Clube Ceticismo
Fórum de discussão sobre ateísmo, ceticismo, religiões, seitas, crenças e mitos, laicismo, política e economia, história, sociedade, comportamento e filosofia, ciência, origens e evolução
(Nassim Nicholas Taleb - traduzido)FACTA NON VERBA
Muitos obcecados com a "ameaça" de Putin.
Uma ameaça verbal é uma proclamação de fraqueza.
A máfia envia uma chamada "mensagem" (como a cabeça do cavalo morto na cama). O mesmo com Lao Tsu, que executou uma das concubinas imperiais para obter o respeito dos outros.
(Hoje no Mundo Militar)Vídeo mostrando como está sendo feita a votação no referendo p/a anexação russa de partes da Ucrânia. Militares russos armados c/fuzis batem de porta em porta, obrigando as pessoas a votarem à vista de todos. Vemos um militar subindo e outro ficando à entrada p/impedir fugas.
(Hoje no Mundo Miltar)Mais um vídeo mostrando como está sendo a votação no referendo p/a anexação territorial russa de partes da Ucrânia: eleitores votando à vista de todos e na mira de fuzis.
Fonte: https://hojenomundomilitar.com.br/sera- ... -uma-arma/
Como ficou evidenciado pelas declarações de Putin e da alta cúpula de seu governo, a guerra da Ucrânia tem um significado muito mais amplo do que uma invasão convencional. Segundo a percepção de Moscou, a mera existência da Ucrânia como um território separado da Rússia é um ultraje, fato esse, que aliado com a crescente aproximação dessa nação com as potências ocidentais, tornaram a conquista do pequeno país banhado pelo Mar Negro em uma prioridade para os russos. Todavia, mais de seis meses após o início dessa guerra — a dura realidade de que uma vitória russa sobre a Ucrânia não ocorrerá a médio prazo — fez com que Moscou dividisse o seu foco, dando assim urgência para um tema que havia ficado relativamente escanteado nos últimos meses, a “russificação” dos territórios ucranianos ocupados. Isso ficou evidenciado pela convocação de referendos nas áreas controladas pelas forças armadas russas. Acontecimentos esses que levantaram algumas dúvidas, questionamentos esses que analisaremos com mais profundidade nesse texto.
Até o momento a maior parte é contra. Veículos de imprensa das mais variadas partes do mundo realizaram entrevistas por telefone nas últimas semanas com os moradores de cidades ucranianas ocupadas, tais como Kherson, com os relatos descrevendo que a um entusiasmo mínimo por um referendo e que atmosfera da cidade está nervosa e imprevisível, pois os moradores continuam incertos sobre o que os próximos meses podem trazer. “Você tem que lembrar que nunca houve qualquer conversa em Kherson sobre um referendo; ninguém pensava nisso antes da guerra. Agora será um referendo sob a mira de uma arma”, disse Kostyantyn, que trabalhou no setor de TI antes da ocupação. Opiniões essas que estão sendo endossadas até mesmo pelos cidadãos que se descrevem como amplamente apolíticos. “Eu não irei ao referendo, é claro. Não conheço ninguém que vá. Não sou uma pessoa política e não tenho opiniões fortes sobre política, mas está claro para mim que um referendo não é certo”, disse Svitlana, ex-funcionária de salão de beleza que agora vende alimentos na rua para sobreviver.
Com essas reações intempestivas e discordantes da população podendo ser entendidas pelos atos intimidatórios que as autoridades russas se valeram para esmagar a oposição pública ao seu governo de ocupação. Uma série de manifestações pró-Ucrânia que ocorreram em março e abril foram repelidas depois que soldados russos dispararam granadas de efeito moral contra a multidão e começaram a deter os organizadores em suas casas. No final de maio, a internet das cidades ocupadas foi redirecionada através de servidores russos, e toda a mídia local foi fechada ou recheada de conteúdo pró-Rússia. Fatos esses que modificaram profundamente o modo que o povo faz as suas reclamações sobre os russos, com elas se tornando cada vez mais sigilosas e reservadas, porém não menos raivosas. Fazendo com que os ruidosos comícios de protesto fossem substituídos por um movimento partidário clandestino de vingança contra seus algozes. Cartazes e panfletos são colocados sorrateiramente pelas cidades sob o manto da escuridão ameaçando de morte aqueles que colaboram com os ocupantes, enquanto outros cidadãos comuns ajudam as forças armadas ucranianas compartilhando informações sobre os russos, como por exemplo quais fábricas estão trabalhando com os ocupantes, como é a rotina das autoridades colaboracionistas, para onde as tropas russas estão se movimentando etc. Demonstrando de maneira clara e inequívoca o crescente sentimento anti-russo das pessoas que residem nos territórios ocupados.
Até agora, como estão transcorrendo as votações?
Um completo caos.
Serhiy Gaidai, governador de Luhansk, na Ucrânia, disse que na cidade de Starobilsk, a população foi proibida de sair e as pessoas foram forçadas a sair de casa para votar. Na cidade de Bilovodsk, um diretor da empresa disse aos funcionários que o voto era obrigatório e que qualquer pessoa que se recusasse a participar seria demitida e seus nomes divulgados aos serviços de segurança, acrescentou. Chamando o evento de “eleições sem eleições“, Gaidai disse que as pessoas estão sendo forçadas a preencher “pedaços de papel” sem privacidade em cozinhas e quintais, com cidades isoladas. “O humor dos russos é de pânico porque eles não estavam prontos para realizar tão rapidamente esse chamado referendo, não há apoio, não há pessoas suficientes”, disse Sobolevsky, de Kherson, no aplicativo de mensagens Telegram.
Quais são os reais interesses da Rússia por trás desses referendos?
