
@Pedro Reis
Assista o último vídeo acima e veja a atrocidade que o feminismo fez com a lei Maria da Penha: presunção de culpa, e violência psicológica.

Mulheres são especialistas em violência psicológica, mas a lei só existe para o caso em que o homem é agressor.


E não confunda papéis de gênero com exploração feminina. Papéis de gênero foram criados por conveniência e não por machismo. Existe uma grande diferença entre cozinhar para a família inteira e ser empregada escrava doméstica. Obrigar o homem a ir para a cozinha e trocar fraldas vai do cúmulo do ridículo. A conta do feminismo está chegando a cada dia. As pessoas estão perdendo o desejo de se casar e estão tendo cada vez menos filhos. Basta ver as estatísticas dos países mais feministas.

O feminismo está fazendo os homens terem medo de se declarar para mulheres e está cagando regra sobre como a família deve funcionar. Então as mulheres rejeitam homem que não vai para a cozinha ou se casam com homens submissos e depois acabam se divorciando por eles serem fracos demais. Nos dois casos, acabam ficando sozinhas. Essa é a destruição da família. Feminismo é uma contradição e não se sustenta no longo prazo.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 11:19 am
Assista o último vídeo acima e veja a atrocidade que o feminismo fez com a lei Maria da Penha: presunção de culpa, e violência psicológica.
Caso as mulheres em questão se excederam são condenáveis.
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 11:19 am
Mulheres são especialistas em violência psicológica, mas a lei só existe para o caso em que o homem é agressor.
Generalização. Isso dá moral pra mulheres fazerem o mesmo e generalizarem.
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 11:19 am
E não confunda papéis de gênero com exploração feminina. Papéis de gênero foram criados por conveniência e não por machismo. Existe uma grande diferença entre cozinhar para a família inteira e ser empregada escrava doméstica. Obrigar o homem a ir para a cozinha e trocar fraldas vai do cúmulo do ridículo. A conta do feminismo está chegando a cada dia. As pessoas estão perdendo o desejo de se casar e estão tendo cada vez menos filhos. Basta ver as estatísticas dos países mais feministas.
Muita coisa foi criada por conveniência de tradições, religiões, costumes, etc, e são passiveis de questionamento.

Tem cozinheiros homens. Na França parece que é costume.

Obrigar não, mas porque só a mulher deveria fazer isso? Só porque assim foi estabelecido na sociedade pelas tais conveniências?

Se as pessoas tão perdendo desejo de casar, paciência! Ninguém é obrigado a se adequar a caprichos pra agradar outros pra ficar disponível pra casamento.

Muitas pessoas tão tendo cada vez menos filhos por querer focar mais na carreira, por ter que trabalhar em tempo maior (pra ganhar salário digno), por não ter paciência nem tempo pra cuidar de crianças (tem os que entregam filhos pra babás, mas tem a questão da ausência de pais na educação), etc. Não necessariamente por questão de feminismo (as vezes é o homem que não quer).

E estatísticas podem ser interpretadas de formas arbitrárias se forem analisadas de forma superficial sem levar em conta outros fatores. Por exemplo, alguém poderia dizer que o Brasil tem mais criminalidade porque catolicismo ta cada vez perdendo espaço pra seitas evangélicas, sem levar em conta a piora da qualidade de vida, renda, etc.
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 11:19 am
O feminismo está fazendo os homens terem medo de se declarar para mulheres e está cagando regra sobre como a família deve funcionar. Então as mulheres rejeitam homem que não vai para a cozinha ou se casam com homens submissos e depois acabam se divorciando por eles serem fracos demais. Nos dois casos, acabam ficando sozinhas. Essa é a destruição da família. Feminismo é uma contradição e não se sustenta no longo prazo.
Em parte pode ser. Mas corpo e vida da mulher, regra da mulher. Ninguém é obrigado a casar com esse tipo de mulher. Se começarem a dizer como mulher deve proceder, não vai ser muito diferente a regras em sociedades islâmicas.
Se elas ficam sozinhas pro serem exigentes demais aí vai ser problema delas. Assim como mulher tem direito de determinar regras pra conviver com ela, o homem é livre pra não aceitar.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 12:03 pm
Generalização. Isso dá moral pra mulheres fazerem o mesmo e generalizarem.
Generalização: As feministas fazem o pior com o homem: "todo homem é potencial estuprador", todo homem é violento e bate na mulher, cultura do estupro, etc.
A verdade é que maioria dos homens tem medo de mulher. Uma das coisas mais assustadoras para eles é paquerar uma mulher. Por isso, essa ideia de cultura do estupro é sem pé nem cabeça.