O principal interesse é “legitimar” definitivamente a ocupação russa desses territórios. Tal como dito anteriormente, a população dessas regiões, diferentemente do que Moscou imaginava, está se opondo fortemente a todo e qualquer tipo de aproximação da Rússia. E como apontado em pesquisas realizadas pelos próprios russos, apenas 30% dos cidadãos que residem nesses locais veem como positiva uma anexação da Rússia. Para se ter uma ideia, as dificuldades estão sendo tão grandes, que os russos têm lutado para encontrar até mesmo funcionários ucranianos para preencher as fileiras de suas administrações de ocupação, principalmente neste momento de incerteza e de descontentamento das populações nas zonas ocupadas, com até mesmo os cidadãos pró-Rússia tendo profundo temor de se vincular formalmente as forças de ocupação. “Ninguém quer trabalhar para os russos. Eles sabem que é uma passagem só de ida para o inferno”, disse Kostyantyn, ex-funcionário de TI. Tais acontecimentos acenderam uma luz vermelha em Moscou, fazendo com que o fracassado plano original de instalar um governo fantoche pró-Rússia, visando manter a Ucrânia sob controle, mudasse radicalmente, se tornando agora uma corrida contra o tempo para anexar os territórios ocupados, diante do perigo cada vez mais real de que a resistência ucraniana ganhe ainda mais força e impossibilite a manutenção da ocupação russa no longo prazo. Com esse temor da Rússia deixando claro que, se necessário, a nação pode se valer de métodos poucos ortodoxos para fazer valer a seu desejo de anexar os territórios da Ucrânia, mesmo que isso seja diametralmente oposto ao desejo dos ucranianos. Entretanto, tal como dito por um famoso ditador soviético, “quem vota, e como vota, não conta nada; quem conta os votos é que realmente importa “.
Textos de apoio:
https://www.aljazeera.com/news/2022/8/1 ... -look-like
https://www.theguardian.com/world/2022/ ... dum-russia
https://www.reuters.com/world/europe/uk ... 022-09-19/
Fontes das imagens: theweek.com, www.atlanticcouncil.org, www.eleconomista.net e swarajyamag.com
(Hoje no Mundo Militar)Uma mulher é detida na Rússia por protestar contra a guerra e contra a mobilização. É levada p/um posto móvel da polícia russa de choque. Qdo os gritos no interior do veículo se tornam altos demais, a polícia dá ordem de evacuação p/as pessoas que estão filmando à volta. (…)
Fonte: https://hojenomundomilitar.com.br/crime ... es-da-onu/“Crimes de guerra” cometidos pela Rússia contra a Ucrânia, segundo investigadores da ONU
24/09/2022 Marcelo Rios 0 comentários Crimes de Guerra, Guerra na Ucrânia, Rússia
Uma comissão da ONU relatou evidências de execuções, tortura e violência sexual em quatro áreas anteriormente sob ocupação russa. Algumas das vítimas incluíam crianças. A ONU disse na sexta-feira que seus investigadores encontraram evidências de crimes de guerra cometidos por forças russas na Ucrânia. “Com base nas evidências reunidas pela Comissão, concluiu-se que crimes de guerra foram cometidos na Ucrânia”, disse o chefe da Comissão de Inquérito ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. A comissão foi criada em maio para investigar alegações de crimes de guerra. Até agora, eles se concentraram em quatro regiões: Kyiv, Kharkiv, Sumy e Chernihiv.
“Ficamos impressionados com o grande número de execuções nas áreas que visitamos. A comissão está investigando essas mortes em 16 cidades e assentamentos”, disse Erik Mose, presidente da comissão. “É claro que este é um incidente novo, mas certamente pretendemos investigar o evento de Izium também“, disse ele, referindo-se à cidade no leste da Ucrânia onde centenas de corpos foram descobertos. De acordo com autoridades ucranianas, 436 corpos foram exumados de um cemitério em massa perto da cidade recentemente libertada. “A maioria deles tem sinais de morte violenta e 30 têm sinais de tortura. Há corpos com cordas em volta do pescoço, com as mãos amarradas, com membros quebrados e ferimentos de bala“, disse o governador regional de Kharkiv, Oleg Synegubov. Questionado sobre se crimes contra a humanidade foram cometidos, Mose disse que a comissão ainda não chegou a essa conclusão.
Os investigadores da ONU conversaram com mais de 150 vítimas e testemunhas e visitaram 27 cidades e assentamentos, onde também investigaram túmulos, centros de detenção e tortura. A equipe também analisou dois casos de maus-tratos a russos por soldados ucranianos. “Amanhã marcará sete meses desde o início das hostilidades na Ucrânia“, disse a comissão em comunicado. “Estamos preocupados com o sofrimento que o conflito armado internacional na Ucrânia impôs à população civil.” “Isto é ilustrado pelos números atualizados regularmente pelo [Escritório do Comissário para os Direitos Humanos (ACNUDH)] sobre mortes e ferimentos e pelo [Alto Comissariado da ONU para Refugiados] em relação a refugiados e pessoas deslocadas internamente“, acrescentou o comunicado. “A recente descoberta de túmulos adicionais ilustra a gravidade da situação.“
O relatório da comissão destacou várias áreas onde as atividades russas foram particularmente prejudiciais, incluindo ataques gerais e indiscriminados a áreas civis, execuções, tortura e violência sexual e de gênero. A comissão informou que “o uso de armas explosivas pela Rússia com efeitos em áreas povoadas é uma fonte de imenso dano e sofrimento para os civis” e que vários ataques “foram realizados sem distinção entre civis e combatentes“, inclusive com o uso de “munições cluster ou sistemas de foguetes multi-lançamento e ataques aéreos em áreas povoadas“. A declaração citou 16 cidades e assentamentos onde há investigações em andamento sobre execuções, com “alegações críveis” de muitos outros casos.
Houve “relatos consistentes de maus-tratos e tortura” de vítimas ucranianas, algumas das quais disseram ter sido transferidas para centros de detenção na Rússia, onde ficaram detidas por semanas. Algumas vítimas teriam desaparecido. A comissão também apresentou testemunhos de espancamentos, choques elétricos e nudez forçada por ex-detentos em centros de detenção russos. O presidente da Comissão, Mose, também disse ter encontrado evidências de um número não especificado de soldados russos que cometeram crimes de violência sexual ou de gênero. A idade de suas vítimas variou de 4 a 82 anos. “A Comissão documentou casos em que crianças foram estupradas, torturadas e confinadas ilegalmente“, disse o comunicado.
Fonte: dw.com
(Hoje no Mundo Militar)447 corpos foram exumados de Izium após a retirada da Rússia diante da contraofensiva ucraniana. 225 mulheres, 194 homens, 5 crianças, 22 militares, 1 impossível de identificar (pendente de análise de DNA). 75% dos corpos c/sinais de tortura (mãos amarradas, tiros na nuca, etc.). (…)
(Hoje no Mundo Militar)Na ONU Lavrov reforçou as ameaças nucleares feitas esta semana por Medvedev e Putin. Disse: "todas as leis e doutrinas russas se aplicarão nos territórios anexados na Ucrânia, incluindo as doutrinas de armas nucleares". Sim, a Rússia ameaçou uma guerra nuclear no plenário da ONU!
A polícia russa já tem histórico de torturar manisfestante anti-Putin rendido: https://twitter.com/hoje_no/status/1572 ... PumtMrAAAAAgnoscetico escreveu: ↑Dom, 25 Setembro 2022 - 16:43 pmApesar de eu ser contra o que Putin faz, mas, pensando como um advogado do diabo e cético, alguém pró-Putin poderia argumentar que a mulher poderia ta gritando pois deve saber que pode causar repercussão, e que os guardas tentam dispersar o pessoal ao redor sabendo que essa repercussão pode causar tumulto, e, também, já que esse vídeo não mostra o que teria acontecido com ela depois.Spoiler:
(Hoje no Mundo Militar)Uma cadeirante em Moscou protestando contra a mobilização com um cartaz c/os dizeres "vcs tem a certeza de que querem ficar como eu?". A polícia imediatamente tomou-lhe o cartaz e fez um cordão de isolamento à sua volta. Foi presa. (…)
(Hoje no Mundo Militar)O jornal Novaya Gazeta, citando fontes ligadas ao Kremlin, informou hj que desde o início da mobilização na Rússia fugiram do país cerca de 260 mil homens. As forças russas de segurança querem fechar as fronteiras p/barrar o êxodo de homens.
Nos vídeos a que eu assisti, os caras iam de casa em casa convencer os moradores a votar e eles preenchiam a cédula ali mesmo, na frente de todo mundo, e depois depositavam numa urna transparente que permitia ver qual a opção escolhida.Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 27 Setembro 2022 - 22:28 pmIsso aqui parece ser fraude na votação do referendo, mas não no sistema de contagem (acho que nem urna eletrônica com voto impresso ia adiantar), mas no resultado ensaiado pra apoiar a Rússia e parece que foi "democrático". Mas quem sabe, vai que era "democrático" mesmo:
Mais de 90% votam pela anexação à Rússia
Votação em ditadura de Estado totalitário - Rússia - só serve para contar os dissidentes do regime totalitário:Agnoscetico escreveu: ↑Ter, 27 Setembro 2022 - 22:28 pmIsso aqui parece ser fraude na votação do referendo, mas não no sistema de contagem (acho que nem urna eletrônica com voto impresso ia adiantar), mas no resultado ensaiado pra apoiar a Rússia e parece que foi "democrático". Mas quem sabe, vai que era "democrático" mesmo:
Mais de 90% votam pela anexação à Rússia
youtu.be/wwjJBbkOvGg
Huxley escreveu: ↑Sáb, 24 Setembro 2022 - 01:42 amOs tweets, textos e vídeos abaixo dão uma ideia de como devem ser as “eleições” e/ou os “referendos” na Rússia:
(Hoje no Mundo Militar)Vídeo mostrando como está sendo feita a votação no referendo p/a anexação russa de partes da Ucrânia. Militares russos armados c/fuzis batem de porta em porta, obrigando as pessoas a votarem à vista de todos. Vemos um militar subindo e outro ficando à entrada p/impedir fugas.
Fonte: https://twitter.com/hoje_no/status/1573 ... KE1tUrAAAA
(Hoje no Mundo Miltar)Mais um vídeo mostrando como está sendo a votação no referendo p/a anexação territorial russa de partes da Ucrânia: eleitores votando à vista de todos e na mira de fuzis.
Fonte: https://twitter.com/hoje_no/status/1573 ... 2x7dUrAAAA
Fonte: https://hojenomundomilitar.com.br/sera- ... -uma-arma/
Como ficou evidenciado pelas declarações de Putin e da alta cúpula de seu governo, a guerra da Ucrânia tem um significado muito mais amplo do que uma invasão convencional. Segundo a percepção de Moscou, a mera existência da Ucrânia como um território separado da Rússia é um ultraje, fato esse, que aliado com a crescente aproximação dessa nação com as potências ocidentais, tornaram a conquista do pequeno país banhado pelo Mar Negro em uma prioridade para os russos. Todavia, mais de seis meses após o início dessa guerra — a dura realidade de que uma vitória russa sobre a Ucrânia não ocorrerá a médio prazo — fez com que Moscou dividisse o seu foco, dando assim urgência para um tema que havia ficado relativamente escanteado nos últimos meses, a “russificação” dos territórios ucranianos ocupados. Isso ficou evidenciado pela convocação de referendos nas áreas controladas pelas forças armadas russas. Acontecimentos esses que levantaram algumas dúvidas, questionamentos esses que analisaremos com mais profundidade nesse texto.
Até o momento a maior parte é contra. Veículos de imprensa das mais variadas partes do mundo realizaram entrevistas por telefone nas últimas semanas com os moradores de cidades ucranianas ocupadas, tais como Kherson, com os relatos descrevendo que a um entusiasmo mínimo por um referendo e que atmosfera da cidade está nervosa e imprevisível, pois os moradores continuam incertos sobre o que os próximos meses podem trazer. “Você tem que lembrar que nunca houve qualquer conversa em Kherson sobre um referendo; ninguém pensava nisso antes da guerra. Agora será um referendo sob a mira de uma arma”, disse Kostyantyn, que trabalhou no setor de TI antes da ocupação. Opiniões essas que estão sendo endossadas até mesmo pelos cidadãos que se descrevem como amplamente apolíticos. “Eu não irei ao referendo, é claro. Não conheço ninguém que vá. Não sou uma pessoa política e não tenho opiniões fortes sobre política, mas está claro para mim que um referendo não é certo”, disse Svitlana, ex-funcionária de salão de beleza que agora vende alimentos na rua para sobreviver.