No caso de violência psicológica; as habilidades de persuasão, chorar, reclamar, transferir a culpa e ressuscitar brigas do passado são muito mais fortes nas mulheres do que nos homens.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 12:03 pm
Muita coisa foi criada por conveniência de tradições, religiões, costumes, etc, e são passiveis de questionamento.

Tem cozinheiros homens. Na França parece que é costume.

Obrigar não, mas porque só a mulher deveria fazer isso? Só porque assim foi estabelecido na sociedade pelas tais conveniências?
A França tem uma tradição de culinária sendo vista como arte e por isso homens se destacavam. Com o feminismo, esse papel da cozinha foi empurrado para os homens tendo a tradição como base.

Em quase todas as culturas, o papel da cozinha é da mulher. Não é uma tradição inventada ou imposta pela religião. É questão de praticidade. E o feminismo veio para subverter isso. Quando o papel é do homem, existe algum fato histórico como no caso da França.

A situação hoje no Brasil é que quase ninguém sabe cozinhar. Famílias tradicionais não ensinam mais as filhas a cozinhar e isso nem é por causa do feminismo e sim por causa da vida fácil. Hoje o feminismo não quer deixar a mulher adulta aprender a cozinhar. No casamento hoje, ou o homem cozinha, ou os dois cozinham ao mesmo tempo, ou eles pedem comida por aplicativo. Cogitar a ideia da mulher cozinhar é considerado "machismo".
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 12:03 pm
Muitas pessoas tão tendo cada vez menos filhos por querer focar mais na carreira, por ter que trabalhar em tempo maior (pra ganhar salário digno), por não ter paciência nem tempo pra cuidar de crianças (tem os que entregam filhos pra babás, mas tem a questão da ausência de pais na educação), etc. Não necessariamente por questão de feminismo (as vezes é o homem que não quer).
E assim não deixam descendentes.
E muito homem nem quer ter filho por medo das leis feministas ou porque o feminismo plantou discórdia entre os gêneros.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 12:03 pm
Em parte pode ser. Mas corpo e vida da mulher, regra da mulher. Ninguém é obrigado a casar com esse tipo de mulher. Se começarem a dizer como mulher deve proceder, não vai ser muito diferente a regras em sociedades islâmicas.
Se elas ficam sozinhas pro serem exigentes demais aí vai ser problema delas. Assim como mulher tem direito de determinar regras pra conviver com ela, o homem é livre pra não aceitar.
Por outro lado, elas estão dizendo como homem deve proceder. Na Europa existe licença à maternidade obrigatória a homens que dura meses. Além disso, tem cotas para mulheres em cargos de direção nas empresas.

Sociedade islâmica é exagero. Falo do Brasil de 30 anos atrás. Quando há liberdade demais, a ordem e a produtividade caem. Com homens e mulheres cada um tendo suas próprias regras, o resultado é um rejeitando o outro.

Se no século 19 a mulher era forçada a ficar em casa na cozinha, o homem era forçado a arranjar emprego, e muitas vezes debaixo de sol quente ou correndo risco de acidente. Isso é uma simples divisão do trabalho e não machismo. Se for família rica, o homem tinha emprego bom enquanto a mulher era uma madame que ficava em casa fazendo nada, além de fofocar, ler livros de romance, tocar instrumento, porque tinha criados na casa. Numa situação assim, eu sinceramente preferiria nascer mulher.