Com essas reações intempestivas e discordantes da população podendo ser entendidas pelos atos intimidatórios que as autoridades russas se valeram para esmagar a oposição pública ao seu governo de ocupação. Uma série de manifestações pró-Ucrânia que ocorreram em março e abril foram repelidas depois que soldados russos dispararam granadas de efeito moral contra a multidão e começaram a deter os organizadores em suas casas. No final de maio, a internet das cidades ocupadas foi redirecionada através de servidores russos, e toda a mídia local foi fechada ou recheada de conteúdo pró-Rússia. Fatos esses que modificaram profundamente o modo que o povo faz as suas reclamações sobre os russos, com elas se tornando cada vez mais sigilosas e reservadas, porém não menos raivosas. Fazendo com que os ruidosos comícios de protesto fossem substituídos por um movimento partidário clandestino de vingança contra seus algozes. Cartazes e panfletos são colocados sorrateiramente pelas cidades sob o manto da escuridão ameaçando de morte aqueles que colaboram com os ocupantes, enquanto outros cidadãos comuns ajudam as forças armadas ucranianas compartilhando informações sobre os russos, como por exemplo quais fábricas estão trabalhando com os ocupantes, como é a rotina das autoridades colaboracionistas, para onde as tropas russas estão se movimentando etc. Demonstrando de maneira clara e inequívoca o crescente sentimento anti-russo das pessoas que residem nos territórios ocupados.
Até agora, como estão transcorrendo as votações?
Um completo caos.
Serhiy Gaidai, governador de Luhansk, na Ucrânia, disse que na cidade de Starobilsk, a população foi proibida de sair e as pessoas foram forçadas a sair de casa para votar. Na cidade de Bilovodsk, um diretor da empresa disse aos funcionários que o voto era obrigatório e que qualquer pessoa que se recusasse a participar seria demitida e seus nomes divulgados aos serviços de segurança, acrescentou. Chamando o evento de “eleições sem eleições“, Gaidai disse que as pessoas estão sendo forçadas a preencher “pedaços de papel” sem privacidade em cozinhas e quintais, com cidades isoladas. “O humor dos russos é de pânico porque eles não estavam prontos para realizar tão rapidamente esse chamado referendo, não há apoio, não há pessoas suficientes”, disse Sobolevsky, de Kherson, no aplicativo de mensagens Telegram.
Quais são os reais interesses da Rússia por trás desses referendos?
O principal interesse é “legitimar” definitivamente a ocupação russa desses territórios. Tal como dito anteriormente, a população dessas regiões, diferentemente do que Moscou imaginava, está se opondo fortemente a todo e qualquer tipo de aproximação da Rússia. E como apontado em pesquisas realizadas pelos próprios russos, apenas 30% dos cidadãos que residem nesses locais veem como positiva uma anexação da Rússia. Para se ter uma ideia, as dificuldades estão sendo tão grandes, que os russos têm lutado para encontrar até mesmo funcionários ucranianos para preencher as fileiras de suas administrações de ocupação, principalmente neste momento de incerteza e de descontentamento das populações nas zonas ocupadas, com até mesmo os cidadãos pró-Rússia tendo profundo temor de se vincular formalmente as forças de ocupação. “Ninguém quer trabalhar para os russos. Eles sabem que é uma passagem só de ida para o inferno”, disse Kostyantyn, ex-funcionário de TI. Tais acontecimentos acenderam uma luz vermelha em Moscou, fazendo com que o fracassado plano original de instalar um governo fantoche pró-Rússia, visando manter a Ucrânia sob controle, mudasse radicalmente, se tornando agora uma corrida contra o tempo para anexar os territórios ocupados, diante do perigo cada vez mais real de que a resistência ucraniana ganhe ainda mais força e impossibilite a manutenção da ocupação russa no longo prazo. Com esse temor da Rússia deixando claro que, se necessário, a nação pode se valer de métodos poucos ortodoxos para fazer valer a seu desejo de anexar os territórios da Ucrânia, mesmo que isso seja diametralmente oposto ao desejo dos ucranianos. Entretanto, tal como dito por um famoso ditador soviético, “quem vota, e como vota, não conta nada; quem conta os votos é que realmente importa “.
Textos de apoio:
https://www.aljazeera.com/news/2022/8/1 ... -look-like
https://www.theguardian.com/world/2022/ ... dum-russia
https://www.reuters.com/world/europe/uk ... 022-09-19/
Fontes das imagens: theweek.com, www.atlanticcouncil.org, www.eleconomista.net e swarajyamag.com
(Konstantin Kisin - traduzido)Eu gostaria que todas as pessoas no Ocidente ouvissem o discurso de Putin. Obviamente, isso não vai acontecer, então deixe-me resumir como tradutor profissional por mais de 10 anos. Ele afirma, como fez desde o início, quais são suas intenções e reclamações nos termos mais claros possíveis.
(…)
Eles achataram cidades alemãs sem "nenhuma necessidade militar de fazê-lo". Não havia necessidade disso, exceto para assustar a nós e ao resto do mundo. Coréia, Vietnã. Até hoje eles "ocupam" o Japão, a Coreia do Sul e a Alemanha e outros países enquanto os chamam cinicamente de "aliados".
Se você pode fazer as pessoas acreditarem na desinformação russa, você pode fazê-las acreditar em qualquer coisa.
A Coreia do Sul e a Alemanha "ocupadas" tiveram que fechar suas fronteiras para evitar que suas populações "escravizadas" fugissem em busca de "liberdade" na Coreia do Norte e na Rússia, respectivamente.
h/t
@NachoOliveras
Um sistema benigno é propenso a erros, mas autocorretivo dinamicamente. Putin e seus mirmidões continuam culpando o Ocidente pelo Iraque, Vietnã etc., mas (além do anacronismo) o Ocidente *sabe* que foram erros.
[Por exemplo, minha proposta #SkinInTheGame é uma correção protetora.]
(Stefan Buliga - traduzido)
Não só o Ocidente sabe, no Ocidente você é livre para gritar que foram erros sem arriscar a eliminação física.
(Nassim Nicholas Taleb - traduzido)2) Pelo menos você pode apontar que foi um erro.
(Hoje no Mundo Militar)O show feito em Moscou após o anúncio da anexação de regiões ucranianas pela Rússia foi "editado". Aqui vemos em uma parte a versão divulgada pelo Kremlin c/a multidão gritando animada, mas vídeos gravados pelas pessoas no local mostram uma indiferença quase completa da multidão. (…)
Fonte: https://hojenomundomilitar.com.br/a-ota ... a-derrota/A OTAN já temeu uma vitória de Putin. Agora se preocupa com sua derrota
08/10/2022 Marcelo Rios 0 comentários Guerra na Ucrânia, OTAN, Vladimir Putin
A última onda de ameaças da Rússia de usar armas nucleares e cortar ainda mais o fornecimento de energia até agora não afugentou os aliados da Ucrânia nos EUA e na Europa, apenas fortalecendo sua vontade de ver Kyiv vencer. O que eles não têm tanta certeza é se querem que Vladimir Putin perca. Joe Biden trouxe a tensão à tona na quinta-feira, alertando que as ameaças nucleares do presidente russo podem não ser um blefe, já que suas outras opções para salvar sua invasão da Ucrânia se estreitam. “Estamos tentando descobrir qual é a saída de Putin. Onde ele encontra uma saída?” disse o presidente dos EUA na quinta-feira em um evento de arrecadação de fundos na cidade de Nova York. “Onde ele se encontra em uma posição que não perde, não apenas perde a fama, mas perde poder significativo na Rússia?” No momento, Putin se encurralou ainda mais, efetivamente descartando negociações com sua anexação de terras ucranianas ocupadas e redobrando seu compromisso de lutar com a ordem de convocar pelo menos 300.000 reservistas, apesar da crescente consternação em casa.
“Putin está efetivamente colocando novas condições na mesa”, disse Alexei Makarkin, vice-chefe do Centro de Tecnologias Políticas em Moscou. “Praticamente não há espaço para manobra.” Um funcionário europeu comparou a situação de Putin a um animal encurralado que está ficando cada vez mais perigoso à medida que ele se afunda ainda mais na armadilha. Ao mesmo tempo, a contraofensiva da Ucrânia retomou milhares de quilômetros quadrados de território antes ocupados pela Rússia em apenas algumas semanas, alimentando as ambições de Kyiv de empurrar as forças de Moscou para trás, possivelmente até além das linhas que detinham antes da invasão de 24 de fevereiro. Quanto mais progresso eles fizerem, maior será a pressão pelo tipo de derrota que seria muito mais do que Putin poderia aceitar.
Autoridades norte-americanas e europeias dizem ver poucas perspectivas de que as forças recém-mobilizadas da Rússia, com pouca motivação ou treinamento e equipamentos limitados, permitam que Putin detenha o avanço ucraniano. Mas eles também não veem uma vitória rápida e resistiram às exigências de Kyiv de armas de longo alcance para acelerar esse resultado. Com apenas mais algumas semanas antes que o frio do inverno comece a complicar os combates, autoridades americanas e europeias temem que a guerra possa se prolongar, com a Rússia incapaz de recuperar a iniciativa, mas disposta a gastar um grande número de tropas e equipamentos para retardar o avanço da Ucrânia. Alguns sugerem que Kyiv pode ser capaz de empurrar as forças de Moscou de volta no próximo verão.
Autoridades ucranianas dizem que o sucesso de sua contraofensiva até agora mostra que eles podem expulsar as tropas russas da maior parte do restante do território ocupado desde a invasão de 24 de fevereiro dentro de 3 a 6 meses se o fornecimento de armas dos EUA e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte prosseguir. Os sucessos no campo de batalha até o momento aumentaram os pedidos para retomar todo o território perdido para a Rússia, incluindo a Crimeia, que Putin anexou em 2014. Em Moscou, algumas autoridades esperam que a determinação da Europa e dos EUA enfraqueça sob a pressão dos cortes de energia e do custo crescente de apoiar a Ucrânia. Mas por trás das demonstrações públicas de confiança de que a mobilização permitirá que as tropas russas retomem a ofensiva dentro de um mês ou dois, alguns especialistas admitem que o máximo que o Kremlin pode agora visar é um conflito prolongado que dure anos. Essa perspectiva alimentou os temores de ambos os lados de que Putin possa decidir que não tem alternativa a não ser escalar ainda mais, com ataques ainda maiores a usinas ucranianas e outras instalações civis ou uso de armas químicas ou nucleares. A sabotagem dos gasodutos Nord Stream sob o Mar Báltico desencadeou preocupações de que a infraestrutura energética da Europa também possa ser alvo.
Putin pode ser “bastante perigoso e imprudente” quando “sente as costas contra a parede”, disse William Burns, diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA, em entrevista à CBS nesta semana. O líder russo está trabalhando com base em “suposições erradas, nas quais ele acha que pode enfrentar os ucranianos, os Estados Unidos e o Ocidente”. O ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, pediu publicamente “mudança de regime” nesta semana, dizendo que Putin tem que sair. Mas algumas autoridades europeias temem que sua substituição seja ainda mais linha-dura. Somando-se à incerteza está o fato de que, embora Putin tenha sido retoricamente muito duro com suas “linhas vermelhas”, ele nem sempre apoiou isso com ação. Alguns territórios que Putin declarou serem russos “para sempre” após as anexações já foram retomados pelos militares ucranianos, provocando críticas ferozes na mídia estatal sobre o desempenho das forças do Kremlin. Apesar do alerta de que os ataques à Crimeia desencadeariam uma retaliação massiva, Putin não aumentou drasticamente os ataques depois que Kyiv atingiu instalações militares na península com uma série de ataques durante o verão.
Fonte: miamiherald.com
Para piorar, algumas regiões ainda dominadas pela Rússia começam (ou voltam) a falar em independência.Huxley escreveu: ↑Sáb, 08 Outubro 2022 - 21:32 pmUé? Vocês já perceberam o recente silêncio massivo daqueles idiotas úteis de Putin que diziam que a Ucrânia não tinha chance alguma de vencer a guerra, sendo assim, a solução mais humanista para o conflito seria a rendição ucraniana? Cadê eles? Acho que estão escondidos feito tatus.