Você pode falar dos caras que batiam na mulher na época. Mas hoje existe a lei Maria da Penha (a versão 2005) com o objetivo de prevenir violência doméstica.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
"todo homem é potencial estuprador"
Mas todo homem é, desde que teja vivo e tenha orgão pra fazer isso! assim como toda pessoa é uma potencial assassina, desde que tenha capacidade pra isso! O que não quer dizer que uma pessoa vá fazer isso se não quer quiser ou não agir por impulso!
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
A verdade é que maioria dos homens tem medo de mulher. Uma das coisas mais assustadoras para eles é paquerar uma mulher. Por isso, essa ideia de cultura do estupro é sem pé nem cabeça.
Então caso que ociorrem na ìndia é conpsiracionismo da imprensa e feministas?
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
No caso de violência psicológica; as habilidades de persuasão, chorar, reclamar, transferir a culpa e ressuscitar brigas do passado são muito mais fortes nas mulheres do que nos homens.
Até porque chorar pega mal pros homens, preferem choramingar de outras formas: Xingando, querendo brigar (se não for alguém mais forte e ameaçador), etc. Lembro exemplo do Silas Malafarta que fica de mimimi e reclama de vilipêndio quando alguém se opõe ao que ele prega e vocifera.

Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
A França tem uma tradição de culinária sendo vista como arte e por isso homens se destacavam.
(...) Em quase todas as culturas, o papel da cozinha é da mulher. Não é uma tradição inventada ou imposta pela religião. É questão de praticidade. E o feminismo veio para subverter isso. Quando o papel é do homem, existe algum fato histórico como no caso da França.
Essa "tradição" não existiu desde tempos imemoriais em algum ponto foi se introuzindo até virar "tradição", já que mulheres cozinhando em casa era tradição. Ou seja, a "tradição" terioa sido quebrado enquanto uma novidade foi virando tradição com o tempo.
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
Com o feminismo, esse papel da cozinha foi empurrado para os homens tendo a tradição como base.
Empurrado? Existe alguma obrigação legal pra homens fazerem isso?
Homens são obrigados aceitar sob algum tipo de ameaça de morte ou coisa desse nível?
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
A situação hoje no Brasil é que quase ninguém sabe cozinhar. Famílias tradicionais não ensinam mais as filhas a cozinhar e isso nem é por causa do feminismo e sim por causa da vida fácil. Hoje o feminismo não quer deixar a mulher adulta aprender a cozinhar. No casamento hoje, ou o homem cozinha, ou os dois cozinham ao mesmo tempo, ou eles pedem comida por aplicativo. Cogitar a ideia da mulher cozinhar é considerado "machismo".
Parece que tá revoltado pro não ter mulher disponóvel pra cozinhar pra ti.
Nos EUA maior parte da comida não é americana, tendo muito raramente arte culinária.
A maioria das comidas são italianas, mexicanas, mas anglo-americana talvez uma torta ou outra, etc.

Feminismo não quer deixar? fala como se feminismo fosse homogêneo e fosse uma cláusula pétrea estabelecida oficialmente.
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
E assim não deixam descendentes.
E? As pessoas são obrigadas a deixar descendentes? Se a humanidade tiver que ser extinta porque pessoas não querem procriar que arranje outros meios como fertilização in vitro, proveta, etc. Não vejo outro motivo que não o utilitarista (procriar pra repôr mão-de-obra que tá envelhecendo) pra se ter filho, seguindo teu raciocínio.
Filho dá trabalho, dá despesa, etc.
Além disso tá cheio de indiano, árabe, chinês, africano, etc, tendo cada vez mais filhos.
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
E muito homem nem quer ter filho por medo das leis feministas ou porque o feminismo plantou discórdia entre os gêneros.
Novamente a mesma falácia! Já foi respondido!