(Hoje no Mundo Militar)Em pronunciamento hj de manhã Putin disse que os mísseis russos lançados contra cidades ucranianas atingiram apenas alvos militares e centros de comando. Os vídeos dos ataques mostram mísseis caindo sobre avenidas, parques e prédios na hora de maior movimento de civis de manhã.
(Hoje no Mundo Militar)Míssil russo atingindo uma das centrais elétricas que abastece a cidade de Kiev e, segundos depois, um outro míssil atingindo aquilo que parece ser uma rua ou avenida.
(Der Flecha)
lembrando que o ataque ucraniano a ponte Kerch - um alvo de infraestrutura estratégica - foi em um final de semana pra minimizar vítimas civis. a russia ataca alvos civis e lugares com alta concentração de pessoas, em horário de pico.
Desafios de longo prazo não faltam, começando pelos setores mais tecnológicos, mas por enquanto a economia russa está mostrando resiliência diante das sanções ocidentais, graças, em grande parte, às exportações de petróleo e gás.
O problema é saber se eles vão ser aceitos pela Lei do retorno de Israel.Fernando Silva escreveu: ↑Qui, 13 Outubro 2022 - 09:14 amJovens russos tentam provar que têm avós judeus para poder fugir para Israel:
https://information.tv5monde.com/video/ ... nes-juives
Fonte: https://hojenomundomilitar.com.br/nem-a ... a-militar/Nem as crianças foram poupadas: “A Rússia está usando o estupro em sua estratégia militar”, ONU
16/10/2022 Wallace Mesquita 0 comentários ONU, Rússia, Ucrânia
A Rússia está usando o estupro e a violência sexual como parte de sua “estratégia militar” na Ucrânia, disse um enviado da ONU nesta semana. A alegação segue dados divulgados recentemente por um painel de especialistas da ONU que verificaram “mais de cem casos” de incidentes de estupro ou agressão sexual relatados na Ucrânia desde fevereiro. “Quando você ouve mulheres testemunhando sobre soldados russos equipados com Viagra, é claramente uma estratégia militar”, disse Pramila Patten, Representante Especial da ONU sobre Violência Sexual em Conflitos, em entrevista à AFP na quinta-feira. Ela acrescentou que muitos casos envolviam crianças e também disse que o número real de vítimas provavelmente seria muito maior do que os números oficiais sugeridos porque os crimes sexuais são frequentemente “subnotificados”. “Há muitos casos de violência sexual contra crianças que são estupradas, torturadas e sequestradas. Não parei desde fevereiro para enfatizar a importância de ter investigações confiáveis sobre esses casos de violência”, disse Patten.
Desde o início da invasão russa, autoridades ucranianas acusaram repetidamente as forças de Moscou de abusar sexualmente de mulheres e crianças, alegando que estão usando estupro e outros atos sexuais como armas de guerra. A vice-ministra de Assuntos Internos da Ucrânia, Kateryna Pavlichenko, disse em junho que a polícia recebeu cerca de 50 queixas de crimes sexuais cometidos por soldados russos. Os promotores também estão investigando as alegações de estupro na região de Kharkiv, depois que as forças ucranianas recentemente recapturaram território lá. As autoridades russas negaram as acusações de crimes de guerra na Ucrânia.
Fonte: edition.cnn.com
Fontes das imagens: www.devex.com e www.businesstoday.in
A Mordóvia (parece nome saido da marvel ou do senhor dos aneis) e o Bascortostão tambem deviam tentar a independencia.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 09 Outubro 2022 - 09:46 amPara piorar, algumas regiões ainda dominadas pela Rússia começam (ou voltam) a falar em independência.Huxley escreveu: ↑Sáb, 08 Outubro 2022 - 21:32 pmUé? Vocês já perceberam o recente silêncio massivo daqueles idiotas úteis de Putin que diziam que a Ucrânia não tinha chance alguma de vencer a guerra, sendo assim, a solução mais humanista para o conflito seria a rendição ucraniana? Cadê eles? Acho que estão escondidos feito tatus.
https://g1.globo.com/globo-news/noticia ... -pais.html
Também há a Baixa Eslobóvia, das tirinhas do Dilbert.fenrir escreveu: ↑Seg, 17 Outubro 2022 - 03:35 amA Mordóvia (parece nome saido da marvel ou do senhor dos aneis) e o Bascortostão tambem deviam tentar a independencia.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 09 Outubro 2022 - 09:46 amPara piorar, algumas regiões ainda dominadas pela Rússia começam (ou voltam) a falar em independência.Huxley escreveu: ↑Sáb, 08 Outubro 2022 - 21:32 pmUé? Vocês já perceberam o recente silêncio massivo daqueles idiotas úteis de Putin que diziam que a Ucrânia não tinha chance alguma de vencer a guerra, sendo assim, a solução mais humanista para o conflito seria a rendição ucraniana? Cadê eles? Acho que estão escondidos feito tatus.
https://g1.globo.com/globo-news/noticia ... -pais.html
Só falta aparecer uma Dudinka lá (para quem se lembra do War)
Fonte: https://hojenomundomilitar.com.br/preco ... re-guerra/
Preços do gás na Europa caem para níveis pré-guerra
26/10/2022 Marcelo Rios 0 comentários Gás Natural, Guerra na Ucrânia
Os preços do gás natural na Europa caíram abaixo de US$ 1.000 por 1.000 metros cúbicos, pela primeira vez desde meados de junho, e agora são comparáveis aos níveis pré-guerra, de acordo com um relatório de 24 de outubro da empresa de compensação americana Intercontinental Exchange (ICE). O preço futuro do gás TTF para novembro caiu para US$ 1.000 por 1.000 metros cúbicos, às vezes até US$ 952 por 1.000 metros cúbicos. O preço mais alto da gasolina foi de mais de US$ 3.400 por 1.000 metros cúbicos, registrado no final de agosto.
A Europa continuou a bombear gás para os reservatórios de armazenamento em outubro, aproveitando as condições climáticas amenas. O nível mínimo obrigatório de armazenamento de gás europeu de 80% foi alcançado no final de agosto. O armazenamento de gás da UE está agora 93,4% cheio, de acordo com os dados da Gas Infrastructure Europe.