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Mas todo homem é, desde que teja vivo e tenha orgão pra fazer isso! assim como toda pessoa é uma potencial assassina, desde que tenha capacidade pra isso! O que não quer dizer que uma pessoa vá fazer isso se não quer quiser ou não agir por impulso!
Todo mundo é um potencial assassino, mas qual é a necessidade de enfatizar essas coisas? Apenas, no caso das feministas, declarando que homens são perigosos.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Então caso que ociorrem na ìndia é conpsiracionismo da imprensa e feministas?
A Índia é um país com problemas de segurança pública. Os indianos não concordam com estupro. Os que fazem isso são bandido, assim como no Brasil.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Até porque chorar pega mal pros homens, preferem choramingar de outras formas: Xingando, querendo brigar (se não for alguém mais forte e ameaçador), etc.
Enquanto a arma da mulher é a violência psicológica, a arma do homem é a violência física. A primeira lei Maria da Penha veio para impedir a ação violenta masculina. E agora com a nova Maria da Penha, colocam mulher como um anjo que nunca comete pecados e homem como o diabo, e vem punir homens por usar artifícios que as mulheres usam muito bem.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Empurrado? Existe alguma obrigação legal pra homens fazerem isso?
Homens são obrigados aceitar sob algum tipo de ameaça de morte ou coisa desse nível?
Há 50 anos, as mulheres eram obrigadas fazer isso? Que leis existiam obrigando-as? Quantas foram presas?
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Parece que tá revoltado pro não ter mulher disponóvel pra cozinhar pra ti.
Nós temos doméstica aqui. Conheço algumas mulheres que não são feministas e sabem cozinhar. Também conheci uma que é feminista de boca para fora, mas no fundo é uma boa pessoa porque só faz discurso feminista mas não age como feminista. Elas não são submissas.

Lamento para quem não tem alguém para cozinhar porque infelizmente as ideias de co-habitação não são populares no Brasil, para poder rachar muitas despesas, inclusive o salário de uma cozinheira.

O que estou defendendo aqui são os papéis de gênero e não a submissão feminina. Acabar com papéis de gênero é um dos objetivos da ideologia de gênero.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Nos EUA maior parte da comida não é americana, tendo muito raramente arte culinária.
A maioria das comidas são italianas, mexicanas, mas anglo-americana talvez uma torta ou outra, etc.
Os EUA são o pior país para usar como exemplo. Eles só comem porcaria de comida rápida, junk food e comida instantânea. Um terço da população é obesa.
Lá os homens sabem cozinhar, apesar de mal, por causa da cultura ridícula do individualismo, em que o filho sai da casa dos pais ao crescer.
Lá tem muitos aparatos e micro-robôs para poder ajudar no preparo de comida, como máquina cortadora, trituradora, além de robôs de limpeza, etc. No Brasil tem, mas não é acessível à maior parte da população.
Lá as pessoas tem a obrigação de cortar a grama da frente da casa. E se for casado, quem corta é o homem. Está certo dar esse papel ao homem? Claro que sim.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Feminismo não quer deixar? fala como se feminismo fosse homogêneo e fosse uma cláusula pétrea estabelecida oficialmente.
O feminismo hoje é forte e vai durar por décadas. Quando desaparecer, nós dois não estaremos mais aqui.
A sociedade pode entrar em colapso social ou colapso ambiental, não temos como prever. O que sabemos é que vai ter diminuição populacional.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
E? As pessoas são obrigadas a deixar descendentes? Se a humanidade tiver que ser extinta porque pessoas não querem procriar que arranje outros meios como fertilização in vitro, proveta, etc. Não vejo outro motivo que não o utilitarista (procriar pra repôr mão-de-obra que tá envelhecendo) pra se ter filho, seguindo teu raciocínio.
Filho dá trabalho, dá despesa, etc.
Além disso tá cheio de indiano, árabe, chinês, africano, etc, tendo cada vez mais filhos.
Ninguém vive para sempre, por isso as pessoas devem ter todo trabalho e despesa com filhos. Se ela não fizer isso, os genes dela desaparecerão.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 14:40 pm
Novamente a mesma falácia! Já foi respondido!
Onde? O que essas leis vão fazer é alimentar o movimento masculista e o mgtow.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 18:41 pm

1) Todo mundo é um potencial assassino, mas qual é a necessidade de enfatizar essas coisas? Apenas, no caso das feministas, declarando que homens são perigosos.

2) A Índia é um país com problemas de segurança pública. Os indianos não concordam com estupro. Os que fazem isso são bandido, assim como no Brasil.

3) Enquanto a arma da mulher é a violência psicológica, a arma do homem é a violência física. A primeira lei Maria da Penha veio para impedir a ação violenta masculina. E agora com a nova Maria da Penha, colocam mulher como um anjo que nunca comete pecados e homem como o diabo, e vem punir homens por usar artifícios que as mulheres usam muito bem.

4) Há 50 anos, as mulheres eram obrigadas fazer isso? Que leis existiam obrigando-as? Quantas foram presas?

5) Nós temos doméstica aqui. Conheço algumas mulheres que não são feministas e sabem cozinhar. Também conheci uma que é feminista de boca para fora, mas no fundo é uma boa pessoa porque só faz discurso feminista mas não age como feminista. Elas não são submissas.
Lamento para quem não tem alguém para cozinhar porque infelizmente as ideias de co-habitação não são populares no Brasil, para poder rachar muitas despesas, inclusive o salário de uma cozinheira.
O que estou defendendo aqui são os papéis de gênero e não a submissão feminina. Acabar com papéis de gênero é um dos objetivos da ideologia de gênero.

6) Os EUA são o pior país para usar como exemplo. Eles só comem porcaria de comida rápida, junk food e comida instantânea. Um terço da população é obesa.
Lá os homens sabem cozinhar, apesar de mal, por causa da cultura ridícula do individualismo, em que o filho sai da casa dos pais ao crescer.
Lá tem muitos aparatos e micro-robôs para poder ajudar no preparo de comida, como máquina cortadora, trituradora, além de robôs de limpeza, etc. No Brasil tem, mas não é acessível à maior parte da população.
Lá as pessoas tem a obrigação de cortar a grama da frente da casa. E se for casado, quem corta é o homem. Está certo dar esse papel ao homem? Claro que sim.

7) O feminismo hoje é forte e vai durar por décadas. Quando desaparecer, nós dois não estaremos mais aqui.
A sociedade pode entrar em colapso social ou colapso ambiental, não temos como prever. O que sabemos é que vai ter diminuição populacional.

8) Ninguém vive para sempre, por isso as pessoas devem ter todo trabalho e despesa com filhos. Se ela não fizer isso, os genes dela desaparecerão.

9) Onde? O que essas leis vão fazer é alimentar o movimento masculista e o mgtow.
1) Aí tem que perguntar as feministas (ou melhor, femistas). Aquilo que postei foi até uma ironia/réplica a essa afirmação de que "Todo homem (que tiver capacidade física pra isso) é potencial estuprador".

2) Tem países que tem problemas de segurança piores que na Índia. Curioso que índices de latrocínios lá comparados ao Brasil parece que é menor, já estupro tá virando estrutural/cultural, e ainda teve governante que justificou isso com algo tipo "Mulheres devem se comportar e vestir adequadamente pra não ocorrer isso".

3) Sim há exageros, mas do outro há exageros, isso é consequência de extremismos. Assim como tem negros que querem "reparação" histórica,
Mas só sabem quem sente.

4) Leis? Havia a lei popular dos costumes, muita coisa era aplicada de fato mas não de direito. A sociedade era conivente com abusos. Em que mundo utópico tu acha que vive? Andou vendo conteúdo de passado romanceado onde não havia preconceito, pressão, violência contra mulheres? A tal Legítima defesa da honra teria servido de base pra muitas atrocidades contra mulheres.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leg%C3%AD ... a_da_honra

5 / 6) Doméstica é uma coisa bem brasileira (talvez até latino-americana). Nos EUA, país em que muitos no Brasil conservador e liberal que se espelhar, cada um faz sua parte (que tu chama de porcaria de individualismo) - talvez explique em parte porque eles tem independência financeira mais cedo. É de se espelhar e não de criticar esse exemplo. Mas muitos de nós brasileiros fomos mal-acostumados e ficamos viciados no 'jeitinho".
Em relação as facilidades de equipamentos de limpeza usadas por eles isso é verdade. Deveria ter mais empresas de qualidade vendendo isso no Brasil concorrendo entre si e vendendo barato.