A Gazprom da Rússia atualmente envia 42,4 milhões de metros cúbicos de gás natural para a Europa por dia através de rotas de trânsito ucranianas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE já evitou dois terços do gás russo nos últimos oito meses. O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmyhal, disse que o país tem “absolutamente (gás) suficiente para passar este inverno”.
Fonte: english.nv.ua
Realmente, no vídeo só os mapas ajudam.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 31 Outubro 2022 - 09:01 amUm vídeo que analisa os pontos fracos da Rússia e que podem levar a sua derrota.
Deveriam ter postado apenas o texto, já que as imagens não têm muito a ver com o que é dito.
Total Chaos In Russia! "Something Catastrophic Will Happen Next Few Days"- Peter Zeihan
youtu.be/koXn3Yobh2M
Putin anuncia alistamento de prisioneiros detidos por crimes graves
Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 05 Novembro 2022 - 15:06 pmSpoiler:
Vi essa notícia. Vai saber se Putin ofereceu perdão das penas, ou deu ultimato "Ou vai a guerra ou morre na cadeia", ou mais outros motivos.
Imagine se tiver sociopata, estuprador, etc, como recruta, e vai saber do que crimes vão aprontar com aval do governo Putin. Só gata sabe se Putin ia descer tão baixo a ponto de recrutar pedófilos e coisas do mesmo nível.
Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 06 Novembro 2022 - 10:15 amAgnoscetico escreveu: ↑Sáb, 05 Novembro 2022 - 15:06 pmSpoiler:
Vi essa notícia. Vai saber se Putin ofereceu perdão das penas, ou deu ultimato "Ou vai a guerra ou morre na cadeia", ou mais outros motivos.
Imagine se tiver sociopata, estuprador, etc, como recruta, e vai saber do que crimes vão aprontar com aval do governo Putin. Só gata sabe se Putin ia descer tão baixo a ponto de recrutar pedófilos e coisas do mesmo nível.
Os mercenários que Putin mandou já saquearam, estupraram, torturaram e mataram por diversão.
Talvez a maioria dos presidiários seja melhor do que isso.
(Nassim Nicholas Taleb - traduzido)Evidência de que @Snowden é um ativo russo.
(Edward Snowden)
Refinarias da China desaceleram compras de petróleo russo diante de sanções, dizem fontes
https://br.financas.yahoo.com/noticias/ ... 32719.html
Por Muyu Xu e Chen Aizhu
CINGAPURA (Reuters) - As refinarias chinesas estão desacelerando as compras de petróleo russo em dezembro e pagando prêmios mais baixos diante das sanções iminentes da União Europeia e da incerteza em torno do plano do G7 de limitar os preços do petróleo russo, disseram fontes comerciais.
A desaceleração no comércio está fazendo com que a oferta de petróleo russo aumente, pesando sobre os preços, já que a China e a Índia se tornaram grandes compradores do petróleo desde o início da guerra na Ucrânia. A União Europeia proibirá as importações de petróleo da Rússia em 5 de dezembro e de produtos derivados, em 5 de fevereiro.
"Há, é claro, muitas preocupações e muita confusão em relação ao próximo limite de preço, mas as pessoas acham que as cargas que chegam em dezembro devem ser seguras (para comprar)", disse um trader da China.
Cerca de cinco a sete cargas ESPO Blend com carregamento em dezembro foram vendidas para usuários finais chineses, uma fração da média de cerca de 30 remessas que a Rússia exporta a cada mês, disseram traders.
Os acordos foram registrados pela última vez em torno de 1,70 a 1,90 dólar o barril acima do ICE Brent de fevereiro com entrega ex-navio (DES), caindo frente aos prêmios de cerca de 2,70 dólares o barril há duas semanas em meio ao comércio lento, disseram eles. Também ficaram abaixo dos prêmios de cerca de 2 dólares o barril para as cargas de novembro.
"Tudo está sob o radar agora. É difícil detalhar os termos e condições acordados para esse pequeno número de transações", disse um executivo comercial chinês.
Os compradores estão atentos ao possível impacto do plano do G7 de impor um teto de preço ao petróleo russo no mecanismo de pagamento, disponibilidade de navios e seguro de transporte. Moscou ameaçou interromper as exportações para os países participantes do plano.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que o teto do preço ao petróleo russo beneficiará a China e a Índia.
Algumas refinarias independentes compraram suprimentos alternativos do Brasil e da África Ocidental para se proteger contra a interrupção do petróleo russo em dezembro, apesar dos preços mais altos, disseram traders, à medida que aumentam a produção após manutenções.
As taxas operacionais em refinarias independentes subiram para cerca de 64% no início de novembro, de 58% há dois meses, mostraram dados da consultoria Zhuochuang.
"É melhor garantir algumas cargas, caso o fornecimento russo não seja sustentável", disse um trader de petróleo de Shandong.
URAIS
Enquanto isso, as refinarias estatais estão reduzindo as compras de petróleo dos Urais russos para chegada em dezembro para evitar riscos de sanções após estocar o petróleo nos dois meses anteriores, disseram traders.
Os embarques de outubro dos Urais para a China foram estimados entre 235.000 barris por dia e 340.000 bpd, a maioria dos quais foram comprados por empresas estatais como Unipec, Zhenhua Oil e Chinaoil, de acordo com os rastreadores de petroleiros Kpler e Vortexa Analytics.
(Por Muyu Xu e Chen Aizhu)
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/ ... o-pe.ghtmlEm Kherson, esforço russo para mudar identidade ucraniana na ponta da bala foi tiro no pé
Processo de assimilação cultural defendido por Vladimir Putin não prosperou em nove meses de invasão, e afastou ainda mais Kherson da órbita de Moscou
Por Andrew Kramer, The New York Times — Kherson, Ucrânia 15/11/2022
A filha de Iryna Dyagileva foi a uma escola cujo currículo incluía a memorização do hino russo. Mas os professores ignoravam a norma, saudando os estudantes, de forma discreta, com um lema conhecido: “Glória à Ucrânia”.
Autoridades de ocupação pediram a Olha Malyarchuk, administradora de uma empresa de táxis, que pagasse as contas em rublos. Mas ela continuou a acertar suas dívidas na moeda ucraniana, a hryvnia.