7) tanta preocupação com o futuro e o presente aqui cheio de problema pra resolver. Não perca esperança, até lá aquecimento global, meteoro, guerras, etc, já pode ter destruído a Terra.

8) Ninguém vive pra sempre, então pra que diabo se preocupar com o futuro da qual a pessoa provavelmente nem vai ta viva pra desfrutar?

9) Só resta aos masculistas, MGTOW, ou qualquer que seja os grupos de héteros chorarem quem nem mulheres.

CONCLUSÃO: Melhor era ter um país pra cada um: Pra feministas, ativistas raciais, ateus, religiosos, aí quem sabe (sendo levemente otimista) um grupo pare de encher o outro, cada um na sua área.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 20:04 pm
2) Tem países que tem problemas de segurança piores que na Índia. Curioso que índices de latrocínios lá comparados ao Brasil parece que é menor, já estupro tá virando estrutural/cultural, e ainda teve governante que justificou isso com algo tipo "Mulheres devem se comportar e vestir adequadamente pra não ocorrer isso".

4) Leis? Havia a lei popular dos costumes, muita coisa era aplicada de fato mas não de direito. A sociedade era conivente com abusos. Em que mundo utópico tu acha que vive? Andou vendo conteúdo de passado romanceado onde não havia preconceito, pressão, violência contra mulheres? A tal Legítima defesa da honra teria servido de base pra muitas atrocidades contra mulheres.
2) Esse papo da roupa não influenciar a escolha de alvo do criminoso é delírio de feminista.
Você é homem?
Quando você vê uma mulher na rua, se ela for bonita e estiver com pouca coisa coberta, você terá tendência de olhar?
E quando você está numa festa, você vai preferir se aproximar de uma mulher com roupa sexy ou de uma que você nem tem ideia de como é o corpo?

Se a mulher chama atenção de pessoa honesta, porque ela não chamaria do bandido? Conhece a teoria do triângulo do crime que mostrei em outro tópico?

4) Meu "passado romanceado" é 1985 a 2005.
Sobre costumes: Bem-vindo ao século 21, ou década de 2030. Haverá a lei popular dos costumes, muita coisa será aplicada de fato mas não de direito. A sociedade será conivente com abusos. A ideologia feminista servirá de base pra muitas atrocidades contra homens.
Agnoscetico escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 20:04 pm
.
O que você defende na verdade? Notei que defende a morte de ideias do passado e tradições, mas com que você concorda em relação a costumes e leis sobre esse tema?

Não é porque uma coisa é recente significa que ela seja melhor do que todo o passado. Além disso, costumes não são ciência e tecnologia e estão fortemente ligados à moral. A moral muda com o tempo, seja ela para melhor ou para pior.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 22:59 pm
2) Esse papo da roupa não influenciar a escolha de alvo do criminoso é delírio de feminista.
Você é homem?
Quando você vê uma mulher na rua, se ela for bonita e estiver com pouca coisa coberta, você terá tendência de olhar?
E quando você está numa festa, você vai preferir se aproximar de uma mulher com roupa sexy ou de uma que você nem tem ideia de como é o corpo?

4) Meu "passado romanceado" é 1985 a 2005.
Sobre costumes: Bem-vindo ao século 21, ou década de 2030. Haverá a lei popular dos costumes, muita coisa será aplicada de fato mas não de direito. A sociedade será conivente com abusos. A ideologia feminista servirá de base pra muitas atrocidades contra homens.
2) Diga isso pros índios, andam nus e nem por isso saem abordando mulheres de forma ameaçadora (hoje em dia tem acontecido devido a influência da mídia que demoniza e erotiza isso); diz iss pro pessoal de praia de nudismo. Um dia desses vi vídeo sobre Canadá, e lá tem mulheres curtíssimas e é comum não ficarem de olho e assediando (ao contrário do q muita gente deve imaginar, incuindo eu, q países de colonização anglo-saxônica seriam homogeneamente puritanos ainda hoje).
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 22:59 pm
Conhece a teoria do triângulo do crime que mostrei em outro tópico?
Desconheço essa, se der tempo depois eu vejo se não for um tese de monografia (textão) e nem tiver lorotas baseadas apenas em justificativas pra atutudes de assédio.