— Simplesmente não funcionou — disse Malyarchuk, referindo-se à propaganda russa transmitida pela TV e colada nas ruas durante os nove meses de ocupação de Kherson, que no domingo caminhou no parque com uma pequena bandeira ucraniana.
Uma peça de propaganda proclamava, ao lado de uma rua, em letras garrafais, “estamos juntos com a Rússia!”. Mas um adolescente que deu apenas seu primeiro nome, Oleksandr, subiu no mastro de sustentação para rasgar o cartaz. Ao ser questionado sobre como se sentia, foi direto.
— Livre.
As forças ucranianas, apesar de todo poderio de seu vizinho que invadiu o país em fevereiro, retomaram centenas de vilarejos em três grandes contraofensivas ao Norte de Kiev, em Kharkiv, no Nordeste, e na região de Kherson, no Sul.
Mas é a cidade de Kherson que atrai as atenções. Ela era o ponto central da ambiciosa campanha russa para eliminar a identidade ucraniana — um objetivo que o presidente Vladimir Putin poderia ter aplicado a toda a Ucrânia caso suas forças tivessem tido melhor sorte no campo de batalhas, ao julgar por sua visão de que ucranianos e russos são uma só nação.
Em Kherson, canções nacionais foram banidas. Falar ucraniano poderia levar à prisão. Escolas adotaram currículos russos, e estudantes jovens ouviam que eram russos, não ucranianos. Nos primeiros dias após a liberação da cidade, ficou evidente que esses esforços foram em vão, ao menos entre os que ficaram ali conforme as forças ucranianas se aproximavam.
Serhiy Bloshko, trabalhador da construção civil, morou nas casas de amigos durante a ocupação, com medo de ser preso por ter participado de protestos contra a invasão, em março, logo depois da chegada dos militares russos. Os soldados chegaram a ir até a casa dele e, ao não o encontrarem, levaram sua TV e refrigerador.
Mas os russos encontraram alguns de seus amigos, que foram presos e desapareceram.
— Eles reprimiram a população pró-Ucrânia — disse Bloshko, entrevistado em uma fila de água no domingo. Sobre os esforços de assimilação cultural, disse que “o que aconteceu aqui foi uma limpeza étnica”.
A maneira como cada uma das forças entrou na cidade, uma em fevereiro, a outra na semana passada, já mostrava as diferenças, afirma.
— Quando nossos soldados entraram aqui, as metralhadoras estavam apontadas para o alto, no ar — declarou. — Quando os russos entraram, suas armas apontavam para as pessoas. Isso explica tudo. E eles diziam que eram nossos libertadores.
Troca de nomes
Ao redor da Ucrânia, a guerra foi um tempo de notável e acelerada separação entre os ucranianos e russos, exatamente o oposto do que queria Putin. Pessoas que falavam os dois idiomas antes da guerra agora só se comunicam em ucraniano. Escritores em Kiev sugeriram fechar um museu dedicado a Mikhail Bulgakov, nascido na cidade, mas que escrevia em russo. O prefeito de Odessa, a cidade no Mar Negro fundada por Catarina, A Grande, disse que sua estátua será derrubada.
O que começou há uma década, quando a Rússia apoiou forças separatistas no Leste da Ucrânia, como uma política de “descomunização” para banir nomes de locais e ruas da época da União Soviética, estendeu-se a referências culturais russas. Cidades estão, por exemplo, renomeando muitas das ruas que tinham o nome Pushkin, em homenagem ao poeta russo Alexander Pushkin.
Ao longo do fim de semana em Kherson, qualquer morador que tivesse qualquer visão positiva sobre os esforços de assimilação russa não demonstrava isso em público, algo nada surpreendente diante dos esforços para retirar a população civil pelos russos antes da chegada dos ucranianos. Muitas autoridades regionais colaboraram com os russos.
Três dias depois da saída das forças de ocupação, centenas de moradores de Kherson ainda celebravam na praça central. Mas as comemorações eram permeadas por estrondos de disparos de artilharia dentro ou nos arredores da cidade, uma vez que as tropas russas continuam na margem oposta do rio Dniéper.
Malyarchuk, a administradora do serviço de táxis, disse que, apesar dos fracassos do programa de assimilação, os invasores publicaram jornais e transmitiam um programa de notícias pró-Moscou. Na quinta-feira, durante a retirada, os soldados russos explodiram a torre de TV, e agora os moradores recebem o sinal de emissoras ucranianas.
Ela credita o sucesso do Exército ucraniano à estratégia de pacientemente debilitar as forças russas e de lançar ataques pontuais contra as linhas de suprimentos e posições russas dentro e nos arredores de Kherson por meses, ao mesmo tempo em que preservam a cidade. Essa abordagem, afirma, também manteve o apoio ao governo ucraniano.
Um ataque com um míssil de precisão Himars, disse, atingiu uma guarnição russa em um distrito residencial a cerca de 130 metros de sua casa, estourando as janelas, mas sem ferir civis.
— Foi uma explosão linda — afirmou, notando que a ajuda Ocidental ajudou a Ucrânia a repelir os russos de sua cidade. — Agradeço a Deus pelos EUA, Canadá e Reino Unido. Agradeço a Deus pelo “avô Biden”.
No centro da cidade, uma base russa perto de um hospital parecia destruída após um impacto direto de um míssil. Apenas restos das paredes estavam de pé, mas nenhum vidro do hospital foi danificado.
Dr. Ivan Terpak, um médico de família no hospital, disse que o ataque valeu o risco, e que era necessário para expulsar os russos.
— Eles não sairiam se não os atacássemos — disse. — Ninguém me perguntou, mas se tivessem perguntado, eu teria dito “vão em frente, deem o tiro”.
Iryna Rodavanova, curadora aposentada do Museu de Arte de Kherson, disse que a brutalidade dos soldados russos alienou os moradores, minando os esforços de assimilação cultural. Os soldados bateram em seu marido em uma estrada depois de o acusarem de ter cometido uma violação de trânsito.
— Concordo com nosso presidente — declarou. — Melhor sem eletricidade, água e aquecimento se também estivermos sem os russos.