4) Não precisa desse bemvindo não nasci ontem. Não digo que nada me surpreende pois sempre tem algo inesperado, mas não vi nada de novo que esse bemvindo faça sentido pra mim.
Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 22:59 pm
O que você defende na verdade? Notei que defende a morte de ideias do passado e tradições, mas com que você concorda em relação a costumes e leis sobre esse tema?

Não é porque uma coisa é recente significa que ela seja melhor do que todo o passado. Além disso, costumes não são ciência e tecnologia e estão fortemente ligados à moral. A moral muda com o tempo, seja ela para melhor ou para pior.


Notou errado! Defendo morte idéias do passado/presente e as que ainda só tão na teoria, que vá contra liberdades individuais (como as que protegem mulheres de serem assediadas porque alguém que ela não se veste com burca, véu, ou sei lá mais o que dependendo da cultura).

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Agnoscetico escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 00:22 am
2) Diga isso pros índios, andam nus e nem por isso saem abordando mulheres de forma ameaçadora (hoje em dia tem acontecido devido a influência da mídia que demoniza e erotiza isso); diz iss pro pessoal de praia de nudismo. Um dia desses vi vídeo sobre Canadá, e lá tem mulheres curtíssimas e é comum não ficarem de olho e assediando (ao contrário do q muita gente deve imaginar, incuindo eu, q países de colonização anglo-saxônica seriam homogeneamente puritanos ainda hoje).
Esses povos são acostumados com nudez. Além disso, nessas aldeias, todas as pessoas se conhecem. Então um estuprador não poderia fugir porque depende da aldeia para viver. E dificilmente ele conseguiria sequestrar a vítima num ambiente público.

Canadá tem nível de criminalidade muito baixo.
Agnoscetico escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 00:22 am
Notou errado! Defendo morte idéias do passado/presente e as que ainda só tão na teoria, que vá contra liberdades individuais (como as que protegem mulheres de serem assediadas porque alguém que ela não se veste com burca, véu, ou sei lá mais o que dependendo da cultura).
No caso da cozinha, como resolver o conflito? Pedir educadamente para ela cozinhar virou machismo.

E minha preocupação maior nem é a cozinha. Isso é de menos. Minha preocupação é a mulher deixando de cuidar das crianças. Ela faz a gestação e faz a amamentação e os cuidados com a criança. Isso definitivamente é feito muito melhor pela a mulher. Ao contrário da cozinha, a opção de terceirizar a criação acaba tornando as famílias distantes e possivelmente levando a problemas psicológicos.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 11:57 am
Esses povos são acostumados com nudez. Além disso, nessas aldeias, todas as pessoas se conhecem. Então um estuprador não poderia fugir porque depende da aldeia para viver. E dificilmente ele conseguiria sequestrar a vítima num ambiente público.
E as praias de nudismo, praias com topless, etc, onde há várias pessoas novas e desconhecidas entre si, mesmo que seja um ambiente que parece ter mais regularidade.

Na França tem uma praia de Cape D'Agde onde vão além, e não vi notícias de casos alarmantes de estupros como em outros locais do mundo como Índia e Brasil. Ta mais pra questão cultural do que economico-social.
Tutu escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 11:57 am
Canadá tem nível de criminalidade muito baixo.
Então problema é a criminalidade, segundo tu diz, e não seria a pouca ou muita roupa. Estuprador ia querer fazer isso independente se tem muita ou pouca roupa. Tu prefere mulheres usarem cinto de castidade, véu e burca?
Tutu escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 11:57 am
No caso da cozinha, como resolver o conflito? Pedir educadamente para ela cozinhar virou machismo.
Ela pode educadamente recusar fazer comida pra outros.
Nem toda mulher é boa pra fazer comida.
Tutu escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 11:57 am
Minha preocupação é a mulher deixando de cuidar das crianças. Ela faz a gestação e faz a amamentação e os cuidados com a criança. Isso definitivamente é feito muito melhor pela a mulher. Ao contrário da cozinha, a opção de terceirizar a criação acaba tornando as famílias distantes e possivelmente levando a problemas psicológicos.

Isso é problema! Mas o trabalho hoje em dia não possibilita criar filhos.
Quem costuma defender esse sistema de trabalho de capitalismo selvagem onde se tem que trabalhar muito pra ter mais são os mesmos que costuma defender que mulher tem que fazer comida e cuidar das crianças: Conservadores capitalistas.
Tem alguma idéia pra resolver esse estilo de vida paradoxal?

Esses posts todos me fez lembrar duma coisa, um cara famoso na net que paga de macho alfa católico conservador, com nick de Conde Loppeux, levou bronca duma mulher (não sei se mãe, irmã ou mulher) numa live por não lavar os pratos (ele fez um risinho sem graça e falou "Os imperativos domésticos"):




youtu.be/RLZbYl8i4Ko

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Tutu
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Agnoscetico escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 13:07 pm
E as praias de nudismo, praias com topless, etc, onde há várias pessoas novas e desconhecidas entre si, mesmo que seja um ambiente que parece ter mais regularidade.

Na França tem uma praia de Cape D'Agde onde vão além, e não vi notícias de casos alarmantes de estupros como em outros locais do mundo como Índia e Brasil. Ta mais pra questão cultural do que economico-social.

Então problema é a criminalidade, segundo tu diz, e não seria a pouca ou muita roupa. Estuprador ia querer fazer isso independente se tem muita ou pouca roupa. Tu prefere mulheres usarem cinto de castidade, véu e burca?
O triângulo do crime é indivíduo motivado (o meliante sai de casa em saber quem será o alvo), vítima (o meliante descobre algo que pode tirar da vítima) e local (oportunidade de cometer).
Andar mexendo com ipohne visível ou roupa de marca cara numa rua deserta, sem câmera à noite, é pedir para ser assaltado. Então por que andar de biquíni nesses locais não é pedir para ser estuprada?

https://gestaodesegurancaprivada.com.br ... ca-fisica/

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tutu escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 13:27 pm

youtu.be/sD4pCFaFqTw
Andar mexendo com ipohne visível ou roupa de marca cara numa rua deserta, sem câmera à noite, é pedir para ser assaltado. Então por que andar de biquíni nesses locais não é pedir para ser estuprada?

https://gestaodesegurancaprivada.com.br ... ca-fisica/
Essa expressão "Pedir pra ser assaltada / estuprada", mesmo sendo dita sem raciocinar direito, é que culpabiliza a vítima em vez do culpado.
Se alguém esquece de fechar a casa por sair apressada por causa duma emergência (o que seria compreensível), baseado nessa lógica "Pedir pra...", então se alguém furtar as coisas da casa dessa pessoa a culpa é do furtado?

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Tutu escreveu:
Seg, 05 Julho 2021 - 13:11 pm
E muito homem nem quer ter filho por medo das leis feministas ou porque o feminismo plantou discórdia entre os gêneros.
Caindo de pára-quedas, mas...

Você conhece alguém pessoalmente que deixou de ter filhos por medo das feministas?

Quando leio sobre homens e mulheres não querendo filhos é mais pelo custo de vida mais caro para as atuais gerações, mesmo no dito primeiro mundo. Eles até gostariam, mas não tem como.

Na gringolândia, até os anos 80, diria, um cara trabalhando em emprego que não precisava de grau técnico ou superior conseguia sozinho manter uma família, ter casa, carro, viajar e se aposentar, sendo o único provedor.

Hoje isso se tornou impossível.

Re: Feminismo e ideologia de gênero

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Ter, 06 Julho 2021 - 13:27 pm
Andar mexendo com ipohne visível ou roupa de marca cara numa rua deserta, sem câmera à noite, é pedir para ser assaltado. Então por que andar de biquíni nesses locais não é pedir para ser estuprada?
Ela foi imprudente ou foi burra ao fazer algo arriscado, mas não pediu para ser estuprada.
Aliás, algo arriscado que não deveria sê-lo. Só é arriscado porque o lugar onde a pessoa vive não tem a segurança que deveria ter sido garantida pelo Estado.
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